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Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout pode ser traduzida como “síndrome de


esgotamento profissional”. Segundo o Ministério da Saúde, ela afeta
profissionais de diversas áreas, sendo mais recorrente entre médicos,
enfermeiros, bombeiros, jornalistas e professores.
É caracterizada pela carga excessiva de trabalho, autocobrança,
pressão e estresse crônicos. Como é uma síndrome de caráter ocupacional,
afeta as relações, pessoais e também no ambiente de trabalho, piorando o
quadro conforme as dificuldades aparecem, como o exemplo da profissão
Professor.
Observa-se sintomas como irritabilidade, cansaço, negatividade em
relação à atuação profissional e distanciamento das atividades. A Síndrome de
Burnout já é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um
transtorno ocupacional. Desde 2022, sendo assim oficializada e especificada
no CID-11.
A rotina de um professor envolve muitas tarefas além da sala de aula:
criar diretrizes curriculares, contribuir na criação de propostas pedagógicas,
fazer , planos de aula, adaptar conteúdos para diferentes modalidades de
ensino, inovar nas metodologias, pensar métodos de avaliação, auxiliar os
alunos, orientar trabalhos, etc. 
Para manter um relacionamento positivo, entre professores e a
comunidade escolar, a instituição de ensino deve promover diálogos sobre
saúde mental, entre corpo docente, alunos, familiares e demais funcionários,
como palestras e rodas de conversa, estas são medidas que podem ajudar a
aliviar a tensão.
Assim como outros transtornos psicológicos, é essencial ter o
acompanhamento de profissionais de saúde para identificar o problema,
psiquiatras e psicoterapeutas auxiliam a pessoa a tratar os sintomas, de modo
a evitar crises futuras. A atenção em saúde mental é oferecida pelo SUS
(Sistema Único de Saúde), a rede de cuidados foi pactuada em julho de 2011
como parte das discussões de implantação do Decreto n°7508 que prevê, a
partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção
Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de
Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção
integral em Hospitais Gerais. 

Referências:
Garrosa, H.E., Benevides, P.A.M.T., Moreno, J.B., &Gozalez, J.L. (2002).
Prevenção e intervenção na síndrome de burnout: como prevenir (ou remediar)
o processo deburnout. In:Benevides, P.A.M.T. (org). Burnout: quando o
trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador (pp. 224-267). São Paulo: Editora
Casa do Psicólogo. 
Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-11 [Internet]. Brasília, DF:
OMS/DATASUS; 2008. [citado 10 jun. 2018]. Disponível
em: http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm  
CARLOTTO, Mary Sandra. A Síndrome de Burnout e o trabalho docente.
Revista Psicologia em Estudo, 2002; Maringá; 7(1); 21-29. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/pe/a/hfg8JKJTYFpgCNgqLHS3ppm/> Acesso em:
20 jan. 2023.

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