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11º ano
Módulo: Saúde Infantil (9641) Ano letivo 2021/2022
Ficha de Trabalho 2 | setembro de
2022
TEMA: Saúde e perturbações da saúde mental
Nome: Número: Turma:
PROFESSORA:
Conceito de saúde
O estilo de vida, isto é, o conjunto de comportamentos adotados por uma pessoa, pode ser
benéfico ou prejudicial à saúde. Por exemplo, um indivíduo que mantem uma alimentação
equilibrada e que realiza atividades físicas diariamente tem maiores hipóteses de desfrutar de uma
boa saúde. Pelo contrário, as pessoas que comem e bebem em excesso, que não descansam o
suficiente e que fumam correm sérios riscos de sofrer doenças que poderiam ser evitadas.
Em linhas gerais, a saúde pode dividir-se em saúde física e saúde mental embora, na
realidade, sejam dois aspetos interrelacionados. Para o cuidado da saúde física, é recomendada a
realização frequente e regular de exercícios, e uma dieta equilibrada e saudável, com variedade de
nutrientes e proteínas.
A saúde mental, por outro lado, faz referência ao bem-estar emocional e psicológico no qual
um ser humano pode utilizar as suas capacidades cognitivas e emocionais, desenvolver-se
socialmente e resolver as questões quotidianas da vida diária.
Convém destacar que as ciências da saúde são aquelas que proporcionam os conhecimentos
adequados para a prevenção das doenças e a promoção da saúde e do bem-estar quer do individuo
quer da comunidade. A bioquímica, a bromatologia, a medicina e a psicologia, entre outras, são
ciências da saúde.
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fenómenos na sua totalidade e globalidade. A palavra holístico foi criada a partir do termo holos,
que em grego significa “todo” ou “inteiro”.
Quando um problema é tratado de forma isolada, pode-se esperar um resultado imediato, porém
com efeitos colaterais tardios. A visão holística na medicina, pode minimizar esse efeito, e
considera que o paciente deve ser tratado em sua totalidade, unindo a medicina tradicional,
psicologia, ciência, fatores externos e emocionais como parte do problema a ser solucionado.
O médico do século XXI (...) procura ter uma visão global do paciente, levando em
consideração diversos aspetos. Para isso o médico precisará aprofundar-se em temas distintos da
medicina, especializar-se noutras áreas e demonstrar interesse pelo paciente acima de tudo.
Estes programas e planos existem porque (...)existe um número cada vez maior de crianças e
adolescentes que experienciam dificuldades em responder aos desafios desenvolvimentais que
enfrentam e que sofrem os efeitos negativos das perturbações mentais. A prevalência das
perturbações mentais entre as crianças e adolescentes aumentou nos últimos 20 a 30 anos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo, cerca de 20% das
crianças e adolescentes sofrem de problemas comportamentais, desenvolvimentais ou
emocionais, sendo que 1 em cada 8 apresenta uma perturbação mental. Fazendo a tradução desta
prevalência para a sala de aula e assumindo uma sala de aula “média” com 30 alunos, 6 alunos em
cada turma apresentarão uma perturbação mental.
As perturbações mentais na infância podem ter níveis elevados de persistência: 25% das
crianças com uma perturbação emocional diagnosticável e 43% com uma perturbação do
comportamento diagnosticável continuam a apresentar a perturbação ao fim de três anos; os jovens
que experienciam ansiedade na infância têm 3,5 vezes mais probabilidade de sofrer de
depressão ou perturbações da ansiedade na idade adulta.
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Sabemos que a falta de saúde mental pode aumentar o risco de delinquência, problemas com
a justiça, perturbações de abuso de substâncias e gravidez adolescente. Os problemas de saúde
mental podem ter efeitos muito prejudiciais no desenvolvimento social, intelectual e emocional das
crianças e jovens e, consequentemente, no seu futuro. Em última instância, podem levar à perda de
vida. O suicídio é uma das principais causas de morte nos jovens e uma preocupação de saúde
pública em muitos países europeus.
Para além destas problemáticas, a prevalência das doenças mentais entre os jovens é
preocupante dado o seu potencial impacto no desempenho escolar. Por exemplo, os jovens com
perturbação mental estão em risco de apresentarem problemas disciplinares, absentismo, retenção
escolar, más notas, abandono escolar e/ou delinquência.
É necessário que as escolas adotem uma abordagem mais compreensiva e holística na qual
a promoção da saúde mental opera de modo consistente ao longo do currículo, do ambiente escolar
e dos serviços escolares, sendo integrada em programas e estruturas dentro da escola.
O bem-estar e a saúde mental são condições essenciais para uma aprendizagem bem sucedida
e só podem ser desenvolvidas em cooperação com as escolas. Por outro lado, os resultados
académicos contribuem para a saúde, em geral, e para a saúde mental, em particular. (...)
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Deste modo, promovendo a saúde psicológica e o sucesso educativo, as escolas podem
desempenhar um papel positivo e protetor das crianças e adolescentes:
Criam resiliência, proporcionando às crianças e jovens os recursos internos para lidar com os
stressores negativos e ultrapassar desafios e dificuldades. As escolas podem reforçar o “sistema
imunitário” das crianças ao criarem ambientes que promovam o bem-estar e ofereçam apoio e
orientação;
Contribuem para o desenvolvimento positivo dos jovens numa variedade de domínios,
incluindo aumento da satisfação com a escola e a vida, o envolvimento com a escola e a
qualidade de vida;
Melhoram a regulação emocional, as estratégias de coping e de resolução de problemas;
melhoram a empatia e o ajustamento psicológico; diminuem o bullying e a agressão;
Aumentam o compromisso e o envolvimento com a escola – as crianças investem mais esforço
no trabalho escolar e melhoram as suas atitudes face à escola; melhoram o desempenho escolar
e diminuem o absentismo;
Aumentam o bem-estar dos jovens, das suas famílias e comunidades;
Oferecem oportunidades para a procura de ajuda – as evidências sugerem que é mais provável
que as crianças e os adolescentes procurem ajuda quando nas suas escolas existem
oportunidade de aconselhamento psicológico, onde impera a confidencialidade e o anonimato;
Reduzem os problemas de aprendizagem e os problemas disciplinares, o bullying e a violência
dentro e fora da escola, os problemas emocionais (como a depressão e a ansiedade), o
tabagismo, o abuso de álcool e de substâncias, assim como os comportamentos de risco para a
saúde e as experiências sexuais precoces;
Favorecem positivamente as perspetivas de futuro no que diz respeito a empregabilidade,
produtividade e perspetivas salariais, integração social e relacionamento interpessoal;
Diminuem o impacto económico da falta de saúde mental. As crianças pouco saudáveis e bem-
sucedidas do ponto de vista social e emocional têm menor probabilidade de se tornarem cidadãs
ativas e economicamente produtivas enquanto adultas. Investir no bem-estar mental da geração
seguinte, em última instância, também se pode traduzir em benefícios e poupanças económicas
para os contribuintes;
A escola enfrenta, assim, o grande desafio de, por um lado, lidar com um conjunto de
problemas de comportamentos e de saúde (mental e física), e por outro, assumir um papel
importante na promoção do bem-estar das crianças e jovens e das suas competências sócio
emocionais.
In Manuais e Textos de Apoio, 9641 – Cuidados de saúde primários para crianças e jovens, Espaço Atlântico
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2. Estabelece a relação entre estilo de vida e saúde, exemplificando.
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4. Que medidas existem, a nível da União Europeia e a nível nacional, para prevenir os
problemas de saúde mental.
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Bom trabalho!
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