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FACULDADE ALFHA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA


INSTITUCIONAL E CLÍNICA

CILÂNIA DA SILVA SANTOS OLIVEIRA

TRANSTORNO DO DEFCIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE:


DIAGNÓSTICO E DIFICULDADES APRESENTADAS NA
PRÁTICA EDUCACIONAL

CARUARU
2023
CILÂNIA DA SILVA SANTOS OLIVEIRA

TRANSTORNO DO DEFCIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE:


DIAGNÓSTICO E DIFICULDADES APRESENTADAS NA
PRÁTICA EDUCACIONAL

Artigo apresentado à Faculdade Alpha como


parte dos requisitos para obtenção do título de
Especialista em Neuropsicopedagogia.

Orientador: Prof. Msc. Bruno Marones.

CARUARU
2023
TRANSTORNO DO DEFCIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE:
DIAGNÓSTICO E DIFICULDADES APRESENTADAS NA
PRÁTICA EDUCACIONAL

Artigo apresentado à Faculdade ALPHA, como parte dos requisitos para


obtenção do título de Especialista em Neuropsicopedagogia.

Aprovado em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Profº Msc. Bruno Marones
Orientador

______________________________________
Profª. Msc. Rucenita Leite de Queiroz
Coordenadora do Curso de Especialização em Neuropsicopedagogia
TRANSTORNO DO DEFCIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE:
DIAGNÓSTICO E DIFICULDADES APRESENTADAS NA
PRÁTICA EDUCACIONAL

CILÂNIA DA SILVA SANTOS OLIVEIRA

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso visa, analisar as dificuldades e impactos


causados pelos sintomas do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade)
principalmente na área educacional. O TDAH é um dos transtornos comportamentais
mais relatados e pesquisados na atualidade, com incidência predominante na infância e
adolescência, mas que pode se estender até a idade adulta, o que gera uma série de
dificuldades na vida diária de indivíduos diagnosticados ou não diagnosticados, trazendo
consequências, muitas vezes fazendo com que o aluno, desista de sua vida acadêmica,
conviva sem nenhuma estrutura que lhe ajude lidar de alguma forma com o transtorno,
que muitas vezes nem é diagnosticado, causando sofrimento e exaustão. O estudo tem
embasamento em autores que refletem sobre do processo de escolarização de maneira
crítica, a partir da Psicologia Escolar e Educacional, com o objetivo de elencar
conhecimentos, soluções, formas e possibilidades que facilitem o trabalho dos
profissionais, identificando o comportamento, sintomas e em consequência, ajudando
alunos com atividades que consigam estimular seu aprendizado, atividades, curtas,
dinâmicas, prazerosas que facilitem a vida do indivíduo com TDAH, a partir do
conhecimento crítico e científico, compreendendo o transtorno, sintomas, causas, formas
de tratamento, assim como viver com qualidade de vida, associada ao transtorno,
principalmente na área educacional.

Palavras-Chave: Transtorno. Diagnóstico. qualidade de vida. TDAH

ABSTRACT

This course completion work aims to analyze the difficulties and impacts caused by the
symptoms of ADHD (Attention Deficit/Hyperactivity Disorder) mainly in the educational
area. ADHD is one of the most reported and researched behavioral disorders today, with
a predominant incidence in childhood and adolescence, but which can extend into
adulthood, which generates a series of difficulties in the daily lives of diagnosed or
undiagnosed individuals, bringing consequences, often causing the student to give up on
their academic life, living without any structure that helps them deal in any way with the
disorder, which is often not even diagnosed, causing suffering and exhaustion. The study
is based on authors who reflect on the schooling process in a critical way, from School
and Educational Psychology, with the aim of listing knowledge, solutions, forms and
possibilities that facilitate the work of professionals, identifying behavior, symptoms and
consequently, helping students with activities that can stimulate their learning, short,
dynamic, pleasurable activities that make life easier for individuals with ADHD, based
on critical and scientific knowledge, understanding the disorder, symptoms, causes, forms
of treatment, as well as how to live with quality of life, associated with the disorder,
especially in the educational area.

Keywords: Disorder. Diagnosis. quality of life. ADHD


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7

2 DEFINIÇÕES E RELATOS DO TDAH AO LONGO DA HISTÓRIA ........... 9

2.1.1 Transtorno Do Déficit De Atenção e hiperatividade (Tdah).................................. 10

2.1.2 Possíveis Causas do TDAH ................................................................................... 12

2.1.3 Sintomas do Transtorno do Tdah ........................................................................... 14

2.2 TIPOS DE TDAH ................................................................................................ 16

2.2.1 A Importância do Diagnóstico Precoce E Tratamento .......................................... 16

2.2.2 CONTRIBUIÇÃO DE PROFESSORES PARA ALUNOS COM TDAH ........... 19

3 METODOLOGIA ............................................................................................... 20

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 21

REFERÊNCIAS
7

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, os profissionais do ensino, buscam cada vez mais entender os
processos de ensino aprendizagem e em consequência a estas buscas, muitos problemas
e transtornos que dificultam os processos de aprendizagem surgem, desta são cada vez
mais estudados, buscando a compreensão, e estratégias que facilitem o processo de ensino
aprendizagem, em busca de qualidade de vida e solução para os problemas
comportamentais apresentados na tentativa de igualar a sociedade.
Os problemas comportamentais da infância e da adolescência como o TDAH, têm
recebido especial atenção de profissionais em relação a saúde mental infantil, por
educadores e pais, que buscam entender e ajudar melhor o indivíduo, pois tendo em vista
que os sintomas afetam consideravelmente a vida do indivíduo, este coopera para o
surgimento de patologias como ansiedade e depressão. Esse transtorno tem sido
constantemente estudado em consequência ao aumento significativo de diagnósticos. A
literatura da área mostra que "O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade
(TDAH) é uma das principais causas de procura de ambulatórios de saúde mental de
crianças e adolescentes" (FARAONE et al apud ROHDE e HALPERN, 2004).
Diversos estudos epidemiológicos demonstram uma mudança de mentalidade em
relação a busca de compreender os transtornos de aprendizagem, buscando alternativas
que facilitem a vida da criança, cerca de 20% de crianças e adolescentes em idade escolar
apresentam algum distúrbio ou transtorno de aprendizagem e necessitam de algum auxílio
na área da saúde mental. São inúmeros os estudantes brasileiros com prejuízos na área
educacional, que precisam desenvolver alternativas, para suprir dificuldades emocionais
para que o aprendizado aconteça, desenvolvendo habilidades sociais e comportamentais
para se tornarem pessoas realizadas felizes e equilibradas, favorecendo a saúde emocional
de si e da sua família.
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos
comportamentais mais relatados e pesquisados na atualidade com incidência
predominante na infância e adolescência, mas que pode se estender até a idade adulta o
que gera uma série de dificuldades. Pesquisas demonstram que o TDAH se presenta em
cerca de 5% da população infantil. Causando grande impacto na sociedade,
8

considerando, os transtornos causados nas famílias, o estresse e o prejuízo gerado nas


atividades acadêmicas, assim como os efeitos negativos na vida e na autoestima de
crianças e adolescentes acometidos. O TDAH é uma síndrome clínica caracterizada por
uma tríade sintomatológica: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, estes
sintomas não necessitam estarem juntos simultaneamente para que se confirme o
diagnóstico.
O objetivo geral deste trabalho busca esclarecer dúvidas acerca do TDAH para
que o transtorno seja compreendido por pais, sociedade e pelos profissionais das áreas
que atuam com pessoas que possuam o transtorno, tornando possível identificar os alunos
que apresentam o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, logo no início da idade
escolar, promovendo um diagnóstico precoce, minimizando os transtornos apresentados,
melhorando a qualidade de vida, através de estratégias compensatórias para lidar melhor
com os sintomas do transtorno. Ainda instigar a sociedade para a busca de conhecimento,
e mudança de mentalidade para que a inclusão do público com TDAH de fato aconteça.
Esta pesquisa será realizada a partir de análises bibliográficas descritivas em
alguns artigos e relatórios pesquisas em fontes da internet, livros, citações de alguns
autores visando demonstrar as principais informações sobre o tema abordado.
9

2 DEFINIÇÕES E RELATOS DO TDAH AO LONGO DA HISTÓRIA

Existem diversos relatos sobre o TDAH ao longo da história, os primeiros


registros do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) aparecem
durante o século XVIII. No ano de 1798 Alexander Crichton, médico escocês, procurou
salientar desordens mentais presentes em seus pacientes, que apresentavam intensa
desatenção e incapacidade de aprendizado ao qual caracterizou como desatenção
patológica, causando deficiências no aprendizado.
O psiquiatra alemão Heinrich Hoffmann acaba deixando relatos ao longo do
tempo quando contribuiu para a compreensão do TDAH, quando começa escrever livros
de histórias infantis. Onde descreve sobre crianças com os sintomas do transtorno como
“Der Struwwelpeter” (“João Felpudo” no Brasil), Hoffmann narrou as histórias de “Filipe
o Inquieto”, “João, o Cabeça de Vento” e “Filipe, o Malvado”, que demonstram as
consequências desastrosas do mau comportamento de uma forma exagerada, retrata
comportamentos fora do padrão, desatentos, inquietos e hiperativos, observados na época.
As primeiras referências ao transtorno e sua nomenclatura, sofre alterações
contínuas ao longo dos anos, na década de 40, ficou conhecida como: “lesão cerebral
mínima”, em 1962, “disfunção cerebral mínima”, na década de 30 “hipercinético”, que
este era sinônimo de hiperativo. Em 1932, os médicos alemães Franz Kramer (1878-1967)
e Hans Pollnow (1902 - 1943) publicaram o artigo "Sobre a doença hipercinética da
infância", demonstravam claramente o transtorno do TDAH, onde a inquietação motora
era o principal sintoma.
TDAH é um transtorno neurobiológico, de fatores genéticas, que aparece
geralmente antes dos 7 anos ainda na infância e persiste ao longo de toda a sua vida. Tem
uma tríade de sintomas associados de desatenção, inquietude e impulsividade. Com várias
denominações, às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção), também ADD,
ADHD ou de AD/HD.
Para a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa de Silva, que cresceu com o transtorno, “o
TDAH é caracterizado por um funcionamento mental muito acelerado” levando a uma
alteração da atenção. Em seu livro mentes inquietas ela dá exemplo, de uma criança pode
ficar extremamente atenta a um programa de TV favorito, com “hiper foco”, ou pode ficar
totalmente disperso numa aula de história, ou outra coisa que não atraia sua atenção.
10

Ainda compara o cérebro com TDAH ao motor de um carro à 180 KM/h que em razão a
sua alta velocidade é mais sujeito ao stress, podendo chegar facilmente à exaustão”
(ALMANAQUE, 2009).

2.1.1 Transtorno Do Déficit De Atenção e hiperatividade (Tdah)

O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) representa, associado


a dislexia, a principal fator de fracasso escolar, trazendo consigo sequelas no campo
educacional e está presente em 7% das crianças no Brasil, sendo mais predominante em
meninos, segundo dados coletados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção
(ABDA) afeta 3 a 5% das crianças em idade escolar, ainda afeta 4% da população adulta
no Brasil, cerca de 2 milhões de adultos apresentam TDAH no país.
O TDAH é um transtorno neurobiológico, com origem genética o TDAH é
caracterizado por uma tríade de sintomas que envolvem desatenção, hiperatividade e
impulsividade em um nível acentuado para a idade.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno muito
estudado por médicos, professores, psicólogos, e outros profissionais da área da saúde,
surgiu na literatura médica por volta do século XVIII à XX, passando por mudanças de
nomenclatura ao longo do tempo até o termo TDAH, apresenta sintomas que levam o
indivíduo a perder a sua concentração e foco para realizar suas atividades, causando
transtorno em sua vida e na vida das pessoas que estão a sua volta.
Dados demonstram que o TDAH pode ser considerado um problema drástico na
vida do indivíduo, afetando consideravelmente a sua qualidade de vida, Diariamente já
vimos ou ouvimos falar de crianças hiperativas que não param nem por um minuto, como
se tivessem um motor ligado, é desastrada, desorganizada, não consegue prestar atenção
na aula, que modifica o estilo de toda a turma, geralmente ou em sua maioria apresentam
dificuldades de aprendizagem, recebendo rótulos, de burros, preguiçosos o que acaba
agravando o transtorno, por falta de conhecimento as pessoas passam a não acreditar na
existência de uma condição médica, e chegam a vida adulta sem um diagnóstico.
O Dr. Russell Barkley afirmou em uma conferência internacional de TDAH de
2018, que o TDAH é questão de saúde pública e motivo de muita preocupação. Pois afeta
5% das crianças e as acompanhará até a idade adulta, causando transtorno na autoestima
11

e gerando desanimo, ansiedade e angústia. Podendo ainda diminuir a expectativa de vida.


De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição
(DSM-5) o TDAH está presente em cerca de 5% das crianças e de 2,5% em adultos.
A desatenção é um dos sintomas mais persistentes do TDAH, se apresenta com
dificuldade de manter o foco, dificuldade em persistir até finalizar determinada tarefa,
desorganização. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica psiquiatra formada pela UERJ e com
residência na UFRJ, relata em seu livro mentes inquietas:
Sabe, eu sempre perguntei para mim mesma por que divagava tanto quando
estava assistindo às aulas, ou sob supervisão, algo assim, em que você deve e
também precisa, prestar atenção. Eu imaginava por que cargas d’água isso
tinha que acontecer comigo, já que sempre fui perfeccionista. Eu me
recriminava; achava que só poderia ser alguma falha de caráter, que no fundo
deveria ser uma desinteressada de tudo. Afinal, eu olhava para a face de minha
supervisora, nos orientando em pontos importantes, e embora no início
conseguisse acompanhar, depois de um certo tempo via o rosto dela se
transformar em uma tela de cinema, em que se passavam vários
acontecimentos de minha vida, ou planejamentos, ou ainda o que imaginava
que estava por vir, fantasias, sonhos... quando eu voltava ao tempo e espaço
presentes, já não fazia a menor ideia do que estava sendo dito. Muita gente usa
a expressão ’pegar o bonde andando’ para descrever uma situação em que você
pega algo no meio e não entende nada... Mas para um DDA, eu acho que é o
contrário: você pega o bonde parado, fica nele até um certo ponto e depois cai.
O bonde continua e você fica pra trás. (Barbosa Silva, 2003; pag. 09)

A hiperatividade mantém atividade motora excessiva mesmo em ambiente que


exijam silêncio e controle corporal, batuca ou conversa em excesso. Os sintomas da
hiperatividade podem surgir de duas formas: física e mental. Na hiperatividade física a
criança demonstra agitação, dessa forma é facilmente diagnosticada, move-se
constantemente, não consegue parar quieta. Já hiperatividade mental se apresenta de
forma silenciosa, apenas na mente do indivíduo, geralmente está na maioria dos adultos,
o que torna o diagnóstico mais complicado (SILVA, 2003), quando relatado é tido como
algo não concreto, desta forma há uma necessidade social, que seja, exposto, conhecido
e desmistificado
Dr. Russeal Barkley afirma:
“O TDAH é real: Um transtorno real, um problema real e, com
frequência um obstáculo real. Pode ser doloroso e se tornar um teste para os
nervos dos pais, se não for tratado adequadamente.” (Barkley, 2020,pag.63).
A impulsividade a criança ou adulto não consegue controlar seus impulsos, ali está
presente, falta de controle dos impulsos. As respostas são imediatas a qualquer estímulo,
age e pensa somente depois, levando muitas vezes a um sentimento de arrependimento e
12

culpa. “Por outro lado, a psiquiatria afirma que há dificuldades para relacionar-se com
seus pares, pois são agravadas pela impulsividade” (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE
PSIQUIATRIA, 1994; RODHE e cols., 1998 e 2000; apud ibidem). Há relatos dos
professores, profissionais da educação que Crianças hiperativas, são mais impulsivas,
irritadas, agressivas e apresentam relativamente altas taxas de sintomas de transtorno de
conduta (BIEDERMAN, 1998; PFIFFNER e cols., 2000 apud ANDRADE, 2003, p. 79).
De acordo com Barkley que acompanhou crianças com TDAH até a idade adulta,
descobriu que crianças com TDAH tinham uma expectativa de vida reduzida em oito anos
a menos que uma vida saudável, adultos a expectativa de vida encurta mais de onze anos
que a expectativa de vida saudável, diminuindo em quase treze anos, os motivos a qual
diminui a perspectiva de vida é o favorecer ao surgimento de patologias como: ansiedade,
depressão, uso abusivo de drogas e cigarros, acidentes de carro diminuição do sono.
O TDAH faz com que as pessoas priorizem o curto prazo, mais que o longo prazo,
necessitando de intervenções para minimizar os sintomas a partir do conhecimento de
médicos, professores e pais e da população em geral, que precisão estar cientes sobre a
realidade sobre transtorno, dos problemas que enfrentam as crianças diagnosticados ou
não diagnosticados. Com conhecimento adequado, mais pessoas saberão que podem ter
um distúrbio médico e procurar tratamento.
Compreender a história desse transtorno permite estabelecer, caminhos traçar
estratégias, para um aprendizado satisfatório, destacando a importância da pesquisa e
conscientização da sociedade sobre o TDAH, o indivíduo acometido não tem problemas
relacionados a capacidade de inteligência, o fator que prejudica seu desenvolvimento e a
dificuldade em prestar atenção.

2.1.2 Possíveis Causas do TDAH

O Distúrbio do Déficit de Atenção e hiperatividade aparece em consequência de


um funcionamento alterado no sistema neurobiológico cerebral, os neurotransmissores
(substâncias químicas produzidas pelos neurônios) apresentam-se de forma alterada
quantitativa e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais e que são
responsáveis pelas funções da atenção, impulsividade e atividade física e mental no
13

comportamento humano. Trata-se de uma disfunção e não de uma lesão como


anteriormente se pensava. (SILVA, 2003pag.120)
Há várias hipóteses em relação a origem do transtorno, alimentos ricos em corante
amarelo, aromatizantes e aditivos artificiais, lâmpadas fluorescentes, infecção por
cândida e infecção do ouvido interno, doenças na gestação, uso de cigarro drogas e álcool,
mas nada comprovado. Teoria mais certa é que a origem do transtorno é multifatorial, o
TDAH resulta da interação de vários fatores ambientais e genéticos que atuam na
manifestação de seus diversos quadros clínicos (Roman et al, 2003).

O TDAH é um transtorno mental de origem neurobiológica, ou seja, não é


decorrente de características da personalidade, defeito de caráter, fatores
ambientais ou educacionais. Nenhuma criança desenvolve o TDAH por ter
sido mal-educada ou por desajustes nas relações familiares (ARRUDA, 2007,
p. 92).

Em relação à imaturidade emocional, segundo Riesgo e Rohde (2004), possíveis


causas do transtorno, podem estar relacionadas ao baixo peso ao nascer, a exposição ao
álcool ou cigarros durante a gestação. Deixando claro que complicações pré e perinatais
não afetam igualmente todas as crianças prematuras ou com baixo peso, isso significa
dizer que essas causas não suficientes provar o porquê a existência do transtorno.
Estudos apontam que pessoas com TDAH apresentam uma alteração na estrutura
cerebral a partir de exames de neuroimagem como PET e SPEC esses exames mostram
não só uma imagem do cérebro, mas o seu funcionamento. As conclusões a cerca dos
resultados é que há uma hipoperfusão cerebral, na região pré-frontal e pré-motora do
cérebro, o que significa que a região frontal, recebe menor aporte sanguíneo, em
consequência, acontece uma diminuição do metabolismo, ao receber menos glicose,
funcionará com o desempenho reduzido por receber menos energia.
O lobo frontal é a principal região responsável pela ação reguladora do
comportamento humano, logo podemos observar que vem de alterações no lobo frontal
as causas do TDAH. O lobo frontal regula o comportamento humano, pelo exercício das
seguintes funções: planejar ações futuras; regular o estado de vigília, “filtrar” estímulos
irrelevantes, ativar reações de luta e fuga; conectar-se com o sistema límbico, controle
inibitório, impulso e velocidade de atividades físicas e mentais, e qualquer alteração pode
ocasionar desorganização, formando uma grande desordem mental e um turbilhão de
pensamentos.
14

Os fatores ambientais também estão fortemente ligados ao TDAH, como


problemas no parto, hipóxia, traumas obstétricos, rubéola intrauterina, infecções,
traumatismo cranioencefálico (TCE), deficiência nutricional e exposição a toxinas, stress,
acontecimentos vitais muito marcantes como traumas físicos ou psicológicos muito
dolorosos, podem ser grandes fatores a deixar “cicatrizes” no corpo, na alma e na estrutura
funcional da massa cerebral do indivíduo.

2.1.3 Sintomas do Transtorno do Tdah

O TDAH apresenta uma tríade de sintomas que predominam em: hiperatividade,


desatenção e impulsividade. É um transtorno que não tem cura, mas que seus sintomas
podem reduzir naturalmente no período da adolescência e idade adulta, não deixa de ser
TDAH ao longo da vida, mas com acompanhamento adequado pode melhorar
consideravelmente. Há estatísticas que cerca de 50% das pessoas com o transtorno, irão
apresentar os sintomas mais agudos durante toda a vida, sendo estes algumas diferenças
entre crianças, adolescentes e adultos.
Os sintomas mais aparentes em crianças e adolescentes são facilmente
perceptíveis principalmente a hiperatividade, os sinais são agitação, inquietação,
movimentação pelo ambiente, mexem mãos e pés, não conseguem ficar quietas, falam o
tempo todo, têm dificuldade para esperar a vez. A impulsividade é o segundo sintoma,
falar sem esperar a vez, interromper os outros, agir sem pensar. A desatenção é o terceiro
sintoma, este é o que mais causa transtornos na vida do TDAH, pois tem dificuldade
organizar e planejar rotina, perde-se na hora da explicação, são distraídas como se
estivesse no “mundo da lua” distraem-se com qualquer som ou ruído, fazendo com que
se perca diante das situações do dia a dia. Os sintomas em crianças são mais físicos e
fáceis de identificar.

As crianças que possuem desatenção acabam por desenvolver dificuldades em


realizar tarefas escolares, é fácil de perder sua concentração, não costumam
terminar suas tarefas em casa destinada a elas, não gostam de participar de
atividades propostas que envolvam esforço mental, são desorganizadas
perdendo seus pertences com frequência. Se estão na frente da TV costumam
não responder quando lhe dirigem a palavra, parecendo estar sempre com a
cabeça “no mundo da lua”(Argollo, 2013, p. 198).
15

Geralmente, 60% das crianças e adolescentes entrarão na vida adulta com alguns
dos sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade, porém em menor número,
apesar dos sintomas estarem desde a infância entre a adolescência e o começo da idade
adulta eles tendem a diminuir. Os sintomas em adultos costumam ser mais brandos em
consequência mais difíceis de identificar, tem dificuldade em organizar e planejar
atividades do dia a dia, principalmente determinar o grau de importância da realização de
atividades, (o que fazer primeiro dentre várias coisas que tiver para fazer), estressa-se ao
assumir diversos compromissos pois não sabe por onde começar. Iniciam várias
atividades, mas tem dificuldade para concluí-las. Em consideração a hiperatividade como
uma das principais alterações comportamentais da pessoa com TDAH, principalmente se
a pessoa diagnosticada for criança, temos a seguinte definição:

[...] é o aumento da atividade motora. A pessoa hiperativa é inquieta e está


quase constantemente em movimento. Quando se trata de criança, os
professores descrevem que ela se levanta da carteira a todo instante, mexe com
um ou com outro, fala muito. Parece que é elétrica, ou que está com um
motorzinho ligado o tempo todo. Raramente consegue ficar sentada, mas se é
obrigada a permanecer sentada, se revira, bate com os pés, mexe com as mãos,
ou então acaba adormecendo. Dificilmente consegue se interessar por uma
brincadeira em que tenha que ficar quieta, mas está sempre correndo, subindo
em móveis, árvores, e frequentemente em locais perigosos. Uma criança mais
hiperativa nem mesmo para comer consegue sentar-se, quanto mais para
assistir a um programa de televisão, ler um livro ou uma revista (ABDA, 2017,
p. 4- 5).

O Doutor Drauzio Varella (2013), afirma: “esses sinais devem obrigatoriamente


manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente
reconhecidos e tratados.” Dra. Cacilda Amorim, Psicoterapeuta e Coaching
Comportamental, traz a seguinte afirmação: “Um diagnóstico diferencial de Excelência é
pré-requisito para tratamentos bem-sucedidos para o TDAH, suas comorbidades ou
quaisquer outros problemas que estejam originando os sintomas.” (Amorim 2017). Dessa
forma para um diagnóstico, preciso é necessário profissionais como Psicólogos,
psiquiatras e neurologistas que possam identificar o transtorno pois, podendo haver mais
de um transtorno neurológico.
16

2.2 TIPOS DE TDAH

Para Amorim (2010, p.1-2), existem diversos tipos de TDAH:


Tipo predominantemente Desatento: Não enxerga detalhes comete erros por
falta de cuidado, tem dificuldade em manter a atenção constante em algo, parece não
ouvir, dificuldade para seguir instruções, é desorganizado, não gosta de tarefas que
exigem um esforço mental prolongado, perde as coisas o tempo todo, perde o foco com
facilidade, esses sintomas de desatenção devem estar presente por um período de seis
meses, mas não os sinais de hiperatividade/impulsividade.
Predominante Hiperativo/ Impulsivo é inquieto mexe mãos e pés ou se reme na
cadeira, dificuldade em permanecer sentado, corre sem sentido ou sobe nas coisas
excessivamente, sente dificuldade de se engajar em uma atividade silenciosa, fala sem
parar, responde às perguntas antes mesmo de serem terminadas, não consegue esperar sua
vez, interrompe e se intromete constantemente os sintomas de
hiperatividade/impulsividade devem ser vistos por um período de seis meses, mas não de
desatenção.
Combinado: Este tipo é caracterizado pelos dois tipos juntos, o desatento e o
impulsivo, os sinais devem estar presentes por um período de seis meses, estão presentes
os sintomas tanto de distúrbio de atenção quanto de hiperatividade/impulsividade.

2.2.1 A Importância do Diagnóstico Precoce E Tratamento

O indivíduo com TDAH precisa de um diagnóstico precoce, para que este seja
apoiado pelos seus professores, parentes e amigos para que estratégias sejam montadas
para que este tenha uma melhor qualidade de vida, em consequência ao conhecimento do
transtorno seja mais bem compreendido pela sociedade. O TDAH pode afetar, de forma
diferente em cada indivíduo, os diversos aspectos envolvidos no funcionamento da
atenção, no planejamento, na organização e no controle dos estímulos. Geralmente os
primeiros a perceberem o comportamento, fora do padrão é os professores, por passarem
grande parte do tempo exigindo atenção e foco do aluno.
17

Aí justifica-se a importância para a compreensão do transtorno do TDAH


(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), um estudo sobre os principais
problemas enfrentado por alunos com TDAH, torna-se ferramenta chave para diagnóstico
e encaminhamento adequado.

A educação escolar ainda segue um modelo de educação hierárquico, aborda um


modelo de aprendizagem mecânica. (LEITE e OLIVEIRA, 2015). Onde este tipo de
ensino, prejudica muito a aprendizagem de alunos com este transtorno, então é
fundamental voltar o olhar dos profissionais para uma nova educação, que possa
contribuir com o bem-estar do educando, tornando possível o fortalecimento de vínculos
com a família, para poder tomar medidas que facilitem o diagnóstico e o tratamento. As
políticas públicas já visam um novo olhar sobre o transtorno, a Lei Nº 14.254, de 30 de
novembro de 2021, assegura acompanhamento integral para educandos com dislexia ou
transtorno do Deficit de Atenção com hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de
aprendizagem. Ainda em seu Art.1 Parágrafo único afirma: O acompanhamento integral
previsto no caput deste artigo compreende a identificação precoce do transtorno, o
encaminhamento do educando para diagnóstico, o apoio educacional na rede de ensino,
bem como o apoio terapêutico especializado na rede de saúde. Quanto maior o número
de pesquisas maior o conhecimento gerado, maior o espaço de aceitação e por parte da
sociedade favorecendo a inclusão.

O tratamento ocorre por meio de abordagens múltiplas, com intervenções


psicossociais e psicofarmacológicas caso necessário. O diagnóstico é baseado na história
clínica do paciente, com sintomas definidos. Avalia-se o ambiente onde sintomas ocorrem
com maior incidência, a duração desses sintomas, vários meses de intensa sintomatologia
ou apenas esporadicamente, se persistem em vários locais do convívio com familiares e
amigos, (escola, casa, trabalho). Caso ocorra inconstâncias nos sintomas não se
caracteriza como TDAH;

O Tratamento Medicamentoso para a maioria dos especialistas as medicações


estimulantes são consideras as opções mais eficazes para o tratamento do o TDAH
(Johnson & Safranek, 2005; Mattos, 2001; Correia Filho & Pastura, 2003; Silva 2003),
embora não haja consenso absoluto em relação a esta afirmação (Northey e cols., 2003).
18

Os medicamentos são considerados seguros e conseguindo benéficos em curto


período. Atualmente um medicamento para o TDAH disponível e de maior eficácia e
mais prescrito por médicos é o metilfenidato, um estimulante mais conhecido como
Ritalina. Medicação prescrita e precisa ser acompanhada pelo médico é um medicamento
controlado pois o seu uso causa dependência, não se acumula no organismo e seu efeito
dura em média 4 a 5 horas, onde o paciente deverá seguir o tratamento enquanto persistir
os sintomas.

O TDAH não tem cura, mas o uso medicamento diminui ou elimina os principais
sintomas de TDAH (desatenção, hiperatividade e impulsividade) em uma grande taxa de
sucesso, cerca de 70% dos casos. Caso o metilfenidato (Ritalina) não produza os
resultados esperados existe a segunda opção que inclui os antidepressivos como
alternativas para o tratamento, como imipramina (Tofranil), nortriptilina (Pamelor),
venlafaxina (Efexor), fluoxetina (Prozac), sertalina (Zoloft). Estes últimos, entretanto,
não são indicados rotineiramente por falta de evidências apoiando a sua utilização
(Mattos, 2001; Silva, 2003; Klein & Abikoff, 1997).

Por ser uma medicação controlada deve haver uma discussão clara sobre os
benefícios, para que haja a proposta de uma experiência, pois a maioria dos pais tendem
não aceitar, fazendo de início um teste por um ou dois meses, para averiguação dos
sintomas, podendo ser retirado caso não sujam os efeitos desejados, ou seguir com a
Ritalina.

Entretanto existem como facilitadores o tratamento Psicossocial, como uma


excelente alternativa, são tratamentos com eficácia comprovada para TDAH, além da
farmacoterapia, que requer treino dos pais para entender como proceder diante de
eventualidades, em casa ou em sala de aula. É importante destacar que nenhum, dos
tratamentos citados, promove a cura do TDAH, apenas ajuda na redução dos sintomas e
em consequência as dificuldades associadas ao transtorno, depressão, baixa autoestima,
baixo rendimento escolar (Barkley, 1998).

Em pesquisa publicada por Gomes et al (2007, p.98) com uma amostra composta
por 100 psicólogos foram apresentados os seguintes resultados:
19

Entre os psicólogos 66% acreditavam que o portador de TDAH pode ser


tratado com psicoterapia e sem o uso de medicamentos, 45% acreditavam que
e melhor para o hiperativo praticar esportes do que tomar medicamento, 43%
acreditavam que a criança tem o diagnóstico de TDAH porque os pais são
ausentes, 29% acreditavam que a medicação funciona como uma droga e causa
tem que espera a dependência e 17% acreditavam que a pessoa pode conviver
bem com o transtorno sem tratamento.

Cada tratamento deve ser pautado no diagnóstico individualizado de preferência


realizada por meio de intervenções multidisciplinar, unindo intervenções psicossociais e
psicofarmacológicas de acordo com os sintomas de cada paciente, onde nem sempre o
uso de medicação é necessário. A rotina de pessoas com TDAH precisam ser adaptadas,
praticar exercícios físicos que gastem energia, adotar uma alimentação equilibrada,
cuidados com o sono, para que a pessoa tenha uma melhor qualidade de vida, buscar
tratamento adequado é fundamental. Também existem práticas que podem para promover
uma maior qualidade de vida, fazer listas, usar uma agenda, realizar pequenas tarefas para
não se sobrecarregar.

Sendo necessário que intervenções fazendo a ligação família e na escola sejam


iniciadas. Com a finalidade de desmistificar as características do transtorno e o processo
de tratamento do TDAH, além de capacitar as pessoas em volta da criança, criando
agentes ativos no processo de melhora em relação as dificuldades ocasionadas. E ainda
fornecer ao professor informações que contribuam para o desenvolver práticas que
facilitem o processo de ensino aprendizagem, na escola em consonância do trabalho
desenvolvido em consultório.

2.2.2 CONTRIBUIÇÃO DE PROFESSORES PARA ALUNOS COM TDAH

Todos os sintomas do TDAH afetam e se relacionam de alguma maneira com a


aprendizagem e desempenho escolar. Conforme apontado por Barkley (2020): “Ser
desatento e impulsivo numa situação em que a autorregulação e o esforço sustentado são
cruciais para o sucesso, como é o caso da escola, pode ser devastador...” (BARKLEY,
2020).

A capacidade de atenção tem como função principal o potencial de selecionar


estímulos e responder os estímulos de interesse em relação aos demais (LIMA, 2005).
20

Um dos principais sintomas do TDAH é um déficit na capacidade de selecionar estímulos,


levando a um prejuízo considerável. A atenção é fundamental para a aprendizagem, tendo
em vista que memorizamos aquilo que passa pelo foco da nossa atenção (GUERRA,
2011).

A aprendizagem está totalmente ligada ao foco de atenção, se esta área tem algo
de diferente é necessário estabelecer estratégias que possam, contornar o problema, a
formação continuada em Neurociência, permitirem uma gama de conhecimento a respeito
do TDAH, promovendo a reflexão dos professores acerca do seu papel diante de sua
própria prática docente, em relação a diversidade em sala de aula.

Possibilitando ao docente compreender variadas formas de aprender e ensinar,


proporcionando, metodologias diversificadas para cada aprendente. Além
disso, conhecimentos das bases neurocientíficas instrumentalizam o docente,
auxiliando para a formação de sujeitos autônomos e críticos, ao qual a
educação incansavelmente preconiza (CARDOSO; QUEIROZ, 2019).

Desta forma o professor tendo conhecimento sobre o TDAH, pode intervir de


forma indireta, ao utilizar recursos que tornem sua aula interessante e atrativa, fazendo
com que as chances de sustentação da atenção sejam maiores. Os tempos estão mudados
o ensino tradicional fica cada vez mais no passado visto que os professores estão
buscando conhecimento em relação a uma nova forma de ensino que facilite
aprendizagem de alunos quanto TDAH. Para que esse aprendizado aconteça é necessário
mudar as aulas, tornando as lúdicas a ponto de conquistar e captar a atenção do aluno,
favorecendo a sua aprendizagem. Ainda é crucial que o entendimento do profissional
esteja voltado ao lado humano seu e do aluno estabelecendo uma relação de aprendizado
e confiança.

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi de caráter bibliográfico por meio de livros impressos, revistas
e artigos científicos disponíveis em sites confiáveis, dissertações e teses, a pesquisa qualitativa
descritiva considerando a relação interativa do mundo real e o sujeito observado. Procurando
esclarecer, o que é o TDAH, os sintomas mais perceptíveis, esclarecer que portadores do TDAH
tem uma capacidade de inteligência tanto quanto quem não possui o déficit a partir da visão de
autores renomados.
21

Podendo se tornar pessoas muito bem-sucedidas, principalmente se tiver suporte e


tratamento adequado. Portadoras do TDAH, possuem níveis elevados de criatividade. É nítido a
importância dessa abordagem, pois ela pode contribuir significativamente para o tratamento do
TDAH.
Para fundamentação teórica, este estudo foi dividido em vários tópicos. Trazendo
abordagens históricas sobre o transtorno, os principais conceitos sobre o TDAH,
características e sintomas, abordagem sobre diagnóstico e tratamento.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo compreender o TDAH de uma forma mais
ampla, os principais sintomas e os impactos causados na vida educacional dos indivíduos
acometidos. O TDAH tem aumentado consideravelmente ao longo dos anos, isso deve-
se ao grande número de pesquisas em relação ao tema, que é considerado um grande
transtorno na vida das pessoas, resultados de publicações sobre tema em questão
demonstram que a ciência avança em suas pesquisas, mas que ainda há um longo caminho
a ser percorrido. Não existe uma causa específica que justifique o transtorno.
As principais dificuldades apresentadas nas crianças e em adultos é conseguir
manter atenção concentrada, não consegue ficar parada “parece estar com um motor
ligado”, com um turbilhão de pensamentos acelerados que afetam consideravelmente a
capacidade de planejamento do indivíduo, estes comportamentos tendem a piorar em
situações que requerem atenção sustentada, por longos períodos, como ocorre na escola
(Harpin, 2005).
O TDAH persiste na fase adulta, afetando ainda mais o acometido, pela
necessidade de organização e inclusão no mercado de trabalho, acaba causando difícil
adaptação as regras, padrões da empresa, onde a desorganização e procrastinação, podem
gerar situações embaraçosas e ocasionar desemprego, podendo trazer transtornos
psiquiátricos ao indivíduo, como ansiedade e depressão, pois os sintomas impedem que
este, não consiga ou tenha dificuldades para realizar atividades básicas do dia a dia, com
sintomatologia de desatenção, hiperatividade-impulsividade.
22

Pode-se observar que os impactos negativos são enormes tanto nas crianças como
em adultos, afetando sobretudo, relações interpessoais e nos contextos de trabalho, lazer
e familiar, ocasionando prejuízos no desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

American Psychiatric Association (APA). Manual de diagnóstico de Transtornos


Mentais:DSM-5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BARKLEY, Russeal A. Phd; TDAH: Transtorno do déficit atenção com


hiperatividade; Tradutor: Luíz reyes Gil; Autêntica 1 ed. Belo Horizonte 2020.

BRASIL. LEI Nº 14.254 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2021; Dispõe sobre o


acompanhamento integral para educandos com dislexia ou Transtorno do Deficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem. Diário
oficial da união. Brasília, 30 de novembro de 2021. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil.> Acesso em:29 de dezembro de 2023.

DESIDÉRIO, Rosimeire C.; Maria Cristina de O. S. Miyazaki; Transtorno de Déficit de


Atenção / Hiperatividade (TDAH): Orientações para a Família. Scielo SP. Junho de
2007 Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/G4mGnPctSwHkLZgMn8hZs7b/
Acesso em 13 de dezembro de 2023.

MISSAWA, Daniela Dadalto Ambrozine; ROSSETT, Claudia Broetto; Psicólogos e


TDAH: possíveis caminhos para diagnóstico e tratamento; Constr.
psicopedagoga. São Paulo 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php
Acesso em 22 de setembro de 2022.

Rezende, Eduardo; A história completa do TDAH que você não conhecia; Psico Edu,
02 de novembro de 2016. Disponível em: https://www.psicoedu.com.br/2016/11/historia-
origem-do-tdah.html Acesso em: 10 de dezembro de 2022.
23

SILVA, Ana Beatriz Barbosa; Mentes inquietas: Entendendo melhor o mundo das pessoas
distraídas, impulsivas e hiperativas / Ana Beatriz B. Silva. - São Paulo: Editora Gente,
2003.

VENEZA, Pérola Roberta da Silva; Os impactos do Diagnóstico do suposto


Transtorno De Deficit Atenção/Hiperatividade (Tdah) na vida diária de uma
criança: um estudo de caso; Universidade Federal da Bahia. Salvador 2015. Acesso
em: 20 de dezembro de 2023.

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