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RESUMO
São encontradas diversas dificuldades na sala de aula em relação ao desenvolvimento da
aprendizagem de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH ) devido a
este fato tem-se buscado conhecimentos para que os professores consigam desenvolver um trabalho
mais especifico e com qualidade. Este artigo tem como objetivo é refletir sobre o conceito, definição e
características apontadas nos portadores de TDAH na idade escolar e nos adultos, bem como
apresentamos o diagnóstico e o tratamento adequados para estes indivíduos. Esta pesquisa vale como
fonte de reflexão e foi desenvolvida com base metodológica na pesquisa bibliografia. Concluiu-se que
ao detectar esse transtorno a escola e família, devem buscar ajuda para o tratamento adequado através
de profissionais, bem como professores especialistas em educação especial, fonoaudiólogo,
neurologista, entre outros. Além disso é necessário que os profissionais da educação se dediquem e
empenhem para realizar uma intervenção apropriada dentro da sala de aula com a inclusão destes
alunos visando um melhor aprendizado e um futuro promissor.
ABSTRAT
There are several difficulties in the classroom in relation to the development of learning of children
with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) due to this fact we have sought knowledge so
that teachers can develop a more specific and quality work. This article aims to reflect on the concept,
definition and characteristics pointed out in ADHD patients at school age and in adults, as well as
presenting the appropriate diagnosis and treatment for these individuals. This research is worth as a
source of reflection and was developed with methodological basis in the bibliography research. It was
concluded that when detecting this disorder, school and family should seek help for appropriate
treatment through professionals, as well as neuropsychologist, speech therapist, neurologist, among
others. In addition, it is necessary for education professionals to dedicate and commit themselves to
carry out an appropriate intervention within the classroom with the inclusion of these students,
aiming at a better learning and a promising future.
1. INTRODUÇÃO
Segundo a MACHADO e CEZAR (2008) pode – se ainda perceber que não existe uma
única forma do Transtorno podendo ele ter várias alterações com o decorrer do tempo o que o
torna imprevisível. Este transtorno, afeta a crianças em casa, na escola e na comunidade, o
que pode prejudicar o seu relacionamento e convívio com todos à sua volta. GOLDSTEIN
(1994) afirma dizendo que "... Algumas crianças, entretanto, podem apresentar sintomas de
hiperatividade como resultado de ansiedade, frustração, depressão ou de uma criação
imprópria”.
Em outras pesquisas podemos verificar que o transtorno se desenvolve também de
forma precoce, aparecendo antes dos quatro anos o que torna ainda mais difícil o seu
diagnóstico. Por não haver hipóteses para a uma possível cura, podemos durante toda a
infância, a adolescência também em sua fase adulta observar manifestações. Estudos ainda
apontam que o distúrbio é mais frequente em meninos do que meninas e ambos com sintomas
diferentes, sendo os meninos mais impulsivos e hiperativos e as meninas desatentas. “Muitos
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pesquisadores acreditam não ser hereditário e que seja consequência de algum desequilíbrio
da química do cérebro”. (MACHADO e CEZAR, 2008)
Para a maioria dos educandos o TDAH e visto como um dos distúrbios mais comum.
Erroneamente todo o aluno muito desatento, inquieto, impulsivo e que estão sempre agitados
durante a aula é logo caracterizado como um portador de TDAH.
“Este transtorno é considerado uma doença relacionada à essência de produção de
determinados neurotransmissores que são substâncias produzidas em maior ou menor
quantidade no sistema nervoso central e regula o funcionamento do mesmo." (FILHO - 2003)
Sabe-se que o risco de uma criança nascer com tal transtorno aumenta no período de
gestação ou parto.
O Transtorno é causado por um mau funcionamento da neuroquímica
cerebral. Ainda não foi descoberto o mecanismo exato, porém estudos
confirmam que há uma alteração metabólica, principalmente na região pré-
frontal do cérebro, principal reguladora do comportamento humano.
(MACHADO e CEZAR, 2008,p.32)
Fatores como risco perinatais, uso e abuso de álcool e drogas, alguns medicamentos,
infecções principalmente na infância ou no sistema nervoso central, podem ser uma das
causas do transtorno de TDAH.
Segundo pesquisa realizadas, foram encontradas alterações na região frontal do cérebro,
afetando o comportamento, sendo esta alteração um dos principais motivos para a existência
do TDAH.
crianças com o TDAH, fazendo com que o controle da atenção, estado de vigília e emoção
sejam prejudicados”.
Como o TDAH pode-se desenvolver desde bebe até a fase adulta, podemos apontar que
alguns bebês apresentam agitação no sono, inquietude, choro descontrolado como umas das
características. Com o crescimento da criança no período de desenvolvimento motor
apresentam como principais características: o desequilíbrio, retardo na linguagem oral,
exemplos como as trocas, omissões, distorções e acréscimos. A inquietude, distração,
impaciência, dificuldades no relacionamento social, falta de organização e planejamento,
esquecimentos, baixo autoestima, falta de interesse entre outras, são observados no decorrer
de todas as fases do portador de TDAH (IANHEZ; NICO,2002)
Na escola é considerado desorganizado, o aluno inicia uma atividade e não termina, tem
dificuldades nos relacionamentos com os amigos, não respeita aos professores, é agressivo,
não respeita os limites, fala mal e bate nos colegas, não se concentra e atrapalha as aulas, o
que prejudica seu rendimento escolar.
O hiperativo possui dificuldades com coordenação motora, dificuldade para andar de
bicicletas, patins, pularem cordas, subir em árvores, abotoar roupas, amarrar sapatos, fazer
recortes com tesoura, arremessar bola, normalmente a criança presta atenção a várias coisas
ao mesmo tempo e por isso distrai-se facilmente (IANHEZ; NICO,2002)
Conforme GOLFETO (1992, p. 12), “a criança hiperativa apresenta dificuldade em
distinguir direita de esquerda, alterações de memória visual e auditiva, em orientar-se no
espaço, fazer discriminações auditivas, em elaborar sínteses auditivas, além de possuir má
estruturação do esquema corporal”.
2. 3 O Adulto Com TDAH
(IANHEZ; NICO,2002,p.23)
O DSM-IV sugere que tenham pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis
sintomas de hiperatividade/impulsividade para poder diagnosticar o TDAH. Porem há
sugestões de rebaixamento de cinco ou menos sintomas encontrados em adolescentes e
adultos (ROHDE,1998).
Como não existe um exame especifico para detectar o TDAH, o diagnóstico é feito por
um cuidadoso histórico clínico, recolhendo dados e informações de professores, pais e ou
responsáveis e todos que interagem outem uma relação com a criança avaliada, um
levantamento do funcionamento intelectual, social, emocional e acadêmico e exame médico,
geralmente neuropediatra, bem como testes psicológicos e/ou neurológicos.
A conclusão de um diagnóstico é um processo difícil, envolve uma equipe de
profissionais constituída de Psicólogos, Fonoaudiólogos e Psicopedagogos, Neurologista,
Pediatras, pois o diagnóstico é feito a partir da presença ou não de determinados fatores e
sintomas.
Podem ser realizados testes para medir os níveis de atenção e determinar as habilidades
de aprendizagem. Podemos elencar como, por exemplo, testes visomotores, de atenção e
concentração, neuropsicológicos e de personalidade. Essas avaliações revelam possíveis
comprometimentos na inteligência, indícios de lesões neurológicas e até conflitos emocionais.
Quando a criança não é diagnosticada precocemente com TDAH, ou quando os pais não
aceitam o tratamento, muitos no período da adolescência procuram por drogas, álcool,
agressões sexuais, a fim de superar suas dificuldades.
Para Sampaio (2014, p.12) que o diagnóstico e o tratamento podem ajudar a criança a
ter mais êxito em sua vida. “[...] diagnóstico e tratamento corretos poderão ajudar a criança a
diminuir as repetências, elevar sua concentração por um período maior de tempo, evitar
depressão, superar problemas de relacionamento, ajudá-lo na orientação vocacional e até
evitar envolvimento com drogas”
Um grande problema para o diagnostico ser conclusivo e que muitas vezes o TDAH
pode ser confundido com autismo, surdez, deficiência intelectual e até mesmo com a dislexia,
por isso é preciso ser realizado por profissionais especializados (SAMPAIO, 2014)
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O TDAH muitas vezes com já dito anteriormente e visto como uma dificuldade de
aprendizagem. Sabemos que estas crianças possuem capacidade de aprender, porém possuem
uma grande dificuldade em se concentrar devido ao impacto que os sintomas deste transtorno
têm sobre a sua atuação (GOLDSTEIN, 2006).
Acreditamos que há diferença na competência de leitura e escrita entre as crianças com
dislexia e TDAH. A dificuldade de leitura na comorbidade parece se relacionar mais com a
desatenção do que com os outros sintomas do TDAH. Já na dislexia a dificuldade é em usar a
correspondência letra e som na leitura e na escrita (GOLDSTEIN, 2006)
3. CONCIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, neste estudo o TDAH é uma síndrome caracterizada por um padrão
persistente de falta de atenção, hiperatividade e/ou impulsividade, dificultando o processo de
aprendizagem e que quando este é identificado pelo professor, as providencias necessárias são
tomadas com maior rapidez, tanto em sala de aula como com a equipe e familiares.
Ao detectar este transtorno a escola pode contar com a ajuda da intervenção
psicopedagógica e de outros profissionais como: fonoaudiólogo, neuropediatras, psicólogos
educacionais e clínicos, especialistas em educação inclusiva e especial, entre outros. Todos
eles têm seu papel no manejo desses indivíduos.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções
psicossociais e psicofarmacológicas, sendo em sua maioria o metilfenidato o medicamento
com maior comprovação de eficácia neste transtorno.
A família deve buscar meios que facilitem a aprendizagem na escola pela criança, como
por exemplo, estabelecer um horário para as atividades do dia-a-dia, ajudar a organizar o
material escolar e as roupas a fim de diminuir a ansiedade. Crianças com este problema
precisam de atendimento individualizado e de um apoio da família e do professor. Não se
deve expô-las a pressão de tempo ou competição para não desenvolver angústias e nem
possíveis problemas emocionais que poderão mascarar a dificuldade que a criança apresenta.
Por fim, é necessário que os profissionais da educação se dediquem e empenhem para
realizar uma intervenção apropriada dentro da sala de aula com a inclusão destes alunos
visando um melhor aprendizado e um futuro promissor.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
IANHEZ, M. E.; NICO, M. A. Nem sempre é o que parece: como enfrentar a dislexia e os
fracassos escolares. São Paulo: Alegro, 2002.
ROHDE L.A., BUSNELLO E.A., VIEIRA G.M., PINZON V, KETZER C.R. Transtorno
de déficit de atenção/hiperatividade: revisando conhecimentos. Rev ABP-APAL
2001;20(4):166-78