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DOI: 10.

53660/CLM-1980-23N47

Preventive measures of stress and Burnout syndrome in teachers: a


bibliographic review
Medidas preventivas de estresse e síndrome de Burnout em professores: uma
revisão bibliográfica
Received: 2023-08-10 | Accepted: 2023-09-12 | Published: 2023-09-20

Daniela Philippsen Goelzer


ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3532-2546
Universidade Feevale, Brasil
E-mail: goelzerdaniela@gmail.com
Cláudio Felipe Kolling da Rocha
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2193-6425
Universidade Feevale, Brasil
E-mail: claudiodarocha@feevale.br
Daiane Bolzan Berlese
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5326-8065
Universidade Feevale, Brasil
E-mail: daianeb@feevale.br

ABSTRACT
Stress is a major occupational problem for teachers worldwide. Consequently, prevention is also of
paramount importance for teachers' quality of life. The research was carried out in the PUBMED
database, and the descriptors used were: Occupational stress prevention teachers and Burnout prevention
teachers. Stress was shown to be more prevalent than Burnout Syndrome. More frequently, there are more
research that apply measures for its prevention. There are several therapies in the prevention of
occupational stress in teachers, where most of them are efficient

Keywords: Prevention, Stress, Professional Exhaustion, Teachers.

RESUMO
O estresse é um grande problema a nível ocupacional para professores no mundo todo.
Consequentemente, a prevenção também é de suma importância para a qualidade de vida dos docentes. A
pesquisa foi realizada na base de dados PUBMED, e os descritores utilizados foram: Occupational stress
prevention teachers e Burnout prevention teachers. O estresse se mostrou mais prevalente do que a
Síndrome de Burnout. Sendo mais frequente, existem mais pesquisas que aplicam medidas para sua
prevenção. Existem várias terapias na prevenção do estresse ocupacional em professores, onde a maioria
delas é eficiente.
Palavras-chave: Prevenção, Estresse, Esgotamento profissional, Professores.

CONCILIUM, VOL. 23, Nº 18, 2023, ISSN: 0010-5236


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INTRODUÇÃO

Com a evolução da globalização, o desenvolvimento tecnológico, a demanda diária de


informações e a carga horaria cada vez maior no trabalho, os indivíduos estão altamente
expostos a episódios ou crises de estresse. Esses episódios podem afetar o desempenho no
trabalho como também as relações pessoais e a saúde do indivíduo. O estresse foi reconhecido
pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a doença do século, uma vez que atinge
quaisquer tipos de indivíduos, independente de idade, raça ou classe social (OMS, 2022).

Fisiologicamente, o estresse é a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) através


da secreção do fator liberador de corticotrofina pelo hipotálamo, que gerará como resposta a
secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise. O ACTH faz a ativação da
glândula supra-renal que por sua vez, irá desencadear a secreção de vários hormônios
glicocorticoides, principalmente o cortisol (PATTERSON et al, 2013). Como os
glicocorticoides são hormônios multifuncionais o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é
imprescindível para manter a homeostasia e para que ocorra uma resposta adaptativa ao estresse.
O sistema nervoso simpático é juntamente ativado, desencadeando a liberação de adrenalina e
noradrenalina (CONTAIFER et al, 2018). Essa reposta tem como objetivo principal
superar/cessar o estímulo estressor. Quando ela se dá de forma repetida e sustentada, pode gerar
processos patológicos (ROCHA, 2015).

O estresse ocupacional é a denominação do estresse desencadeado por experiências no


trabalho e está intimamente relacionado a perturbações psicológicas ou sofrimento psíquico.
Frequentemente resulta na incapacidade de realizar atividades diárias e da vida profissional.
Quando os indivíduos são submetidos à pressão no trabalho, e não sabem lidar com a mesma,
acabam desencadeando sintomas mais complexos que o estresse, como por exemplo problemas
mentais, físicos, insatisfação pessoal, depressão, entre outros. Os principais sintomas
apresentados são tensão física e psicológica, depressão, ansiedade, perturbações do sono,
diminuição da capacidade intelectual e prejuízo das relações com o próximo (MARTINS, 2021).

No mesmo contexto, a Síndrome de Burnout pode ser definida como a doença do


esgotamento profissional ou a “síndrome da desistência”. O indivíduo deixa de investir em seu
trabalho e nas suas relações afetivas, tornando-se incapaz de envolver-se emocionalmente
(ABREU et al, 2002; MAYORGA, 2005). Já Reinhold definiu a síndrome como um tipo
especial de estresse ocupacional, caracterizando-se pelo sentimento profundo de frustação e
exaustão no trabalho, podendo estender-se para a vida pessoal do indivíduo (REINHOLD,
2006).
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A profissão de professor pode ser classificada como uma das mais desgastantes. A situação
de inúmeras escolas e universidades é insuficiente, o que dificulta o trabalho e aumenta a
sobrecarga de insatisfação para os docentes. Quando as condições são boas, cita-se ainda a carga
horária elevada, a grande quantidade de alunos e a responsabilidade com inúmeros prazos a
cumprir (CONTAIFER et al, 2018).

De acordo com Gomes & Brito (2006), um aspecto importante é a vida sedentária da maioria
dos docentes, onde o pouco tempo para lazer e atividades físicas aumenta o problema, uma vez
que a prática de exercícios físicos ajuda a neutralizar a ação dos hormônios e
neurotransmissores que são liberados em situações de estresse.

Devido ao desgaste diário na profissão, com o passar dos anos, os docentes podem chegar ao
esgotamento, desenvolvendo a Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP), que foi
caracterizada pela primeira vez em 1974 por Freudenberger como um sentimento crônico de
apatia e desânimo, atingindo principalmente pessoas que trabalham diretamente com publico
(CARLOTTO et al, 2022; TAVARES et al, 2007).

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura. A pesquisa foi realizada na base
de dados PUBMED, utilizando os seguintes descritores: Occupational stress prevention
teachers e Burnout prevention teachers.

Os critérios de inclusão foram trabalhos publicados no idioma inglês, que abordassem o


tema. Os critérios de exclusão foram artigos que estivessem em domínio privado. Foram
encontrados 157 artigos referentes aos descritores de busca. Após avaliação dos critérios de
inclusão e exclusão, restaram 21 artigos. 44 artigos foram excluídos por não serem de domínio
público e 93 artigos não foram selecionados por não abordarem o tema da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os estudos abordando prevenção e causas de síndrome de Burnout e estresse ocupacional são


variados. Existe grande divergência sobre as formas mais eficazes de se prevenir e remediar tais
situações, no entanto existem variados exemplos de sucesso.

Em 2014, Filg-Hertlein e colaboradores demonstraram que sessões de fisioterapia


direcionadas a diminuir o estresse ocupacional entre professores de escolas secundárias da
Áustria foi eficiente, embora não tenham sido mensuradas as causas e efeitos do estresse. No
mesmo ano, um estudo realizado nos Estados Unidos relatou reduções significativas no estresse
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percebido, sintomas depressivos e da Síndrome de Burnout de professores de escolas para


alunos especiais, quando praticaram meditação transcendental. O estudo também indicou que a
prática da meditação reduz a resposta psicológica e fisiológica aos fatores de estresse, reduzindo
a ativação do eixo HHA se, consequentemente, reduzindo os níveis de cortisol (ELDER et al,
2020).

Um estudo realizado em escolas de ensino médio, na Inglaterra, propôs tanto para


professores, como para alunos, um treinamento intitulado Primeiros Socorros Da Saúde Mental
onde os participantes adquiriram conhecimento e confiança para ajudar o próximo e
conseguiram minimizar o estresse no ambiente escolar (KIDGER et al, 2016). Já no Canadá, foi
realizado um estudo sobre aliviar o estresse através do trabalho valorizado, e os resultados
mostram que, se uma organização fornecer recursos que os indivíduos valorizem, o estresse será
reduzido (KNOOP, 2010). Também na Alemanha, um estudo foi desenvolvido em escolas de
crianças com deficiência severa, a partir de um questionário de padrão de enfrentamento e
experiência, que consiste em onze subescalas abrangendo os campos de compromisso
profissional. 36% dos professores apresentaram um estilo de vida resignado, o que foi
caracterizado como resultado da rotina estressante dos mesmos. Como método de prevenção,
sugeriu-se a combinação do auto-relato em sessões de grupo e a observação do local de
trabalho, porém não foi mensurada e eficácia desde método (ADAMS et al, 2017).

Unterbrink e colaboradores (2022) efetuaram um estudo clínico randomizado para avaliar o


efeito da terapia de grupo em professores, como intervenção para redução dos sintomas de
Burnout. Os resultados mostraram que os docentes que participaram de pelo menos cinco
sessões de grupo, apresentaram melhora nos quesitos Exaustão emocional e realização pessoal.
Já em 2015, Yau-ho P. Wong relatou em um estudo realizado em professores de pré-escolas
que o espaço social, os colegas de trabalho e a carga horária foram associados à satisfação no
trabalho. No entanto, a ergonomia foi levantada como um preditor negativo significativo de
queixas de saúde mental e estresse.

Em um estudo feito em escolas públicas do Brasil, verificou-se que o assédio moral e


psicológico que os professores sofrem traz consequências prejudiciais à saúde mental, deixando-
os suscetíveis a eventos de estresse. Relatou-se também que a compreensão do professor perante
o local de trabalho tem grande valor na prevenção a eventos de estresse, sendo importante a
atuação de um ergonomista (CAMPOS et al, 2012). Novamente no Brasil, em 2016 foi
desenvolvido um estudo que abordou a Síndrome de Burnout e os fatores associados em
professores de ensino médio e fundamental de escolas particulares. A partir de uma reunião de
grupo e aplicação de um questionário aos mesmo, verificou-se que a exaustão emocional atingiu
o maior índice entre os docentes. Como prevenção, foi sugerido atividades e intervenções
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voltadas aos professores alertando-os sobre os possíveis fatores de estresse relacionados ao


trabalho. No entanto, o estudo não relata os resultados dessa medida preventiva (CARLOTTO et
al, 2022).

Nos Estados Unidos, professores de pré-escolas foram recrutados para participarem de


oficinas focadas no aumento da flexibilidade psicológica e aumento da atenção. O objetivo da
atividade foi diminuir o estresse entre os educadores. O estudo foi finalizado com sucesso,
observando uma diminuição dos níveis de estresse (BIGLAN et al, 2013).

Na Africa do Sul, o grupo de Jhonson e col. propôs uma abordagem psicopedagógica para a
valorização do bem-estar objetivando a prevenção da Síndrome de Burnout em professores que
lidavam com HIV e AIDS. A terapia foi eficaz, interferindo nos níveis de estresse e Burnout nos
docents (JOHNSON et al, 2016).

Um estudo piloto realizado por Austin e colaboradores (2020) buscou identificar as


estratégias utilizadas por docentes para gerenciar o estresse ocupacional. Foram identificadas
como estratégias negativas “assumir a responsabilidade”; “evitar, negar” e “agressividade não
controlada”. Como estratégia positiva, foi identificado o exercício físico. Outra pesquisa, que
relacionava Síndrome de Burnout ao trabalho e a qualidade de vida em professores de uma
faculdade chinesa, constatou que os maiores fatores de risco para o Burnout são uma aversão ao
ensino decorrente dos alunos e à falta de reconhecimento do trabalho por um supervisor direto
(YAO et al, 2015).

Na Polônia, uma intervenção para reduzir o Burnout em professores, que consistiu em uma
oficina de dois dias voltada para imersão e discussões relacionadas a estresse ocupacional,
apenas o esgotamento emocional foi significativamente reduzido devido à intervenção. O
tratamento não afetou a realização pessoal, a despersonalização ou a frequência das queixas
somáticas (ZOLNIERCZYH-ZEDRA, 2015).

Elisabeth Framke e colaboradores realizaram um estudo em 2016, na Dinamarca, onde


realizarão uma intervenção para melhorar o ambiente de trabalho, verificando se isso melhorava
os distúrbios do sono apresentados pelos docentes. Porém, não foram encontradas evidências de
melhora do ambiente de trabalho a partir de uma intervenção de saúde ocupacional a nível
organizacional. Já na Alemanha, os professores foram submetidos a uma terapia respiratória,
chamada AFA, que tinha como foco a percepção da respiração individual. Porém, os resultados
relativos à eficácia da terapia não foram conclusivos na prevenção da Síndrome de Burnout,
sugerindo a realização de mais estudos (GOETZ et al, 2013).

De forma geral, a tentativa de implementar programas de terapia ocupacional para


gerenciamento de estresse em docentes se mostra eficaz. Seja este programa voltado para terapia
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de grupo, meditação, melhorias do ambiente de trabalho ou valorização profissional.


Instrumentar os docentes para lidar com o estresse é essencial, tendo em vista a característica
inerentemente estressora desta ocupação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Síndrome de Burnout consiste na evolução do estresse ocupacional, sendo menos comum


do que o mesmo. Mesmo assim, os dois são difundidos no mundo inteiro e estão relacionados a
diversas situações do cotidiano de professores, tanto a nível infantil, de ensino médio e
universitário. Dos 20 artigos revisados, apenas 3 apresentaram resultados inconclusivos e não
relataram a diminuição do estresse nos professores a partir das intervenções utilizadas. Sendo
assim, em diversos países, inúmeros estudos são realizados para encontrar uma prevenção
efetiva dessa condição a partir de diferentes intervenções. A grande maioria destes estudos
possui um desfecho eficiente na minimização do estresse e Síndrome de Burnout em
professores.

Por fim, diante de exemplos eficazes de diminuição do estresse em professores, faz-se


necessário a criação de programas de terapia ocupacional em instituições de ensino, que tenham
como objetivo minimizar os efeitos do estresse e atuar de forma preventiva, A partir destas
medidas, melhora-se efetivamente a qualidade de vida dos docentes, aumentando a satisfação
profissional dos mesmos e minimizando gastos futuros em saúde.

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