Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estudo das dimensões e das práticas que implicam na gestão do tempo e do estresse.
PROPÓSITO
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a importância da gestão do tempo em relação ao desempenho
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
A gestão do tempo, ligada a outros conceitos, como autogestão ou produtividade, adquire cada
vez mais importância diante de um mundo acelerado que nos exige mais coisas a serem
resolvidas mais rapidamente. Paralelamente, o estresse se apresenta como um dos males do
nosso tempo, com inúmeros sintomas negativos para a saúde e prejuízos para as
organizações.
MÓDULO 1
O tempo hoje parece passar mais rápido do que antes. As exigências atuais parecem maiores
do que as de antes. Devemos estudar mais, pois os mercados são mais competitivos e as
oportunidades menores; temos que aprender inglês, como mínimo, se não várias línguas; no
trabalho, exigem de nós a máxima produtividade e ainda devemos estar bem-humorados e ter
boas relações com colegas e clientes; a conectividade intensiva trazida pelas tecnologias da
informação e comunicação nos exigem e distraem de forma contínua; recomenda-se ter uma
alimentação saudável e fazer exercícios com frequência; e, além de tudo, devemos passar
tempo com nossas famílias, amigos e desfrutar de uma oferta de ócio cada vez maior.
Diante desse panorama, você com certeza teve muitos momentos em que sentiu que seu
tempo e energias não eram suficientes para atender ao que se esperava de você e ao que você
gostaria fazer por si mesmo. Talvez tenham sido momentos pontuais de maior carga de
trabalho, ou, de forma geral, na rotina da sua vida. Esse sentimento gerou, provavelmente, certa
ansiedade, estresse ou insatisfação pelos sacrifícios que teve que fazer e pelos objetivos que
não conseguiu atingir.
Foto: Shutterstock.com
Ao mesmo tempo, é possível que conheça alguma pessoa que, inclusive com maiores
responsabilidades do que você, consegue cuidar de todas as esferas da vida de forma efetiva e,
ainda, com alegria e tranquilidade.
Esses casos são estranhos e não podemos nos comparar aos demais, pois cada um de nós
vivencia uma realidade específica e tem uma personalidade diferente. Entretanto, em qualquer
caso, certas referências podem nos ajudar a vislumbrar que é possível fazer mais coisas em
menos tempo, sem morrer na tentativa.
Há algumas décadas, preocupar-se por gerenciar o tempo não tinha muito sentido. O ritmo era
outro e ninguém falava até então sobre esse tema. Pouco se sabia e aqueles que tratavam do
assunto tinham pouca divulgação. Atualmente, porém, é imprescindível fazê-lo se queremos
ter uma vida harmoniosa e cumprir com as nossas exigências e as dos demais. Além de tudo,
felizmente, contamos com uma ampla literatura. Há inúmeros especialistas, e este é um tópico
sobre o qual se pode extrair informações facilmente. Este módulo irá ajudar você a entender o
que é a gestão de tempo, seus benefícios, fundamentos e as suas dimensões principais.
Gestão do tempo pode ser entendida como um processo, essencialmente individual, dirigido a
organizar o tempo e os esforços dedicados a realizar um conjunto de atividades, e tem como
finalidade sermos mais eficientes e, ao mesmo tempo, preservar a nossa saúde.
É importante frisar que a gestão do tempo é principalmente individual. Podem existir iniciativas
de gerenciamento de tempo numa equipe ou organização, mas o desempenho parte sempre do
indivíduo. Também convém considerar que acarreta organizar, priorizar e planejar a forma de
executar as atividades. Assim, é um processo que demanda uma preparação.
Por fim, gerenciar o tempo e nosso esforço ou a forma em que implementamos uma série de
tarefas implica uma estratégia comportamental.
EFICIENTE
Produtivo, que faz bom uso dos recursos e faz as coisas corretamente, em menos tempo.
Quanto ao propósito de gerenciar nosso tempo, destacamos, por um lado, o de ser mais
eficiente.
Isso significa nos dedicarmos mais ao que consideramos mais importante dentro do conjunto
de atividades, ao que tenha mais impacto para nossos objetivos, e fazer as coisas em menos
tempo e gastando menos outros recursos, como energia, dinheiro, pessoas etc.
Não significa, portanto, trabalhar mais, dormir menos ou estar sempre atarefado. Por outro
lado, destacamos a busca por manter uma boa saúde física e mental.
Quando não administramos nosso tempo, ou melhor, nossa vida profissional e pessoal,
podemos sofrer doenças derivadas do estresse, como estudaremos no módulo seguinte.
POR QUE É IMPORTANTE A GESTÃO DO
TEMPO?
Um dos autores mais relevantes sobre o assunto ― considerado um dos pais da Administração
moderna ― é Peter Drucker. Nascido na Viena austro-húngara no início do século XX, ele
ressaltava, no seu livro The Effective Executive (2006), a importância da gestão do tempo com
esta famosa frase:
DRUCKER, 2006, p. 51
ATENÇÃO
Por outro lado, o que se evidencia na maioria das organizações, tanto públicas quanto privadas,
é que se trabalha muitas horas, mas se atingem resultados limitados. Isto é, a produtividade é
baixa. Há um baixo desempenho individual e institucional em comparação com as horas
dedicadas ao trabalho.
A própria definição apresentada já nos oferece duas razões principais para valorizarmos esse
processo: sermos mais eficientes e estarmos mais saudáveis. Além desses efeitos
fundamentais, são inúmeros os benefícios que um gerenciamento adequado pode trazer para
as nossas vidas e para as pessoas próximas. Assim, salientamos, de forma concreta, as
seguintes vantagens:
Proporciona mais daquilo que mais valorizamos, seja a família, dinheiro, ócio ou qualquer outra
prioridade.
É a base para gerenciar melhor a carreira e para que esta seja bem-sucedida.
Permite obter mais tempo livre, podendo dedicá-lo ao ócio, família ou amigos.
Eleva nosso humor e nossa predisposição na hora de tratar com outras pessoas.
10
A primeira das vantagens enumeradas no item anterior poderia englobar o resto. Quando
gerenciamos o tempo, podemos passar mais tempo fazendo as coisas de que gostamos. Por
isso, é importante não cair na armadilha de ganhar mais tempo para arrumar mais tarefas que
não priorizamos e entrar em um círculo vicioso, ficando na mesma situação que queríamos
consertar.
Burkeman (2016) adverte justamente sobre esse perigo que ameaça nossa sociedade.
Segundo o autor, a obsessão pela gestão do tempo e por se tornar mais produtivo pode ser um
fim impossível de cumprir, na medida em que, segundo a Lei de Parkinson, o trabalho se
expande e preenche o novo tempo que disponibilizamos.
Desse modo, como fazemos as tarefas mais rapidamente, assumimos mais tarefas, muitas das
quais não contribuem para o nosso bem-estar. A lista de tarefas cresce e os demais nos
exigem mais coisas, atendendo ao novo ritmo de trabalho. Entraríamos e ficaríamos presos em
uma roda de hamster, talvez com efeitos piores para nossa saúde do que os percebidos antes
de começar a gerenciar nosso tempo.
Burkeman (2016) também aponta que uma aposta exagerada por maximizar nosso tempo e
melhorar nosso desempenho pode arrastar-nos a viciar até nosso tempo de lazer.
Especialistas como David Allen (2016) apontam que a dinâmica atual na maioria das empresas
é exigir dos colaboradores um ritmo de trabalho constante, sem limite de horário e
demandando cada vez mais resultados. Em dois ou três anos ― quando esses trabalhadores
acabam esgotados, deixam de ser criativos e diminuem seu desempenho ―, são demitidos e as
empresas recrutam novo pessoal, mais motivado e cheio de energia.
ATENÇÃO
Uma vez compreendido o conceito de gestão de tempo e seu valor para sua vida pessoal e
profissional, convém entender a relação desse termo com outros similares, particularmente
com os que mantêm uma íntima ligação, alguns já mencionados ao longo deste módulo.
Assim, é muito comum, quando se trata o assunto, que você encontre conceitos tais como os
de autogestão, produtividade, alta performance ou desempenho.
Esses termos têm nuances particulares, mas, ao final das contas, estão todos direcionados a
um dos objetivos essenciais da gestão do tempo, que é fazer as coisas em menos tempo.
Mas não é só isso. Uma organização adequada também pode conduzir-lhe a assumir mais
atividades e, inclusive, a realizá-las com mais qualidade. À medida que orientamos
estrategicamente nosso tempo e nossos esforços, teremos um desempenho maior. Sem cair
no que chamamos de “armadilha da gestão do tempo”, aprimorar seu desempenho no trabalho
pode ajudar na sua carreira, atingindo objetivos profissionais que antes não conseguia.
Imagem: Shutterstock.com
Por exemplo, não temos a mesma motivação para fazer uma coisa que gostamos comparada a
uma que não gostamos. Ou não trabalhamos igual quando estamos aprendendo uma nova
tarefa em comparação a quando a realizamos durante anos. De igual modo, nosso
desempenho é diferente se trabalhamos sob a pressão de uma data de entrega próxima ou
quando o prazo ainda está distante.
Assim, o desempenho não é um conceito simples, vai além de atingir resultados, se manifesta
em diferentes dimensões, contextos e depende das nossas competências pessoais e
profissionais.
Determinantes do desempenho:
Desempenho de tarefa:
contribuição para o núcleo técnico do
cargo.
proatividade e persistência.
Desempenho como ação situacional e
Os modelos teóricos do construto desempenho, expostos no quadro, são úteis para entender
os efeitos decorrentes do nosso trabalho quando maximizamos nosso tempo e nossos
esforços.
Essas propostas teóricas, complementares entre si, podem ser agrupadas em diferentes
aspectos do desempenho no trabalho:
MODELO 1
As capacidades necessárias para atingir as tarefas.
MODELO 2
MODELO 1, 3 E 4
MODELO 3, 5 E 6
Os aspectos dinâmicos do desempenho, que têm a ver com a forma como as pessoas reagem
diante de circunstâncias extraordinárias em um período de tempo específico.
Portanto, ser eficiente ou ter alta performance é mais complexo do que realizar entregas em
menos tempo.
O desempenho tem múltiplas variáveis, todas relevantes, e algumas dimensões adquirem mais
importância do que outras, segundo o tipo de ocupação e atividade. Se você consegue
gerenciar seu tempo estrategicamente de acordo com suas circunstâncias, prioridades e
ambiente de trabalho, poderá maximizar seu desempenho, fazendo mais em menos tempo e
melhor do que antes.
O especialista Enrique J. Sánchez Elvira fala acerca de diversas visões sobre o tempo de uma
perspectiva cultural-tradicional, bem como suas aplicações na vida moderna:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A gestão do tempo melhora nosso desempenho e a nossa saúde diante dos efeitos do
estresse, mas não seria uma gestão adequada se fosse dirigida a ampliar as nossas tarefas
ilimitadamente, pois, ao acrescentar novas tarefas, retornaria à situação que buscamos
melhorar quando começamos a gerenciar nosso tempo.
Alguns autores apontam que o desempenho pode ser entendido como uma série de etapas que
acontecem em uma certa ordem ou sequência, que começa com o estabelecimento de
objetivos, passa pela busca de informação e planejamento, pelo monitoramento, e, por fim, o
feedback.
MÓDULO 2
Você já deve ter experimentado estresse e seus sintomas em algum momento da sua vida. É
um fenômeno recorrente hoje em dia e todos temos passado por essa sensação, em maior ou
menor medida.
Inclusive, é comum ter sintomas físicos ou psicológicos que atribuímos a outras causas, ou que
simplesmente tratamos sem a ciência de que são causados pelo estresse.
ATENÇÃO
A intensidade do estressor e como cada pessoa o assimila são elementos essenciais para
entender como se manifesta. O tempo ― ou a escassez dele ― diante de uma acumulação de
tarefas cada vez maior é parte desse fenômeno.
Considerando algumas das obras recentes mais importantes que tratam sobre o assunto
(WHETTEN; CAMERON, 2011; ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010), podemos entender o estresse
como:
Uma resposta comportamental e fisiológica diante de um evento, circunstância ou ambiente
que confronta um indivíduo pela sua importância, desafio ou incerteza. Dependendo do nível de
estresse, ele pode gerar efeitos positivos ou negativos na pessoa que o experimenta.
ATENÇÃO
Mesmo que normalmente o estresse esteja relacionado a uma ameaça para a saúde, níveis
baixos podem não ser prejudiciais, como veremos posteriormente com mais detalhes.
Igualmente, as fontes do estresse são várias e a reação depende de cada pessoa em particular.
Do mesmo modo que existem diferentes fontes causadoras de estresse, também são diversas
as reações experimentadas pelas pessoas diante das mesmas fontes.
Você deve conhecer alguém que, diante de um evento estressante, reage de forma exagerada ―
em comparação com sua percepção. Ou, pelo contrário, provavelmente sabe de alguma pessoa
que reage com muita tranquilidade frente a certas circunstâncias que, para você, produziriam
estresse.
Um perfil mais propenso ao estresse, por exemplo, é aquele que apresenta traços de
impaciência, hostilidade, ambição e perfeccionismo.
LÓCUS DE CONTROLE
Em sentido contrário, as pessoas que acreditam que podem controlar seu destino, que têm
uma predisposição para resolver seus problemas ― em vez de esperar que as circunstâncias
externas mudem ―, podem experimentar menores níveis de estresse.
AUTOEFICÁCIA
Também há quem possua uma personalidade marcada pela autoeficiência, isto é, que tenha
confiança cega de que possa conseguir seus objetivos e administrar melhor os obstáculos do
que pessoas mais realistas ou pessimistas (BALDWIN; BOMMER; RUBIN, 2015).
Além disso, existem circunstâncias pessoais que podem moderar ou confrontar o estresse. Se
uma pessoa tem um apoio social ― da família, amigos ou colegas, por exemplo ―, é menos
propenso a sofrer os sintomas do que alguém que não tem essa percepção de proteção. As
organizações, da mesma forma, podem ativar ações para neutralizar ou compensar o excesso
de estresse entre seus colaboradores.
ATENÇÃO
Imagem: Shutterstock.com
Níveis mais extremos
SINTOMAS FÍSICOS:
dores de cabeça, dores nas costas, diarreia, pressão alta, doenças cardíacas, diabetes,
urticárias, eczemas, perda de sono, perda de desejo sexual, queda de cabelo, alterações na
menstruação, herpes, enfraquecimento do sistema imunológico e transtornos alimentares.
SINTOMAS PSICOLÓGICOS:
SINTOMAS COMPORTAMENTAIS:
Muitas vezes, buscamos tratamentos que aliviam os inúmeros sintomas provocados pelo
estresse, mas não enfrentamos e gerenciamos o estresse, que é a causa original desses
problemas.
Nas organizações, um dos contextos em que são produzidos mais motivadores do estresse,
também há efeitos negativos se olharmos de uma perspectiva puramente gerencial.
Por um lado, a produtividade das empresas está diminuindo por falta de motivação,
menor comprometimento e queda do desempenho dos colaboradores.
Isso traz custos tanto pelo trabalho que deixa de ser feito quanto em razão dos custos de
treinamentos recorrentes.
A CURVA DO ESTRESSE
SAIBA MAIS
Além dessa particular relação com o desempenho, alguns estudos apontam que o estresse,
sempre que for moderado, em curto prazo, pode ter efeitos positivos na saúde. Assim, pode
melhorar o sistema imunológico; prevenir o Alzheimer melhorando a memória; aprimorar as
recuperações depois de cirurgias; prevenir o câncer de mama; ou gerar um desenvolvimento
mais rápido dos filhos durante a gravidez (BALDWIN; BOMMER; RUBIN, 2015).
A importância de dar esse passo não é somente individual. As organizações, bem como a
iniciativa pública, devem também assumir o compromisso de combater os níveis prejudiciais
do estresse.
SAIBA MAIS
Assim, autores como Jeffrey Pfeffer, por exemplo, no seu livro Morrendo por um $alário: como
as práticas modernas de gerenciamento prejudicam a saúde dos trabalhadores e o desempenho
O especialista Enrique J. Sánchez Elvira fala sobre o estresse nos trabalhadores e sua
interferência na capacidade criativa e resolutiva:
A especialista Carolina Ridolfi fala sobre por que é importante gerenciar o estresse:
A curva do estresse
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Os estressores são fontes ou fatores que podem produzir estresse. Assinale a seguir a
Esse tipo de estressor faz referência à percepção de que um acontecimento incerto pode nos
prejudicar de algum modo.
2. Observamos como o estresse pode ser experimentado de forma diferente em cada pessoa
diante dos mesmos eventos. Dentre as explicações que justificam esse aprendizado, indique a
alternativa correta:
MÓDULO 3
Imagem: Shutterstock.com
COMO COMEÇAR A GERENCIAR SEU TEMPO E
SEU ESTRESSE
Você já deve entender melhor o que significa gerenciar o tempo e o estresse, as vantagens que
isso pode trazer, bem como sua relação com a produtividade. Talvez esteja mais convencido da
conveniência de implementar esses processos na sua vida.
RESPOSTA
O primeiro passo é, claro, tomar uma posição decidida para realizar essas mudanças. De nada
serve começar essa iniciativa se você a abandonar depois de poucos dias. Em segundo lugar,
você deve ter ferramentas claras e especializadas para implementar esses processos. O que
recomenda a literatura? Quais conselhos oferecem os especialistas em gestão sobre o
assunto?
A seguir, apresentaremos uma série de recomendações para gerenciar tanto o tempo quanto o
estresse. Em decorrência da sua estreita relação, os dois elementos podem ser abordados de
forma ampla e conjunta.
MENTALIDADE
PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
AMBIENTE
Imagem: Shutterstock.com
Essa categoria se refere à sua predisposição psicológica para priorizar certos padrões de
comportamento.
PRATIQUE O AUTOCONHECIMENTO.
Covey (2017), no seu bestseller Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes , aconselha ter
sempre presente um fim principal na sua vida. Um objetivo vital, certo, bem definido, que possa
orientar todas as suas ações e metas. Assim, recomenda-se escrever a sua missão pessoal e
inferir os princípios e metas que se descolam dela.
POTENCIALIZE A ATENÇÃO.
A dificuldade para manter o foco em uma atividade é um dos sintomas dos tempos atuais e
das gerações mais novas. Você deve ser consciente desse problema e desenvolver a sua
capacidade de concentração diante de fontes de distrações cada vez mais recorrentes.
ENFRENTE A PREGUIÇA E A PROCRASTINAÇÃO.
Às vezes, esses fatores se apresentam sob a aparência de trabalho, como quando começamos
a arrumar coisas, responder e-mails e mensagens imediatamente ou fazer uma pesquisa pela
Internet. Para aproveitar melhor o tempo, você deve primeiro deixar de perdê-lo.
Duhigg (2012) estuda o funcionamento dos hábitos e os efeitos que eles têm nas nossas vidas.
O desenvolvimento de seus hábitos é chave para conseguir grandes mudanças. A rotina ― a
sucessão repetida das mesmas atividades ao longo das semanas ― também é outra prática
essencial para combater a preguiça e a procrastinação (POZEN, 2013).
RECOMENDAÇÕES EM RELAÇÃO AO
PLANEJAMENTO
Planejar nossas atividades com antecedência é um dos eixos da gestão de tempo e ajuda a
Imagem: Shutterstock.com
Uma parte significativa da literatura na matéria está focada, precisamente, em oferecer dicas
específicas para desenvolver com sucesso esse aspecto. Compilamos algumas das mais
recorrentes:
Quadrante I Quadrante II
Crises Prevenção
Reconhecimento de novas
prazo
Planejamento
Interrupções Trivialidades
Algumas
Algumas correspondências
correspondências
Alguns relatórios Alguns telefonemas
MEÇA A PRODUTIVIDADE
Com base na sua agenda, recomenda-se fazer um balanço, ao final do dia e de cada semana,
sobre os seus resultados e as horas efetivamente trabalhadas, assim como as horas não
produtivas. Quando medimos o que fazemos, é mais fácil melhorar. Nesse caso, lhe ajudará a
procrastinar menos e a manter o foco.
Quando já tiver melhorado a sua organização e planejamento ― terá que extrair seus próprios
aprendizados com a prática e implementá-los ―, a execução será mais simples e eficiente que
antes. Além disso, reforce a forma como executa suas atividades considerando esses
conselhos:
A especialista Carolina Ridolfi fala sobre como começar a gerenciar seu tempo e seu estresse:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) O mindset .
C) O autoconhecimento.
D) Ações corporativas.
E) O escritório.
GABARITO
2. Durante a execução das nossas tarefas, é possível aplicar certas práticas que aprimoram
nosso tempo e diminuem os efeitos do estresse. Dentre as práticas citadas a seguir, indique
Alguns autores indicam que nossa capacidade de trabalho é rítmica, com períodos de
concentração intensiva de aproximadamente 90 minutos, precisando sempre de um intervalo
curto de descanso para voltar a render.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão do tempo está estreitamente ligada à gestão do estresse e devemos estar cientes da
sua importância. Se a intensidade dos estressores ultrapassa certos níveis, pode trazer efeitos
muito perniciosos para a saúde física, psicológica e comportamental. Nos dias atuais,
infelizmente é um fenômeno que afeta a maioria dos trabalhadores e são poucas as ações
corporativas e públicas direcionadas para combatê-lo.
Neste estudo, foram oferecidas várias recomendações dos principais especialistas no assunto
para gerenciar o tempo e o estrese em quatro âmbitos de atuação: a predisposição mental; a
organização e o planejamento; a execução das tarefas; e o ambiente e o estado fisiológico.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BURKEMAN, O. Why time management is ruining our lives? The Guardian. Publicado em: 22
dez. 2016.
CAMPBELL, J. P. The definition and measurement of performance in the new age. In : ILGE, D.
R.; PULAKOS, E. D. (org.). The changing nature of performance. São Francisco: Jossey-Bass,
1999, p. 399-429.
DRUCKER, P. Managing oneself. Harvard Business Review, [s. l.], p. 100-109, jan. 2005.
DRUCKER, P. The effective executive: the definitive guide to getting the right things done. Ed.
revisada. Nova York: Collins, 2006.
DUHIGG, C. O poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios? Rio de
Janeiro: Objetiva, 2012.
GRADY, A. Handle your stress better by knowing what causes it. Harvard Business Review.
Publicado em: 21 jun. 2017.
POZEN, R. Alta produtividade: hábitos e métodos únicos para melhores resultados e menos
horas de trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
WHETTEN, D.; CAMERON, K. Developing management skills. 8. ed. Londres: Pearson, 2011.
EXPLORE+
grande , de Kevin DeYoung, mostra o fracasso por trás de vidas de aparente sucesso e
alerta para o perigo de workaholics perderem o amor pelo que fazem, pelas pessoas e
até por elas próprias.
Identifique junto a Nicolas Cole os hábitos que estão arruinando a sua produtividade no
artigo 8 horrible habits that are ruining your productivity (and what you can do to fix them) ,
disponível no site Inc.
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES