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Governador Valadares
2008
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Governador Valadares
2008
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Banca Examinadora:
______________________________________
Prof: Omar de Azevedo Ferreira - Orientador
Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE
_____________________________________
Prof: Luiz Carlos Nebenzahl
Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE
_____________________________________
Prof: Paulo César Pereira
Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE
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AGRADECIMENTO
Primeiramente agradecemos a
Deus por mais essa vitória. Aos nossos
pais nos proporcionarem a chance dessa
realização. Aos nossos irmãos e amigos
pelo apoio e carinho e compreensão
durante essa caminhada.
Ao Professor-Orientador Omar pelo
apoio durante todo projeto, estando à
disposição em todos os momentos de
dúvidas e indagações. E aos professores
Luiz Carlos e Paulo Cesar que aceitaram
participar da banca examinadora.
Muito Obrigada!!!
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SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................... 07
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 09
2 CAPÍTULO 1 – CONCEITO DE TRABALHO E ORGANIZAÇÃO
2.1 Conceito de Trabalho............................................................................. 11
2.2 História do Trabalho............................................................................... 12
2.3 Conceito de Organização........................................................................ 14
2.4 A Relação Indivíduo – Organização....................................................... 15
2.4.1 Estresse............................................................................................... 18
3 CAPÍTULO 2 – SÍNDROME DE BURNOUT
3.1 Definição................................................................................................ 21
3.2 Concepções Teóricas............................................................................. 23
3.3 Sintomatologia do Burnout .................................................................... 26
3.4 Causas do Burnout................................................................................. 28
3.5 Características do Trabalhador.............................................................. 32
4 CAPÍTULO 3 - SAÚDE MENTAL E O PAPEL DO PSICÓLOGO NAS
ORGANIZAÇÕES
4.1 Psicologia do Trabalho e a Saúde Mental do Trabalhador................... 35
4.2 Prevalência dos Transtornos Mentais no Trabalho................................ 38
4.3 Inserção Profissional do Psicólogo nas Organizações......................... 40
4.4 Síndrome de Burnout e o Papel do Psicólogo....................................... 42
5 CONCLUSÃO............................................................................................. 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 47
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RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
Existem muitos termos latinos como Tripalium, trabicula que estão na origem
da palavra trabalho que são associados à tortura. A palavra trabalho é objeto de
múltipla e ambígua atribuição de significados ou sentidos. (BORGES &
YAMAMOTO, 2004).
todo o mundo, mas apenas nos países centrais do capitalismo. (BORGES &
YAMAMOTO, 2004).
O ser humano percebe sua vida como um projeto por meio do ato e do
produto do seu trabalho e a partir daí também, reconhece sua condição ontológica,
materializa e expressa sua dependência e poder sobre a natureza, produzindo os
recursos materiais, culturais e institucionais que constituem seu ambiente, e
desenvolve seu padrão de qualidade de vida. O trabalho é uma realização do ser
humano. (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2004).
Para Bastos et al, 2004, o termo “organizar”, por seu turno, é associado a três
eixos de significados ou usos:
Desde as últimas três décadas do século passado que têm sido feitos estudos
sobre os vínculos do indivíduo com a organização e que trouxeram algumas
constatações. Na primeira constatação demonstra que um vínculo bem administrado
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2.4.1 ESTRESSE
3.1 DEFINIÇÃO
Vários são os estressores que podem estar relacionados, dentro deles o fato
de existirem poucos recursos. São eles: falta de suporte no trabalho, no que se
refere aos supervisores, o que deixa o profissional sem uma chefia que o apóie no
enfrentamento e na busca de solução dos problemas de trabalho; a falta de suporte
de colegas, que é caracterizada pela perda de confiança no trabalho e equipe o que
conseqüentemente cria relações de competição e isolamento; a falta de controle e
autonomia sobre dimensões importantes de suas atividades profissionais o que
impede o profissional de resolver seus problemas que envolvem seu trabalho, a falta
de recompensa material caracterizada pela redução de salários e benefícios e por
obter uma baixa possibilidade de progresso na carreira (CASTRO & ZANELLI,
2007).
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Para (CASTRO & ZANELLI, 2007), burnout não se refere somente à exaustão
física e emocional conseqüentes da elevada sobrecarga de trabalho. Alem disso,
existem os estressores de ordem interpessoal e ainda estressores relativos às
interferências burocráticas, ou seja, conflitos e ambigüidade de papel e falta de
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Nota-se que o burnout tem alertado não só o meio cientifico, mas também o
meio organizacional, uma vez que seus efeitos interferem de forma negativa nos
níveis individual, profissional e organizacional. Sem contar que os prejuízos também
atingem essas três esferas, pois pode ocasionar o abandono da profissão, a ruptura
de laços afetivos ou ate mesmo na imagem de eficiência da organização, custos
com funcionários, contratação e treinamento de novos profissionais (BENEVIDES-
PEREIRA 2002).
Segundo (JARDIM; SILVA FILHO; RAMOS, 2004 apud CASTRO & ZANELLI,
2007), os profissionais que desenvolvem a síndrome de burnout são os que se
dedicam totalmente a determinado projeto e investem com intensidade em seu
trabalho. Sendo assim, quando por algum motivo, os fracassos relativos a estes
projetos acontece, o profissional que almeja alcançar um futuro por meio de sua
profissão começa a desenvolver a síndrome e fica desiludido quanto aos projetos
futuros.
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No que se refere aos aspectos pessoais (GIL-MONTE & PEIRÓ, 1977 apud
BENEVIDES-PEREIRA, 2002) as características pessoais por si só não seriam
fatores responsáveis por desencadear o burnout, mas funcionam como sendo
facilitadores ou inibidores da ação dos agentes estressores. São elas:
Sexo: não se tem unanimidade com relação ao sexo, o que se percebe é que
as mulheres têm apresentado pontuações mais elevadas em caso de exaustão
emocional e os homens em despersonalização.
“(...) uma orientação global que expressa até que ponto a pessoa tem uma
ampla, resistente e dinâmica sensação de confiança em que 1) os estímulos
provenientes do ambiente (interno e externo) no curso da vida são
estruturados, predizíveis e manejáveis (compreensibilidade), 2) os
recursos estão disponíveis para enfrentar as demandas que exigem esses
estímulos (manejabilidade) e 3) estas demandas são desafios que
merecem um investimento e um compromisso (significabilidade)”.
(ANTONOVISKI, 1999 apud BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p.58).
Uma pergunta que se faz é se pode haver uma prevenção para o burnout
(BENEVIDES-PEREIRA 2002).
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De acordo com (GRISCI & LAZZAROTTO, 2002 apud SILVA & MERLO,
2006), por longo tempo, a Psicologia não se preocupou com a relação entre saúde e
trabalho, como se isso fosse um objeto alheio a ela. Seu enfoque era dado à
maximização da produção e à qualidade dos produtos em detrimento do interesse
pelo trabalho e pela fala dos trabalhadores.
Para (JACQUES, 2003 apud SILVA & MERLO, 2006), podem-se dividir as
propostas de estudo relacionando saúde mental e trabalho em quatro grandes
abordagens: a) as teorias sobre estresse, b) a psicodinâmica do trabalho, c) as
abordagens com base epidemiológica e d) os estudos em subjetividade e trabalho.
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e) O termo estresse é algo tal como, “o grau do desgaste total causado pela vida”
(SEYLE, 1965). Por outro lado pode-se dizer que o trabalho pode provocar estresse.
(ZANELLI; ANDRADE; BASTOS, 2004)
Os autores (FIGUEIRAS & HIPPERT, 2002 apud SILVA & MERLO 2006),
definem o estresse relacionado ao trabalho da seguinte forma: “Aquelas situações
em que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como ameaçador às suas
necessidades de realização pessoal e profissional e/ou sua saúde física ou mental,
prejudicando a interação desta com o trabalho e com o ambiente e trabalho, na
medida em que esse ambiente contenha demandas excessivas a ela ou que ela não
detenha recursos adequados para enfrentar tais situações.”
do trabalho. Segundo (JACQUES, 2003 apud SILVA & MERLO, 2006), o ponto em
comum entre esses estudos e pesquisas reside no fato de possuírem o trabalho
como eixo norteador, para além de seu caráter técnico e econômico, perpassando a
estrutura socioeconômica, a cultura, os valores e a subjetividade dos trabalhadores.
Para (DEJOURS & ABDOUCHELI, 1994 apud SILVA & MERLO, 2006) a
intersubjetividade aparece no centro do trabalho, e que este é determinado pelas
relações sociais que ocorrem. O trabalhador nunca poderá ser considerado um
indivíduo isolado, pois está em relação com pares, hierarquia e subordinados.
Apesar de a organização do trabalho ser basicamente técnica, ela passa por uma
integração humana que a modifica e que lhe dará sua forma concreta.
burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos
que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS