Você está na página 1de 3

BAÇO

12) Localização, estrutura macroscópica e função do baço

 É o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo, o único órgão linfoide interposto


na circulação sanguínea.
 O baço representa um importante órgão de defesa contra microrganismos que
penetram o sangue circulante e é também o principal órgão destruidor de eritrócitos
desgastados pelo uso.
 O baço responde com rapidez aos antígenos que invadem o sangue, sendo um
importante filtro fagocitário e imunológico para o sangue e grande produtor de
anticorpos
 O baço contém uma cápsula de tecido conjuntivo denso
o A qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em
compartimentos incompletos
 A superfície medial do baço apresenta um hilo
o Onde a cápsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram
nervos e artérias
o Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados
nas trabéculas, uma vez que, no ser humano a polpa esplênica não contém
vasos linfáticos
 Na espécie humana, o tecido conjuntivo da cápsula e das trabéculas apresenta
algumas fibras musculares lisas, pouco numerosas.
 Observando-se a olho nu a superfície de corte do baço, a fresco ou fixado, observam-
se em seu parênquima pontos esbranquiçados, que são nódulos linfáticos que fazem
parte da polpa branca, que é descontínua.
o Entre os nódulos há um tecido vermelho-escuro, rico em sangue, a polpa
vermelha
 O exame microscópico, em pequeno aumento, mostra que a polpa
vermelha é formada por estruturas alongadas, os cordões esplênicos
ou cordões de Billroth
 Entre os quais se situam os sinusoides ou seios esplênicos
o Toda a polpa esplênica contém células e fibras
reticulares, macrófagos, células apresentadoras de
antígenos, células linfáticas e alfumas outras células
em menor proporção

13) Distribuição e estrutura microscópica da polpa branca

 A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais
e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamentos dessas bainhas
 No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos
nódulos existe predominância dos linfócitos B
 Entre a polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída
pelos seios marginais
o Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e células dendríticas
(apresentadoras de antígenos) que retêm e processam antígenos trazidos pelo
sangue.
 A zona marginal contém muitos antígenos transportados pelo sangue
e desempenha importante papel imunitário
 Muitas arteríolas derivadas da artéria central drenam nos
seios marginais e outros estendem-se além da polpa branca,
mas fazem um trajeto curvo e retornam, desembocando
também nos seios marginais
 Essa zona tem papel importante na “filtragem” do sangue e na
iniciação da resposta imunitária.
 A polpa branca do baço produz linfócitos, que migram para a polpa vermelha e
alcançam o lúmen dos sinusoides, incorporando-se ao sangue lá contido

14) Distribuição e estrutura microscópica da polpa vermelha

 A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos, separados por sinusoides.


 Os cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são contínuos e de
espessura variável, conforme o estado local de distensão dos sinusoides
o São constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares
(colágeno tipo III) que contém outras células, como macrófagos, linfócitos B e
T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além de plaquetas e
eritrócitos
 Os sinusoides esplênicos são revestidos por células endoteliais alongados, com seu
eixo maior paralelo ao sinusoide
o Essa parede delgada e incompleta é envolvida por lâmina basal descontínua e
por fibras reticulares que se dispõem principalmente em sentido transversal
 As fibras transversais e as que correm em diversas direções unem-se e
formam uma rede em torno das células do sinusoide, à qual se
associam macrófagos

15) Vascularização e circulação sanguínea esplênica

 A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, originando ramos que seguem as


trabéculas conjuntivas – artérias trabeculares
o Ao deixarem as trabéculas para penetrarem o parênquima, as artérias são
imediatamente envolvidas por uma bainha de linfócitos, chamada de bainha
linfática periarterial
 Esses vasos são chamados de artérias centrais ou artérias da polpa
branca
 Ao longo de seu trajeto a bainha linfocitária, que é parte da
polpa branca, espessa-se diversas vezes, formando nódulos
linfáticos, nos quais o vaso (agora uma arteríola) ocupa
posição excêntrica
o Apesar disso, continua a ser chamada de artéria
central
 Durante seu trajeto na polpa branca, a
arteríola origina numerosos ramos, que irão
irrigar o tecido linfático que a envolve
 Depois de deixar a polpa branca, as
arteríolas se subdividem, formando as
arteríolas peniciladas
o Só ocasionalmente as
arteríolas peniciladas contém
músculo liso
 Elas são formadas por
endotélio que se
apoia em espessa
lâmina basal e uma
delgada adventícia
 Alguns ramos da
arteríola penicilada
apresentam, próximo
à sua terminação, um
espessamento, o
elipsoide, constituído
por macrófagos,
células reticulares e
linfócitos
 Aos elipsoides
seguem-se capilares
arteriais que levam o
sangue para os
sinusoides ou seios da
polpa vermelha,
situados entre os
cordões de Billroth
 Dos sinusoides o
sangue passa para as
veias da polpa
vermelha, que se
reúnem umas às
outras e penetram as
trabéculas, formando
as veias trabeculares
 Estas dão origem à
veia esplênica, que sai
pelo hilo de baço

Você também pode gostar