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Os néfrons corticais, que representam cerca de 80% dos néfrons, têm seus corpúsculos renais
localizados na porção externa do córtex. Apresentam alças de Henle curtas, que se estendem
apenas até a medula externa
Cada pirâmide medular e o tecido cortical associado à sua base e lados (metade de cada
coluna renal adjacente) constituem um lobo do rim. O lóbulo renal consiste em um raio
medular central e metade do labirinto cortical adjacente em cada um de seus lados.
Raios medulares: contêm túbulos retos e ductos coletores corticais e, entre eles, os labirintos
corticais.
A união entre o néfron e o ducto coletor forma o túbulo urinífero mais recentemente
considerado a unidade funcional do rim pelo fato de ocorrer modificações do ultrafiltrado
também no ducto coletor.
Descrição histológica das lâminas parietal e visceral da cápsula de bowmann;
O aparelho justaglomerular regula a pressão arterial e a taxa de filtração glomerular por meio
da ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA). Em determinadas condições
fisiológicas como, por exemplo, baixa ingestão de sódio, hemorragia e desidratação, as células
justaglomerulares são responsáveis pela ativação do sistema RAA.
Além disso, a angiotensina II produzida pela ativação do sistema RAA age nos rins
principalmente estimulando a contração das células mesangiais extraglomerulares que
envolvem a arteríola eferente.
A barreira de filtração glomerular consiste em três componentes: (1) o endotélio dos capilares
glomerulares, (2) a membrana basal glomerular e (3) a camada visceral da cápsula de Bowman.
Tipos de néfron;
Dois tipos principais de néfrons são identificados com base na localização de seus corpúsculos
renais no córtex: os néfrons corticais e os néfrons justamedulares.
Os vasos retos, que seguem um percurso paralelo aos vários túbulos. Em conjunto, as
arteríolas retas descendentes e as vênulas retas ascendentes são denominadas vasos retos
(vasa recta).
As arteríolas eferentes dos corpúsculos renais dos néfrons corticais ramificam-se para formar
uma rede capilar que circunda as porções tubulares do córtex, denominada capilares
peritubulares.
Todas essas vias excretoras, com exceção da uretra, apresentam as mesmas estruturas gerais,
isto é, uma mucosa (revestida por epitélio de transição), uma muscular e uma adventícia (ou,
em algumas regiões, uma serosa). O epitélio de transição ou urotélio (Figura 12) reveste as vias
excretoras que saem do rim e forma a interface entre o espaço urinário e os vasos sanguíneos,
nervos, tecido conjuntivo e células musculares lisas subjacentes. Esse epitélio estratificado é
essencialmente impermeável e é composto por três camadas celulares: (1) a camada
superficial, (2) a camada intermediária e (3) a camada basal.
O músculo liso da parede vesical forma o músculo detrusor da bexiga. O peritônio cobre
apenas a superfície superior da bexiga urinária (Figura 20) formando nessa região uma serosa.
O restante da bexiga urinária possui externamente apenas uma camada de tecido conjuntivo
que forma a túnica adventícia.
As artérias hipofisárias superiores que suprem a parte tuberal e o infundíbulo dão origem a
capilares fenestrados pertencentes ao plexo primário do sistema porta. Esses capilares drenam
nas veias porta-hipofisárias, que seguem o seu percurso em direção à parte distal onde
originam uma segunda rede de capilares fenestrados pertencentes ao plexo secundário do
sistema porta (Figura 05). Esse sistema de vasos transporta as secreções neuroendócrinas dos
neurônios hipotalâmicos diretamente para as células da parte distal. Os corpos celulares
desses neurônios hipotalâmicos formam o núcleo arqueado do hipotálamo
LIBERADORES:
INIBIDORES:
(1) somatotrofos, (2) tireotrofos, (3) gonadotrofos, (4) lactotrofos e (5) corticotrofos.
4. Lactotrofos: produzem a prolactina (PRL), que inicia a produção de leite nas glândulas
mamárias.
As células basófilas cujos grânulos se coram de azul com corantes básicos como a hematoxilina
são de três variedades: corticotrofos, tireotrofos e gonadotrofos.
Os corticotrofos, os quais estão dispersos por toda a parte distal secretam o hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH).
Os tireotrofos contêm TSH, também conhecido como tireotrofina que estimula a liberação dos
hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
As células mais abundantes da parte distal são as acidófilas, cujos grânulos são grandes o
bastante para serem vistos ao microscópio óptico e se coram de vermelho-alaranjado com
eosina e são de duas variedades: somatotrofos e lactotrofos.
Os somatotrofos, uma das variedades de células acidófilas, têm um núcleo central e secretam
a somatotrofina (hGH ou hormônio de crescimento).
O ADH aumenta a reabsorção de água nos túbulos contorcidos distais e nos ductos coletores
do rim ao alterar a permeabilidade das células à água. O nome original do ADH, vasopressina,
teve a sua origem na observação de que a administração de grandes doses provoca o aumento
da pressão arterial ao promover a contração do músculo liso nas pequenas artérias e
arteríolas. No entanto, os níveis fisiológicos de ADH exercem apenas efeitos mínimos sobre a
pressão arterial. O ADH é o principal hormônio envolvido na regulação hídrica dos líquidos
corporais.
A ocitocina tem como principal efeito a promoção da contração do músculo liso uterino
durante o parto. No entanto, as células mioepiteliais que envolvem as porções secretoras e os
ductos da glândula mamária também são estimuladas. A contração da musculatura lisa uterina
é iniciada pela distensão da vagina e do colo uterino que pode culminar no parto. Já a
contração das células mioepiteliais que envolvem as porções secretoras e os ductos das
glândulas mamárias, é iniciada pela amamentação (sucção).
Localização: neuro-hipófise.
Células semelhantes às células da neuroglia que oferece sustentação aos axônios dos
neurônios secretores.
Durante a sétima semana, células endodérmicas que revestem o quarto par de bolsas
faríngeas, conhecidas como corpos ultimofaríngeos, começam a sua migração em direção à
glândula tireoide em desenvolvimento. Após a sua fusão com a tireoide, as células do corpo
ultimofaríngeo se dispersam entre os folículos, dando origem às células parafoliculares.
A calcitonina participa da regulação dos níveis séricos de cálcio reduzindo os níveis sanguíneos
desse íon ao suprimir a ação reabsortiva dos osteoclastos. Adicionalmente, promove o
depósito de cálcio no osso, aumentando a taxa de calcificação da matriz óssea. A secreção de
calcitonina é diretamente regulada pelos níveis sanguíneos de cálcio. Os níveis elevados de
cálcio estimulam a secreção, enquanto baixos níveis a inibem.
A síntese de T3 e T4 ocorre nos folículos da tireoide em uma série de etapas distintas descritas
a seguir. Os números indicam as etapas sequenciais do processo: 1. Síntese de tireoglobulina,
2. Reabsorção e oxidação do iodeto, 3. Iodação da tireoglobulina, 4. Formação de T3 e T4, 5L.
Reabsorção de coloide pela via lisossômica (via principal), 5TE. Reabsorção de coloide pela via
transepitelial e 6. Liberação de T3 e T4 na circulação.
A tireoglobulina não é um hormônio, mas sim a forma precursora inativa dos hormônios
tireoidianos que são sintetizados a partir dela e lançados nos capilares sanguíneos fenestrados
que circundam os folículos.
O hipotireoidismo pode ser causado por um aporte de iodo insuficiente na dieta (bócio
endêmico) ou por uma tireoidite autoimune denominada tireoidite de Hashimoto. A tireoidite
de Hashimoto caracteriza-se pela existência de anticorpos anormais dirigidos contra a
tiroperoxidase (TPO). Os baixos níveis de hormônios tireoidianos circulantes estimulam a
liberação de quantidades excessivas de TSH, causando hipertrofia da tireoide por meio da
síntese de grande quantidade de TGB.
Surpreendentemente, os osteoclastos que são as células que reabsorvem o tecido ósseo, não
apresentam receptores de PTH. Na realidade, os osteoclastos são indiretamente ativados pelo
mecanismo de sinalização RANK-RANK-L dos osteoblastos (Figura 12). No entanto, essa via
pode ser bloqueada pela osteoprotegerina (OPG) também produzida pelos osteoblastos. A
OPG atua como um bloqueador de RANK-L sendo, por isso, um potente inibidor da ativação de
osteoclastos. Tanto a OPG quanto o RANK-L são detectados no sangue, e suas concentrações
podem ser medidas para fins diagnósticos e para monitorar a terapia de muitas doenças
ósseas. A exposição contínua e prolongada de PTH aumenta a produção local de RANK-L pelos
osteoblastos e diminui a secreção de osteoprotegerina (OPG). Essas alterações estimulam, em
seguida, a ativação dos osteoclastos, o que leva a um aumento da reabsorção óssea e
liberação de cálcio e de fosfato no plasma sanguíneo.
Embora a sua principal ação seja a de promover o aumento da taxa de reabsorção óssea, o PTH
age também em outros órgãos:
- Estimula nos rins a conversão dos precursores da vitamina D na sua forma ativa.
As catecolaminas, assim como a divisão simpática do SNA, preparam o corpo para a resposta
de “luta ou fuga”. A súbita liberação de catecolaminas estabelece condições para o uso
máximo de energia e, portanto, para o esforço físico máximo. Tanto a epinefrina quanto a
norepinefrina estimulam a glicogenólise (liberação de glicose na corrente sanguínea) e a
mobilização dos ácidos graxos livres do tecido adiposo. A liberação de catecolaminas também
provoca elevação da pressão arterial, dilatação dos vasos sanguíneos coronários, vasodilatação
dos vasos que suprem os músculos esqueléticos, vasoconstrição dos vasos que transportam o
sangue para a pele e o intestino, aumento da frequência e débito cardíacos e aumento na
frequência e profundidade da respiração.
Divisão do córtex adrenal, hormônios secretados por cada divisão e suas ações;
O córtex da suprarrenal é dividido em três zonas, de acordo com o arranjo de suas células: (1)
a zona glomerulosa, a zona externa mais delgada que constitui até 15% do volume cortical, (2)
a zona fasciculada, a zona média espessa que constitui quase 80% do volume do córtex e (3) a
zona reticulada, a zona interna que representa entre 5 a 7% do volume do córtex, mas é mais
espessa que a zona glomerulosa, em virtude de sua localização mais central.
Cada glândula suprarrenal é suprida com sangue pelas artérias suprarrenais superior, média e
inferior e drenada pelas veias suprarrenais (Figura 13). No lado esquerdo, a veia suprarrenal
drena na veia renal, ao passo que, do lado direito, a veia suprarrenal drena diretamente na
veia cava inferior. As artérias suprarrenaisramificam-se antes de entrar na cápsula, produzindo
numerosas artérias menores que penetram na cápsula denominadas ramos capsulares da
artéria suprarrenal. Essas artérias dão origem a um sistema de capilares fenestrados que
consiste em dois tipos de capilares: (1) capilares corticais e (2) capilares medulares (Figura 15).
Os capilares corticais, formados pelas arteríolas corticais suprem o córtex e, em seguida,
drenam nos capilares medulares se assemelhando a um sistema porta entre o córtex e a
medula. No entanto, as arteríolas medulares atravessam diretamente o córtex transportando
sangue arterial para os capilares medulares. Portanto, a medula apresenta um duplo
suprimento sanguíneo: (1) sangue venoso proveniente dos capilares corticais que já supriram o
córtex e (2) sangue arterial proveniente das arteríolas medulares. As vênulas que se originam
dos capilares medulares drenam nas pequenas veias adrenomedulares que se unem para
formar a grande veia adrenomedular central, que, em seguida, drena diretamente na veia cava
inferior do lado direito e na veia renal do lado esquerdo (Figura 13).
As células da glândula pineal são de dois tipos: (1) pinealócitos e (2) células intersticiais.
As células intersticiais (Figura 16) são consideradas como células da neuróglia semelhantes a
astrócitos e estão dispersas por entre os pinealócitos. Estas células têm núcleos alongados e
intensamente corados e seus prolongamentos formam um arcabouço estrutural para a
glândula.
Descrição das ilhotas pancreáticas, suas células endócrinas, os hormônios secretados e suas
ações;
O pâncreas endócrino é composto por agregados esféricos de células, conhecidos como ilhotas
de Langerhans, que se encontram espalhadas em meio aos ácinos pancreáticos. Cada ilhota de
Langerhans é um conglomerado esférico ricamente vascularizado de aproximadamente 3.000
células.
Cinco tipos de células compõem o parênquima de cada ilhota de Langerhans: (1) células beta
(β), (2) células alfa (α), (3) células delta (δ e δ1), células G, células PP e células épsilon (ε).
A parede dos túbulos seminíferos (Figura 03) é constituída por uma fina camada de tecido
conjuntivo denominada túnica própria, uma membrana basal e por um espesso epitélio de
revestimento denominado epitélio seminífero ou germinativo. A túnica própria é um tecido
conjuntivo que, ao invés de fibroblastos típicos possui células mioides que são células
semelhantes às fibras musculares lisas. As contrações rítmicas das células mioides criam Figura
02: Esse esquema mostra um corte sagital médio do testículo humano. O sistema de ductos
genitais, que inclui os túbulos retos, a rede testicular, os ductos eferentes, o ducto do
epidídimo e o ducto deferente, também é mostrado. Observe o revestimento espesso de
tecido conjuntivo, a túnica albugínea e a túnica vaginal circundante. 3 ondas peristálticas que
ajudam a mover os espermatozoides e o líquido testicular através dos túbulos seminíferos. Os
vasos sanguíneos e a extensa rede de vasos linfáticos, bem como as células de Leydig, estão
presentes na túnica vasculosa localizada externamente à túnica própria.
O epitélio seminífero é constituído por dois tipos de células: as células de Sertoli e as células da
linhagem seminífera (ou células da linhagem espermatogênica). Essas últimas células
encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento.
(4) síntese e liberação da proteína de ligação a andrógeno (ABP), que mantém alta a
concentração de testosterona nos túbulos seminíferos;
(6) síntese e secreção de inibina, um hormônio que inibe a liberação do hormônio folículo-
estimulante (FSH) pela parte distal da adenohipófise;
(7) secreção de um meio rico em frutose que nutre e facilita o transporte de espermatozoides
pelos ductos genitais.
As células de Leydig (células intersticiais) são células eosinofílicas, que contêm gotículas de
lipídios no citoplasma. Assim como outras células secretoras de esteroides, as células de Leydig
contêm um retículo endoplasmático liso (REL) bem desenvolvido, característica responsável
pela sua eosinofilia. As células de Leydig diferenciam-se e secretam testosterona durante o
desenvolvimento embrionário, por volta da 8ª semana.
Descrever a regulação hormonal masculina destacando as funções do GnRH, FSH, LH, ABP,
inibina e testosterona;
No entanto, os níveis sanguíneos de testosterona não são suficientes para iniciar e manter a
espermatogênese. Assim o FSH, cujos receptores estão localizados na membrana plasmática
das células de Sertoli, induz essas células a sintetizarem e liberarem a proteína de ligação de
andrógeno (ABP). Como o seu nome indica, a ABP liga-se à testosterona, impedindo que esse
hormônio deixe os túbulos seminíferos, elevando a sua concentração para níveis
suficientemente altos, de modo a manter a espermatogênese.
Cada vesícula seminal contém uma única porção secretora tubular, muito pregueada, alongada
e enovelada. As vesículas seminais estão localizadas na parede posterior da bexiga. Um ducto
curto sai de cada vesícula seminal e logo se une à ampola do ducto deferente, formando o
ducto ejaculatório. O epitélio pseudoestratificado cilíndrico possui pequenas células basais que
funcionam como células-tronco. As células cilíndricas são células que secretam um fluido
viscoso amarelado que contém frutose, o principal substrato metabólico dos espermatozoides,
e prostaglandina. A contração da musculatura lisa das vesículas seminais, durante o processo
de emissão, empurra a sua secreção em direção aos ductos ejaculatórios. A função secretora
das vesículas seminais está sob o controle da testosterona.