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SISTEMA URINÁRIO

Descrição histológica das camadas interna e externa que envolvem o rim;

A superfície do rim é recoberta por uma cápsula de tecido conjuntivo.

Camada externa composta de fibroblastos e fibras colágenas. (CEC) é composta de tecido


conjuntivo denso. Nessa porção da cápsula, o número de fibroblastos é relativamente
pequeno. Seus núcleos aparecem como perfis finos, alongados e de coloração avermelhada
contra um fundo azul, que corresponde às fibras colágenas coradas pelo corante de Mallory.
Na camada externa da cápsula, os núcleos dos miofibroblastos são mais abundantes que os
dos fibroblastos.

Camada interna que contém miofibroblastos. (CIC) consiste em numerosos miofibroblastos,


cujos núcleos aparecem como perfis esféricos ou alongados de coloração avermelhada,
dependendo de sua orientação no corte. As fibras colágenas nessa camada são relativamente
esparsas.

Descrição histológica do néfron;

Localização das diferentes partes do néfron no córtex e na pirâmide;

Os néfrons corticais, que representam cerca de 80% dos néfrons, têm seus corpúsculos renais
localizados na porção externa do córtex. Apresentam alças de Henle curtas, que se estendem
apenas até a medula externa

Os néfrons justamedulares constituem cerca de 20% do número total de néfrons. Seus


corpúsculos renais situam se próximo à base de uma pirâmide medular. Contêm alças de Henle
longas e segmentos delgados ascendentes também longos, que se estendem o interior da
pirâmide.

Definição de lobo e lóbulo renal;

Cada pirâmide medular e o tecido cortical associado à sua base e lados (metade de cada
coluna renal adjacente) constituem um lobo do rim. O lóbulo renal consiste em um raio
medular central e metade do labirinto cortical adjacente em cada um de seus lados.

Constituintes dos raios medulares e dos labirintos corticais;

Raios medulares: contêm túbulos retos e ductos coletores corticais e, entre eles, os labirintos
corticais.

Labirintos corticais: contendo os corpúsculos renais e seus túbulos contorcidos proximais e


distais associados.

Definição de túbulo urinífero e explicação do porquê que é atualmente considerado a


unidade funcional do rim;

A união entre o néfron e o ducto coletor forma o túbulo urinífero mais recentemente
considerado a unidade funcional do rim pelo fato de ocorrer modificações do ultrafiltrado
também no ducto coletor.
Descrição histológica das lâminas parietal e visceral da cápsula de bowmann;

A camada parietal da cápsula de Bowman é formada por um epitélio simples pavimentoso e


envolve externamente o glomérulo. No polo urinário do corpúsculo renal, o epitélio simples
pavimentoso da camada parietal é contínuo com o epitélio simples cúbico do túbulo
contorcido proximal. O espaço entre as camadas visceral e parietal da cápsula de Bowman é
denominado espaço urinário ou espaço de Bowman. A camada visceral da cápsula de Bowman
contém células especializadas, denominadas podócitos. Essas células emitem prolongamentos
ao redor dos capilares glomerulares que se desenvolvem em numerosos prolongamentos
secundários que dão origem aos pedicelos.

Componentes do aparelho justaglomerular e participação de cada um na regulação da taxa


de filtração glomerular;

O aparelho justaglomerular inclui a mácula densa, as células justaglomerulares e as células


mesangiais extraglomerulares.

O aparelho justaglomerular regula a pressão arterial e a taxa de filtração glomerular por meio
da ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA). Em determinadas condições
fisiológicas como, por exemplo, baixa ingestão de sódio, hemorragia e desidratação, as células
justaglomerulares são responsáveis pela ativação do sistema RAA.

As células da mácula densa monitoram a concentração de Na+ do ultrafiltrado e regulam a


liberação de renina pelas células justaglomerulares.

As células justaglomerulares são então estimuladas a secretarem renina iniciando o sistema


RAA enquanto que as fibras células musculares lisas são estimuladas a se relaxarem
provocando dilatação da arteríola aferente.

Além disso, a angiotensina II produzida pela ativação do sistema RAA age nos rins
principalmente estimulando a contração das células mesangiais extraglomerulares que
envolvem a arteríola eferente.

As células mesangiais extraglomerulares, igualmente às células justaglomerulares, também são


células musculares lisas modificadas. O relaxamento da arteríola aferente e a contração da
arteríola eferente provocam aumento da taxa de filtração glomerular restabelecendo a
homeostase.

Componentes da barreira de filtração glomerular;

A barreira de filtração glomerular consiste em três componentes: (1) o endotélio dos capilares
glomerulares, (2) a membrana basal glomerular e (3) a camada visceral da cápsula de Bowman.

Localização e principal função das cels. Mesangiais intraglomerulares;

No corpúsculo renal, a MBG é compartilhada por um grupo adicional de células denominadas


células mesangiais intraglomerulares. As células mesangiais estão associadas ao endotélio
capilar do glomérulo e à membrana basal glomerular. A principal função das células mesangiais
intraglomerulares é fagocitar os resíduos retidos na MBG e no diafragma da fenda de filtração
mantendo, assim, a barreira de filtração glomerular desprovida de 8 resíduos. Além disso, as
células mesangiais intraglomerulares proporcionam suporte físico aos podócitos e aos
capilares glomerulares

Tipos de néfron;
Dois tipos principais de néfrons são identificados com base na localização de seus corpúsculos
renais no córtex: os néfrons corticais e os néfrons justamedulares.

Diferença entre vasos retos e capilares peritubulares;

Os vasos retos, que seguem um percurso paralelo aos vários túbulos. Em conjunto, as
arteríolas retas descendentes e as vênulas retas ascendentes são denominadas vasos retos
(vasa recta).

As arteríolas eferentes dos corpúsculos renais dos néfrons corticais ramificam-se para formar
uma rede capilar que circunda as porções tubulares do córtex, denominada capilares
peritubulares.

Explicação do porquê da formação de grande quantidade de filtrado (180L/dia);

Há duas explicações para a grande quantidade de filtrado: 1- As fenestrações dos capilares os


tornam altamente permeáveis; 2 – O diâmetro da arteríola aferente é bem maior que o da
aferente, gerando grande pressão nos capilares glomerulares.

Componentes da via excretora urinária;

Ureteres, bexiga urinária e uretra.

Descrição histológica da parede do ureter e da bexiga urinária;

Todas essas vias excretoras, com exceção da uretra, apresentam as mesmas estruturas gerais,
isto é, uma mucosa (revestida por epitélio de transição), uma muscular e uma adventícia (ou,
em algumas regiões, uma serosa). O epitélio de transição ou urotélio (Figura 12) reveste as vias
excretoras que saem do rim e forma a interface entre o espaço urinário e os vasos sanguíneos,
nervos, tecido conjuntivo e células musculares lisas subjacentes. Esse epitélio estratificado é
essencialmente impermeável e é composto por três camadas celulares: (1) a camada
superficial, (2) a camada intermediária e (3) a camada basal.

O epitélio de transição (urotélio) reveste a superfície luminal da parede do ureter. O músculo


liso está disposto em duas camadas: uma camada longitudinal interna e uma camada circular
externa.

O músculo liso da parede vesical forma o músculo detrusor da bexiga. O peritônio cobre
apenas a superfície superior da bexiga urinária (Figura 20) formando nessa região uma serosa.
O restante da bexiga urinária possui externamente apenas uma camada de tecido conjuntivo
que forma a túnica adventícia.

Características do urotélio que fazem dele um epitélio impermeável.

Quando a parede da bexiga não distendida é examinada ao microscópio eletrônico, a


membrana plasmática apical das células da camada superficial é recoberta pelas placas
uroteliais formadas por proteínas transmembranas denominadas uroplaquinas que são
responsáveis pela impermeabilidade do epitélio à pequenas moléculas. Em conjunto, as
zônulas de oclusão e as placas uroteliais desempenham importante papel na
impermeabilidade urotelial.
SISTEMA ENDÓCRINO

Origem embrionária da neuro-hipófise e da adeno-hipófise;

A adeno-hipófise deriva de uma dobra do ectoderma da orofaringe em direção ao cérebro. A


neuro-hipófise origina-se de uma dobra do neuroectoderma do assoalho do terceiro
ventrículo, região pertencente ao diencéfalo. Durante a formação embrionária, forma-se uma
cavidade na porção que dará origem à adeno-hipófise denominada bolsa de Rathke.

Descrição da ligação vascular que permite que os hormônios liberadores e inibidores


hipotalâmicos possam atingir diretamente a parte distal da adeno-hipófise;

As artérias hipofisárias superiores que suprem a parte tuberal e o infundíbulo dão origem a
capilares fenestrados pertencentes ao plexo primário do sistema porta. Esses capilares drenam
nas veias porta-hipofisárias, que seguem o seu percurso em direção à parte distal onde
originam uma segunda rede de capilares fenestrados pertencentes ao plexo secundário do
sistema porta (Figura 05). Esse sistema de vasos transporta as secreções neuroendócrinas dos
neurônios hipotalâmicos diretamente para as células da parte distal. Os corpos celulares
desses neurônios hipotalâmicos formam o núcleo arqueado do hipotálamo

Os hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos;

LIBERADORES:

GHRH – Hormônio de liberação do hormônio do crescimento ou somatocrinina;

TRH – Hormônio liberador de tireotropina;

GnRH – Hormônio liberador de gonadotropinas;

PRH – Hormônio liberador de prolactina;

CRH - Hormônio liberador de corticotropina.

INIBIDORES:

GHIH – Hormônio de inibição do hormônio do crescimento ou somatostatina;

PIH – Hormônio inibidor da prolactina, que é a dopamina.

As regiões secretoras de hormônios da parte distal da adeno-hipófise e as principais ações


desses hormônios;

(1) somatotrofos, (2) tireotrofos, (3) gonadotrofos, (4) lactotrofos e (5) corticotrofos.

1. Somatotrofos: produzem o hormônio do crescimento humano (hGH) ou somatotropina.


O hGH estimula diversos tecidos a produzir fatores de crescimento semelhantes à insulina
(IGFs), fatores que estimulam o crescimento geral do corpo e regulam diversos aspectos do
metabolismo.
2. Tireotrofos: produzem hormônio estimulador da tireoide (TSH) ou tireotropina. O TSH
estimula a secreção dos hormônios tireoidianos.

3. Gonadotrofos: produzem duas gonadotropinas que atuam nas gônadas, o hormônio


folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Nos ovários, o FSH e o LH
estimulam a secreção de estrogênios e progesterona e a maturação dos ovócitos. Nos
testículos, eles estimulam a secreção de testosterona e a produção de espermatozoides.

4. Lactotrofos: produzem a prolactina (PRL), que inicia a produção de leite nas glândulas
mamárias.

5. Corticotrofos produzem o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) ou corticotropina. O


ACTH estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar os hormônios glicocorticoides.
Os corticotrofos também produz um hormônio denominado melanócito estimulante
(MSH), um hormônio que estimula a produção de melanina pelos melanócitos.

Explicação do porquê não haver os inibidores hipotalâmicos para tireotrofo, gonadotrofo e


corticotrofo;

Os hormônios TSH, FSH, LH e o ACTH só possuem os liberadores hipotalâmicos não possuindo


os inibidores e são considerados hormônios tróficos uma vez que regulam a atividade de
células de outras glândulas endócrinas distribuídas pelo corpo. Possuem sistema de
retroalimentação negativa/feedback negativo.

Descrição das cels. basófilas, acidófilas e cromófobas da parte distal da adeno-hipófise e os


possíveis hormônios secretados por cada uma dessas células;

As células basófilas cujos grânulos se coram de azul com corantes básicos como a hematoxilina
são de três variedades: corticotrofos, tireotrofos e gonadotrofos.

Os corticotrofos, os quais estão dispersos por toda a parte distal secretam o hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH).

Os tireotrofos contêm TSH, também conhecido como tireotrofina que estimula a liberação dos
hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Os gonadotrofos secretam FSH e LH.

As células mais abundantes da parte distal são as acidófilas, cujos grânulos são grandes o
bastante para serem vistos ao microscópio óptico e se coram de vermelho-alaranjado com
eosina e são de duas variedades: somatotrofos e lactotrofos.

Os somatotrofos, uma das variedades de células acidófilas, têm um núcleo central e secretam
a somatotrofina (hGH ou hormônio de crescimento).

Os lactotrofos, uma outra variedade de células acidófilas, contêm o hormônio prolactina, o


qual promove o desenvolvimento das glândulas mamárias durante a gravidez, assim como a
lactação após o nascimento.

Grupos de pequenas células localizadas na parte distal da adeno-hipófise fracamente coradas


são denominadas células cromófobas. De forma geral, estas células possuem menos
citoplasma e podem representar células-tronco que ainda não se diferenciaram em células
secretoras ou células que já passaram por fase secretora e, por isso, perderam seus grânulos
de secreção.
Descrição e localização dos neurônios secretores de ADH e ocitocina;

A neuro-hipófise (infundíbulo e parte nervosa) contém axônios e terminais axônicos de


neurônios secretores dos hormônios antidiurético (ADH) e ocitocina cujos corpos celulares
formam os núcleos hipotalâmicos supraópticos e paraventricular. Os núcleos paraventriculares
produzem ocitocina, enquanto os núcleos supraópticos produzem ADH. Esses hormônios são
liberados no plexo capilar da parte nervosa da neurohipófise.

A parte nervosa contém os axônios não mielinizados e seus terminais axônicos de


aproximadamente 100.000 neurônios secretores, cujos corpos celulares estão localizados nos
núcleos supraópticos e nos núcleos paraventriculares do hipotálamo (Figura 04). Os axônios
formam o trato hipotalâmico-hipofisário e os terminais axônicos da parte nervosa da neuro-
hipófise estão próximos da rede de capilares fenestrados dessa região denominada plexo
capilar do processo do infundíbulo.

A neuro-hipófise não é uma glândula endócrina e sim um local de armazenamento de


hormônios produzidos nos corpos celulares dos núcleos supraópticos e paraventriculares do
hipotálamo e transportados por axônios não mielinizados para a parte nervosa. As vesículas
secretoras acumulam-se nos terminais axônicos provocando dilatações. Nessas regiões
neuronais denominadas corpúsculos de Herring, visíveis ao microscópio óptico. Essas vesículas
contêm os hormônios ocitocina ou hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina).

Principais ações do ADH e ocitocina;

O ADH aumenta a reabsorção de água nos túbulos contorcidos distais e nos ductos coletores
do rim ao alterar a permeabilidade das células à água. O nome original do ADH, vasopressina,
teve a sua origem na observação de que a administração de grandes doses provoca o aumento
da pressão arterial ao promover a contração do músculo liso nas pequenas artérias e
arteríolas. No entanto, os níveis fisiológicos de ADH exercem apenas efeitos mínimos sobre a
pressão arterial. O ADH é o principal hormônio envolvido na regulação hídrica dos líquidos
corporais.

A ocitocina tem como principal efeito a promoção da contração do músculo liso uterino
durante o parto. No entanto, as células mioepiteliais que envolvem as porções secretoras e os
ductos da glândula mamária também são estimuladas. A contração da musculatura lisa uterina
é iniciada pela distensão da vagina e do colo uterino que pode culminar no parto. Já a
contração das células mioepiteliais que envolvem as porções secretoras e os ductos das
glândulas mamárias, é iniciada pela amamentação (sucção).

Definição de corpúsculo de Herring;

A neuro-hipófise não é uma glândula endócrina e sim um local de armazenamento de


hormônios produzidos nos corpos celulares dos núcleos supraópticos e paraventriculares do
hipotálamo e transportados por axônios não mielinizados para a parte nervosa. As vesículas
secretoras acumulam-se nos terminais axônicos provocando dilatações nessas regiões
neuronais denominadas corpúsculos de Herring, visíveis ao microscópio óptico. Essas vesículas
contêm os hormônios ocitocina ou hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina).

São os terminais axônicos dos neurônios secretores.

Descrição, localização e função dos pituicitos;


Descrição: A única célula específica da neuro-hipófise é uma célula considerada uma célula da
neuroglia, semelhante a um astrócito.

Localização: neuro-hipófise.

Células semelhantes às células da neuroglia que oferece sustentação aos axônios dos
neurônios secretores.

Função: que oferecer sustentação aos axônios dos neurônios secretores.

Origem embrionária das cels. foliculares e parafoliculares, os hormônios produzidos por


essas células e suas ações;

Em torno de 9 semanas de gestação, as células endodérmicas diferenciam-se em placas de


células foliculares, que se dispõem em folículos.

As células foliculares são responsáveis pela produção dos hormônios tireoidianos T3


(triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). Os hormônios T3 e T4 aumentam o
metabolismo basal sendo responsáveis pela produção de calor, pelo crescimento e pelo
desenvolvimento do corpo.

Durante a sétima semana, células endodérmicas que revestem o quarto par de bolsas
faríngeas, conhecidas como corpos ultimofaríngeos, começam a sua migração em direção à
glândula tireoide em desenvolvimento. Após a sua fusão com a tireoide, as células do corpo
ultimofaríngeo se dispersam entre os folículos, dando origem às células parafoliculares.

As células parafoliculares (células C) são responsáveis pela secreção do hormônio calcitonina.

A calcitonina participa da regulação dos níveis séricos de cálcio reduzindo os níveis sanguíneos
desse íon ao suprimir a ação reabsortiva dos osteoclastos. Adicionalmente, promove o
depósito de cálcio no osso, aumentando a taxa de calcificação da matriz óssea. A secreção de
calcitonina é diretamente regulada pelos níveis sanguíneos de cálcio. Os níveis elevados de
cálcio estimulam a secreção, enquanto baixos níveis a inibem.

Síntese e secreção dos hormônios tireoidianos t3 e t4;

A síntese de T3 e T4 ocorre nos folículos da tireoide em uma série de etapas distintas descritas
a seguir. Os números indicam as etapas sequenciais do processo: 1. Síntese de tireoglobulina,
2. Reabsorção e oxidação do iodeto, 3. Iodação da tireoglobulina, 4. Formação de T3 e T4, 5L.
Reabsorção de coloide pela via lisossômica (via principal), 5TE. Reabsorção de coloide pela via
transepitelial e 6. Liberação de T3 e T4 na circulação.

A tireoglobulina não é um hormônio, mas sim a forma precursora inativa dos hormônios
tireoidianos que são sintetizados a partir dela e lançados nos capilares sanguíneos fenestrados
que circundam os folículos.

As principais doenças da tireoide: Hashimoto e Graves;

O sintoma mais comum de doença da tireoide é o bócio, um aumento da glândula tireoide,


condição que pode indicar hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

O hipotireoidismo pode ser causado por um aporte de iodo insuficiente na dieta (bócio
endêmico) ou por uma tireoidite autoimune denominada tireoidite de Hashimoto. A tireoidite
de Hashimoto caracteriza-se pela existência de anticorpos anormais dirigidos contra a
tiroperoxidase (TPO). Os baixos níveis de hormônios tireoidianos circulantes estimulam a
liberação de quantidades excessivas de TSH, causando hipertrofia da tireoide por meio da
síntese de grande quantidade de TGB.

No hipertireoidismo (doença de Graves) ocorre liberação de quantidades excessivas de


hormônios tireoidianos na circulação. Os indivíduos com doença de Graves apresentam níveis
detectáveis de anticorpos anormais que se ligam aos receptores de TSH nas células foliculares,
estimulando a endocitose de mais TGB levando, dessa forma, à secreção aumentada de
hormônios tireoidianos. Com essa estimulação, a glândula tireoide sofre hipertrofia, e o
hormônio tireoidiano é secretado em taxas anormalmente altas, causando aumento do
metabolismo. A maioria das manifestações clínicas está associada a um aumento da taxa
metabólica incluindo perda de peso, sudorese excessiva, taquicardia e nervosismo.

Origem embrionária das paratireoides

Embriologicamente, as glândulas paratireoides desenvolvem-se a partir das células


endodérmicas derivadas do terceiro e quarto par de bolsas faríngeas. As glândulas
paratireoides inferiores e o timo originam-se do endoderma que reveste o terceiro par de
bolsas faríngeas. Já as glândulas paratireoides superiores e as células parafoliculares da
glândula tireoide derivam do endoderma que reveste o quarto par de bolsas faríngeas.

O principal modo de ação do PTH (RANK-L, RANK e OPG)

Surpreendentemente, os osteoclastos que são as células que reabsorvem o tecido ósseo, não
apresentam receptores de PTH. Na realidade, os osteoclastos são indiretamente ativados pelo
mecanismo de sinalização RANK-RANK-L dos osteoblastos (Figura 12). No entanto, essa via
pode ser bloqueada pela osteoprotegerina (OPG) também produzida pelos osteoblastos. A
OPG atua como um bloqueador de RANK-L sendo, por isso, um potente inibidor da ativação de
osteoclastos. Tanto a OPG quanto o RANK-L são detectados no sangue, e suas concentrações
podem ser medidas para fins diagnósticos e para monitorar a terapia de muitas doenças
ósseas. A exposição contínua e prolongada de PTH aumenta a produção local de RANK-L pelos
osteoblastos e diminui a secreção de osteoprotegerina (OPG). Essas alterações estimulam, em
seguida, a ativação dos osteoclastos, o que leva a um aumento da reabsorção óssea e
liberação de cálcio e de fosfato no plasma sanguíneo.

Ações secundarias do PTH;

Embora a sua principal ação seja a de promover o aumento da taxa de reabsorção óssea, o PTH
age também em outros órgãos:

- Diminui a excreção renal de cálcio aumentando a sua taxa de reabsorção tubular.

- Aumenta a excreção urinária de fosfato, equilibrando, assim, a concentração de fosfato no


sangue.

- Estimula nos rins a conversão dos precursores da vitamina D na sua forma ativa.

- Estimula no intestino delgado a absorção de cálcio.

Origem embrionária da medula adrenal;

As células parenquimatosas do córtex e da medula são de origem embriológica diferente.


Embriologicamente, as células corticais originam-se do mesoderma, enquanto a medula se
origina da neuroectoderma (células da crista neural) que migra para a glândula em
desenvolvimento.

Explicação do porquê das cels. cromafins serem consideradas neurônios pós-ganglionares


modificados;

Porque possuem a mesma origem embriológica dos neurônios pós-ganglionares: a crista


neural.

A medula da glândula suprarrenal é composta por células parenquimatosas denominadas


células cromafins, tecido conjuntivo, numerosos capilares sanguíneos fenestrados e nervos. As
células cromafins são, de fato, neurônios modificados.

Os hormônios secretados pela medula adrenal e suas ações;

As catecolaminas epinefrina e norepinefrina.

As catecolaminas, assim como a divisão simpática do SNA, preparam o corpo para a resposta
de “luta ou fuga”. A súbita liberação de catecolaminas estabelece condições para o uso
máximo de energia e, portanto, para o esforço físico máximo. Tanto a epinefrina quanto a
norepinefrina estimulam a glicogenólise (liberação de glicose na corrente sanguínea) e a
mobilização dos ácidos graxos livres do tecido adiposo. A liberação de catecolaminas também
provoca elevação da pressão arterial, dilatação dos vasos sanguíneos coronários, vasodilatação
dos vasos que suprem os músculos esqueléticos, vasoconstrição dos vasos que transportam o
sangue para a pele e o intestino, aumento da frequência e débito cardíacos e aumento na
frequência e profundidade da respiração.

Divisão do córtex adrenal, hormônios secretados por cada divisão e suas ações;

O córtex da suprarrenal é dividido em três zonas, de acordo com o arranjo de suas células: (1)
a zona glomerulosa, a zona externa mais delgada que constitui até 15% do volume cortical, (2)
a zona fasciculada, a zona média espessa que constitui quase 80% do volume do córtex e (3) a
zona reticulada, a zona interna que representa entre 5 a 7% do volume do córtex, mas é mais
espessa que a zona glomerulosa, em virtude de sua localização mais central.

As células da zona glomerulosa secretam o principal mineralocorticoide, denominado


aldosterona, um composto que funciona na regulação da homeostasia do sódio e do potássio e
no equilíbrio hídrico. A aldosterona atua sobre as células dos túbulos distais do néfron, na
mucosa gástrica e nas glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a reabsorção de sódio
nesses locais, bem como a excreção de potássio pelos rins.

A principal secreção da zona fasciculada consiste em glicocorticoides, que são assim


denominados em virtude de seu papel na regulação da gliconeogênese (síntese de glicose) e
da glicogênese (polimerização do glicogênio). Um dos principais glicocorticoides secretados
pela zona fasciculada, o cortisol, atua sobre muitas células e tecidos diferentes, em geral,
aumentando a concentração de glicose no sangue. No fígado, o cortisol estimula a conversão
dos aminoácidos em glicose (gliconeogênese), que é importante durante períodos de jejum. O
cortisol inibe a absorção e utilização de glicose em muitos tecidos, mas não no cérebro,
poupando a glicose para uso por esse órgão. O cortisol facilita a lipólise. O cortisol também
deprime as respostas imune e inflamatória e, em consequência dessa última, inibe a
cicatrização das feridas.
A principal secreção da zona reticulada consiste em androgênios, principalmente
desidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de desidroepiandrosterona (DHEAS) e
androstenediona. A DHEA e o DHEAS são menos potentes que os androgênios produzidos
pelos testículos, mas exercem efeito sobre o desenvolvimento das características sexuais
secundárias. Nos homens, os androgênios suprarrenais têm importância insignificante, visto
que a testosterona produzida pelos testículos é um androgênio muito mais potente. No
entanto, nas mulheres, os androgênios suprarrenais estimulam o crescimento dos pelos
axilares e púbicos durante a puberdade.

Suprimento sanguíneo da adrenal: artéria capsular, arteríola medular, arteríola cortical e


veias adrenomedulares;

As artérias suprarrenais ramificam-se antes de entrar na cápsula, produzindo numerosas


artérias menores que penetram na cápsula que são os ramos capsulares da artéria suprarrenal.
Na cápsula, essas artérias dão origem a um sistema de capilares fenestrados que consiste em
dois tipos de capilares: (1) capilares corticais e (2) capilares medulares. Os capilares corticais
suprem o córtex e, em seguida, drenam nos capilares medulares. No entanto, algumas
arteríolas que se ramificam dos ramos capsulares atravessam diretamente o córtex
transportando sangue arterial para os capilares medulares. Portanto, a medula apresenta um
duplo suprimento sanguíneo: (1) sangue venoso proveniente dos capilares corticais que já
supriram o córtex e (2) sangue arterial proveniente das arteríolas medulares.

Cada glândula suprarrenal é suprida com sangue pelas artérias suprarrenais superior, média e
inferior e drenada pelas veias suprarrenais (Figura 13). No lado esquerdo, a veia suprarrenal
drena na veia renal, ao passo que, do lado direito, a veia suprarrenal drena diretamente na
veia cava inferior. As artérias suprarrenaisramificam-se antes de entrar na cápsula, produzindo
numerosas artérias menores que penetram na cápsula denominadas ramos capsulares da
artéria suprarrenal. Essas artérias dão origem a um sistema de capilares fenestrados que
consiste em dois tipos de capilares: (1) capilares corticais e (2) capilares medulares (Figura 15).
Os capilares corticais, formados pelas arteríolas corticais suprem o córtex e, em seguida,
drenam nos capilares medulares se assemelhando a um sistema porta entre o córtex e a
medula. No entanto, as arteríolas medulares atravessam diretamente o córtex transportando
sangue arterial para os capilares medulares. Portanto, a medula apresenta um duplo
suprimento sanguíneo: (1) sangue venoso proveniente dos capilares corticais que já supriram o
córtex e (2) sangue arterial proveniente das arteríolas medulares. As vênulas que se originam
dos capilares medulares drenam nas pequenas veias adrenomedulares que se unem para
formar a grande veia adrenomedular central, que, em seguida, drena diretamente na veia cava
inferior do lado direito e na veia renal do lado esquerdo (Figura 13).

As células da glândula pineal, hormônio secretado e suas ações;

As células da glândula pineal são de dois tipos: (1) pinealócitos e (2) células intersticiais.

Os pinealócitos (Figura 16) são as células parenquimatosas responsáveis pela secreção de


melatonina. A melatonina, sintetizada a partir do aminoácido triptofano, é liberada durante a
noite e é uma substância promotora de sono. A produção de melatonina está diretamente
ligada à presença da luz.

As células intersticiais (Figura 16) são consideradas como células da neuróglia semelhantes a
astrócitos e estão dispersas por entre os pinealócitos. Estas células têm núcleos alongados e
intensamente corados e seus prolongamentos formam um arcabouço estrutural para a
glândula.

Descrição do porquê da secreção de melatonina diminuir com a idade;

Devido ao processo de calcificação progressiva da glândula.

A glândula tem seu ponto alto de desenvolvimento na puberdade, quando é máxima a


produção de melatonina. A partir daí a glândula sofre um processo de calcificação progressiva
cujas partículas de cálcio depositadas em anéis concêntricos receberam o nome de corpos
arenosos ou “areia cerebral” (Figura 16). Portanto, os níveis de melatonina diminuem a partir
da puberdade atingindo uma redução de 90% aos 70 anos de idade.

Descrição das ilhotas pancreáticas, suas células endócrinas, os hormônios secretados e suas
ações;

O pâncreas endócrino é composto por agregados esféricos de células, conhecidos como ilhotas
de Langerhans, que se encontram espalhadas em meio aos ácinos pancreáticos. Cada ilhota de
Langerhans é um conglomerado esférico ricamente vascularizado de aproximadamente 3.000
células.

Cinco tipos de células compõem o parênquima de cada ilhota de Langerhans: (1) células beta
(β), (2) células alfa (α), (3) células delta (δ e δ1), células G, células PP e células épsilon (ε).

Célula β - Insulina. Diminui os níveis sanguíneos de glicose. Inibe o esvaziamento gástrico e a


liberação de glucagon pelas células α.

Célula α - Glucagon. Aumenta os níveis sanguíneos de glicose.

Célula δ - Somatostatina. Parácrina: inibe a liberação de hormônios do pâncreas endócrino e


enzimas do pâncreas exócrino. Endócrina: reduz as contrações da musculatura lisa do trato
alimentar e da vesícula biliar e inibe a produção de HCl pelo estômago.

Célula δ1 - Peptídeo intestinal vasoativo (VIP). Induz a glicogenólise, estimula a secreção de


bicarbonato no suco pancreático e biliar, inibe a secreção de ácido gástrico e inibe a absorção
a partir do lúmen intestinal.

Célula G - Gastrina. Estimula a produção de ácido clorídrico pelas células parietais do


estômago.

Célula PP - Polipeptídeo pancreático. Inibe as secreções do pâncreas exócrino de bile pela


vesícula biliar e de HCl pelo estômago.

Célula ɛ - Grelina. Induz a sensação de fome.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Descrição histológica do testículo a partir da túnica albugínea;

Descrição histológica dos túbulos seminíferos: túnica própria e epitélio seminífero;


Os túbulos seminíferos são túbulos ocos, altamente contorcidos, circundados pela túnica
vasculosa altamente vascularizada.

A parede dos túbulos seminíferos (Figura 03) é constituída por uma fina camada de tecido
conjuntivo denominada túnica própria, uma membrana basal e por um espesso epitélio de
revestimento denominado epitélio seminífero ou germinativo. A túnica própria é um tecido
conjuntivo que, ao invés de fibroblastos típicos possui células mioides que são células
semelhantes às fibras musculares lisas. As contrações rítmicas das células mioides criam Figura
02: Esse esquema mostra um corte sagital médio do testículo humano. O sistema de ductos
genitais, que inclui os túbulos retos, a rede testicular, os ductos eferentes, o ducto do
epidídimo e o ducto deferente, também é mostrado. Observe o revestimento espesso de
tecido conjuntivo, a túnica albugínea e a túnica vaginal circundante. 3 ondas peristálticas que
ajudam a mover os espermatozoides e o líquido testicular através dos túbulos seminíferos. Os
vasos sanguíneos e a extensa rede de vasos linfáticos, bem como as células de Leydig, estão
presentes na túnica vasculosa localizada externamente à túnica própria.

O epitélio seminífero é constituído por dois tipos de células: as células de Sertoli e as células da
linhagem seminífera (ou células da linhagem espermatogênica). Essas últimas células
encontram-se em diferentes estágios de desenvolvimento.

As sete funções da célula de Sertoli;

As células de Sertoli realizam as seguintes funções:

(1) suporte físico e nutricional para as células germinativas em desenvolvimento;

(2) fagocitose do citoplasma eliminado pelas espermátides durante a espermatogênese;

(3) estabelecimento de uma barreira hematotesticular através da formação de zônulas


oclusivas;

(4) síntese e liberação da proteína de ligação a andrógeno (ABP), que mantém alta a
concentração de testosterona nos túbulos seminíferos;

(5) síntese e liberação (durante o desenvolvimento embrionário) do hormônio antimüIleriano,


o qual impede o desenvolvimento dos ductos de MüIler (precursores do sistema reprodutor
feminino) promovendo o desenvolvimento da genitália interna em masculina a partir dos
ductos de Wolf;

(6) síntese e secreção de inibina, um hormônio que inibe a liberação do hormônio folículo-
estimulante (FSH) pela parte distal da adenohipófise;

(7) secreção de um meio rico em frutose que nutre e facilita o transporte de espermatozoides
pelos ductos genitais.

Descrição, função e localização das cels. De Leyig;

Localização – Espaço intersticial dos testículos, entre os túbulos seminíferos.

Função – Secretar testosterona.

As células de Leydig (células intersticiais) são células eosinofílicas, que contêm gotículas de
lipídios no citoplasma. Assim como outras células secretoras de esteroides, as células de Leydig
contêm um retículo endoplasmático liso (REL) bem desenvolvido, característica responsável
pela sua eosinofilia. As células de Leydig diferenciam-se e secretam testosterona durante o
desenvolvimento embrionário, por volta da 8ª semana.

As células de Leydig ativadas no início da diferenciação sexual do feto masculino passam, em


seguida, por um período de inatividade. As células de Leydig inativadas são difíceis de ser
distinguidas dos fibroblastos. Na puberdade, as células de Leydig são estimuladas pelas
gonadotropinas hipofisárias (FSH e LH), e tornam-se novamente ativadas, reiniciando a
secreção de testosterona e assim permanecem por toda a vida.

Descrição histológica da parede da via transportadora de espermatozoides: túbulo reto, rede


testicular, dúctulo eferente, epidídimo (cabeça, corpo e cauda), ducto deferente e ducto
ejaculatório;

As ocorrências relacionadas ao espermatozoide no epidídimo;

À medida que os espermatozoides se movem através do ducto altamente espiralado do


epidídimo, eles adquirem mobilidade própria, mas sofrem alterações na membrana plasmática
recebendo um fator denominado fator de decapacitação que inibe a capacidade de
fecundação dos espermatozoides. As contrações do músculo liso que circunda os dúctulos
eferentes e a cabeça e o corpo do epidídimo continuam a mover os espermatozoides por ação
peristáltica até que alcancem a cauda do epidídimo, onde são armazenados antes da
ejaculação. Os espermatozoides podem sobreviver por várias semanas nesse local.

Os espermatozoides recém-produzidos provenientes dos testículos amadurecem durante a sua


passagem pelo epidídimo. Durante esse processo de maturação, a membrana plasmática
anterior do espermatozoide é modificada pela adição do fator de decapacitação associado à
superfície. Esse processo inibe a capacidade de fecundação do espermatozoide de modo
reversível. O fator de decapacitação associado à superfície é retirado posteriormente durante
o processo de capacitação que ocorre no trato reprodutor feminino. No epidídimo, os
espermatozoides também tornam-se móveis e, por isso, aptos para realizar o batimento
flagelar.

Na cabeça e no corpo de epidídimo, as contrações peristálticas rítmicas e espontâneas servem


para mover os espermatozoides ao longo do ducto. No entanto, as contrações peristálticas na
cauda do epidídimo, servem para forçar os espermatozoides para o ducto deferente após a
estimulação neural associada à emissão, um processo anterior à ejaculação, como veremos
posteriormente. Portanto, a cauda do epidídimo é a primeira região a receber impulsos
nervosos relacionados à emissão.

Descrever os processos que levam à ereção, à emissão e à ejaculação;

Descrever a regulação hormonal masculina destacando as funções do GnRH, FSH, LH, ABP,
inibina e testosterona;

Neurônios hipotalâmicos aumentam a secreção do hormônio liberador das gonadotropinas


(GnRH) que estimula os gonadotrofos da parte distal da adenohipófise a aumentarem a
secreção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH).

GnRH – Estimula os gonadotrofos a aumentarem a secreção do LH e do FSH.


O LH se liga aos seus receptores localizados na membrana plasmática das células de Leydig,
estimulando essas células a sintetizar e liberar o hormônio testosterona.

LH – Estimula células de Sertoli a sintetizarem e liberarem testosterona.

No entanto, os níveis sanguíneos de testosterona não são suficientes para iniciar e manter a
espermatogênese. Assim o FSH, cujos receptores estão localizados na membrana plasmática
das células de Sertoli, induz essas células a sintetizarem e liberarem a proteína de ligação de
andrógeno (ABP). Como o seu nome indica, a ABP liga-se à testosterona, impedindo que esse
hormônio deixe os túbulos seminíferos, elevando a sua concentração para níveis
suficientemente altos, de modo a manter a espermatogênese.

FSH – Induz as células de Sertoli a sintetizarem e liberarem a proteína de ligação de


andrógeno (ABP).

ABP – Se liga à testosterona, impedindo que deixe os túbulos seminíferos, elevando a


concentração e mantendo a espermatogênese.

Assim que a quantidade de espermatozoides se tornar suficiente para as funções reprodutivas


masculinas, as células de Sertoli liberam um hormônio proteico denominado inibina que inibe
a secreção de FSH pela parte distal da adenohipófise. Se mais espermatozoides se tornar
necessário, menos inibina é liberada, o que permite maior secreção do FSH, maior liberação de
ABP e consequentemente maior concentração de testosterona e DHT nos túbulos seminíferos
que leva ao aumento da intensidade da espermatogênese.

Inibina – Inibe a secreção de FSH pela parte distal da adenohipófise.

Na puberdade, a secreção de testosterona é responsável pelo início da produção de


espermatozoides, pela secreção das glândulas sexuais acessórias e pelo desenvolvimento das
características sexuais secundárias. No adulto, a secreção de testosterona é essencial para a
manutenção da espermatogênese e das características sexuais secundárias.

Testosterona – Na puberdade, início da produção de espermatozoides. No adulto,


manutenção da espermatogênese e características sexuais. A função secretora das vesículas
seminais está sob o controle da testosterona.

Descrever os principais constituintes das glândulas acessórias do sistema reprodutor


masculino: vesícula seminal, próstata e glândula bulbo-uretral.

Cada vesícula seminal contém uma única porção secretora tubular, muito pregueada, alongada
e enovelada. As vesículas seminais estão localizadas na parede posterior da bexiga. Um ducto
curto sai de cada vesícula seminal e logo se une à ampola do ducto deferente, formando o
ducto ejaculatório. O epitélio pseudoestratificado cilíndrico possui pequenas células basais que
funcionam como células-tronco. As células cilíndricas são células que secretam um fluido
viscoso amarelado que contém frutose, o principal substrato metabólico dos espermatozoides,
e prostaglandina. A contração da musculatura lisa das vesículas seminais, durante o processo
de emissão, empurra a sua secreção em direção aos ductos ejaculatórios. A função secretora
das vesículas seminais está sob o controle da testosterona.

A próstata é a maior glândula sexual acessória do sistema reprodutor masculino. A principal


função da próstata consiste em secretar um líquido claro e ligeiramente alcalino (pH 7,3). A
próstata no adulto é dividida em cinco regiões distintas (Figura 10): (1) zona central, (2) zona
periférica, (3) zona de transição, (4) zona periuretral e (5) estroma fibromuscular.
A zona central circunda os ductos ejaculatórios que atravessam a próstata. Contém em torno
de 25% do tecido glandular e é resistente tanto ao carcinoma quanto à hiperplasia. A zona
periférica compreende 70% do tecido glandular da próstata circundando a zona central. A
maioria dos carcinomas de próstata origina-se dessa zona que é palpável durante o exame de
toque retal. A zona de transição circunda a uretra prostática compreendendo cerca de 5% do
tecido glandular prostático. Nos indivíduos idosos, as células glandulares dessa zona
frequentemente sofrem divisões celulares e formam massas nodulares de células. Como a
zona de transição é próxima da uretra prostática, esses nódulos podem causar dificuldade na
micção, condição conhecida como hiperplasia prostática benigna (HPB).

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