Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
com
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
INTRODUÇÃO À URINÁLISE
História e Importância
A medicina laboratorial teve início com a análise da urina. Embora os métodos não
fossem sofisticados, a observação da urina permitia ao médico obter informações
diagnósticas a partir da turvação, cor, odor, volume, viscosidade e até mesmo pela
presença de açúcar ao perceberem que certas amostras atraíam formigas. Os meios
modernos de urinálise ampliaram seu campo de ação, abrangendo não só o exame
físico, mas também a análise bioquímica e a microscopia do sedimento urinário.
No século XVII, com a invenção do microscópio, foi possível realizar o exame do
sedimento urinário e criar métodos para sua quantificação.
Além da amostra de urina ser de obtenção rápida e fácil, fornece informações
sobre muitas das principais funções metabólicas do organismo, por meio de exames
laboratoriais simples. Essas características se ajustam às tendências atuais em favor
da medicina preventiva.
Devido ao fato de o exame urinário ser um método muito valioso de triagem
metabólica, pode-se detectar, além de doenças renais, o início assintomático de
patologias como o diabetes mellitus e as hepatopatias.
Formação e Composição
Aformaçãodaurinaocorrenos rins, comoum ultrafiltradodoplasma, apartirdoqual
sãoreabsorvidos glicose, aminoácidos, água e outras substâncias essenciais ao
metabolismo do organismo.
A ureia, um produto residual do metabolismo do fígado a partir de proteínas, é
responsável por quase metade do total de sólidos dissolvidos na urina. O principal
sólido inorgânico dissolvido é o cloreto, seguido pelo sódio e o potássio. A ingestão
dietética influencia as concentrações desses compostos inorgânicos, o que torna difícil
estabelecer níveis normais.
Substâncias como hormônios, vitaminas e medicamentos também são
encontrados na urina. Também pode conter elementos formados, como células,
cilindros, cristais, muco e bactérias, sendo que o aumento desses é indicativo de
doença.
Para ter certeza de que um determinado FLUIDO é realmente urina, pode-se
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
dosar ureia e creatinina nessa alíquota já que tais substâncias se encontram presentes
em altas concentrações se comparadas a outro FLUIDO corporal.
Volume
Tipos de Amostras
Fisiologia Renal
O ser humano possui dois rins que têm cor vermelho-escura em forma de um
grão de feijão e cada um deles contém, aproximadamente, 1 a 1,5 milhões de néfrons.
Os néfrons controlam a capacidade renal de depurar seletivamente resíduos
provenientes do sangue e, ao mesmo tempo, de manter a água essencial e o equilíbrio
eletrolítico no organismo, por meio das seguintes funções renais:
» Fluxo sanguíneo renal;
» Filtração glomerular;
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
» Reabsorção tubular; e
» Secreção tubular.
Doenças Renais
Entre as principais doenças renais, destacam-se:
» Nefrite: caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina,
edema e hipertensão.
» Infecção Urinária: o paciente se queixa de dor, ardência e urgência para
urinar. O volume urinado torna-se pequeno e frequente, tanto durante o dia como à
noite. A urina é turva e mal cheirosa, podendo surgir sangue no final da micção. Nos
casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de
ardência e urgência para urinar.
» Cálculo Renal: a cólica renal, com dor no flanco e costas, é muito característica,
quase sempre com sangue na urina. Em certos casos, pode haver eliminação de pedras.
» Obstrução Urinária: ocorre quando há um impedimento da passagem da urina
pelos canais urinários, por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de
ureter e uretra. A ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da
obstrução urinária.
» Insuficiência Renal Aguda: é causada por uma agressão repentina ao rim, por
falta de sangue ou pressão para formar urina ou por obstrução aguda da via urinária.
A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
» Insuficiência Renal Crônica: surge quando o rim sofre a ação de uma doença
que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de
ureia, anemia, hipertensão arterial, entre outros.
» Tumores Renais: o rim pode ser acometido de tumores benignos e
malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina
e obstrução urinária.
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Coloração
A variedade da cor da urina vai desde a ausência de cor até o negro, podendo
ser devido a funções metabólicas normais, atividade física, substâncias ingeridas ou
patologias. Porém, é de responsabilidade clínica determinar se essa alteração de cor
é normal ou indicativo de doença.
As descrições de cor mais comuns são: amarelo-claro; amarelo; amarelo-
escuro e âmbar. Parauma boa análise da amostra coletada deve-se olhar através do
recipiente contra um fundo branco, sempre em local com boa iluminação.
A cor amarela da urina é devido à presença de um pigmento denominado
urocromo. Amostras amarelo-escuras ou âmbar podem ser causadas pela presença
anormal do pigmento bilirrubina. A urina que contém a bilirrubina pode também conter
o vírus da hepatite.
Muitas colorações anormais na urina são de natureza não patogênica, sendo
causadas pela ingestão de alimentos, vitaminas e medicamentos bastante
pigmentados.
Aparência/Aspecto
É um termo geral usado para se referir à transparência da amostra urinária. Os
termos utilizados para descrever a aparência são: límpido, ligeiramente turvo e turvo.
Quando recém-eliminada, a urina geralmente é transparente, porém em casos
patológicos, em que existe a grande quantidade de piócitos (leucócitos), hemácias,
células epiteliais, cristais e bactérias, a amostra deverá se apresentar turva.
Turvação
As quatro principais substâncias que causam a turvação são os leucócitos, as
hemácias, as células epiteliais e as bactérias. Outras substâncias incluem lipídios,
sêmen, muco, linfa, cristais, leveduras, matéria fecal e contaminação externa.
O fato de a urina recém-eliminada apresentar-se turva pode ser motivo de
preocupação.
Correlação Laboratorial da Turvação Urinária
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Densidade Urinária
Odor
Tiras Reativas
A tira reagente é a técnica mais amplamente usada na detecção de substâncias
químicas na urina. Uma única tira pode conter até 10 tipos de testes. São
constituídas por pequenos quadrados de papel absorvente impregnados com
substâncias químicas e aderidos a uma tira de plástico.
Uma escala de comparação de cores é anexada às tiras reagentes, usualmente
no rótulo do seu recipiente. O desempenho delas deve ser testado diariamente usando
soluções de controle baixo, normal e alto.
Os testes são feitos mergulhando rapidamente as tiras em uma urina recente,
bem homogeneizada. O excesso deve ser removido, tocando a borda da tira
brevemente em um papel absorvente. O contato da tira com a urina faz com que ocorra
uma reação química e, então, a mudança cromática.
As áreas de teste da tira devem ser observadas nos intervalos de tempo
específicos. As mudanças de cor das almofadinhas de reagentes devem ser
comparadas visualmente com a cor da escala fornecida junto com as tiras.
Automação em Urinálise
A automação no procedimento de urinálise tem permitido aos laboratórios o
fornecimento de resultados mais precisos e seguros.
O intervalo de tempo entre a coleta do material e o processamento do teste é
crítico nos exames de urina. Por isso, a automação, tanto da análise morfológica
quanto química das amostras, tem se tornado um diferencial nos serviços
laboratoriais.
Alguns laboratórios têm leitoras automáticas de tiras. Esses instrumentos
detectam eletronicamente as mudanças de cor nas almofadinhas de reagentes. A tira
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
pH
Os pulmões e os rins são os principais reguladores do equilíbrio ácido-básico
do organismo.
O pH é a medida do grau de acidez ou alcalinidade da urina. Um indivíduo sadio
produz a primeira urina da manhã com pH ligeiramente ácido, entre 5,0 e 6,0. Por
outro lado, as outras amostras obtidas durante o dia terão uma variação de pH de 4,5
a 8,0.
Existem alguns fatores que podem influenciar na mudança do valor do pH
urinário: a dieta, o uso de medicações, doenças renais e doenças metabólicas, como
diabetes mellitus.
O conhecimento do pH é importante na identificação de cristais observados no
exame microscópico. A precipitação de substâncias químicas também pode colaborar
para a formação de cálculos renais.
Proteínas
A análise da proteína é mais indicativa para se concluir um quadro de doença
renal, mas também pode ser causada por outras condições como infecções do trato
urinário.
A albumina, por ter baixo peso molecular, é a principal proteína sérica
encontrada na urina normal.
A urina normal contém quantidade muito baixa de proteínas, sendo em média
menos de 10 mg/dL ou 150 mg por 24 horas.
O aumento da proteína na urina é denominado proteinúria. São observadas em
processos degenerativos tubulares, associadas a processos infecciosos bacterianos,
em enfermidades vasculares e na hipertensão maligna.
A principal fonte de erro na utilização das tiras reagentes ocorre quando a
urina é extremamente alcalina e anula o sistema de tamponamento.
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Glicose
A análise da glicose é a prova de detecção que está incluída em todos os
exames físicos de urina e, muitas vezes, é o principal objetivo dos programas
preventivos de saúde pública.
A presença de glicose detectável na urina é chamada de glicosúria, o que
indica que a glicose sanguínea ultrapassou o limiar renal da glicose. Essa condição
ocorre no diabetes mellitus.
Cetonas
Os chamados corpos cetônicos são produtos derivados do metabolismo dos
ácidos graxos, tendo origem hepática.
O termo cetona engloba três produtos intermediários do metabolismo das
gorduras: acetona, ácido beta hidroxibutírico e ácido acetoacético; portanto, quando o
organismo metaboliza gordura de forma incompleta, são excretadas cetonas na urina.
Esses compostos da cetona não se apresentam em quantidades iguais na urina. A
acetona e o ácido beta-hidroxibutírico são produzidos a partir do ácido acetoacético,
sendo relativamente constante em todas as amostras as proporções de 78% de ácido
beta-hidroxibutírico, 20% de ácido acetoacético e 2% de acetona.
Entre as razões clínicas para esse aumento do metabolismo das gorduras citam-
se a incapacidade de metabolizar carboidratos como ocorre no diabetes mellitus; o
aumento da perda de carboidratos por vômitos; e a ingestão insuficiente de carboidratos
associada à carência alimentar e redução de peso.
Como as acetonas evaporam na temperatura ambiente, a urina deve ser bem
tampada e refrigerada se não for testada rapidamente.
Sangue
O sangue pode estar presente na urina em forma de hemácias íntegras ou de
hemoglobina, que é um produto da destruição das hemácias. Quando em grande
quantidade, pode ser detectado a olho nu. A hematúria produz urina vermelha e
opaca; por outro lado, a hemoglobinúria se apresenta na coloração vermelha e
transparente.
Na análise microscópica do sedimento urinário, observa-se a presença de
hemácias íntegras, mas não a de hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos
ou por lise das hemácias no trato urinário.
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Bilirrubina
A bilirrubina é um composto amarelo, muito pigmentado, devido ser um produto
da degradação da hemoglobina
Sua forma direta ou conjugada atravessa o túbulo renal e aparece na urina;
portanto, a bilirrubina é encontrada mais comumente em pacientes com icterícia
mecânica.
A hepatite e a cirrose são exemplos comuns de doenças que produzem lesão
hepática. As provas rotineiras para detecção de bilirrubina com tiras reativas utilizam
a diazotização.
Há um teste qualitativo, no qual se realiza a agitação da urina formando uma
espuma amarelada ou amarelo-esverdeada e cor âmbar, que indicará pesquisa
positiva para bilirrubina, usando amostra recente. O reativo usado nessa prova é o
Reativo de Fouchet.
Urobilinogênio
Como a bilirrubina, o urobilinogênio é um pigmento biliar resultante da
degradação da hemoglobina. É derivado da bilirrubina pela ação da flora bacteriana
intestinal. Aproximadamente metade da sua produção é reabsorvida, retornando ao
fígado, e uma parte pequena cai na circulação, sendo excretada pelos rins.
Por ação da luz e do ar atmosférico, o urobilinogênio que fica no intestino se
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
oxida formando a urobilina (pigmento responsável pela característica cor das fezes).
O urobilinogênio aparece na urina porque, ao circular no sangue, a caminho do
fígado, pode passar pelos rins e ser filtrado pelos glomérulos. Se houver obstrução do
ducto biliar, haverá o impedimento da passagem normal de bilirrubina para o intestino.
Por meio do exame qualitativo, usando o Reativo de Ehrlich, o urobilinogênio
reage com o p- dimetilaminobenzaldeído, formando uma coloração vermelho-cereja.
Nitrito
A prova para detecção de nitrito é útil para o diagnóstico precoce das infecções
da bexiga (cistite), pois muitas vezes os pacientes são assintomáticos ou têm sintomas
vagos, que levariam o médico a pedir uma cultura de urina. A prova com nitrito também
poderá ser empregada para avaliar o sucesso da terapia com antibióticos e para
examinar periodicamente pessoas que têm infecçõesrecorrentes.
Alguns dos microrganismos que, frequentemente, causam Infecção do Trato
Urinário (ITU) são a Escherichia coli, a Klebsiella sp, o Proteus sp e a Pseudomonas
sp. As bactérias Gram negativas produzem enzimas que convertem os nitratos
urinários em nitrito. Não se destina a substituir a cultura de urina como principal prova
de diagnóstico e controle das infecções bacterianas, mas sim a detectar os casos em
que a necessidade de cultura pode ser evidente.
Leucócitos
A presença de leucócitos indica uma possível infecção do trato urinário.
Essa prova não tem o objetivo de medir a concentração de leucócitos, e os
fabricantes recomendam que a quantidade seja feita por exame microscópico.
Outra vantagem de análise bioquímica é a possibilidade de detectar a presença
de leucócitos lisados que não aparecem no exame microscópico.
Densidade
A capacidade renal de reabsorver seletivamente substâncias químicas
essenciais e água a partir do filtrado glomerular é uma das funções mais importantes
do organismo.
O complexo processo de reabsorção, muitas vezes, é a primeira função renal
a se tornar deficiente; por isso, a avaliação da capacidade de reabsorção renal é um
componente necessário do exame de urina (sumário).
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
COMPONENTES DO SEDIMENTO
Hemacias
A presença de hemácias (Figura 2) na urina possui grande relação com
lesões na membrana glomerular ou nos vasos do sistema urogenital. A observação
de hematúria pode ser essencial para diagnóstico de cálculo renal.
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Figura 2 – Hemácias
Fonte: <http://tecnicasparaestudos.blogspot.com.br/2008/06/hematria-eliminao-de-um-nmero-
anormal.html>. acesso em: 2 out. 2012.
As hemácias são estruturas que podem ser confundidas, por exemplo, com
células leveduriformes. Possuem forma de discos bicôncavos ou esféricos e sem
núcleo.
Aquelas de tamanhos variáveis e que têm protrusões celulares são
denominadas dismórficas e aparecem mais em casos de hemorragia glomerular.
Hemácias dismórficas também podem ser encontradas nas amostras de pacientes
que realizaram exercícios físicos intensos.
Hemáciasdevemser avaliadas quanto à quantidade emorfologia(presença ou
ausênciadedismorfismo eritrocitário). A célula mais relacionada com a hemorragia
glomerular é o acantócito (Figura 3).
Figura 3 – acantócito
Leucócitos
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Figura 4 – Leucócitos
Células Epiteliais
Como as células epiteliais (Figura 5) provêm do tecido de revestimento do
sistema urogenital é bastante comum encontrá-las nos exames de urina. Em geral são
registradas como raras, moderadas e numerosas.
Essas células originam-se das vias urinárias baixas e altas, podendo estar
aumentadas em várias infecções do trato genital. Porém, em urinas de mulheres
estarão presentes em quantidades variáveis, sendo mais intensamente durante a
gestação.
Células menos comuns no sedimento urinário são as da bexiga e do túbulo
renal, que, por sua vez, podem ser indicadoras de doença renal.
Cilindros
Presença de cilindros na amostra de urina pode representar um grave
prognóstico, tornando sua investigação obrigatória, pois são os únicos elementos
exclusivamente renais encontrados no sedimento urinário.
Os fatores importantes na formação de cilindros são a concentração e a
natureza da proteína na urina tubular, a concentração de solutos dialisáveis como os
sais e a ureia, e a acidez da urina.
A glicoproteína de Tamm-Horsfall é o principal componente dos cilindros; é
excretada pelas células dos túbulos renais.
Hialinos
Os cilindros hialinos (Figura 6) são mais frequentemente encontrados e são
constituídos quase que inteiramente por proteína de Tamm-Horsfall. Seu achado
anormal pode acontecer em casos de desidratação, exposição ao calor, estresse
emocional, e após a realização de exercício físico intenso
Hemáticos
A presença de cilindros hemáticos (Figura 7) indica que o sangramento é
proveniente do interior do néfron. São facilmente reconhecidos por serem refringentes
e terem uma cor que varia do amarelo ao marrom.
Figura 7 – cilindro Hemático
Esse tipo de cilindro é formado, no túbulo, por aglutinação das hemácias. Sua
presença indica diminuição do fluxo urinário tubular e está relacionada com os
processos de glomerulites.
Os sedimentos que contêm cilindros hemáticos também devem conter
hemácias livres.
Leucocitários
Os cilindros leucocitários (Figura 8) têm sempre origem renal e são indicativos
de doença renal intrínseca, observados com maior frequência na pielonefrite, porém
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
ocorrem em qualquer tipo de inflamação dos néfrons. São formados por leucócitos
entrelaçados em uma matriz proteica.
Figura 8 – cilindro Leucocitário
Esses cilindros são refringentes, com grânulos e, a menos que tenham sido
desintegrados, serão visíveis os núcleos multilobulados. A observação de leucócitos
livres no sedimento também ajudará na sua identificação.
De Células Epiteliais
Os cilindros de células epiteliais (Figura 9) se formam devido às fibrilas da
proteína de Tamm- Horsfall se prenderem às células tubulares.
Figura 9 – cilindro de célula Epitelial
Céreos
Os cilindros céreos (Figura 11) são refringentes, com textura rígida e, por isso,
se fragmentam ao passar pelos túbulos. Sua presença é indicativa de extrema estase
urinária.
Fonte: <http://carlasofiacruz.com/microscopia-em-amostras-de-urinas>.
acesso em: 2 out. 2012.
Adiposo
Os cilindros adiposos (Figura 12) são formados pela agregação à matriz, de
gotículas lipídicas livres, de corpos gordurosos ovais e de lipídios provenientes da
desintegração destes. São refringentes e contêm gotículas de gordura na cor marrom-
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
amarelada.
Figura 12 – cilindro adiposo
Largos
A presença dos cilindros largos (Figura 13) indica acentuada diminuição da
função renal, com tendência à uremia. Muitas vezes esse cilindro é chamado de
“Cilindro da Insuficiência Renal”.
Figura 13 – cilindro Largo
Por serem moldados pelos túbulos contorcidos distais, o seu tamanho pode
variar à medida que a doença altera a estrutura tubular.
Bactérias
A urina presente na bexiga não contém flora bacteriana, mas sistematicamente
se contamina com germes da flora normal da uretra e dos órgãos genitais.
Figura 14 – Bactérias
Fonte:
<http://laboratoriovetuff.blogspot.com.br/2010/11/sedimentoscopia.html>. acesso em:
2 out. 2012.
Leveduras
As leveduras (Figura 15) são ovoides e podem ser observadas com brotamento
ou em cadeia (hifas).
Fonte:
<http://www.menarinidiag.pt/produtos/sedimento_urinario>.
acesso em: 2 out. 2012.
Parasitas
Os protozoários do tipo Trichomonas (Figura 16) são os mais
comumente encontrados no sedimento urinário, devido à
contaminação por secreções vaginais.
Figura 16 – Trichomonas sp
Fonte:
<http://www.medicacentar.info/images/trich7.JpG>
. acesso em: 2 out. 2012.
Espermatozoide
Fonte: <http://draalessandramatos.com.br/causas-e-investigacao.php>.
acesso em: 2 out. 2012.
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Muco
O muco (Figura 18) encontrado na maioria das urinas é formado pela
precipitação de mucoproteínas e são compostos de fibrinas.
Cristais
Pacientes
Ácido Úrico Ácido Marrom- Submetidos
amarelado à
Quimioterapi
a e Gota
Alcalino Após
Fosfato Branco- Refrigeração
Neutro
Amorfo incolor da Amostra
Associado a
Fosfato Alcalin Incolor (“Tampa
Bactérias que
Triplo o de
Metabolizam
Caixão”)
Ureia
o Clínico
Alcalino
Fosfato de
Incolor Cálculos
Cálcio Neutro
Renais
Produzido
Biurato de Marrom- por
Amônio Alcalin amarelado
o Bactérias
(“Maçãs que
Espinhosas”) Metaboliza
m a Ureia
Fonte: StRaSINGER, S.K. uroanálise e Fluidos
Biológicos. 3. ed. São paulo: premier, 2000, p. 93.
Incolor Síndro
Colesterol Ácid (“Placas me
o Chanfradas”) Nefrótic
a
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Pacientes
Sulfonamid Ácido / Verde Mal
a Neutro Hidratado
s = Lesão
Tubular
Ingestão
Ampicilina Ácido / Incolor Insuficiente
Neutro de
Líquidos
Artefatos
Os artefatos são encontrados em urinas coletadas em frascos sujos
ou em condições impróprias. O que mais confunde são as gotículas
de óleo e os grânulos de amido (Figura 19), que nada mais são que
o pó do talco das luvas utilizadas.
Figura 19 – artefatos (Grânulos de amido)
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Fonte: <http://www.abq.org.br/cbq/2008/trabalhos/13/13-200-4527.htm>.
acesso em: 2 out. 2012.
introdução
História e Significado
Metodologia
Fluidos Serosos
Introdução
Fonte: <http://www.derramepleural.com/sistema-respiratorio-
anatomia.html>. acesso em: 3 out. 2012.
LÁTICA (DHL)
LDH SÉRICA: RELAÇÃO < 0,6 > 0,6
LÍQUIDO/SORO
CONTAGEM CELULAR < 1000/ > 1000/uL
uL
COAGULAÇÃO Ausente Possível
ESPONTÂNEA
Fonte: <http://www.slideshare.net/nettda/lquidos-
serosos>. acesso em: 27 set. 2012.
Coleta
Análise
Líquido Pleural
Líquido Pericárdico
bacteriana e neoplasia.
Líquido Peritoneal
Fluido Sinovial
introdução
Fonte: <http://pilatessaocaetanodosul.blogspot.com.br/2012/02/articulacoes-
sinoviais.html>. acesso em: 3 out. 2012.
Coleta
Análise
e fibrina bacteriana
» estado de pós-vasectomia.
a. glândulas bulbouretrais;
b. testículos e epidídimos;
c. opróstata; e
d. vesículas seminais.
Coleta
Análise
Volume
pH
Fonte:
<http://metodoslabideanellydiazpuentes.blogspot.com.br/2009/
11/conteo-de-celulas-en-camara-de-neubauer.html>. acesso
em: 28 set. 2012.
Motilidade
» C = Não progressivos; e
» D = Imóveis.
Morfologia
Fonte:
<http://procriacaomedicamenteassistida.blogspot.com.br/2011_12_01_archive
.html>. acesso em: 29 set. 2012.
» Bicefálico;
» Globócito;
» Bi e/ou Policaudal;
» Cauda Enrolada;
» Macrocefálico;
» Microcefálico;
» Cabeça fusiforme;
Fonte: <http://www.andrologiaonline.com.ar/guia-
pacientes.htm>. acesso em: 29 set. 2012.
Viabilidade
Fonte:
<http://colunalimiteglobal.blogspot.com.br/2011/06.html>. acesso
em: 29 set. 2012.
No procedimento mistura-se uma pequena quantidade da
amostra com um corante de eosina- nigrosina, para, então,
ser observado no microscópio, que dará os seguintes dados:
Amostra de Pós-Vasectomia:
Fluido Amniótico
Introdução
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
Coleta
Fonte:
<http://galactosemia208.blogspot.com.br/2008/11/diagnstico.html>.
acesso em: 3 out. 2012.
Análise
Introdução
Coleta
Análise
Saliva
Introdução
Suas propriedades são essenciais para a proteção da cavidade bucal, do epitélio gastrointestinal e da
orofaringe. Além de umedecer os tecidos moles e duros da cavidade bucal, tem função de destaque no
controle da quantidade de água do organismo. Quando o corpo está com falta de água, a boca fica
Coleta
Para realizar a coleta deve ser solicitado um tubo especial, sendo mais conhecido o Salivette® (Figura
27).
Figura 27 – Salivette®
Preparação
A coleta deve ser feita até duas horas após o horário habitual do
paciente acordar ou conforme solicitação médica. Não há
necessidade de jejum após dieta leve. Se, contudo, o exame for
feito após as principais refeições (almoço e jantar), deve haver um
intervalo de três horas entre a refeição e a coleta.
» fechar firmemente.
Análise
SUCO GÁSTRICO
Introdução
Coleta
Análise
» aparência;
» volume;
» acidez titulável; e
Licenciado para - Rosi Bitencourt - 00004097904 - Protegido por Eduzz.com
» pH.
Líquido Cefalorraquidiano
Introdução
Fonte:
<http://draramispedroteixeira.blogspot.com.br/2
011/09/liquido-cefalorraquidiano-liquor.html>.
acesso em: 3 out. 2012.
Análise
Fonte: <http://www.biomedicinabrasil.com/2011/07/micobacterias.html>.
acesso em: 29 set. 2012.
Eventualmente, faz-se a pesquisa de cápsulas misturando-se,
numa lâmina, uma alçada de LCR com uma gora de Tinta Nanquim
ou Tinta da China; então, cobre-se com uma lamínula eexamina-
se ao microscópio, com objetiva de imersão. Esse preparo tem por
finalidade detectar umas das causas mais comuns de meningite
fúngica, o Cryptococcus neoformans (Figura 30).
Fonte: <http://pgodoy.com/?gallery=micoses-
sistemicas>. acesso em: 29 set. 2012.
...CONCLUINDO
REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
<www.scielo.br>
<www.comciencia.br>
<www.abcdasaude.com.br/lista-d.php>