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Tronco cerebral

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O Tronco cerebral ou tronco encefálico é a porção do sistema
nervoso central, situada entre a medula espinhal e o diencéfalo,
sendo quase na sua totalidade intracraniano (apenas uma porção
do bulbo é exocraniana). Ocupa a fossa craniana posterior diante
do cerebelo.[1]

Índice
O tronco encefálico é composto por
Estrutura 3 partes: Mesencéfalo, Ponte de
Varólio e Bolbo raquídeo.
Desenvolvimento
Função
Importância clínica
Referências

Estrutura
O tronco cerebral tem três porções que são, de baixo para cima:

1. Bulbo ou Medula oblonga: Conecta o encéfalo com a


medula espinhal. O bolbo contém os centros cardíacos,
respiratórios e vasomotores responsáveis por regular a
freqüência cardíaca, respiração e pressão arterial.
Também regular o reflexo de tossir, espirrar, engolir e
vomitar. É onde a maioria das vias motoras se cruzam
contralateralmente. [2]
2. Ponte: A ponte de Varolio conecta os sinais do cérebro, Corte coronal do cérebro humano. 1:
medula e cerebelo. Foi descrita pela primeira vez pelo Hemisfério cerebral; 2: Tálamo; 3:
anatomista italiano Costanzo Varolio (1543–75). A Mesencéfalo; 4: Ponte; 5: Bolbo
ponte contém núcleos que regulam principalmente raquidiano; 6: Medula espinhal.
sono, respiração, deglutição, controle da bexiga,
audição, equilíbrio, gosto, movimento dos olhos,
expressões faciais, sensação facial e postura.[3]
3. Mesencéfalo: Dividido em tectum (teto em latim) e pedúnculo cerebral possui núcleos que
regulam movimentos oculares, audição, tônus muscular, prazer, sono/vigília, alerta e
regulação da temperatura.[4]

Desenvolvimento
O tronco encefálico é formado a partir da porção do tubo neural que nas três primeiras semanas de
desenvolvimento fetal se transforma em rombencéfalo e na quarta semana dá origem a duas vesículas[5]:
Mielencéfalo: que até a vigésima semana se transforma no bolbo raquidiano;
Metencéfalo: a partir do qual se desenvolverá a protuberância e o cerebelo.

Função
O tronco cerebral pode ser dividido, (muito embora não claramente) consoante as suas funções:[6]

Na função de condução – por este passam as vias ascendentes que atingem o tálamo e o
cerebelo, ou ainda as vias descendentes que vão para a medula espinhal.
Na função de integração – como a integração da actividade respiratória e vascular e
alguma regulação consciente. A grande maioria desta informação está contida na formação
reticular.
Na função dos nervos cranianos – quase todos os nervos cranianos (excepto o nervo
olfativo e o nervo óptico que projectam para o telencéfalo e para o diencéfalo
respectivamente) tem sua origem real e aparente no tronco encefálico. Desta forma, uma
quantidade grande de informação sensitiva e motora dos núcleos dos nervos cranianos
pode ser encontrada nos diferentes níveis do tronco cerebral.

Importância clínica
No tronco cerebral encontram-se assim localizados os núcleos que presidem aos mecanismos
homeostáticos mais básicos como o ritmo cardíaco, a respiração e a percepção de dor. Quando ocorre
lesão destes núcleos, a troca de informação entre o SNC e o resto do organismo não é transmitida
resultando em a morte cerebral do indivíduo (o indivíduo é declarado morto mesmo que o coração esteja
a bater – verifica-se uma paragem do tronco cerebral).

Isto acontece por exemplo, no prolapso das amígdalas do cerebelo para o forame magno e que
consequentemente constringe o tronco cerebral – o chamado abraço da morte – e que se pode dar quando
é feita uma punção lombar, pois, devido à existência de uma variação de pressão, o líquido
cefalorraquidiano vai correr no sentido que apresenta uma menor pressão de modo a igualar as pressões
do líquido, ou seja, de cranial para caudal e, consequentemente, provocar a deslocação das amígdalas
com todos os efeitos adjacentes.

Referências
1. «Cerebelo e tronco cerebral» (https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebelo-e-tronc
o-cerebral). Kenhub. Consultado em 6 de outubro de 2019
2. Hughes, T. (2003). "Neurology of swallowing and oral feeding disorders: Assessment and
management". Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. 74 (90003): 48iii.
doi:10.1136/jnnp.74.suppl_3.iii48
3. Saladin Kenneth S.(2007) Anatomy & physiology the unity of form and function. Dubuque,
IA: McGraw-Hill
4. Breedlove, Watson, & Rosenzweig. Biological Psychology, 6th Edition, 2010, pp. 45-46
5. Carlson, Neil R. Foundations of Behavioral Neuroscience.63-65
6. Vanderah, Todd W.,; Nolte, John. Nolte's The human brain : an introduction to its functional
anatomy (https://www.worldcat.org/oclc/895731173) Seventh edition ed. Philadelphia, PA:
[s.n.] ISBN 9781455728596. OCLC 895731173 (https://www.worldcat.org/oclc/895731173)

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