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RESUMO DO CAPÍTULO 15: ESTRUTURA DO BULBO

SUBSTÂNCIA CINZENTA DO BULBO:

NÚCLEOS DE NERVOS CRANIANOS:

Método para facilitar a memorização dos nomes e função dos núcleos dos nervos
cranianos do bulbo: imaginar o ato de tomar sorvete
1. Por a língua pra fora para lamber o sorvete: núcleo do hipoglosso (envolvidos na
musculatura da língua);
2. Verificar se o sorvete está realmente frio: núcleo do trato espinhal do trigêmio
3. Verificar o gosto do sorvete: núcleo do trato solitário
4. Nesta etapa o indivíduo está com a boca ‘’cheia d’agua’’: núcleos salivatórios
5. Ação de engolir o sorvete: núcleo ambíguo (envolvido na musculatura da laringe
e faringe)
6. Sorvete chega ao estômago e sofre ação do suco gástrico: núcleo dorsal do vago
(pertencente ao parassimpático)
7. Como indivíduo tomou o sorvete em pé: núcleos vestibulares inferior e medial

 Núcleo ambíguo (IX, X, XI)


NÚCLEOS  Núcleo do hipoglosso
MOTORES  Núcleo dorsal do vago (X)
 Núcleo salivatório inferior (IX)

 Núcleo do trato espinhal do trigêmio (V, VII, IX,X)


NÚCLEOS  Núcleo do trato solitário (VII, IX, X)
SENSITIVOS  Núcleo vestibular medial(VII)
 Núcleo vestibular inferior(VIII)

SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO BULBO:

 Núcleos grácil e cuneiforme: dão origem a fibras arqueadas internas que cruzam
o plano mediano para formar o menisco medial
 Núcleo olivar inferior: Grande massa cinzenta que corresponde à oliva. O núcleo
olivar inferior recebe fibras do córtex cerebral , da medula e do núcleo rubro
(ligado ao mesencéfalo).
- Liga-se ao cerebelo através das fibras olivocerebelares
- Estão envolvidas na aprendizagem motora: permite realizar uma tarefa com
velocidade maior e eficiência cada vez que ela for repetida.

SUBSTÂNCIA BRANCA DO BULBO:

FIBRAS TRANSVERSAIS:
1. Fibras arqueadas internas: algumas são constituídas pelos axônios dos
neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme outras são constituídas pelas fibras
olivocerebelares que penetram no cerebelo do lado oposto, pelo pedúnculo
cerebelar inferior.
2. Fibras arqueadas externas: originam-se do núcleo cuneiforme acessório e
penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.

FIBRAS LONGITUDINAIS:

1) VIAS ASCENDENTES:
- São constituídos pelos tratos e fascículos ascendentes oriundos da medula, que
terminam no bulbo ou passam por ele em direção ao cerebelo ou a tálamo.
a. Fascículo grácil e cuneiforme
b. Lemnisco medial
c. Trato espinotalâmico lateral
d. Trato espinotalâmico anterior
e. Trato espinocerebelar anterior
f. Trato espinocerebelar posterior
g. Trato espinocerebelar inferior

2) VIAS DESCENDENTES:
- Tratos do sistema lateral da medula:
 Trato corticoespinhal e trato rubroespinhal;
- Tratos do sistema medial da medula:
 Trato corticoespinhal anterior, trato tetoespinhal, tratos vestibuloespinhais e
tratos reticuloespinhal.
- Trato corticonuclear, trato espinhal do nervo trigêmio e trato solitário.

3) VIAS DE ASSOCIAÇÃO:
- São formadas por fibras de associação que constituem o fascículo longitudinal
medial, presente em toda a extensão do tronco encefálico e níveis mais altos da
medula;
- O fascículo longitudinal medial liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos,
sendo especialmente importantes suas conexões com os núcleos dos nervos
relaciondoas com o movimento do bulbo ocular (III, IV e VI) e da cabeça;
- Recebe um importante contigente de fibras do núcleos vestibulares, trazendo
impulsos que informam sobre a posição da cabeça;
- O fascículo longitudinal medial é importante para a realização de reflexos que
coordenam os movimentos da cabeça com os do olho, além de vários outros
reflexos.
RESUMO DO CAPÍTULO 16: ESTRUTURA DA PONTE
A ponte é formada por uma parte ventral (base da ponte) e uma parte dorsal
(tegmento da ponte).
O tegmento possui uma estrutura muito semelhante ao bulbo e ao tegmento do
mesencéfalo. Já a base possui uma estrutura bem diferente do tronco encefálico.
1. Base da ponte
Área da ponte sem correspondência com outros níveis do tronco encefálico.
Mantém íntimas relações com o neocerebelo e o neocórtex.
 Fibras Longitudinais
a. Tracto córtico-espinhal: Constituído por fibras que saem das áreas motoras do
córtex cerebral e se dirigem aos neurônios motores da medula.
b. Tracto córtico-nucle ar: Constituído por fibras que, das áreas motoras do córtex
se dirigem aos neurônios motores situados em núcleos motores de nervos
cranianos. Podem terminar em núcleos do mesmo lado e do lado oposto.
c. Tracto córtico-pontino: Formado por fibras que se originam de várias partes do
córtex cerebral, e terminam fazendo sinapse com os neurônios dos núcleos
pontinos.
 Fibras Transversais e Núcleos Pontinos
- Os núcleos pontinos são pequenos aglomerados de neurônios dispersos em toda a
base da ponte. Neles terminam fazendo sinapse as fibras córtico-pontinas. Os
axônios dos neurônios desses núcleos constituem as fibras transversais da ponte
(fibras ponto-cerebelares).
- Estas fibras cruzam o plano mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo
cerebelar médio, formando-se assim a importante via córtico-ponto-cerebelar.
2. Tegmento da ponte
- Assemelha-se estruturalmente ao bulbo e ao tegmento do mesencéfalo com os
quais continua.
- Apresenta fibras ascendentes, descendentes e transversais, núcleos de nervos
cranianos e substância cinzenta própria da ponte, além da formação reticular.
 Núcleos do nervo vestibulococlear:
- As fibras sensitivas que constituem as partes coclear e vestibular do nervo
vestibulocolear terminam, respectivamente, nos núcleos cocleares e vestibulares.
 Núcleos cocleares, corpo trapezoide e lemnisco lateral:
- Núcleos cocleares: dorsal e ventral e estão situados no pedúnculo cerebelar
inferior. Nestes núcleos terminam as fibras que constituem a porção coclear do
nervo vestibulococlear.
- Trapezóide: O corpo trapezóide é originado a partir do cruzamento dos núcleos
cocleares dorsal e ventral para o lado o oposto.
- Lemnisco lateral: As fibras originadas dos núcleos cocleares dorsal e ventral
contornam o núcleo olivar superior e mudam a direção cranialmente para constituir
o lemnisco lateral.
 Núcleos vestibulares e suas conexões:
- Os núcleos vestibulares localizam-se no assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a
área vestibular. São em número 4: núcleos vestibulares lateral, medial, superior e
inferior.
- Os núcleos vestibulares recebem impulsos nervosos originados na parte vestibular
do ouvido interno e que informam sobre a posição e os movimentos da cabeça. Estes
impulsos passam pelos neurônios sensitivos do gânglio vestibular e cham aos
núcleos vestibulares, formando a parte vestibular do vestibulococlear.
- Chegam ainda aos núcleos vestibulares fibras provenientes do cerebelo
relacionadas com a manutenção do equilíbrio.
- As fibras eferentes dos núcleos vestibulares formam ou entram na composição dos
seguintes tratos e fascículos:
a) Fascículo vestibulocerebelar: formado por fibras que terminam no córtex do
espinocerebelo;
b) Fascículo longitudinal medial: este fascículo está envolvido em reflexos que
permitem ao olho ajustar-se aos movimentos da cabeça;
c) Trato vestibuloespinhal: suas fibras levam impulsos aos neurônios motores da
medula e são importantes para a manutenção do equilíbrio;
d) Fibras vestibulotalâmicas: elas levam impulsos ao tálamo, de onde vão ao
córtex.
 Núcleos dos nervos facial e abducente:
- As fibras que emergem do nervo facial percorrem certa distância ao longo do lado
medial do núcleo do nervo abducente, encurvam-se lateralmente sobre a superfície
dorsal deste núcleo, contribuindo para formar a elevação do assoalho do IV
ventrículo, denominada colículo facial;
- Após contornar o núcleo do nervo abducente, as fibras do nervo facial tomam
direção ventrolateral (antes era dorsomedial) e depois caudal para emergir no sulco
bulbopontino;
- As fibras do facial têm relações íntimas com o núcleo abducente e por isso lesões
conjuntas de ambas as estruturas podem ocorrer.
 Núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal:
- São pertencentes à parte craniana do sistema nervoso parassimpático, dão origem
a fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo intermédio, conduzindo impulsos
para a inervação das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal.
 Núcleos do nervo trigêmio:
- O nervo trigêmio tem na ponte o núcleo sensitivo principal, o núcleo do trato
mesencefálico e o núcleo motor;
- Ao nível da penetração do nervo trigêmio na ponte, vê-se, medialmente, o núcleo
motor (origina fibras para os músculos mastigadores) e, lateralmente, o núcleo
sensitivo principal;
- A partir do núcleo sensitivo principal, estende-se cranialmente, o núcleo do trato
mesencefálico ;
- Os demais núcleos recebem impulsos relacionados com a sensibilidade somática
geral de parte da cabeça.
 Fibras longitudinais do tegmento da ponte:
1. Lemnisco medial: as fibras cruzam perpendicularmente as fibras do corpo
trapezoide, sobem e terminam no tálamo;
2. Lemnisco espinhal: é formado pela união dos tratos espinotalâmico lateral e
espinotalâmico anterior;
3. Pedúnculo cerebelar superior: emerge do cerebelo, constituindo incicialmente a
parede dorsolateral da metade cranial do IV ventrículo. A seguir, aprofunda-se
no tegmento e, já no limite com o mesencéfalo, suas fibras começam a se cruzar
com as do lado oposto, constituindo o início da decussação dos pedúnculos
cerebelares superiores.
 Formação reticular da ponte:
- Localiza-se o locus ceruleus que contêm neurônios ricos em noradrenalina, e os
núcleos de rafa, situados ventralmente na linha média, contendo neurônios ricos em
serotonina.

RESUMO DO CAPÍTULO 17: ESTRUTURA DO MESENCÉFALO

O mesencéfalo é constituído por uma porção dorsal, o teto do mesencéfalo, e


outra ventral, muito maior, os pedúnculos cerebrais, separados pelo aqueduto
cerebral. O aqueduto é circundado por uma espessa camada de substância cinzenta,
a substância cinzenta central.
Em cada pedúnculo cerebral distingue-se uma parte ventral, a base do
pedúnculo, formada por fibras longitudinais, e uma parte dorsal, o tegmento do
mesencéfalo. Separando o tegmento da base, observa-se a substância negra.

1. TETO DO MESENCÉFALO:
- É constituído por 4 eminências: os colículos superiores, relacionados com a via
visual, e os colículos inferiores, relacionados com a via auditiva, além da área pré-
tetal.
 COLÍCULO SUPERIOR:
- Formado por camadas superpostas de substância branca e cinzenta e fazem
conexão com:
A) Fibras oriundas da retina, que atingem o colículo superior pelo trato óptico e
braço do colículo superior;
B) Fibras oriundas do córtex occipital, que chegam ao colículo pela radiação óptica e
braço do colículo superior;
C) Fibras que formam o trato teto-espinhal e terminam fazendo sinapse com
neurônios motores da medula cervical.
- O colículo superior é importante para certos reflexos que regulam os movimentos
dos olhos. Para esta função, existem fibras ligando o colículo superior ao núcleo do
nervo oculomotor.
 COLÍCULO INFERIOR:
- Constituído de uma massa delimitada de substância cinzenta, o núcleo do colículo
inferior;
- Este núcleo recebe as fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral e manda
fibras ao corpo geniculado medial através do braço do colículo inferior.
 ÁREA PRÉ-TATAL:
- Situada na extermidade rostral dos colículos superiores, no limite do mesencéfalo
com o diencéfalo. Relaciona-se com o controle reflexo das pupilas.

2. BASE DO PEDÚNCULO CEREBRAL:


- Formada pelas fibras descendentes dos tratos corticoespinhal, corticonuclear e
corticopontino.
3. TEGMENTO DO MESENCÉFALO:
- Apresenta além da formação reticular, as substâncias cinzenta e branca.
 SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA DA MEDULA:
- No tegmento do mesencéfalo estão os núcleos dos pares cranianos III, IV e V.
Núcleo do nervo troclear:
- Situa-se ao nível do colículo inferior, em posição imediatamente ventral à
substância cinzenta central, e dorsal ao fascículo longitudinal medial;
- Suas fibras são as únicas que saem da face dorsal do encéfalo e trata-se do único
nervo cujas fibras decussam antes de emergir do SNC.
Núcleo do nervo oculomotor:
- Este núcleo localiza-se no nível do colículo superior e está intimamente relacionado
com o fascículo longitudinal medial;
- Parte somática do núcleo oculomotor: contém neurônios responsáveis pela
inervação dos múculos reto superior, reto inferior, reto medial e levantador da
pálpebra;
- Parte visceral do núcleo oculomotor: contém neurônios pré-ganglionares, cujas
fibras fazem sinapses no gânglio ciliar e estão relacionadas com a inervação do
músculo ciliar e do músculo esfincter da pupila. Essas fibras pertencem ao
parassimpático e são importantes para o controle reflexo do diâmetro da pupila em
resposta a diferentes intensidades de luz.
 SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA DO MESENCÉFALO

Núcleo rubro:
- Participa do controle da motricidade somática;
- Recebe fibras do cerebelo e das áreas motoras do córtex cerebral e dá origem ao
trato rubroespinhal, que, assim como o trato corticoespinhal, termina nos neurônios
motores da medula, responsáveis pela motricidade voluntária da musculatura distal
dos membros;
- O núcleo rubro também liga-se ao complexo olivar inferior, através das fibras
rubro-olivares, que integram o circuito rubro-olivo-cerebelar.

Substância negra:
- Situada entre o tegmento e a base do pedúnculo cerebral;
- A maioria dos neurônios da substância negra utilizam como transmissor a
dopamina, neurônios dopaminérgicos;
- As conexões mais importantes da substância negra é com o corpo estriado que
ocorrem em dois sentidos: nigro-estriais e estriado-nigrais;
- Degenerações dos neurônios domaninérgicos da substância negra causam
diminuição de dopamina no corpo estriado, provocando graves alterações motoras,
como a doença de parkison.

 SUBSTÂNCIA BRANCA:
- Assim como na ponte, a maioria dos feixes de fibras descendentes do mesencéfalo
não passa pelo tegmento, mas pela base do pedúnculo cerebral. Já as fibras
ascendentes percorrem o tegmento e representam a continuação dos segmentos
que sobem na ponte: os 4 lemnsicos e o pedúnculo cerebelar superior.
- O pedúnculo cerebelar superior ao nível do colículo inferior cruza com o lado
oposto, na decussação do pedúnculo cerebelar supeior, e sobe, envolvendo o núcleo
rubro.

 FORMAÇÃO RETICULAR:
- Possui a área tegmentar ventral, com neurônios ricos em dopamina, e os núcleos
de rafe, continuação de estruturas de mesmo nome da ponte, contendo neurônios
ricos em serotonina.

RESUMO DO CAPÍTULO 18: NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS- ALGUNS REFLEXOS


INTEGRADOS NO TRONCO ENCEFÁLICO

- Os núcleos dos nervos cranianos dispõem-se no tronco encefálico em colunas


longitudinais. Tais colunas, se organizam obedecendo a uma relação funcional: os
núcleos eferentes somáticos estão sobrepostos, formando uma coluna única, por
exemplo.

- Desta forma, existem sete componentes funcionais, mas apenas seis colunas (pois
as fibras aferentes viscerais especiais e gerais vão para uma mesma coluna, que é
formada unicamente pelo núcleo do tracto solitário).
- As colunas apresentam, portanto, correspondência funcional e, às vezes,
continuidade com as colunas (ou cornos) da medula. Assim, a coluna aferente
somática (coluna do trigêmeo) continua com a substância gelatinosa da medula (que
também é sensitiva); a coluna eferente visceral geral (representante do sistema
nervoso parassimpático) corresponde, na medula, à coluna lateral (representante do
sistema nervoso simpático); e a coluna eferente somática tem correspondência com
o corno anterior da medula espinhal. Por esta razão, os núcleos dos nervos cranianos
são classificados como núcleos homólogos aos da medula.
SISTEMATIZAÇÃO DOS NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS EM COLUNAS:
 COLUNA EFERENTE SOMÁTICA:
1. Núcleo do oculomotor: somente a parte somática pertence a esta coluna.
Localiza-se no mesencéfalo e origina as fibras que inervam todos os músculos
extrínsecos do olho, com exceção do reto lateral e oblíquo superior;
2. Núcleo do troclear: Situado no mesencéfalo e origina as fibras que inervam o
músculo oblíquo superior;
3. Núcleo do abducente: Situado na ponte e dá origem as fibras para o músculo
reto lateral;
4. Núcleo do hipoglosso: Situado no bulbo e dá origem a fibras para os músculos
da lígua.
 COLUNA EFERENTE VISCERAL GERAL:
- Estão os neurônios pré-ganglionares do parassimpático craniano
1. Núcleo de Ednger-Westphal: Situado no mesencéfalo e pertence ao complexo
do oculomotor. Origina fibras pré-ganglionares para o gânglio ciliar, de onde
saem fibras pós-ganglionares para o músculo ciliar e o esfíncter da pupila.
2. Núcleo lacrimal: Situado na ponte e chegam ao gânglio pterigopalatino, onde
tem origem as fibras pós-ganglionares para a glândula lacrimal;
3. Núcleo salivatório superior: Situado na parte caudal da ponte e pelo nervo
lingual, chegam ao gânglio submandibular, de onde saem as fibras pós-
ganglionares que inervam as glândulas submandibular e sublingual;
4. Núcleo salivatório inferior: Situado na parte mais cranial do bulbo, origina fibras
pré-ganglionares que saem pelo nervo glossofaríngeo e chegam ao gânglio
óptico.
5. Núcleo dorsal do vago: Situado no bulbo e origina as fibras pré-ganglionares que
saem pelo nervo vago e terminam fazendo sinapse nas paredes das vísceras
torácias e abdominais.
 COLUNA EFERENTE VISCERAL ESPECIAL
- Dá origem a fibras que inervam os músculos de origem branquiomérica
(originados dos arcos faríngeos durante a vida embrionária, que, no homem, dão
origem à músculos da laringe, da face e estruturas do ouvido). Ao contrario dos
núcleos já vistos, os núcleos desta coluna localizam-se profundamente no interior
do tronco encefálico.
1. Núcleo motor do trigêmeo: situa-se na ponte. Dá origem a fibras que saem pela
raiz motora do trigêmeo e terminam inervando músculos derivados do primeiro
arco branquial, ou seja, músculos da mastigação;
2. Núcleo facial: situa-se na ponte e origina as fibras que pelo VII par vão à
musculatura mímica e ao ventre posterior do músculo diagástrico;
3. Núcleo ambíguo: situado no bulbo e dá origem as fibras que inervam os
músculos da laringe e da faringe.
 COLUNA AFERENTE SOMÁTICA GERAL:
- Recebem fibras que trazem grande parte da sensibilidade somática geral da cabeça
e é a única coluna contínua que se estende ao longo de todo tronco encefálico. Nela,
distiguem-se 3 núcleos:
1. Núcleo do trato mesencefálico do trigêmio: estende-se ao longo de todo
mesencéfalo e parte cranial da ponte. Recebe impulsos proprioceptivos
originados em receptores situados nos músculos da mastigação;
2. Núcleo sensitivo principal: localiza-se na ponte, aproximadamente ao nível da
penetração da raiz sensitiva do nervo trigêmeo;
3. Núcleo do trato espinhal do trigêmio: estende-se desde a ponte até a parte alta
da medula, onde se continua com a substância gelatinosa. Recebe fibras
sensitivas tanto do N. trigêmeo quanto de outros pares cranianos (como o VII, o
IX e X). As fibras sensitivas destes nervos cranianos se agrupam em um tracto, o
tracto espinhal do nervo trigêmeo.
- Admite-se que as fibras que terminam exclusivamente no núcleo sensitivo principal
levam impulsos de tato epicrítico; as que terminam exclusivamente no núcleo do
tracto espinhal levam impulsos de dor e temperatura; já as fibras que se bifurcam e
terminam nos dois núcleos seriam relacionados com pressão e tato protopático.
 COLUNA AFERENTE SOMÁTICA ESPECIAL:
- Estão localizados os dois núcleos cocleares, ventral e dorsal, e os quatro núcleos
vestibulares: superior, inferior, medial e lateral;
- Por ser muito larga e ocupar toda a área vestibular do IV ventrículo não se parece
morfologicamente com uma coluna.
 COLUNA AFERENTE VISCERAL:
- É formada por um único núcleo: o núcleo dotrato solitário, situado no bulbo;
- Por ele chegam as fibras trazendo sensibilidade visceral, geral e especial (gustação),
que entram pelos nervos facial, glossofaríngeo e vago.
CONEXÕES DOS NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS:
 CONEXÕES SUPRASSEGMENTARES:
- Para que impulsos aferentes que chegam aos núcleos sensitivos dos nervos
cranianos possam tornar-se conscientes é necessário que sejam levados ao tálamo e
daí às áreas específicas do córtex cerebral;
- As fibras ascendentes, encarregadas de fazer a ligação entre esses núcleos e o
tálamo, agrupam-se do seguinte modo:
a) Lemnisco trigeminal: liga os núcleos sensitivos do trigêmio ao tálamo;
b) Lemnisco lateral: conduz impulsos auditivos dos núcleos cocleares ao colículo
inferior, de onde vão ao corpo geniculado medual, parte do tálamo;
c) Fibras vestíbulo-talâmicas: ligam os núcleos vestibulares ao tálamo;
d) Fibras solitário-talâmicas: ligam o núcleo do trato solitário ao tálamo.
- Por outro lado, os neurônios situados nos núcleos motores dos nevos cranianos
estão sob controle do sistema nervoso supra-segmentar, graças a um sistema de
fibras descendentes, entre as quais se destacam as que constituem o tracto córtico-
nuclear. Este tracto liga as áreas motoras do córtex cerebral aos neurônios motores
situados nos núcleos das colunas eferente somática e eferente visceral especial,
permitindo a realização do movimento voluntários pelos músculos estriados.
 CONEXÕES REFLEXAS:
- São conexões entre os neurônios dos núcleos sensitivos dos nervos cranianos e os
neurônios motores dos núcleos das colunas eferentes e são importantes para os
arcos reflexos.
Reflexo Mandibular:
- Pesquisa-se esse reflexo percurtindo-se o mento de cima para baixo, estando a
boca entreaberta. A resposta consiste no fechamento brusco da boca por ação dos
músculos mastigadores, em especial do masseter;
- A percussão do mento estira os músculos mastigadores, ativando os fusos
neuromusculares aí localizados. Iniciam-se, assim, impulsos aferentes, que seguem
pelo nervo mandibular e atingem o núcleo do trato mesencefálico do trigêmio. Os
axônios dos neurônios aí localizados fazem sinapse do núcleo motor do trigêmio,
onde se originam os impulsos eferentes que determinam a contração dos músculos
mastigadores;
- Trata-se de um reflexo miotático, como o patelar, pois envolve apenas dois
neurônios: um do núcleo do trato mesencefálico e o outro do núcleo motor do
trigêmio.
REFLEXO CORNEANO OU CORNEOPALPEBRAL:
- Pesquisa-se esse reflexo tocando-se ligeiramente a córnea com mecha de algodão,
o que determina o fechamento dos dois olhos por contração bilateral da parte
palpebral do músculo orbicular do olho;
- O impulso aferente passa sucessivamente pelo ramo oftálmico do trigêmio, gânglio
trigeminal e raiz sensitiva do trigêmio, chegando ao núcleo sensitivo principal e
núcleo do trato espinhal deste nervo;
- Fibras cruzadas e não cruzadas originadas nestes núcleos conduzem os impulsos
aos núcleos do facial dos dois lados, de tal modo que a resposta motora se faz pelos
dois nervos faciais, resultando no fechamento dos dois olhos.
- O reflexo corneano constitui mecanismo de proteção contra corpos estranhos que
caem no olho, condição em que ocorre também aumento do lacrimejamento.
 REFLEXO LACRIMAL:
- O toque da córnea, ou a presença de um corpo estranho no olho, causa aumento
da secreção lacrimal;
- A via aferente do reflexo lacrimal é idêntica à do reflexo corneano. Contudo, as
conexões centrais se fazem com o núcleo lacrimal, de onde saem fibras pré-
ganglionares pelo VII par (intermédio), através dos quais o impulso chega ao gânglio
pterigopalatino e daí, à glândula lacrimal.
 REFLEXO DE PISCAR:
- Quando um objeto é rapidamente jogado diante do olho a pálpebra de fecha. Isso
ocorre porque fibras aferentes da retina vão ao colículo superior (através do nervo
óptico, tracto óptico e braço do colículo superior), onde saem fibras para o núcleo do
nervo facial. Pelo nervo facial, o impulso chega ao músculo orbicular do olho,
determinado o piscar da pálpebra.
 REFLEXO DE MOVIMENTAÇÃO DOS OLHOS POR ESTÍMULOS
VESTIBULARES.NISTAGMO.
- Tem por finalidade manter a fixação do olhar em um objeto que interessa, quando
esta fixação tende a ser rompida por movimento do corpo ou da cabeça;
- O reflexo funciona no ato de cavalgar, por exemplo, em que se fixa o olhar a um
objeto mas a cabeça tende a retirar esse olhar. Assim, quando a cabeça se move
para baixo, os olhos se movem para cima (e vice-versa), na tentativa de manter a
fixação do olhar constante.
- Os receptores para este reflexo são os cristais dos canais semicirculares do ouvido
interno, que circulam na endolinfa desses canais e deslocam cílios de células
sensoriais. Isto gera um impulso que chega aos prolongamentos periféricos dos
neurônios do gânglio-vestibular, originando impulsos nervosos que seguem pela
porção vestibular do nervo vestíbulo-coclear, através do qual atingem os núcleos
vestibulares. Destes núcleos saem fibras que ganham o fascículo longitudinal medial
e vão diretamente aos núcleos do III, IV e VI pares cranianos, determinando assim o
movimento do olho em sentido contrário ao da cabeça.
 REFLEXO FOTOMOTOR DIRETO:
- Quando um olho é estimulado com um feixe de luz, a pupila deste olho contrai-se
em virtude do seguinte mecanismo: o impulso nervoso originado na retina é
conduzido pelo nervo óptico, quiasma óptico e tracto óptico, chegando ao corpo
geniculado lateral;
- Posteriormente vão ao braço do colículo superior, terminando em neurônios da
área pré-tatal. Daí saem as fibras que terminam fazendo sinapse com os neurônios
do núcleo de Edinger-Westpahal. Deste núcleo saem as fibras pré-ganglionares que,
pelo III par, vão ao gânglio ciliar, de onde saem fibras pós-ganglionares que
terminam no músculo esfíncter da pupila, determinando sua contração.

REFLEXO CONSESUAL:
- Pesquisa-se este reflexo estimulando-se a retina de um olho com um jato de luz e
observando a contração da pupila do outro olho, verificando assim a integridade dos
cruzamentos das fibras ópticas no quiasma e na comissura posterior.
- O impulso cruza o plano mediano por meio dessas estruturas, neste caso, da área
pré-tetal de um lado, cruzando para o núcleo de Edinger-Westphal do lado oposto.
 REFLEXO DO VÔMITO:
- Pode ser decorrente de várias causas, sendo a mais frequente a de irritação da
mucosa gastrointestinal;
- A irratação da mucosa gastrointestinal estimula vísceroceptores aí existentes,
originando impulsos aferentes que, pelas fibras aferentes viscerais do vago, chegam
ao núcleo do trato solitário;
- Daí saem as fibras que levam impulsos ao centro do vômito, situado na formação
reticular do bulbo. Deste centro, saem fibras que se ligam às áreas responsáveis
pelas respostas motoras que vão desencadear o vômito. As fibras são as seguintes:
Fibras para o núcleo dorsal do vago: onde os impulsos, por meio das fibras do vago,
chegam a parede do estomago, aumentando a sua contração e determinando a
abertura da cárdia.
 Fibras que pelo tracto retículo-espinhal chegam a coluna lateral da medula: os
impulsos ganham os nervos esplâncnicos que o levam aos gânglios celíacos. Daí,
o impulso chega ao estomago, determinando o fechamento do piloro.
 Fibras que pelo tracto retículo-espinhal, chegam à medula cervical onde se
localizam neurônios motores, cujos axônios constituem o nervo frênico,
determinando a contração do diafragma.
 Fibras que pelo tracto retículo-espinhal chegam aos neurônios motores da
medula onde se originam os nervos tóraco-abdominais, que inervam músculos
da parede abdominal, cuja contração, aumenta a pressão intra- abdominal.
 Fibras para o núcleo do hipoglosso, cuja atuação resulta da protrusão da língua.

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