Você está na página 1de 2

A atresia do canal auricular é a falha parcial ou total no desenvolvimento do canal

auricular. A ausência do canal auricular é comumente associada à ausência do


tímpano (membrana timpânica) e ao baixo desenvolvimento do ouvido médio e dos
ossos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo). As crianças com atresia do canal
auricular têm deficiência auditiva porque o som não é transmitido com eficiência,
nem conduzido dentro do ouvido médio. Geralmente o ouvido interno (cóclea) é
saudável e normalmente desenvolvido nessas crianças.

Em relação a perda auditiva ela vai ser classificada em condutiva, neurossensorial e


mista. A condutiva ocorre quando o som não atravessa normalmente o canal
auditivo ou a membrana timpânica, daí vai ocorrer um bloqueio da condução sonora
até o ouvido interno. A perda auditiva neurossensorial resulta de condições
patológicas que vão atingir a cóclea ou o VIII nervo craniano. E a perda audita mista
ocorre com a associação dessas ambas deficiências da condutiva e neurossensoeial

Algumas vezes, dispositivos auditivos de condução óssea podem ser utilizados para


tratar a atresia do canal auricular. Esses dispositivos conduzem o som ao ouvido
interno através da vibração dos ossos do crânio. Esses dispositivos auditivos ficam
ligados a uma faixa macia ou dura, de metal, que é usada firmemente ao redor da
cabeça. Um dispositivo auditivo de condução óssea é importante para o
desenvolvimento normal da fala e linguagem em crianças com atresia do canal
auricular em ambos os ouvidos.

Os dispositivos auditivos implantáveis de ancoragem óssea eles ficam ligados a uma


prótese de titânio ou uma placa magnética, que são cirurgicamente ancoradas ao
osso do crânio (o que explica o termo “dispositivo auditivo de ancoragem óssea”).
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou esses
dispositivos para colocação cirúrgica em crianças a partir de 5 anos de idade.

Em algumas crianças, os médicos podem cirurgicamente abrir o canal auricular,


construir um tímpano e restaurar o percurso natural de condução do som, do canal
auricular e do ouvido médio para o ouvido interno saudável. Embora uma correção
cirúrgica da atresia do canal auricular, chamada canaloplastia, possa melhorar a
audição, raramente resulta em uma audição normal de frequências de sons.

A reconstrução dessa malformação não pode ser realizada logo após o nascimento,
pois ao mesmo tempo em que seu tamanho e peso aumentam, as estruturas da
orelha crescem com ela. Até que isso seja possível, é necessária a compreensão dos
familiares para poder enfrentar a situação. , já que a criança vai tá vulnerável a
piadas, bullying por conta dessa deficiência.
As orelhas são compostas das partes anatômicas externa, média e interna. As partes
externa e média regula a transferência de sons do ambiente para as orelhas internas
sendo que as internas vai converter esse som em impulso nervoso. E a orelha interna
está relacionada com a audição e equilíbrio.

As orelhas internas a primeira parte das 3 orelhas a se desenvolverem. No início da


4ª semana há o espessamento do ectoderma superficial - o placódio ótico. E a
notocorda e o mesoderma paraxial estimula a formação do placódio ótico por meio
dos fatores de crescimento de fibroblastos.

Cada placódio ótico sofre uma invaginação e afunda o ectordema superficial na


direção do mesênquima subjacente, formando a fosseta ótica. As bordas da fosseta
se unem e se fusionam para formar uma vesícula ótica.

A vesícula perde a conexão com o ectoderma superficial e um divertículo se forma


na vesícula em que ele se alonga para formar o saco e o dúcto endolinfático.

Duas regiões das vesículas óticas se formam:

Partes dorsais urticulares, das quais surgem os pequenos ductos endolinfáticos, os


utrículos e os ductos semicirculares

Três vertículos semelhantes crescem para fora das partes utriculares dos labirintos
membranosos primitivos. As partes centrais desses divertículos se fusionam e
desaparece e as partes periféricas não fusionadas torna-se os ductos semicirculares.

Parte saculares ventrais, que dão origem aos sáculos e ductos cocleares. A partir da
porção sacular ventral da vesícula óptica, cresce um divertículo tubular - o ducto
coclear que forma uma espiral e dá origem à cóclea membranosa. Depois, vai ser
criado uma conexão entre a cóclea e o sáculo, o ducto de união. Também é formado
o gânglio espiral por meio das células ganglionares do nervo vestibulococlear migram
para cóclea membranosa.

Posteriormente, a vesícula ótica estimula o mesênquima adjacente a se diferenciar


na cápsula ótica cartilaginosa depois essa cápsula se ossifica e forma o labirinto
ósseo da orelha interna.

Você também pode gostar