Você está na página 1de 10

Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV

❖ Localização: logo abaixo do cérebro e atrás do tronco encefálico


o Apresenta ligação com o bulbo, com a ponte (maior ligação → devido sua origem embrionário) e com o
mesencéfalo
o Referencial craniano: localizado na fossa craniana posterior (lateralmente está a parte petrosa do osso
temporal, forame magno à frente)
▪ Relação íntima com o osso occipital

❖ O cerebelo é separado do cérebro pela tenda do cerebelo, uma dobra da dura-máter

❖ Corte coronal e uma visão posterior do cerebelo


❖ Corte transversal: ponte e os dois hemisférios cerebelares alojados dentro da fossa craniana posterior

❖ Imagem de ressonância: cérebro (parte posterior do lobo occipital, fissura longitudinal) e o cerebelo
o Apresenta o vermis, a fissura horizontal. Valéucla do cerebelo (incisura cerebelar)
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV

❖ Apresenta dois hemisférios: direito e esquerdo


❖ Entre os dois hemisférios há uma estrutura → vérmis
❖ Cada hemisfério apresenta 3 lobos: anterior, posterior e flóculo-
nodular
o Lobos são formados por folhas, e os espaços entre as folhas são
as fissuras
❖ O lobo anterior e o lobo posterior são separados pela fissura
prima
❖ Na imagem: fissura prima, lobo anterior (vermelho) e lobo
posterior (verde). Entre eles está o vermis
❖ Na outra imagem: lobo anterior (vermelho), posterior (verde) e
lobo flóculo-nodular (azul)

❖ Na imagem → vista posterior de uma peça anatômica:


o Lobo anterior, fissura prima, fissura horizontal, lobo
posterior e o vérmis
❖ Vista anterior:
o Vérmis, nódulo e flóculo
▪ O flóculo fica abaixo do pedúnculo cerebelar médio
o A projeção do lobo posterior é chamada de tonsila do
cerebelo
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
❖ Vista inferior:
o Vérmis, tonsilas cerebelares, os dois hemisférios, a fissura horizontal
o Na última foto também há um pedaço da ponte e do bulbo

❖ As tonsilas também podem ser chamadas de amígdalas cerebelares e a valécula pode ser chamada de incisura
posterior cerebelar
o Aracnoide recobre o cerebelo. O espaço que a aracnoide produz na região do bulbo é chamado de cisterna
magna → acúmulo de licor

❖ Divisão do cerebelo em um corte sagital:


o Língula (perto da junção do cerebelo com o tronco encefálico, o véu medular superior)
o Lóbulo central
o Cúlmen (parte mais alta). Após ele está a fissura prima
▪ Língula + lóbulo central + cúmen = lobo anterior
o Declive
o Fólium (rente ao IV ventrículo)
o Túber
o Pirâmide
o Úvula (perto da tonsila)
o Nódulo
o A fissura póstero-lateral separa do lóbulo posterior do nódulo
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
❖ No véu medular inferior está ligado o plexo coroide
❖ O véu medular superior vai até próximo dos colículos (do mesencéfalo) e começa o aqueduto mesencefálico
o O cerebelo não tem uma ligação direta com o IV ventrículo, é separado pelos dois véus medulares

❖ Morfologia do cerebelo: três lóbulos (anterior,


posterior e flóculo-nodular) → parte cortical
❖ Internamente: há os núcleos de cerebelo (substância
cinzenta cercada de substância branca)
o Esses núcleos possuem uma íntima relação com os
lóbulos do cerebelo
o Fastigial → na parte central do cerebelo
▪ Ligado com o nódulo e com o flóculo
o Interpósito (globoso + emboliforme)
▪ Ligado com o lobo anterior
o Denteado → mais lateral
▪ Maior, ligado com a maior parte do cerebelo, o lobo
posterior
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
❖ Corte transversal do cerebelo:
o Ponte, vérmis, dois hemisférios do cerebelo e os núcleos
▪ Fastigial (no meio), interpósito e denteado (cheio de dobras, que parecem dentes de serra)

❖ Ligações do cerebelo à medula e ao tronco encefálico é


feito pelos pedúnculos cerebelares:
o Pedúnculo cerebelar superior → liga-se ao
mesencéfalo
o Pedúnculo cerebelar médio → liga-se à ponte
o Pedúnculo cerebelar inferior → liga-se à medula e ao
bulbo
o São formados por substância branca (axônios)
▪ Fibras que entram e que saem do cerebelo, e que
fazem a fixação ao tronco encefálico
❖ Corte parassagital:
o Folhas do cerebelo (córtex), núcleo denteado e o
pedúnculo cerebelar médio (substância branca)
❖ Corte coronal:
o Mesencéfalo, o IV ventrículo, pedúnculo cerebelar médio (ponte ao cerebelo), pedúnculo cerebelar inferior e
o superior
o Vista posterior: IV ventrículo, vérmis, tonsilas, bulbo (onde formará a cisterna magna), nódulo

❖ Desmembramento dos lóbulos do cerebelo:


o Arquicerebelo → envolvido com equilíbrio
o Espinocerebelo ou paliocerebelo → ligado com tônus muscular e postura
o Neocerebelo → envolvido com a coordenação motora
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV

❖ Língula → lobo central → cúmen → declive →


fólium → túber → pirâmide → úvula → nódulo
(ao lado dele está o flóculo)
o Nódulo + flóculo = lobo flóculo-nodular →
arquicerebelo
o Língula + lobo central + cúmen (= lobo
anterior) + pirâmide e a úvula →
paleocerebelo
o Restante do cerebelo (lobo posterior, exceto
pirâmide, úvula e nódulo) → neocerebelo

Função cerebelar

❖ Está envolvido com várias funções ligadas à motricidade → coordenação, tônus, postura e equilíbrio
❖ Tem por incumbência trazer refinamento ao sistema motor (faz parte do sistema motor extrapiramidal)
❖ Sem ele, os movimentos seriam grosseiros, não coordenados, desajeitados e trêmulos
o Movimentos precisos seriam impossíveis
❖ É responsável pela coordenação da postura, tanto durante o estado de descanso, quanto em atividade
❖ Faz reflexos e movimentos involuntários
❖ Capta os impulsos sensitivos das articulações, tendões, músculos, além de receptores do equilíbrio visuais
❖ Coordena as complexas sequências dos músculos esqueléticos
❖ Arquicerebelo (ou cerebelo vestibular):
o Lobo flóculo-nodular e núcleo fastigial → envolvido com o equilíbrio
❖ Paleocerebelo (ou espinocerebelo)
o Lobo anterior, pirâmide, úvula e núcleo interpósito (globoso + emboliforme) → tônus muscular e postura
❖ Neocerebelo (ou cerebelo cortical)
o Lobo posterior (exceto pirâmide e úvula) e o núcleo denteado → coordenação motora
Histologia do cerebelo

❖ Formado por três camadas:


o Molecular → fibras paralelas e contém dois tipos de
neurônios, as células estreladas e as células em cesto
o Células de Purkinje → células piriformes e grandes, dotadas
de dendritos, que se ramificam na camada molecular, e de
um axônio que sai em direção oposta, terminando nos
núcleos centrais do cerebelo, onde exercem ação inibitória
▪ Únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo
o Granular → quantidade muito grande de neurônios pequenos. A camada de célula granular faz sinapse com
grande número de células de Purkinje.
▪ Proporcionalmente, o cerebelo tem mais neurônios que o córtex cerebral
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
Aferências

❖ Chegam no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares inferior


e médio
o Pedúnculo cerebelar superior é por onde saem os axônios do
cerebelo
❖ Chegam de vários locais:
o Da medula, através das fibras espinocerebelares (informações
proprioceptivas), que entram pelo pedúnculo cerebelar inferior
o Da formação reticular
o Do núcleo olivar inferior, as fibras trepadeiras
o Da via córtico-pontina, que vem do córtex cerebral (das áreas
motoras, na região do lobo frontal), descem pela perna anterior da cápsula interna, vem em direção ao tronco
encefálico e fazem sinapse nos núcleos da região da ponte
▪ Dela saem fibras transversais → entram no pedúnculo cerebelar médio
▪ Quando entram no cerebelo são chamadas de fibras musgosas
o As informações que chegam ao cerebelo, vão chegar no córtex cerebelar e são encaminhadas para os núcleos
▪ Núcleo fastigial → informações provenientes do flóculo e do nódulo, envolvidas com o equilíbrio. Irão fazer
conexão nos núcleos vestibulares
▪ Núcleo interpósito → informações ligadas ao tônus e postura (reflexos posturais), provenientes das
informações espinhais, da medula vão para o córtex espinhal
▪ Núcleo denteado → informações provenientes do lobo posterior fazem sinapse com ele, saem axônios pelo
pedúnculo cerebelar superior, em direção ao córtex cerebral (áreas motoras secundárias, envolvidas com a
coordenação motora elaborada)
❖ Estrutura e conexões intrínsecas
o O córtex cerebelar e as conexões entre diferentes células que o formam são homogêneas em todo o cerebelo
o Todos os neurônios do córtex cerebelar são inibitórios e tem como neurotransmissor o GABA (camada
molecular e células de Purkinje)
▪ Exceção dos neurônios granulares que são excitatórios e utilizam o glutamato como neurotransmissor
Circuito básico

❖ Legenda:
o NPF → Núcleos profundos do cerebelo (denteado, interpósito e fastigial)
o CP → células de Purkinje
o GR → células granulares
o CC → células em cesto (acessórias das CP)
o GOL → células de Golgi (acessórias das GR)
❖ GOL, CC e CP têm como neurotransmissor o
GABA (são inibitórias)
❖ As GR têm o glutamato (são excitatórias)
❖ Fibras que vêm da ponte, do núcleo olivar da
ponte e da medula são excitatórias
(glutamatérgicas)
❖ Fibras musgosas: componente principalmente
da ponte, mas há também da medula espinhal e dos núcleos vestibulares (envolvidos com o equilíbrio)
o Informações provenientes delas fazem sinapse no NPF (de acordo com a função)
o E as informações a nível cortical são feitas diretamente nas GR e GOL (mais para modular o estímulo)
▪ A GR manda estímulo para a GOL para ser modulada e para a CP e CC
▪ CP manda estímulos inibitórios para os NPF
o A informação sai pelo pedúnculo cerebelar superior de acordo com a função:
▪ Sinapse nos núcleos vestibulares do tronco encefálico → equilíbrio
▪ Sinapse na medula → tônus muscular e postura
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
❖ Fibras trepadeiras: informações que chegam provenientes do complexo olivar inferior, chegando ao pedúnculo
cerebelar inferior
o Fazem sinapse nos NPF e nas CP
▪ A informação das CP inibe os NPF e sai de acordo com a sua função, pelo pedúnculo cerebelar superior
❖ Objetivo: modular a intensidade e o ritmo de saída dos impulsos eferentes do cerebelo que vão influenciar os
diferentes níveis da motricidade
o As células de Purkinje fazem sinapses inibitórias com os neurônios dos núcleos profundos
Conexões do cerebelo

❖ Espinhal ou paleocerebelo
o Células de Purkinje vem do vérmis e comunicam-se com o núcleo fastigial, que envia fibras para os núcleos
reticulares e vestibulares
▪ Envolvida com o equilíbrio
o Células de Purkinje da região intermediária se projetam para os núcleos emboliforme e globoso, que se
projetam para a formação reticular e o núcleo rubro
o O cerebelo influencia os neurônios motores através dos tratos vestíbulo-espinhal, retículo-espinhal e rubro-
espinhal
o As informações do cerebelo saem de um lado e vão para o contrário. Quando descem para a medula, cruzam
para o lado oposto → conexões cerebelares são ipsilaterais
❖ Cortical ou neocerebelo
o Fibras do córtex cerebral comunicam-se com os núcleos pontinhos através do trato córtico-pontino
o Esses núcleos se projetam para o córtex dos hemisférios cerebelares e depois para o núcleo denteado
▪ São as fibras musgosas (saem do córtex motor → descem pela perna anterior da cápsula interna → cruza →
sinapse nos núcleos pontinhos → entram pelo pedúnculo cerebelar médio → sinapse nas áreas corticais
correspondentes do cerebelo (conexões com GR, GOL modula o movimento e as CC modulam as CP, que
também recebe as informações) → vão para as áreas envolvidas com a motricidade (regulando o
movimento) → medula → nervo → músculo
o O núcleo denteado envia fibras para o tálamo (ventral lateral e anterior), de onde saem fibras para o córtex
motor
o Circuito córtico-ponto-cerebelo-tálamo-cortical
❖ Conexões extrínsecas e organização morfofuncional:
o Arquicerebelo ou cerebelo vestibular → por suas conexões com os núcleos vestibulares
o Paleocerebelo ou cerebelo espinhal → por suas conexões com a medula espinhal
o Neocerebelo ou cerebelo cortical → por suas conexões com o córtex cerebral
o As fibras que chegam ao cerebelo são musgosas e se dirigem para diferentes porções do córtex, delimitando
os três lobos
❖ Via dentotalâmica:
o Neocerebelo de um lado influencia a atividade do córtex motor do
lado oposto
o Córtex motor por sua vez controla os movimentos voluntários do
lado contralateral
o Hemicerebelo de um lado coordena a atividade muscular do mesmo
lado do corpo
❖ Via córtico-pontino-cerebelar
o Córtex → núcleo pontinho → parte cortical do cerebelo (fibras musgosas) → conexões com as células →
núcleo de acordo com as funções → cruza → núcleos da ponte no tronco encefálico → pedúnculo cerebelar
médio → chega no córtex cerebelar do lado oposto
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV

Disfunções cerebelares

❖ Manifestações clínicas:
o Dissinergia
o Dismetria
o Dificuldade na coordenação, perde ação de
execução motora de agonista/anatgonista
o Tremor de intenção
o Hipotonia
o Disartria
o Nistagmo
❖ Ataxia cerebelar:
o Tremor distal (no final do movimento) começa a tremer
o Alargamento da base (pernas afastadas)
o Marcha embriosa
o Nistagmo
o Fala escandida
o Hipotonia
o Disdiadococinesia (dificuldade de fazer movimentos finos)
❖ Síndrome do arquicerebelo → ataxia de tronco
o Tronco fica trêmulo e a base alargada
o A lesão é na região medial, na zona flóculo-nodular
▪ As informações relacionadas ao equilíbrio não funcionam de forma correta
o Aferências: núcleos vestibulares e sistema vestibular não funcionam de forma correta
o Eferências: para o núcleo vestibular e para a FOR estão desorganizadas
o Controle deficiente sobre o equilíbrio e postura
Aluna: Lylian Palmiere – Turma XXV
❖ Síndrome do paleocerebelo
o Ataxia, marcha instável (cambaleante e oscilante) e erros de execução motores
o Aferências comprometidas:
▪ Anterior → co-ativado com o trato cortiço-espinhal
▪ Posterior → receptores proprioceptivos (propriocepção e informação cutânea)
▪ Função: influência nos neurônios motores do grupo lateral, ou seja, a musculatura distal
o Eferência: para o núcleo rubro e para o córtex motor (via tálamo)

❖ Neocerebelo → zona lateral


o Envolve o lobo posterior do cerebelo
o Recebe aferência da região frontal → córtex frontal, parietal e occipital (via núcleos da ponte)
o Eferência → para o córtex motor (via talâmica)
o Função: controle do tônus muscular, programação do movimento voluntário, correção do movimento em
execução e aprendizagem motora
o Lesão: gera ataxia (incoordenação motora de fala e das extremidades), dismetria (erros na força),
decomposição motora, disdiadococinesia (dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados), rechaço
(dificuldade de controlar voluntariamente os músculos extensores), tremor intencional e nistagmo patológico

Você também pode gostar