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CURSO DE LICENCIATURA EM TERAPIA OCUPACIONAL

Manual

BEERY VMI

Validação e adaptação à língua portuguesa, realizada por Madeira (2008)

Escola Superior de Saúde do Alcoitão


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O Beery-Buktenica
Teste de Desenvolvimento de Integração Visuo-Motora

Para Crianças e Adultos

5º Edição

Keith E. Beery, PhD, and Natasha A. Beery, MA

Adaptado para a versão Portuguesa por, Catarina Madeira


Resumo
O desenvolvimento do teste de integração visuo-motora (Beery TM VMI) é composto por uma
sequência do desenvolvimento de formas geométricas para serem copiados com papel e
lápis. O Beery VMI destina - se a avaliar de que modo os indivíduos podem integrar as suas
capacidades visuais e motoras (coordenação olho-mão). O Beery VMI pode ser usado para
identificar, através de um exame precoce, crianças que podem precisar de assistência
especial para obterem serviços necessários, para testar a eficácia dos sistemas educativos e
outras intervenções, e para o avanço da investigação. O Beery VMI é também uma valiosa
ferramenta para avaliar a integração visuo-motora com adolescentes e adultos.

Publicado pela primeira vez com o VMI em 1967, o teste é usado por todos os Estados
Unidos e por outros países. Para evitar confusões com outros testes que tenham
posteriormente adoptado o termo integração visuo-motora ou a sigla VMI, este teste é agora
chamado Beery VMI. Investigações indicam que o Beery VMI é praticamente livre de
culturas. Porque pessoas de diferentes origens têm, muitas vezes, diferentes graus de
experiência com o alfabeto e os números, contudo no Beery VMI as formas geométricas são
utilizadas em vez de letras ou formas numéricas.

Amplamente considerado como o teste mais válido nesta área, foi submetido a diversos
trabalhos de investigação, tendo sido padronizado cinco vezes entre 1964 e 2003, numa
amostra superior a 11,000 crianças. Ficou padronizado em 2006 com 1,021 adultos. Ao
contrário ou em oposição dos resultados de muitos outros testes, os resultados do Beery VMI
mantiveram - se bastante estáveis ao longo do tempo e lugares nos Estados Unidos e,
nomeadamente noutros países, o que sugere que é uma avaliação bastante básica das
capacidades neuropsicológicas.
A quinta edição do Beery VMI é ainda mais fortemente focalizada do que as edições
anteriores na educação da primeira infância. Ela foi expandida para incluir normas
padronizadas para crianças de dois anos de idade, oferece 600 normas de etapas de
desenvolvimento até aos seis anos de idade e introduz métodos de ensinamento visuo-motor
para recém-nascidos até crianças que frequentam a pré-escola. Esta edição também fornece
relatórios de actualização médica, neuropsicológica, internacional, e outros importantes
avanços na utilização do Beery VMI nos últimos anos.

2
Com a adição de normas para adultos, o Beery VMI tem um campo de testagem mais
alargado que qualquer teste neste campo. Investigações independentes indicam que o teste
tem promessas consideráveis como uma ferramenta para a identificação de Alzheimer's e
outras formas de demência de adultos.

A Forma Extensa do Beery VMI de 30-itens pode ser administrada individualmente ou em


grupo em cerca de 10 a 15 minutos e pode ser usada com pessoas dos 2 aos 100 anos de
idade. A Forma Abreviada de 21-itens é para crianças com idades entre os 2 e os 7 anos, a
Forma Extensa é para crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 18 anos de idade, e
a Forma para Adultos é para adultos entre os 19 aos 100 anos de idade. As instruções para
crianças e adultos são as mesmas, excepto alguns dos itens anteriores que não são
administrados para adultos.

Existem também dois testes padronizados opcionais, o teste Beery VMI Percepção Visual e o
teste Beery Coordenação Motora, que estão também disponíveis (para crianças e adultos)
para aqueles que desejam estatisticamente comparar resultados do Beery VMI individual
relativamente ao desempenho puro visual e motor. Os dois testes utilizam as mesmas formas
de estímulo do Beery VMI, ao contrário de outros testes baterias visuo-motoras que
equivocadamente compararam estímulos e tarefas menos relacionadas.

3
I. História e Perspectivas

Durante o internato do autor com equipas multidisciplinares numa clínica psiquiátrica de


aconselhamento de crianças, ele percebeu que as capacidades de cópia de formas
geométricas das crianças estavam1 significativamente relacionada com os seus
conhecimentos académicos. A relação recíproca entre alguns testes de cópia de formas e
testes de prontidão no jardim de infância variavam entre aproximadamente .50 e .70 (124)1.
Como se mostra no quadro 4-1 do relatório de estudos do National Research Council
comparando várias línguas e outros factores como indicadores das dificuldades de leitura à
entrada para a escola, “prontidão de leitura”, e “identificação de palavras”, ambas
dependendo das capacidades visuais e visuo-motoras, tiveram maior relação (.56 e .52
respectivamente) do que as capacidades linguísticas relatadas (206). À semelhança, as co-
relações entre a cópia de formas e a aquisição de leitura precoce geralmente varia entre
aproximadamente .40 e .60 (130, 169, 181). Além disso, neurologistas, psiquiatras e
psicólogos basearam frequentemente os seus diagnósticos em problemas emocionais e
neurológicos pela forma como as crianças são capazes de copiar formas geométricas. Estas
associações diagnósticas foram sendo feitas com base na experiência e no trabalho de Bender
(21), Strauss e Kephart (215) e dos primeiros psicólogos como Werner (238) e Werthmer
(239).

Griffiths (81) e Kellog (103) tinham estudado extensivamente os desenhos espontâneos de


crianças muito pequenas. As capacidades das crianças para copiarem algumas das formas
mais primitivas, tais como um círculo ou um quadrado, tinham sido bem estudadas e
documentadas pela normas Stanford-Binet de Terman (219), Gesel (75), e outros. Starr (212)
tinha criado um teste que era útil para uma gama de idades limitadas.

O Bender-Gestalt (21) tinha sido extensivamente usado desde que Lauretta Bender o
desenvolveu em 1938, mas as suas formas foram originalmente criadas por Werthmeier
(239) para experiências perceptuais, e o Bender tinha sido usado inicialmente com adultos.
Koppitz descobriu e normalizou um sistema de contagem Bender para crianças, mas uma
cadeia de contagem eficaz do Bender na altura foi apenas nas idades entre os cinco e os nove
anos (114). Além disso, apenas duas das formas Werthmeier no Bender tinham
características de desenvolvimento infantil adequadas à inclusão numa escala de

1
Os números entre parêntesis referem-se à secção de Bibliografia e Referências deste manual
(páginas 102-119).
4
desenvolvimento. Mais importante, a veracidade e a validade do Bender são questionáveis
(190). (Recentemente, o Bender original foi revisto por Brannigan e Decker (25) como
Bender Gestalt II para incluir formas adicionais. Esta revisão será posteriormente comentada
com base nas páginas 6 a 106 neste manual.)

Entretanto, outros investigadores, sendo os mais dignos de nota Birch (22), Bruner (31),
Hunt (98), Piaget (165) e Vereecken (231), desenvolveram teorias educacionais e provas
para apoiar uma base sensorio-motora para o desenvolvimento da inteligência e aquisição.
De acordo com o seu trabalho, níveis mais altos de raciocínio e comportamento exigem
integração entre entradas sensoriais e acção motora. Kephart (104), em particular, destacou a
importância da integração. Uma criança pode ter capacidades visuais e motoras bem
desenvolvidas, mas ser incapaz de integrar as duas.

Na altura, nenhum dos testes de cópia de formas continha uma sequência de formas, da
menos à mais complexa, que reflectisse um desenvolvimento normal. Portanto, em 1961, o
autor do Beery VMI iniciou uma série de esforços experimentais e empíricos para identificar
uma determinada sequência de formas. Uma apreciação do princípio e dos resultados destes
estudos foi apresentada (8). Depois de se testar com muitas formas geométricas e formatos
de testes com centenas de crianças, uma sequência de 24 formas, cada uma com uma idade
de desenvolvimento e características de desenvolvimento distintas, foi estabelecido e
padronizado em 1964 com crianças no Illinois. O teste foi inicialmente conhecido como
Sequência de Formas de Desenvolvimento. Depois de um estudo mais desenvolvido, o teste
foi publicado em 1967 como Beery-Buktenica Developmental Test of Visual-Motor
Integration (VMI).

O Beery VMI tem sido extensivamente usado em muitos países para fins educacionais,
médicos e outros (5,29,64,72,101,105,129,135,186,229,235,245). (Uma apresentação mais
alargada destes estudos será feita no capítulo VII.) O Beery VMI foi normatizado em várias
ocasiões desde 1964, e resultados mais consistentes foram obtidos nos Estados Unidos e
noutros locais. Nas idades da pré-escola e primeiro ciclo para as quais o Beery VMI foi
inicialmente criado, as normas têm sido bastantes estáveis. As co-relações entre várias regras
e os seus sistemas de contagem têm sido virtualmente perfeitas. Por exemplo, a co-relação
entre um-ponto e quatro-pontos foi .99 (142). Além disso, pensou-se que as regras do Beery
VMI eram apropriadas tanto para as aplicações em grupos como individuais quando a regra
duradoura é seguida para terminar a contagem depois de três formas consecutivas não terem

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sido ultrapassadas (43, 173). Portanto, os estudos do Beery VMI, tornados prioritários em
1995, são ainda relevantes e referidos mais tarde neste manual.

Tem-se sugerido que, devido às contagens do teste de inteligência parecer crescente, talvez
as normas do Beery VMI devam também aumentar com o tempo. O Beery VMI tem
correlacionado moderadamente com testes de inteligência, partilhando, em média, cerca de
25% da variação comum entre eles. Os dois tipos de testes têm algumas semelhanças, mas
são diferentes. O Beery VMI foi criado para medir a integração visuo-motora, a coordenação
do funcionamento visual e motor, e para reflectir diferenças de idade de desenvolvimento
naquele campo. Assim, o Beery VMI correlaciona-se mais marcadamente com a idade
cronológica, .80 a .90, do que com a inteligência. O Beery VMI surge como um índice mais
sensível do que as medidas globais, tais como a inteligência, para pelo menos alguns
problemas neurológicos no desenvolvimento infantil (5). Fisiologicamente, a integração
visuo-motora parece ser mediada por pelo menos algumas áreas do cérebro além daquelas
tanto para a inteligência geral (186) como para a percepção visual (78,184). O conceito de
integração visuo-motora e a localização do seu sistema nervoso serão mais detalhadamente
discutidos no capítulo II, e dados que apoiam este conceito são apresentados nos capítulos VI
e VII.

Serão válidas as hipóteses de teste e ensino que têm por vezes sido feitas acerca dos testes
visuo-motores? Quando o Beery VMI foi inicialmente criado, muitos educadores de destaque
imaginaram uma grande promessa de ajuda para as crianças com dificuldades pelo
desenvolvimento de instrumentos para identificar pontos fortes e fracos como base de
remediação, ou até prevenção, de muitos problemas de aprendizagem e comportamentais.
Estes líderes e o autor do Beery VMI desejaram e assumiram como possível que as funções
input-output adequadas, tais como a integração visuo-motora, eram pré-requisitos
necessários ao sucesso na escola e que eles deviam ser solucionados quando não estavam
presentes. Também assumiram que uma remediação bem sucedida das dificuldades
permitiria aos estudantes ter mais sucesso. Esta visão não se tornou totalmente rentável.
Contudo, na opinião do autor, a visão ainda encerra a promessa em algumas áreas (e não
devemos atirar fora o bebé juntamente com a água do banho). Por exemplo, na extensão a
que o Beery VMI diz respeito, há evidência significativa da sua validade de previsão para
algumas formas de escola e outros sucessos, como será apresentado no capítulo VII. O
conceito básico para uma prevenção precoce é sólido, como se atesta pelos excelentes

6
resultados, incluindo as vantagens do Beery VMI, no Infant Health and Development
Program (29) (programa de desenvolvimento e saúde infantil).

Muitos concordariam que Piaget e outros demonstraram a considerável validade para a teoria
das bases sensório-motoras para aquisição. Apesar de ser correntemente questionado o valor
diferencial da instrução modalidade-específica sensório-motora, aspectos do conceito básico
ainda encerram uma promessa considerável. Como indica a pesquisa de Lyon (133) e outros,
o modelo psicolinguístico pode ser bastante útil para o ensino.

Durante os anos 60 e 70, porém, muitos educadores pareciam olhar para as capacidades
visuo-motoras e psicolinguísticas como músculos, alguns pensaram que se os exercitassem
simplesmente traçando círculos, repetindo dígitos, e por aí fora, estas capacidades tornar-se-
iam mais fortes e transferir-se-iam automaticamente para tarefas académicas ou outras.
Parece agora bastante mais claro que a transferência automática não ocorre como
habitualmente.
Como o autor destacou, a transferência deve ser ensinada. Por exemplo, traçar círculos e
outras formas geométricas pode ser uma actividade de aprendizagem importante,
dependendo das capacidades e necessidades presentes do indivíduo. Mas o estudante tem que
progredir no traçado, cópia e escrita dos números reais, letras e outros estímulos específicos
envolvidos em tarefas académicas, como destacado no capítulo VIII.

Quando este princípio básico de transferência é mantido em mente como fundamental, o


modelo psicolinguístico tem um valor prático considerável. Por exemplo, Gerarg e Junkala
(73) demonstraram que a ortografia melhorou consideravelmente entre as crianças com
dificuldades de aprendizagem quando os seus professores identificaram as dificuldades de
recepção (input), associacionais e de produto (output) das crianças e se direccionaram para
os pontos fracos, usando estímulos de escrita à mão. É necessária mais pesquisa do género.

Imitações (Seguidores)
Têm sido feitas várias tentativas para rivalizar com o VMI nos últimos anos, mas estas têm
falhado seriamente. Os estímulos e as tarefas usados noutros sub-testes visuais e motores têm
diferido significativamente dos usados nos seus testes visuo-motores. Por exemplo, a
colocação de linguetas em quadros próprios para o efeito é uma tarefa motora, a larga escala,
mas essa tarefa utiliza muitos estímulos e movimentos diferentes dos usados na tarefa visuo-
motora de copiar formas geométricas com um lápis. De forma idêntica, se um método de
7
traçado ponto-a-ponto for usado para avaliar o desempenho motor, as formas usadas devem
ser as mesmas usadas no teste visuo-motor. O uso de sub-testes muito diferentes para
analisar componentes de um teste de núcleo é um procedimento que levanta muitas dúvidas.
A combinação de tais sub-testes numa pontuação composta é também questionável.

Um teste com um nome quase idêntico ao Beery VMI, o Teste de Integração Visuo-Motora
(TIVM) foi publicado, baseado no sub-teste de Cópia TDPV-2 (Teste de Desenvolvimento da
Percepção Visual-2) pelos mesmos autores (91). Tal como o manual do TDPV-2, o manual
do TIVM afirma que uma co-relação de .95, adaptada para um decrescimento, foi obtida
entre os dois testes, usando resultados de 49 crianças com uma media de idades de 9 anos. O
manual também afirma que o ajuste de .95 sugere a equivalência do TIVM ao Beery VMI.
Contudo, este ajuste não é adequado. Preda (171) descobriu com 103 crianças, também com
uma média de idade de nove anos, que os resultados das pontuações standard daquela quarta
edição do TIVM e o Beery VMI correlacionavam-se em apenas .33. usando r2 como medida,
esta descoberta indica que o TIVM partilha apenas cerca de 10% da sua variação com o
Beery VMI. Preda também descobriu que o Beery VMI tinha uma segurança interpontuação
mais elevada do que o TIVM e que o Beery VMI se correlacionava a níveis mais altos do que
o TIVM no que diz respeito à idade cronológica e ao conhecimento académico. Preda
concluiu que o TIVM não substitui o Beery VMI e posteriormente confirmou essa descoberta
com crianças italianas (170). Os autores do TIVM publicaram recentemente o FRTVMI
(Teste da Linha Completa do VMI), que é o TIVM com algumas alterações, regras para
crianças retiradas do TIVM de 1992 a 1995 e regras para adultos (até aos 74) recolhidas
aproximadamente 10 anos mais tarde. O manual do FRTVMI declara uma correlação de .85
entre este e o Beery VMI, usando pontuações standard de 20 crianças dos 5 aos 10 anos.
Contudo, esta afirmação de uma correlação tão elevada é questionável no ponto de vista das
descobertas de Preda (acima) entre os mesmos dois testes básicos. Ainda mais importante, o
FRTVMI tem os mesmos defeitos fundamentais do TIVM sobre o qual é fundado. Como
afirmou Salvia e Ysseldyke (190a) em relação ao TIVM, “A prova de segurança e validade é
muito limitada” e “O VMI tem uma segurança e validade mais altas em comparação com
outras medidas de competências perceptuais-motoras.

O Bender-Gestalt II é outra tentativa recente para imitar o Beery VMI (25). Como foi
anteriormente mencionado, Loretta Bender publicou o que é agora popularmente chamado de
Bender em 1938, usando nove das formas geométricas que Wertheimer tinha criado para
experiências de percepção com adultos (21). O Beery VMI foi criado em 1967, em larga
8
medida por causa das imperfeições do Bender, incluindo o facto de ele ser demasiado difícil
para jovens crianças e ter uma segurança e validade questionáveis. Ao construir a revisão do
Bender-Gestalt II, Brannigan e Decker utilizaram as nove formas originais, a menos difícil
das quais está no nível dos oito anos ou terceiro ano de escolaridade, e acrescentava quatro
novas formas para serem usadas por crianças entre os quatro e os oito anos. Estes também
acrescentaram três formas para adultos, que são ainda mais difíceis que as nove originais. A
pontuação para o Bender-Gestalt II é mais parecida com a do Beery VMI do que a pontuação
do Bender original e, também à semelhança do Beery VMI – foram acrescentados testes
separados para a percepção visual e o controlo motor. Os autores referem-se ao Bender-
Gestalt II como um “teste de integração visuo-motora”, apesar de Bender não ter usado esse
termo. (O termo integração visuo-motora foi introduzido e explicado pela primeira vez no
manual e monografia do Beery VMI de 1967 e não foi usado por outros testes até o Beery
VMI se tornar largamente conhecido). Os autores do Bender-Gestalt II sugerem que o teste
pode ser usado para muitos fins, incluindo diagnósticos diferenciais de condições
neurológicas e psicopatológicas e detecção de desenvolvimento infantil precoce.

Apesar do Bender-Gestalt ser obviamente uma tentativa para servir como substituto do Beery
VMI, consegue em pouco alcançar esse objectivo, especialmente para as crianças da pré-
escola até ao primeiro ciclo. Entre as suas falhas sérias encontram-se:
• O Bender-Gestalt II fornece apenas quatro itens entre o leque de capacidade da média
das crianças abaixo dos oito anos, comparado com os 20 itens do Beery VMI para
esse leque de idades, mais importante para a identificação precoce e fins de
prevenção. O Bender-Gestalt II permanece, então, demasiado difícil e frustrante para
a média das crianças com menos de oito anos e muitas crianças mais velhas com
dificuldades de aprendizagem ou outras.
• O Bender-Gestalt II não fornece exemplos de desenvolvimento das crianças e outra
informação sobre o desenvolvimento infantil nem sobre os seus itens do teste
individual. O Beery VMI foi construído de forma desenvolvida e fornece numerosas
ilustrações do desenvolvimento da criança e outra informação útil sobre a avaliação o
desenvolvimento e ensino.
• Os critérios de pontuação do Bender-Gestalt II não são específicos; as dúvidas na
pontuação aumentam à medida que a dificuldade dos itens aumenta.
• De acordo com o manual do Bender-Gestalt II ele correlaciona-se apenas num nível
baixo de .22 - .29 com a leitura básica, usando informação incorrecta (a prática
normal), por oposição a .58 do Beery VMI.
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• Não foram referidas correlações do Bender-Gestalt com os resultados de testes de
prontidão.
• Não existem informações de validade previsíveis para a aprendizagem ou algo mais.
• Inexistência de informações sobre a influência dos géneros.
• Inexistência de informação sobre a influência étnica.
• Fraca correlação com o Beery VMI: apenas 30% de variação comum.
• Testes de visão e motores muito fracos. Apenas 400 indivíduos foram usados para as
normas que fornecem menos discriminação de idade e nenhumas contagens-padrão.
• O Bender-Gestalt II demora mais tempo e manuseamento dos materiais por parte do
examinador em relação ao Beery VMI.
• O Bender-Gestalt II permite apenas administração individual, de forma que uma
classificação preventiva eficiente com os grupos não é possível.
• Este também não oferece uma orientação de educação nem materiais preventivos ou
de remediação.

Outra falha séria nas baterias de testes visuo-motores além do Beery VMI é a exigência ou
implicação de que algum ou todos os seus sub-testes podem ser dados por diferentes ordens.
Um dado básico na testagem é que a ordem pela qual os testes relacionados são dados
frequentemente afectam as pontuações. Se, durante a normatização, um conjunto de sub-
testes é administrado por uma certa ordem, qualquer alteração dessa ordem pode tornar
desadequado o campo de utilização das normas.

Uma série de tentativas de ensino e testes que não são de qualidade aceitável tem
recentemente começado a utilizar o termo VMI. Uma vez que não queremos que o nosso
trabalho seja confundido com eles, usamos agora Beery VMI em vez de VMI para identificar
o nosso trabalho.

O Beery VMI é, de longe, o que tem melhor pesquisa e tem o leque de idades mais eficiente
(nascimento até fase adulta) de que qualquer instrumento tendo em vista a medição da
“integração visuo-motora”. O Beery VMI tem crescido ao longo do tempo. Em 1967, apenas
eram fornecidas normas de equivalência de idade, o que era prática comum com estes testes
na altura. Mais tarde, a pesquisa revelou que as normas de equivalência de idade eram
normalmente de muito menos validade e menos apropriadas que as pontuações
standardizadas. O peso dos itens da pontuação era fornecida na normalização do Beery VMI
de 1989 como um meio de aumentar a sensibilidade do teste às diferenças nas faixas etárias
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mais elevadas. A pontuação avaliada correlacionava-se quase perfeitamente (.98) com a
pontuação originalmente não-avaliada e aumentou a sensibilidade do teste para crianças mais
velhas. Porém, quando foram introduzidos os testes suplementares para a percepção visual e
coordenação motora do Beery VMI, a pontuação original não-avaliada do Beery VMI foi de
novo designada. A pontuação não-avaliada é mais fácil e de maior validade para comparar
desempenhos nos testes suplementares entre si e o desempenho no próprio Beery VMI. Uma
vez que os sistemas de pontuação anteriores do Beery VMI se têm correlacionado tão bem
entre si, e porque até mesmo os testes muito diferentes podem ser comparados através das
suas pontuações standard, os resultados dos sistemas de pontuação do Beery VMI de 2004
podem ser comparados de forma válida com os resultados de todos os sistemas de pontuação
anteriores do Beery VMI. Para ajudar através da prevenção, a identificação precoce e a
remediação da demência e outros problemas relacionados com a idade entre os adultos, as
normas do Beery VMI foram expandidas de forma a incluir o mais vasto leque de idades
disponível para testes de integração visuo-motora: 2 a 100 anos.

Um número importante de questões exige uma pesquisa mais alargada tendo em vista o
desenvolvimento visuo-motor. Muitas crianças aprendem a compensar as fraquezas visuo-
motoras pelo uso de outras capacidades. E a que preço? Por exemplo, Rourke referiu que a
personalidade das crianças é significativamente afectada pelas dificuldades de aprendizagem
não-verbais (186). Estas crianças desenvolver-se-iam de forma mais completa, ou pelo
menos mais fácil, se as suas fraquezas visuo-motoras fossem remediadas? Se sim, de que
forma é que tais pontos fracos podem ser remediados com maior sucesso?

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II. Raciocínio e Perspectiva
Este capítulo fornece (a) uma base de raciocínio para o Beery VMI, (b) um suporte básico do
desenvolvimento visual, motor e visuo-motor, e (c) uma perspectiva do Beery VMI e dos
seus testes visuais e motores suplementares.

Das amebas aos humanos e das crianças aos adultos, o desenvolvimento bem
sucedido é caracterizado pela crescente articulação e integração das partes no todo.

Raciocínio
O antecedente é uma acepção operacional que é baseada no trabalho em biologia de
Sherrington e no trabalho de outros em vários campos de estudo, incluindo as ciências
sociais (254). Num sentido mais lato, esta suposição em decurso é a premissa e objectivo
básicos do Beery VMI. Idealmente, um teste de integração visuo-motora ajudará algumas
crianças a progredir de forma a integrar de forma mais completa todos os seus aspectos
físicos, intelectuais, emocionais e espirituais no seu todo e entre si.

Mais concretamente, o primeiro objectivo do Beery VMI é ajudar a identificar, através da


detecção precoce, dificuldades significativas que algumas crianças têm em integrar, e
coordenar, as suas capacidades visuo-percepcionais e motoras (movimentos dos dedos e
mãos). Através da identificação precoce, espera-se que maiores dificuldades possam ser
evitadas ou remediadas a partir de intervenções educacionais, médicas ou outras. No capítulo
III, os autores do Beery VMI descrevem os métodos de ensino e os materiais que ajudam a
prevenir e remediar problemas visuo-motores. Não se parte do princípio que a intervenção
adequada para todas as crianças com pontuações fracas no Beery VMI é pô-las a desenhar
círculos, quadrados e outras formas. Na verdade, muitas crianças podem ser melhor ajudadas
pelo desenvolvimento de outras modalidades e/ou aprendizagem de processos, especialmente
se as suas dificuldades visuo-motoras parecem resistentes ao desenvolvimento. Nalguns
casos, pode ser que os resultados dos testes Beery VMI simplesmente ajudem a identificar a
necessidade de fornecer serviços de vários tipos à criança que parece estar em risco, o qual é
mais um dos seus objectivos importantes. O Beery VMI também pode ser útil ao servir o
objectivo de avaliar a eficácia de quaisquer serviços educacionais, psicológicos e/ou médicos
que sejam fornecidos. Além disto, pode servir uma variedade de fins de pesquisa básica em
formas educacionais, neuropsicológicas e outras.

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Além destes objectivos tidos em vista, a ideia, ou o que o Beery VMI tenta medir e a forma
como mede essa ideia, necessita de ser definido. De forma a consegui-lo, seria útil ter mais
informações de fundo sobre o desenvolvimento visual, motor, e visuo-motor.

Desenvolvimento Visual, Motor e Visuo-Motor


Quando o Beery VMI foi inicialmente publicado em 1967, ele foi acompanhado por uma
monografia, Integração Visual-Motora, que fornecia informações mais detalhadas no
desenvolvimento filogenético (inter-espécies) e ontogenético (espécies humanas) da
integração da percepção visual, coordenação motora e visuo-motora que será fornecida nas
seguintes páginas (8). Esta monografia também relata o trabalho experimental do autor, tal
como os cálculos de ângulos das crianças. Os seguintes são breves selecções que ainda são
válidas hoje em dia.

Desenvolvimento Visual
Filogenética. Todos os organismos são sensíveis à luz. Razoavelmente altos na escala
filogenética, algumas formas marinhas têm marcas pigmentares combinatórias próximo do
cérebro. A um nível mais elevado, a discriminação de padrão e tamanho torna-se possível.
Em alguns vertebrados, os nervos ópticos cruzam-se para lados opostos do cérebro. Contudo,
nos mamíferos, o lado direito de cada retina está ligado ao hemisfério direito do cérebro e a
metade esquerda de cada retina está ligada ao hemisfério esquerdo, uma combinação que
provavelmente contribui para a coordenação dos movimentos oculares. Nos primatas, os
olhos estão localizados à frente. Esta localização permite uma visão alargada entre os
campos de visão esquerdo e direito. Assim, a percepção profunda, a convergência e a
perseguição visual são possíveis sem mover a cabeça. O resultado desta combinação é a
visão bi-ocular.

Ontogenética. Os olhos humanos desenvolvem-se fora da parte anterior do cérebro logo à


primeira semana depois da fertilização. Os bebés nascidos dois meses prematuramente
podem diferenciar a claridade da escuridão. Ao quarto mês após o nascimento, a maioria dos
bebés pode seguir visualmente um objecto em movimento até certa altura.

A percepção visual é provavelmente melhor definida como a interpretação do estímulo


visual, a etapa intermédia entre a simples sensação e a percepção visual. Consequentemente,
a percepção visual não é a intensidade ou sensação visual tal como não é a leitura ou outros
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sentidos cognitivos. Contudo, sensação, percepção e cognição todos se influenciam a vários
níveis.

As visões de Gestalt de que certas formas básicas, como o quadrado, são dadas pela
experiência perceptivas são geralmente contrariadas hoje em dia. Várias combinações de
limites entre claridade e escuridão são provavelmente aprendidas gradualmente e recordadas
para formar percepções à medida que o sistema nervoso se desenvolve. Logo às 28 semanas,
a maioria das crianças pode aprender a distinguir entre um círculo, uma cruz, um quadrado e
um triângulo. (outras etapas de desenvolvimento são listados no Apêndice A.)

A integração da parte no todo tem tido significado especial no desenvolvimento visuo-


percepcional (215). As partes da figura e do chão têm que diferenciadas e integradas no todo.
Muitas pessoas com lesões cerebrais parecem aptas a analisar partes mas não conseguem
integrar as partes no todo. O desenvolvimento normal de uma criança tem sido intensamente
delineado como se observará. Primeiro, há um destaque do todo (pouca atenção aos detalhes)
até aos três anos. O objectivo depois muda para partes aos quatro e cinco anos, detalhes aos
seis, e para a integração de partes bem diferenciadas dentro do todo aos nove anos. Estas são
um foco de difícil atenção. A análise e a síntese das partes e dos todos ocorrem
provavelmente em todas as idades.

Desenvolvimento Motor
Filogenética. Muitos mamíferos possuem capacidade de manipulação, e a habilidade de
agarrar e mover uma variedade de objectos está bem desenvolvida nos primatas. A oposição
dos polegares, que permite a manipulação intrincada e precisa, é comum entre os primatas e
é mais pronunciada nos humanos.

Ontogenética. Há uma tendência do desenvolvimento da actividade generalizada à


específica. A acção em massa é seguida pela diferenciação crescente e a consequente
integração do movimento. O desenvolvimento também tende a evoluir na direcção céfalo-
caudal (de cima para baixo) e próximo-distal (espinal exterior). A actividade dos dedos é o
último aperfeiçoamento ontogenético do complexo ombro-braço-mão. Os movimentos
espontâneos do braço podem ser detectados ao terceiro mês de gestação. (Outros marcos de
desenvolvimento tão precoce estão listados no Apêndice A.) A actividade das mãos tem sido

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associada às áreas a meio do córtex ao longo da fissura ventral. O cerebelo parece coordenar
as acções dos vários músculos envolvidos num acto específico.

Desenvolvimento Visuo-motor
Filogenética. Das amabas aos humanos, o sistema nervoso parece ter evoluído na direcção
da interacção aperfeiçoada entre as modalidades sensoriais e expressivas que estavam, em
alguns casos, anteriormente separadas. Nos humanos adultos, as modalidades sensoriais e
expressivas estão bem relacionadas e coordenadas, ou integradas.

Ontogenética. A visuo-motora pode ser a primeira integração de resposta sensorial para o


desenvolvimento. Kephart destaca a importância da integração (104). Ele apercebeu-se que
uma criança pode ter as capacidades visuais e motoras bem desenvolvidas, mas ser incapaz
de integrar as duas. Kephart especulou que a integração pode funcionar parcialmente ao nível
do sub-cortex, talvez na medula espinal, algo semelhante a uma central telefónica. Se houver
falha no desenvolvimento ou danos nestas áreas, o teste visuo-motor pode ser sensível a
vários problemas de integração, e não apenas a dificuldades visuo-motoras.

Vereeken referiu que, para copiar formas com um lápis, uma criança tem que estar primeiro
visualmente consciente da localização e direcção (231). Esta consciência torna-se possível
pelos movimentos voluntários do olho numa determinada direcção. A criança, depois,
procede a uma realização construtiva da sua localização através dos movimentos do braço
que correspondem aos movimentos dos olhos. As crianças são capazes de rabiscar linhas
verticais, horizontais e circulares antes de serem capazes de as imitar porque rabiscar requer
pouca ou nenhuma coordenação olho-mão. A imitação é provavelmente adquirida antes da
cópia directa das mesmas formas porque, ao imitar, os movimentos do olhar são treinados
enquanto a tarefa está a ser demonstrada.

Vereeken reviu o trabalho de Piaget sobre o desenvolvimento da percepção e reprodução


espacial (231). O nível espacial mais precoce é o topológico e ocorre durante os primeiros
cinco anos. Durante o período topológico, a proximidade e separação, a característica de ser
plano ou acidentado, a continuidade ou descontinuidade, e o fechamento ou delimitação de
um objecto por outro são atributos espaciais que são apreendidos e reproduzidos. As
dimensões espaciais “Euclidianas” são normalmente adquiridas entre os cinco e os dez anos.
Isto inclui linhas de direcção, rectilíneas e curvilíneas, comprimentos e distâncias. A

15
aquisição espacial “Projectiva” normalmente começa a desenvolver-se no período euclidiano
e evolui em seguida. Nesta etapa, um objecto pode ser visto em relação a outros objectos ou
de outros pontos de vista.

Finalmente, é importante reconhecer que o desenvolvimento pode, nem sempre, ser linear.
Frequentemente, o progresso é conseguido com esforço ou até pode envolver regressões
temporárias.

Mantendo em mente os estudos anteriores e outras teorias de desenvolvimento e pesquisa, o


autor do Beery VMI preparou-se para ver se alguns testes de cópia de formas existentes eram
adequados e, caso contrário, como é que poderia ser desenvolvida uma sequência de formas
geométricas mais adequada.

Agora, talvez, fosse uma boa altura para articular a construção que o Beery VMI tenciona
medir e considerar até que ponto ele mede adequadamente essa construção. Ao fazer isso,
alguma pesquisa será brevemente mencionada. Uma apresentação mais detalhada é fornecida
nos Capítulos VI e VII.

A integração visuo-motora é o nível no qual a percepção e


os movimentos dedos-mão estão bem coordenados.

O Beery VMI é concebido para medir a separação no termo integração visuo-motora sob a
premissa que o todo pode ser maior que a soma das partes e que as partes podem funcionar
bem independentemente, mas não em combinação.

Confiança/Segurança
Um teste só pode ser válido se for seguro. Assim, poder-se-ia pôr a hipótese de que, se bem
construído, o Beery VMI fornecerá uma segurança aceitável a nível interno, intercrítico e de
nova testagem. Tal como é detalhado no Capítulo VI, o Beery VMI fornece tais
características de confiança em níveis muito altos.

Validade
Em termos de validade, pode-se primeiro pôr a hipótese de que o Beery deva correlacionar-
se adequadamente com a idade cronológica. Como é mostrado no Capítulo VII, o Beery VMI

16
mede até níveis muito altos entre .80 e .90. Em segundo lugar, pode-se pôr a hipótese de que
o Beery VMI deve correlacionar-se a níveis moderados, mas não muito altos, com bons testes
visuo-perceptuais e com bons testes de boa coordenação motora para os dedos e mãos. Pode-
se igualmente pôr a hipótese de que o Beery VMI deve correlacionar-se em níveis muito altos
com outros testes que tentam medir a integração visuo-motora. As relações anteriores têm
sido demonstradas e aparecem detalhadas no Capítulo VII. A forma como foi idealizada a
integração visuo-motora implica que os indivíduos com dificuldades educacionais,
psicológicas e/ou médicas podem ter, em média, mais problemas com a integração do que os
seus pares. Consequentemente, pode-se pôr a hipótese de que o Beery VMI, pelo menos num
nível moderado, diferencia tais grupos. De acordo com o que é especificado no Capítulo VII,
de modo geral, os grupos de crianças com várias incapacidades tiveram um desempenho
inferior no Beery VMI em relação aos seus pares. O Beery VMI tem-se correlacionado em
grande nível com os testes de integração automático-sequencial com os quais muitas crianças
com distúrbios de aprendizagem têm revelado uma maior dificuldade. Este foi também
referido como sendo uma medida eficaz para diferenciar subtipos de dificuldades de leitura.
O Beery VMI tem-se correlacionado, frequentemente de uma forma mais significativa do que
outros tipos de testes, com as dificuldades das crianças tais como intoxicação por chumbo e
baixo peso à nascença e vários estudos neuro-psicológicos e médicos.

Previsão/Prognóstico
Poucos testes de percepção motora, além do Beery VMI têm apresentado evidência da sua
capacidade para prever problemas académicos ou outros. Geralmente, os investigadores
pensaram que o Beery VMI era um instrumento de previsão valioso quando usado em
combinação com outras medidas. Este tem sido referido como um bom instrumento de
previsão da capacidade de aprendizagem de crianças de baixos níveis sócio-económicos.
Contudo, as correlações previsivas parecem diminuir à medida que as crianças sobem no
nível de ensino, presumivelmente porque as exigências académicas, no que diz respeito às
capacidades visuo-motoras decrescem, relativamente, e muitas crianças aprendem a
compensar as fraquezas visuo-motoras usando outras capacidades. A questão continua a
permanecer: estas crianças iriam progredir de forma mais completa e fácil se as suas
fraquezas visuo-motoras fossem remediadas? E outra questão relacionada permanece: de que
forma tais fraquezas podem ser remediadas?

17
Influências (Bias)
Uma forma muito importante de definir algo, como a construção da integração visuo-motora,
é tornar claro o que ele não é. O Beery VMI não parece estar significativamente relacionado
com o género, residência ou etnia, tal como é descrito no Capítulo VII.

Localização Neuro-psicológica
Onde é que a integração visuo-motora tem origem no sistema nervoso? Os neurofisiologistas
normalmente atribuem as funções visuo-motoras ao hemisfério direito do córtex motor
oposto à mão dominante (94). Grafton e outros, com base no fluxo sanguíneo cerebral
relativo, concluíram que é pouco provável que qualquer ponto no cérebro seja responsável
por integrar a informação visual em suaves planos motor. Certamente, pareceu provável que
esta conversão ocorreu simultaneamente nas áreas de associação motora e sensorial, no
cerebelo e no núcleo do sub-cortex de uma forma dinâmica paralela (78). Nawrot e outros
(153) descobriram que os distúrbios de movimentação visual estão associados a lesões
acentuadas no cerebelo. Said e outros (188) descobriram que o desempenho do Beery VMI
estava positivamente relacionado com o volume gray-matter do hemisfério direito entre as
crianças com neurofibromatose. Baseado na extensa pesquisa de Halstead (88), Luria (132) e
Reitan (177), Rourke postula um modelo no qual falhas de desenvolvimento ou rotura de
várias ligações de white-matter neurológicos parecem propícias a criar dificuldades no
desempenho da integração visuo-motora e/ou outras (186). Estas ligações incluem aquelas do
lado direito ao lado esquerdo do cérebro (o corpus callosum em particular, da frente para trás
(especialmente para novas tarefas), e de cima para baixo (córtex à haste do cérebro – o que
liga a parte de baixo do cérebro à coluna vertebral). É necessária mais pesquisa sobre a
localização.

18
Perspectiva do Beery VMI e dos seus testes Suplementares

O Beery VMI e os seus dois testes suplementares standard, Percepção Visual e Coordenação
Motora, fornecem a bateria de detecção visuo-motora mais válida e económica para as
idades pré-escolar e adulta.

O Beery VMI é uma sequência de formas geométricas de desenvolvimento para serem


imitadas ou copiadas com papel e lápis. O formulário Extenso de 30-itens do Beery VMI para
as idades dos dois aos dezoito pode administrada em grupo ou individualmente em cerca de
10 a 15 minutos. O Beery VMI também pode ser administrado a adultos (dos 19 aos 100
anos) usando o Formulário de Adulto ou o Formulário Extenso. O Formulário Abreviado de
21 itens está disponível para as idades dos dois aos sete anos; este formulário é normalmente
administrado individualmente em menos de 10 minutos. Publicado pela primeira vez em
1967, o Beery VMI é usado com crianças e apreciado nos Estados Unidos e noutros países.
Os estudos indicam que, virtualmente, o Beery VMI não está influenciado pela cultura. Já
que as crianças com diferentes proveniências frequentemente têm níveis de experiência de
larga variação em relação aos alfabetos e números, as formas geométricas são mais usadas
no Beery VMI do que as formas numéricas e as letras.

O Beery VMI está construído para avaliar a extensão na qual os indivíduos conseguem
integrar as suas capacidades visuo-motoras. Se uma criança tem um fraco desempenho no
Beery VMI, isto pode ser porque ele ou ela tem capacidades de coordenação visuo-
percepcional e/ou motoras adequadas mas ainda não aprendeu a integrar, ou coordenar estes
dois domínios. Por outro lado, é possível que as capacidades visuais e/ou motoras da crianças
sejam deficientes. Consequentemente, os examinadores utilizam um Beery VMI seguido de
uma avaliação das capacidades de percepção visual e motora. Este prosseguimento pode ser
feito com uma avaliação clínica informal, conforme mencionado nas páginas 21-22. Ou, se
um examinador desejar comparar a um nível mais formal e estatístico as capacidades visuais
e motoras, podem ser administrados novos testes suplementares standard do Beery VMI
(Percepção Visual e Coordenação Motora). Estes testes suplementares standardizados
utilizam as mesmas formas de estímulo do Beery VMI, enquanto outras baterias de testes
visuo-motores existentes tentam comparar estímulos e tarefas com menos relação. Os três
testes foram standardizados pela mesma amostra nacional de 2,512 indivíduos e revelou
confiança e validade. As pontuações standard são fornecidas em intervalos de dois e quatro
meses.
19
Tanto um como os dois testes suplementares standardizados pode ser administrado
individualmente depois do Beery VMI. Se forem administrados os três testes standardizados,
eles devem ser administrados pela mesma ordem pela qual foram normalizados de forma a
produzir resultados válidos. A ordem válida de administração é a seguinte: (1) Beery VMI,
(2) Percepção Visual e (3) Coordenação Motora. Uma comparação estatística dos resultados
dos três testes pode ser feita de forma rápida e fácil com o perfil gráfico que é fornecido no
folheto de teste do Beery VMI para este efeito. Os resultados dos três testes não são a média
de uma pontuação composta como em algumas baterias. A combinação de medidas muito
díspares não tem frequentemente sentido.

No teste de Percepção Visual padronizado os primeiros três itens exigem que as crianças
mais jovens identifiquem partes do seu próprio corpo, planos de imagens e partes de uma
imagem. Para os restantes 27 itens, uma forma geométrica, que é exactamente a mesma de
cada um dos estímulos, será escolhida de entre outras que não exactamente as mesmas do
estímulo. Durante um período de três minutos, a tarefa é identificar a correspondência exacta
dos 27 estímulos tanto quanto possível. Para tornar isto uma tarefa de percepção-visual tão
pura quanto possível, as exigências motoras da tarefa são reduzidos ao mínimo, tendo a
criança que indicar simplesmente as suas escolhas. Os estímulos no teste de Percepção
Visual foram tornados mais pequenos do que os do teste Beery VMI porque, desta forma, isso
exigiria um folheto de teste muito grande e dispendioso. Os testes-piloto dos estímulos foram
feitos antes da normalização e foram considerados satisfatórios até mesmo para as crianças
mais jovens que não tinham problemas de perspicácia visual. Os examinadores devem estar
alerta para possíveis problemas visuais neste e em todos os testes que exigem uma boa
perspicácia visual ao perto. Deve ser feita a orientação da Educadora de Infância ou a um
especialista da visão se houver dúvida a cerca da visão da criança.
No teste de Coordenação Motora standardizado, os primeiros três itens exigem que crianças
muito jovens subam a uma cadeira, segurem num lápis com o polegar e os outros dedos, e
segurem o papel à medida que o marcam. Para os restantes 27 itens a tarefa é simplesmente
traçar as formas de estímulo com um lápis, sem sair das margens. Apesar da percepção
visual não poder ser inteiramente eliminada em tais tarefas motoras, as exigências de
percepção visual foram em grande parte reduzidas pelo fornecimento de exemplos, iniciando
pontos e traçados como fortes orientações visuais para o desempenho motor exigido. O teste
de Coordenação Motora demora cerca de cinco minutos a administrar. Os detalhes, no que
diz respeito à administração e pontuação, são fornecidos no Capítulo III.

20
Utilizações
Os objectivos do Beery VMI e dos seus testes suplementares é (1) ajudar a identificar
dificuldades significativas na integração visuo-motora, (2) obter os serviços necessários para
os indivíduos que revelam estas dificuldades, (3) avaliar a eficácia dos programas educativos
e outros e (4) servir como ferramenta de investigação. Espera-se que, pela detecção precoce
com o Beery VMI, as crianças e adultos que possam precisar de ajuda suplementar na sua
educação e outros aspectos do desenvolvimento seja identificada e referida a profissionais
adequados para uma avaliação a ajuda mais detalhadas.

Precauções
Se o comportamento de uma criança ou adulto durante a testagem levar o examinador a
suspeitar de um problema visual ou outro, este deve ser referido a uma educadora de
infância, oftalmologista ou outro especialista.
Um único teste ou pontuação não são suficientes para fazer um diagnóstico ou criar um
plano de tratamento. A avaliação e planeamento em equipa é quase sempre o melhor.

Qualificações do Utilizador
Todos os materiais de teste oferecidos por Pearson Assessments são designados por um nível
de qualificação. Consulte o catálogo Pearson Assessment corrente para obter informação
adicional a cerca dos vários níveis de qualificação. Os utilizadores do Beery VMI devem
fornecer credenciais que indiquem que têm o bacharelato em psicologia, educação, relações
humanas ou recursos humanos, gestão, ou numa área muito similar.

Para fins de pesquisa, classificação/filtragem, ou outros, o Beery VMI e os seus testes


suplementares podem ser administrados e pontuados por quase todos os adultos inteligentes
que estejam perfeitamente familiarizados com os materiais dos testes e que tenham tido
experiência supervisionada com um examinador experiente. Contudo, para interpretar os
resultados dos testes, estes testes exigem conhecimento educacional prévio e experiência de
especialistas em psicologia, dificuldades de aprendizagem, ou profissões semelhantes.

21
III. Administração e Pontuação

O Beery VMI pode ser administrado de forma considerada válida, tanto como um teste de
avaliação de grupo, como para fins de avaliação de indivíduos com crianças ou adultos. Os
especialistas frequentemente formam professores de turmas para administrarem o Beery VMI
como um instrumento de avaliação em classe, que simultaneamente estimula o ensino em
colaboração e outras estratégias.

Os testes de Percepção Visual e Coordenação Motora são fornecidos como um meio de


estatisticamente avaliarem as contribuições visuais e motoras relacionadas com o
desempenho do Beery VMI. Apesar dos testes de Percepção Visual e Coordenação Motora
terem um forte potencial para testagem em grupo, presentemente eles são recomendados para
a testagem em indivíduos que estão abaixo da média obtida no Beery VMI.

Não é necessário administrar os três testes padronizados para estimar os factores visuais,
motores e outros que podem afectar o desempenho do Beery VMI. Na verdade, os
procedimentos clínicos da “Testagem de Limites” do Beery VMI (página 31) são fortemente
recomendados para este fim.

Se os testes de Percepção Visual e Coordenação Motora forem administrados, é


extremamente importante que a sequência de testagem seja a seguinte: primeiro, o Beery
VMI; depois, a Percepção Visual; em seguida, a Coordenação Motora. Como acontece com
muitas baterias de testes, a exposição a um teste relacionado normalmente afecta o
desempenho nos testes seguintes. Assim, as normas podem ser seriamente afectadas pela
mudança da ordem dos testes. Readministrar o teste demasiado cedo pode produzir um efeito
de treino. Geralmente falando, o intervalo entre o teste e a repetição deve ser de, pelo menos,
um mês. A maioria dos clínicos opta por administrar o teste no Outono e depois na
Primavera.

As normas podem ser inválidas se as indicações para administrar testes não forem seguidas
ou se os materiais de testagem originais não forem usados. Os materiais do Beery VMI foram
cuidadosamente construídos para evitar o brilho, translucidez ou outros problemas.
Certifique-se de que utiliza os folhetos de teste de 2004, que vêm com este manual.

22
Administração - Crianças e Adultos

O folheto da Forma Extensa é apropriado para todas as idades. Embora as instruções


administrativas tenham sido escritas para crianças, não existe nenhuma necessidade de as
modificar para adultos. A Forma Extensa tem todas as 24 formas do Beery VMI, incluindo os
três primeiros que são simultaneamente, imitar e copiar directamente, e três tipos de
marcação ou rascunho, para um total de 30 itens. A Forma Abreviada foi delineada para o
uso com crianças entre os 2 aos 7 anos de idade. Esta é igual a forma completa, com
excepção de que contém somente os primeiros 15 itens do Beery VMI para um total de 21
itens cotados. A Forma para Adulto é projectada para adultos de idades entre os 19 aos 100.
Esta é igual a forma completa, com excepção de que omite os itens 1-6, que são destinados a
crianças com idades abaixo dos cinco.

Normalmente, as crianças em idade pré-escolar devem ser testadas individualmente


utilizando as instruções individuais na página 28-29. As crianças do Jardim-de-infância
podem ser, muitas vezes, avaliadas como uma classe inteira, se dois ou mais adultos
servirem como monitores. Dependendo da classe, às vezes é melhor testá-las em grupos de
cerca de seis. As Crianças do primeiro ano ou superior podem ser testados com a classe
inteira. As Crianças mais velhas, podem escrever o seu próprio nome, sexo, data de
nascimento na capa do folheto de teste. Em todas as idades o monitor deve acompanhar,
incentivar e corrigir delicadamente as posturas e erros processuais conforme seja necessário.

Administração em Grupo (Forma Extensa e a Forma Abreviada para crianças).

1. Cada criança deve ter um lápis nº 2 afiado, de preferência sem uma borracha. Um
suave lápis primário ou uma caneta esferográfica também é permitida.

2. Distribua o folheto do teste e diga: Por favor, não abram os vossos testes até que lhes
peça para o fazer. A página do folheto com a mão a apontar para cima (última) deve
ficar virada para si.

3. É importante que o folheto de teste e o corpo de cada criança esteja centrado e


enquadrado com a secretária durante a aplicação do teste. Deve demonstrar, referindo
o seguinte: esta é a maneira como o seu folheto deve estar e quando concluir deixe-o
sobre a mesa. Esta é a maneira como cada um se deve sentar.

23
4. Deve demonstrar, dizendo: Agora abra o seu folheto girando a partir do topo, como
este, para a página 4. A Página 4 tem formas no topo dos quadrados. Parecesse-se
com este. Mostrar página 4 para a turma.

5. Diga: Copie o que vê na parte superior de cada página. Faça o desenho de cada forma
no espaço abaixo, como esta. Use o giz para mostrar como copiar formas, mas não
utilizar qualquer uma das formas como exemplos reais de ensaio. Criar outras formas,
usando traços com uma única linha. Demonstre que as linhas grossas como as
imprimidas no folheto não são as pretendidas.

6. Copiar as formas em ordem. Comece com o número 7, a linha vertical. Só quando


perguntarem sobre o assunto é que se pode dizer, que as páginas e números antes são
apenas para crianças muito jovens.

7. Diga: Algumas das formas são muito fáceis, e outras são muito difíceis mesmo para
adultos.

8. Diga: Faça o seu melhor em ambos, quer nos fáceis e nos mais difíceis; Não avançar
nenhuma. (Repita esta frases como necessária.)

9. Diga: Lembre - apenas uma tentativa em cada forma e não pode apagar.

10. O teste pode ser terminado depois de todos os membros do grupo parecerem não
precisarem de mais tempo. Contudo, se o tempo e a energia o permitir, pode deixá-
los desenhar todas as formas. Aqueles que terminarem mais cedo podem desenhar, ler
ou envolver - se em outras actividades de sua escolha.

Administração Individual (Forma Extensa e a Forma Abreviada) para Crianças

1. Muitos examinadores experientes que tencionam administrar uma variedade de testes


a um indivíduo começará com o Beery VMI por duas razões principais. Bom
Relacionamento: Quase todas as crianças apreciam fazer o Beery VMI, torna-se
absorvente, e sentem - se bem sucedidas. Em geral, eles gostam de tentar os itens
mais difíceis e querem fazer mais. Se não, isso pode ter um diagnóstico significativo.
O tempo do Beery VMI é também um tempo para ficar quieto confortável com o
24
examinador sem ter que usar muita linguagem verbal. Observação: Como as crianças
desenham, o examinador tem uma boa oportunidade para se sentar e observar a
atitude da criança, posição do corpo, movimentos, e outros comportamentos
potencialmente importante.

2. Alguns examinadores removem a capa do folheto de teste (página 1, 2, 15, e 16 da


forma abreviada; pagina 1, 2, 23, e 24 da forma extensa), a fim de registar
observações no decurso da examinação individual, usando a página 15 na forma
abreviada ou a página 23 na forma extensa.

3. A criança deve ter um lápis nº 2 afiado de preferência sem uma borracha, um lápis
primário ou uma caneta esferográfica. Não é permitido apagar!

4. Coloque o folheto de teste de face para baixo à frente da criança e enquadrado para a
secretária ou mesa da criança.

5. Mantenha ambos o folheto de teste e o corpo da criança centrados e enquadrado à


mesa durante a sua realização. A posição diferente do folheto ou o corpo pode afectar
grandemente a tarefa.

6. Quando o examinador desenha é ele que segura no folheto. Quando a criança


desenha, pede-se a ela para que segure no folheto. Se eventualmente a criança não for
capaz de segurar o folheto, seguro-o o examinador. Manter o folheto direito e
centrado com o corpo da criança.

Crianças Individuais Abaixo da Idade Funcional dos Cinco Anos:


Iniciar na tarefa 4, Página 2 (Forma Extensa e a Forma Abreviada)

1. Relembrar a imitação do desenho de formas é normalmente mais fácil do que cópia


directa. Se a criança tem menos de cinco anos ou se antecipar um nível funcional
Beery VMI abaixo dos cinco anos de idade, abra o folheto na página 2 e diga: Olha
para mim. Vou desenhar uma linha aqui. Se possível, sentar-se ao lado da criança.
Em seguida, desenhe uma linha vertical de cima para baixo aproximadamente do
mesmo tamanho, cerca de duas polegadas, tal como a caixa 7 na página 4. Aponte
para à linha vertical que acabou de desenhar e, em seguida, para o espaço em branco
abaixo dela. Diga: Faz um como esse. Faz aqui o teu. Se a criança não responder com
25
sucesso, faça repetidamente linhas verticais para cima e para baixo em cima da sua
primeira linha. Depois aponte para o espaço da criança e diga: Faz isso. Faz
exactamente aqui.

2. Conforme ou não, depois da ampla oportunidade, se a criança desenhar uma ou mais


linhas verticais em imitação à sua, fazer repetidas linhas horizontais na parte superior
central da caixa na página 2 e convidar a criança a imitá-lo no espaço abaixo do seu.
Conforme ou não a resposta da criança, repita este procedimento com um círculo na
parte superior direita da caixa na página 2.

3. Se a criança pontua um ou mais pontos sobre o que precede imitação três tarefas,
basta “saltar” as tarefas de rascunhar abaixo e avançar para a página 4 do folheto para
as tarefas de copiar (ver instruções #10 abaixo). Mas, se a criança ainda não marcou o
papel em todos até agora, tenta o desenho espontâneo ou tarefas de rascunho descritas
abaixo.

4. Desenho Espontâneo ou Rascunho: Vire a página 1 do folheto de teste. Aponte para a


caixa em branco mais próxima para a criança e diga, Pode desenhar qualquer coisa
que quer dentro desta caixa. Vá em frente.

5. Se a criança rabisca ou faz qualquer outro tipo de marca (ou marcas), diga, Bom para
ti! Agora, desenha isto (tenta outra vez na página 2).

6. Se a criança não rascunhar ou traçar espontaneamente na página 1, passe ao próximo


passo, Rabiscos por Imitação.

7. Rabiscos por Imitação. Rascunhe para cima e para baixo na caixa em branco próximo
de si, com cuidado para não rabiscar perto das linhas da caixa e diga, enquanto
rabisca: Vamos rabiscar assim. É divertido! Faz os teus aqui (apontar para a caixa
próxima da criança) e diga, Mantém-te na caixa - não sais foras das linhas!

8. Se a criança rabiscar ou, por outro lado, fizer traços, tente novamente fazer imitação
das duas linhas e um círculo na página 2 (siga instruções # 1 supra).

9. Se a criança continuar a não rabiscar ou traçar aqui, termine a avaliação visuo-motora


por agora e considere administrar a avaliação da Percepção Visual.

26
Crianças individuais acima da idade funcional de cinco anos de idade e adultos:
Começar na tarefa 7, página 4 (Forma extensa e Forma abreviada)

10. Se a criança tem cerca de cinco anos de idade ou é mais velha não antecipa um nível
funcional Beery VMI abaixo dos cinco anos, abre o folheto de teste na página 4.
Aposta para tarefa 7 (copiar a linha vertical) e depois para o espaço em branco
abaixo desse. Diga: faça uma como esta. Faça aqui o seu correctamente.

11. Encorajar a criança se necessário. No entanto, não trace o formulário com um dedo
ou lápis, porque tais propostas prevêem importantes sinais. Não deixe que a criança
traça a forma. Evite chamar o formulário pelo seu nome ou por um termo descritivo.

12. Se a criança não compreende a tarefa de cópia directa ou não copia qualquer um dos
itens 7, 8 ou 9 suficientemente bem para ganhar um ponto, ir até à página 2 do
folheto de teste e siga instruções 1 até 9 acima para crianças abaixo da idade
funcional de cinco anos.

13. Se a criança responde por imitação ou qualquer um dos três itens imitação, volte a
expor as primeiras três cópias impressas/escritas, itens 7 até 9, e permitir que a
criança tente novamente copiar directamente a forma. (Se a criança não ganhar pelo
menos um ponto em tarefas imitação, siga as instruções de rabiscos espontâneos e
outras e outras instruções para crianças abaixo da idade funcional dos cinco anos).

14. Tantas vezes quantas forem necessárias, aponta para um item e diga: Faz um como
este.

15. Permitir apenas uma tentativa por tarefas, com o apagamento. Permitir somente única
linha enfartes, não espessadas ou ocas "linhas" para emular o grosso das linhas das
cópias impressas. Depois da criança responder bem, diga: Boa. Continua a fazer o
resto. Vira para a próxima página quando terminares este.

16. Diga: Faz o teu melhor em ambos quer nos fáceis quer nos mais difíceis; não saltes
nenhum. (Repita esta frase quantas vezes for necessário)

17. Registe no teste as observações sem chamar muita a atenção da criança. A criança
não deve estar com o tempo cronometrado.

27
18. Teste pode ser terminado depois de três itens consecutivos em que a criança não
ganhe pontos. Deseja muito continuar, no entanto, porque é muitas vezes informativa
para ver como uma criança aborda os itens mais difíceis. Criança geralmente gostam
de copiar e muitas vezes pedem para fazer ainda mais formas.

19. Registe as pontuações da criança na página 23 (Forma Extensa) ou página 15 (Forma


Abreviada) do folheto de teste. Contabilize todos os pontos não testados antes da
primeira acção bem sucedida da criança, o "Basal" (ver a página 25). Por exemplo, se
a criança conseguiu concretizar as Tarefas 7,8 e 9 (as tarefas de cópia directa) e,
portanto, não foi testado as Tarefas de 1 a 6, um crédito de seis pontos para todos os
itens testados.

Testar os limites
Sattler (191) e outros já sugeriram algumas excelentes maneiras para informalmente avaliar
as possíveis causas de uma criança que tem pobre integração visuo–motora e / ou de uma
criança que tem um potencial para aprendizagem de competências. Os seguintes
procedimentos são sugeridos.

Percepção visual. Depois o regular procedimento Beery VMI foi concluído, o regresso ao
primeiro item em que a criança não se encontra com os critérios de pontuação do Beery VMI.
Pergunta-se à criança para olhar para o estímulo e, em seguida, no seu ou sua tentativa de
copiar o estímulo. Perguntar: Será que a forma que desenhaste se parece exactamente com a
que tu copiaste (Pausa para responder.) Qual é a diferença? Note se a criança percebe ou não
quaisquer diferenças que existam.

Controlo motor. Pergunte à criança para traçar a forma estímulo com o seu lápis. Note a
precisão da criança e a facilidade na detecção.

Integração. Pergunte à criança para copiar a forma estímulo novamente numa folha de papel
em branco. Observe se a criança está a melhorar a cópia. Se esse melhora, pergunta a criança
porquê ele ou ela acha que melhorou.

Imitação. Se a segunda tentativa não melhorar, sente-se ao lado da criança e pergunte - lhe
para ver com atenção como copia o estímulo. Então dê outra oportunidade à criança para
copiar.

28
Orientação Motora. Se uma melhoria significativa ainda não foi observada, realiza e orienta
a mão e o lápis da criança enquanto ela faz outra cópia. Depois, deixe a criança tentar
novamente, sem a guiar.

Verbalização do Examinador (professor). Se ainda não tiver ocorrido uma melhoria


significativa, peça à criança para observar e escutar atentamente à medida que o examinador
volta a copiar o estímulo e verbaliza o que está a fazer, incluindo seus pontos de partida,
direcção(s) e as relações-chave espaciais que monitoriza. Depois, peça à criança para voltar a
copiar o estímulo.

Verbalização da Criança (aprendiz). Se ainda não tiver notado uma melhoria significativa,
pergunta à criança para verbalizar o que esta a fazer e como copiar os estímulos. Então pede
à criança para copiar o estímulo enquanto ele ou ela verbaliza as acções.

Variações. Desenvolver e utilizar variações destes procedimentos de ensino e testagem


sugeridos que parecem mais apropriadas para o indivíduo e a sua própria necessidade de
análise.

Retenção e Extensão da Aprendizagem. Utilizando alguns ou todos os procedimentos


antecedentes, considere ensinar a criança a copiar adequadamente várias ou todas as formas
do Beery VMI nos quais ele/ela não conseguiu descobrir o critério durante a primeira
examinação. Cerca de duas semanas depois, repita o procedimento regular do Beery VMI
com a criança para ver como a aprendizagem foi retida e/ou conduziu a outros estímulos.

Esta verificação da retenção frequentemente revela quais as crianças que são naturalmente
inexperientes nos esforços de integração visuo-motora. Estas crianças tendem a reter o que
lhes foi ensinado. Outras crianças irão revelar o síndrome leaky bucket característico de
muitas crianças com deficiências de aprendizagem. Estas crianças tendem a não reter ou
desenvolver aprendizagens da integração motora a não ser que estas sejam fornecidas por
claros indicadores cognitivos, tais como regras sobre como proceder e/ou desenvolver
práticas e revisões de rotina.

29
Pontuação/Contagem
A contagem de resultados do Beery VMI é essencialmente a mesma que era na (quarta)
edição de 1997 – um ponto para cada item imitado ou copiado até três falhas consecutivas.
Para obter uma pontuação não processada, o número de itens que não alcançam sucesso total
abaixo deste patamar três falhas consecutivas são subtraídas ao “tecto”. Por exemplo, se uma
criança falhar os itens 5,8 e 11-13, a pontuação não processada é 13 – 5 =8. Estes critérios de
contagem e procedimentos aplicam-se às formas Abreviada e Extensa dos testes de formas
do Beery VMI. Foram acrescentados três itens adicionais para o nível pré-escolar.

Marcação e Rabiscos
Em resposta aos pedidos no âmbito das normas standardizadas dos dois anos, existe agora
um total de 30 pontos de contagem por processar, por oposição aos 27 nas edições anteriores.
Um ponto por item pode agora ser ganho de acordo com o seguinte:
1. Marcação Imitada: Qualquer/quaisquer marca(s) ou rascunho(s) no formulário de
teste do Beery VMI que uma criança faça por imitação de um adulto.
2. Marcação Espontânea: Qualquer/quaisquer marca(s) ou rascunho(s) no formulário
de teste do Beery VMI que uma criança faça em resposta a um pedido gestual e/ou
verbal de um adulto – sem que o adulto tenha de demonstrar à criança para o imitar.
3. Marcação Incluída/Contida: um ponto se nenhuma da(s) marca(s) ou rabisco(s) no
formulário de teste do Beery VMI for além dos limites do papel de 8.5” X 11”.

Formas Imitadas e Copiadas


O critério de pontuação para as formas copiadas e imitadas, tal como o círculo, são
exactamente as mesmas. Apenas as equivalências de idade diferem, como é mostrado na
seguinte redução da folha de Gravação e Contagem, que aparece na página 23 no interior do
folheto de teste Beery VMI.

A folha de Gravação e Contagem (página 23 da Forma Extensa e página 15 da Forma


Abreviada), mostrada na página 22, apresenta a listagem da “Norma de Idade” para cada
forma, a idade na qual cerca de 50% das crianças se encontram nos critérios de
desenvolvimento para cada forma. Muitos examinadores utilizam esta folha e os “Stepping
Stones” suplementares (normas de idade do desenvolvimento) na folha de teste extra para
ajudar os pais a compreenderem melhor o nível de desenvolvimento actual dos seus filhos.

30
Critérios
A pontuação do Beery VMI é baseada no critério de Não Contagem e os exemplos mostrados
para cada uma das 24 formas nas páginas 39-92. Os critérios e exemplos derivam de um
cuidadoso estudo da evolução de cada uma das formas de desenvolvimento, baseado em
reproduções de milhares de crianças. Comentários de desenvolvimento e ilustrações de
tendências para as formas podem ser encontrados nas páginas diante das páginas dos
critérios de contagem. Note, por favor, que, se as formas copiadas ou imitadas por uma
criança tocam ou saem ligeiramente fora da caixa, uma pontuação ou crédito deve ser dada
se todos os outros critérios de pontuação para essa forma forem alcançados.

Pontuadores experientes encontrarão informação do Resumo de Contagem nas páginas 90 e


92 útil como um lembrete dos critérios básicos de pontuação.

“Protactor”
Um certo número das páginas dos critérios de contagem contém ilustrações para o uso de um
“protactor”. Todos os níveis de “protactor” são lidos no sentido dos ponteiros do relógio com
a base do “protactor” na horizontal. Estas ilustrações são vistas como ajudas para aprender a
pontuar o Beery VMI; elas têm sido eficientes para este objectivo na universidade e noutros

31
cenários. Os autores estão particularmente agradecidos a Lepkin e Pryzwansky (123) pela
sua pesquisa neste sentido.
Os pontuadores mais experientes irão precisar frequentemente de um “protactor” ou
regulador para pontuar o Beery VMI. Na verdade, uma regra importantíssima a relembrar
quando se pontua um formulário é se houver dúvida, pontue-o de acordo com os critérios.
Alguns pontuadores tendem a ser demasiado rígidos. No geral, é melhor alcançar um bom
sentido de desenvolvimento ou gestalt para a evolução de cada forma através do estudo das
suas tendências de desenvolvimento do que focar-se em detalhes ou reproduções.

Excepções
Um examinador experiente desenvolverá um gestalt do comportamento de desenvolvimento
de uma dada criança no Beery VMI. Por exemplo, é comum encontrar uma criança mais
velha que de certa forma copia apressadamente as formas mais fáceis, não se importando em
pôr as pintas nos i’s e os traços nos t’s porque as formas encontram-se correctas no ponto de
vista da criança. Um examinador experiente tem em conta este comportamento ao pontuar.

Ocasionalmente, uma criança faz uma segunda tentativa com uma forma. Contabiliza-se
sempre a primeira forma das crianças com menos de 9 anos. Se, na verdade, não viu qual foi
a primeira, ela pode frequentemente ser identificada pela comparação dos tamanhos das duas
tentativas relativamente ao tamanho das tentativas únicas de outras formas pela criança.

Aceite produções de crianças com cerca de nove anos que esboçam primeiro com linhas
suaves e depois completam a forma com linhas mais escuras.

Basal (Pausa/Repouso)
As tarefas de riscar ou rabiscar na página 1 do folheto de teste Beery VMI e as formas
imitadas na página 2 não são administradas durante a testagem em grupo ou à maioria das
crianças com cerca de 6 anos durante a testagem individual. Como acontece com o período
de pausa de qualquer teste, assuma que as tarefas de traçado ou rabisco e as formas imitadas
teriam sido desempenhadas adequadamente se a criança tivesse tido sucesso com a tarefa
mais difícil de cópia directa nas tarefas 7,8 e 9. Se alguma das tarefas 7,8 ou 9 não fosse
ultrapassada, as tarefas anteriores deviam ser administradas e pontuadas como indicado na
página 19.

32
“Tecto”
Apesar de poder continuar a testar para além do nível de capacidade corrente de uma criança,
pare de pontuar depois de três formas consecutivas não terem sido ultrapassadas. Esta regra
básica aplica-se tanto se usar a administração individual ou em grupo do Beery VMI como se
uma criança empreender ou não mais formas depois de três formas consecutivas não terem
sido realizadas.

Resultados e Registo
As equivalências de idade para as pontuações não processadas do Beery VMI aparecem
listadas no Apêndice C. Os examinadores individuais normalmente utilizam a folha de
Registo e Pontuação e depois preenchem a capa (ver página 26) do folheto do teste. Os
classificadores de grupos frequentemente utilizam apenas a capa para registar os resultados.

Pontuação Precoce do Desenvolvimento


Traços e rabiscos
Tal como com as formas imitadas, as primeiras três tarefas do Beery VMI não necessitam ser
administradas se a criança pontua um ponto em uma ou mais das formas copiadas. Se as
primeiras três tarefas do Beery VMI forem administradas, elas serão pontuadas de acordo
com o seguinte:

1. Traçado por Imitação: um ponto por cada traço(s) ou rabisco(s) do formulário de teste
Beery VMI que uma criança faça por imitação de um adulto.
2. Traçado Espontâneo: um ponto por qualquer (quaisquer) traço(s) ou rabisco(s) no
formulário de teste Beery VMI que uma criança faça em resposta a um pedido gestual
e/ou verbal de um adulto – sem que o adulto tenha demonstrado à criança como imitá-lo.
3. Traçado Contido: um ponto se nenhum do(s) traço(s) ou rabisco(s) da criança no
formulário de teste Beery VMI for além dos limites do papel de 8.5” x 11”.

33
Etapas de Desenvolvimento (Stepping Stones)
As etapas da Integração Visuo-Motora fornecidos na página 22 do Forma Extensa do Beery
VMI e na página 14 da Forma Abreviada são informativas e não são utilizadas para pontuar o
teste Beery VMI, por si. No entanto, esta informação pode ser muito útil ao conferenciar com
os pais e para a avaliação do progresso da criança. Ver Apêndice A para “etapas” adicionais
no que diz respeito ao desenvolvimento moto grosso, motor fino, visual e visuo-motor.

34
Em caso de Dúvida
Mesmo os examinadores experientes revêem frequentemente as instruções e exemplos de
Cotagem e de Não Cotação que seguem antes de pontuar de um item. Mas não fique
obcecado com os detalhes. Olhe para cada produção como um todo no contexto dos critérios
de pontuação e exemplos. Se esta ainda parece demasiado fechada a uma classificação, isto
é, demasiado difícil de determinar, atribua-lhe uma Pontuação provisória. Lembre-se de que
um diagnóstico não deve ser feito somente com base num único teste.

Critérios de Pontuação para o Beery VMI Formas 4-30


Páginas 39-92 da lista critérios de pontuação e informação suplementar de todos os itens do
livro de apontamentos da Forma Extensa, Abreviada e do Adulto do Beery VMI.

35
Formas 4 & 7 Linha Vertical Normas Idade: 2-0 Imitar
2-10 Copiar
Critérios de Pontuação

Sobre ! da linha com menos de 30º de vertical

Cotação 1 Não Cotagem

36
Formas 4 & 7 Linha Horizontal Normas de Idade: 2-6 Imitar
3-0 Copiar
Critérios de Pontuação

Sobre ! da linha com menos de 30º de vertical

Cotação 1 Não Cotagem

37
Informação Suplementar

Os mesmos critérios de pontuação são usados tanto para linhas imitadas como para copiadas.
Ver páginas 15-31 para diferenças na administração do teste.

Imitar Linha Vertical Normas de Idade


Gesell (74): 40 % com 1-6 anos de idade e 79 % com 2-0 anos de idade têm sucesso…..1-9
Gesell (75).............................................................................................................. . ……. 2-0

Griffiths (81): desenho circular.............................................................................. …….. .2-0


Cattell (35) ………………………………………………………......................................2-3
Standford- Binet (form LM)……………………………………………………………….3-0

As normas acima mencionadas são baseadas na reprodução das crianças de um traço vertical
único. Contudo, no Beery VMI, linhas repetidas e orientadas verticalmente pelo examinador
e criança são também aceitáveis. Umas normas de idade dos 2-0 foram previstas pela
imitação do Beery VMI. A grande liberdade permitida pelo Beery VMI nesta forma foi eficaz
na obtenção de respostas em crianças jovens ou tímidas.

Copiar Linha vertical


Baseado em dados de padronização de 2003, as normas de idade para copiar são dos 2-10.

38
Formas 6 & 9 Linha vertical Normas Idade: 2-9 Imitar
3-0 Copiar
Critérios de Pontuação

Sobre ! da linha com menos de 30º de vertical

Cotação 1 Não Cotagem

39
Informação Suplementar

Imitar Linha Horizontal Normas de Idade


Griffiths (81): desenho horizontal............................................................................ ……..1-8
Griffiths (81): traço horizontal…………………………………………………………….2-0
Gesell (74): 41 % com 2-0 anos de idade e 95 % com 3-0 anos de idade têm sucesso…...2-6
Gesell (75)....................................................................................................................... . 2-6
Cattell (35) ………………………………………………………......................................2-6

É difícil desconsiderar dados de Griffith, mas a imitação de linhas horizontais, ao contrário


do rabisco horizontal espontâneo em 2-0, era raramente observado pelos autores do Beery
VMI.

Copiar linha horizontal


É regularmente comum para crianças mais jovens de 3-0 fazer linhas verticais tentando
copiar uma linha horizontal. O reverso, fazendo linhas horizontais tentando copiar uma linha
vertical, é menos comum. Essas descobertas são além disso evidência que as linhas
horizontais são mais difíceis de fazer do que as verticais.

40
FORM 10 Cruz Vertical-Horizontal Normas de Idade: 4-1

Critérios de Pontuação

1. Duas linhas intersectadas Não:


2. Todas as “pernas” pelo menos " de comprimento Não:
(Incluindo as extensões)
3. Pelo menos 1/2 da cada linha nos 20 º de ângulo correcto. Não:

Cotação 1 Não Cotação

* Exemplos são reduzidos: Partes


Originais foram passados em mais de
**Números referem-se a critérios de pontuação enumerados na
1 / 4 longos
parte superior da página
41
Informação Suplementar

Imitar Círculo Normas de Idade


Griffiths (81): desenho circular.............................................................................. ……..1-11
Gesell (74): 59 % com 2-0 anos de idade e 86 % com 3-0 anos de idade têm sucesso…...2-0
Gesell (75)....................................................................................................................... . 2-0
Cattell (35) ………………………………………………………......................................2-6

A maior parte das experiências indicam que esta tarefa é executada bastante cedo. Contudo,
os dados reunidos para este estudo sugerem que uma estimativa de idades dos 2-9 para o
Beery VMI imitam o círculo.

Copiar Círculo Normas de Idade


Gesell (74)...........................................................................................................................3-0
Gesell (75)...........................................................................................................................3-0
Stanford-Binet (Forma LM)……………………………………………………………………… 3-0
Merrill-Palmer....................................................................................................................3-3
Bayley (7) ………………………………………………………………………………...3-4

A estimativa do Beery VMI de 3-0 para copiar o círculo é de acordo com os resultados de
outros investigadores.
As crianças abaixo das idades 6-0 tendem a começar um círculo no fundo (isto é, perto dos
seus corpos) e afastar-se deles, um comportamento que é compatível com a percepção típica
que eles estão no centro do universo. A Direccionalidade é basicamente percebida como
longe de mim ou em direcção a mim e não em termos de direita, esquerda, em cima, ou em
abaixo. O centro esquerdo-direito da criança é a coluna vertebral, e o centro total parece ser a
testa. As crianças acima da idade 6-0 normalmente começam perto do topo do círculo e
fazem os movimentos iniciais em direcção aos seus corpos.
Ao contrário da crença comum, as crianças entre as idades 3-0 e 6-0 tendem a fazer círculos
mais pequenos do que as outras crianças. Contudo, as reproduções das crianças mais velhas
são mais exactas no tamanho.

42
Forma 11 Linha Obliqua Direita Normas de Idade: 4-4

Critérios de Pontuação

1. Uma só linha (Extensão OK) não:


2. Pelo menos 1 / 2 da linha dentro de 110 º -160 º não:

3. Nenhuma mudança abrupta de direcção não:

Cotação 1 Não Cotagem

43
Informação Suplementar

Imitar Cruz Normas de Idade


Gesell (74): 3% com idade 2-0 e 77% com idades 3-0 têm sucesso.................................2-10
Gesell (75)...........................................................................................................................3-0

Os autores não fizeram nenhum trabalho sistemático com a cruz imitada mas consideram
uma estimativa demasiado baixa da tarefa; 3-3 é provavelmente mais fechada.

Copiar Cruz Normas de Idade


Gesell (74): 55% com idade 4-0 e 53% com idade 5-0 têm sucesso ……………………..4-0
Gesell (75)...........................................................................................................................4-0
Merrill-Palmer (1948) ……………………………………………………………………4-6

A realização próspera desta forma é principalmente dependente da capacidade da criança de


cruzar a linha vertical com uma linha horizontal contínua. Há alguma evidência para indicar
o padrão de desenvolvimento seguinte:

Síntese Estadio Estadio Estadio Estadio


Tendencial A B C D

44
As reproduções desta forma para crianças até à idade de 4-6 anos frequentemente expõem
uma linha vertical forte e uma linha horizontal não tão segura. A segmentação (Etapa B) é
definitivamente um traço imaturo que ocorre muitas vezes na linha horizontal. Pensa-se que
este facto está relacionado com o fenómeno a que Kephart (104) se refere como cruzamento
da linha média. Por comparação à coluna vertebral como a linha média do corpo, as
crianças têm dificuldade em fazer um movimento suave para lá da linha média,
provavelmente porque elas têm de inverter naquele ponto um movimento em direcção a si
para um movimento contrário. A dificuldade é normalmente observada em actividades com
uma grande escala espacial como trabalhos manuais mas podem ocorrer com adolescentes
mesmo em trabalhos escritos a lápis. A inversão da leitura e escrita são muitas vezes
baseados em problemas da linha média em idades mais velhas.
De acordo com a discussão do problema por Kephart, os autores observaram que uma
criança que segmenta a linha horizontal muitas vezes desenha o segmento esquerdo da
esquerda para direita e o segmento direito da direita para esquerdo (ou a combinação
inversa).

O Vereecken (231) informou que uma criança que segmenta a linha horizontal desenhará
até a linha média e para, ainda que depois o examinador tenha de manualmente guiar a mão
da criança pela linha média várias vezes. Ele além disso observou que a capacidade de fazer
estruturas verticais com blocos precede aquele de fazer estruturas horizontais semelhantes.

45
Forma 12 Quadrado Normas de Idade; 4-6

Critérios de Pontuação

1. Quatro lados claramente definidos (ângulos não precisam de ser angular) não:

Cotação 1 Não Cotagem

46
Informação Suplementar

Copiar Linha Obliqua Direita

O Vereecken (231) citou um relatório de que a linha oblíqua direita não foi reproduzido até
5-6 a 6-0 e que a linha oblíqua esquerda não foi reproduzida até 6-0 a 6-6. O Vereecken
encontrou contudo que, muitas crianças com cinco anos de idade podem executar essas
tarefas. Bender (21) sugeriu que as linhas oblíquas não fossem copiadas correctamente até a
idade dos nove aos dez.

Parece haver pouca questões de que os oblíquos desenvolvem depois do que as linhas
verticais e horizontais e que o oblíquo direito precede do oblíquo esquerdo, pelo menos para
individuais dextro. Contudo, os dados do Beery VMI mais extensos não apoiam estimativas
precoces acerca de níveis de idade aos quais as linhas oblíquas são realizadas.

Os dados presentes sugerem a seguinte progressão de desenvolvimento na realização de


linhas oblíquas:

Síntese
Tendencial Estadio A ou Estadio B ou Estadio C

47
Muitos dos primeiros erros consistem em linhas horizontais direitas. O Vereecken (231)
indicou que a execução das linhas oblíquas necessita de coordenação simultânea de
movimentos verticais e horizontais. Os mais recentes êxitos mostram evidência de
dificuldades com tal coordenação, com excursões em movimentos verticais ou horizontais
simples, como na Estadio B acima desenhada. As crianças podem perceber a obliquidade e
ter a capacidade motora de executar linhas oblíquas muito antes de que elas possam
reproduzi-las.
O cruzamento da linha média pode ser a base para produções da Estadio B. Isto pode ser
verificado tendo a criança de copiar linhas oblíquas para a direita e esquerda da linha média.
Em idades mais avançadas, movendo o livro de uma criança para a esquerda e/ou para a
direita, por vezes, reduz as reversões à medida que a criança é ensinada a atravessar a linha
média de uma forma fácil.

48
Forma 13 Linha Obliqua Esquerda Normas de Idade: 4-7

Critérios de Pontuação

1. Uma só linha (Extensão ok) não:


2. Pelo menos 1 / 2 da linha dentro de 110 º -160 º não:
3. Nenhuma mudança abrupta de direcção não:

Cotação 1 Não Cotagem

49
Informação Suplementar

Copiar Quadrado Normas de Idade


Stanford-Binet (Forma L, LM)…………………………………………………………………...4-0
Gesell (75)...........................................................................................................................4-6
Gesell (74): 53% com idade 5-0 têm sucesso ....................................................................5-0

Na maior parte das avaliações de cópias de lápis do quadrado, a atenção é focada aos
ângulos de reprodução. Há boas razões para isto porque o quadrado é normalmente a
primeira forma apresentada às crianças o qual requer que eles desenhem numa direcção,
parem a linha numa área regularmente específica, e que continuem numa direcção diferente.
O Kephart (88) reconheceu a importância desta capacidade de parar e modificar a direcção e
observou que a sua ausência se associa muitas vezes com a patologia em crianças mais
velhas. Contudo, os desvios em ângulos do quadrado também ocorrem frequentemente em
todos os limites de idade da presente amostra para os autores considerá-los como critérios
de êxito na forma. Parece que muitas das crianças antes de ter pelo menos seis anos de idade
conseguem produzir quatro bons ângulos. De facto, os losangos parecem ser mais
informativos da capacidade de parar-e-ir, já que tanto as voltas obtusas como as agudas são
requeridas.

Quatro-sidedness parece ser o melhor critério de êxito no quadrado. Empiricamente, este


critério provém da mais simples e da mais fiável base para a pontuação. A experiência dos
autores apoia o argumento de Vereecken (231) de que a percepção da relação espacial entre
os lados do quadrado são estreitamente relacionado com a realização desta forma.

Síntese Estadio Estadio Estadio Estadio


Tendencial A B C D

50
Algumas crianças copiam um quadrado com a seguinte forma : . Tais construções
indicam que essas crianças viram os ângulos e realizam algo que deve ser feito sobre eles.
Contudo, apesar da capacidade de perceber e reproduzir as linhas verticais e horizontais
direitas das quais o quadrado é composto, eles não foram capazes de organizar esses
componentes. Se eles tivessem sido capazes de fazer assim, eles teriam desenhado pelo
menos algo como isto . As crianças que organizam as linhas de tal maneira quase
sempre vão completar os quatro ângulos .

51
FORMA 14 Cruz Oblíqua Normas de Idades: 4-11

Critérios de Pontuação

1. Duas linhas intersectadas não:


2. As linhas formam ângulos entre 20º e 70º e entre 110º e 160º e não:
entre 110º e 160º.
3. As mais extensas de 4 “pernas” não ampliadas, não mais não:
do que duas vezes maiores que as mais curtas (não incluindo as extensões)

Cotação 1 Não Cotagem

52
Informação Suplementar

Copiar Linha Oblíqua esquerda


Foi mencionado anteriormente que a reprodução da linha oblíqua direita frequentemente
ocorre mais cedo do que a da linha oblíqua esquerda, sendo que alguns o estimam na
totalidade de um ano. (Ver a discussão geral das oblíquas que acompanha a Forma 11.)
Contudo, isto aplica-se mais aos indivíduos dextros do que aos indivíduos canhotos. Além
disso, a diferença de idade na realização é contestável. Os dados dos autores indicam que o
oblíquo esquerdo é executado, em média, dentro de três a seis meses depois do oblíquo
direito. Esta diferença pode ser atribuída a dificuldades mecânicas e não a diferenças
perceptuais.
Indivíduos dextros normalmente têm uma visão completa da reprodução quando constroem o
direito oblíquo. Contudo, quando reproduzem o oblíquo esquerdo, eles não podem ver onde
apontar a linha porque as suas mãos e os pulsos obstruem a sua visão.

53
FORMA 15 Triângulo Normas de Idades: 4-11

Critérios de Pontuação

1. Três lados claramente definidos não:


2. Um ângulo mais elevado do que outro não:

Cotação 1 Não Cotagem

54
Informação Suplementar

Resumo
Tendencial

Idade Amostras aleatórias em cada idade

Imitar Cruz Normas de Idade


Stanford-Binet (Forma M)…………………………………………………………………………3-6

A Imitação da cruz oblíqua pode preencher a lacuna de idade entre o círculo copiado e a cruz
horizontal-vertical copiada. O examinador que quer que a criança imite a cruz oblíqua deve
esperar até que esta tenha concluído o Beery VMI.

Cruz Copiada
Alguns dos fenómenos em desenvolvimento observados nas primeiras formas aparecem
aqui:
1. As linhas verticais e horizontais são desenhadas antes das linhas oblíquas.
2. O direito oblíquo é reproduzido antes do oblíquo esquerdo.
3. Há dificuldade em cruzar a linha média.

Observe que ambas as linhas oblíquas podem necessitar do cruzamento da linha média. A
segmentação de cada uma ou ambas as linhas é frequentemente encontrada nas primeiras
tentativas.

55
FORMA 16 Quadrado Aberto e Círculo Normas de Idade: 5-6

Critérios de Pontuação

1. Não mais do que 1/16”separação ou sobreposição das formas não:


2. Sem grandes distorções do círculo ou quadrado aberto não:
3. Altura do círculo e do quadrado dentro de 2 a 1 de proporção não
4. O bisector do círculo que passa pelo ângulo do quadrado não
tem que se projectar dentro do quadrado.

Cotação 1 Não Cotagem

56
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Amostras aleatórias em cada idade

Copiar Triângulo Normas de Idade


Gesell (74): 40% em idade 5-0 e 95% em idade 6-0 têm sucesso …………………………5-3
Gesell (75) ………………………………………………………………………………….5-0

Esta forma emerge um tanto repentinamente. Como com o quadrado, a circularidade é a


tendência principal que a criança deve superar. Contudo, o problema é mais difícil no caso
do triângulo porque as linhas oblíquas devem ser coordenadas.
Observe a coerência com a qual as formas horizontal-vertical precedem das formas oblíquas
similares: vs , vs , e vs .
Observe também que as formas fechadas seguem das formas abertas similares: vs.
e vs. .

É altamente excepcional para a linha de base do triângulo partir mais do que poucos graus
para a horizontal depois da idade de 7-0.

57
FORMA 17 Três Linhas Cruzadas Normas de Idade: 5-9

Critérios de Pontuação

1. Três linhas intersectadas não:


2. A lacuna de intersecção não pode ter mais de 1/8” de altura não:
3. Acima de 1/2 da linha horizontal dentro dos 15 º correctos não:
4. Acima de metade das diagonais a mais de 10º da vertical não:

Cotação 1 Não Cotagem

58
Informação Suplementar

Resumo
Tendencial

Idade Amostras aleatórias em cada idade

Embora as etapas de desenvolvimento desta forma sejam difíceis de determinar, deve ser
observado que a colocação dos círculos no ângulo direita mais baixa do quadrado aberto
normalmente não ocorre antes da idade 5-0.
Esta forma é uma de várias nas sequências que parece ampliar as dificuldades visuo-
motoras. Os fracassos são normalmente óbvios. Mesmo as ilustrações de Não Cotagem na
página oposta não reflectem totalmente o grau de distorção que é característico em crianças
abaixo da idade 5-0 ou crianças mais velhas que têm problemas visuo-motores.

59
FORM 18 Setas Direccionais Normas de idade: 6-5

Critérios de pontuação

1. Ausência de pontas invertidas ou "flutuantes" (ver página 51) não:


2. Pontas afiadas nas extremidades não:
3. Nenhuma confusão direccional
4. As 4 pernas mais longas não mais do que o dobro da diferença entre si não:
5. Também se aplicam todos os critérios para a Forma 10 na página 44 não:

Cotação 1 Não Cotação

*Abertura ao abrigo 1/32 " permitida 60


Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Amostras aleatórias em cada idade

A forma 17 diferencia-se da forma de Merrill-Palmer (norma de idade: 5-0), que tem


ângulos iguais entre todas as linhas. Contudo, os sujeitos imaturos tendem a desenhar linhas
horizontais em ambos os casos.
A forma 17 está mais sujeita à segmentação no ponto central do que algumas outras formas
de cruzamento. Ver Kephart (104) quanto ao problema da linha média. Observe que as
crianças podem deslocar os seus corpos para a esquerda ou para a direito ao estímulo para
evitar o problema. O deslocamento não deve ser permitido durante a prova.
Cada um encontrará reproduções que expõem ângulos obtusos mais superiores e baixos
dispersados por toda a variedade de idades 5-0 por l1-11. Contudo, não é aproximadamente
antes de 13-0 que esta dimensão aparece com coerência. Estas reproduções mais tardias são
caracterizadas por um maior bloqueio dos ângulos apropriados em relação ao que existe no
estímulo. Em geral, os exageros desta forma são encontrados além do nível de idade ao qual
uma dimensão da forma é realizada. Normalmente a criança está simplesmente a acentuar a
consciência da dimensão.
61
FORMA 19 DUAS Dimensional Rings Normas de idade: 6-8

Critérios de Pontuação

1. Três círculos sobrepostos que mostram sete não:


aberturas. não:
A abertura triangular no centro deve aparecer.
2. Um círculo claramente abaixo dos outros.
(Posição pode ser verificada conectando
os pontos intermédios do círculos para formar um triângulo.
O lado menor do lado do triângulo deve afastar-se 20 º
ou mais na horizontal).

Cotação 1 Não Cotagem

62
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

2-0 Nenhuma resposta

3-0 Linhas vertical-horizontal

4-0 Algumas indicações de pontos

4-4 Pontos em todos os fins

4-6 Desenvolvimento de pontos em forma-V

5-6 Melhor controlo de pontos

6-5 Controlo adequado

O facto de que os pontos, se fossem estendidos, formariam os lados de um quadrado


inclinado é realizado só por algumas crianças, até nos grupos de maior idade. Os pontos são
frequentemente mais agudos nas reproduções do que são no estímulo, onde eles são ângulos
de 90º.

Esta forma é particularmente valiosa como um indicador de uma criança jovem estar a
desenvolver a direccionalidade. Contudo, ele apresenta um pouco de um problema de
pontuação nas crianças mais velhas, que tendem a copiá-lo rapidamente porque isso está ao
alcance do seu controle sem dificuldade. Os pontos flutuantes entre essas crianças são
regularmente comuns como um resultado. Por isso, permita fazer pontos flutuantes de não
mais do que 1/16 de uma polegada se a reprodução estiver de outra maneira bem e a criança
tenha êxito em cada uma das três seguintes formas.

63
20 Triângulo Seis-Círculos Normas de Idades: 7-5

Critérios de Pontuação

1. Seis Círculos não:


2. A linha de referência, pelo menos, um outro lado "recto"
(ou seja, a linha pontilhada dos centros de dois não:
círculos exteriores têm, pelo menos, que tocar os limites
dos círculos entre eles)
3. A linha de referência dentro de 10 º de horizontal não:
4. Espaço entre círculos do mesmo lado não mais do que 2 a 1 não:

Cotação 1 Não Contagem

64
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

3-0 Resposta mínima

3-10 Grupo de círculos

4-6 Duas ou mais uniões

Melhor agrupamento
5-0
Outros posicionamentos, mas
6-0 sobreposição incompleta

6-8 Reproduções essências

Razoavelmente arredondadas e
8-0 equilibradas

Nenhuma mudança é essencial observar além da idade 8-0.

65
FORMA 21 Círculo e Quadrado Normas de Idades: 7-5

Critérios de Pontuação
1. Quadrado quatro-ângulos e um círculo não:

2. Ângulos opostas dentro de 10 º dos verticais e horizontais não:

3. O Quadrado “Toca” o círculo num ângulo fechado não:

4. Lacuna não mais de 1/6 ou sobreposição de formas não:

5. Contacto do ângulo dentro de metade 1/3 do círculo não:

6. Alturas do círculo e do quadrado não mais do que 2 a 1 proporção não:

Cotação 1 Não Cotagem

*Exemplos reduzidos.
As lacunas originais foram por cima de 1/16'.

66
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

3-0 Pouca ou nenhuma resposta

4-0 Dois ou mais círculos

Forma fechada emergente


4-6
Forma fechada, arredondadas ou
5-4 curvas

6-0 Triangularidade emergente

Dois lados direitos


7-5
Círculos e colocações precisas
12-0

Os lados arredondados são o aspecto principal de pontuação porque são claramente uma
tendência imatura. A localização precisa é normalmente adquirida pela construção dos
círculos dos cantos, primeiro, e, em seguida, pela inserção dos restantes círculos entre os
cantos.

67
FORMA 22 Lozango Vertical Normas de Idade: 8-1

Critérios de Pontuação

1. Quatro bons cantos (abertura sob 1 / 16 ") não:


2. Horizontal dentro de 170 º -190 º não:
3. Não dog-ears (ver página seguinte) não:
4. Menor lado, pelo menos, 2 / 3 do lado maior não:
5. Ambos os ângulos agudos deve ser de 60 º ou menos não:

Cotação 1 Não Cotagem

68
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

3-0

4-0 Uma ou duas formas circulares

4-6 Duas formas fechadas, uma angular

Quadrado ou plano horizontal


5-0

5-8 Quadrado inclinado, frequentemente


separado

6-4 Desequilibrada, mas é fechada

7-11 Equilibrada, toca a mediana do círculo

A Forma 21 é um dos melhores exemplos da sequência do conceito de integração


hierárquico de Werner's (238). O primeiro exemplo acima para a idade 5-0 podem
apresentar-se como uma melhor reprodução do que o último exemplo a idade 5-8 ou o
terceiro exemplo da idade 6-4. No entanto, a criança mais velha tem tentado acrescentar uma
dimensão (inclinação do quadrado), que a criança mais jovem não tem. Até a dimensão
adicional estar integrada, as reproduções não são tão nítidas como o exemplo 5-0, que é
integrada a um nível inferior. As duas partes estão muitas vezes separadas por a criança que
está a tentar integrar uma nova dimensão. No entanto, nesta forma e nas outras a separação
das componentes pode indicar uma dificuldade generalizada em integrar partes num todo
coeso. Neste último caso, a separação ocorre mesmo em formas que a criança controlou de
outra forma.

Como a Forma 16, esta forma parecem ampliar as dificuldades visuo-motoras nas crianças.
As distorções para crianças com estas dificuldades estão aptas a ser a ser destacadas.

69
FORMAS 23 Triângulos Inclinados Normas de Idade: 8-11

Critérios de Pontuação

1. Dois triângulos não:


2. Dois ângulos do triângulo interno tocam claramente a média 1/3
dos lados exteriores dos triângulos. Terceiro ângulo dentro de 1/16" de não:
tocar limpa (pode um e outro debaixo ou sobreposição).
3. O ângulo esquerdo do triângulo exterior dentro de 60 º a 120 º não:
4. O lado direita do triângulo exterior inclina em 100 º ou mais não.

Cotação 1 Não Cotagem

70
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

3-0 Linhas verticais

4-0 Reflexões da Vertical e rectas

5-0 Forma fechada com ângulos

5-8 Quadrado

6-10 Definitivamente alongada

8-1 Angularidade aceitável

Na Stanford-Binet (Forma LM), o losango vertical foi considerada como uma tarefa 7-0.
Deve notar-se que a parte superior e inferior dos ângulos (45 º) da Forma 22 são mais agudas
do que as do losango Binet. Isto é a representação exacta relativamente a estes ângulos de
45º que é o principal critério da Forma 22. Tal como acima demonstrado, a tendência
imatura é para fazer ângulos agudos muito grandes.

A dobra (dog-earing) é um comportamento que merece atenção. As crianças imaturas têm


dificuldade transformar o ângulo; a dobra introduz uma linha extra e um ângulo extra para a
forma. A criança madura (muitas vezes preenche à pressa o formulário que está dentro das
suas capacidades) pode deslizar dentro e fora de um ângulo, introduzindo desse modo uma
ligeira curva nas linhas perto do ponto, mas não acrescenta linhas e ângulos extras. Este
comportamento não é penalizado, a menos que seja extremo.

Imatura (Dog.-eared) Matura (Curva)

71
FORMA 24 Círculo de oito pontos Normas de Idade: 9-6

Critérios de Pontuação

1. Oito pontos, círculos, ou traços não:


2. Circularidade: não adjacentes três pontos caem numa linha recta não:
3. Espaçamento: maior espaço entre quaisquer dois
pontos não mais do que duas vezes do espaço menor não:

Cotação 1 Não Cotagem

72
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-0 Só, formas fechadas

5-0 Delimitada forma que flutua

6-0 Dois triângulos, um ou vários


ângulos a tocar os lados

7-6 Todos os ângulos tocam-se ou


sobrepõem-se

8-11 Aceitável

10-0 Poucas mudanças

12-0 Declive e alongamento são


integrados

A tendência imatura é para produzir a forma interior flutuante.


O declive correcto da forma e a representação exacta do ângulo de 90 º do triângulo exterior
são observados antes das idades 8-0. No entanto, estes dois factores estão raramente
coordenados antes das idades 8-7.
A hipotenusa do triângulo exterior é geralmente muito curta em crianças até aos 12 anos,
mas essa variável não demonstra confiança suficiente para ser incluído nos critérios.

73
FORMA 25 Hexágono Wertheimer ´s Normas de Idade: 10-2

Critérios de pontuação

1. Todas as partes indicadas não:

(Um dos mais ângulo obtuso pode ser arredondado)

2. Inexistência da evidência de confusão na direccionalidade dos ângulos não:

3. Sobreposição claramente demonstrado, mas não extrema não:

Cotação 1 Não Cotação

74
Informação Suplementar
Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-0 Enormes postos

5-0 Relativamente círculo redondo

6-0
Próximo pontos e formas; consciência
7-0 alguns números

8-0

9-6 Aceitável; correcto número de pontos

13-0 Cuidadosa colocação de pontos

Muitas crianças fazem completamente pontos circulares de idade dos oito até aos 15. Pontos
grandes e preenchidos são comuns entre as idades dos cinco aos oito anos.

75
FORMA 26 Losango Horizontal Normas de Idade: 10-11

Critérios de Pontuação

1. Quatro bons ângulos (abertura sob 1 / 6 ") não:

2. Ambos os ângulos agudos 60 º ou menos não:

3. Eixo horizontal dentro de 170 º a 190 º não:

4. O lado menor com, pelo menos, 2/3 do lado maior não:

Cotação 1 Não Cotagem

76
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-0 Formas de plano único

4-4 Uma ou duas formas fechadas

Tocando ou sobreposição
6-0

6-6

7-6

8-6

10-2 Aceitável

12-0 Razoavelmente limpo e exacta

A organização espacial geral das formas é atingida cerca dos 6-0 anos de idade com gradual
melhoria na coordenação das partes até 10-2 anos de idade, quando todas as partes estão
praticamente organizadas. No entanto, os pontos de intersecção das formas nem sempre são
precisos. A verdadeira ordem das formas como um todo coordenado não é consistentemente
alcançada até à idade de 12 ou 13.

Relativamente a esta e outras formas complexas, por vezes as crianças mais velhas esboçam
com pontos. Esses comportamentos são aceitáveis, se não forem usados para corrigir erros.

As distorções feitas pelas crianças mais velhas tendem a ser bastante óbvias. Uma das mais
frequentes é a separação de duas figuras.

77
FORMA 27 Círculos Tridimensional Normas de Idade: 11-2

Critérios de Pontuação

1. Três círculos completas, com linha dupla. não:

2. Todos os círculos devem estar sobrepostos não:

3. Pelo menos uma clara sobreposição a 3-D não:

Cotação 1 Não Cotagem

78
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-0 Fechado, forma angular

4-4 Plano quadrada ou rectangular

5-4 Tentativas de rotação


Quadrado rodado
6-0
Alongamentos definidos
6-6

8-0

9-0

10-11 Equilíbrio e angularidade regular

Gesell indicou que 9% das crianças com cinco anos de idade e 61 % com seis anos de idade
reproduzem adequadamente o losango horizontal. Os ângulos laterais (45 º) da Forma 26 são
mais agudos do que os losangos de Gesell, que é responsável por uma grande parte da
diferença de normas de idade entre as duas.

A tendência para reproduzir um formato quadrado é ainda mais forte no losango horizontal
do que é no losango vertical. Estes resultados empíricos talvez tenham a ver com a ilusão
vertical-horizontal.

Os critérios e os exemplos de Cotação / Não Cotação são semelhantes, tanto para o losango
vertical e horizontal. No entanto, o losango horizontal tem uma pontuação menos rigorosa.

79
FORMA 28 Cubo de Necker Normas de idade: 12-8

Critérios de Pontuação

1. Correcto número de partes não:

2. Correcta Orientação não:

3. Não evidência de confusões não:

Cotação 1 Não Contagem

80
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-3 Vários círculos agrupados

5-6 Razoável Agrupamento: círculos


única-linha

6-8 Duplo círculo e um melhor


posicionamento

11-2 Um ou mais sobreposição


tridimensional
Ver os exemplos na página anterior

As primeiras tentativas bem sucedidas normalmente resultam após a criança ter construído
um círculo completo de dupla-linha com o segundo e o terceiro círculo toca no limite do
primeiro.

81
FORMA 29 Caixa Afunilada Normas de Idades: 13-2

Critérios de Pontuação

1. Formar exteriormente um paralelograma (pode ser quadrado) não:

2. A forma interior como rectângulo horizontal não:

3. A forma interior claramente deslocada para a direita e para baixo não:

(linha diagonal inferior-direita menor)

4. Nenhuma confusão ou distorção não:

Cotação 1 Não Cotagem

82
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-0 Formas fechadas e únicas

5-9 Linhas externas e internas


rectangulares.

7-0 Estrutura Parcial

9-0 Bom começo, mas confusões


angulares

10-0 Quase adequado

12-8 Adequado
Ver os exemplos na página anterior

Nas reproduções destas formas, é comum encontrar todos os aspectos da figura inversa, em
vez de partes. Isto é, enquanto parte da percepção é preservada, mas a direccionalidade
parece ser ignorada. Quando uma criança não se apercebe da cópia inversa como diferente
do modelo, isto indica lapso de direccionalidade. A criança que realmente vê as coisas para
trás também verá a cópia para trás e irá notar que é diferente do modelo.

As reproduções destas formas, podem depender mais da análise cognitiva do que no caso de
outras formas na sequência. Percebendo o cubo como dois quadrados que se sobrepõem num
ângulo e que se juntam em ângulos correspondentes através de diagonais parece facilitar a
sua reprodução.

83
FORMA 30 Estrela Tridimensional Normas de Idade: 13-2

Critérios de População

1. Todos os ângulos do triângulo ultrapassam lados opostos não:

2. Um lado por cima e outro por baixo do mesmo triângulo

3. Nenhum extrema distorção

Cotação 1 Não Cotagem

84
Informação suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

3-0 Desenhar

4-0 Círculos ou quadrados

5-0 Linhas directas

5-7 Linhas diagonais

5-10 Todas as peças expostas: tendem


a ser quadradas e simétricas

7-0 Um pouco neater; algumas


formas rectangulares

8-6 Forma de fora rectangular:


forma do interior deslocação
direita.

9-0 Forma interior rectangular

10-0 Poucas Mudanças

11-0 Perto, especialmente em


intersecções

13-2 Deslocações para baixo da forma


interior

14-6 Quase total integração das


proporções e espaço.

A tendência geral de desenvolvimento nem sempre é aditiva. Uma conquista relativamente


cedo, como a rectangularidade da forma exterior pode desaparecer temporariamente durante
a realização de um passo posterior, como a deslocação para baixo da forma interior. Quando
o correcto posicionamento da forma interior é a primeira tentativa, o exterior tende a tornar-
se novamente de forma quadrada. Existe uma forte tendência para exagerar na nova

85
conquista, por exemplo, a forma interior é frequentemente deslocado muito mais do que
aquilo que é necessário.

86
Resumo da Contagem
Pontuadores experientes vão encontrar as informações nesta secção útil para relembrar dos critérios básicos de pontuação para Formulários 4-30.

Resumo Pontuação
Nº Forma Critérios Cotação Não Cotação
4
&
Sobre ! da linha com menos de 30º de vertical.
7

5
&
Sobre ! da linha com menos de 30º de Horizontal.
8

6
& Altura / largura não superior a 2 a 1de proporção
9
1.Duas linhas intersectadas
10 2. Todas as partes pelo menos 1/4”
3. Pelo menos 1/2 da linha dentro de 20 º
1. Única linha (extensões Ok)
11 2. + ! dentro de 110º a 160º
3. Não mudanças abruptas de direcção

12 Quatro lados claramente definidos

1. Linha só (Extensão ok)


13 2. ! + dentro de 20º a 70º
3. Nenhuma mudança abrupta de direcção
1. Duas linhas intersectadas
14 2. Ângulos entre 20º e 70º e entre 110º e 160º
3. Nenhuma mudança abruta de direcção

1. Três lados claramente definidos


15
2. Um ângulo mais elevado do que outros

1. Lacuna de 1/16” 3. Altura 2 a 1 de proporção


16
2. Nenhumas distorções 4. Bisector Ok

1. Todas intersecções 3. Horizontal 15º


17
2. Abertura 1/8” 4. Diagonais 10º

87
Informação Suplementar

Síntese
Tendencial

Idade Desenvolvimento Tendencial Amostras aleatórias em cada idade

4-6 Forma angular, fechada

5-6 Triângulo, duas únicas linhas

8-0 Triângulo, dupla linha

Tridimensional mas inadequado


11-0

13-8 Adequado
Ver exemplos na página anterior

Um cuidado especial deve ser exercido em determinar se ambas as sobreposições


subjacentes foram alcançadas no mesmo triângulo. É comum, mas inaceitável, se a
totalidade ou parte de um triângulo está sobreposta sobre a outra.

Resumo Pontuação
Nº Forma 88
Critérios Cotação Não Cotação
1. Não inversão 3. Não multidireções
18
2. Pontos pontiagudos 4. Longo < 2 X pequeno

1. Sete aberturas
89
IV. Interpretação dos Resultados
Pontuações por Processar ou “Bruta” (Raw) e Pontuações Processadas ou
Derivadas (Derived Scores)
Pontuação “Bruta” (Raw Scores) é de pouca utilidade por si só. Contudo, as pontuações
“Brutas” podem ser convertidas num número de pontuações processadas, ou
normalizadas, que possibilita comparações da performance de um indivíduo àqueles de
uma população normativa. As pontuações processadas ou derivadas (Derived Scores)
também permitem comparações significativas a serem feitas entre diferentes testes e o
mesmo teste administrado em alturas diferentes. É importante perceber, no entanto, que
as pontuações derivadas de alguns testes são mais válidas que as pontuações derivadas
de outros testes, dependendo da confiança e validade que estão na base de cada teste.
Além dos grandes tipos de pontuações derivadas abaixo descritas, existem outras, como
as pontuações T e as pontuações Z. Consulte o corrente texto para testes e medições
para mais informação sobre outros tipos de pontuação nos quais possa estar interessado.

Mais importantes fontes de Erros de Pontuação Derivada


População Normal. Idealmente, cada teste deveria ser localmente normalizado em cada
população para a qual será usado. Porque uma normalização local tão extensiva não é
prática, a próxima melhor população normativa é uma que seja tão representativa
quanto possível do estado ou população nacional na qual será usado. Os testes
normalizados localmente não devem ser usados a nível nacional. Os seleccionadores de
testes devem sempre comparar os níveis médios de desempenho dos testes de padrão
nacional normalizados com aqueles de outros testes nacionais normalizados já aceites.
Consulte as revisões de testes (37,190,191).

Erros de Medição Standard (EMS). Todos os tipos de pontuação processada contêm


algum grau de imprecisão estatística apenas porque eles são baseados em probabilidades
matemáticas. Contudo, o grau de erro de medição pode variar em grande escala de teste
para teste, dependendo do quanto ele é confiante. O EMS de cada teste varia e é uma
importante ferramenta para estimar o leque de pontuações sobre o qual pode, na
verdade, recair uma pontuação obtida. Adicione e subtraía um EMS a uma pontuação
obtida para encontrar a variação dentro da qual a verdadeira pontuação deve recair cerca
de dois terços das vezes. Adicione e subtraía dois EMSs para encontrar a variação
dentro da qual deve recair a verdadeira pontuação em 95% das vezes.

90
Standard Scores (Pontuação Standard)
As medidas standard são unidades iguais de medição com uma razão de 100 e um
desvio standard de 15. Assim, a diferença do desempenho entre medidas standard de
100 e 110 é a mesma que a diferença de desempenho entre medidas standard de 150 e
160. Além disso, as medidas standard podem ser adicionadas juntas, medidas, e de
outra forma tratadas matematicamente, o que é uma grande vantagem para a pesquisa e
outros fins. Porque os resultados de QI são resultados standard e são familiares a
muitos, os níveis de desempenho relativos representados pelos resultados standard são
frequentemente mais fáceis de comunicar. (ver tabela 1).

Tabela 1. Interpretação de medidas Standard


Medidas Standard Performance % do grupo etário

_____________________________________________________________________
> 129 Muito Alto 2
120 – 129 Alto 7
110 – 119 Acima da média 16
90 – 109 Média 50
80 – 89 Abaixo da média 16
70 - 79 Baixo 7
< 70 Muito baixo 2

*“Média” pode também ser definida como um desvio acima ou abaixo do significado, que seria
de pontuações standard de 85-115 e incluiria 68% do grupo etário. Desta forma, as categorias
acima e abaixo desta média podem ser definidas por números de desvios standard, tais como
“Muito Alto” como três desvios standard acima da média.

De que forma é que as pontuações e os erros de medição standard (EMS) estão


relacionados? Usando o Beery VMI como exemplo, se uma pontuação standard obtida é
100, a verdadeira pontuação a nível estatístico pode, na verdade, estar algures entre 95 e
105 para a maioria dos grupos etários porque o EMS para uma pontuação standard
Beery VMI é de mais ou menos cinco pontos. Uma das vantagens das pontuações é que
elas permitem comparações estatísticas válidas entre diferentes testes, incluindo

91
resultados de testes do corrente Beery VMI com quaisquer sistemas de pontuações
prévias.

Pontuações Escalada
As pontuações de escala têm as mesmas propriedades estatísticas que as pontuações
standard à excepção de que elas têm uma média de 10 e um desvio standard de 3, o que
as torna medidas (mais gerais) mais irregulares do que as pontuações standard. As
pontuações de escala e as pontuações standard podem ser facilmente convertidas em
medias de uma tabela tal como a do Apêndice D. Contudo, a maioria dos pais e
indivíduos sem uma origem estatística não percebem facilmente as diferenças em
pontuações de escala como o fazem com pontuações standard.

Stanines, NCE’s e outras pontuações normalizadas


Estas pontuações, como as pontuações de escala, são essencialmente o mesmo que as
pontuações standard, mas têm médias e desvios standard diferentes. Cada uma tem as
suas vantagens e desvantagens em relação à pesquisa e outros fins práticos. Os Stanines,
por exemplo, têm uma média de 5 e um desvio standard de 2. Isto torna os stanines
pontuações ainda mais irregulares (mais gerais) do que as pontuações de escala.

Percentis
Apesar de os percentis terem uma relação paralela com as pontuações standard e outras
pontuações normalizadas que diferem significativamente. Percentis não são unidades de
medição iguais. Isto é, a diferença entre o percentil 50 e 60 é muito mais pequena do
que a diferença entre os percentis 70 e 80. Assim, os percentis não podem ser
legitimamente adicionados, calculados na sua média, ou, por outro lado, tratados
matematicamente como as pontuações standard. Ainda assim, os percentis são úteis
para fins de comunicação com muitas pessoas porque eles estão relacionados.

Equivalência de Idade e de Classificação


Uma vez mais, deve ser realçado que apesar das equivalências de idade e cotação ainda
serem de uso popular, elas devem ser usadas com precaução, ou até evitadas, de acordo
com peritos e organizações profissionais de referência em testes (1). Uma vez que não
são unidades de medição iguais, elas são facilmente mal interpretadas. A informação de

92
equivalência de idade é fornecida no Apêndice B porque algumas instituições ainda
exigem estas pontuações.

93
Perfis
Uma caixa de Perfil na capa do folheto de teste do Beery VMI, abaixo exposta, fornece
um lugar adequado para registar e traduzir em gráfico as pontuações standard, os
percentis, e outras equivalências de pontuação não processadas. Os resultados para os
testes suplementares de Percepção Visual e a Coordenação Motora também podem
registados aqui. Se desejar representar em gráfico os pontos fortes e fracos relativos de
um aluno, talvez para fins de comunicação com o aluno ou os pais, este perfil pode ser
útil. A capa do folheto facilita o preenchimento fácil e a rápida referência de pesquisa
porque contém o nome e data de nascimento da criança.

Um ponto forte individual, em comparação com os pontos fortes de uma população


normativa, é indicado pela pontuação de um teste que está acima da média, e um ponto
fraco é indicado por uma pontuação de teste abaixo da média. As escolas devem
frequentemente definir a média como os 50% médios das pontuações entre os percentis
25 e 75. Outra definição comum de média é um desvio standard abaixo ou acima da
média, uma media de 68% da população normativa. Se esta última definição for
utilizada, as pontuações standard entre 85 e 115 são a média para cada um dos testes de
Beery VMI. Os equivalentes da pontuação standard para as pontuações não processadas

94
do Beery VMI, de acordo com as idades cronológicas das crianças, são fornecidas no
Apêndice C.

Recorde que as pontuações de testes não são exactas. A verdadeira pontuação de um


indivíduo pode recair dentro de um leque de pontuações que depende de um erro de
medição standard (EMS) desse teste em particular. Consequentemente, se quiser
comparar a pontuação de um teste de Beery VMI de um indivíduo com outra pontuação,
tal como a pontuação de teste suplementar de Percepção Visual ou Coordenação Motora
de Beery VMI, o EMS de cada teste deve ser levado em consideração. Por exemplo, se
uma criança receber uma pontuação standard de 90 no Beery VMI e 100 na Percepção
Visual, as duas pontuações não são provavelmente significativamente diferentes porque
os seus EMS’s se sobrepõem. Se um EMS é adicionado ou subtraído a cada pontuação,
a verdadeira pontuação Beery VMI seria entre 85 e 95 e a verdadeira Percepção Visual
seria entre 94 e 106. As duas faixas sobrepõem-se entre 94 e 95, por isso não se pode ter
certeza de que as duas pontuações são estatisticamente diferentes.
Algumas baterias de testes fornecem uma pontuação composta, que é essencialmente
uma média de todas as pontuações dos sub-testes que foram administrados. Uma
pontuação composta não é fornecida pelo Beery VMI porque se acredita que tais
pontuações são frequentemente de pouco significado porque elas tentam equilibrar
conjuntamente vários processos ou capacidades diferentes.

Possibilidade de Comparação das Pontuações


As pontuações de quatro–pontos/itens do sistema de pontuação Beery VMI de 1989
combinam quase na perfeição (.98) com o precoce sistema de pontuação de um-
ponto/item (9). E, como mencionado antes, tais pontuações podem ser validamente
comparadas porque as pontuações standard permitem a comparação de pontuações até
mesmo entre muitos testes diferentes.
A mesma pontuação standard e outras tabelas de pontuações processadas se aplicam ao
modelo de forma reduzida de 21-itens e ao modelo de forma extensa de 30-itens do
Beery VMI. Contudo, para resultados válidos, a versão de 21-itens não deve ser usada
com crianças com mais de 8 anos (0 meses).
Pryzwansky e outros (43,173) não detectaram diferenças significativas nos resultados
para as aplicações em grupo e individuais do Beery VMI.

95
96
V. Procedimentos Normativos
O foco do nosso tempo e outros recursos para a quinta edição do Beery VMI têm sido
em identificar e fornecer os cerca de 600 “etapas” percursores para a integração visuo-
motora em lápis e papel (ver Apêndice A) e identificar meios significativos de ensinar
estes percursores.

Etapas de Desenvolvimento (Stepping Stones)


Uma pesquisa literária foi feita para “etapas” no desenvolvimento motor grosso, fino,
visual e visuo-motora, a partir da Academia Americana de Pediatria (196, 200) e outras
listagens correntes (42, 61,69, 210, 223), e voltando ao Gesell (74) e mais atrás. Várias
centenas de “etapas” das mais sólidas fontes de forma combinadas. Esta lista inicial foi
gradualmente reduzida para cerca de 600 pela aplicação do seguinte critério: (1) pelo
menos duas fontes de confiança relatavam uma idade-norma para um dado marco, (2)
pelo menos uma destas fontes referia uma idade-norma nos últimos 10 anos, e (3) as
normas da idade do desenvolvimento referidas pelas fontes encontravam-se no espaço
de alguns meses uma da outra. Num certo número de casos, as idades-normas referidas
eram idênticas. Noutros casos, os presentes autores designaram uma idade-norma as
etapas do Beery VMI ou a media de todas as normas referidas para esse
comportamento. O termo “Stepping Stones” (etapa) é preferido pelos autores porque
parece implicar um ponto de vista que mais facilmente se transmite do que o termo
“Milestone” (marco), que pode de forma errada sugerir a existência de uma cronologia
de desenvolvimento mais fixa e universal.

Resultados Cumulativos do Beery VMI


Tanto os testes de pontuação de aquisição e inteligência mudaram nas últimas décadas.
Contudo, as pontuações do Beery VMI permaneceram marcadamente estáveis ao longo
do tempo. O Beery VMI foi normalizado nos Estados Unidos por cinco vezes durante
um período de 40 anos num total de mais de 11,000 crianças sem mudanças virtuais
numa média de pontuações brutas médias para as idades entre os 3 e os18 anos para as
24 formas originais entre a primeira normalização em 1964 e a quinta normalização em
2003. Além disso, tal como é referido de forma mais desenvolvida em Etnicidade na
página 115 do manual da versão Americana, Os resultados do Beery VMI entre os
grupos étnicos nos Estados Unidos e outros países não diferiram significativamente.

97
Apesar de alguns sistemas de pontuação de certa forma diferentes terem sido usados no
passado, os resultados entre várias edições combinaram quase perfeitamente. As normas
da quarta edição combinaram .99 e de resto corresponderam estreitamente com as
normas da terceira edição (142). Deste modo, os estudos prévios do Beery VMI para esta
quinta edição ainda são aplicáveis e serão referidos aqui.
Apesar disto parecer improvável que as normas do Beery VMI teriam mudado desde
1995, uma quinta edição da normalização foi conduzida no Inverno de 2002 – 2003,
incluindo a adição de três itens para cada um dos três testes para alargar as pontuações
para baixo à idade de 3 anos. Uma correlação de .99 foi obtida entre a pontuação de
1995 (ponto-27) e 2003 (ponto-30) para amostras aleatórias de dois – três, e quatro
anos, de 50 crianças por grupo. As normas resultantes para esta quinta edição baseiam-
se numa amostra total de 2,512 crianças obtidas nas quartos maiores secções dos
Estados Unidos, tal como é mais detalhadamente apresentado nas páginas seguintes. É
pouco provável que outra normalização seja conduzida durante pelo menos10 anos.

Selecção de Item e Formato


Beery VMI
Em 1961, na base de experiências clínicas e uma extensa revisão da literatura
(informação), 72 formas geométricas foram inicialmente seleccionadas para estudo (8).
As formas geométricas foram seleccionadas entre formas alfabéticas, numéricas e outras
num esforço para minimizar as influências culturais e educativas. Cerca de 600 crianças
entre as idades de 2 e 15 anos reproduziram as 72 formas com papel e lápis em vários
formatos semelhantes ao corrente formato do Beery VMI. A análise de itens foi feita
pelos resultados, novas formas forma construídas, formas antigas foram modificadas, e
uma sequência revolucionária de 30 formas foi criada. O critério para a selecção foi (1)
a forma tinha que encaixar numa escala de idade cronológica num ponto em que não
havia forma estabelecida para essa idade, (2) a idade cronológica na qual ocorria a
reprodução de uma forma tinha que ser relativamente nítida, (3) a idade cronológica em
que ocorriam os subestádios de reprodução de uma forma tinha que ser bem definida e
(4) não poderia haver uma grande diferença nas idades cronológicas em que rapazes e
raparigas reproduziam uma forma.
Estas 30 formas foram administradas a outras 600 crianças. Seguindo um critério de
análise dos resultados da sequência de 30-items, 24 formas foram seleccionadas para a
sequência final. Os critérios de selecção das 24 formas (27 itens) foram os mesmos que

98
se utilizaram antes mas dois requisitos adicionais: (1) a sequência tinha que incluir de
modo relativo mais formas apropriadas para o leque de idades pré-escolar e infantil para
realçar a sua utilidade para uma precoce identificação da classificação, e (2) as normas
de idade de desenvolvimento das formas individuais, identificadas pelos resultados de
amostras actuais e prévias, tinham que estar a uma distância de quartos meses umas das
outras. Em resumo, este era um procedimento de validação por comparação com outros
modelos. Os aspectos que não eram estáveis de amostra para amostra foram eliminados.
Provas de que a selecção de itens foi bem sucedida são apresentadas no item de análise
de Rasch-Wright e outros índices referidos nas páginas 99-100 e as curves do
crescimento evolutivo apresentadas nas páginas 107-108 do manual da versão
Americana.
Uma variedade de variáveis de formatos forma estudadas, incluindo o tamanho e
localização das formas de estímulo em papel de vários tamanhos, orientações, densidade
e cores. O papel branco tinha tendência para brilhar e permitia estímulos e linhas de
resposta que apareciam, causando desta forma distracção e outras variáveis que não se
controlam. Folhetos de teste que abriam da maneira tradicional de frente para trás eram
facilmente rasgados porque as impressões dos lápis revelavam-se e criavam
protuberâncias nas áreas de resposta da página seguinte. A orientação do papel também
provou ser importante porque muitas formas eram mais difíceis de reproduzir sob certas
orientações; as crianças frequentemente rodavam verticalmente as páginas para
simplificar as tarefas.
Tal rotação e outros problemas de localização eram causados pela impressão do
estímulo no topo das páginas orientadas a 11” por 8.5”. O brilho e a transparência foram
corrigidos pelo uso de um papel verde especial. As impressões do lápis em folhas por
utilizar foram eliminadas pela simples inversão da ordem das páginas, de forma a que a
criança pudesse começar na parte de trás da última página.

Testes Suplementares
A selecção dos itens para os testes suplementares de Percepção Visual e Coordenação
Motora foi acelerada. As mesmas formas geométricas usadas no Beery VMI são usadas
nos testes suplementares, que estabelecem, tanto quanto possível, comparações entre
desempenhos em todos os três testes. Outras baterias de testes que tentam rivalizar com
o Beery VMI têm usado formas geométricas para os seus testes de cópia de formas, mas

99
têm usado estímulos e/ou tarefas bastante diferentes para os seus sub-testes visuais e
motores. O que contamina a comparação de testes.
Por razões práticas, o tamanho das formas geométricas nos dois testes suplementares
tinha que variar do Beery VMI. Por exemplo, se as formas com o mesmo tamanho eram
usadas no teste de Percepção Visual, seria necessário um folheto muito extenso. Apesar
das formas de Percepção Visual serem consideravelmente mais pequenas que as do
Beery VMI, a experiência tem demonstrado que até as crianças mais pequenas
efectivamente lidam com elas a não ser que esteja presente um problema evidente.
Como em qualquer avaliação visuo-motora, os examinadores devem estar atentos, e se
possível avaliar, problemas visuais.
Os tamanhos das formas de estímulo dos testes suplementares de Coordenação Motora
são comparáveis aos do Beery VMI. No entanto, não é possível, ou pelo menos prático,
elaborar um puro teste de coordenação motora para um teste como o Beery VMI. Uma
componente visual para tal tarefa tem que estar presente. O objectivo prático é tornar a
componente visual tão simples quanto possível. Assim, os exemplos de formas visuais,
pontos, e orientações de direcção são fornecidos no teste complementar de
Coordenação Motora.
Para alargar num sentido descendente as anteriores padronizações até crianças de dois
anos, a informação de pesquisa foi estudada para itens visuais, motores e visuo-motores
apropriados para crianças de dois e três anos. Foi dirigida uma ligação de potenciais
itens com crianças com uma média de idades entre um a três anos, 20 em cada grupo
etário. Na base destes dados, foram seleccionados os três melhores itens para cada
função (visual, motora e visuo-motora) para a normalização de 2003.

100
Anexos A. Etapas de Desenvolvimento do Beery VMI.

O Beery VMI foi concebido para se concentrar na identificação precoce das


dificuldades de desenvolvimento das crianças da pré-escola à primária. Os quadros A-1
a A-4 listam a integração visuo-motora anterior às etapas do “papel e lápis” para
crianças até aos seis anos. As etapas são apresentadas em quatro categorias:
desenvolvimento motor grosso, desenvolvimento motor fino, desenvolvimento visual, e
desenvolvimento visual-motor. As fontes e os critérios de selecção das etapas e das
idades foram apresentados na página 98.

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102
103
104
Apêndice B. Equivalências de Idade da Pontuação
“Bruta” do Beery VMI

Beery VMI de “pontuação bruta”, as idades mais baixas das quais 50% ou mais indivíduos
da população estudada conseguiram uma determinada pontuação bruta, são listados na
página seguinte. Informação de desenvolvimento adicional à idade é fornecida no
Suplemento Informativo no Capítulo III dedicado à pontuação bruta individual Formas
Beery VMI. Assim como qualquer tabela de equivalências de grau ou idade, as equivalências
de idade Beery VMI devem ser utilizadas criteriosamente, para propósitos de comunicação
informal.

Percentagem e Pontuações padrão


Percentagem e pontuações padrão são medidas mais confiáveis e mais válidas que os
equivalentes de idade individuais e resultados de grupo (1,2,190,191,251). A utilização das
pontuações padrão do Beery VMI é fortemente recomendada. As pontuações padrão para as
pontuações brutas são fornecidas pelos níveis de idade cronologia no Apêndice C. As
conversões do das pontuações padrão Beery VMI para NCE, resultados T, resultados
escalados e percentagens são fornecidos no Apêndice D.

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106
Apêndice C. Pontuação “Bruta” para Pontuação Standard
(Idades 2-0 até 18-11) do Beery VMI

107
Apêndice D. Conversão da Pontuação Standard para
Percentis e outras Escalas

Pontuação Standard tem uma média de 100 e um desvio Standard de 15 para todos os
grupos de idade e são baseadas na média de distribuição da Pontuação “Bruta”.

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