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em ambos os planos e a rotação.

O grau de fragmentação em qualquer


fratura depende exclusivamente da
CONHECIMENTOS  CONCEITOS BÁSICOS  PRINCÍPIOS DE OSTEOSSÍNTESE
velocidade de impacto e da magnitude de
forças e momentos pelos quais o osso
recebeu carga.
Neste Artigo Princípios de
Redução cirúrgica
osteossíntese A análise cuidadosa do local e da
extensão da deformação óssea, bem
Desvios de fragmentos, deformação
do osso como a direção e grau de desvios, é

Objetivo da redução da fratura crítica no processo de escolher entre as


O conteúdo foi útil? Pode diferentes opções de tratamento.
Técnicas de redução
uma doação para manute
Objetivo da redução da
Instrumentos para redução
Portal. Pagar
fratura
Implantes usados para redução

Avaliação da redução O objetivo é restaurar, o mais


/ PRESENCIAL / ONLINE
/ LIVE
Aulas e Resum precisamente possível, o comprimento
Parafuso de Tração
total do osso, bem como os alinhamentos
Tipos de parafusos ósseos
SAIBA MAIS Metástases ós axial e rotacional.
Aplicações clínicas do parafuso de  6.75 MB 1
tração VAGAS LIMITADAS
No segmento articular, para evitar
Placas
osteoartrose pós-traumática, é
Artrodese do
Formas de placas Princípios de fixação ppt
mandatória a redução anatômica da
superfície articular, com elevação das
3,5 e 4,5
das fraturas
Placa de compressão dinâmica (DCP)  1.69 MB 1
áreas impactadas. Uma convenção
Placa de compressão dinâmica amplamente aceita define como aceitável
1. de
redução da fratura para restabelecer
contato limitado (LC-DCP) 3,5 e 4,5 Condrossarco qualquer redução na qual o desvio
relação anatômica
Placas tubulares (4,5/3,5/2,7) 2. estabilidade por fixação ou suporte de  20.28 MB  residual seja menor que a metade da
espessura da cartilagem articular.
acordo com a personalidade da lesão
3. preservação do suprimento sangüíneo Técnicas de redução
para tecidos moles e osso
Devem ser gentis e atraumáticas.
4. mobilização precoce
Preservar qualquer vascularização
Redução cirúrgica remanescente. A consolidação óssea será
retardada ou irá parar se um ou dois dos
Desvios de fragmentos, seguintes fatores forem afetados: as
deformação do osso condições mecânicas na fratura (pressão)
e a capacidade para reação biológica.
O objetivo da redução no osso diafisário é
o de reposicionar as epífises em uma A exatidão da redução em nível articular e
relação correta entre si. Isso significa a estabilidade alcançada por implantes
restaurar o comprimento ósseo, o eixo são pré-requisitos mecânicos para a

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resposta biológica, ou seja, o tipo de padrão de fratura e um planejamento


consolidação. pré-operatório meticuloso, necessita de
uso de intensificador de imagens ou de
2 técnicas para redução de fraturas: radiografia transoperatória. Em termos
direta ou indireta. biológicos, oferecem enormes vantagens,
porque causam lesão cirúrgica mínima
O termo redução direta implica que a aos tecidos já traumatizados pela fratura.
área de fratura seja cirurgicamente
exposta ou já esteja amplamente aberta. Para conseguir a redução, costuma-se
A redução dos fragmentos de fratura é aplicar tração no eixo longo do membro.
feita pela aplicação de forças e momentos Isso funciona somente quando os
dirigidos à vizinhança da zona de fratura. fragmentos ainda estiverem conectadas
às partes moles.
Nos padrões simples de fraturas Instrumentos para
diafisárias, a redução direta é
tecnicamente fácil e o resultado é fácil de
redução
controlar. – Pinças de redução normais e com
ponta: usado para redução direta. Pinças
Em fraturas diafisárias mais complexas, a colocadas em cada fragmento maior.
abordagem clássica das técnicas de Vantagem: capacidade de ver que a
redução direta pode induzir a tentativas redução desejada foi alcançada.
mal guiadas de expor e fixar cada Desvantagem: tendência da pinça de
fragmento individual. O uso repetido de deslizar na superfície do osso, lesionando
pinças de osso e de outras ferramentas ainda mais o envoltório periosteal.
de redução pode desvitalizar
completamente os fragmentos na área – Pinças especiais de redução: o clampe
cominutiva, o que pode ter de Farabeuf é feito para segurar as
conseqüências desastrosas para o cabeças de parafusos introduzidos em
processo de consolidação, incluindo cada lado de uma linha de fratura. Pinça
consolidação retardada, ausência de de redução pélvica (clampe de Junbluth) é
consolidação, infecção ou falha do fixada aos fragmentos com parafusos
implante. corticais de 4,5mm.

O termo redução indireta implica que as – Outros instrumentos úteis para


linhas de fratura não são diretamente redução: no osso cortical, o afastador de
expostas e vistas, e que a área de fratura Hohmann de ponta pequena pode ser
permanece coberta pelas partes moles usado como uma alavanca para alcançar
circundantes. a redução.

Implantes usados para


Na prática, a redução correta pelas
técnicas indiretas é muito mais difícil de redução
se obter. Isso requer a avaliação exata da
Implantes:
lesão de partes moles, a compreensão do
– Deformidade elástica: capacidade em
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deformar e retornar à situação original suave é mais difícil do que com o


– Deformidade plástica: resulta em distrator.
deformação irreversível Avaliação da redução
– Força: resistência à deformação sem
falhar Assim que a redução de uma fratura tiver
– Rigidez: grau de deformidade pela carga sido feita por técnicas diretas ou
– Ductilidade: tolerância à deformidade indiretas, ela deverá ser verificada (visão
plástica (determina o quanto a placa pode direta, palpação, observação clínica,
ser moldada) radiografia ou intensificador de imagens,
visão indireta com artroscópio, …).
Um implante deve contribuir para a Parafuso de Tração
redução e para a estabilização de uma
fratura. A redução pode ser obtida com Ferramenta muito eficiente de fixação de
um implante através da interferência com uma fratura por compressão
o osso (ex: haste intramedular). interfragmentar ou por fixar um
dispositivo de imobilização como uma
placa, uma haste ou um fixador ao osso.

– Não devem ficar muito apertados, pois


podem falhar permanentemente com
pouco estresse
– Geralmente são associados a placas de
neutralização para proteger os parafusos

A força axial produzida por um parafuso


resulta da rotação horária deste, de tal
forma que as superfícies inclinadas de
suas roscas deslizam ao longo da
– Redução com joystick: a inserção de fios
superfície correspondente no osso. A
de Kirschner rosqueados ou pinos de
inclinação da rosca deve ser pequena o
Schanz permite a manipulação do
suficiente para prover o “autobloqueio”
fragmento ósseo com ou sem visão direta
do parafuso, ou seja, evitar que o
(principalmente fraturas articulares: rádio
parafuso vire e solte-se.
distal, úmero proximal, acetábulo).
– Cerclagem temporária: útil na redução
de uma fratura multifragmentar.
– Redução de Kapandji: com um fio de
Kirschner introduzido através da linha de
fratura, o fragmento distal de uma fratura
distal do rádio pode ser distraído e
rodado, similarmente à técnica com
Hohmann.
– Fixador externo: pode ser usado para
redução indireta, mas o alongamento
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têm suas aplicações no osso metafisário


ou epifisário.
– Corticais: feitos para diáfise.

– Canulados: podem ser corticais ou


esponjosos. Tem um orifício na haste,
que serve para fixações percutâneas, pois
oferece passagem para um fio guia fino
que é passado na fratura após redução
da mesma, e serve como guia para a
colocação do parafuso de fixação.
Necessita do auxílio de escopia.
– Bloqueados: princípio de fixadores
internos. Podem ser corticais ou
Dois componentes de força estão em
esponjosos.
atividade, um junto à circunferência da
rosca e um junto ao eixo do parafuso. O
Parafusos de haste lisa: função de apoio,
primeiro resulta do torque ao apertar, o
pouco utilizado.
segundo produz tensão axial.

Parafusos de compressão
A compressão aplicada por um parafuso
– possuem seção de rosca que intercala
afeta uma área comparativamente
passos mais estreitos e mais longos, o
pequena do osso pelo qual ele esteja
que possibilita a redução da fratura e
circundado. Assim, um único parafuso
avançada compressão interfragmentária,
comprimindo uma fratura oblíqua não se
com haste central lisa, ao realizar a
opõe de forma muito eficaz à rotação dos
fixação. Necessário implante
fragmentos ósseos ao redor do eixo
perpendicular a linha de fratura. Não
daquele parafuso. A alavancagem da
possui cabeça, ficando enterrado no osso.
compressão induzida ao redor do
parafuso é pequena. Similarmente, um
Modo de aplicação de um parafuso de
único parafuso aplicado a uma superfície
tração com rosca completa
achatada não é muito resistente ao
– Um parafuso de rosca completa pode
torque entre dois fragmentos de
ser usado como um parafuso de tração,
osteotomia. Tais situações requerem um
desde que a rosca não seja encaixada
segundo parafuso bem longe do
dentro da cortical perto da rosca do
primeiro. A alavancagem então
parafuso (cortical cis = proximal). Isso é
corresponde à distância entre os
feito ao se perfurar, dentro da cortical cis,
parafusos e mais duas vezes a alavanca
um espaço ou um orifício de
de um único parafuso.
deslizamento com diâmetro levemente
Tipos de parafusos ósseos maior que o diâmetro externo da rosca
do parafuso. Assim, o parafuso de tração
– Esponjosos: têm um diâmetro externo
cortical é aplicado com um orifício piloto
maior, uma rosca mais profunda, um
menor ou rosqueado na cortical trans
passo maior que os parafusos corticais e
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(cortical mais afastada) e um orifício de relação à superfície da fratura. A


saída ou deslizamento maior dentro da inclinação ideal é algo mais perpendicular
cortical cis. ao eixo longo do osso. Quando forem
usados vários parafusos de tração em
Aperto dos parafusos e chaves de uma fratura espiral longa para melhorar a
parafuso com limitador de torque estabilidade, o posicionamento dos
– Quando um cirurgião experiente aperta parafusos deve seguir o plano espiral da
os parafusos a um grau que ele considere fratura.
ideal e compatível com a força do
parafuso e/ou a força do osso, ele obtém,
em média, 86% do torque de
espanamento da rosca.

Quantidade e manutenção da
compressão
– Torque de 2000-3000 N de compressão
axial. Diminui lentamente com o passar
dos meses.
In vivo, o afrouxamento de parafusos
bem posicionados é induzido pelo
micromovimento na interface entre a
rosca e o osso.
Parafusos de tração nas regiões
metafisária e epifisária:
Modos de falência
– As fraturas articulares e justa-articulares
– Podem falhar por causa de
habitualmente necessitam de redução
arrancamento axial, forcas de flexão ou
anatômica e de estabilidade absoluta
ambos.
para obter congruência perfeita da
articulação. Nessa região, a fixação com
Considerações especiais
parafuso de tração é o procedimento
– Geralmente, um parafuso não deve ser
dominante.
apertado até os limites de força ou
ductibilidade, mas aproximadamente até
Parafusos autotrefinantes:
dois terços desses limites, para permitir a
– São usados para aplicações onde o
resistência a qualquer carregamento
parafuso é aplicado somente uma vez.
adicional.
Não são recomendados para uso como
Aplicações clínicas do parafusos de tração.
parafuso de tração Placas
Posicionamento do parafuso com
A osteossíntese com placas fornece
respeito ao plano de fratura:
fixação rígida e ainda tem um lugar sólido
– Os parafusos de tração produzem a sua
no tratamento de fraturas. As fraturas
melhor eficiência quando estiverem
com envolvimento articular são melhor
orientados perpendicularmente em
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abordadas com fixação interna rígida, da fíbula, da pelve e da clavícula.


habitualmente incluindo placas. Nessas
fraturas, a redução anatômica é essencial Princípios de compressão dinâmica: os
e a formação de calo abundante não é orifícios da placa têm o formato de um
desejável. cilindro inclinado e transverso. Tal como
uma bola, a cabeça do parafuso desliza
Embora o desenvolvimento de um calo para baixo pelo cilindro inclinado. Uma
seja desejável na fixação menos estável, vez que a cabeça do parafuso é fixada ao
seu aparecimento após a fixação rígida osso pela haste, ela pode somente se
pode ser preocupante, pois aponta para mover verticalmente em relação ao osso.
algum grau de instabilidade que, depois, O movimento horizontal da cabeça, ao
pode levar à fadiga e à falência do impactar-se contra o lado angulado do
implante. Após a osteossíntese estável, a orifício, resulta em movimento do
consolidação óssea, sobretudo na região fragmento ósseo em relação à placa e
diretamente sob uma placa comum, leva à compressão da fratura.
provavelmente levará mais tempo do que
outras técnicas. O processo de A DCP 4,5 mm é usada com parafusos
remodelação e revascularização ostea é corticais de 4,5 mm, com parafusos de
lento e pode ser observado como uma haste lise de 4,5 mm e com parafusos
condição porosa do osso cortical, esponjosos de 6,5mm. A DCP 3,5 mm, é
espelhando as impressões da placa. usada com parafusos corticais de 3,5 mm,
Formas de placas com parafusos de haste lisa de 3,5 mm e
com parafusos esponjosos de 4,0 mm.
Placa de compressão Placa de compressão
dinâmica (DCP) 3,5 e 4,5 dinâmica de contato limitado
(LC-DCP) 3,5 e 4,5
Introduzida em 1969. Apresentou um
desenho dos orifícios permitindo Evolução da DCP, a placa está disponível,
compressão axial por inserção excêntrica tanto em aço inoxidável, como em titânio
do parafuso. A placa funciona de modos puro. A área de contato placa-osso da LC-
diferentes: compressão, neutralização DCP está grandemente reduzida. A rede
(usada para evitar estresse sobre capilar do periósteo é, assim, menos
parafusos de compressão), banda de comprometida, levando a uma melhora
tensão (colocada no lado de tensão do relativa da perfusão cortical, que reduz as
osso), ponte (manutenção do alterações poróticas sob a placa.
alinhamento) ou como suporte. DCP está
disponível em três tamanhos para ossos A geometria da placa, com sua superfície
grandes e pequenos: inferior “estruturada”, resulta em uma
– DCP 4,5 larga para fraturas do fêmur e, distribuição equilibrada de rigidez,
excepcionalmente, do úmero. tornando a moldagem mais fácil e
– DCP 4,5 estreita para fraturas da tíbia e minimizando a tendência de “angular”
do úmero. nos orifícios quando dobrada.
– DCP 3,5 para as fraturas do antebraço,
Placas tubulares (4,5/3,5/2,7)
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A placa de um terço de tubo existe mas não tem influência direta sobre a
somente na versão 3,5. Disponível em biologia óssea ou sobre a consolidação da
titânio ou aço inoxidável. Pode ter fratura.
somente 1,0 mm de espessura, sua
capacidade de conferir estabilidade é um
pouco limitada. Entretanto, pode ser útil
em áreas com cobertura mínima de
partes moles, como o maléolo lateral, o
olecrano e a extremidade distal da ulna.
Placa de reconstrução 3,5 e
4,5

As placas de reconstrução são


caracterizadas por sulcos profundos
entre os orifícios, que permitem a
moldagem acurada da parte achatada,
A estabilidade é mantida pela força de fricção na
bem como a dobra clássica da placa. Os interface placa-osso.
orifícios são ovais para permitir a
compressão dinâmica.
A fim de alcançar estabilidade absoluta
(mínima formação de calo – importante
Especialmente úteis em fraturas de ossos
nos traços articulares e nas fraturas com
com geometria tridimensional complexa,
traço transverso), a compressão sobre
como as encontradas na pelve e no
toda a seção transversal de uma fratura
acetábulo, no úmero distal e na clavícula.
deve ser suficientemente alta para
Placas Bloqueadas neutralizar todas as forças (inclinação,
distração, cisalhamento e rotação).
Utilizadas com o princípio de fixador
interno, juntamente com os parafusos
Há quatro maneiras de obter compressão
bloqueados.
interfragmentar com uma placa:
Princípios da fixação – compressão com o compressor.
interna rígida com placas – compressão com o princípio da
compressão dinâmica.
A estabilidade absoluta das fraturas
– compressão pela moldagem
tratadas com placas depende da
(aumentada) da placa.
compressão interfragmentar, que pode
– parafusos de tração adicionais através
ser estabelecida por meio de parafusos
dos orifícios da placa.
de tração, de compressão axial por placa
ou de ambos. A compressão estática
Estabilidade relativa: consolidação com
entre dois fragmentos é mantida durante
calo hipertrófico
várias semanas e não incrementa a
– permite alguma mobilidade no foco de
reabsorção ou necrose óssea. A
fratura
compressão interfragmentar leva a uma
– todos os métodos de fixação, menos os
estabilidade aumentada mediante fricção,
com compressão
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– melhor indicação: fraturas da compressão, de forma que, por fim,


multifragmentárias de ossos longos toda fratura será firmemente fechada e
Fixação rígida com parafuso comprimida.

de tração e placa de Compressão com DCP ou LC-


neutralização (proteção) DCP

A função da placa é neutralizar as força Utiliza os parafusos ovais, com inclinação


de angulação. para deslizar o osso sobre a placa e
provocar compressão do foco de fratura.
Nas fraturas diafisárias simples: uso de A fratura tem de ser traço simples, além
parafusos de tração combinados com de usar o princípio de moldagem da
uma placa de neutralização. placa. Deve ser colocado um parafuso
central em um fragmento, e um parafuso
Nas fraturas longitudinais excêntrico no outro fragmento, que irá
metaepifisárias, a fixação com parafuso provocar a compressão das partes. Pode
de tração freqüentemente precisa ser ser conseguido mais compressão, com os
combinada com uma placa de suporte demais orifícios excêntricos (não
para proteger os parafusos das forças de exagerar, pois pode provocar necrose no
cisalhamento. foco).

Compressão com o Funções diferentes das


compressor placas
Em fraturas transversas ou oblíquas Placa de suporte
curtas da diáfise, nem sempre é possível
colocar um parafuso de tração. A maioria Na fratura metafisária/epifisária de
dessas fraturas é, de fato, melhor tratada cisalhamento ou separação, a fixação
com fixação intramedular, exceto no somente com parafusos de tração pode
antebraço. Se o encavilhamento não for não ser suficiente. Um parafuso de tração
possível ou não estiver indicado, deverá deve, então, ser combinado com uma
ser usada uma placa de compressão. O placa com função de suporte ou
compressor removível foi desenvolvido antideslizante. Em placas com orifícios
para alcançar compressão adequada. DCP, os parafusos dever ser inseridos na
Compressão por pré- posição de neutralização.

moldagens Placa como banda de tensão

Se uma placa reta for tensionada em um Quatro critérios devem ser preenchidos
osso reto, o braço transversal de fratura para uma placa atuar como banda de
irá abrir-se por causa das forças que tensão:
agem excentricamente. – o osso fraturado deve ser
excentricamente carregado, como, por
Se a placa for levemente pré-moldada exemplo, o fêmur.
antes da aplicação, o espaço na cortical – a placa deve ser colocada no lado de
oposta irá desaparecer com o aumento tensão.

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– a placa deve ser capaz de suportar as parafuso e placa.

forças de tensão.
– o osso deve ser capaz de suportar a Princípio da banda de
força compressiva que resulta da tensão
conversão das forças de distração pela
placa. Deve haver uma escora óssea em Frederic Pauwels observou que uma
oposição à placa para evitar o estrutura curva e tubular sob carga axial
arqueamento cíclico. sempre tem um lado de compressão e
Placa em ponte um lado de tensão. A partir dessas
observações, desenvolveu-se o princípio
A fim de respeitar a biologia de uma da banda de tensão, que descreve como
fratura multifragmentar complexa e forças tênseis são convertidas em forças
minimizar qualquer lesão adicional de de compressão aplicando-se dispositivo
partes moles, é defendida atualmente a excentricamente no lado convexo de um
chamada placa em ponte, que é fixada tubo curvado ou no osso.
somente aos dois principais fragmentos,
deixando a zona de fratura intocada, com Em fraturas em que a tração muscular
uma a´rea de trabalho aumentada durante o movimento tende a distrair os
(distância entre os parafusos). fragmentos, como, por exemplo, em
Placa como fixador interno fraturas da patela ou do olécrano, a
aplicação de uma banda de tensão irá
Bloqueios das cabeças dos parafusos nos neutralizar essas forças, e até mesmo
orifícios da placa, transmitem a força convertê-las em compressão, quando a
sobre a placa, reduzindo a necessidade articulação for flexionada.
de fricção e compressão placa-osso
proporcionada pela pega (tração) do Permite movimento imeditato.
parafuso no osso. Minimiza a lesão Locais em que pode ser utilizada:
vascular periosteal e aumenta a – diáfise de fêmur, trocanter maior,
estabilidade, mesmo em ossos frágeis. tuberosidade maior, maléolo medial,
olécrano, patela, deformidades angulares
diafisárias.
Conceitos de aplicação
Qualquer implante interno ou externo
deve ser aplicado no lado de tensão para
neutralizar essas forças. A união óssea
irá, então, ocorrer com bastante
consistência. Isso demonstra que, além
das alças de fios, arames, materiais de
sutura absorvíveis ou não, uma placa ou
um fixador externo pode preencher a
Nas placas bloqueadas, as forças são função de uma banda de tensão.
transmitidas na interface parafuso, cabeça do

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Pré-requisitos: causando camadas corticais


– Padrão de fratura que permite suportar desvitalizadas e necrose óssea.
compressão Haste universal (encaixe
– Cortical oposta intacta
justo, bloqueada)
– Fixação sólida para resistir forças de
tensão A adição de parafusos de bloqueio à
haste, melhorou as propriedades
Uma banda de tensão que produza mecânicas do implante intramedular e
compressão no momento da aplicação, ampliou o leque de indicações a fraturas
como por exemplo, no maléolo medial, é até mais proximais ou distais, bem como
chamada de banda de tensão estática, já os padrões mais complexos e instáveis.
que as forças no local da fratura Os parafusos de bloqueio evitam o
permanecem relativamente constantes encurtamento também.
durante o movimento do tornozelo.
Encavilhamento sem fresagem ou
Entretanto, quando as forças de bloqueio
compressão aumentam com o – Fraturas da diáfise com lesões
movimento, como, por exemplo, na significativas de partes moles, tendo
patela com a flexão do joelho, a banda de encaixe mais frouxo.
tensão é chamada de dinâmica.

Encavilhamento Encavilhamento sem fresagem, com


bloqueio (“haste não-fresada sólida)
intramedular
– Haste sólida de menor diâmetro,
bloqueada. Suscetibilidade menor à
Haste de Küntscher
infecção.
clássica (encaixe justo,
não-bloqueada) Encavilhamento com fresagem, com
bloqueio (“haste fresada sólida)
A fresagem da cavidade medular – Haste sólida de menor diâmetro,
aumenta a área de contato entre a haste bloqueada. Maior estabilidade para a
e o osso e, por conseguinte, estende a fratura. Maior risco de
indicação a fraturas que sejam mais tromboembolismo.
complexas ou mais proximais e distais na
Fisiologia da fresagem
diáfise. A fresagem também melhora as
propriedades mecânicas da interface – Encavilhamento com fresagem: a
osso-implante ao permitir o uso de fresagem da cavidade medular causa
implantes com maior diâmetro. Contudo, lesão ao suprimento sanguíneo cortical
o processo de fresagem em si tem interno, o qual, mostrou-se reversível
também algumas desvantagens dentro de 8 a 12 semanas. Risco
biológicas inerentes, sobretudo quando aumentado de infecção. Alterações
excessivamente executada, incluindo gerais, como embolia pulmonar,
aumento considerável da pressão alterações do sistema de coagulação
intramedular, aumento de temperatura relacionadas com a temperatura e com

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reações humorais, neurais e deve ser esperada se a mecânica da


inflamatórias. fixação e a biologia da fratura forem
compatíveis e mutuamente benéficas.
– Nunca fresar com garrote: circulação
óssea funciona como radiador. As placas em ponte ou biológicas usam a
placa como um tutor extramedular fixado
– Encavilhamento sem fresagem: aos dois principais fragmentos, enquanto
implantes de menor diâmetro. Os a complexa zona de fratura é
benefícios incluem menos produção de praticamente deixada intocada, ou
calor e menos distúrbios do suprimento melhor, transposta em ponte, pela placa.
sanguíneo endosteal, menos necrose Esse conceito combina a estabilidade
óssea e infecção. mecânica adequada, oferecida pela placa,
Técnicas gerais da fixação com a biologia natural da fratura não

com haste intramedular comprometida, a fim de alcançar a rápida


formação de um calo interfragmentar e a
O uso da mesa ortopédica ira manter consolidação da fratura.
uma redução definida durante o As técnicas de placa em ponte são
procedimento, que pode ser útil no aplicáveis a todas as fraturas de ossos
posicionamento das hastes fresadas. longos em que a fragmentação complexa
Com a haste não-fresada, a manutenção esteja presente e que não sejam
de uma redução exata é somente adequadas para o encavilhamento
necessária para o curto período de tempo intramedular.
requerido para passar a haste do
fragmento proximal para o fragmento A exposição ampla, com desperiostização
distal. No fresado, é necessária a para redução precisa dos fragmentos, a
preservação da redução da fratura em fixação por compressão interfragmentar
cada passagem da fresa, bem como da e placa tem o risco de complicações de
haste. consolidação em fraturas do tipo C da
diáfise. São provavelmente responsáveis
A ordem recomendada para o tratamento pela maioria dos insucessos o
de fraturas fechadas é: 1) fêmur; 2) tíbia; pensamento e a técnica mecanicistas,
3) pelve ou coluna; 4) membro superior. juntamente com a má aplicação e com a

Placas em ponte interpretação inadequada dos princípios


da compressão interfragmentar.
Em geral, a fixação com placas das
fraturas representa uma forma de As fraturas simples tipo A requerem um
estabilização com propriedades de apoio alto grau de estabilidade mecânica, que
e divisão de carga. O tratamento pode ser bem obtida pela placa com
funcional do membro com a preservação compressão ou por encavilhamento
da força muscular, da coordenação e da intramedular.
mobilidade articular depende da
estabilidade fornecida pelo conjunto Em fraturas do tipo C envolvendo não
placa-osso. A consolidação da fratura apenas dois fragmentos principais, mas

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numerosos pedaços intermediários, o


dispositivo de fixação deve permitir Sempre que for estabelecida a indicação
algum micromovimento entre os para o uso de placa em fraturas
diferentes fragmentos, estimulando, complexas e multifragmentares, as
assim, o processo de consolidação como, técnicas de redução indireta, em
por exemplo, a formação de calo. A combinação com placa em ponte, tem-se
deformação no tecido dentro de uma provado, experimental e clinicamente,
faixa mínima estimula a consolidação como otimizadores dos resultados gerais.
pela produção de calo ósseo.
O antigo conceito clássico de redução
Em geral, a maioria das placas é anatômica direta de fixação rígida por
adequada para ser usada em modalidade compressão interfragmentar deve ser
de ponte ou convencional. No caso de ser reservado para fraturas simples do tipo A
usada uma placa angulada, ela é primeiro e B que não forem consideradas para
colocada no plano submuscular e, então, encavilhamento intramedular.
inserida no fragmento metafisário antes
da redução. Subsequentemente, a Com os implantes recentemente
redução é obtida com o auxílio da placa. desenvolvidos (PC-Fix e LISS), a tendência
para a cirurgia de acesso mínimo
O denominador comum no uso de placas continua, de forma que a tuneização
em ponte é o seu uso como um tutor por submuscular e a introdução das placas
fora do osso, da mesma maneira que a serão facilitadas com outros
haste imobiliza o osso por dentro. instrumentos de redução e visão
endoscópica. Um pré-requisito para a
A placa em onda, com seu segmento colocação biológica da placa com êxito é,
central curvo, fornece três vantagens contudo, um profundo conhecimento
teóricas para o tratamento das fraturas: embasado pela experiência pratica na
a) Reduzir a interferência com o arte de colocação de placas
suprimento vascular no local da fratura convencionais (esse conceito vai ser
ao evitar o contato ósseo. modificado ao longo do tempo, a partir
b) Fornecer um excelente acesso para a do momento que as placas especiais
aplicação de um enxerto ósseo no local consolidarem, permanecendo os
de fratura. princípios).
c) Alterar a carga para forças de tensão
Fixação externa
pura na placa.
Um fixador externo é um dispositivo
Os novos implantes (LC-DCP, PC-Fix, LISS) colocado por fora da pele que estabiliza
foram feitos para minimizar a área de os fragmentos do osso através de fios ou
contato entre a placa e o osso, e também pinos conectados a uma ou mais
mostram uma distribuição uniforme da barras/tubos longitudinais.
pressão em toda a placa, eliminando,
assim, os aumentadores de estresse em Vantagens:
um orifício de parafuso. – menos lesões ao suprimento sanguíneo

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do osso. melhor.
– interferência mínima com a cobertura – – em cada fragmento principal, quanto
de partes moles. mais longe entre si, melhor.
– útil para estabilizar fraturas expostas. – Distância do tubo/ barra longitudinal de
– rigidez de fixação ajustável sem cirurgia. conexão do osso: quanto mais perto,
– boa opção em situações de infecção. melhor.
– requer menos experiência e habilidade – Número de barras/ tubos: dois é melhor
cirúrgica. que um.
– seguro para usar em casos de infecção
óssea. Configuração: moldura unilateral/ forma
de V/ bilateral ou triangular.
Desvantagens: Combinação de fixação interna limitada
– pino e fios penetrando em partes (parafuso de tração) com fixação externa.
moles.
– movimento articular restringido. A fixação externa insuficientemente
– complicações no trajeto do pino na estável pode retardar a consolidação da
fixação externa duradoura. fratura e levar ao afrouxamento dos
– incomodo e nem sempre bem-tolerado. pinos. Entretanto, muita rigidez da
– rigidez limitada em certas ocasiões. montagem do fixador externo pode
também levar à consolidação retardada
Componentes: da fratura, especialmente fraturas
– pinos de Schanz/ fios de Steinmann. expostas.
– tubos de aço ou hastes de fibra de
carbono. Fixador externo híbrido
– uma variedade de conectores para fixar
pinos/ fios às hastes/ tubos. É uma montagem usada em fraturas
perto de uma articulação. Chamado de
Dois principais sistemas: “híbrido” porque combina a fixação com
a) Fixador externo padrão tubular: fio (fixador com anel de ¾) com fixação
empregado para o tratamento de fraturas com pino (fixador unilateral na diáfise).
em ossos grandes, para a artrodese e
para os sistemas de alongamento e Vantagens:
transporte ósseo. – alinhamento minimamente invasivo de
b) Fixador externo pequeno: usado fraturas articulares simples.
principalmente para fraturas do rádio – melhor ancoragem dos fios finos que os
distal, do antebraço, mãos e pés, bem pinos convencionais no osso esponjoso.
como para fraturas em crianças e – movimento articular pós-operatório
adolescentes. livre.
– pode ser combinado com parafusos de
Rigidez da moldura do fixador depende tração.
dos seguintes fatores:
– Distância dos fios/ pinos de Schanz: Desvantagens:
– – da linha de fratura, quanto mais perto, – risco de infecção articular.

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– o anel radiopaco pode obstruir a trajeto do pino, que poderia progredir até
avaliação radiológica da redução nas a articulação.
incidências radiográficas normais. Indicações para a fixação
Têm sido usadas principalmente nas
externa
fraturas tipos A e B da tíbia proximal e – Fraturas expostas: oferece a
distal, isoladamente ou para proteger possibilidade de inserção atraumática,
uma fixação interna com parafuso de evitando lesão adicional às partes moles e
tração. à vascularização óssea, já comprometidas
pela lesão.
Fixador pinless – Fraturas fechadas: raramente indicado,
O principal objetivo era o de evitar a exceto no trauma grave (ISS>40), em
penetração do canal medular, reduzindo, contusões graves fechadas ou
assim, o risco de infecção profunda no desenluvamento, para fixação articular
caso de encavilhamento medular temporária em ponte, bem como em
secundário. crianças.
– Politraumatismo: as principais
Fixadores híbridos e pinless são mais vantagens residem na obtenção rápida de
usados para a estabilização temporária estabilidade, o que auxilia no controle da
de fraturas em casos de condições dor, diminui o sangramento e facilita os
críticas de partes moles. cuidados de enfermagem.
– Fraturas em crianças
Mefisto – Indicações especiais: fraturas
Projetado especialmente para articulares/ em ponte nas articulações,
alongamento de membros e transporte artrodese, infecção, alongamento de
ósseo. Útil também para o manejo de membro/transporte ósseo, osteotomias
fraturas. corretivas.
Técnica cirúrgica Princípio dos Fixadores
– Diáfises: importante evitar lesão térmica Internos
no osso ao inserir um fio ou um pino de
Schanz nas corticais duras. Um fio ou Para abolir os efeitos ruins de qualquer

pino corretamente inseridos devem pegar placa em contato com o osso, foi
a cortical oposta, mas não protruir escolhida uma abordagem
demais ao passá-la. completamente diferente. Com a
introdução de parafusos ou pinos que se

– Metáfises: a geração de calor não é um bloqueiam rigidamente dentro do orifício


problema. Uma vez que é fácil perder o da placa quando parafusados, a placa
orifício já perfurado, o uso de pinos não é mais pressionada contra o osso

autoperfurantes pode ser mais seguro. O subjacente. De forma similar ao fixador

envolvimento articular, contudo, deve ser externo, essa técnica de aplicar uma
evitado por causa do risco de infecção do placa foi denominada sistema de fixador
interno, já que o implante funciona mais

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como um fixador do que como uma contornos anatômicos da área específica


placa, enquanto todo o conjunto está do osso, de forma que implantes
coberto por partes moles e por pele. separados são necessários para os lados
Oferecem maior resistência contra direito e esquerdo.
infecção e contra outras complicações.
Tal como o PC-Fix, a fratura deve ser
LCP (placas bloqueadas) adequadamente reduzida e alinhada
Consiste de uma placa que os parafusos antes da aplicação do LISS. Pode
são autotrefinantes, tendo de grandes e acomodar parafusos autotrefinantes
pequenos fragmentos. A cabeça do longos e de rosca total, que são
parafuso bloqueia-se firmemente no bloqueados nos orifícios da placa quando
orifício da placa com uma rosca fina. parafusados, fornecendo os atributos de
Existem placas com ângulo variável de um dispositivo de ângulo fixo.
bloqueio, principalmente úteis nas
fraturas de punho. LC-LCP
Placas com orifícios híbridos, que
PC-Fix (fixador de contato puntiforme) possuem a configuração oval com
Consiste de uma placa estreita com uma inclinação para proporcionar compressão
superfície inferior especialmente e porção rosqueada para bloqueio dos
desenhada, tendo somente pequenos parafusos. Lembrar que deve-se usar
pontos que entram em contato com o primeiro o princípio de compressão
osso. Os parafusos são autotrefinantes e interfragmentar, com parafusos corticais.
estão disponíveis em apenas um Após bloquear a placa com os parafusos
tamanho. A cabeça do parafuso bloqueia- bloqueados nas porções especiais do
se firmemente no orifício da placa com orifício híbrido ou separado de algumas
uma rosca fina. placas (ideal substituir os parafusos
corticais por bloqueados).
Como no uso biológico de placas, os Fixação com implantes
implantes longos com poucos parafusos
bloqueados
são aplicados a fraturas que já tenham
sido adequadamente reduzidas e – preservam a vascularização do osso de
axialmente alinhadas, porque a placa uma forma ideal.
como tal não pode ser usada como – devem ter uma resistência melhor a
instrumento de redução ou para obter infecção que as placas convencionais.
compressão interfragmentar. – são projetados para serem inseridos em
uma forma minimamente invasiva (LISS e
LISS (less invasive stabilization system, outras placas especiais).
sistema de estabilização menos invasivo) – formam um dispositivo de parafuso-
Enquanto o sistema PC-Fix apresenta placa, consistindo de dois componentes
limitações de aplicação nas áreas para fácil aplicação em fraturas.
metafisárias e epifisária, o LISS foi – são, devido à natureza autotrefinante,
concebido precisamente para essas parafusos unicorticais (atualmente,
regiões. Seu formato adapta-se aos melhor utilizar bicortical), fácil e
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rapidamente aplicados a uma fratura


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