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Anatomia de

Membros
Inferiores em
Radiografia
- Tornozelo e Pé -

Prof. Bruno Fracasso


Objetivos das Radiografias

Há diversas formas de sistematização da


avaliação de radiografias. Todas são
tentativas de evitar que aspectos
importantes passem despercebidos e de
organizar as ideias facilitando o diagnóstico.
Na primeira etapa são identificados

01 os aspectos técnicos da radiografia


como região examinada e a
incidência;

Na segunda etapa são identificados


03 Aspectos 02 aspectos gerais do exame;

Na terceira etapa, são identificadas


03 as particularidades das alterações
encontradas.
A avaliação de uma radiografia
começa pelo posicionamento no
negatoscópio.

ASPECTOS A radiografia é colocada com a


TÉCNICOS etiqueta à esquerda do
- Posicionamento - observador.

A radiografia poderá ser


visualizada invertida para
correlação clínica do paciente.
A primeira informação que se
depreende é a região
examinada;

ASPECTOS
TÉCNICOS
- Região - Geralmente será
1.O osso;
2.A articulação;
descrito:
3.A região.
A segunda informação importante é a
incidência.

ASPECTOS É imprescindível que o exame de cada


TÉCNICOS região seja realizado em pelo menos duas
incidências.
- Incidência -
A incidência descreve o sentido da radiação
em relação ao membro e normalmente é
em ântero-posterior e perfil (AP + P).
Existem também os exames especiais que
tem objetivos específicos;

ASPECTOS Para a avaliação global do alinhamento dos


membros inferiores ou da coluna podem ser
TÉCNICOS solicitadas radiografias panorâmicas dos
- Exames Especiais - membros inferiores ou da coluna;

Nestas radiografias é possível medir possíveis


desvios angulares.
Aqui observamos todo o contorno ósseo;

Todos os ossos são observados e procuramos por soluções de

ASPECTOS continuidade;

GERAIS
-Contorno Ósseo - O diagnóstico mais comum destas soluções de continuidade são as
fraturas, mas é possível que representem outros diagnósticos;

No contorno também deve ser observada a característica de cada


região. O osso diafisário apresenta a cortex espessa. Na região
metafisária o osso cortical é mais fino e na criança ele se limita
pela cartilagem de crescimento que não deve ser confundida com
fratura.
Na epífise temos a cartilagem articular que
separa um osso do outro. Esta separação
deve ser homogênea;

ASPECTOS As articulações são geralmente congruentes


GERAIS ou seja o contorno de um dos ossos
acompanha o contorno do outro;
- Contornos Ósseos -

Incongruências e diminuições do espaço


articular indicam alterações articulares. Nas
extremidades das articulações podemos ver
espículas ósseas os chamadas osteófitos.
Curvaturas, angulações e outros
defeitos devem ser identificados;

Deve ser observado se o osso é mais


ASPECTOS longo ou mais largo que o normal;
GERAIS
- Forma do Osso- Eventualmente o formato é
completamente diferente do normal;

Alterações congênitas ou adquiridas


podem provocar alterações do formato.
O osso esponjoso apresenta um trabeculado fino típico
que pode ser bem identificado nos ossos chatos (ilíaco,
calcâneo) e nas regiões metafisárias dos ossos longos;

As alterações da textura podem ser líticas (perda do


ASPECTOS trabeculado) ou escleróticas (densificação do osso);

GERAIS
- Alterações da Textura - Muitas vezes estas alterações são mistas;

Diminuição difuso do trabeculado identifica a osteopenia


que caracteriza entre outras doenças a osteoporose.
Uma vez Para esta As respostas,
identificadas as caracterização dependendo da
ASPECTOS alterações gerais
de uma radiografia
também experiência do
podemos lançar observador,
ESPECÍFICOS e localizada uma
alteração ou lesão mão de uma podem levar ao
significativa torna- sistematização diagnóstico ou
se necessário que é baseada pelo menos à
caracterizarmos as em 7 perguntas; determinação
particularidades
se a lesão é
desta lesão e
definir o agressiva ou
diagnóstico; não.
As 7 perguntas são:
1. Onde está a lesão?
2. Qual o tamanho da lesão?
3. O que a lesão está produzindo
no osso?
4. Qual a resposta do osso?
5. Há lesão do córtex?
6. Quais as características da
matriz da lesão?
7. Há massa de partes moles?
• Única ou múltipla?
ONDE É A • Central ou periférica?
LESÃO? • Epífise, metáfise ou
diáfise?
QUAL O TAMANHO DA
LESÃO?
• De uma forma geral os tumores maiores
tendem a ser mais agressivos e os
menores, menos.
• No entanto, isto não pode ser usado para
definir o grau de agressividade da lesão
sem a correlação com história clínica e
outras características dos exames de
imagem.
As lesões neoplásicas ou infecciosas podem
destruir o osso por ativação de
osteoclastos.

O QUE A Dependendo do grau de agressividade, esta


LESÃO ESTÁ destruição pode formar uma imagem
radiográfica bem ou mal delimitada.
PRODUZINDO
NO OSSO? As lesões menos agressivas e de
crescimento mais lento produzem lesões
em que é possível identificar bem os
limites, são as chamadas lesões geográficas.
Nas lesões mais agressivas é mais
difícil identificar onde começa a
lesão e onde acaba o osso normal.
O QUE A Existe uma larga zona de transição
LESÃO ESTÁ e a imagem produzida é chamada
PRODUZINDO de permeativa.
NO OSSO? Este é um dos parâmetros mais
importantes para avaliar o grau de
agressividade da lesão.
O osso reage à presença de
um processo inflamatório,
infeccioso ou neoplásico.;
QUAL A
RESPOSTA
A reação é geralmente
DO OSSO? baseada em formação
óssea na tentativa de
conter a expansão da lesão.
• A matriz da lesão pode ser estabelecida pela
imagem radiográfica.
• As imagens blásticas ou produtoras de osso são
QUAIS AS típicas de tumores produtores de osso.
• As imagens líticas não ajudam tanto no diagnóstico
CARACTERÍSTICAS a não ser que apresentem características especiais.
• Por definição um cisto é uma estrutura membranosa
DA MATRIZ DA que contém matéria fluida ou semifluida. Portanto,
LESÃO? só podem ser considerados cistos ósseos as lesões
líticas que são preenchidos por material fluido.
Como é difícil ter certeza do conteúdo somente
pelas radiografias é preferível denominar estas
lesões genericamente como lesões líticas.
• As lesões líticas podem apresentar características
que sugerem um tipo de tumor. Isto pode ocorrer
em duas situações:
• Os tumores condrais (formadores de
QUAIS AS cartilagem), tanto malignos como benignos,
produzem pequenas calcificações que produzem
CARACTERÍSTICAS uma imagem chamada de “flocos de neve”.
Estas calcificações podem coalescer formando
DA MATRIZ DA uma imagem irregular que ainda assim é típica.
LESÃO? • O tecido fibroso, quando é mais denso, pode
produzir uma imagem típica chamada de vidro
opaco. Esta imagem lembra desenhos de grafite
que são borrados com algodão para dar um
aspecto esfumaçado.
A visualização de massa de partes moles na
radiografia depende da densidade do
tumor e da técnica radiográfica.

HÁ MASSA DE Certamente outros recursos como


tomografia e principalmente a ressonância
PARTES magnética são exames que muito melhor
avaliam as lesões em partes moles.
MOLES?
A presença de massa de partes moles
também é sugestiva de malignidade.
Anatomia
TORNOZELO/PÉ na
Radiologia
LINK ACESSO A RADIOGRAFIAS EM IMAIOS.COM

https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Extremidades/Extremidade-
inferior-Radiografias
Anatomia de
Membros
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