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Prótese

sobre implante
em área estética
Filipe Polese • Julio Sawada • Raphael Monte Alto

16
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

U
ma prótese sobre implante (PSI) A reabilitação com implantes em região anterior da O objetivo deste capítulo é orientar o clínico no em função. Para isso, é necessário também que o rea-
em área estética foi definida na maxila é um procedimento complexo e delicado, que deve planejamento e na execução dos seus casos de PSI em bilitador conheça os componentes protéticos a serem
Terceira Conferência de Consenso ser realizado em equipe, a partir de planejamento reverso área estética através de uma breve introdução e da utilizados, bem como seu objetivo e funções dentro
ITI de 20041 como aquela que está pré-operatório visando a instalação do implante em posição ilustração do passo a passo clínico de algumas rea- da cronologia da reabilitação. No quadro 02 são apre-
em harmonia com as estruturas fa- tridimensionalmente ideal e proteticamente guiada; este bilitações, desde a seleção dos componentes, transfe- sentados os componentes protéticos mais frequente-
ciais do paciente sendo que os te- sem dúvida é um aspecto crítico no sucesso da reabilitação rência das informações para o laboratório, até a insta- mente utilizados, além de uma breve explicação so-
cidos peri-implantares, incluindo altura, saúde, cor, e deve ser de conhecimento pleno de toda a equipe. Além lação e o acompanhamento longitudinal das próteses bre cada um deles.
volume e contorno devem estar em harmonia com as disso, antes de iniciar um tratamento estético, deve-se sem-
estruturas dentais saudáveis adjacentes. Neste con- pre elaborar um perfil de risco individual para cada pacien-
texto, as próteses devem mimetizar o aspecto natural te, como descrito em 2006 por Martin e colaboradores3 no
dos dentes perdidos em cor, forma, textura, tamanho primeiro ITI Treatment Guide. Este método de avaliação
e propriedades ópticas, como bem descrito nos de- de risco estético foi atualizado em 2017 e publicado no ITI COMPONENTES PROTÉTICOS SUGERIDOS PARA REABILITAÇÕES UNITÁRIAS E MÚLTIPLAS
mais capítulos deste livro2. Treatment Guide 10, conforme apresentado na tabela 014. Pilar provisório

NÍVEL DE RISCO
Pilares de titânio utilizados para coroas provisórias
FATORES DE RISCO aparafusadas, com o objetivo de condicionar os tecidos
BAIXO MÉDIO ALTO moles e definir o perfil de emergência.
ESTÉTICO
Paciente saudável,
Estado de saúde geral Cicatrização comprometida
Cicatrização normal

Fumante ocasional Fumante compulsivo Transferentes de moldagem do implante


Tabagismo Não fumante
(< ou igual a 10 cigarros/dia) > 10 cigarros/dia

Linha labial Baixo Médio Alto Componentes para moldagem de alta precisão que
fornecem uma transferência exata da situação intraoral
1 dente (> ou igual 7 mm) 1
1 dente (< que 7 mm) 1
do implante.
Extensão do espaço edêntulo 2 dentes ou mais
1 dente (> ou igual 6 mm)2 1 dente (< que 6 mm)2 Técnica de Técnica de Podem ser personalizados para a transferência do
moldeira moldeira perfil de emergência.
Formato das coroas dentárias Retangular Triangular aberta fechada
Restaurações nos dentes
Sem restaurações Restaurados
vizinhos
Análogo do implante
Levemente festonado, Moderadamente festonado, Fortemente festonado,
Biótipo gengival
Espesso Espessura média Fino

Infecção na área do implante Nenhuma Crônica Aguda Réplica do implante que deve ser adaptada sobre
o transferente após a moldagem.
Anatomia dos tecidos gen- Tecidos gengivais com Deverá ser enviado ao TPD para confecção do
Tecidos gengivais intactos modelo de trabalho.
givais defeito

Nível ósseo junto aos < ou igual a 5 mm até o ponto De 5, 5 a 6, 5 mm até o ponto > ou igual a 7 mm até o ponto
Dentes vizinhos de contato de contato de contato

Fenótipo da parede óssea Parede espessa Parede fina Pilar com base de titânio
vestibular* Espessura > ou igual a 1 mm < 1 mm de espessura

Anatomia da crista alveolar Sem deficiência óssea Deficiência óssea horizontal Deficiência óssea vertical
Esta é uma das opções de intermediário protético.
Expectativas estéticas dos Deve ser enviado ao TPD para personalização de coping
Expectativas realistas Expectativas não realistas estético e estratificação da coroa cerâmica.
pacientes
Atenção para a seleção da altura correta do transmucoso.
* Se houver imagem tridimensional do dente em posição.
1
Implante de diâmetro padrão, conexão regular.
2
Implante de diâmetro reduzido, conexão reduzida.

Tabela 01 • Perfil de risco individual para PSI em área estética. Tabela 02 • Componentes protéticos frequentemente utilizados.

003 004
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

02A

02B 02C

Adicionalmente, na figura 01 é sugerida uma se- variações serão observadas nos casos clínicos deste
quência de trabalho para realização de PSI em área capítulo, mas parece importante que tenhamos um
estética, sendo que cada uma das etapas apresen- ponto de partida comum e compreensível para todos,
tadas será detalhada separadamente a seguir. Vale a partir do qual, em conjunto com o técnico em pró-
destacar que para cada etapa existem diferentes tese dentária (TPD), poderemos encontrar a melhor
técnicas que podem ser utilizadas; algumas destas resolução para cada caso.

SEQUÊNCIA DE TRABALHO - PSI EM ÁREA ESTÉTICA

01 02 03 04 05

Implante e interface Provisório e intermediário Transferência do perfil


Laboratório Instalação
protética protético de emergência

02D
Condicionamento
Transfer personalizado
Pilar personalizado PARAFUSADAS
gengival híbrido em Zi

Perfil de CIMENTADAS
Moldagem do implante Coroa metal free
emergência

01. Sequência de trabalho sugerida para confecção de PSI.

IDENTIFICAR O IMPLANTE E A INTERFACE o tipo de fixação da prótese e deve ser definida pre-
PROTÉTICA viamente em conjunto pela equipe de reabilitação (ci-
rurgião, protesista e TPD) através do estudo e planeja-
O primeiro passo na reabilitação protética sobre im-
mento do caso5,6. Idealmente, caso o implante esteja em
plantes em área estética deverá ser a identificação da
uma posição mais palatina, a tendência será optarmos
marca comercial do implante instalado e se o mesmo
por uma prótese aparafusada; por outro lado, quando Trocaria os
encontra-se em posição tridimensional ideal.
a inclinação do implante orientar em direção ao bordo termos em
Idealmente isso já foi definido em conjunto com o MATCHING NON-MATCHING
cirurgião durante o planejamento e está registrado no incisal dos dentes adjacentes, poderemos optar por pró- BONE LEVEL DIAMETERS inglês para BONE LEVEL DIAMETERS
prontuário do paciente; no entanto, quando recebemos teses cimentadas, conforme figuras 02A-D7. português
pacientes externos, nem sempre estas informações es- De acordo com o ITI Treatment Guide 10, as próteses
tão acessíveis por diversos motivos. Nestes casos, a uti- aparafusadas têm sido preferidas em relação às cimenta-
lização de uma radiografia periapical ou panorâmica, das devido à reversibilidade favorável, ausência de cimento
associada à experiência profissional, auxiliará na iden- intrassulcular e melhor controle do perfil de emergência4,8.
tificação, assim como a observação clínica da platafor- Em relação à interface protética, a literatura tem re-
ma protética do implante na boca. Outra alternativa é comendado amplamente que em reabilitações em área
a utilização de bases de dados da Internet para aná- estética com implantes sejam utilizadas as conexões inter-
lise comparativa das imagens do implante como, por nas cônicas, com intermediários protéticos de plataforma
exemplo, o site whatimplantisthat.com. reduzida (Figuras 02E,F), pois isso torna a PSI mecanica-
É importante salientar que a posição tridimensio- mente mais estável, além de favorecer a manutenção dos 02E 02F

nal do implante será o fator primordial na decisão sobre tecidos peri-implantares e a estética a longo prazo9,10,11.

02. A-F • Tipo de fixação da prótese de acordo com


a posição do implante (A-D). Diâmetro do interme-
diário protético (E,F).

005 006
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

A realização de próteses diretamente sobre a plata- prótese provisória aparafusada; posteriormente, o pilar MOLDAGEM E TRANSFERÊNCIA DO PERFIL DE
forma do implante (sem intermediário protético) favorece e o provisório serão substituídos pelas peças definiti- EMERGÊNCIA
a perda óssea peri-implantar (saucerização), o que pode vas. É possível também, já nesta etapa, selecionar um
A obtenção de um modelo de trabalho fiel ao posicio-
desencadear problemas estéticos a longo prazo como au- pilar definitivo para a prótese cimentada, sendo que
namento dos implantes e às estruturas adjacentes
sência de papilas e alteração da arquitetura gengival; sen- neste caso a prótese provisória será realizada sobre o
está fundamentalmente relacionada aos materiais de
do assim, este tipo de prótese deve ser evitado11,12. mesmo e depois substituída pela restauração definitiva,
moldagem, à técnica de moldagem e ao vazamento do
A partir da identificação do implante, da observa- como será demonstrado nos casos clínicos deste capítu-
modelo. Qualquer imprecisão na transferência do posi-
ção de sua posição tridimensional e interface protética, lo; para isso é necessário ter um estoque de peças no
cionamento dos implantes ou pilares para os modelos
e da definição do tipo de fixação da prótese, poderá ser consultório e um kit de seleção de intermediários para a
de trabalho poderá levar a resultados insatisfatórios ou
feita a seleção dos componentes a serem utilizados na definição de todos os parâmetros já mencionados.
completa falha da prótese, o que demonstra o quanto
reabilitação. Idealmente, os componentes devem ser fa- Outra alternativa utilizada atualmente são os recur-
esta etapa é crítica. No entanto, problemas de adapta-
bricados pela mesma empresa do implante; isso, sem sos CAD/CAM, que permitem através de escaneamento
ção dos componentes protéticos utilizados na confecção
dúvida, minimizará as desadaptações e diminuirá o intraoral ou de modelo a obtenção de uma morfologia da prótese e os passos laboratoriais de inclusão, ence-
risco de falha da prótese ao longo do tempo, tanto do mais adequada do intermediário, oferecendo a vanta- ramento, fundição, soldagem e a própria habilidade do
ponto de vista estético quanto funcional13. gem de possuir um perfil de emergência personalizado técnico de laboratório não devem ser desprezados. Nos
para as regiões estéticas, com um contorno anatômi- casos clínicos apresentados neste capítulo serão descri-
PROVISÓRIO E INTERMEDIÁRIO PROTÉTICO co e uma altura transmucosa ideais e, se necessário, tos alguns dos materiais e das técnicas de moldagem
Independente de ser um provisório de carga imediata correção da angulação, sem necessitar de um grande que podemos utilizar em nossa rotina clínica.
ou tardia, o objetivo nesta etapa do tratamento, além de inventário de componentes protéticos no consultório16. O material de escolha para moldagem dos implan-
proporcionar conforto ao paciente, é fazer o condiciona- No entanto, quando pensamos em uma PSI imediata tes e intermediários sem dúvida é a silicona de adição.
mento gengival dos tecidos moles ao redor do implante provisória, nem sempre esta opção estará disponível. Este material apresenta baixa alteração dimensional,
(zona de transição), definindo um perfil de emergência É importante salientar que, independente do tipo possibilitando uma maior precisão e reprodutibilidade
favorável e visando a reabilitação definitiva14. de componente utilizado, talvez a etapa mais crítica na de detalhes, com as vantagens de possuir boa resis-
Como afirmado anteriormente, a realização de PSI definição do intermediário protético seja a determina- tência à ruptura, tempo de trabalho moderado, rápida
provisória ou definitiva diretamente sobre a plataforma ção da altura do transmucoso, que deve ser estabelecida recuperação elástica, sem cheiro ou gosto, podendo ser
do implante (sem intermediário protético) deve ser evi- de acordo com os tecidos moles do paciente. O interme- vazado até uma semana após a confecção do molde.
03A
tada, sendo por tanto necessária a seleção de um inter- diário não deverá tocar na estrutura óssea interproxi- Além disso, é estável em soluções desinfetantes e dis-
mediário protético. mal, e a linha de assentamento da prótese deverá estar ponível comercialmente em dispensadores automáti-
Durante a escolha do componente intermediário, subgengival (área crítica) para garantir uma estética cos, o que facilita o trabalho no dia a dia clínico20.
de acordo com a situação clínica individual, alguns fa- favorável na zona de transição17. 03B Porém, quando se trata de uma PSI em área
tores importantes devem ser levados em consideração Definidas todas as variáveis relacionadas com o estética, antes da moldagem de transferência de-
como: adaptação primorosa dos componentes (utilizar intermediário protético, deveremos nos preocupar com vemos também fazer a transferência do perfil de
sempre os componentes originais da empresa fabrican- o desenho correto da restauração provisória. De acor- emergência para que o laboratório possa pro-
te do implante), seleção da altura ideal do transmucoso, do com Fadanelli et al.18, a personalização do perfil de duzir um coping que reproduza o perfil obtido
espaço inter-oclusal presente para a reabilitação proté- emergência protético do provisório tem um papel fun- com o provisório, mantendo assim a arquite-
tica entre a plataforma do implante e os dentes anta- damental na formação do tecido peri-implantar. Sendo tura dos tecidos moles ao redor do implante
gonistas, possibilidade de correção do paralelismo dos assim, nas porções vestibular e proximais, deve ser e favorecendo o resultado estético final, sen-
implantes por meio da angulação dos intermediários e realizada uma leve concavidade, o que resultará em do que para isso podem ser utilizados vários
diâmetro correto para obtenção de um bom perfil de maior espessura de tecido mole, favorecendo assim a métodos, e alguns deles serão observados
emergência na zona de transição15. estabilidade e a estética da zona de transição19. As figu- nos casos apresentados neste capítulo21,22,23.
Usualmente, utiliza-se um pilar provisório de titâ- ras 03A,B mostra o desenho do perfil de emergência de Preferencialmente, sugerimos a confecção
nio, que terá sua altura ajustada de acordo com o espa- uma PSI provisória e as diferentes áreas a serem obser- de um pilar de transferência personalizado
ço interoclusal disponível, visando a confecção de uma vadas durante a confecção do provisório.

03. A,B • Concavidade vestibular e proximal do


provisório. Área crítica - 1 mm. Área subcrítica - 2
mm. Link provisório - 1mm.

007 008
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

conforme ilustrado no Caso 1 deste capítulo, o qual foi De posse da moldagem com a transferência do perfil e cuidados com o ajuste interproximal, com o assen- Misch30 preconizou ajustes com pressão suave e
confeccionado da seguinte maneira: de emergência, o TPD poderá produzir o modelo de gesso tamento e a adaptação do componente e da prótese e, mais forte. No ajuste com pressão suave, os contatos
• Conectar o pilar e a coroa provisória do paciente a partir do qual poderemos definir se a altura do trans- especialmente, com a oclusão, não devem ser menos- mais fortes devem ficar nos dentes naturais, enquanto
a um análogo e levar todo o conjunto ao interior mucoso será mantida ou se teremos que recondicionar prezados, uma vez que não temos mais o ligamento pe- a PSI fica com um contato bem suave. Depois, o pacien-
de um material de moldagem do tipo silicona de os tecidos moles. Além disso, verifica-se também se será riodontal, o que faz com que o comportamento deste te irá ocluir com mais força, e nesta situação os con-
condensação. necessária alguma angulação de componente. Deverá ser tipo de prótese seja diferente ao longo do tempo. A so- tatos na coroa sobre o implante devem ter a mesma
• Após a polimerização da silicona, o provisório é observado também se os espaços interproximais e inte- brecarga oclusal certamente é um dos fatores respon- intensidade que os contatos sobre os dentes naturais.
desaparafusado e removido, sendo que o análogo roclusal são suficientes para a realização da PSI. A partir sáveis pela perda óssea ao redor dos implantes, o que O mesmo vale para as PSI cimentadas, sendo que o
permanece interno ao material. daí, em conjunto, define-se o tipo de pilar definitivo e de pode gerar desde uma pequena inflamação, com poten- protocolo de instalação a ser seguido deverá ser o mes-
• Instalar então o transferente do implante no análogo, material restaurador a ser utilizado na reabilitação. cial alteração da margem gengival e comprometimento mo das próteses sobre dente, de acordo com o material
• Preencher o espaço deixado pelo provisório com Poderão ser utilizados como pilares definitivos tan- estético, até a perda do próprio implante em casos mais selecionado, como abordado nos casos clínicos a seguir
uma resina flow e fotopolimerizar. to componentes pré-fabricados em titânio como compo- severos ou com fatores de risco adicionais presentes29. e nos demais capítulos deste livro.
nentes fresados em CAD/CAM, como descrito anterior-
Com o pilar de transferência personalizado pronto
mente, cada um com suas vantagens e desvantagens.
e removido do interior da silicona, passamos para a eta-
Uma alternativa prática e interessante, e que vem
pa de moldagem do implante para envio ao laboratório;
sendo bastante descrita na literatura, é a utilização de
para isso devemos:
um componente intermediário de titânio (Ti Base) para
• Aparafusar o transfer personalizado ao implante INSTALAÇÃO IMEDIATA DE IMPLANTE EM ALVÉOLOS ÍNTEGROS E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA
confecção de um pilar personalizado híbrido em zircônia,
na boca do paciente.
como será mostrado em alguns dos casos a seguir25. De- Queixa Principal Comprometimento estético por alteração de cor.
• Moldar a arcada superior e inferior com silicona
ve-se ter especial atenção para que este componente te-
de adição. Dente 11 com alteração de cor e sinais de reabsorção cervi-
nha a mesma altura do transmucoso do pilar provisório. Avaliação Clínica cal à sondagem. Nos exames de imagem o diagnóstico foi
• Remover o transfer do implante e aparafusar no
De acordo com Stimmelmayr et al.26, os pilares per- confirmado.
análogo do implante.
sonalizados híbridos de zircônia são uma boa opção de
• Encaixar o conjunto no leito do molde de silicona e Remoção do dente 11 com instalação do implante, recons-
tratamento, pois além da biocompatibilidade e das ade- Diferenciais do Caso
enviar ao laboratório. trução alveolar e provisionalização imediata.
quadas características mecânicas, irão auxiliar na manu-
- Exodontia do elemento 11.
Importante: O laboratório deverá produzir um modelo tenção dos tecidos peri-implantares a longo prazo e ser- - Instalação do implante.
de gesso com gengiva artificial na região do implante. virão de base para a confecção de uma coroa cerâmica - Enxerto autógeno com osso particulado da região da tube-
metal free definitiva. Outra vantagem desta alternativa é rosidade.
Planejamento
- Provisionalização imediata.
ETAPAS LABORATORIAIS que o coping de zircônia, após ser fresado e sinterizado,
- Após 4 meses, foi confeccionado um pilar personalizado
poderá ser unido ao Ti Base fora da boca, sem risco aos híbrido de zircônia.
Este tema já foi abordado diversas vezes, mas vale a pena
tecidos do paciente e com excelente acabamento e poli- - Confecção de coroa cerâmica estratificada.
reforçar que a escolha e a valorização do laboratório/TPD
mento finais; a partir daí a cerâmica poderá ser estratifi- Implante Straumann Bone Level plataforma regular
são fundamentais para o sucesso de uma reabilitação. O Material Empregado
cada para uma prótese cimentada ou aparafusada, o que Zircônia, dissilicato de lítio.
técnico é parte integrante da equipe reabilitadora e sua
dependerá da posição do implante e da preferência do
importância é equivalente a dos outros profissionais; esta Cirurgia: José Carlos Martins da Rosa
profissional27,28. Uma vez mais vale ressaltar que, pelos Equipe Envolvida CD/TPD
visão, sem dúvida, contribuirá para o sucesso dos trata- Prótese: Marcos Alexandre Fadanelli
motivos já descritos anteriormente, as próteses aparafu-
mentos em seu consultório. Além disso, a troca de infor-
sadas atualmente parecem ter maior aceitação. CASO 1
mações entre a equipe reabilitadora deverá ser eficiente,
criando as condições necessárias para o TPD realizar um Paciente do gênero masculino, 41 anos de idade, apresentava o dente 11 com importante alteração de
INSTALAÇÃO DA PRÓTESE DEFINITIVA
trabalho com a qualidade desejada por todos. Neste senti- cor, tratamento endodôntico e reabsorção do terço cervical radicular. A proposta de tratamento consis-
do, a utilização de fotografias que auxiliem na observação A instalação de uma prótese sobre implante aparafusa- tiu em exodontia, implantação imediata, enxerto autógeno com osso particulado da tuberosidade ma-
e seleção da cor e forma dos dentes, a realização de mol- da sem dúvida parece ser mais simples para o clínico, xilar e provisionalização imediata. Após 4 meses, foram realizados os procedimentos de transferência
dagens com técnica e material corretos, e a boa comunica- bastando seguir os torques recomendados pelo fabri- do implante e perfil de emergência, confecção de um pilar personalizado híbrido em zircônia e uma
ção escrita com o laboratório são fundamentais24. cante dos componentes utilizados. Porém, os conceitos coroa metal free no dente 11.

009 010
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

05A 05B

04A 04B

04C 04D 04E

05C 05D 05E

04F 04G 05F 05G

04. A-G • Vista do sorriso na consulta inicial (A). cervical (E). Implante instalado na dimensão tri- 05. A-G • Prova da faceta provisória com o pilar e proximais. Essa concavidade irá permitir a forma-
Dente 11 apresenta escurecimento, alteração de dimensional ideal, permitindo a existência de um temporário em posição. O pilar não deve impedir ção de um tecido peri-implantar mais espesso (E).
forma e já está aparente o sinal da reabsorção na gap de 3 mm (G). Selecionado um pilar tempo- o correto posicionamento da faceta (A). Fixação da Vista oclusal mostrando o gap totalmente preen-
curvatura cérvico-mesial (B). Tomografia con- rário de Ti. Identificação da região vestibular do faceta de resina composta ao pilar temporário (B). chido. A compactação do tecido ósseo é realizada
firmando a integridade da parede vestibular do pilar e posterior preparação em bisel do mesmo Aparência pós-captura (C). Todo o espaço deixado com o auxílio de compactadores de Ti (F). Após
alvéolo (C,D). Devido à extensa lesão de reabsor- com um disco de carborundum extrafino. O bisel será preenchido com resina composta. Note a con- a realização da enxertia óssea, a coroa provisória
ção, no ato da exodontia houve fratura da região deve ficar voltado para a palatina (G). formação convexa da região cervical vestibular (D). deve ser levada em posição (G).
Realizada a leve concavidade nas regiões vestibular
011 012
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

07A 07B
06A

06B 06C

06D 06E 06F 07C

06G 06H 06I 07D 07E 07F

06. A-I • Restauração provisória em posição (A). estado de saúde do tecido peri-implantar (D). Início desaparafusada e removida (F). O análogo perma- 07. A-F • Após o preenchimento, a resina com- apresenta nenhum grau de isquemia. As molda- implante, a coroa provisória é reinstalada e o pa-
Vista vestibular do paciente após 4 meses (B). da confecção do pilar de transferência personali- nece interno ao material (G). O transferente stan- posta é fotoativada por 40 segundos (A). Após a gens superior e inferior são realizadas (C). Após a ciente é liberado (D). Modelo de gesso com gen-
Após a remoção da coroa provisória, percebe-se a zado. A coroa provisória do paciente é conectada dard é selecionado e instalado no análogo (H). O remoção do transferente do material de moldagem, moldagem total da maxila, o transferente persona- giva artificial e Ti Base em posição. Perceba o vo-
qualidade do tecido gengival. Note a manutenção a um análogo e todo o conjunto é levado ao inte- espaço deixado pelo provisório é preenchido com o transferente personalizado pode ser visualizado lizado é removido do implante, aparafusado em um lume a ser preenchido pelo pilar personalizado de
do contorno, do volume e das papilas gengivais rior de um material de moldagem do tipo silicona uma resina flow (Natutal Flow – DFL) (I). (B). O transferente personalizado é aparafusado análogo e encaixado no leito do molde de silicona. Zr (E). Estrutura do pilar sendo desenvolvida com
(C). Vista oclusal mostrando o perfil de emergên- de condensação (Speedex – Coltene) (E). Após no implante. Percebe-se que o tecido gengival não Após a remoção do transferente da plataforma do base na coroa digital (F).
cia protético formatado pela coroa provisória e o a polimerização da silicona, a coroa provisória é

013 014
O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

INSTALAÇÃO IMEDIATA DE IMPLANTE EM ALVÉOLOS ÍNTEGROS E PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA


Queixa Principal Dor no dente 11

Percebeu-se alteração no tecido gengival e leve mobilidade


08A 08B 08C 08D
Avaliação Clínica da coroa dental, compatível com fratura. A fratura foi con-
firmada nos exames de imagem.

Remoção do dente 11 com instalação do implante, recons-


Diferenciais do Caso
trução alveolar e provisionalização imediata.

- Exodontia do elemento 11.


- Instalação do implante.
- Enxerto autógeno com osso particulado da região da tube-
rosidade.
Planejamento - Provisionalização imediata.
- Após 4 meses, foi confeccionado um pilar personalizado
híbrido de zircônia.
08E 08F 08G - Confecção de coroa cerâmica estratificada e faceta no
elemento 21.

PI-Zimmer Biomet MT (Morse Taper) plataforma regular


Material Empregado
Zircônia, dissilicato de lítio

Equipe Envolvida CD/TPD Cirurgia: José Carlos Martins da Rosa

CASO 2
Paciente do gênero feminino, 39 anos de idade, apresentou uma fratura horizontal na região cervical
do dente 11, resultando na indicação de exodontia do mesmo. O tratamento proposto se baseou na
08H 08I 08J extração, implantação imediata, enxerto autógeno com osso particulado da tuberosidade maxilar e
provisionalização imediata. Após 3 meses, foram realizados os procedimentos de transferência do im-
plante e perfil de emergência, confecção de um pilar personalizado híbrido em zircônia e uma coroa
metal free no dente 11. O dente 21 foi preparado para receber um laminado cerâmico, visto que pos-
suía uma extensa restauração em resina composta.

08K 09A 09B

08. A-K • Pilar de Zr após fresagem e sinterização a linha de término do mesmo posicionada confor- cerâmica e.max (Ivoclar Vivadent) (H). Imagem 09. A,B • Paciente apresenta uma linha alta de
(A). Ti Base antes e após o preparo de superfície me planejamento digital (F). Imagem radiográfica tomográfica após 3 anos. Perceba a excelente es- sorriso evidenciando um processo de inflamação
com óxido de alumínio 50 micra a 2 bar de pres- após instalação do pilar de Zr. A imagem mostra pessura de tecido ósseo e gengival (I,J). Acompa- no contorno gengival devido à fratura da coroa do
são (B,C). Após a união do pilar ao Ti Base (D). uma das vantagens dos pilares personalizados: nhamento após 3 anos mostrando a manutenção dente 11 (A). Tomografia mostrando a fratura oblí-
Instalação do pilar hibrido personalizado (E). Note a linha de cimentação superficializada (G). Apa- papilar e a integração da coroa cerâmica aos den- qua na região cervical e a integridade das paredes
o perfeito encaixe da região subgengival do pilar e rência imediata após a cimentação da coroa em tes naturais do paciente (K). do alvéolo (B).

015 016
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

11A

10A

11B 11C 11D


10B 10C 10D

10E 10F
11E 11F

10G 10H 11G 11H 11I

10. A-H • Implante instalado no correto posi- meses. Percebe-se uma ótima condição clínica e se correto encaixe na plataforma do implante, são re- 11. A-I • Percebe-se uma ótima adaptação do pilar a ótima cópia tanto do pilar de Zr quanto do dente protéticas (G). Uma semana após a cimentação das
cionamento tridimensional, deixando um gap de visualiza o processo final de corticalização óssea alizadas as moldagens totais superior e inferior (F). aos tecidos peri-implantares, sem nenhum tipo de 21 e depois tomada básica de cor. Essencial para cerâmicas (H). Acompanhamento de 2 anos após a
aproximadamente 3 mm na porção vestibular (A). na região enxertada (D). Após a remoção da coroa Vista proximal do pilar híbrido personalizado em Zr isquemia do tecido gengival (A). Radiografia peria- a comunicação com o laboratório de prótese (D). cirurgia. Percebe-se uma ótima estabilidade dos te-
Provisório finalizado seguindo a mesma sequ- provisória, porcebe-se a manutenção do volume, (G). Instalação do pilar de Zr na plataforma do im- pical mostrando a adaptação do pilar ao implante Provisórias realizadas com resina bisacrílica (E). cidos peri-implantares e a manutenção do volume,
ência do caso clínico anterior. Perceba a suave contorno e papilas gengivais (E). Transferente per- plante (H). (B). Vista após o prepare do dente 21 para um lami- Prova das cerâmicas 12 dias após a moldagem (F). contorno e papilas gengivais (I).
concavidade na região subgengival vestibular (B). sonalizado em posição (passo a passo descrito no nado cerâmico (C). Molde realizado evidenciando Certificação radiográfica da adaptação das peças
Pós- operatório imediato (C). Pós-operatório de 3 caso anterior). Após a confirmação radiográfica do

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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

IMPLANTE 11 + PILAR PERSONALIZADO HÍBRIDO (ZIRCÔNIA/CERÂMICA) + LAMINADO CERÂMICO E.MAX


Queixa Principal Fratura do dente 11

Paciente de 36 anos com fratura a nível cervical e coroa


Avaliação Clínica fixada no aparelho ortodôntico. Presença de cárie radicular,
necessitando de extração.

Manutenção do contorno horizontal do perfil da raiz, além


Diferenciais do Caso da equalização do substrato com o dente 21 para cimenta-
13A 13B 13C 13D
ção dos laminados cerâmicos.

- Extração do dente 11.


- Instalação de implante imediato.
- Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial.
Planejamento - Carga imediata com coroa provisória aparafusada.
- Pilar personalizado híbrido zircônia/cerâmica para equali-
zação do substrato.
- Laminados cerâmicos do 13 ao 23.

Material Empregado Zircônia, dissilicato de lítio

Cirurgia: Gustavo Ottoboni


Equipe Envolvida CD/TPD 13E 13F 13G 13H
Prótese: Thiago Ottoboni

CASO 3

13I 13J 13K 13L

13M 13N 13O

12A 12B 13P 13Q 13R

12. A,B • Sorriso inicial do paciente (A). Aspecto 13. A-R • Imagem tomográfica do dente 11 de- estabilizando sua posição (N). Implante instalado de metal (Alloy Primer, Kuraray), adesivo e polime-
clínico inicial intraoral (B). mostrando necessidade de exodontia e implante em posição tridimensional ideal para a confecção rizar. O próximo passo é opacificar com corante
imediato (A-L). É possível observar a anatomia de uma prótese parafusada conforme planejamento (Estelite Color, Tokuyama Dental) e vedar a entrada
cervical radicular mantida que servirá de referência reverso (O). Pilar provisório em posição e cortado do parafuso com teflon (Q). Adaptação do pilar de
para a provisória imediata (M). Cópia da anatomia para ajuste da altura ao espaço interoclusal (P). titânio ao provisório com o perfil radicular anterior-
radicular para confecção de provisório com aletas, Para o tratamento do pilar foi aplicado um primer mente capturado e estabilizado (R).

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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

14A 14B 15A 15B

15C 15D 15E

14C 14D

14E 14F

14G 14H 14I 15F

14. A-I • Reembasamento com resina flow para radicular (D). Após acabamento e polimento, faz-se do perfil de emergência (G). Modelo produzido com 15. A-F • Prova do pilar; observar a equalização
união (A). Remoção da coroa provisória (B). Pre- a instalação do provisório (E). Provisório instalado gengiva artificial e pilar personalizado híbrido de do substrato em relação aos elementos adjacentes
enchimento dos espaços com resina composta e junto ao enxerto de conjuntivo (F). Retorno após 3 zircônia confeccionado. Cerâmica aplicada para (A). Prova seca e molhada dos laminados cerâ-
correção do formato anatômico (C). Delimitação do meses para preparos e tomada de cor para envio equalização do substrato e posterior confecção de micos (B). A sequência resumida de cimentação,
perfil de emergência do provisório, com as interpro- ao TPD. Preparos finalizados para serem moldados facetas (TPD Cristiano Soares) (H). Pilar personali- acabamento e polimento dos laminados segue as
ximais preservadas com o mesmo perfil anatômico junto com a transferência do provisório para cópia zado híbrido em zircônia com base de titânio (I). mesmas indicações descritas nos demais capítulos
deste livro (C). Aspecto clínico imediatamente após
a cimentação (D). Foto final (E,F).
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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

IMPLANTE NO 21 + PILAR PRÉ-FABRICADO + PROVISÓRIO CIMENTADO + COROA METAL FREE


Queixa Principal Melhorar o sorriso

Paciente com próteses múltiplas desadaptadas, necessitan-


Avaliação Clínica
do de reabilitação total superior sobre dentes e implantes.

Reabilitação sobre diferentes substratos na área estética (nú-


Diferenciais do Caso cleo metálico, dente e implante) em uma reabilitação comple-
xa utilizando pilar pré-fabricado e infraestrutura de zircônia.

- Extração do dente 21
- Instalação de implante imediato + provisório cimentado
- Planejamento reverso + mock-up
Planejamento - Munhão universal com coping de zircônia
- Moldagem de transferência dos copings e preparos
- Seleção da cor dos substratos preparados
- Confecção de coroas e laminados cerâmicos para cimentação.

Implante: zircônia + cerâmica feldspática


Material Empregado
Dentes: dissilicato de lítio + cerâmica feldspática
17A
Cirurgia: Dalton Suzuki
Equipe Envolvida CD/TPD Prótese: Leonardo Vedana e Deborah Lameira
TPD Reginaldo Ferreira

CASO 4

17B 17C

16A 16B 17D 17E

16. A,B • Aspecto clínico inicial do sorriso (A). Aspecto 17. A-E • Enceramento aditivo para laminados ce- Modelo obtido através da moldagem dos interme-
clínico inicial intraoral (B). râmicos e coroa sobre implante no dente 21 (A). diários protéticos enviado para o laboratório para
Perfil de emergência do provisório no transferente confecção de copings personalizados em zircônia
do componente intermediário sobre o análogo (B). (D). Preparo para laminados cerâmicos e coroas
Após a moldagem dos intermediários dos implan- totais com guia de desgaste obtido através da mol-
tes 21 e 16, os análogos foram colocados em po- dagem do enceramento (E).
sição e enviados para o vazamento do gesso (C).

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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

IMPLANTE IMEDIATO UTILIZANDO FACETA CERÂMICA COMO RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA


Queixa Principal Mobilidade do dente 21.

Paciente de 40 anos de idade apresentava uma faceta no


dente 21 há 2 anos e, durante a mastigação de um alimento
Avaliação Clínica duro, sentiu um estalo no dente. O dente apresentava mobi-
lidade e, na radiografia periapical, era possível identificar o
traço de fratura.

Restauração provisória realizada com a faceta cerâmica pree-


Diferenciais do Caso
18A xistente.

- Exodontia do dente 21.


- Instalação imediata do implante.
Planejamento
- Restauração provisória imediata.
- Coroa em cerâmica pura.

Material Empregado Implante SIN, Cone Morse.

Equipe do curso de Especialização em Impantodontia (UFF)


Equipe Envolvida CD/TPD
TPD Cristiano Soares

CASO 5
Paciente de 40 anos de idade se apresentou à clínica do curso de Especialização em Implantodontia
(UFF) com mobilidade no dente 21. Relatou que tinha uma faceta há 2 anos atrás e, quando se alimen-
18B 18C tava, mordeu um alimento duro e sentiu um estalo no dente. Ao exame clínico o dente apresentava
mobilidade e na radiografia periapical uma linha de fratura bem nítida. Foi discutido com a paciente a
possibilidade de endodontia e tracionamento ortodôntico na tentativa de se manter o dente, contudo a
paciente não aceitou. Foi então planejada a exodontia do dente e o implante imediato usando a faceta
preexistente como restauração provisória.

18D 18E

18F 18G 19A 19B

18. A-G • Copings de zircônia em posição para laminados cerâmicos e coroas totais sobre dentes 19. A,B • Visão intraoral onde é possível observar
a moldagem de transferência dos mesmos junta- e implantes (TDP Adércio Buche) (D). Prova da cor uma faceta cerâmica no dente 21 e, clinicamente,
mente com os preparos para laminados cerâmicos dos laminados cerâmicos com utilização de Try-in uma grande mobilidade (A). Radiografia inicial mos-
e coroas totais (A). Molde dos preparos e trans- Variolink Esthetiàc (E). Cimentação dos laminados trando fratura radicular (B).
ferência dos copings em zircônia com silicona de com cimento resinoso fotopolimerizável Variolink
adição pesada sobre leve (B). Escolha da cor do Esthetic (F). Visão das coroas e laminados logo
substrato, informação muito importante para o após a cimentação (G).
técnico de prótese dentária (C). Visão frontal dos
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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

21A 21B

20A 20B

20C 20D

21C 21D 21E

20E 20F 21F 21G

20. A-F • Porção coronária removida (A). Porção restauração provisória um munhão metálico foi posi- 21. A-G • Com a faceta em posição aplica-se uma provisória (B). Aspecto da coroa provisória após o
coronária fraturada. É possível notar a presença cionado e cortado na posição ideal (D). Prova da fa- resina tipo flow abraçando todo o munhão provisório preenchimento da região cervical. Note a conforma-
de uma faceta em cerâmica feldspática cimentada ceta na boca após remoção do remanescente den- com o objetivo de uni-lo à faceta (A). Após a fotoativa- ção convexa da região cervical vestibular (C-E). Ins-
sobre o núcleo que será utilizada como restauração tal (E). Tratamento adesivo da faceta. Aplicação ção, remove-se o conjunto e adapta-se em um análo- talação da restauração provisória (F). Aspecto clínico
provisória (B). Implante cone Morse instalado após de ácido fosfórico a 37% durante 15s, lavagem, go para correção do formato cervical da restauração após 3 meses (G).
exodontia radicular tentando preservar ao máximo o secagem, aplicação de um adesivo e fotoativação
contorno da gengiva marginal (C). Para confecção da por 20s (F).

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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

22A 22B

23A

22C 22D 22E

22F 22G 23B

22. A-G • Controle radiográfico (A). Transferente registro fotográfico para facilitar a comunicação 23. A,B • Cimentação da cerâmica dente 21 sobre
de moldagem para a técnica de moldeira aberta po- com o técnico de prótese dentária (C). Munhão hí- o intermediário protético aparafusado com cimen-
sicionado sobre o implante. Uma resina tipo flow brido de zircônia cimentado sobre link metálico e to resinoso autoadesivo Set PP (SDI) (A). Aspecto
é aplicada ao redor do implante com a finalidade infraestrutura em zircônia sobre munhão (D). Ce- imediato após a cimentação (B).
de manter o desenho gengival conseguido com a râmica aplicada (E). Munhão aparafusado na boca
restauração provisória (B). Tomada de cor com (F).Controle radiográfico (G).

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REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Int J Periodontics Restorative Dent 2010;30:335–343.

24C

24. A-C • Aspecto clínico do controle de 1 ano


após a cimentação da cerâmica no dente 21; ob-
serva-se um aspecto de saúde dos tecidos peri-im-
plantares, fator importante para a manutenção da
estética (A). Sorriso final com 1 ano de acompa-
nhamento (B). Detalhes da caracterização da borda
incisal (TPD Cristiano Soares) (C).

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