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28/02/2010 - 12:55

Avs tambm precisam de limites

Quem nunca ouviu a frase Me para educar, av para estragar? Cada vez mais, as avs ganham espao na educao infantil. Com as mes trabalhando fora o dia inteiro, elas assumem um papel importante no dia a dia dos netos. O problema que, muitas vezes, passam dos limites: intrometem-se na educao, mudam a linha alimentar que as crianas tm em casa, questionam ordens... A terapeuta familiar e psicloga Ana Maria Zagne, av de gmeos de 10 meses, tem larga experincia em administrar conflitos entre mes e filhas ou sogras e noras. O papel da av apoiar os pais, seguindo sua linha de educao, e, na ausncia deles, corrigir os erros e orientar os netos. Pai e me tm o dever de educar. Avs podem dar um apoio, se necessrio, e muito carinho, mas sem interferir, diz Ana Maria. Dea Backheuser av de dez netos, que vo dos 6 meses aos 12 anos. Ela consciente de seu papel, mas confessa que atritos so inevitveis. J entrei em conflito com nora e filha. Participo muito da vida dos meus netos, difcil no dar opinio quando acho que devo interferir. Respeito muito a vida deles, mas em qualquer relacionamento sempre existe uma hora de conflito, conta ela, afirmando que as diferenas, entretanto, no prejudicaram a convivncia. Tenho muita sorte de poder dizer que sou amiga das minhas noras, e minha filha muito especial." Terapeuta d dicas para evitar conflitos - Segundo Ana Maria, a me totalmente responsvel pela criana, assim como o pai. A av s um ponto de apoio para os netos, diante da necessidade dos pais. No caso de falta dos pais que a responsabilidade passa para os avs.

- A terapeuta alerta: a av que no respeita as regras dos pais dever ficar afastada das crianas. Do contrrio, ela poder destruir a hierarquia dessa famlia, criando netos tiranos diante dos pais. - "O maior erro das avs tirar o poder de educao dos pais. E o maior acerto saber transitar no seu lugar de av, dando muito amor, sem atravessar a linha do limite dos pais", diz Ana Maria.

FONTE: http://gnt.globo.com/EstarBem/Materias/Avos-tambem-precisam-de-limites.shtml ACESSO EM: 01/03/2010