Promoção do Regime
responsáveis pela tomada de decisão.
Terapêutico- resumo
Gestão de regime terapêutico- adesão
que visa executar as atividades cumprindo
um programa de tratamento da doença e
das suas complicações, permitindo atingir
objetivos específicos de saúde, integrar
atividades para tratamento ou prevenção
de doença na vida diária.
O cliente é influenciado pelas crenças,
valores pessoais e atitudes, tendo como
base os seguintes níveis:
 Psicológico;
 Sociocultural;
 Área Física;
 Comportamental;
 Ambiental;
 Espiritual.
Adesão- adoção de ações
comportamentos (cumprir com o regime
terapêutico de forma correta, seguir uma
dieta, executar alterações ao estilo de vida)
que correspondem às recomendações dos
prestadores de cuidados de forma a obter
bem-estar, recuperação e reabilitação.
Comportamentos da adesão
 Procurar auxílio médico;
 Adquirir os medicamentos
prescritos;
 Tomar a medicação de forma
apropriada e indicada;
 Obter imunizações;
 Comparecer às consultas de
seguimento;
 Adotar modificações
comportamentais.
Fraca adesão ao regime terapêutico
A fraca adesão ao regime terapêutico
compromete os esforços dos Sistemas de
Cuidados de Saúde, a melhoria da saúde
das populações, os esforços dos
Esta tem complicações, tais como:
 Médicas e psicológicas;
 Resistência a fármacos;
 Desperdícios de recursos;
 Desgaste da confiança do público
nos sistemas de saúde.
Fatores implicados na adesão ao regime
terapêutico
 Relacionados com os profissionais
e serviços de saúde (ex. dificuldade
de acesso a consultas, falta de
conhecimento e disponibilidade
dos profissionais de saúde, não
comparticipação dos custos de
saúde);
 Sociais, económicos e culturais (ex.
pobreza, crenças de saúde, baixo
nível de escolaridade e literacia);
e  Relacionados com a terapêutica
prescrita (ex. duração do
tratamento, efeitos colaterais,
ineficácia e mudanças frequentes
no tratamento);
 Relacionados com a doença base e
co-morbilidades (ex. nível de
dependência, evolução e
severidade da doença e sintomas);
 Individuais relativos ao doente (ex.
idade, sexo, ausência de
conhecimento e informação,
estigma).
Motivos relacionados à não adesão
 Práticos extrínsecos (ex.
esquecimento, falta de
conhecimentos, falta de recursos
económicos);
 Características intrínsecas dos
medicamentos (ex. sentirem-se
melhor ou pior, não sentirem
melhoras);
 Confiança entre o médico e o
doente (ex. falta de confiança no
 médico, receio de questionar os
médicos, e falta de compreensão
das vantagens).
Vantagens da adesão ao regime
terapêutico
 Promove saúde e a segurança do
doente;
 Melhora resultados de saúde;
 Diminuição de custos com os
cuidados de saúde;
 Melhora a qualidade de vida e a
esperança de vida.
Nota: É essencial educar os doentes acerca
da doença e regime terapêutico, benefícios
do tratamento e complicações associadas à
não adesão de forma a melhorar a adesão
ao RT.
Processo de Enfermagem
Este sustenta a prática de enfermagem,
fornece bases para uma intervenção
fundamentada e individualizada,
permitindo identificar aspetos que carecem
de intervenção do enfermeiro,
nomeadamente, a administração
terapêutica.
É constituído pelo/a:
 Avaliação Inicial (identificação dos
problemas);
 Diagnóstico de Enfermagem
 Planeamento das intervenções
(estabelecimento de prioridades,
objetivos, determinar intervenções
de enfermagem, formular os
resultados esperados);
 Execução (colocar em prática as
intervenções planeadas);
 Avaliação (verifica a resposta às
intervenções prestadas).
Capacitação do Cliente
 Capacidade para gerir o regime
medicamentoso (ex. ensinar sobre
regime terapêutico,
autoadministração e resposta/
reação aos medicamentos);
 Capacidade para gerir o regime
dietético (ex. ensinar sobre hábitos
alimentares);
 Capacidade para gerir os hábitos
de vida (ex. ensinar sobre os
hábitos de exercício, e promover a
adaptação a novos estilos de vida);
 Capacidade para detetar/prevenir
complicações (ex. ensinar sobre
complicações de gestão RT
ineficaz, sinais de infeção e
autovigilância).
Sistema de Gestão Integrado do
Circuito do Medicamento
Objetivos da distribuição dos
medicamentos
 conseguir uma melhor gestão dos
gastos com medicamentos;
 maior segurança dos pacientes
contribuindo para a diminuição de
erros associados à dispensa e
administração;
 garantir a disponibilidade do
medicamento onde e quando é
necessário;
 contribuir para a adesão à
terapêutica e garantir o
cumprimento dos procedimentos
legais que envolvem o
medicamento.
A distribuição de medicamentos nos
hospitais é da responsabilidade dos
Serviços Farmacêuticos.
Tipos de distribuição
 Distribuição Individual Diária em
Dose Unitária (DIDDU);
 Distribuição Tradicional de
medicamentos;
 Sistema de reposição de stock
nivelados;
 Requisição individualizada para o
cliente.
Distribuição de medicamentos em sistema
de dose unitária
 Aumentar a segurança no circuito
do medicamento;
 Melhorar o perfil
farmacoterapêutico dos clientes;
 Racionalizar a terapêutica;
 Libertar os Enfermeiros para
dedicarem mais tempo aos
cuidados dos clientes;
 Evitar desperdícios;
 Distribuídos para um período de 24
horas, exceto aos fins de semanas
que é 72 horas.
Validação da prescrição
O farmacêutico analisa a prescrição
médica, tendo acesso a dados de
prescrição (identificação do cliente e do
médico prescritor).
Os medicamentos a distribuir devem
conter o DCI, a forma farmacêutica, a
dosagem, a via de administração, a
frequência de administração, a hora de
administração, a quantidade total do
medicamento para 24 h, observações e a
prescrição não medicamentosa.
Existem dois tipos de prescrições médicas,
as eletrónicas e as manuais, embora só
sejam aceites as manuais quando ocorre
falha no sistema informático.
Para uma correta validação da prescrição,
os Farmacêuticos devem ter acesso ao
processo clínico do cliente, à qual obtêm as
seguintes informações:
 Exames de diagnóstico;
 Análises Clínicas;
 Medicação Habitual;
 Histórico de prescrições;
 Diário Clínico e Notas de
enfermagem.
Se não houver nenhum Farmacêutico
disponível para realizar esta, fica da
responsabilidade do Enfermeiro que
administra a medicação, tendo em conta
aspetos como:
 Alergias;
 Interações medicamentosas maior;
 Ajuste de dose de acordo com o
peso;
 Potencial toxicidade para os
órgãos.
Mapas de dose unitária
São a base para a distribuição da
medicação em dose unitária e têm toda a
medicação agrupada por paciente,
ordenada por ordem alfabética.
Contendo a seguinte informação:
 Medicamento (princípio ativo,
dosagem, via de administração);
 Data de início do tratamento (pode
incluir a data de fim, se o prescritor
parametrizar a duração do
tratamento);
 Código interno do medicamento;
 Forma Farmacêutica;
 Dose e Unidade de medida;
 Horário de administração;
 Via de administração;
 Frequência de administração.
Circuito do Medicamento
De acordo com o tipo de prescrição:
Prescrição Médica Eletrónica
Médico prescreve;
Serviços Farmacêuticos analisam a prescrição médica, validam e
prepram a mesma para ser distribuída;
AO distribui;
Enfermeiro valida novamente e só após administra
Prescrição Médica Manual
Médico prescreve;
Enfermeiro transcreve e envia ao SF;
AO transporta a PM aos SF;
Serviços Farmacêuticos analisam, validam e preparam para a
distribuição;
AO distribui;
Enfermeiro valida novamente e só após administra.
Individual Diária em Dose Unitária:

É disponibilizada e prescrita para um

doente específico, para 24 h.

Estes medicamentos estão identificados

com informações como a DCI, a dosagem e
o prazo de validade.

Este sistema garante uma maior segurança

e eficiência, permitindo o
acompanhamento farmacoterapêutico do
doente e diminuição dos erros associados.

O processo de individualização, necessário

a este sistema de distribuição, pode ser
feito manualmente ou com recurso a
métodos semiautomáticos

Distribuição Tradicional:

Este sistema de distribuição destina-se aos

serviços onde a urgência e a variabilidade
dos tratamentos impossibilita uma
implementação individual diária.

A distribuição feita por serviço, já a

reposição é feita por níveis sendo que cada
serviço pressupõe um stock mínimo e
máximo de medicamentos que é
previamente acordado e baseado nas
necessidades e consumos habituais,
evitando a rutura ou acumulação destes.

O Sistema de reposição de stock por níveis

caracteriza-se pela reposição de
medicamentos através da parametrização
informática de stocks previamente
estabelecidos entre os Farmacêuticos e os
Enfermeiros Chefes de cada SC.

A reposição é realizada através da emissão

de um pedido informático onde constam
todos os medicamentos com stock abaixo
do nível mínimo.