Glicose Sérica • Exame útil para o estabelecimento do diagnóstico e monitoramento terapêutico do diabetes melito, para avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, para o diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas e desidratação, e para avaliação da secreção inapropriada de insulina. • Adultos: 70 a 99mg/dL • Crianças: 60 a 99mg/dL Glicose Sérica • Valores aumentados: Diabetes melito, hipertireoidismo, feocromocitoma, pancreatite aguda, estresse, uso de fármaco.
Ureia Sérica • É o metabolismo quantitativo mais importante do catabolismo ds proteínas (principal fonte de excreção do nitrogênio e na disseminação dos aminoácidos. Produzida no fígado, passa para a circulação sanguínea, onde é degradada em nível intersticial e eliminada pelo suor, pelo trato gastrointestinal e pelo rim. Sua concentração varia em indivíduos sadios e é influenciada por diversos fatores, como: grau de hidratação, dieta proteica e função renal. É utilizado, conjuntamente com a creatinina na avaliação da função renal. • Valores: 10 a 50 mg/dL Ureia Sérica • Valores aumentados: desidratação, aumento do consumo proteico, hemorragia, gastrointestinal, DM, insuficiência aguda do miocárdio, insuficiência renal, nefropatias, choque, insuficiência cardíaca, obstrução do trato urinário.
• Valores diminuídos: insuficiência hepática aguda, dieta pobre em
proteínas, caquexia, gravidez, doença celíaca. Creatina Sérica • É um produto metabólico formado pela descarboxilação da creatina- fosfato no músculo, tendo portanto, relação direta com a massa muscular. Homens e atletas produzem maiores quantidades de creatina do que crianças, idosos e mulheres. A creatina não é afetada normalmente pela dieta. • É filtrada no glomérulo e seu aumento sérico só é observado após p aumento da ureia. A concentração de creatina sérica só se torna anormal quando aproximadamente metade ou mais dos néfrons estiverem comprometidos. É utilizada, cojunntamente com a ureia na avaliação do funcionamento renal. Creatina Sérica • Valores de referencia: • Crianças: 0,3 a 0,7 mg/dL • Adultos: 0,4 a 1,4 mg/dL. • Valores aumentados: diminuição do fluxo sanguíneo renal, insuficiência renal por decréscimo da filtração glomerular, obstrução do trato urinário, intoxicação por metanol, uso de fármacos. • Valores diminuídos: desnutrição, diminuição da massa muscular, doença hepática grave, gravidez. Interação fisioterapêuticas • Valores aumentados indicam mau funcionamento e comprometimento renais, maior risco de congestão pulmonar, podendo causar IRpA e maior risco de insucesso no desmame do ventilador, edemas e/ou anasarca, limitando atividades cinesioterapêuticas. Ácido Úrico Sérico • É o produto final do catabolismo das purinas. Seu níveis séricos então diminuídos diretamente relacionados com a velocidade de sua formação e inversamente relacionados com a velocidade e a capacidade de excreção. Outros fatores, como predisposição genética, etnia, gênero, idade, peso corporal, álcool, DM, lipídios séricos, dieta e uso de medicamentos, também influem nos níveis séricos de ácido úrico. • Homens: 3 a 7 mg/dL • Mulheres: 2,5 a 6mg/dL • Crianças: 2 a 5 mg/dL Ácido Úrico Sérico • Valores aumentados: alterações enzimáticas, dieta rica em purinas, leucemias, linfomas, anemias hemolíticas, psoríase,radioterapia, alterações da função renal, intoxicação por chumbo, exercícios muscular intenso, acidose láctica. • Valores diminuídos: carcinoma de pulmão, hiperparatireoidismo, hipervolemia, uso de fármacos, dieta pobre em purinas. Interação fisioterapêutica • Valores aumentados causam dor poliarticular com sinais flogísticos e diminuição do arco de movimento, o que limita as atividades cinesioterapêuticas, sejam ativas ou passivas. Sódio Sérico • Desempenha papel fundamental na distribuição da água corporal. • Sódio sérico: 136 a 146 mEq/L • Sódio no suor: • Acima de 16 anos: 12 a 47,4 mEq/L
tratamento excessivo com solução salina. • Valores diminuídos: baixa ingestão de sódio, reposição inadequada de sódio, uso abusivo de diuréticos, hipotireoidismo, secreção inapropriada de hormônio antidiurético, cirrose, síndrome nefrotica, insuficiência congestiva crônica. Interação Fisioterapêutica • Valores alterados podem variar os níveis tensionais de pressão arterial, limitando a conduta fisioterapeutica. • < 120mEq/L hipotensão • > 160mEq/L hipertensão. Potássio Sérico • Adultos: 3,5 a 5,3 mEq/L • Valores aumentads: oliguria, choque, transfusão, desidratação, aumento do catabolismo celular, insuficiência renal... • Valores diminuídos: vômitos, diarreias, colite ulcerativas, fistulas intestinais, nefrites, fibrose cística, Interações fisioterapêuticas • Valores <3mEq/L distúrbios neuromusculares, tais como espasmos musculares, câimbras, fraqueza muscular, que limitam a intervenção fisioterapeutica e/ou comprometimento do desmame ventilatório.
• Valores >6mEq/L distúrbios neuromusculares, tais como contração
tetânica e/ou arritmias cardíacas que limitam a intervenção. Cálcio Sérico • É o quinto componente mineral mais abundante no organismo. • Adultos: 8,4 a 10,6 mg/dL.
doenças malignas com comprometimento ósseo, carcinomas pulmonar... • Valores diminuídos: acidose crônica, defciencia da vitamina D, hipoparatireoidismo, má absorção intestinal, uremias... Interação Fisioterapêutica • Valores <6 mg/dL ocasionam deficiência osteomioarticulares e sobretudo dificuldade na formação do calo ósseo, ou na formação da matriz óssea, podendo limitar ou impossibilitar as atividades fisioterapêuticas e comprometer o desmame ventilatório. Magnésio Sérico • Valores: 1,5 a 2,1 mEq/L • Valores aumentados: uso de sais de magnésio, antiácidos e laxantes, desidratação grave, insuficiência renal, acidose diabética... • Valores diminuídos: hipocalemia e hipocalcemia, alcoolismo crônico, pancreatite aguda, má absorção, dialise, diarreia grave, DM, dietas pobres... Interações fisioterapêuticas • 5 a 10 mEq/L distúrbios no sistema de condução cardíaca • 10 a 13 mEq/L perda dos reflexos dos tendões. • 13 a 15 mEq/L pode ocorrer paralisia respiratória • > 25 mEq/L parada cardíaca. • < 0,6 mEq/L fraqueza muscular. Fósforo Sérico • Adultos: 2,5 a 4,5 mg/dL • Valores aumentados: insuficiência renal, hiporaratireoidismo, osteoporose, metástase óssea, hipocalcemia, DM... • Valores diminuídos: defeitos tubulares, hiperparatireoidismo primário, hipotireoidismo, raquitismo, doença hepática... Interação Fisioterapêutica • Níveis diminuídos podem interferir na contração muscular, dificultando o desmame e podendo limitar a conduta. Ferro Sérico • Homens: 59 a 158 µg/dL • Mulheres 37 a 148 µg/dL • Valores aumentados: intoxicação por ferro, uso de contraceptivo oral, hepatite viral... • Valores diminuídos: deficiência de ferro, infecção crônica, neoplasias, menstruação, infarto agudo do miocárdio, insufuciencia respiratória aguda... Interação • Valores <40 µg/dL podem limitar atividades cinesioterapêuticas e podem comprometer o desmame. Ferritina • É uma proteína de alto peso molecular que armazena de 20% a 25% do ferro do organismo. • Homens: 24 a 336 ng/dL • Mulheres: 11 a 176ng/dL
• Valores aumentados: hemocromatose, reposição aguda de ferro.
• Valores diminuídos: estados de carência de ferro. Transferrina • Trata-se de uma glicoproteína sintetizada principalmente no fígado, com meia vida de aproximadamente 7 dias. • Transportadora do ferro. • Homens: 215 a 365 mg/dL • Mulheres: 250 a 380 mg/dL
• Valores aumentados: anemia, gravidez...
• Valores diminuídos: estados inflamatórios crônicos, doenças hepáticas, neoplasias Enzimas Cardiacas • Creatinocinase (CK) ou Creatinofosfocinase (CPK) • É uma enzima de origem essencialmente muscular, encontrada em músculos esqueléticos, no miocárdio e no cérebro, que catalisa a fosforilação reversível da creatina por ATP. • Homens: até 148 Ul/L • Mulheres: até 165 Ul/L • Valores aumentados: IAM, lesões musculares cardíacas, miopatias congênitas, AVE, fisioterapia, TEP... • CK-BB encontrado predominantemente do cérebro , raramente presente no sangue. • CK-MM: encontrada em musculo esquelético. • CK-MB: predominantemente do miocárdio, avaliação da extensão do infarto. Enzimas Cardiacas • Troponina I • É um complexo proteico regulador da contração muscular associado ao filamento de actina dentro das células. • É liberado na circulação sanguínea pouco tempo após o começo do dano cardíaco, aproximadamente nas 4 a 6h que seguem ao IAM. • <2µg/mL • Valores aumentados: IAM. Enzimas Cardiacas • Mioglobina • É um marcador precoce encontrado na corrente sanguínea após IAM (1 a 4h) e que retorna aos valores normais dentro de 24hs. • Valores: até 90µg/L • Valores aumentados: traumatismo, miopatias, IAM... Interação fisioterapêutica • Não se recomenda atividades motora enquanto o pcte apresenta enzimas cardíacas aumentadas. O recomendável é atividade passiva, independente do nível de consciência pois o objetivo nessa fase deve ser a manutenção da amplitude de movimento articular. Assim que as enzimas se normalizam, pode-se liberar o pcte para atividades de cinesioterapia motora ativa assistida livre e deambulação. • Quanto a CK como marcadores de doenças neuromusculares seus aumentos indicam lesão do musculo estriado esquelético, podendo confirmar diagnóstico. Avaliação da função hepatobiliar • Transaminase glutâmico oxalacética (TGO) ou aspartato aminotransferase (AST). • Enzima encontrada no citoplasma e também nas mitocôndrias do miocárdio, do fígado , da musculatura esquelética, do rim e do cerebro. • Níveis elevados dessa enzima auxiliam no diagnóstico de doenças cardíacas, hepáticas e musculares. • Essa enzima é liberada no sangue em grande quantidades quando há dano à membrana do hepatócito. Avaliação da função hepatobiliar • Transaminase glutâmico oxalacética (TGO) ou aspartato aminotransferase (AST). • Até 40 Ul/L • Valores aumentados: gravidez, necrose, anemias, pancreatite aguda, cirrose... Avaliação da função hepatobiliar • Transaminase glutâmico-piruvica (TGP) ou alanina aminotrasnferase (ALT) • Até 45 Ul/L • Valores aumentados: hepatites infecciosa e tóxica, doença pancreática, mononucleose, cirrose, icterícia. Interações fisioterapêuticas • Deve-se levar em consideração que pacientes graves com aumento acentuado dessas enzimas normalmente apresentam intensa dor abdominal, ascite, podendo manifestar aumento da pressão intra- abdominal, o que pode comprometer as mobilizações articulares e, principalmente prejudicar a mecânica ventilatória, podendo em seu estado mais grave evoluir com IRpA. Proteínas totais e frações • Proteínas totais: 6 a 8d/dL • Albumina: 3,5 a 5g/dL • Globulina: 1,5 a 3g/dL Valores aumentados: hemoconcentração, desidratação, cirrose, mixedema, processos infecciosos. Valores diminuídos: perdas renais, desnutrição, infecções graves e prolongadas, anemias. Insucesso do desmame ventilatório; edemas; limitação da mobilização. Coproanálise Parasitologia • Não existe um método de exame capaz de evidenciar todas as formas parasitárias presente nas fezes. • Cada parasito, ou grupo de parasitos, possui características morfológicas ou biológicas que permitiram o desenvolvimento de técnicas especiais utilizadas em seu diagnóstico. Exame parasitológico de fezes (RPF) • Permite a identificação de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos. A identificação do parasitismo, tanto de protozoários, quanto de helmintos, influi no número de formas parasitárias eliminadas. • Valores de referencias: Negativos Interação fisioterapeutica • A presença de resultados positivo não impede a abordagem terapêutica. • Ficar atento as complicações. Líquidos Organicos Liquor • O liquor é um fluido límpido e incolor, com raros elementos figurados e com característica bioquímicas e imunológicas próprias. Ocupa as cavidades ventriculares do SNC, os espaços subaracnóides. • Volume: 140 mL • Aspecto: Límpido • Cor: incolor • Bioquímica • Lombar: 15 a 45 mg/dL Liquor • Valores aumentas: meningites, hemorragias, tromboses, alterações endócrinas, metabólicas e tóxicas, doenças neurológicas... • Valores diminuídos: traumatismo, grandes punções, aumento da pressão intracraniana. Interações Fisioterapêuticas • Em pacientes com suspeita de meningite, o isolamento de contato e respiratório deve ser respeitado, até que os exames descartem o diagnóstico. • Video. Liquido Pleural • É continuamente produzido pela pleura parietal por filtragem do plasma, através do endotélio vascular em uma quantidade média de 1 a 15 mL, sendo absorvida pela pleura visceral. Localiza-se entre as duas faces da pleura, separando-as. • Interpretação: • Glicose: os valores são considerados diminuídos quando estão abaixo de 60mg/dL. Encontrados no empiemas, neoplasias, tuberculose... Liquido Pleural • Proteínas • Transudatos: derrames causados por fatores mecânicos que influenciam a formação e/ou reabsorção (ex. a dimunuição da pressão oncótica ou aumento da pressão venosa, na cirrose hepática, na síndrome nefrótica e na insuficiência cardíaca). Cursa com níveis de proteína mais baixos que os plasmáticos. • Exsudatos: derrames causados por lesão do revestimento mesotelial, com aumento da permeabilidade capilar ou diminuição da reabsorção linfática, como nas infecções bacterianas, neoplasias e doenças do colágeno. Cursa com níveis de proteína 50% mais altos que os plasmáticos. Interações fisioterapêuticas • VNI é mais efetiva no tratamento do derrame pleural transudativo do que no derrame pleural exsudativo. • Video Bacteriologia e Microbiologia Introdução • Diagnóstico da maioria das doenças infecciosas. • Uninocultura: cultura de urina • Coprocultura: fezes • Secreção corporais: escarro, aspirado brônquico, lavado broncoalveolar. • Cultura de ponta de caterer. • Hemocultura • Líquidos orgânicos: líquido pleural, liquido ascético, liquido de diálise peritoneal... • Swabs: retal, nasal... • Pesquisa de BAAR (tuberculose) • Gram: sedimento urinário, escarro, secreção uretral, vaginal... Interações Fisioterapêuticas. • Sem interações diretas. • Respeitar o isolamento • Realizar um boa coleta • Video: aspirado • Vídeo: Swab Lactato Arterial Dosagem do lactato arterial • O ácido láctico, um intermediário no metabolismo dos carboidratos, é derivado, do musculo esquelético, do cérebro e das hemácias. Constitui o produto final da glicose anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos. • Considerada um marcador precoce para o metabolismo anaeróbico celular.
• Valores de referência: <2,5 mmo/L ou 5,7 a 22 mg/dL
Interpretação • Estados hipóxicos: diminuição da oxigenação tecidual (hipóxia), como no choque, na insuficiência ventricular esquerda, no estado asmático e na insuficiência respiratória aguda.
• Estados não hipóxicos: alterações da depuração do lactato, disfunções
do piruvato-desidrogenase, uso defarmacos.
• Glicólise aeróbica acelerada: secundária a sepse, convulsões,
politraumas, neoplasias. Interações fisioterapêuticas. • É considerada um excelente marcador hipóxico: mesmo em pacientes em que a gasometria mantém padrões de normalidade, pode ser utilizado para orientar a escolha da melhor terapêutica ventilatória.
• Lactato de 2,5 a 4,9 mmol/L: pode-se optar pela ventilação não
invasiva.
• Lactato > 5mmol/L: contraindicada a VNI. Contra indicado a