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INTRODUÇÃO À
COMPUTAÇÃO

s e õ ç at o n a r e V
GRÁFICA
87 minutos

 Aula 1 - A computação gráfica

 Aula 2 - Imagem digital

 Aula 3 - Sistema de cores

 Aula 4 - Finalização de arquivo

 Aula 5 - Revisão da unidade

 Referências

Aula 1

A COMPUTAÇÃO GRÁFICA
Vamos aprender a importância da computação gráfica para o mercado visual e apresentar os softwares que
serão utilizados nesta disciplina: Illustrator, InDesign, Photoshop e Premiere Pro; esses programas ajudarão
você a realizar as tarefas da sua profissão.
16 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, caro estudante!

Vamos aprender a importância da computação gráfica para o mercado visual e apresentar os softwares que serão utilizados
nesta disciplina: Illustrator, InDesign, Photoshop e Premiere Pro; esses programas ajudarão você a realizar as tarefas da sua
profissão.

Veremos historicamente como se deu a evolução da computação gráfica, e como essa área apresenta um futuro promissor.
Ao final desta aula, você será capaz de entender a importância da computação gráfica para diversas áreas e aplicações no
mundo moderno.

Convido você a entrar no mundo fascinante da computação gráfica e buscar cada vez mais se aperfeiçoar para ter
excelentes resultados em sua profissão. Bons estudos!
APRESENTANDO A COMPUTAÇÃO GRÁFICA
Afinal, o que é computação gráfica? De forma resumida, é criar uma imagem usando o computador. É definida como uma
área tecnológica responsável por trabalhar com gráficos e imagens através do computador, para que tenham maior

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qualidade e, quando combinadas, forneçam uma experiência realista para o usuário. Apesar de ser uma área nova, está em
grande ascensão e com crescimento promissor para os próximos anos.

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Segundo Azevedo, Conci e Vasconcelos (2018), a história da computação gráfica assim se desenvolveu:

1950: quando pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) criaram um computador capaz de
processar imagens em três dimensões, em conjunto com as forças armadas americanas.

1960: surgiu a ferramenta conhecida como Sketchpad, uma invenção revolucionária criada pelos professores Ivan
Sutherland e David Evans, ambos da Universidade de Utah, conhecido como o primeiro aplicativo de desenvolvimento
e modelagem de gráficos. Ainda nessa década, a NASA (National Aeronautics and Space Administration) desenvolveu o
projeto VICAR (Video Image Communication And Retrieval), um programa de processamento de imagens para trabalhar
fotos da Lua, obtidas durante missões espaciais.

1970: houve um dos maiores desenvolvimentos da ciência da computação, pois Ivan Sutherland e David Evans foram
capazes de desenvolver um aplicativo que gerava e modelava gráficos, dando início às animações 3D.

1980: com o barateamento do hardware e a consolidação dos microcomputadores no mercado, várias empresas
investiram no desenvolvimento de ferramentas para a criação de animações digitais em três dimensões. Por isso, é
automático pensar na computação gráfica associada à indústria do entretenimento e cinematográfica. Porém, a
versatilidade da área de computação gráfica proporciona um número extenso de aplicações e utilidades. É bem
verdade que, por ser uma área muito utilizada no ramo virtual, existem muitas possibilidades no setor de: jogos,
cinema, publicidade e propaganda, design industrial, produção gráfica, design de produtos, design de games etc. Mas
as opções não se restringem a isso, pois é uma área que tem apoiado muitos outros setores, pois as modelagens
tridimensionais podem ajudar a gerar a visualização final de um produto, antes mesmo que ele esteja fisicamente
pronto, ou seja, ela vai além do projeto virtual. Por exemplo, na medicina, onde o uso da computação gráfica e da
prototipagem rápida, que é uma impressão 3D, auxiliam o cirurgião, dinamizando e aprimorando cirurgias complexas
(SILVA, 2005).

1990: houve o desenvolvimento, pela indústria de software, de ferramentas mais aprimoradas para tratamento de
imagens, além da criação de animações e vídeos. Nesse ano, o Photoshop foi lançado para tratamento de imagens e o
3D Studio para criação de modelagem e animação 3D. Como o mercado de trabalho encontra-se em constante
inovação, softwares vêm sendo criados e atualizados todos os anos, versões novas vêm sendo lançadas, mas a forma
de funcionamento e os comandos mais utilizados se mantêm os mesmos, então, não se preocupe, pois isso significa
que você não precisa aprender tudo novamente a cada ano.

É importante que você entenda que, apesar da ferramenta ser computacional, as criações são realizadas por pessoas. Por
isso, é importante que o profissional de design gráfico seja criativo e paciente, pois é preciso manter um equilíbrio entre a
criatividade e a técnica. Por isso, incentivo você a dedicar tempo aos estudos, para que consiga alcançar níveis mais
avançados.
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IMPORTÂNCIA DOS HARDWARES E DOS SOFTWARES
Trabalhar com a computação gráfica é um desafio, pois o mundo digital não tem fronteiras e tudo é possível. Por isso, é
importante o conhecimento sobre os hardwares e softwares disponíveis no mercado para que o profissional consiga obter

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melhores resultados para cada projeto e sua aplicação.

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Hardware: O uso da computação gráfica, no passado, estava limitado a poderosas estações gráficas, que eram
equipamentos muito caros. Somente a partir dos anos 1990, os custos ficaram mais acessível com a popularização do
hardware (componentes físicos do computador) e o surgimento dos primeiros computadores pessoais. A Tabela 1
apresenta alguns elementos que compõem o hardware de um computador.

Tabela 1 | Exemplo de hardwares

Elemento Descrição

Placa-mãe Placa central, onde todos os componentes são conectados.

Processador Usado para o controle das operações que a máquina realiza.

Memória Usada para armazenar momentaneamente os dados dos programas que estão em execução no
computador.

Placa de Usada para visualizar imagens no monitor.


vídeo

Monitor Usado para visualizar as informações solicitadas pelo usuário.

Teclado Usado para digitação ou para comando de jogos.

Mouse Usado para direcionar o cursor ou clicar em locais específicos.

Fonte: elaborada pela autora.

Além disso, o aparecimento de ambientes gráficos, como o Windows e sistemas operacionais que usavam interface
gráfica, acentuaram o desenvolvimento de aplicações e projetos de produtos com o uso da computação gráfica. Dessa
forma, podemos afirmar que a evolução do hardware está relacionada ao desenvolvimento da computação gráfica.
Atualmente, o aumento da capacidade de processamento e largura de banda de memória do hardware gráfico deve
continuar a empurrar os limites do que é possível renderizar em tempo real (ou seja, melhorar a qualidade de algo
através de técnicas de contorno de imagem, com alteração de cor, luz, imagem, sombra, dentre outros), e texturas de
altíssima resolução devem se popularizar nos próximos anos.

Você deve estar se perguntando: qual o hardware necessário para trabalhar com a computação gráfica? Isso vai
depender do tipo de projeto que você vai desenvolver, porém, o ideal é que você tenha um bom processador, uma boa
quantidade de memória RAM (Random Access Memory), pois programas gráficos possuem muitos recursos e são um
pouco pesados, e uma placa gráfica para qualidade na renderização das imagens.

Software: existem diversos softwares (são os programas e aplicativos que fazem com que a máquina funcione)
utilizados na computação gráfica. Qual o software necessário para trabalhar com a computação gráfica? Novamente,

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vai depender do tipo de projeto que você vai desenvolver: imagens 2D ou 3D, animação, vídeo etc. Existem softwares
gratuitos (gThumb e GIMP - Criação e Edição de Imagens; OpenOfficeDraw - Criação e Edição de Páginas e Layout;

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Blender, Maya e Tinkercad - Modelagem 3D) e softwares pagos (Illustrator - Criação de Gráficos Vetoriais; InDesign -
Criação e Edição de Páginas e Layout; Photoshop - Criação e Edição de Imagens; Premiere Pro - Criação e Edição de
Vídeos). Os softwares pagos da Adobe serão utilizados nesta disciplina.

Um ponto extremamente importante, ao qual você deve ficar atento, é escolher a versão em inglês, pois tradicionalmente
os profissionais utilizam a versão original. Não se preocupe, caso você não domine a língua, pois todos os comandos e a
forma de uso serão explicados aqui, facilitando o seu entendimento.

A computação gráfica aplicada


A computação gráfica transforma dados em imagem e pode ser aplicada em diversas áreas. Neste tópico, veremos algumas
delas.

Área de animação ou cinema: diversos filmes fazem uso da computação gráfica como parte da sua produção para
criar cenas, retoques de imagens e para adicionar efeitos especiais. Voar, erguer objetos pesados, caminhar sobre a
água, entre outros, é possível graças à computação gráfica.

Área do game e jogos digitais: é uma das áreas de maior aplicação da computação gráfica, pois utiliza dos avanços
gráficos para gerar mais realidade aos seus usuários. A Figura 1 apresenta a tela de um jogo digital.

Figura 1 | Captura da tela de um jogo


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Fonte : Wikimedia Commons.

Área da medicina: a geração de imagens, até mesmo em tempo real, contribui para a análise de exames, como, por
exemplo, tomografia computadorizada, radiografia etc. Além disso, a computação gráfica também pode ser usada em
cirurgias de realidade virtual /realidade aumentada, permitindo ao profissional de medicina ser mais preciso nas suas
ações, como mostra a Figura 2.

Figura 2 | Procedimento de sondagem

Fonte : Wikimedia Commons.


Área de treinamento: uso dos simuladores virtuais antes de partir para uma situação real. Simulam situações de
perigo, para que se aprenda de forma virtual, onde não se corre risco, para estar mais apto a cometer menos erros em
situações reais. Por exemplo: simuladores de voo, simuladores de cirurgia (Figura 3), dentre outros.

Figura 3 | Bancada de teste para operação virtual

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Fonte: Wikimedia Commons.

Sempre que você for resolver um problema utilizando o computador, é necessário usar o “Paradigma dos Quatro
Universos”. Esse paradigma vai ajudar a entender o processo de sair do mundo real, onde os sinais são contínuos, e ir para
o mundo do computador, onde tudo é discreto, como mostra a Figura 4.

Figura 4 | “Paradigma dos Quatro Universos”

Fonte: adaptada de Scuri (2002).

Vejamos a descrição de cada processo:

Físico: são os objetos do mundo real que pretendemos estudar, ou seja, o modelo físico.
Matemático: são os modelos matemáticos obtidos dos modelos físicos, ou seja, o modelo conceitual.

Representação: é a modelagem matemática sendo representada no computador, ou seja, por um conjunto finito de
símbolos e algoritmos. Assim, a descrição simbólica e finita é associada a objetos do universo matemático.

Implementação: após definido o universo da representação, é necessário implementar, portanto, é necessário

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escolher uma linguagem de programação (C, C++, Pascal, Pyton etc.). Essa fase relaciona a descrição simbólica e finita
do universo de representação com estruturas de dados.

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Atenção: quando os dados são transformados em imagem, temos a área da computação gráfica, porém no caminho
inverso, ou seja, quando se obtêm os dados a partir da imagem, estamos tratando da área de visão computacional. Não
confunda!

VIDEO RESUMO
Nosso vídeo vai apresentar de forma geral a importância da computação gráfica e sua história do início até os dias atuais.
Em seguida, veremos a escolha dos hardwares disponíveis no mercado. Por fim, apresentaremos o paradigma dos 4
universos e aplicações da computação gráfica, com exemplos práticos para fixação.

 Saiba mais
Outra forma de se aproximar da computação gráfica é estudando sobre linguagens de programação. Pyton é uma
linguagem de programação que tem sido muito difundida e se tornado muito popular entre os profissionais, por ser
uma linguagem de alto nível e totalmente gratuita, com uma sintaxe relativamente simples e de fácil compreensão. Se
você fizer uma busca no Google, vai verificar que o Pyton faz uso de inteligência artificial e foi utilizado em diversos
filmes atuais, incluindo a saga Star Wars, pois seus efeitos de computação gráfica foram produzidos com essa
linguagem. Estude os principais pilares da linguagem e da programação para que você se torne o profissional que o
mercado procura! Acesse o livro Introdução à Programação com Python: Algoritmos e lógica de programação para
iniciantes, de Nilo Ney Coutinho Menezes pela Novatec, 2010, para conhecer mais profundamente esse tema
fundamental para seus estudos.

MENEZES, N. N. C. Introdução à Programação com Python: Algoritmos e lógica de programação para iniciantes. São
Paulo: Novatec. 2010.

Aula 2

IMAGEM DIGITAL
O que é uma imagem digital? Como a imagem é formada? Como modelar uma imagem no computador?
Essas e outras perguntas você vai conseguir responder, pois vamos estudar sobre a formação da imagem e
os tipos de modelos, entendendo a importância de cada um deles na computação gráfica.
20 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!

O que é uma imagem digital? Como a imagem é formada? Como modelar uma imagem no computador? Essas e outras
perguntas você vai conseguir responder, pois vamos estudar sobre a formação da imagem e os tipos de modelos,

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entendendo a importância de cada um deles na computação gráfica.

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Veremos também como as formas, cores, escala, proporção e funcionalidade interferem no resultado do produto. Por fim,
vamos tratar de renderização, realidade virtual e realidade aumentada. Quando finalizarmos esta aula, você vai ser capaz de
entender o processo de formação de uma imagem digital e as características da percepção visual, entendendo como as
imagens do cinema e games parecem reais.

A computação gráfica está presente mesmo na vida das pessoas que não utilizam computadores todos os dias, por
exemplo, nas campanhas publicitárias, nos filmes de animação ou comerciais, por isso, o estudo vale a pena. Foque nos
estudos e nos desafios da sua profissão!

INTRODUÇÃO À IMAGEM DIGITAL


Apontar a câmera do celular já se tornou um movimento automático para a maioria das pessoas, mas, para atuar no
mercado audiovisual, é necessário entender a base: a imagem digital.

No final do século XIX, nasceu a fotografia, tendo seus primeiros experimentos na área ainda de maneira analógica. A
imagem digital, porém, é o resultado da transformação da Terceira Revolução Industrial, quando foi possível transformar o
processo analógico de produzir imagens em um processo digital, isto é, codificado para ser entendido eletronicamente. Aí
entra o papel da computação gráfica, que é de transformar as artes analógicas em informações digitais, permitindo
manipular as criações a qualquer momento. Precisa trocar azul por vermelho? Pronto! Quer aumentar a geometria? Em
segundos! Ou seja, tudo é possível!

Uma imagem pode ser explicada como uma representação gráfica (formada por pontos) sobre uma dada superfície. Mas, o
que é uma imagem digital? É a representação de uma imagem bidimensional através de um conjunto de códigos binários
(composta de uns e de zeros), de modo que seu armazenamento, transferência, impressão, reprodução e processamento
sejam feitos eletronicamente.

Os gráficos são representações visuais em uma superfície, geralmente usados para mostrar uma cena; gráficos podem ser
bidimensionais ou tridimensionais:

Computação Gráfica 2D: também chamada de modelagem bidimensional ou arte 2D, é uma imagem em duas
dimensões (altura e largura), ou seja, não apresenta profundidade, como pode ser demonstrado na Figura 1. A imagem
2D continua sendo utilizada (em planta baixa, impressão, tipografia, entre outros), principalmente pela praticidade que
oferece.

Figura 1 | Modelo 2D
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Fonte : Wikimedia Commons.

Computação Gráfica 3D: também chamada de modelagem tridimensional ou arte 3D, permite que os projetistas
lidem com os elementos geométricos em três dimensões, ou seja: altura, largura e profundidade. Hoje, a modelagem
3D é um ramo da computação gráfica que trabalha com softwares específicos para reproduzir texturas, iluminação,
cenários e seres vivos. Além disso, essa técnica é utilizada em filmes em que personagens criados em computadores
interagem com atores reais (Figura 2). A percepção tridimensional e realista no computador relaciona-se com a
capacidade humana, pois o ser humano enxerga em três dimensões, possibilitando distinguir formas, contornos,
contrastes e a interpretação da relação espacial existente entre os objetos de uma cena. As formas tridimensionais
também ajudam na pré-visualização de uma ideia, antes mesmo de sua concepção, por isso, tem aplicação em várias
áreas. Atualmente, a computação gráfica vem atingindo um nível ainda maior com o uso dos óculos 3D, que trazem
essa perspectiva das telas para a realidade.

Figura 2 | Modelo 3D
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Fonte : Wikimedia Commons.

O uso dos modelos depende do tipo de trabalho, por exemplo: para a planta baixa de uma casa são indicados os modelos
2D (coordenadas planares), porém, em um filme, por exemplo, é indicado o uso dos modelos 3D (coordenadas espaciais).
Além disso, é muito mais barato você construir em 3D as ruas, os carros e as pessoas andando, do que produzir tudo isso.
Pense nisso!

Uma das soluções amplamente praticadas por diversos setores é a computação gráfica tridimensional, ferramenta
poderosa capaz de simular qualquer situação que a criatividade humana conduza, representando situações inclusive
complicadas, devido às limitações de prazo, de verba, de tecnologia ou produção (GONÇALVES; TESSALORO, 2018).

FORMAÇÃO DA IMAGEM
Como a imagem é formada no olho humano? Já parou para refletir que, ao direcionarmos os olhos para alguma imagem,
automaticamente nosso cérebro enxerga as cores e formatos. Como isso acontece? O olho é o órgão do sentido que está
relacionado com a captação de imagens e percepção da luz. A luz é captada pelos olhos na retina, atravessa a córnea e
chega à pupila, e é processada no córtex visual do cérebro, como mostra a anatomia do olho humano representada na
Figura 3. Cabe ressaltar que no cristalino a imagem sofre refração, formando uma imagem invertida na retina. Assim, por
mais que os movimentos no mundo real sejam contínuos, nós enxergamos através de impulsos nervosos, como se
víssemos várias fotos, uma depois da outra.

Figura 3 | Anatomia do olho humano


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Fonte : adaptado de Shutterstock.

Como a imagem é formada no computador? Podemos dizer que a computação gráfica é o estudo e manipulação de
informações visuais e geométricas através da utilização de técnicas computacionais. Contudo, existem alguns passos
importantes que precisam ser desenvolvidos, da geração ao salvamento da imagem digital, como demonstra a Figura 4.

Figura 4 | Fluxograma

Fonte: elaborada pela autora.


Descrevendo cada tópico e sua relação:

Captura: as imagens são criadas a partir de softwares de desenho. Nesta disciplina, iremos usar: o Illustrator (Ai),
InDesign (Id), Photoshop (Ps) e Premiere Pro (Pr). A Figura 5 apresenta os softwares com seus ícones e uma descrição
objetiva de sua funcionalidade. Importante mencionar que é possível importar/exportar arquivos de um software para

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o outro, de forma a explorar o melhor de cada um deles. Por exemplo, é possível importar uma imagem criada no
Adobe Photoshop para o Adobe Illustrator ou para o Adobe InDesign para criar mais efeitos.

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Figura 5 | Softwares que serão usados na disciplina

Fonte: adaptada da página Adobe (2022b ).

Visualização: as mais comuns são monitores (desktop e notebooks) e impressoras. Existe também a possibilidade de
usar dispositivos móveis como os Tablets, iOS e os Androids.

Armazenamento/Salvamento: uma vez desenhada a imagem, ela é armazenada na memória do computador como
uma sequência de bytes. Também é possível armazenar o documento na nuvem, aproveitando a segurança de saber
que as edições são salvas e sincronizadas o tempo todo. Lembrando que você pode acessar seus documentos na
nuvem pela versão da Web da Creative Cloud.

O que é o Creative Cloud? É um conjunto de mais de 20 aplicativos e serviços da Adobe Inc. que dá aos assinantes acesso a
um conjunto de softwares usados para design gráfico, edição de vídeo, desenvolvimento Web, fotografia, junto a um
conjunto de aplicativos móveis e também alguns serviços opcionais em nuvem (ADOBE, 2022a). Como vantagens, é possível
iniciar um trabalho no computador, e continuar com o mesmo projeto em seu tablet ou celular, ganhando tempo quando
não estiver perto do computador, ou seja, é possível trabalhar a qualquer momento, em qualquer lugar e entre dispositivos
de forma integrada.

APLICAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL


Você já sabe que as imagens digitais podem ser aplicadas em diversas áreas. É importante que você fique atento a cada
detalhe da imagem que está sendo gerada, pois impacta o consumidor de uma determinada forma, podendo estimular ou
dificultar uma compra, por exemplo. Neste tópico, você verá desde a ideia até a concepção de um produto e como a
imagem digital pode auxiliar nesse processo. O primeiro passo para o desenvolvimento de soluções e conceitos é identificar
as necessidades (exemplo: bonito, moderno, econômico, versátil, seguro, dentre outras), ou seja, as características
desejáveis do produto. Essa etapa é muito importante para o sucesso do projeto, pois existem vários produtos no mercado
que não satisfazem às necessidades do consumidor, gerando muita reclamação.

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O desenho, então, é criado para materializar a ideia, ou seja, o layout de um produto pode ser apresentado de forma virtual
representando um produto final que não existe fisicamente. A Figura 6 apresenta um modelo virtual 3D e o modelo físico de

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um mesmo produto.

Figura 6 | Modelo virtual e real

Fonte : Wikimedia Commons.

Existem algumas características, como: formas, cores, escala, proporção e funcionalidade que interferem no resultado do
produto, sendo importante no processo de criação definir quais sentimentos o projeto quer transmitir.

Formas: o uso das formas geométricas (círculos, retas, dentre outros) possuem significados, como mostra o Quadro 1.
Muitas vezes, a forma do produto não é questão de beleza e/ou tendência, mais de conforto e funcionalidade.

Quadro 1 | Psicologia das formas


FORMAS DESCRIÇÃO

Quadrados e retângulos Disciplina, força, coragem, segurança etc.

Triângulos Risco, perigo, poder, força etc.

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Círculos e Elipses Eternidade, universo, magia, mistério etc.

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Espirais Crescimento, vitalidade, calma etc.

Curvas Leveza, felicidade, natureza etc.

Linhas verticais Agressão, ousadia, dominação etc.

Linhas horizontais Paz, calma, tranquilidade etc.

Fonte: adaptado de Arnheim (2016).

Cores: as cores transmitem várias sensações ao nosso cérebro que, quando processadas, podem se associar a
emoções e sentimentos diversos. Por exemplo: tons dourados e prateados são associados a luxo e riqueza, como
mostra o Quadro 2.

Quadro 2: Psicologia das cores

COR SIGNIFICADO

Ouro Luxo, riqueza, extravagância, calor, prosperidade, grandeza etc.

Prata Luxo, riqueza, glamour, fascínio, natural, elegante, tecnológico etc.

Vermelho Amor, raiva, energia, velocidade, poder, calor, perigo, fogo, sangue etc.

Rosa Inocência, saúde, felicidade, romantismo, charme, brincadeira, leveza etc.

Amarelo Sabedoria, conhecimento, relaxamento, alegria, felicidade, otimismo etc.

Laranja Entusiasmo, humor, energia, equilíbrio, calor, vibração, expansão etc.

Verde Positividade, orgulho, natureza, meio ambiente, juventude etc.

Azul Credibilidade, tranquilidade, harmonia, unidade, confiança, verdade etc.

Roxo Realeza, , crueldade etc.

Branco Proteção, espiritualidade, cerimônia, misterioso, luto respeito, pureza, simplicidade, paz, humildade,
precisão etc.
COR SIGNIFICADO

Preto Poder, infelicidade, sofisticação, formalidade, elegância, medo, mal etc.

Fonte: adaptado de Clemente (2020).

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Escala: é um sistema de medidas que compara de forma pré-definida a medida de uma representação no papel e a

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medida real do que está sendo representado, como mostra o Quadro 3.

Quadro 3 | Escalas de um desenho

ESCALA FUNÇÃO

Natural Quando a dimensão do objeto no desenho é igual à sua dimensão real. Escala 1:1.

Redução Quando a dimensão do objeto no desenho é menor que a sua dimensão real. Escala 1:X com X>1.

Ampliação Quando a dimensão do objeto no desenho é maior que a sua dimensão real. Escala X:1 com X>1.

Fonte: adaptado de Santos (2016).

Proporção: as proporções devem ser respeitadas, mesmo que o desenho esteja sem medidas e escalas, de forma a
produzir uma associação visualmente agradável e harmônica entre os componentes.

Funcionalidade: a funcionalidade deve ser pensada no processo de criação, tendo em vista que a criação de um
produto é implementada para suprir necessidades, por isso, é importante coletar o máximo de dados para que o
produto seja capaz de atender às exigências previstas, e a função para a qual está sendo criada.

Outro tópico importante é a renderização que cria imagens fotorrealistas, também chamada de imagem de catálogo,
auxiliando na estética do produto. É uma técnica que transforma dados digitalizados brutos, com o objetivo de melhorar a
experiência do usuário, transformando os modelos (2D ou 3D) em imagens 2D renderizadas, com o objetivo de encantar o
consumidor, persuadindo-o a adquirir os produtos e serviços que anuncia. Após a imagem pronta no software você pode
fazer a renderização, como mostra a Figura 7, desenhada no Photoshop e renderizada no 3ds Max.

Figura 7 | Imagem renderizada


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Fonte : Wikimedia Commons.

A realidade virtual e a realidade aumentada também têm ganhado bastante espaço no mercado de trabalho. O
desenvolvimento de projetos não é mais como tempos atrás. Hoje, é possível caminhar por um cômodo que ainda nem
existe e observar todos os detalhes dele, graças à realidade virtual. Já a realidade aumentada permite que o consumidor
“experimente” uma roupa vendida pelo e-commerce sem sair de casa, com aplicativos que utilizam as imagens do cliente
capturadas por uma webcam, e as sobrepõe em tempo real com roupas virtuais do catálogo, como um vestuário virtual.
Baseado nessas informações, é possível concluir que ainda há muito campo para explorar o uso das imagens digitais!

VÍDEO RESUMO
Você verá a apresentação sobre modelos bidimensionais (2D) e tridimensionais (3D); a imagem formada pelo olho humano
e pelo computador, descrevendo os softwares que serão usados na disciplina. Verá também algumas características, como:
formas, cores, escala, proporção e funcionalidade, que influenciam no resultado de um produto. Por fim, verá mais sobre a
imagem renderizada, realidade virtual e realidade aumentada.

 Saiba mais
A Psicologia das Cores é um estudo que revela como o cérebro humano identifica e entende as cores de diferentes
formas, influenciando em suas emoções, sentimentos e desejos. Podemos ver a atuação das cores na publicidade,
arquitetura, moda, design, entre outras áreas. Por isso, sugiro a leitura do artigo de Stamato, Staffa e Von Zeidler
(2013), com o título: A Influência das Cores na Construção Audiovisual.
STAMATO, A. B. T.; STAFFA, G.; VON ZEIDLER, J. C. 2013. A Influência das Cores na Construção Audiovisual . Intercom –
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Anais... XVIII Congresso de Ciências da
Comunicação na Região Sudeste, Bauru/SP.

Além disso, convido você a estudar com mais profundidade a realidade virtual e a realidade aumentada a partir de

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aplicações e tendências. Para que você possa responder o que acha sobre o uso dessas ferramentas na sua área de
atuação?

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Aula 3

SISTEMA DE CORES
Nesta aula, vamos aprender sobre: pixel, bitmap e vetor, além da importância de cada um desses conceitos
na geração das imagens digitais. Vamos também estudar a diferença entre imagem original e
redimensionada.
17 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, caro estudante! Nesta aula, vamos aprender sobre: pixel, bitmap e vetor, além da importância de cada um desses
conceitos na geração das imagens digitais. Vamos também estudar a diferença entre imagem original e redimensionada.
Por fim, vamos tratar das principais diferenças dos métodos de geração das imagens digitais, explicando as vantagens e
desvantagens nos projetos de design.

Ao final desta aula, você será capaz de entender sobre os diversos tipos de imagens e quando usar cada um dos tipos a
partir da sua aplicação.

Para aperfeiçoar suas habilidades em rasterizar e vetorizar imagens é fundamental praticar bastante para aumentar seus
conhecimentos. Bons estudos!

INTRODUÇÃO AOS TIPOS DE IMAGEM DIGITAL


Para entender a computação gráfica, precisamos esclarecer que nem todas as imagens digitais são iguais, contudo elas são
geradas a partir do pixel.

Afinal, o que é pixel? Um pixel é a menor unidade convencional de uma imagem digital, ou seja, nada mais do que pontos
pequenos e coloridos em seu monitor. Além disso, o pixel é o único elemento que compõe uma imagem. A cor de cada pixel
é resultado da combinação de três cores primárias: vermelho, verde e azul, também chamada RGB (R: Red, G: Green e B:
Blue). Quando ampliamos uma imagem no computador, vemos um quadriculado, ou seja, o zoom nas imagens revelam os
pixels, como mostra a Figura 1.

Figura 1 | Representação do Pixel


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Fonte : Wikimedia Commons.

A computação gráfica é baseada em pixels que são agrupados em linhas (largura - W: Width, em inglês) e colunas (altura - H:
Height, em inglês), como apresenta a Figura 2. Semelhante a um desenho que você cria à mão, usando a régua, a imagem
digital é criada através da definição de pixels responsáveis pela definição da largura e da altura da imagem.

Figura 2 | Descrição de um pixel

Fonte : Wikimedia Commons.

Na prática, uma imagem digital de 800 x 600 pixels, por exemplo, tem em sua composição 800 pixels de largura por 600
pixels de altura, ou seja, é formada por 480.000 pixels. Dessa forma, podemos concluir que, quanto mais pixels tiver uma
imagem, melhor será sua qualidade.

Existe uma relação entre pixel e matriz? Existe sim, também chamada matriz de pixel. Na matemática computacional e
de forma semelhante à matemática básica, a matriz é definida como uma tabela de tamanho ‘m x n’ constituída por
números, em que ‘m’ representa o número de linha (fileiras horizontais) e ‘n’ o número de colunas (fileiras verticais). Os
pixels são representados por quadrados/retângulos localizados um do lado do outro, formando a matriz, e geralmente as
imagens são criadas de forma simétrica. Além disso, manipulações nas imagens podem ser realizadas a partir de operações
em suas linhas e colunas (SILVA; MARTINS, 2017).
De forma prática, vamos representar uma matriz de pixel (Figura 3) através da imagem de um rosto sorrindo, por uma
matriz 11 x 7, ou seja, m = 11 e n = 7. A matriz de pixel é binária, pois os seus elementos são os números 0 e 1, e são eles
que especificam a cor do pixel. Por ser uma matriz binária ou booleana, como é chamada na literatura, tem apenas dois
estados (0 ou 1): a cor preta é representada pelo 0 e a cor branca é representada pelo 1.

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Figura 3 | Matriz de pixels

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Fonte: elaborada pela autora.

Segundo Albuquerque e Albuquerque (2000), a organização de uma imagem sob a forma de uma matriz de pixels é
realizada de forma simétrica, com o objetivo de facilitar a implementação eletrônica, tanto dos sistemas de aquisição como
dos sistemas de visualização de imagens. Além disso, a forma mais comum para a representação do pixel é a forma
quadrangular, na qual as medidas de distância podem ser realizadas somando os quadrados, porém, é importante
atentar para as possíveis complicações em medidas de distância quando trabalhamos com um pixel que não tem a forma
quadrada.

CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE IMAGENS DIGITAIS


A computação gráfica destina-se à geração de imagens animadas ou estáticas. Contudo, existem formas bastante distintas
de gerar imagens, com suas vantagens e desvantagens. Elas são classificadas em relação a sua origem como: imagens em
Bitmap e imagens Vetoriais.

O que são imagens Bitmap? São imagens mapeadas por bits (Figura 4), onde basicamente cada pixel é um bit, e o
conjunto deles formam o mapa que é interpretado pelo computador, por isso também são chamadas de mapa de bits. O bit
é a menor parcela de informação processada por um computador, assim cada pixel tem um valor específico que o
computador vai interpretar e exibir na tela. Tendo isso em mente, fica fácil entender que cada pixel terá um valor de cor e
com isso podemos compreender como as imagens virtuais são geradas.

Figura 4 | Ilustração bitmap de uma árvore de Natal


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Fonte : Wikimedia Commons.

Analisando a Figura 4, é possível perceber percentuais de cores primárias em cada pixel, porque as imagens em bitmap são
geradas a partir de uma tabela cujos elementos possuem código de cores a partir das cores primárias. Uma cor no modelo
RGB pode variar entre o mínimo (quando todas as cores estão no menor valor gerando a cor preta – R:0, G:0 e B:0) e o
máximo (todas no maior valor gerando a cor branca – R:255, G:255 e B:255). Nos softwares é feita a conversão para o
sistema hexadecimal (Figura 5), na qual o preto é representado por #000000 e o branco por #FFFFFF.

Figura 5 | Gráfico de cores


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Fonte : Wikimedia Commons.

Um bitmap pode ser monocromático, em escala de cinza ou colorido. Porém, quanto maior a quantidade de cores, maior
será o número de bits destinados a codificar a cor de cada pixel, maior a tabela e também o tamanho do arquivo. A
qualidade da imagem está relacionada à quantidade de pixels por bits e, no sistema binário de base 2, ‘n’ dígitos binários
podem ser representados por 2n números diferentes. Por exemplo:

1 bit por pixel: 2 diferentes cores possíveis (preto ou branco), pois um bit pode assumir somente 2 valores binários (0
ou 1).

1
2 = 2

8 bits por pixel: 256 diferentes cores possíveis.

8
2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 256

Existem alguns softwares que manipulam bitmaps, como é o caso do Photoshop, no qual é possível alterar a cor de um
único pixel, permitindo edição de imagens de forma a representar cores mais eficientes. Exemplos comuns de imagens do
tipo bitmaps são as fotografias digitais, e os formatos mais comuns são: JPEG, GIF, TIFF, BMP e PNG.

O que são imagens Vetoriais? São imagens geradas a partir de vetores matemáticos em que, no lugar dos pixels, existem
fórmulas matemáticas, ou seja, cálculos realizados automaticamente por softwares, permitindo recalcular os formatos. É
possível criar uma figura vetorial do zero, usando primitivas geométricas de formas, ou seja, desenhando pontos, linhas,
curvas, polígonos, textos, elipses, entre outros elementos paramétricos, como mostra a Figura 6.

Figura 6 | Imagens vetoriais

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Fonte : Wikimedia Commons.

Os programas mais utilizados por designers para trabalhar imagens vetoriais são o Illustrator e o CorelDraw. Os formatos
mais comuns são: AI, CDR, SVG, EPS e WMF.

DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE IMAGEM DIGITAL


Qual a diferença entre imagens Bitmaps e vetoriais?

Além da estrutura, considerando que as imagens bitmap são compostas por pixels mapeados e as imagens vetoriais são
formadas por cálculos matemáticos automáticos, realizados pelo computador, existem várias outras diferenças. A Figura 7
mostra uma comparação dos dois formatos.

Figura 7 | Comparação da varredura vetorial e bitmap


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Fonte : Wikimedia Commons.

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Com base na Figura 7, vamos analisar as principais diferenças:

a. Capacidade de ampliação: na imagem bitmap, se o seu tamanho for aumentado, ela perde resolução, pois sofre
distorção, porque a imagem cria novos pixels para que ela atinja o tamanho pretendido. Assim, não apresenta boa
qualidade, ficando borrada, serrilhada e até mesmo sem resolução. Em contrapartida, imagens vetoriais não perdem
qualidade quando seus tamanhos são alterados, pois a imagem formada por vetores é praticamente ilimitada, você
poderá́ aumentá-la infinitas vezes sem que seja perdida a resolução e as características de definição da imagem, ou
seja, não apresenta distorção quando ampliada.

b. Armazenamento: as imagens vetoriais, em geral, são mais leves, pois armazenam fórmulas matemáticas e
reconstroem a imagem cada vez que é apresentada na tela. Já a imagem bitmap armazena o conteúdo de cada pixel
que forma a imagem, pois precisa guardar informações de cor para cada pixel, por isso seu peso aumenta à medida
que aumenta também o tamanho o arquivo, necessitando de muita memória para imagens grandes. Contudo, se a
imagem for pequena, terá menos pixels e, nesse caso, o arquivo será mais leve.

c. Rapidez de carregamento: como, em geral, os tamanhos de arquivo para imagens vetoriais são pequenos, pois
contêm menos dados que as imagens bitmaps, são mais rápidos de serem carregados, facilitando o trabalho do
design.

d. Facilidade de edição: as imagens vetoriais são mais fáceis de editar, pois existe a facilidade de editar vetores,
modificando suas formas, podendo eliminar elementos e alterar as cores (RIBEIRO, 2018). O mesmo não se aplica a
imagens em bitmap, pois você precisa editar pixels.

e. Aplicação: os vetores são utilizados principalmente na criação de marcas (logotipos), banners, ilustrações,
renderizações, animações e impressões. A imagem bitmap é muito usada para fotografia e indicada para
representação de imagens com alto nível de detalhes. Assim, o melhor formato depende da sua necessidade.

Como transformar uma imagem de Bitmaps para uma imagem em vetores, e vice-versa?

Existem as duas possibilidades:

a. Como rasterizar uma imagem: chamamos de rasterização o processo de transformar uma imagem vetorial em uma
imagem bitmap (composta de pixels), como mostra a figura 8. Na computação gráfica, podemos chamar de imagem
raster, matriciais ou bitmap as imagens que contêm a descrição de cada pixel, por isso a origem do nome rasterização.

Figura 8 | Imagem raster


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Fonte : Wikimedia Commons.

b. Como vetorizar imagens: chamamos de vetorização o processo de transformar uma imagem bitmap em uma imagem
vetorial, transformando os pixels de uma imagem em pontos, linhas e curvas, com a possibilidade de modificar seus
elementos de forma individual. Com softwares de design gráfico é possível vetorizar uma imagem do zero ou
transformar uma figura bitmap em vetor, gerando os vetores a partir dos pixels, como mostra a Figura 9. Dessa forma,
a vetorização pode ser usada para aumentar a qualidade da imagem original. Porém, se as imagens forem muito
pequenas, pode ocorrer perda da definição.

Figura 9 | Imagem vetorial criada a partir da imagem bitmap

Fonte : Wikimedia Commons.

Alguns softwares trabalham com imagens vetoriais e permitem a exportação para bitmap, como, por exemplo, o Illustrator,
o InDesign e o Corel Draw. Outros permitem a importação de imagens de vetoriais para o bitmap, como, por exemplo, o
Photoshop.
VIDEO RESUMO
Nosso vídeo vai apresentar o pixel e os tipos de imagem gerados na computação gráfica: imagem bitmap e imagem vetorial,
bem como as diferenças entre elas, suas vantagens e desvantagens. Além disso, vamos falar sobre os processos de
rasterizar e vetorizar imagens, e o que seria a imagem fractal e suas aplicações.

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 Saiba mais
Existe um tipo especial de imagem, gerada por computador, que mistura os conceitos de imagem bitmap e imagem
vetorial, denominada: imagem fractal. É um tipo de imagem gerada a partir de um algoritmo matemático em um
computador, porém renderizada como a imagem bitmap. Na computação gráfica, os fractais têm sido utilizados como
base de animações digitais, pois auxiliam na criação de texturas, simulação de vegetação ou mesmo na construção de
paisagens complexas (SALLA, 2018).

Para saber mais, acesse o artigo de Assis et al. (2008), Geometria fractal: propriedades e características de fractais
ideais.

Aula 4

FINALIZAÇÃO DE ARQUIVO
Nesta aula, vamos estudar sobre a qualidade de uma imagem, resultado de sua resolução e tamanho.
Atualmente, temos uma grande variedade de softwares e muitos formatos de arquivos. Por isso, veremos
os principais formatos usados na computação gráfica, explicando suas funcionalidades e diferenças.
18 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Nesta aula, vamos estudar sobre a qualidade de uma imagem, resultado de sua resolução e tamanho.
Atualmente, temos uma grande variedade de softwares e muitos formatos de arquivos. Por isso, veremos os principais
formatos usados na computação gráfica, explicando suas funcionalidades e diferenças. Por fim, vamos falar sobre os
fechamentos de arquivos e qual a melhor forma de endereçá-los.

Ao final desta aula, você será capaz de escolher com mais eficiência o formato ideal para cada projeto, otimizando o
desenvolvimento de materiais gráficos. A verdade é que não existe um formato que só tenha vantagens! Então, é necessária
a avaliação do melhor formato para a respectiva aplicação.

O meio digital gera grandes oportunidades, por isso é importante que você fique atento para fazer o uso adequado das
imagens digitais e, dessa forma, consiga resultados no mercado de trabalho. Vamos iniciar!

QUALIDADE DE UMA IMAGEM DIGITAL


Na prática, uma imagem digital de 800 x 600 pixels, tem em sua composição 800 pixels de largura por 600 pixels de altura,
ou seja, é formada por 480.000 pixels. Quanto mais pixels tiver uma imagem, maior o volume de informação armazenada,
melhor sua resolução e mais ela se aproxima da imagem original.

A qualidade de uma imagem digital é definida a partir de dois fatores:

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Tamanho da imagem: é a sua dimensão, ou seja, o número de pixels na horizontal e vertical, representada por dois

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números inteiros. O primeiro número é a quantidade de colunas (largura) de pixels e o segundo é o número de linhas
(altura) de pixels. A Figura 1 mostra um exemplo de tamanho de tela de um iPhone, de 1792 x 828 pixels ou somente
px, abreviação de pixel.

Figura 1 | Tamanho da tela

Fonte: elaborada pela autora.

Resolução da imagem: quantidade de pixels existentes em cada polegada (ppi, que significa, em inglês, pixel per inch),
descrevendo o nível de detalhes de uma imagem, ou seja, quanto maior a resolução, mais detalhes essa imagem
apresenta. A Figura 2 apresenta uma imagem com diferentes resoluções. Fique atento, pois ppi é diferente de dpi. O
dpi (pontos por polegada, que significa, em inglês, dots per inch) serve mais como um índice de qualidade das
impressoras (SILVA; CARDIA; HOFFMANN, 2021).

Figura 2 | Comparação entre resolução da imagem

Fonte : Wikimedia Commons.

Quanto maior a tela, maior a quantidade de pixels que cabe nela? Isso não é bem verdade, pois depende da resolução.
Chamamos de densidade de pixel a relação entre o tamanho da tela e a quantidade de pixels em um espaço físico,
normalmente 1 polegada (in ou inch, em inglês). O pixel não tem um tamanho definido, pois depende do tamanho da tela
em que a imagem é exibida. Quanto menor a tela e maior a resolução, maior será o ppi. Da mesma forma, quanto maior o
aparelho e menor a resolução, menor será o ppi. A grande importância de ter uma tela com densidade alta é que isso
diminui o espaço entre os pixels e ajuda a formar uma imagem mais nítida. Deste conceito originaram-se as resoluções de
tela que temos no mercado atualmente, como mostra a Figura 3.

Figura 3 | Comparação entre as resoluções de tela

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Fonte : Wikimedia Commons.

A densidade de pixel é calculada pela equação:


2 2
√ largura +altura

densidade =
tamanho da tela em polegadas

Exemplo: um celular com tela de LCD com tamanho de 3 polegadas possui resolução de 480 pixels por 800 pixels. Calcule a
densidade de pixel do aparelho.
2
√ 480 +8002 933 pixels
densidade = → densidade = → densidade = 311 ppi
3 polegadas 3 polegadas

Atenção: se você alterar a resolução da imagem, a largura e a altura serão modificadas para manter a mesma quantidade
de dados, ou seja, para não perder a qualidade. Isso implica na alteração da imagem original (tamanho original, sem
alterações - Figura 4a) para uma imagem redimensionada (tamanho alterado para novas dimensões - Figura 4b).

Figura 4 | Representação de uma imagem digital


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Fonte: adaptada de França (2022).

FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS


Atualmente, existe uma infinidade de softwares para todo tipo de aplicação, e é incrível contar com toda essa diversidade.
Porém, quando o assunto é formatos (extensões), pode gerar muita confusão.

Os formatos mais comuns de imagens do tipo bitmaps são: JPEG, GIF, TIFF e PNG.

1. JPEG (Joint Photographic Experts Group) ou JPG: criado em 1986, pelo JPE Group. Usado para
compactação/compressão de imagens digitais, em especial fotografias, eliminando redundâncias e resultando em
alteração do tamanho do arquivo, porém perde informação e qualidade da imagem. Trabalha com quase 16,8 milhões
de cores (24 bits), porém não suporta imagens com fundos transparentes.

Indicado para: fotografia, imagens complexas etc.

2. GIF (Graphics Interchange Format): criado em 1987, pela CompuServe. Assim como o JPEG, também cria imagens em
tamanho reduzido. Porém, é usado em qualquer tipo de imagem que não necessite de muitas cores, pois trabalha com
apenas 256 (8 bits). Em 1989, houve uma revisão do formato, o GIF possibilitou a exibição de uma sequência de
imagens, produzindo a sensação de imagens em movimento sem áudio, gerando o chamado GIF animado. Além disso,
suporta imagens com fundo transparente.

Indicado para: desenhos simples, animações, ícones, imagens leves para a web etc.

3. TIFF (Tagged Image File Format) ou TIF: criado em 1986, pela Aldus Corporation. Apresenta baixa ou quase nenhuma
compactação/compressão, mantendo a resolução da imagem. Permite armazenar imagens em camadas em um único
arquivo e suporta o fundo transparente. Porém, como desvantagem, apresenta um formato pesado.

Indicado para: fotografia, imagens médicas, impressão etc.


4. PNG (Portable Network Graphics): criado em 1996, pela W3C. Apresenta compactação/compressão de imagens com
alta qualidade e sem perdas de informação. Possui até 16 milhões de cores, exibindo detalhes com nitidez; também
usado para artes com fundo transparente e/ou imagem semitransparente. Não é muito indicado para impressão, pois
não suporta o padrão de cores CMYK (Cian, Magenta, Yellow and Black), padrão utilizado para impressos em papel.

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Indicado para: fotografia, web, imagens complexas etc.

Os formatos mais comuns de imagens vetoriais são: SVG, EPS, PDF e os formatos nativos de softwares, como AI (Illustrator),

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PSD (Photoshop) e CDR (Corel Draw). Por ser um padrão vetorial, as imagens nesse formato não apresentam perda de
qualidade ao serem ampliadas ou reduzidas.

1. SVG (Scalable Vector Graphics): criado em 2001, pela W3C. Utiliza a linguagem XML e suporta transparência.

Indicado para: logotipos, ícones, animações etc.

2. EPS (Encapsulated Postscript): criado pela Adobe, no fim dos anos 1980. Usado para armazenar gráficos vetoriais
com cores sólidas, ou seja, sem gradientes. Formato indicado para impressões. Pode abrir imagens bitmaps.

Indicado para: logotipos, outdoors etc.

3. PDF (Portable Document Format): criado pela Adobe Systems, em 1993. É um formato usado de forma global por ser
um arquivo flexível (acessado por várias plataformas e aplicativos). O principal software de leitura desse formato é o
Adobe Reader. Indicado para processos de editoração e impressão, por preservar o layout, as fontes, os bitmaps e os
gráficos com alta precisão.

Indicado para: revistas, jornais, Ebooks etc.

Diante de tantos padrões, qual é o melhor formato? Depende da aplicação que você vai dar à imagem, pois cada padrão
tem uma finalidade. É importante que você saiba o que cada formato tem a oferecer para poder tomar decisões acertadas
em relação às suas necessidades.

FECHAMENTO DE ARQUIVO
Arquivo fechado é um arquivo que não permite mais edição ou modificação de conteúdo. Esse formato é ideal para ser
enviado ao seu destino final, mostrando o resultado de sua arte. Contudo, antes de enviar o arquivo, é importante que você
verifique se atende aos requisitos, como: formato, cores, resolução, dentre outros.

Segundo a Embrapa (2019), existem algumas recomendações para fechamento de arquivos:

Em vetores, utilize a menor quantidade possível de pontos, pois muitos pontos retardam o processamento do arquivo
e podem causar erros.

Envie o arquivo aberto e fechado para conferência, pois, surgindo problemas de desformatação de textos ou figuras, o
arquivo aberto permite ajustes.

Também é importante ter atenção ao destino:

a. Fechamento de arquivos para web? Os formatos mais utilizados na internet são o JPEG, PNG e GIF (ALECRIM, 2013).
Pesquisas apontam que cerca de 65% dos dados que circulam na internet correspondem a imagens, sendo que 90%
estão no padrão JPEG. Isso se deve, entre outras coisas, ao seu pequeno formato, porém o PNG é recomendado
quando se deseja uma qualidade um pouco maior. Os GIFs animados também têm ganhado mercado e são uma boa
estratégia de engajamento com os clientes, mas não deve ser usado em excesso para não passar falta de seriedade,
somente se esse for o propósito. Além disso, alguns softwares já fazem o encaminhamento direto para a web, como,
por exemplo o Photoshop, que possui uma função de “Salvar para a web e outros dispositivos”, fazendo a compactação

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do arquivo, permitindo que você configure requisitos, como taxa de compactação, nível de qualidade, tamanho etc.

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b. Fechamento de arquivos para indústria gráfica? Atualmente, os formatos mais utilizados para impressão são o TIFF
e o PDF. O TIFF é utilizado por muitas gráficas por imprimir em alta resolução. O PDF também é uma ótima opção, pois
preserva as informações da imagem e evita erros no processo de impressão. Além disso, é importante que os arquivos
estejam no modo CMYK (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto) e com resolução média de 300 dpi. Na impressão, é
importante que você tenha segurança, ou seja, o que você está vendo na tela deve sair na impressão. Uma dica ao
enviar o arquivo para a gráfica é ficar atento ao formato a ser impresso, para ter o melhor aproveitamento do papel,
evitar desperdício e reduzir o custo final da impressão.

c. Fechamento de arquivo audiovisual? “Uma obra audiovisual destina-se ao mesmo tempo a ser ouvida e vista e
consiste em uma série de imagens relacionadas, acompanhadas de sons registrados em um suporte adequado”
(EDMONDSON, 2017). Os documentos audiovisuais incluem registros visuais, com ou sem trilha sonora. Alguns
suportes apresentam enormes desafios de preservação ao conteúdo dos documentos e enfrentam problemas, como
fragilidade do material (sujeitas a degradação química e física), armazenamento, dentre outros (LIMA, 2020). Algumas
categorias de suportes são encontradas em museus, como o vinil e a fita cassete. Outros ainda são encontrados em
uso, como o CD (Compact Disc) e o BD (Blu-ray Disc). Na contemporaneidade, existem plataformas online de
armazenamento para arquivos audiovisuais, incluindo a possibilidade de comprar/alugar em streaming, atendendo às
necessidades de disseminação e recuperação da informação. Também identifica-se o uso das redes sociais digitais,
como o: Vimeo, YouTube, Facebook e Instagram, como plataformas de arquivamento de conteúdo audiovisual
(CAJAZEIRAS; SOUZA, 2020).

VIDEO RESUMO
Nosso vídeo vai apresentar como definir a qualidade de uma imagem digital. Vamos ver também como calcular a densidade
do pixel. Apresentaremos os formatos mais comuns utilizados atualmente por profissionais da computação gráfica e suas
características mais marcantes. Por fim, faremos uma abordagem sobre o fechamento de arquivos e seu destino, além da
definição de canal alpha e sua importância.

 Saiba mais
Você sabe o que é um canal alpha? As imagens digitais possuem três cores em sua composição: vermelho (R), verde (G)
e azul (B). As outras cores que enxergamos nas telas são resultado das fusões e alterações de intensidade dessas cores
básicas. Essas três cores primárias são chamadas de canais, ou seja, uma imagem digital possui três canais. Porém,
existe um canal extra, chamado canal alpha (RGBA), onde você tem a transparência, porém, ele não é suportado por
todos os formatos. A transparência nada mais é do que a ausência da informação de cor, também chamada de
opacidade (GALLETI; SOARES, 2016).

Para saber mais, acesse o artigo de FONSECA et al. (2005), Texturas com relevo utilizando processamento paralelo.

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Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE

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11 minutos

VISÃO GERAL DA COMPUTAÇÃO GRÁFICA


Na computação gráfica, há conceitos e técnicas que devem ser aplicados nos projetos digitais para se obter gráficos e
imagens com qualidade. A evolução dos hardwares e dos softwares tem contribuído para a entrega de projetos com
experiências cada vez mais realistas para os usuários, nas mais diversas áreas e aplicações no mundo moderno. Por isso, é
uma área em grande escalada e com um crescimento promissor para os próximos anos.

Apesar da ferramenta ser computacional, o profissional precisa ser criativo para extrair o melhor do software e criar
projetos sofisticados, por isso é uma competência exigida. A criatividade faz parte das características de um bom design,
pois a profissão exige processos de criação e soluções inspiradoras, por isso, a criatividade é fundamental. Existem diversos
softwares utilizados na computação gráfica, tanto gratuitos quanto pagos no mercado, e a escolha do que usar deve ser
baseada no tipo de projeto a ser desenvolvido: modelos bidimensionais (2D) ou tridimensionais (3D), animação, vídeo,
dentre outros. Nesta disciplina, usamos os softwares da Adobe: Illustrator (Criação de Gráficos Vetoriais), InDesign (Criação
e Edição de Páginas e Layout), Photoshop - Criação e Edição de Imagens) e Premiere Pro (Criação e Edição de Vídeos).

Quando você for desenvolver qualquer trabalho, é importante ficar atento à qualidade da imagem, que está associada ao
seu tamanho e resolução. Também deve se ater ao padrão de cores que vai ser utilizado, o RGB (Vermelho, Verde e Azul) é o
padrão para telas e o CMYK (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto) é o modo de cores destinado à impressão. Dependendo da
aplicação, também existe o tipo de imagem mais adequada. Por exemplo: as imagens bitmaps são indicadas para
representação de imagens com alto nível de detalhes, mas perdem qualidade ao serem ampliadas, pois são formadas por
pixels; já as imagens vetoriais são geradas a partir de vetores matemáticos que usam primitivas geométricas de forma, por
isso não perdem resolução ao serem ampliadas.

Existem muitos softwares no mercado e uma grande quantidade de formatos de arquivos com suas vantagens e
desvantagens. Quando a arte estiver pronta, você deve ficar atento ao melhor formato a ser salvo o seu trabalho, pois essa
escolha vai impactar na qualidade da sua imagem e na entrega do seu trabalho. Além disso, o destino da sua arte também
deve ser levado em conta na escolha do formato, pois arquivos para web usam comumente o formato JPEG, PNG, GIF,
dentre outros, já o fechamento de arquivos para gráficas usa comumente o formato TIFF, PDF, dentre outros. Muitos
trabalhos também estão sendo solicitados para as redes sociais (YouTube, Facebook e Instagram) como plataformas de
arquivamento de conteúdo audiovisual. Essas mídias digitais têm um enorme leque de funcionalidades, ferramentas e
técnicas que contribuem para a divulgação de pessoas e/ou empresas, e os profissionais da área de design estão sendo
altamente requisitados para prestar serviços atendendo a essas necessidades.

REVISÃO DA UNIDADE

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Abordaremos neste vídeo como a computação gráfica é essencial no dia de hoje, para as mais distintas áreas. A criação de

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modelos (2D e 3D) e as características interferem no resultado do produto. Veremos como a imagem é formada pelo
computador, explicando a diferença entre imagem bitmap e imagem vetorial. Por fim, veremos como a qualidade de uma
imagem digital é definida e a importância do uso dos formatos para fechamento de arquivos.

ESTUDO DE CASO
Para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha atualmente em um agência de publicidade e um cliente o
procurou para produzir a logomarca de sua empresa para ser usada em formato impresso e na web, nas mídias sociais da
empresa.

Sabe-se que a marca é o principal ativo de uma empresa, por isso, mais que um nome, ela representa o conceito do
produto na mente das pessoas.

Você foi selecionado por sua chefia por ter habilidades e capacidades de criar excelentes logotipos para empresas e por
dominar diversos softwares do mercado.

Qual seria a melhor imagem (bitmap ou vetorial) para a criação da logomarca, e qual seria o melhor formato de arquivo
para entregar para o cliente?

 Reflita
Você deve refletir sobre os itens essenciais para realizar a entrega da logomarca para o cliente:

• É importante uma pesquisa com o cliente para criar apontamentos para iniciar a arte digital?

• Qual seria o melhor tipo de imagem (bitmap ou vetorial) para criação de logomarcas?

• Na escolha do tipo de imagem (bitmap ou vetorial) deve ser considerado que a logomarca vai ser usada em formato
impresso e na web?

• Qual seria o melhor formato de arquivo?

• O arquivo deve ser entregue em um único formato?


RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
A produção dos materiais gráficos, seja para impressão ou para o formato digital, exige ferramentas que entreguem ao
profissional agilidade e precisão, para produzir uma arte que se alinhe às necessidades de um mercado cada vez mais
exigente. Além disso, produzir a logomarca para um cliente é um trabalho muito importante, pois a criação da marca de

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uma empresa torna-a consistente e reconhecida no mercado.

A primeira coisa a fazer é realizar uma pesquisa com o seu cliente para saber o que ele quer, quais as cores que ele prefere,

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tipografia (tipos de fontes), símbolos, dentre outras características, de forma que você crie o conceito para o
desenvolvimento, ou seja, você tenha um esboço/parâmetros para começar sua criação. Faça um briefing, que é o que
transmite ao designer aquilo que o cliente quer e espera do seu logotipo ou de qualquer outra peça de design (PHILLIPS,
2018).

Depois, você deve iniciar a arte, transformando as ideias que tem no papel em um arquivo, portanto, é muito importante o
conhecimento dos softwares de computação gráfica disponíveis no mercado. Para logomarcas, o ideal é que você utilize
imagem vetorial, pois trabalha desenhando pontos, linhas, curvas, polígonos, textos, elipses, entre outros elementos
paramétricos que uma logomarca precisa. Uma indicação de aplicativo seria o Illustrator ou o Photoshop, softwares que
você irá aprender neste curso, pois são utilizados para manipular vetores. Além disso, você deve ficar atento para saber
qual seria o melhor formato de arquivo para entrega da encomenda baseado na informação sobre a aplicação do logo do
seu cliente, já que tem formatos apropriados para cada destino. Porém, um bom designer sempre entrega uma variedade
de tamanhos de imagem e formatos de arquivo para que possam ser usados nas mais diversas aplicações. Além disso, é
importante que você mesmo teste em diferentes aplicações e que retorne a arte para um feedback do cliente.

Lembre-se que o mais importante em um logotipo é que represente a marca e dê a ela seu devido destaque. Por fim,
sempre tenha em mente que o designer não é um mero 'decorador de páginas', mas um aliado na construção de valor de
uma marca/produto, com base nas necessidades e objetivos de seus clientes.

RESUMO VISUAL

Introdução à • Importância para o mercado.


Computação
Gráfica • Hardwares e softwares.

Imagem Digital • Modelos 2D e 3D.

• Formação de uma imagem digital.

Sistema de cores • Pixel, Bitmap e Vetor.

• Rasterização e Vetorização.
Finalização de • Resolução e tamanho.
arquivo
• Formato e fechamento de arquivo para: web, indústria gráfica e audiovisual.

REFERÊNCIAS

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5 minutos

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Aula 1
AZEVEDO, E.; CONCI, A.; VASCONCELOS, C. Computação Gráfica. Teoria e Prática: Geração de Imagens. v. 1, 2. ed. Rio de
Janeiro, Elsevier, 2018.

SCURI, A. E. Fundamentos da Imagem Digital. 1. ed. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Tecgraf/PUC-Rio, 2002.

SILVA, J. V. L. Computação gráfica e prototipagem rápida dinamizam e aprimoram cirurgias complexas. Canal Ciência.
2005. Disponível em: https://www.canalciencia.ibict.br/ciencia-em-sintese1/ciencias-da-saude/149-computacao-grafica-e-
prototipagem-rapida-dinamizam-e-aprimoram-cirurgias-complexas. Acesso: 12 jun. 2022.

Aula 2
ADOBE. O que posso fazer com a Creative Cloud? Disponível em: https://www.adobe.com/br/creativecloud.html. Acesso
em: 18 jun. 2022a.

ADOBE. Todos os Produtos. Disponível em: https://www.adobe.com/br/products/catalog.html?


types=pf_252Fdesktop&types=pf_252Fmobile&types=pf_252Fweb. Acesso em: 18 jun. 2022b.

ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: Uma psicologia da visão criadora. 1. Ed. São Paulo: Cengage, 2016.

AZEVEDO, E.; CONCI, A.; VASCONCELOS, C. Computação Gráfica. Teoria e Prática: Geração de Imagens. v. 1. 2. Ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2018.

CLEMENTE, M. Entenda o que é Psicologia das Cores e descubra o significado de cada cor. Disponível em:
https://rockcontent.com/blog/psicologia-das-cores/. Acesso em: 19 jun. 2022.

GONÇALVES, G. P.; TESSALORO, F. M. 2018. Computação Gráfica 3D na Publicidade. Comunicação - Reflexões,


Experiências, Ensino. v. 14. p. 115-129, Curitiba, 2018. Disponível em:
https://faesadigital.files.wordpress.com/2018/07/1073-2687-1-pb.pdf. Acesso em: 18 jun. 2022.

SANTOS, C. S. Desenho Técnico. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016.

STAMATO, A. B. T.; STAFFA, G.; VON ZEIDLER, J. C. A Influência das Cores na Construção Audiovisual. Intercom –
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Anais... XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na
Região Sudeste, Bauru/SP. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/sudeste2013/resumos/R38-1304-1.pdf.
Acesso em: 19 jun. 2022.
Aula 3
ALBUQUERQUE, M. P.; ALBUQUERQUE, M. P. 2000. Processamento de Imagens: Métodos e Análises. Rio de Janeiro:
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas MCT. Disponível em: https://mesonpi.cat.cbpf.br/e2002/cursos/NotasAula/PDSI.pdf.
Acesso em: 4 jul. 2022.

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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