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INFORMÁTICA APLICADA A ARQUITETURA E


URBANISMO
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INFORMÁTICA APLICADA A ARQUITETURA E


URBANISMO

DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES
Segunda a Sexta das 09:00 as 18:00

ATENDIMENTO AO ALUNO
editorafamart@famart.edu.br
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Sumário

Arquitetura e softwares .............................................................................................. 4

Desenho técnico ........................................................................................................ 5

Ambiente de trabalho ................................................................................................. 7

Interface dos sistemas de CAD .................................................................................. 7

FERRAMENTAS BÁSICAS DE DESENHO ............................................................. 15


ESPECIFICAÇÕES E NÍVEIS .................................................................................. 36
DIMENSIONAMENTOS ........................................................................................... 52
PREPARAÇÃO PARA PLOTAGEM ......................................................................... 78
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 91
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Arquitetura e softwares

Para a arquitetura contemporânea, softwares favorecem a evolução do


trabalho. Possibilitam com uma maior precisão e rapidez todos os tipos de desenhos
que devem ser elaborados, bem como imagens humanizadas e vídeos de
apresentação, aproximando a realidade do que será executado. Há uma cultura
emergente sobre esse tema, uma vez que o cliente consegue compreender com
maior facilidade o que está sendo proposto, conforme a solicitação e o plano de
necessidades empregado. Como exemplo, ao projetar uma residência, é possível
não somente descrever qual será o revestimento empregado, mas tons, cores,
móveis, e outros itens necessários.
Por esse viés, os arquitetos se apropriam a cada dia mais das variadas
ferramentas existentes, produzindo muito menos de maneira manual durante o
processo. Grandes escritórios, como da falecida arquiteta iraquiana Zaha Hadid,
conseguem formas diferenciadas e projetos fora do comum, como é possível notar
no projeto Centro Cultural – Centro Heyda Aliyev, no Azerbaijão.
Neste link, você pode visualizar o centro e conhecer mais informações sobre
ele: https://glo.bo/382Q7KB
Há uma gama de programas desenvolvidos para a arquitetura ou outros
segmentos, dos quais os profissionais se apropriam para poder representar suas
ideias e propostas. O mais usual e conhecido é o AUTOCAD, desenvolvido e
comercializado desde 1982 pela Autodesk Inc. Trata-se de um software do tipo CAD
(a sigla americana CAD significa Computer Aided Design), ou seja, usa-se o
computador para fazer projetos e desenhos. O AUTOCAD pode ser obtido na versão
estudantil no próprio site da desenvolvedora, de modo gratuito por três anos. Após
esse período, o software deve ser comprado. É uma poderosa ferramenta nos
campos da arquitetura, design de interiores, engenharia mecânica, engenharia
geográfica e em vários outros ramos da indústria.
Na Construção Civil, ele é amplamente utilizado na geração de projetos
arquitetônicos, elétricos, hidráulicos, estruturais, entre outros. Em vista disso, saber
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utilizar o AUTOCAD é fundamental para a inserção do profissional no mercado de


trabalho.
Ainda há outros softwares, como ArchiCAD, Sketchup, REVIT, AUTOCAD
Civil, 3D Max, Lumion 3D, V-ray, Promob, entre tantos outros. Alguns possuem
como foco o mesmo ideal do AUTOCAD, são destinados aos projetos em 3D, ou
vídeos e até imagens reais. Nesta disciplina, aprenderemos o AUTOCAD como uma
ferramenta básica de trabalho. O avanço dessas tecnologias é o desenvolvimento da
Plataforma BIM, na qual é possível projetar de maneira parametrizada, ou seja,
interligada e inteligente, inserindo informações pertinentes à construção, como
insumos, metragens, espessuras, valores e o que mais for necessário. Como
resultado, temos informações integradas, capazes de eliminar erros, acelerar
processos projetuais e, por consequência, construtivos.
Em síntese, os benefícios dos softwares na Arquitetura e Urbanismo são
infinitamente positivos, auxiliando a rotina dos profissionais, bem como seus
processos de criação e os detalhes construtivos para o desenvolvimento de qualquer
projeto.

Desenho técnico

Ainda que seja possível desenhar todo o projeto arquitetônico por


computador, há itens e questões que devem ser levados em consideração. O
desenho técnico é uma delas, pois é importante compreender que a leitura do que
se deve apresentar para construir ainda é a mesma de antigamente.
Sabe-se que arquitetura quando executada é algo concreto, mas é proposta e
elaborada através de desenhos. Estes precisam ser minuciosamente detalhados
para que ao se construir, se eliminem as dúvidas e, por consequência, os erros.
Assim, o desenho técnico se torna primordial para o entendimento global do que foi
pensado pelo arquiteto.
De uma maneira simples, os softwares são apenas outra ferramenta para
expressar a norma técnica e fornecem ao usuário mais rapidez e agilidade em sua
criação. Assim, as normas se fazem necessárias, uma vez que universalizam o
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entendimento. Porém, é preciso compreender como usá-las no programa. Após


conhecê-las, como por exemplo, a NBR 8196 – Emprego de escalas, pode-se dizer
que sua configuração no programa permitirá desenhos de todas as escalas comuns
e variadas, e que poderá ser definida apenas no momento final de sua impressão.
Já com a informação conhecida na NBR 8403 – Aplicação de linhas de desenho –
Tipos de linha – Larguras das linhas, nota-se que não basta apenas ilustrar os
pensamentos, mas definir o que cada item representa. Isso é possível notar na
imagem a seguir, onde um detalhe construtivo está ampliado e com linhas de cores,
traços e espessuras diferentes, facilitando a execução em obra.

Por fim, a NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho


técnico, formaliza os tipos de desenhos que devem ser realizados e como são
observados, o que deverá ser, então, feito no AUTOCAD, como no nosso caso, ou
em qualquer outro que se tenha conhecimento.
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Ambiente de trabalho

O mercado da construção civil atualmente cobra dos profissionais


conhecimentos e habilidades em softwares, seja para estudantes seja para
profissionais formados. Entretanto, valoriza-se que exista excelência em 2 ou 3
programas, não havendo a necessidade de ser conhecedor de todos os tipos
disponíveis. Tais habilidades são possíveis através do uso com frequência deles em
conjunto ao entendimento de projetos.
Há uma grande vantagem em utilizar os softwares em escritórios de
arquitetura, uma vez que permitem fácil desenvolvimento de projeto, e o
compartilhamento do projeto, além do trabalho integrado. Ou seja, duas ou mais
pessoas podem estar trabalhando no mesmo arquivo.
De qualquer maneira, as facilidades são inúmeras, como facilidade no
desenvolvimento de projeto, bem como as precisões no desenho, que chegam mais
realistas às obras, facilitando assim a execução e, por consequência, a eliminação
de erros.

Interface dos sistemas de CAD

Quando pensamos em qualquer tipo de software, já pressupomos que exista


uma série de ferramentas ao redor da tela, e no centro há o espaço de trabalho.
Esse pensamento é correto, pois o ideal para um espaço de trabalho é ter todas as
ferramentas ao alcance. Com o AUTOCAD não é diferente. A instalação deve ser
feita diretamente do site da AUTODESK, referente à versão que melhor se adapte
ao seu computador quando se trata de Placa de Vídeo e Memória Ram. Nesse
momento também, é possível selecionar a língua oficial do software. Porém, essa
opção só existe há alguns anos, o que forçou a todos os escritórios e empresas do
ramo a se adaptarem ao uso da língua inglesa. Sendo assim, mostraremos a
interface em inglês, e explicaremos sobre as duas maneiras, a fim de facilitar o uso
da ferramenta. Aconselha-se a usar modo em inglês, uma vez que se trata da
situação mais difícil, o que facilitará seu uso no mercado de trabalho. A AUTODESK
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disponibiliza em seu site um arquivo com todos os comandos em português e inglês


para auxiliar a tradução dos comandos.
Ao abrir o programa, há uma primeira tela que permite ao usuário começar
um novo arquivo, ou usar um existente. Há possibilidades de usar templates já
prontos, ou seja, arquivos com configurações predefinidas e importar de outras
extensões que tenham leitura na configuração CAD e também abrir arquivos que
ainda não tenham sido usados no computador.

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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Começaremos a partir do ícone Start Drawing (começar desenhando). A partir


dele, abre uma nova tela, como uma aba, chamada de Drawing 1 (Desenhando 1).
Ao selecionar um arquivo novo, a tela que deverá ser aberta, possui a característica
da imagem a seguir. Há variações pequenas, de acordo com a versão do AUTOCAD
que está sendo instalada, entretanto, é neste espaço que estão os principais ícones
utilizados, sendo assim possível desenhar qualquer projeto que se desejar.
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Fonte: Captura de tela da interface do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

No rodapé da tela, há um espaço cinza claro, chamado de barra de comando,


em que está escrito Type a comand (digite um comando), onde as ferramentas
podem ser digitadas através de atalhos vinculados às suas funções. Neste espaço, o
software dá direcionamentos simples para realizar as etapas necessárias com cada
ferramenta. Também há mais alguns ícones que auxiliam no desenvolvimento do
desenho, e outras abas: Model, Layout 1 e Layout 2. Na primeira, isto é, Model
(Modelo), temos a interface onde realizamos qualquer tipo de desenho, com
qualquer medida. O fundo costuma ser preto, por conta do tempo no qual se passa
desenhando sobre o espaço, porém ele pode ser alterado. As demais abas, Layout 1
e Layout 2, são destinadas a folhas de impressão e também podem ser
completamente alteradas.
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Fonte: Captura de tela do Layout 1 do software AUTOCAD, versão


educacional 2016.

O ideal, ao abrir um arquivo novo, é salvá-lo para que fique protegido de


qualquer eventualidade durante a execução do desenho. Este processo também
auxilia na organização do trabalho. Os arquivos costumam começar com a uma sigla
referente ao projeto, o tipo de desenho e a revisão do desenho. Por exemplo, se o
cliente for José da Silva, seja o período de anteprojeto e seja o desenho inicial: JS –
Anteprojeto – REV00. Este deverá ser salvo automaticamente em duas extensões:
.dwg e .bak. A primeira é a versão comum do arquivo de trabalho, que utilizaremos
normalmente. Já a versão .bak trata-se de uma versão backup, ou seja, uma reserva
de proteção para qualquer eventualidade que venha a acontecer com o arquivo.
Para salvar, há no canto superior esquerdo o símbolo vermelho do
AUTOCAD, com opções principais para trabalhar com o arquivo. Vejamos a seguir
quais são elas, e o que é possível fazer:
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Fonte: Capturas de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

NEW (Novo) – Cria um novo desenho a partir de um “desenho protótipo”, que


é um desenho padrão com configurações iniciais já existentes, para facilitar o
desenho.
OPEN (Abrir) – Abre um desenho já existente. O AUTOCAD pode abrir vários
desenhos ao mesmo tempo, desde que estejam na mesma versão instalada do
software ou versões anteriores.
SAVE (Salvar) – Salva um desenho que já está aberto no AUTOCAD. Você
pode salvar seu desenho com várias extensões diferentes: DXF, DWG de versões
anteriores e DWT.
SAVE AS (Salvar Como) – Salva um desenho que já está aberto no
AUTOCAD com outro nome, ou em outro diretório sem alterar o desenho atual.
EXPORT (Exportar) – Exporta desenhos do AUTOCAD (DWG) para outras
extensões, entre elas: WMF, STL, EPS, BMP, 3DS etc.
PUBLISH (Publicar) – Publica os desenhos em arquivos DWF, DWFx e PDF
ou para impressoras ou plotadoras.
PRINT (Imprimir) – Ferramenta de impressão do AUTOCAD. Esta poderá ser
encontrada em outros locais. Há varias maneiras de imprimir um projeto.
DRAWING UTILITIES (Utilidades do desenho) – Neste espaço, podemos
utilizar o arquivo com a terminação .bak, caso exista algum erro no arquivo
existente.
EXIT (Sair) – Sai do desenho e do AUTOCAD. Pode ser executado através
do teclado com o comando QUIT.
É possível notar que parte dessas ferramentas é localizada por símbolos ao
lado do ícone vermelho, conforme notamos na imagem. Estes estão representados
na interface, apenas para auxiliar a agilidade dos processos. São ícones seguros e
possuem a mesma função nos dois locais. Também estão inseridos os comandos de
voltar e prosseguir, representados pelas setas.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Ainda no espaço de trabalho, vejamos quais as abas existentes, e dentro


delas as caixas de ferramentas. Iniciamos pela aba Home, que pode ser entendida
como a casa, por ser onde mais nos mantemos para trabalhar. Nela, temos caixas
de ferramentas como:
Draw – com as principais ferramentas de desenho;
Modify – com ícones de modificação;
Annotation – onde há ferramentas de anotações ao projeto;
Layers – que são camadas que detalham o trabalho e auxiliam em pesos
gráficos entre outros;
Caixa de Block – destinada a criar blocos de desenho;
Properties – com os principais itens de configuração de desenho;
Groups – onde é possível agrupar linhas, facilitando a edição;
Utilities – ícones que auxiliam na construção do desenho;
Clipboard – ferramentas comuns para transferência entre arquivos de CAD;
View – espaço para visualização do projeto;
Touch – ferramenta de seleção.

Ainda há as demais abas: Insert, Annotate, Parametric, View, Manage,


Output, Add-ins, A360, Express Tools, Fearured Apps, Layout, que veremos
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detalhadamente mais para frente. Contudo, todas essas opções são para completar
e aprimorar o que será desenhado, de maneira bem detalhada.

Coordenadas cartesianas

Quando algo é desenhado na interface do AUTOCAD, pode ser desenhado


em qualquer local do Model, porém, existe uma localização exata de onde foi feito,
por ser um software de precisão. Para que fique mais claro, retomamos elementos
da matemática, como o conceito de linha, que é a ligação entre dois pontos. Sendo
assim, o espaço de modelagem é composto por coordenada cartesiana, a fim de
localizar onde foi traçada determinada reta. Esse espaço fica representado pelas
marcações de linha horizontal, que corresponde ao eixo X, e a vertical ao eixo Y,
sendo que o encontro entre os eixos X e Y corresponde à coordenada 0 (zero).
Essas coordenadas são usadas quando há georreferenciamentos de determinadas
áreas, ou informações precisas sobre X e Y.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Então, quando se movimenta o cursor sobre o espaço em preto, o AUTOCAD


acompanha-o a partir das coordenadas cartesianas. Apenas para conhecimento
dessas coordenadas, podemos acessar o ícone customization (customizar), no
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canto inferior direito da tela, representado por três linhas horizontais iguais. Esse
ícone deve abrir outras opções que podem customizar toda a interface. Seu primeiro
item são as coordinates e, ao selecioná-las, deve-se acrescentar junto aos
comandos inferiores números vinculados à movimentação realizada. Observe o
acréscimo na figura a seguir:

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

É importante ressaltar que as coordenadas podem ser positivas ou negativas,


segundo o sentido no qual se esteja desenvolvendo o desenho. Assim, é possível
obter números positivos e negativos, lembrando as coordenadas matemáticas. Há
também o plano Z, que fará parte do desenvolvimento em 3D.

FERRAMENTAS BÁSICAS DE DESENHO

Para iniciar o desenho, é importante compreender como ele se compõe.


Desde as linhas até o projeto completo, é necessário ter o direcionamento do que se
deseja construir, pois o software pode ser entendido como uma grande caixa de
ferramentas, que podemos utilizar como bem entendemos. Neste princípio, se não
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sabemos usá-las, elas ficam obsoletas e, por consequência, o desenhista tem mais
trabalho.
Há uma série de etapas também, que são necessárias para que se possa
iniciar o desenho. Porém, uma vez aprendidas, elas se tornam rotina do usuário e
auxiliam por completo seu uso.

Comandos Básicos de Desenho – Uso do bloco de Desenho em


comandos de linha

Comecemos pelo item mais básico do AUTOCAD: a ferramenta linha. Esta


pode ser encontrada no canto superior esquerdo, dentro da caixa de ferramentas
Draw
(Desenho). Ela é chamada de Line e pode ser utilizada ao clicar em seu
ícone, ou ao escrever o comando L + Enter (não é necessário clicar na barra de
comando, pois ao sair escrevendo, o software já entende que será solicitado o
comando).
Desse modo, com o comando selecionado, a barra de comando orientará:
LINE: Specify first point (Linha: especifique o primeiro ponto), ou seja, solicitará que
seja clicado em qualquer área da tela um ponto qualquer.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Logo após o primeiro ponto, a barra de comando orientará o próximo passo:


LINE: Specify next point or [Undo]: (Linha: Especifique o próximo ponto ou [voltar]).
E ao clicar o segundo ponto, sua linha está criada. Porém, embora a ferramenta seja
simples, há outras ferramentas que se deve usar em conjunto. Um bom exemplo é a
tecla ESC. Sua função é sempre cancelar o comando usado. Ou seja, após a
utilização de qualquer ferramenta como o Line, basta usar o ESC e o comando será
finalizado.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Durante o desenvolvimento da linha, é possível notar que aparece uma


medida na linha. Nela, temos a possibilidade de dar a precisão necessária ao
desenho técnico. Para isso, se torna ideal configurar a unidade de todo o desenho,
através da ferramenta Units (unidade). Para configurá-la, basta digitar na barra de
comandos Units + Enter. Aconselha-se que sejam feitas as seguintes alterações a
fim de respeitar as normas de Desenho Técnico brasileiras:
• No quadro Legth (comprimento), na opção Type (tipo), deve-se manter
a posição como decimal (decimal), uma vez que esta é a linguagem com a qual
usualmente se trabalha na construção civil.
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• No quadro Legth (comprimento), na opção Precision (Precisão),


recomenda-se que seja alterado para 0.00, que representa apenas duas casas após
a vírgula, facilitando assim a execução na obra.
• No quadro Angle (ângulo), na opção Type (tipo), recomenda-se que a
opção seja alterada para Grads (graduados), conforme utiliza-se com mais
frequência na construção civil.
• No quadro Angle (ângulo), na opção Precision (precisão), pode se
manter como 0g, a fim de facilitar sua execução em qualquer lugar.
• No quadro Insertion Scale (escala de Inserção), definimos a unidade de
escala na qual trabalharemos o projeto. Ideal que seja alterado para Meters
(metros), pois é a forma na qual todas as áreas e medidas são feitas na construção
civil.
• No quadro Sample Output (saída de amostra), é representada a
amostra das informações alteradas sobre as unidades.
• No campo Lighting (Iluminação), pode-se manter a informação
International, pois a mesma se trata de detalhes específicos de iluminação, e devem
ser interpretados segundo normas internacionais. Nesse caso, quando projetos
específicos de iluminação e 3D forem elaborados, pode ser ajustado.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Após as alterações, pode-se apenas clicar em “ok”, para finalizar as


alterações. Caso ainda exista necessidade de organizar as coordenadas geográficas
segundo ângulos, é possível selecionar o Direction (direção) e ajustar. Com as
unidades afinadas, é possível começar a desenhar com informações e medidas
corretas.

Prosseguindo, podemos voltar a compreender quais são as ferramentas que a


caixa Draw oferece. Nela, estão situadas as ferramentas para que seja possível
efetuar o desenho, como LINHA, CÍRCULO, RETÂNGULO, POLILINHA (ou polígono
livre), ELIPSE e HACHURA; e fazem parte dos comandos básicos e mais usuais do
software.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Iniciamos com comandos referentes a linhas e traços, para que seja possível
assimilar o conhecimento.

Line (= Linha): L + Enter


A linha é a base do desenho arquitetônico, seja feito à mão ou no AUTOCAD.
Com o comando Line, desenhamos paredes, perímetros de construções, muros,
janelas, escadas, rampas, telhados, pisos, enfim, a maior parte dos elementos de
nossos projetos.

Função: criar segmentos de linhas retas e independentes uma das outras.


Com LINE, é possível criar uma série de segmentos de linha contíguos. Cada
segmento é um objeto de linha que pode ser separadamente editado.
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Polyline (= Linha plural: PL + Enter

Cria uma série de segmentos de retas conectados formando um só objeto.


Entretanto, funciona igual ao comando Line.

Arc (= arco): ARC + ENTER


Assim como círculos, podemos criar arcos de diversas maneiras:
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

 3 Point (3 Pontos) – Pede três pontos: um inicial, um ponto no meio do


arco e um ponto final.
 Start, Center, End (Começo, Centro, Fim) – Pede um ponto inicial que
é um extremo do arco, um segundo representando o centro do raio e um terceiro
ponto que representa o outro extremo do arco.
 Start, Center, Angle (Começo, Centro, Ângulo) – Pede um ponto inicial
que é um extremo do arco, um segundo representando o centro do raio e um
terceiro ponto que é o ângulo que define o comprimento do arco.
 Start, Center, Lenght (Começo, Centro, Medida) – Pede um ponto
inicial que é um extremo do arco, um segundo representando o centro do raio e um
terceiro ponto que representa o comprimento do arco.
 Start, End, Angle (Começo, Fim, Ângulo) – Pede um ponto inicial que é
um extremo do arco, um segundo representando o ponto final do arco e um terceiro
ponto que é ângulo que define o comprimento do arco.
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 Start, End, Direction (Começo, Fim, Direção) – Pede um ponto inicial


que é um extremo do arco, um segundo representando o ponto final do arco e um
terceiro ponto que é a inclinação (acréscimo ou decréscimo do valor do raio) do
arco.
 Start, End, Radius (Começo, Fim, Raio) – Pede um ponto inicial que é
um extremo do arco, um segundo representando o ponto final do arco e, por último,
o valor do raio do arco.
 Center, Start, End (Centro, Começo, Fim) – Pede inicialmente o centro
do arco, posteriormente o centro do arco e o outro é o extremo do arco.
 Center, Start, Angle (Centro, Começo, Ângulo) – Pede inicialmente o
centro do arco, posteriormente o centro do arco e o outro é o ângulo que define o
comprimento do arco.
 Center, Start, Length (Centro, Começo, Medida) – Pede inicialmente o
centro do arco, posteriormente, o centro do arco e o outro é o comprimento do arco.
 Continue – Cria um arco a partir do último ponto clicado na área
gráfica.
Como auxílio ao desenho, é possível selecionar o comando Ortho (ortogonal).
Este, quando escolhido, permite que o desenho seja feito apenas em linhas
ortogonais, ou seja, em ângulos retos como 90°, 180°, 270° e 360°.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Comandos Básicos de Desenho – Uso do bloco de Desenho em


comandos de polígonos
Compreendidos os termos e traços dentro do Software, já foi possível
observar que é possível criar diversos desenhos e formas de maneira livre. Porém, o
AUTOCAD já permite criar algumas formas poligonais conhecidas para facilitar ainda
mais o desenvolvimento de projetos, sejam arquitetônicos, mecânicos entre outros.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Circle (=Círculo): CIRCLE + ENTER


Podemos criar círculos através de várias maneiras, ao clicar na área gráfica
e/ou utilizando coordenadas.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

 Center, Radius (Centro, Raio) – Clicamos um primeiro ponto na área


gráfica (centro do círculo) e, posteriormente, ajustamos um valor para o raio.
 Center, Diamenter (Centro, Diâmetro) – Clicamos um primeiro ponto na
área gráfica (centro do círculo) e, posteriormente, ajustamos um valor para o
diâmetro.
 2 Point (2 Pontos) – Clicamos um primeiro ponto na área gráfica que
representa um extremo do círculo e, posteriormente, um segundo ponto que será o
outro extremo do círculo. Este último ponto pode ser definido por coordenadas.
 3 Point (3 Pontos) – Parecido com o 2 Point, o 3 Point requer três
pontos na área gráfica que representam três pontos de construção do círculo.
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 Tan, Tan, Radius (Tangente, Tangente, Raio) – Requer como primeiro


ponto uma tangente a uma entidade já existente, posteriormente, outra tangente à
outra entidade e, por último, o raio do círculo.
 Tan, Tan, Tan (Tangente, Tangente, Tangente) – Parecido com o
anterior, só que requer 3 pontos de tangência a entidades já existentes.

Rectangle (= Retângulo): REC + Enter

Cria um retângulo no qual é possível dimensionar o tamanho desejado. Este


pode ser feito a partir de dois cliques ou com medidas de seu comprimento e
largura, através da tecla TAB do teclado.

Polygon (= Polígono): POL + Enter

Neste comando, é possível criar diferentes tipos de polígonos com todas as


suas faces iguais. Ao selecioná-lo, o AUTOCAD perguntará quantos lados o
polígono terá, e logo depois de especificar o primeiro ponto, é possível colocar a
medida dos lados. Porém, ele questionará se o polígono deve estar dentro ou fora
de uma circunferência como referência. Veja na imagem a seguir:
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Ellipse (= elipse): ellipse + Enter

Não tão usual, o comando de Elipse permite a criação de círculos irregulares,


conhecidos como ovais.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Há a possibilidade de construir o desenho de três modos:


 Center (centro) – indicando o centro e mais dois pontos;
 Axis, End (Eixo, fim) – demarcar os pontos e seu desenho final;
 Elliptical Arc (Arco Elíptico) – Desenvolver o desenho através de um
arco.

Hatch (=Hachura): H + Enter


O comando Hatch possibilita que o desenho adquira textura, coloração sólida,
entre outras hachuras utilizadas. Ao utilizar esse comando, a interface inicial se
modificará para fazer alterações sobre esse comando. Para finalizá-lo, basta usar o
Enter novamente, ou selecionar Close Hatch Creation (Fechar criação de hachura).

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.


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Na caixa de criação do Hatch, há a primeira caixa de configurações


Boundaries (limites), onde é possível escolher a maneira de selecionar o objeto
desenhado para colocar a hachura. Este precisa ser um objeto fechado.
A segunda caixa de configuração Pattern (padronizar) possui os tipos de
hachura já determinados pelo AUTOCAD, alguns vinculados às normas da ABNT
NBR, e de outros países. Elas podem representar concreto, areia, madeira, telhas,
azulejos, blocos e outras linhas possíveis.
Na terceira caixa de configuração Properties (propriedades), há possibilidades
de alterar hachuras, cores de linhas e de vazios, transparências, ângulos e escalas
da linha. Assim, é possível criar uma grande variedade de representação para
diversos tipos de desenho.
Origin (origem) torna possível alinhar a hachura, para determinar de onde ela
irá começar até onde ela termina, criando assim um início de paginação de piso, por
exemplo.
Há também na caixa de ferramentas Options (opções), maneiras de
selecionar ou combinar propriedades do que já estiver existente. E para finalizar,
uma caixa para fechar a edição do Hatch.
Indica-se que este comando seja usado no fim do projeto, o arquivo mais
pesado.

Comandos Básicos de Modificação – Ferramentas de cópia, espelho e


mover
Compreendidos tais pontos de criação de desenho, vejamos agora
ferramentas de edição. O software permite que sejam modificadas de diversas
maneiras o que fora criado. Estes comandos se localizam na aba Home (casa), na
caixa de comando Modify (modificar).
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Copy (=copiar): CO + Enter

A ferramenta permite que qualquer item desenhado seja copiado. Para isso,
apenas se torna necessário selecionar o desenho, e depois mover o cursor para
onde se deseja colocar a nova figura surgida. Este novo elemento terá as mesmas
configurações de sua origem.
Neste momento, é importante saber que existem três maneiras de selecionar
um objeto no AUTOCAD. A primeira é apenas clicando em cima das linhas e itens
que deseja selecionar. Caso mude de ideia, a tecla ESC cancela o comando. Outra
opção é criar uma área de seleção; se for criada da esquerda para a direita, formará
um campo azul. Neste, apenas as linhas e objetos selecionados por inteiro é que
serão escolhidos. Há também a possibilidade de escolher os itens através da área
de seleção feita da direita para a esquerda. Esta cria um campo verde, e seleciona
todas as linhas e objetos que tocar, mesmo que seja parcialmente.

Mirror (= Espelho): Mi + Enter

Esta ferramenta permite espelhar todo e qualquer elemento desenhado. Ao


selecionála, o software perguntará se o desenho de origem, ou seja, aquele no qual
se deseja realizar o comando, deve ser apagado ou mantido. Tal opção auxilia em
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situações onde seria interessante reproduzir objetos opostos, como cadeiras ao


redor de uma mesa.
Assim, o comando funciona com a seleção do objeto.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Move (= Mover): Mo + Enter

O comando move ajuda no ajuste do desenho. É possível realocar qualquer


objeto em qualquer outra parte do Model ou Layout. Para que ocorra, é necessário
selecionar o item previamente. É possível também informar a distância na qual se
deseja mover. Por exemplo, se desejar afastar um objeto a 1 metro, basta selecionar
a ferramenta, selecionar o objeto, confirmar o comando (com o Enter), clicar na tela
e ao invés de levar o objeto ao ponto de destino, escrever a medida.

Comandos Básicos de Modificação – Ferramentas de rotacionar, apagar


e equidistância
Ainda sobre a caixa de ferramentas de Modificação, há outros elementos que
auxiliam a criação e edição de objetos. São de extrema importância para o
desenvolvimento de qualquer desenho.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Rotate (= Rotacionar): Ro + Enter

A ferramenta de rotação permite ajustar em ângulos o objeto que foi


selecionado. Este pode ser alterado a partir de seu eixo ou de outro ponto de apoio
como base para o movimento de girar. Há também a possibilidade de informar o
ângulo de rotação.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.


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É possível notar que ao se selecionar o ponto eixo de rotação, o AUTOCAD


perguntará se você deseja um ângulo específico (Specify Rotations Angle or) ou
fazer manualmente a rotação.

Erase (=Apagar): E+ Enter


Ferramenta que apaga os itens desenhados. Ela possui a mesma função que
a tecla DELETE do teclado. Neste caso, é apenas necessário selecionar o que se
deseja apagar e utilizá-la. O comando existe desde o início do desenvolvimento do
software. Neste período, o software não se adaptava às funções do Windows, sendo
assim esse comando extremamente utilizado.

Offset (=Equidistância): O + Enter


Um dos itens mais utilizados no AUTOCAD, quando se deseja desenhar uma
construção. Este permite criar uma linha cópia, afastada da original, a uma
determinada distância, facilitando o desenho de paredes e afins. Para usar o
comando, é necessário selecioná-lo, e ele perguntará qual a equidistância deseja
utilizar. Com esta informação e a confirmação com a tecla Enter, o software
perguntará sobre qual objeto será feito o serviço.
Veja na imagem a seguir a opção que surge a partir de uma linha criada, o
comando solicitando uma medida específica para criar a equidistância e seu
resultado final. Para desenhos livres, medidas e informações são livres também.
Porém, é importante relembrar que para desenhos relacionados à construção civil,
deve-se obter o conhecimento de medidas exatas, ainda mais por se tratar de um
programa tão preciso.
33

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Comandos Básicos de Modificação – Demais ferramentas


Tais comandos aprendidos até o momento sobre a caixa de ferramentas de
modificação são de extrema importância para a rotina de usos, para se desenvolver
o projeto. Com eles, é possível desenvolver projetos por inteiro. Entretanto, os
demais itens facilitam e agilizam o trabalho, e possibilitam uma melhor precisão no
desenho.

Vejamos a seguir:
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Stretch (= Esticar): S + Enter


O Comando Stretch tem a finalidade de esticar objetos. Como um exemplo,
se possuímos uma mesa de 1,40 m e desejamos aumentá-la para 2,00 m, basta
selecionar os vértices do desenho. O software pedirá um ponto de base para iniciar
o processo, e este pode ser um dos vértices. Depois de direcionar para que lado o
objeto deverá esticar, é a hora de informar a medida desejada, no caso 0,60 m.

Scale (= Escala): Sc + Enter


Para esta ferramenta ser utilizada, deve-se selecionar o objeto ou linha e
compreender que antes de modificá-la, ela é considerada como o número 1, como
inteiro. Assim, caso seja necessário reduzir o objeto, basta informar uma medida
menor, por exemplo, 0.8; ou se desejar aumentar, coloca-se uma medida maior do
que 1, como e ele terá uma vez e meia o tamanho original.

Trim (= Aparar): Tr + Enter


Um dos mais usuais comandos, o Trim permite que sejam aparadas as
arestas e rebarbas de linhas, quando ultrapassadas por outras linhas.

Fillet (= Faixa): F + Enter


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Extend (=Estender): Ex + Enter


Os dois comandos se localizam no mesmo local ou ícone, porém possuem
algumas diferenças. A primeira delas é que o Extend permite estender ou esticar
uma linha até o encontro de outra, desde que as duas estejam perpendiculares. O
comando Fillet pode aparar arestas, assim como o Trim; e também desenhar cantos,
sejam arredondados ou retos.

Array (= Matriz): AR + Enter


O comando Array permite reproduzir o mesmo objeto em escala e forma,
como uma ideia de carimbo, a partir de um objeto original. Desse modo, é possível
selecionar o modo Retangle Array, Path Array ou Polar Array. Estes copiam o
desenho, conforme necessidade, em formato de retângulo com linhas e colunas, em
forma específica a cada projeto seguindo um caminho, e em forma redonda,
respectivamente.

No exemplo a seguir, vemos a reprodução de uma cadeira em formato


retangular, com quatro colunas e três fileiras. Ao selecionar o comando, abrirá uma
aba específica para edição de informações, como é possível visualizar.
Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.
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Explode (=Explodir): X + Enter


Este comando deve explodir objetos já agrupados. Um bom exemplo são os
polígonos como retângulos. Após sua criação, se for desejado editá-los, é possível
selecionar a ferramenta e assim cada linha será individual. Este comando funciona
também para explodir blocos previamente criados, que veremos mais à frente.
Ainda há outros comandos menos usuais que é possível ver ao se visitar a
caixa de ferramentas ocultada do Modify, como Join (=juntar), Overkill (= exagero),
Align (=alinhar), entre outros itens de edição. Conforme a necessidade do uso do
software, será possível notar e tais itens serão necessários para a rotina de trabalho.

ESPECIFICAÇÕES E NÍVEIS

Uma construção qualquer é feita em camadas. Construímos primeiramente


sua estrutura, depois colocamos acabamentos e, por fim, a mobília. Podemos
pensar ainda que a própria parede também é feita em camadas, com blocos, reboco,
massa corrida e finalizamos com tinta. Podemos notar, então, que há muitas
relações sobre camadas na construção civil.
Não seria diferente quando voltamos ao software. O uso da ferramenta
também nos possibilita o uso de camadas para facilitar a rotina do usuário.
Entretanto, há um procedimento de configuração para ser aprendido e, como
retorno, há o atendimento de Normas e Especificações, além de uma leitura gráfica
correta para quem precisar.
Vejamos a seguir como esta etapa funciona.

Importância no Peso Gráfico no Desenho Técnico – Uso das


Propriedades O principal modo que o arquiteto usa para representar suas ideias é a
partir do desenho. Para este profissional, uma linha sempre é vinculada há uma
simbologia. Por exemplo, ela pode representar um degrau de escada, uma
representação de piso, uma parede que avança sobre a fachada. Com isso, o mais
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interessante de se analisar é que o conjunto dessas linhas se transforma em


plantas, cortes, elevações, casas, ruas, terrenos, cidades e mais uma infinidade de
possibilidades.
Entretanto, para que seja possível representar todos esses traços de maneira
compreensiva, principalmente, a quem deverá aprovar ou executar, deve-se atender
as normas. A ABNT NBR 6492 (Representação de Projetos de Arquitetura)
padroniza esses tipos de linhas para que a linguagem aplicada seja a mesma para
todas as pessoas da construção civil, além de definir sobre os tipos de plantas e
desenhos que o arquiteto deve saber apresentar. Sem essa organização, cada
arquiteto, projetista ou engenheiro, poderia representar uma construção da forma
que desejasse e ainda quem fosse executar o projeto teria que desvendar todo o
raciocínio obtido. Então, respeitar a linguagem que a norma impõe facilita o dia a dia
de todos.
Em se tratando de software, costumamos chamar de pena cada tipo de linha
desenvolvida, nome vindo das representações à mão com outros materiais. Seu
resultado final é conhecido como peso gráfico. Assim, cada linha desenhada
costuma ter uma espessura específica, de maneira não aleatória, mas sim com um
grau de importância sobre o desenho.
Vejamos um exemplo, como a planta a seguir. As linhas contínuas existentes,
representadas em praticamente todo o desenho, simbolizam o que é possível de se
visualizar. Note que as linhas das paredes externas são mais espessas que as
demais. Isso porque o grau de importância delas é maior do que os demais
desenhos de mobiliário. Linhas tracejadas também representadas (no
direcionamento da televisão) informam algo existente que possivelmente não seja
visto.
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Ainda há, no mesmo desenho, linhas claras e outras muito claras,


representando elementos como tapete e desenho de piso. Isso significa que neste
projeto de layout a informação sobre o piso não é tão importante quanto as paredes
e os móveis.

Layers ou camadas
Ao se tratar de peso gráfico no AUTOCAD, nos dirigimos aos Layers
(Camadas), localizados na caixa de ferramentas do Home, como ilustra a imagem.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Neste espaço, configuramos o peso gráfico para que possa facilitar o


desenvolvimento do desenho, e também para que seu resultado final atenda as
necessidades da NRB 6492. Sendo assim, podemos ver o primeiro ícone
denominado Layers Properties (Propriedades da Camada). Ao selecionarmos, abre
uma nova aba com os layers existentes, e possibilidades de criar, editar e apagar os
outros. Vejamos:

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.


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Ao observarmos a nova aba aberta, notamos que existe um Layer


denominado 0, grifado em vermelho. Este já aparece como padrão no AUTOCAD,
possibilitando o desenvolvimento de qualquer desenho. Porém, é ideal criar novos,
direcionando ao que se deseja representar. Por exemplo: em um desenho de uma
edificação qualquer, será necessário desenhar as paredes, as janelas e portas, entre
outros elementos. Então, é ideal que cada item tenha seu próprio Layer, para que
facilite sua configuração e ajuste, pois ao imprimir, devemos encontrar as normas
técnicas já abordadas, como resultado final.
Para criar um novo item, devemos clicar no item 1 exposto na imagem. Ele
reproduzirá uma cópia do último usado, dando assim as mesmas referências. Será
possível, então, alterar o nome do novo Layer para Alvenaria, ou qualquer outro
nome de item que se desejar. É possível notar que ao lado do item 0, há uma
marcação verde, simbolizando que ele está em uso. Também há o símbolo de uma
lâmpada ao lado direito, representando a informação de que o Layer está ativo. Ao
selecionar este ícone, a lâmpada se apaga e o que foi desenhado com o 0 fica
oculto. Outro item é o sol, deixando ativa a camada selecionada, porém, quando
escolhido, pode-se congelar o desenho, diminuindo sua visualização. E o cadeado
aberto permite a edição ou não edição das linhas desenhadas.
Uma maneira fácil de identificar a variedade dos layers criados são as
variações de cores. Elas podem ser escolhidas de maneira aleatória, porém, no
momento da impressão, essas informações devem ser ajustadas. Há um campo,
chamado Linetype (tipo de linha), onde se define, ao selecionar o espaço, se a linha
será contínua, tracejada ou pontilhada. No campo Lineweight (peso de linha),
configuramos a espessura da linha usada, de acordo com as normas técnicas e a
escala em que será impresso o desenho. O AUTOCAD virá com uma linha padrão,
entretanto, deve ser escolhida uma grossura correta para cada uso.
Ainda há opções de Transparency (transparências da linha), Plot Style (cor da
impressão), Plot (imprimir), com o desenho da impressora, definindo se a linha será
impressa ou não, New VP Freeze (novo congelamento da visualização), onde se
congela a camada que você selecionou em um novo viewport nos layouts, que
veremos adiante, Description (descrição ou informação), que pode ser inserida caso
41

seja de interesse do desenhista. Todas as configurações virão baseadas no padrão


do AUTOCAD, contudo será preciso ajustar todos esses campos. Podemos notar,
então, que, além de detalhada, a configuração das camadas é precisa e de grande
importância ao projeto a ser desenvolvido.
Ainda há ícones que além de criar uma nova camada, como no item 1, podem
congelar, deletar ou selecionar, conforme numerados na imagem a seguir, como 2, 3
e 4.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Com todas as camadas criadas, podemos fechar a aba no “X” no lado


esquerdo. Podemos voltar e alterar as configurações, quantas vezes forem
necessárias, porém, ressalta-se a importância do uso desta ferramenta para o
desenho. Uma vez criada, pode ser usada quantas vezes for necessário.

Desenvolvimentos dos Layers

Compreendido como criamos os Layers, é hora de desenvolvê-los de modo


que sejam adequados ao projeto que será realizado. Ao desenhar uma casa,
devemos pensar quais elementos são essenciais, para criar previamente as
camadas. Começamos, então, pelas paredes, que são compostas por elementos
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como blocos cerâmicos, concreto, reboco, massa corrida e tinta, por exemplo.
Depois devemos lembrar que a construção necessitará de uma estrutura, seja ela
metálica, de concreto ou madeira. Ainda há como item básico da construção
caixilhos que chamamos de portas e janelas, e podemos criar uma camada para
cada um.
Criadas estas camadas, devemos configurá-las de acordo com a Norma
6492, pensando no peso gráfico da impressão. Sendo assim, note que no campo
Lineweight foram alteradas as espessuras de linha, conforme o grau de importância
em um desenho. Ao selecionar a espessura em que previamente estará escrita
Default (Padrão), abrirá uma nova caixa com as espessuras de linha previamente
existentes no software. Vejamos como devem se apresentar:

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Com a finalização da criação destas camadas, é hora de partir para o


desenho. Assim, podemos selecionar o Layer Alvenaria, e desenhar as paredes do
projeto, remarcar a estrutura, portas e janelas, usando todos os comandos da caixa
Draw e Modify, obtendo um resultado semelhante ao da imagem a seguir:
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Notamos ainda que há detalhes de projeto que devem ser desenhados, como
projeções de abertura de portas, projeção de beiral de telhado. Nestes casos, a
criação do Layer é a mesma, porém, devemos alterar o ícone de Linetype, que ao
ser selecionado, abrirá uma caixa de opções de tipos de linha. Entretanto, como não
há registros no AUTOCAD que outro tipo foi usado, além da linha contínua, clicamos
na opção Load, abrindo outra caixa com todas as opções preexistentes no software,
que são sempre usadas. Podemos escolher, portanto, a opção que mais convém ao
desenho. No caso da projeção de abertura das portas, usaremos a primeira
denominada ACAD_ISO2W100.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Após fazer o Download do tipo de linha, é necessário selecionar a opção


dentro da caixa de Linetype e escolher o ok. Veja que automaticamente a opção da
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camada mudará neste campo. Devemos repetir o mesmo procedimento para outras
projeções.
Não devemos nos preocupar neste momento, com o fato de escolher uma
linha tracejada, e ela não estar se apresentando desta maneira no Model. É
necessário lembrar que o desenho está sem escala e baseado em medidas.
Verificaremos como ajustar isso no período da impressão do projeto.
Por fim, podemos criar todos os Layers que julgarmos necessários, com as
configurações necessárias para desenvolvermos o projeto. Os Layers podem ser
feitos previamente ou durante o desenvolvimento do que for proposto.

Configurações de Layers

A partir das configurações já indicadas, devemos analisar algumas situações


que podem ocorrer durante o uso, e observar como ajustá-las. É possível realizar
todo o desenho a partir do Layer 0. Entretanto, ao fim do projeto, será necessário
arrumar todas as linhas, para que a impressão do projeto fique dentro das normas.
Porém, como fazemos isso? O processo é bastante simples. Basta selecionar a
linha desenhada, dirigir-se à caixa de Layers e escolher o item desejado. Fique
atento, pois isso não mudará a camada em uso.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Uma segunda questão bem importante de se notar sobre os Layers é que


foram selecionadas nas configurações das camadas pesos de linha onde variamos
as espessuras. Entretanto, quando olhamos o desenho no Model, as linhas parecem
todas iguais. Sabe por que isso acontece? Porque o AUTOCAD permite que
deixemos desligada esta função, a fim de não sobrecarregar tanto a placa de vídeo.
Porém, é importante checar os resultados que estão sendo obtidos, para ter um
trabalho preciso. Sendo assim, devemos usar a ferramenta Show/Hide Lineweight
(Mostrar/Esconder Peso de linha), localizada no canto inferior direito da tela do
software. Caso este ícone não apareça, podemos encontrá-lo no último item do
canto inferior direito de customização.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.


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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Ao selecionar o comando, as linhas mudarão de espessura, de acordo com a


configuração do Layer. Este é um bom momento para ajustá-las, caso não esteja
satisfatória a espessura da linha. Então, se ajustamos o peso gráfico, podemos obter
uma visualização da seguinte maneira:
Por fim, podemos ter um caso semelhante, quando falamos dos tipos de linha.
Estes precisarão ser analisados para o momento da impressão, porém há como
ajustar uma linha para que no Model ela fique visualmente correta, selecionando-a e
escrevendo na barra de comandos Properties (Propriedades). Abrirá uma aba com
todas as informações que aquela linha possui. Uma delas é denominada Linetype
Scale (Escala do tipo de linha), que inicialmente se apresentará como 1. Então,
poderá ser ajustada para um valor menor, como por exemplo 0.1, ou outro número
que configure corretamente.
É importante lembrar este caminho de configuração, pois poderá ser
necessário visitálo no momento da impressão do projeto, uma vez que a escala do
desenho deverá ser escolhida, e assim solicitando ajuste novamente.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Uso dos Layers no dia a dia

Como vimos anteriormente, podemos criar quantos Layers julgarmos


necessários, e configurá-los de maneira inteligente, a fim de favorecer o desenho.
Para uma reforma de uma residência, por exemplo, muitas vezes teremos que
demolir ou construir uma parede, considerar mobiliários, tipos de piso, peças
cerâmicas como vasos sanitários e cubas, pedras, elétrica e hidráulica, estrutura da
construção, entre tantas outras informações peculiares de cada projeto. Por este
caminho, ainda há a necessidade de criar camadas para textos, cotas e outras
informações importantes aos projetos. Quando se trata de um projeto específico,
como arquitetura ou design de interiores, por exemplo, temos a possibilidade de
separar as camadas com seus usos específicos. Assim, deve-se facilitar a
visualização de todos os Layers. Esta função está ao lado esquerdo demarcado em
vermelho na imagem e nos permite criar uma pasta com a finalidade que quisermos.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Selecionamos, então, com o botão direito do mouse a palavra All (todos),


escolhemos a opção New Properties Filter (novas propriedades de filtro). Abrirá uma
nova janela, que está em branco na figura, onde devemos inserir o nome do filtro
que será mais usual ao projeto, por exemplo, Arquitetura. Abaixo, podemos definir
como Status o Layer e no campo Name, inserimos o nome da camada que
queremos incluir. Uma vez selecionada, teremos uma pasta organizada com todos
os itens que julgarmos relevantes. É possível ter quantas pastas forem necessárias.
Outra questão usual à rotina do AUTOCAD é termos mais camadas criadas
do que realmente precisaremos usar. Isso acontece quando criamos um arquivo
base como modelo para sempre seguir. Quando isso acontece, uma vez criados
todos os Layers necessários, não precisamos refazer tal etapa. Então, para limpar o
arquivo e deixá-lo somente com as camadas que estão em uso, utilizamos o
comando Purge (não há uma tradução literal em português, entretanto tem o sentido
de limpar impurezas). Este, localizado na barra de comando inicial, dentro da caixa
Drawing Utilities (utilidades do desenho), também pode ser encontrado digitando
“PU” na barra de comando.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Com sua seleção, abrirá uma nova aba, perguntando onde devemos realizar
tal limpeza, se seria no arquivo como um todo, se nas cotas, nos layers, em tabelas
criadas, materiais, entre outras opções, como podemos notar. Ainda há uma opção
de selecionar todos os itens que se quer limpar em Confirm Each Item to be purged,
ou aqueles que não se deseja limpar em Purge Nested Items.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Ainda há opções avançadas, como seleção de Unnamed Objects (objetos não


nomeados), que podem ser limpos automaticamente e limpar caixas de textos
vazias. De qualquer modo, todos estes itens ajudam a manter o arquivo mais leve
para ser trabalhado em seu computador, não mantendo criações e itens que não
foram usados. Porém, é importante lembrar que se o desenho ainda não foi
finalizado, não seria interessante limpar itens como os Layers, uma vez que eles
poderão ser apagados, e será necessário criá-los novamente.
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DIMENSIONAMENTOS

Para realizar um desenho no AUTOCAD, é necessário compreender que sua


natureza é matemática, por isso, requer muita precisão. Significa, então, que
podemos até desenhar sem medidas, mas o software está calculando os milímetros
traçados, as distâncias das coordenadas relacionadas ao ponto zero na aba Model.
Assim, ao criarmos um projeto qualquer, devemos lembrar que não se trata de
programa que realiza croquis, como fazemos à mão, mas medidas e proporções
devem ser respeitadas para que tenhamos um bom resultado final.
O uso do software se torna simples e fácil quando há um entendimento de
como ele funciona, como devemos lidar com as ferramentas dele, e quais as
necessidades do projetista. Por este caminho, o uso das medidas, linhas de
informações e demais opções existentes se mantém como rotina e modo de pensar
de quem usa o software como forma de trabalho.

Desenvolvimento de desenhos
Compreendido o uso de ferramentas de desenho, de modificação, de edição e
de camadas, agora é um ótimo momento para colocar em prática algumas
ferramentas. O uso frequente do AUTOCAD facilita o uso de todas as opções
existentes, além de gerar habilidade e rapidez. Vamos pensar em uma pequena
residência, com medidas externas de 5 m X 8 m que podemos executar usando o
comando Rectangle (retângulo), situado na caixa de desenho. Podemos considerar
também a espessura da parede com 0,20 m, onde usamos a ferramenta Offset
(equidistância) com a medida proposta. Sem esquecer que uma construção
necessita de estrutura, podemos inserir nas extremidades quadrados através do
comando de Rectangle novamente de 0,20 m x 0,20m, representando os pilares.
Torna-se mais fácil, ao desenvolver o projeto, colocar em Layers específicos.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Dando continuidade, para inserir uma porta de acesso do lado inferior


esquerdo, podemos respeitar a distância de 0,10 m da parede e representá-la com
0,90 m. Na mesma parede, há 1,90 m. Depois, podemos representar uma janela
simples, de duas folhas, usando o Offset para dar equidistância entre os dois
desenhos e o comando Line (linha), para desenvolver o caixilho como um todo.
É possível inserir, então, uma cozinha ao lado esquerdo superior da imagem
com 1,85 m de largura por 3,00 m de comprimento, um dormitório de 2,40 m de
largura por 3,00 m de comprimento, e banheiro ao lado direito de 2,40 m de largura
por 1,35 m de comprimento. Todos eles com portas e janelas, e elaborados com o
comando Line. Para linhas desnecessárias, recomenda-se usar o Trim (Aparar) para
melhor ajustar o desenho ou o Erase (Apagar) caso seja usada alguma linha auxiliar.
Veja uma opção de resultado:
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Lembre-se de demarcar as aberturas de portas e os vãos que elas abrem.


Para um bom desenho, é ideal que as linhas das paredes sejam sempre abertas,
para a sensação de limpeza e aparência de que todas as paredes estão na mesma
altura. As paredes internas podem possuir uma espessura menor como 0,15 m, uma
vez que são usadas para delimitar espaços somente.
Mesmo que tenhamos desenhado cada ambiente, ainda assim, poderíamos
modificar seu uso, já que o projeto não possui ainda informações complementares.
Sendo assim, para sanar todas as dúvidas de quem o executará ou quem precisará
reproduzi-lo, é importante inserir textos e medidas que veremos a seguir.

Comandos Básicos de Informação – Textos


Ainda analisando o projeto em questão, sem nomenclaturas corretas,
poderíamos estar falando de uma loja, de um escritório ou qualquer outro ambiente
possível. Sendo assim, a evidência da necessidade de inserir textos com
informações pertinentes é clara, pois auxilia para aqueles que farão a leitura do
projeto e o executarão.
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O AUTOCAD possui a ferramenta Text (Texto), localizada na caixa Annotation


(Anotação) na aba Home (lar).

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Podemos selecionar apenas a letra A, ou selecionar o Multiline Text (Texto


multilinha) ou Single Text (único texto), conforme mostra a localização na figura, e
fazer um retângulo simples no model, para criar a caixa de texto. Em seguida,
digitamos a palavra que desejamos, por exemplo, cozinha. Duas coisas são
importantes de se notar: a primeira é que mesmo fazendo um retângulo, o texto
pode aparecer muito maior do que necessitamos. Isto acontece, pois o texto está
configurado para ter uma medida de 2.5, conforme mostra a aba de Text Edit
(edição de texto). Então, como segundo item, temos a abertura de Text Edit, onde é
possível editar fonte, estilo, medidas, formatações, parágrafos, inserir símbolos,
checar se a palavra está escrita corretamente (neste caso, como usamos o software
em inglês, ele só saberá verificar palavras desta língua), opções de régua etc.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Veja que é possível ajustar a cor também, e no caso da imagem, está


denominado By Layer (conforme layers), o que significa que as configurações gerais
são pertinentes ao layer criado e em uso. Entretanto, os detalhes específicos de
texto devem ser configurados aqui.
Podemos, então, substituir a medida da letra de 2.5 para 0.25, e ela ficará do
tamanho ideal para os ambientes os quais estamos desenvolvendo. Ao finalizarmos,
podemos apenas selecionar o item Close Text Editor (fechar editor de texto) ou a
tecla Enter do teclado.
Há também uma aba Annotate (anotar), onde podemos deixar previamente
configuradas as informações do texto. Veja que a caixa de edição já informa que o
texto está configurado para a medida de 2.5. Ou seja, todas as vezes que criarmos
algum texto, seria necessário arrumar.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.


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Para deixar o texto previamente configurado, devemos selecionar a pequena


seta no canto direito da caixa Text, e abrirá uma nova tela chamada Text Style
(Estilo de texto). Sempre haverá uma configuração Standard (padrão) com
informações básicas previamente escolhidas pelo AUTOCAD. Assim, podemos criar
uma nova em New (novo), que abrirá mais uma tela para inserirmos o nome do estilo
do texto. Após, realizamos as alterações de fonte de letra em Font, como: Font
Name (nome da fonte) e o estilo ideal em Font Style (estilo de fonte), ajuste do
tamanho da letra em Height (altura) e seus possíveis efeitos. Basta selecionar o item
Apply (aplicar) na base da janela e depois Close (fechar) e ficará configurado.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Com as devidas configurações realizadas, está na hora de colocar o nome em


cada ambiente projetado de maneira clara e simples. Também encontramos, muitas
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vezes, informações de pé direito dos ambientes ou área. Neste caso, podemos criar
um novo estilo, com texto um pouco menor.
A medida do pé direito costuma auxiliar nas informações sobre alturas e no
desenvolvimento do corte. Por ser possível e comum obter diferentes alturas,
recomenda-se que a medida de altura seja informada em todos os ambientes. Já a
informação sobre a área auxilia em projetos de prefeitura, em planilhas de
orçamento, entre outros.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Comandos Básicos de Informação – Cotas e Medidas


Compreendido como inserir informações de texto ao projeto, é o momento de
se compreender como medir o projeto e inserir medidas como as cotas. Sabemos
que para criar um projeto com medidas, o software recebe as informações em sua
barra de comando e as atende de maneira simples. Tudo se torna mais preciso
quando configuramos as unidades de medida que serão utilizadas no AUTOCAD.
Por este caminho, caso seja necessário medir um objeto ou distância no
programa, usamos o comando Distance (distância), localizado dentro da caixa de
ferramentas Measure (medida) na caixa de ferramentas Utilities (utilidades) na aba
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Home. Na mesma caixa, ainda há meios de medir Radius (raios), Angle (ângulos),
Area (área) e Volume (volume)
Para usar a ferramenta Distance, assim como as demais, basta clicar no
ponto inicial e no ponto final o que se deseja medir, e ela funcionará como uma
trena. Ao finalizar o comando, a medida aparecerá e ficará registrada na barra de
comandos.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

O comando pode ser acionado a qualquer momento de desenvolvimento de


projeto, porém é necessário se lembrar de que a informação da medida não ficará
representada no desenho após a finalização do comando. A ferramenta que pode
realizar tal função de cota é o Dimension (dimensão), localizada na caixa Annotation,
ao lado do item de texto. É importante não esquecer que as cotas também possuem
normas específicas a serem seguidas. Para se lembrar, consulte a ABNT NRB
10126.
Propriedades e configurações de cotas
As configurações de cotas no AUTOCAD são um tanto detalhadas, pois
quando desenhamos à mão, por exemplo, não notamos a quantidade de
informações necessárias para seu desenvolvimento. Vejamos como o software se
comporta ao selecionarmos o comando Dimension sem uma configuração prévia:
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Após selecionar o comando, selecionamos o ponto de início e o ponto de


finalização da linha que se desejou cotar. Observando a imagem, fica evidente que a
medida e a simbologia estão quase desproporcionais em relação à casa desenhada.
Isso ocorre, pois, primeiramente o AUTOCAD já vem com configurações padrões.
Outro ponto importante a se recordar é que por ser possível desenhar qualquer
coisa a partir de medidas no programa, a cota pode estar com medidas apropriadas,
porém não para o nosso desenho.
Sendo assim, para configurar de maneira pertinente ao nosso projeto e
permitir sua representação dentro das normas de desenho técnico, devemos ir até a
aba Annotate. Haverá uma caixa de ferramentas destinadas aos itens de cotas,
como nome do estilo que está sendo usado, sentido a ser usado, opções de como
utilizar a cota, entre outros. Selecionaremos, então, a pequena seta indicada na
imagem a seguir, que deve desbravar a caixa Dimensions. Deverá abrir, então, uma
nova janela, chamada de Dimension Style Manage (gerenciamento de estilo de
cota), mostrando configurações prévias e os estilos já criados pelo AUTOCAD. Em
nosso caso, criaremos um novo em
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New, a fim de desenvolver de acordo com as Normas. Depois de colocar o


nome desejado, como por exemplo, NBR, abrirá uma segunda janela, chamada de
New Dimension Style NBR (novo estilo de cota NBR).

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Observando esta nova janela, há algumas abas a que devemos nos atentar.
Começando pelo Lines (linhas), onde podemos começar ajustando todas as linhas e
espaços ocupados. O primeiro quadrante, chamado Dimension Lines (linhas de
cota), tratará a linha “em seta”, conforme o exemplo da imagem. Primeiramente, o
item de cor selecionado como By Block (por bloco) não permitirá que a cota seja
editada conforme a configuração do Layer. Sendo assim, aconselha-se selecionar o
item By Layers (por camada). Desse modo, o que for definido previamente sobre o
projeto conseguirá manter um padrão. Depois há o Linetype (tipo de linha) e
Lineweight (peso da linha), que também podem atender as mesmas configurações
das camadas. Extend Beyond Ticks (estender depois da margem) trata-se de uma
linha que pode ultrapassar as linhas de extensão que veremos no segundo
quadrante, e só é possível para alguns tipos de linha. Ainda há Baseling Space
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(espaço da linha de base). Podemos manter medidas mínimas como 0.05, pois se
trata da distância que a linha de dimensão dará de extensão. Por fim, há o item
Supress (suprimir), que permite ocultá-las para colocar cotas internas, quando
necessário. Atenção, caso seja necessário realizar este tipo de cota, recomenda-se
criar um novo estilo destinado a isso.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

O segundo quadrante refere-se, então, às linhas de extensão, que são


aquelas que traçamos a partir do desenho. Além da mesma situação para o item
sobre cor, agora se torna necessário observar que são duas linhas, então, duas
possibilidades de configuração para o tipo de linha, mas somente um tipo de peso.
Também é possível suprimir as linhas, mas o interessante neste caso são os demais
comandos: Extend Beyond Dim Lines (estender além das linhas de dimensão) para
que seja possível configurar a medida que a linha ultrapassará a linha de base;
Offset from origin (deslocar da origem), para poder determinar a distância da cota
para o desenho. Neste caso, a NBR recomenda que exista um espaçamento mínimo
para que seja possível entender quando acaba o desenho e começa a informação
de cota.
63

A aba Symbols and Arrows (símbolos e setas) ajusta o símbolo da cota.


Podemos ajustar as Arrowheads (cabeças da seta), com símbolos conforme utiliza a
norma, como o Architectural Tick (detalhe arquitetônico). Será possível também
arrumar sua medida em Arrow Size (medida da seta). Os demais quadrantes se
referem à configurações para cotas em círculos e ângulos, que são menos usados.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Também é possível alterar o modo como o texto deve aparecer na cota,


através da aba Text. Em seu primeiro quadrante, há configurações sobre as
aparências do texto, seguindo o mesmo entendimento dos ajustes de texto. O
segundo quadrante define onde deverá aparecer a informação da medida e a
distância que este deve ter da linha de base.
64

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

As demais abas deverão ser avaliadas conforme a necessidade do usuário. É


possível manter a medida mesmo que o espaço dela seja pequeno, por exemplo.
Ainda há opções de ajustes das unidades de medida, caso elas não estejam de
acordo com as configurações já ajustadas no AUTOCAD. Ao finalizar tais ajustes,
basta fechar a janela selecionando o OK, e logo depois em Close.
Agora, verifique se suas configurações de cota correspondem às imagens
apresentadas nas últimas três. Se sim, devemos cotar a casa já projetada, para
auxílio de quem a executará. Caso alguma configuração não esteja de acordo com o
desenho ou a norma, basta refazer o processo, porém acessar o item Modify
(modificar), e após os ajustes, todas as cotas serão modificadas automaticamente.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Linhas de chamada de informação

Um outro modo de inserir informações ao desenho são as Multileaders (linhas


de chamada). Estas devem ser sutis e simples para não poluírem ainda mais o
projeto e complementarem informações nas quais o texto, as linhas e as cotas não
tenham conseguido deixar evidenciado.
Como os demais tópicos que acabamos de abordar, o AUTOCAD já fornece
uma configuração prévia, que não necessariamente atende o projeto que estamos
criando. Então, poderíamos selecionar a linha de chamada pelo atalho na aba
Home, porém será preciso ajustá-la.
66

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

As Multileaders também estão hospedadas na aba Annotate, possuem


configurações semelhantes às cotas, porém mais simples. Então, ao selecionar a
pequena seta localizada na extremidade inferior direita, abrirá a janela de Multileader
Manage Style (gerenciar estilo da Linha de Chamada), e será necessário criar um
estilo novo em New, o que abrirá uma segunda janela chamada Modify Multileader
Style (modificar estilo da linha de chamada).

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Na sua primeira aba, Leader Format (formatar o líder), é possível configurar


tipo, cor, peso e tipo de linha. No segundo quadrante, pode-se selecionar o tipo do
símbolo do líder, e seu tamanho. A segunda aba permite a seleção de quantos
pontos serão necessários para o desenvolvimento da Linha de chamada, distância
de sua linha angular e a escala. E sua última aba permite configurar o texto que
pode ser inserido, bem como a distância do conteúdo com a linha.
67

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Verifique se tais configurações condizem com as suas e finalize seu desenho


com as informações que podem ser necessárias.

OBJETOS E FERRAMENTA DE INSERÇÃO DE ELEMENTOS

Compreender como usar um software feito o AUTOCAD se torna cada vez


mais simples ao longo do uso frequente. Sua precisão e a quantidade de
ferramentas são de grande valia para aqueles que precisam projetar, seja para
arquitetura, design de interiores, engenharia civil, mecânica, elétrica, hidráulica,
estrutural, entre outros segmentos.
O programa, originado em 1982, foi uma grande inovação para todas as áreas
de projeto, facilitando assim a rotina e o trabalho diário. De maneira anual, a
Autodesk, desenvolvedora do software, atualiza e cria melhorias, compreendendo a
rotina de seus usuários.

Uso da ferramenta de objetos com a construção civil


Para a construção civil de maneira geral, vários materiais e objetos são
usados com frequência, como por exemplo, portas, janelas, vasos sanitários, pias.
Esses e outros vários objetos, por serem usuais, não precisam ser desenhados
68

todas as vezes que for necessário projetar um banheiro, por exemplo. É possível
desenhar uma vez e reproduzir quantas vezes for preciso através do comando Copy
(copiar).
Entretanto, um desenho rico em linhas pode se tornar algo complicado de ser
selecionado por completo todas as vezes, perdendo assim pequenos detalhes. Uma
solução inteligente existente no AUTOCAD são os blocos de objetos. Estes, uma
vez bem desenvolvidos, podem se tornar um objeto único, sendo selecionados
apenas com um clique.
Para ilustrar, observe com atenção a riqueza de detalhes que existe na
representação do vaso sanitário em planta ao lado esquerdo. Nessa representação,
existem os furos para encaixe da caixa acoplada e onde esta receberá a água limpa,
os furos para instalação da tampa do vaso, o eixo onde será encaixado na saída de
água do esgoto e toda a curvatura correta de seu formato ovalado. Estes detalhes
são pertinentes ao ser projetada uma construção, pois fazem parte das informações
hidráulicas, e serão materiais a serem contabilizados em obra.

Ainda, cada fabricante possui sua especificação exata para tais objetos,
sendo necessário então detalhar conforme a característica de cada marca. Algumas
delas possuem em seu site arquivos prontos em CAD para facilitar a escolha e o
uso. A empresa a seguir disponibiliza em várias extensões, isto é, em diversos
69

segmentos para uso dos softwares. Em nosso caso, a extensão do AUTOCAD é


chamada de DWG, derivada da palavra drawing (desenhando). Ainda há a
possibilidade de obter os objetos em programas em BIM (Building Information
Modeling) onde a elaboração é parametrizada e vincula todas as informações, ou
em faces, arestas e pontos, pelo segmento em 3 dimensões do SketchUp. Todos
estes tipos e mais uma grande série existente no mercado podem ser usados na
Construção Civil, mas o AUTOCAD ainda é o mais usual e utilizado.

Enfim, para ser cada vez mais fácil o uso destes objetos, criamos ou
importamos os chamados Blocos. Com eles, podemos ter uma rica biblioteca com
informações cada vez mais pertinentes com a realidade, aproximando o projeto da
execução. Veja como pode ficar o projeto do banheiro de uma residência:
70

Concluímos assim que o uso dos blocos, além de facilitarem a rotina dos
trabalhos, gera consistência projetual, além de reduzir o tamanho do arquivo em
desenvolvimento.

Uso e criação de objetos


Com o conhecimento sobre a existência dos símbolos no AUTOCAD, isto é,
os blocos, vejamos então como podem ser criados e usados sobre os arquivos nos
quais desenvolvemos projetos. Partiremos, então, de seu princípio: sua criação.
Podemos criar um objeto qualquer no Model do programa, com os comandos
já aprendidos previamente. A partir do desenho criado, como uma cadeira, podemos
selecioná-la e digitar na barra de comandos ou clicar em Create (criar) na caixa de
ferramentas Block (bloco) na aba Home.
71

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Então, ao selecionar tal comando, abrirá uma nova janela solicitando


informações sobre o bloco criado. Uma vez que estes objetos estão bem
organizados e ajustados, poderão se manter com tais referências em outros
arquivos. Começamos pelo nome do bloco, que pode ser simples ou como no
exemplo. É possível referenciá-lo com dados sobre suas diretrizes no plano X, Y e Z,
para quando inserido em outro arquivo.
Ainda há noções de seleção em Objects (objetos) e como deve se comportar
em Behavior (comportamento), além de configurações em Settings (configurações) e
descrições em Description (descrição); porém todas são opcionais e referentes ao
desenho proposto. Após configurar o bloco, deve-se selecionar o OK.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

É importante notar, antes de gerar o bloco, se as medidas e layers estão


pertinentes ao uso desejado. Lembre-se de que é possível criar uma camada
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destinada somente a este objeto, contudo, se algo não estiver de acordo, poderão
ser editados depois. Após a criação, ao selecionar uma das linhas desenhadas, o
bloco será escolhido como um todo, facilitando o processo como um todo durante o
trabalho. Assim, podemos replicá-los com facilidade.
Um outro modo de obter um objeto é inserir um já existente. Ele pode ser
derivado de sites de fabricantes de objetos, ou criados previamente em outro arquivo
pelo usuário, como acabamos de fazer. Sendo assim, a partir de um outro arquivo
do segmento DWG, podemos anexá-lo. Para isso, basta selecionar a ferramenta
Insert (inserir), ao lado de Create ou visitar a aba Insert. Em qualquer uma das
opções, abrirá uma aba, mostrando os itens já entendidos como símbolos no
AUTOCAD, e que podem ser usados como um carimbo no projeto.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Para o uso de um objeto ainda não inserido, devemos selecionar o item More
Options (mais opções), e abrirá uma janela permitindo a pesquisa de outro arquivo
em Browser (navegador). Uma vez selecionado, surgirá o desenho no AUTOCAD,
pronto para ser inserido na imagem. Para finalizarmos o procedimento, basta
clicarmos em qualquer ponto que achemos pertinente no model.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Em algumas situações, o objeto inserido pode estar fora da escala usada, ou


seja, muito pequeno ou muito maior do que se espera. Nestes casos, o comando
Scale (escala) pode ajudar, diminuindo determinadas vezes ou aumentando o
objeto. Em outros casos, ele surgirá afastado do espaço de seu desenho, e se deve
lembrar de que esta situação está vinculada às diretrizes do plano cartesiano. É
possível ajustar no momento de ser inserido, como mostrou a imagem. Caso
contrário, é necessário observar onde será anexado e movê-lo com o comando
move.

Edição de objetos

Compreendido como devemos inserir ou criar os objetos, é o momento de


criar o projeto e elaborar de diversas formas. A partir do bloco da cadeira, podemos
completá-lo, criando uma mesa. Porém, é possível notar que as cadeiras poderiam
ser maiores, uma vez que temos uma grande mesa. Sendo assim, vejamos como
funciona a edição dos blocos.
Uma grande vantagem de se obter blocos é que uma vez editado um deles
todos se modificarão automaticamente. Então, se selecionarmos o objeto e dermos
um duplo clique, ou clicarmos em Edit (editar), na caixa de ferramentas Block (bloco)
na aba Home, abrirá uma nova janela denominada Edit Block Definition (editar
definição de blocos), listando todos os blocos inseridos no arquivo em que estamos
trabalhando. Reforça-se, então, a importância de salvar corretamente as
configurações do objeto para facilitar o processo.
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Com a seleção correta, abrirá uma nova aba denominada Block Editor com
possibilidades de realizar qualquer tipo de alteração que se julgar pertinente, como
medidas, layer, cotas, textos e outras possibilidades.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Para aumentarmos o acento e o encosto, podemos usar as ferramentas na


aba Home já conhecidas. Ao finalizarmos o processo de edição, basta clicarmos em
Close Block Editor (fechar editor de bloco). O software perguntará ainda se deve
salvar as alterações ou ignorá-las, e assim todos os objetos iguais serão
modificados.
75

Nota-se, por fim, as modificações que é possível fazer, a fim de facilitar e


obter de forma prática os blocos nos projetos arquitetônicos. A mesa e as cadeiras
acima ilustram as diferenças que foram alteradas apenas em um dos objetos e, por
consequência, todos se modificaram.
Para editar apenas 1 dos objetos, usamos o comando Explode (explodir).
Assim, tiramos o objeto do modo bloco, e trabalhamos novamente com o
entendimento sobre linhas.

Inserindo objetos

Compreendidos tais parâmetros de criação e edição, chega o momento de


trabalhar no desenho. Ao inserirmos os blocos ao projeto, precisamos compreender
quais serão seus usos futuros. Uma vez que a impressão seja em 1:50, por
exemplo, há detalhes e informações que não aparecerão na impressão e outros que
serão destacados. Observando o fogão, o vaso sanitário ou o abajur na mesa de
cabeceira, representados na planta a seguir, pode-se notar que há linhas
espessuras e detalhes. Se o projeto for impresso em uma escala maior, estes
desenhos não terão o mesmo nível de detalhe, aparentando linhas grossas ou
borros. Por este caminho, é necessário eliminar linhas que possam prejudicar sua
representação.
O mesmo deve acontecer com o projeto, caso seja impresso em uma escala
menor, se aproximando da realidade e deixando mais próximo aos detalhes
existentes. Assim, seria importante detalhar as cadeiras, pias e outros itens.
Outro fato importante é que alguns itens devem vir sem o peso gráfico
correto. Como é de conhecimento, a necessidade de atender as normas se expande
a todos estes itens também, que precisarão se enquadrar aos Layers previamente
ajustados. Ainda é possível arrumá-los através da edição do bloco ou até criando um
novo layer que atenda a nova necessidade.
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Os objetos podem estar com hachuras como ilustram alguns desenhos na


imagem, auxiliando o entendimento do projeto e tornando-o mais real. Por outro
lado, isso pode atrapalhar a resolução final, e muitas vezes escondendo linhas
necessárias. Há um comando, ao selecionar um sólido ou uma linha, chamado Bring
to front (trazer para frente) ou Send to Back (enviar para trás), auxiliando esta
situação.

Inserindo imagens e PDFs


Ainda há outros elementos que podem ser inseridos no software no espaço
do Model, a fim de auxiliar e ampliar os projetos. São os arquivos de imagem e PDF.
Nos dois casos, devemos visitar a aba Insert (inserir), e usar a ferramenta Attach
(anexar) para imagens e outros segmentos de interesse e PDF Import (importar
PDF), para o uso do PDF.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

No caso das imagens, se torna comum inseri-las para facilitar a explicação de


alguma situação projetual, exemplificar referências, ou incluir visões tridimensionais.
Uma vez acessado o comando, abrirá uma janela de pesquisa e assim procuramos
no computador uma imagem já salva. Ela precisa ter uma boa resolução para ser
inserida ao programa. Depois abrirá uma nova aba denominada Attach Image
(anexar imagem), especificando detalhes para inseri-la. As configurações do
AUTOCAD podem ser mantidas, e assim, após o OK, será necessário criar um
retângulo para dar referência ao tamanho da imagem. Note que o cursor já estará
pronto para inseri-la.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Já inserir um arquivo em PDF é bastante simples. Esta ferramenta foi criada


nos últimos anos, facilitando o desenvolvimento de qualquer projeto ou desenho que
seja recebido nesta extensão. Ao usar o ícone, aparecerão opções de outros
programas também. Basta apenas selecionar o arquivo que se deseja, e aparecerá
uma janela de configuração e ajustes, informando medidas, escala, rotação, uso de
layers etc. Tais configurações padrões do AUTOCAD podem ser mantidas, e assim
o software fará a conversão do arquivo.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Se a planta ou o desenho importado for derivado de um software CAD, as


linhas aparecerão conforme usamos no desenho. O resultado deve variar de um
arquivo para o outro.

PREPARAÇÃO PARA PLOTAGEM

Ao refletirmos sobre todo o aprendizado encontrado sobre o uso do


AUTOCAD, já foi possível notar que ele atende muito bem às necessidades da
Construção Civil, possibilitando o atendimento das normas, o desenvolvimento de
projeto e sem esquecer a agilidade no desenho como um todo. Contudo, chegamos
à última parte de um conhecimento básico sobre sistema CAD.
A impressão do projeto se vincula à materialização das ideias do arquiteto, se
direcionando para a execução da obra. É neste momento que podemos observar
como um todo, se o que foi pensado está bem explicado e detalhado, a fim de ser
claro para quem precisar construir ou interpretar o que está sendo proposto.
Aprenderemos a seguir todos os procedimentos de impressão e configuração, para
que ao obtermos o exemplar de maneira física tenha a mesma excelência que os
feitos à mão.
79

Ajustes necessários no projeto


Para começar os procedimentos de impressão, são necessários ajustes e
configurações para que o projeto atinja os itens da ABNT NBR 6492 –
Representação de Projetos de Arquitetura. Primeiramente, é importante observar se
todos os elementos estão desenhados corretamente, atendendo o código de obras
da cidade e todas as normas e legislações vigentes. O ideal é que esteja o mais
correto possível nesses parâmetros, para que não existam modificações
significativas na arquitetura.
O desenho deve possuir todas as linhas, medidas e detalhes necessários
para a construção de modo coeso, pois quanto mais alinhado e explicado estiver,
menos erros e dúvidas acontecerão no futuro. Outro tópico importante de se
observar é se tudo está ajustado e organizado com os Layers e se estes também
estão configurados corretamente. Ainda será possível ajustar outros parâmetros das
camadas, que veremos mais para frente. Uma boa opção para se verificar tais itens
é apagar as “lâmpadas”, o que fará as linhas serem ocultadas. Se algo não “sumir”
da visualização, é porque não está configurado corretamente.
Também há a necessidade de ajustar os blocos inseridos, uma vez que estes
não estão sempre ajustados às Camadas, ou que seus detalhes sejam linhas muito
próximas e pequenas. Com a impressão, o desenho perderá a qualidade da
representação e não terá todos os detalhes desejados. Uma boa opção para
verificar estas questões é medir no AUTOCAD a distância dos detalhes e verificar na
Escala Manual qual seria esta medida. Faça o teste: verifique o tamanho em que
ficarão ao imprimir, em escala 1:100, 1:50 e 1:25, as medidas totais do banheiro, a
espessura da parede e, até mesmo, a espessura da porta que de maneira padrão
costuma ter 0,03 m.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Existem alguns elementos que não há modo de ajustar, como a porta que
acabamos de notar. Porém, é necessário compreender que a escala sempre
influenciará no resultado final apontado.

Configurar a impressão
Após os ajustes e a finalização do desenho, devemos seguir para a
impressão do projeto. Neste momento, conheceremos uma nova aba, chamada
Layout, onde fazemos as configurações. Esta, localizada próxima à Aba Model,
possui as características de um papel, aproximando para a realidade do resultado
impresso. O software sempre apresentará duas abas denominadas Layout 1 e
Layout 2, sempre iguais previamente, como padrão.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Ao selecionarmos o Layout 1, a interface mudará para cinza e teremos um


retângulo branco representando uma folha de papel onde será impresso o projeto,
ou seja, tudo que estiver inserido nele aparecerá no resultado final. Podemos notar,
ainda, que a representação do plano cartesiano ao lado inferior esquerdo se
modifica, se transformando em um triângulo escaleno. Isso porque teremos duas
opções de Zoom, uma sobre o tamanho da folha e outra sobre o tamanho do
desenho. Note também que as caixas de ferramentas não se modificam,
acrescentando apenas mais uma aba superior de Layout, para auxiliar nos ajustes.
Pois bem, entendida a interface, devemos renomear a aba para facilitar o uso
no futuro. Ao selecionarmos com o botão direito do cursor em cima da palavra
Layout 1, aparecerão também algumas opções de ajustes, como New Layout (Novo
Layout), From Templade (do modelo), Delete (deletar), Remane (renomear), Move or
Copy (mover ou copiar), Select All Layouts (Selecionar todos os Layouts), Active
Model Tab (guia de modelo ativo), Page Setup Manager (Gerenciador de
configuração de página), Plot (Imprimir), Drafting Standard Setup (Esboço de
configuração padrão), Export Layout to Model (Exportar o Layout do Model) e Dock
above Status Bar (caixa acima da barra de status).
82

Assim, renomearemos o Layout 1 em Rename, para que possamos ter maior


agilidade. Por exemplo, em um projeto executivo de construção, teríamos as Plantas
Baixas de construção, plantas de elétrica, hidráulica, entre outras, ainda haveria
cortes, fachadas e detalhamentos. Veremos mais à frente que este processo
auxiliará no arquivamento do projeto.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Para ajustar a página de impressão, devemos acessar o item Page Setup


Manager. Abrirá assim uma aba com as informações da configuração existente.
Caso devêssemos criar um novo Layout, o caminho será pelo ícone New (novo), ou
podemos importar de outro arquivo em Import (importar), porém como já estamos
visualizando a página, apenas faremos alterações em Modify (modificar).
Selecionando a opção Modify, abrirá uma nova aba denominada Page Setup
(configuração de página) para ajustar o papel. Começando pelo tipo de impressão
em Name (nome), é importante ajustar o tipo de impressora ou segmento para obter
o arquivo, como PDF ou JPEG. A próxima etapa é ajustar o tamanho do papel,
vinculado às normas da ABNT NBR 10068/1987 − Folha de desenho − Leiaute e
dimensões, dentre as opções oferecidas no AUTOCAD. As mais usuais são A4, A3,
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A2, A1 e A0. A escolha fica vinculada ao tamanho do projeto e o nível de detalhe


necessário para facilitar a explicação do desenho. No campo Plot Area (área de
plotagem), selecionamos onde queremos resgatar as informações de impressão,
onde usaremos Layout, porque faremos uma diagramação simples do projeto. Ainda
há como direcionar a localização do que vai ser impresso em Plot Offset
(distanciamento da plotagem), e assim é possível inserir as informações exatas de X
e Y. Também há como ajustar a escala em Plot Scale (escala da plotagem),
vinculada à proporção, ou podemos realizar tal etapa manualmente.
Em Plot Style table (estilo da mesa de plotagem), selecionamos o estilo da
impressão, como colorido, escala de cinza ou com um estilo previamente
configurado e que pode ser inserido especificamente. Cada escritório ou empresa
costuma possuir seu próprio CTB, isto é, o arquivo de detalhe destas características.
Elas auxiliam para a organização e agilidade dos resultados. São de ótimo auxílio,
porém não são essenciais. Trabalharemos, então, com as opções fornecidas pelo
software, como Grayscale (escala de cinza).
Em se tratando de uma imagem a ser gerada, ainda há opções sobre
qualidade e sombreado, podendo obter uma melhor resolução final. Em Plot Options
(opções de plotagem), ainda temos como selecionar se queremos a demonstração
do peso da linha, de transparências, com os estilos de plotagem, usando os espaços
predefinidos ou esconder áreas não importantes. E, para finalizar, há uma opção de
orientação da folha, entre Portrait (retrato) ou Landscape (paisagem). Sendo assim,
podemos ajustar conforme a imagem a seguir.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Com as configurações alinhadas, podemos acessar o Previews (pré-


visualização) e verificar o resultado obtido. Abrirá uma nova janela, exemplificando
como será o impresso. Se todas as informações estiverem de acordo, selecionamos
o item de impressora e assim poderemos imprimir o arquivo ou salvar o arquivo em
algum local desejado. Caso não esteja de acordo, selecionamos o “X”, e voltamos
para a Page Setup (configuração de página). Ainda é possível utilizar o zoom, mas é
preciso lembrar que ao obter o arquivo em mãos, a ampliação ficará por conta dos
nossos olhos, ou seja, não poderemos atingir todas as visualizações propostas pelo
computador.
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Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Observando o resultado que obtivemos, notamos que há uma variedade de


tons de cinza como era esperado, porém, em alguns casos, está muito claro. Isso
significa que devemos retornar ao desenho e ajustar suas configurações de Layers,
pois as cores propostas não apresentam um bom resultado. Também não foi
configurado seguindo as normas e nem inserida a escala. Ao retomar a página de
configuração, basta apenas selecionar OK, para manter as configurações de página
e Close (fechar), para finalizar.

Alinhamento às normas de Desenho Técnico

Quando analisamos o resultado dos Layers no projeto, notamos que suas


configurações precisarão ser alteradas, contudo, este não seria o único item a ser
ajustado. Para o atendimento das Normas Técnicas de representação de Desenho
Técnico, ainda é necessário o ajuste da escala do desenho, inserir margem,
carimbo, nome do que foi desenhado, e particularidades específicas.
Então, voltando às linhas existentes e suas aparências, torna-se necessário
alterar cores e peso gráfico. Veja que o que havíamos representado, como o texto,
se apresenta de tonalidade clara demais, o que pode sair quase ilegível ao papel,
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uma vez que ainda temos questões de calibragem de impressora e tipos de papel. O
ideal é que o texto se mostre aparente para que não gere dúvidas em sua execução.
É preciso também que seja notável que a espessura da linha das paredes é mais
grossa do que as demais. Para isso, precisaremos ajustar a escala do desenho.
Quando olhamos o papel branco representado, notamos que há, dentro dele,
um retângulo em linha tracejada. Este determina toda a área de impressão da folha.
Sendo assim, será necessário ajustar o desenho de maneira diagramada e
harmônica dentro deste espaço. Também podemos notar que há um retângulo ao
redor do desenho que se chama Viewport (janela de exibição), que possui a função
de mostrar o que foi desenhado no Model. Podemos usar sua borda, como margem
para atendimento das normas de desenho técnico. Sendo assim, recomenda-se que
seja selecionado e ampliado para o mais próximo possível da área de impressão
tracejada, porém dentro dela. Podemos ter uma ou várias Viewports dentro da
mesma folha, usando a ferramenta Copy e criando outras, ou acessando a
ferramenta Rectangular (retangular) na aba de Layout superior.
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Com a Viewport ajustada, devemos ajustar a escala, clicando duas vezes


dentro dela com o cursor. Note que a representação do plano cartesiano se
modificará para dentro dela, e com o mouse será possível alterar a escala.
Entretanto, para que seja colocada a escala correta, usaremos o comando Zoom
(ampliação), e depois 1000 condizente com a medida da realidade física /(escala) xp
inserindo o valor da escala desejada. Por esse modo, para deixarmos a planta em
escala 1:50, devemos usar o seguinte processo: Z + Enter, depois 1000/50xp
diretamente na barra de comando. O desenho se ajustará automaticamente e não
será necessário realizar mais nenhum comando, a não ser clicar fora da folha.
Atenção, se logo após o uso do comando for usado o Zoom do cursor dentro da
Viewport, a função se perde e precisará ser refeita.
Ao alterar e ajustar os Layers, é interessante criar um apenas para a viewport,
pois uma vez que várias forem inseridas em um projeto, por exemplo, em uma folha
A0, não ficará aparente o quadrante, pois no momento da impressão podemos
ocultá-las no item da lâmpada.
Ainda é necessário desenvolver um carimbo de acordo com as NBR 6492 –
Representação de projetos de Arquitetura, com todos os itens solicitados como
mínimo e colocar nome ao desenho, conforme ilustra a figura. Não há padrões
específicos, somente o conteúdo necessário a ser bem representado.

Impressão do projeto

Compreendidos tais procedimentos, em junção com um bom projeto


representado, é o momento de finalizar as peças gráficas. Sendo assim, acessamos
novamente a área de configuração da plotagem, porém desta vez em Plot (imprimir).
É importante observar se todos os itens projetuais foram inseridos, uma vez que não
devemos fazer alterações à mão, para não se tornar dúbio o desenho feito.
Ao refazer a visualização, o projeto se apresentará da mesma maneira que
será impresso. Sendo assim, após a seleção ser feita, podemos selecionar a
impressão e finalizar o procedimento.
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Ao selecionar a opção para salvar o desenho criado, note que ele terá o nome
do arquivo e o nome alterado do layout, como Drawing 1 – Planta Baixa. Sendo
assim, recomenda-se que o nome do arquivo e do layout sempre estejam
organizados quanto ao tipo de trabalho, a revisão e o desenho. Por exemplo: o
arquivo poderia se tratar de projeto executivo e estar denominado como Proj Exec –
Rev 01, ou seja, em sua primeira revisão. Com o nome da folha intitulado, o que
realmente estiver desenhado, ficará fácil encontrar o arquivo, além de muito
organizado de se trabalhar.

Outros comandos e opções

Há ainda uma série de comandos interessantes que podem auxiliar o uso


frequente do AUTOCAD. Uma ferramenta interessante é a de Match Properties
(combinar propriedades). Esta, localizada a aba Home, na caixa de Properties
(propriedades), ou seja, quando uma linha estiver configurada com um Layer
específico, e deseja-se configurar uma outra linha com as mesmas características,
basta selecionar a linha de origem, selecionar o comando com MA+Enter e
selecionar a linha de destino. Assim, ambas estarão configuradas, sem ser
necessário procurar o Layer correto.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Ainda, na mesma caixa de ferramentas, há opções de configuração de linhas


e objetos em geral, fora dos Layers. É possível trocar a cor, o tipo de linha e o peso
gráfico, sem alterar o que foi proposto na camada. Porém, o usuário deve se atentar,
pois isso poderá trazer outros resultados na impressão.
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Outro item que pode auxiliar os comandos rotineiros é chamado de Object


Snap (seleção de objeto), situado na barra inferior à direita. Com a função de facilitar

a maneira de selecionar qualquer linha, esta é uma função assistente, onde uma vez
estando na cor azul, significa que está ativa.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Uma vez aberta a aba de sua seleção, podemos ativar as seguintes opções,
ilustradas como auxílio:
▪ Endpoint (fim do ponto) – que se destina às extremidades de linhas e
objetos.
▪ Midpoint (ponto central) – auxilia no ponto exatamente do meio do
segmento.
▪ Center (centro) – refere-se ao centro e um arco ou circunferência.
▪ Geometric Center – neste caso, tratando-se de um polígono,
direcionará sobre o seu centro exato.
▪ Node (nó) – quando há um ponto específico sobre um objeto
representado.

Também pode ser representado quando um objeto estiver sobreposto a outro.


▪ Quadrant (quadrante) – informa os quadrantes de uma circunferência
ou arco.
▪ Intersection (intersecção) – indica sobre os pontos de intersecção de
um objeto a outro.
▪ Extension (extensão) – representará o percurso no qual uma linha
poderá ser estendida.
▪ Insertion (inserção) – mostra onde um objeto foi inserido a outro.
▪ Perpendicular (perpendicular) – quando um objeto tocar o outro de
maneira perpendicular.
90

▪ Tangent (tangente) – indica onde um objeto está tangente a outro.


▪ Nearest (próximo) – mostra quando um objeto está próximo a outro.
▪ Apparent Intersection (interseção aparente) – representa onde poderá
haver intersecção de um objeto sobre outro.
▪ Parallel (paralelo) – quando um objeto está paralelo a outro.

Fonte: Captura de tela do software AUTOCAD, versão educacional 2016.

Não há uma regra de quais ou quando devem ser usadas tais opções. Fica a
critério do usuário. O software virá com alguns itens selecionados de modo padrão,
como é possível visualizar na imagem acima, porém é importante reconhecer todos
os símbolos, para que realmente tenham função de auxílio sobre o desenho.
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REFERÊNCIAS

AUTODESK. Autodesk Autocad 2016. English – Brazilian Portuguese Commands


and Aliases list. 2 jun. 2015. Disponível em: <
https://knowledge.autodesk.com/sites/default/files/file_downloads/AutoCAD_2016_E
nglish-Brazilian_Portuguese_Commands_and_Aliases_list.pdf >. Acesso em: 6 abr.
2020.
NBR. ABNT. 6492. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.
NBR. ABNT. 10068. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1987.
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