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COMUNICAÇÃO
CAPÍTULO 2 - COMO EVITAR A FALTA DE
COERÊNCIA TEXTUAL?
Adriana Paula da Silva Amorim
INICIAR
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Introdução
A comunicação efetiva ocorre por meio de gêneros textuais. Cada situação
comunicativa exige a utilização de um gênero textual específico. As notícias, por
exemplo, são produzidas para informar a população sobre fatos ocorridos; enquanto
que os anúncios, por sua vez, são elaborados com a finalidade de divulgar produtos e
serviços para um público específico.
Nesse contexto, é preciso se atentar para alguns aspectos relevantes na produção
textual: a adequação ao meio em que o texto é veiculado, a coesão e a coerência.
Afinal, com o advento da internet, surgiram novas formas de linguagem e novos
gêneros textuais. A tela como suporte de textos digitais propicia maior dinamicidade
na comunicação virtual e possibilita a composição dos textos a partir de elementos
verbais e não verbais, como imagens, sons, vídeos, cores, ícones, entre outros.
Além da adequação ao suporte, é imprescindível que os textos possuam coerência e
coesão, a fim de que cumpram plenamente seu propósito comunicativo. A coerência
diz respeito ao sentido: um texto coerente é um texto que possui sentido. Para tanto, é
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Dessa forma, surgem novos gêneros textuais, propiciados pela emergência das
tecnologias digitais, caracterizados por duas características: a hipertextualidade e a
multimodalidade.
divulgação impressa, mas que, hoje, são desenvolvidos para a mídia digital,
explorando recursos de imagem e som.
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2.1.2 Hipertextualidade
A virtualidade propicia a produção de uma linguagem mista e híbrida que une a
linguagem verbal escrita a outros recursos, como sons, imagens estáticas e com
movimento e links. As páginas de internet que costumamos acessar possuem
propriedades específicas e mesclam gêneros textuais diversos em um mesmo
ambiente. Em um site cujo assunto principal é o mundo automobilístico, por exemplo,
encontramos notícias, reportagens, anúncios, infográficos, vídeos, tutoriais, resenhas
e muitos outros textos referentes ao tema central. Com efeito, a tela do computador,
do tablet e do smartphone possibilitam essa heterogeneidade de informações ao
alcance do usuário. Assim, “A hipertextualidade seria, então, um conjunto
multienunciativo de hipertextos, em razão de sua heterogeneidade” (CAVALCANTE,
2012, p. 56).
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Figura 3 - Homepages reúnem vários elementos visuais além do texto escrito, como imagens, cores e
sinais.
Fonte: Haywiremedia, Shutterstock, 2018.
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Sobre a definição de hipertexto, Koch (2007, p. 25) afirma que se trata de uma escrita
“[...] não-sequencial e não-linear, que se ramifica de modo a permitir ao leitor virtual o
acesso praticamente ilimitado a outros textos, na medida em que procede a escolhas
locais e sucessivas em tempo real”. Em linha com a autora, o leitor, conhecido como
navegador, torna-se coautor do texto, visto que, diante das inúmeras possibilidades de
acesso e de leituras que a internet lhe proporciona, segue os links de seu interesse e se
aprofunda nos temas que atraírem a sua atenção.
Você mesmo, enquanto estudante de uma disciplina cursada a distância, tem nas
mãos o poder de, autonomamente, construir o conhecimento a partir da busca por
informações em diversas fontes disponíveis na rede. Sabemos, no entanto, que se faz
necessário filtrar essas fontes para que as informações obtidas sejam confiáveis e úteis
aos seus objetivos de estudo.
2.1.3 Multimodalidade
Você já parou para pensar na evolução da linguagem ao longo dos tempos? Já
analisou como, atualmente, estamos nos comunicando muito mais pelo meio digital
em detrimento do meio impresso? Notou como o texto digital permite novas
possibilidades de composição dos textos que a escrita no papel não possibilitava?
A multimodalidade é um conceito desenvolvido por Kress e Van Leeuwen (1996) para
descrever os diversos modos ou modalidades semióticas pelos quais os textos são
compostos. São exemplos de elementos multimodais o som, a imagem (estática ou
em movimento), o texto escrito, o gesto, o uso das cores, entre outros. Cada uma
dessas modalidades possui potencial para a construção do sentido no texto.
Em relação ao hipertexto, facilmente percebemos a presença da multimodalidade nos
gêneros digitais. Um exemplo disso são os emoticons, ícones utilizados em conversas
on-line para transmitir a emoção dos indivíduos. O uso dos emoticons complementa as
informações verbais digitadas e expressa a informação de forma singular. Alguns, por
exemplo, não teriam o mesmo sentido se fossem descritos com a linguagem verbal. O
mesmo ocorre com o uso de outros recursos multimodais. Em síntese, esses ícones
possuem valor complementar à escrita, já que, nos dias atuais, os recursos visuais têm
ganhado relevância na comunicação.
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Aliás, você deve ter notado que muitas informações no suporte digital, isto é, a tela,
são representadas por ícones, não é mesmo?
Assim, a hipertextualidade permite a exploração de recursos multimodais em textos
conhecidos antes mesmo da internet, como notícias, anúncios e tutoriais. Xavier
(2002) chama a atenção para o fato de que, no texto digital, os recursos multimodais
coexistem — ou seja, som, imagem, texto escrito e outros recursos disponíveis se
sobrepõem e podem ser acessados de qualquer lugar a qualquer momento —, desde
que haja as condições técnicas necessárias, como a conexão com a internet.
Note que os anúncios digitais, por exemplo, são compostos por uma gama de cores,
sons e imagens em movimento, mas organizados em um determinado layout (design,
esquema e arranjo), contribuem para a produção de significados.
A escolha e a organização desses recursos na composição do texto não ocorrem por
acaso. O produtor do texto seleciona os recursos para atender seus objetivos
comunicativos e os organiza em um layout que atraia a atenção do público-alvo. Nos
anúncios da figura acima, o produto anunciado (ou algo que o represente) aparece no
centro, em posição de ênfase, enquanto que as informações verbais geralmente
aparecem nas bordas. Além disso, informações importantes — como os nomes das
marcas — aparecem em destaque, com fontes em tamanho e cores de evidência.
No entanto, vale ressaltar que isso só é possível com a coerência textual, competência
extremamente relevante para a comunicação verbal.
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Tomaremos como objeto de análise o texto escrito por Carlos (26 anos, ensino
superior), informante do corpus Discurso & Gramática da cidade de Natal (CUNHA,
1993, p. 13), ao narrar uma experiência pessoal:
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Eu ia para Pium em um jipe sem capota, aqueles de praia, com o meu irmão, meu pai, a
empregada, que ia grávida, e o motorista. Fui pela manhã e quando cheguei lá o pessoal
tomou umas cervejas o dia todo, quando foi à tarde, quase à noite nós saímos de Pium e
quando vínhamos na BR 101 próximo à fábrica Soriedem aconteceu o acidente. Nós
vínhamos à esquerda da BR e um ônibus da empresa Nordeste pediu para ultrapassar,
porque as ultrapassagens são feitas pela esquerda, mas o motorista não, passou pela
direita, então o ônibus passou pela direita e trancou a gente e jogou todo mundo na
estrada. Ficou todo mundo espalhado pela BR 101, a sorte da gente foi que não passou
nenhum carro na hora, apesar de ser um horário de muito trânsito. Passaram alguns
carros e nos socorreram na hora. Meu pai teve escoriações leves pelo corpo, meu irmão, a
empregada e o motorista também, apesar do motorista ter sofrido um corte na testa de
leve. A empregada que estava grávida mais tarde teve o menino lá em casa, nasceu vivo e
depois morreu no hospital, devido o susto que tomou. Eu fui o único que ficou internado
no hospital Valfredo Gurgel com escoriações e pancadas na cabeça, tive que fazer uma
cirurgia plástica no rosto que ficou aparecendo os ossos e as raízes dos dentes, no braço
esquerdo também fiz uma plástica porque arrastou no chão e comeu a carne. Passei
mais ou menos um mês internado, só recebia visitas uma vez por semana, eu ficava de
um lado do prédio e os meus pais do outro sem poder se tocar. Fiquei em cadeiras de
rodas, porque pensava que não podia andar. Depois comecei a andar normalmente.
VOCÊ SABIA?
Marcuschi (2008) considera que, sendo o texto um evento comunicativo, três aspectos se
articulam para a produção de sentidos: aspectos linguísticos, aspectos sociais (o
contexto sócio-histórico) e aspectos cognitivos (conhecimentos armazenados na
memória dos participantes da comunicação).
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VOCÊ O CONHECE?
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Ingedore Villaça Koch, autora alemã naturalizada brasileira, é professora do Departamento de Linguística do
Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade de Campinas. É um dos principais expoentes da
Linguística Textual no Brasil, com estudos sobre texto e interação por meio da linguagem. Vale a pena
melhor conhecer tal personalidade para nos aprofundarmos em nossos estudos!
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análise, Carlos relata uma ultrapassagem de carro que causou um acidente na estrada.
Assim, se tivermos o conhecimento de que toda ultrapassagem deve acontecer pela
esquerda, inferimos que a ultrapassagem forçada pela direita causou o acidente.
Dessa forma, podemos entender que o conhecimento compartilhado diz respeito ao
conhecimento de mundo comum ao produtor e ao receptor de um texto. Os
participantes envolvidos em uma situação comunicativa precisam ter o máximo de
conhecimento compartilhado, a fim de que os dois se compreendam mutuamente. No
depoimento de Carlos, ele afirma que foi para Pium, sem apresentar mais nenhuma
explicação sobre esse termo. Isso significa que o seu interlocutor, nesse caso um
entrevistador, partilha com ele o conhecimento sobre o município de Pium, que fica na
região metropolitana de Natal. Sem esse conhecimento compartilhado, a
compreensão do texto poderia ser prejudicada, pois o leitor teria dúvidas sobre seu
significado (embora linguisticamente ele saiba que se trata de nome próprio, ou seja,
possivelmente pertencente a uma pessoa ou a um lugar).
A inferência, por outro lado, é uma operação dedutiva por meio da qual o leitor chega
a conclusões que não estão explícitas no texto, mas que podem indicar um caminho
para o que está implícito. Ao produzir um texto, oral ou escrito, omitimos algumas
informações que julgamos desnecessárias por considerarmos que o interlocutor será
capaz de realizar as inferências. No depoimento de Carlos, após narrar o
acontecimento do acidente, ele afirma que os feridos foram socorridos e faz uma
espécie de salto para explicar o estado hospitalar de cada um. Ele não explicita, por
exemplo, como ocorreu o resgate: será que uma ambulância foi acionada ou as
próprias pessoas que passavam pelo local colocaram os feridos nos seus carros e os
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levaram para suas respectivas casas? Essa informação não está explícita, mas é
possível inferir, com base nas pistas que o texto nos dá, que os feridos foram
encaminhados ao hospital, menos a empregada, que deu à luz em casa.
Segundo Koch e Travaglia (2009, p. 79), “[...] todo texto assemelha-se a um iceberg – o
que fica à tona, isto é, o que é explicitado no texto, é apenas uma pequena parte
daquilo que fica submerso, ou seja, implicitado”, por isso, a coerência é considerada
bem mais como um processo cognitivo do que linguístico.
A seguir, discutiremos outra competência importante para a eficiência da
comunicação: a coesão textual.
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É a coesão que confere harmonia ao texto, que deixa de ser uma sequência de
informações soltas e passa a formar uma unidade de sentido. Para Koch e Travaglia
(2009, p. 14), “[...] a coesão textual, mas não só ela, revela a importância do
conhecimento linguístico (dos elementos da língua, seus valores e usos) para a
produção do texto e sua compreensão e, portanto, para o estabelecimento da
coerência”.
Vale destacar, contudo, que há algumas estratégias linguísticas de coesão e que se
manifestam no texto que estamos analisando como exemplificação, conforme Halliday
e Hasan (1976). Vamos entender melhor sobre essas estratégias na sequência.
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Eu fui o único que ficou internado no hospital Valfredo Gurgel com escoriações e
pancadas na cabeça, tive que fazer uma cirurgia plástica no rosto que ficou aparecendo
os ossos e as raízes dos dentes, no braço esquerdo também fiz uma plástica porque
arrastou no chão e comeu a carne [...]
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma,
creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias,
sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço. Relógio,
maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule,
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talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. [...] Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo.
Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos.
Coberta, cama, travesseiro.
O que você entendeu do texto que leu? É apenas uma sequência aleatória de palavras
e expressões? Trata-se de um texto sem coesão e sem coerência?
No conto de Ramos (2012), há poucos elementos linguísticos de coesão, além de
apenas algumas preposições e conjunções, como “de” e “e”, respectivamente. Não há
uma relação explícita entre as palavras no texto. No entanto, por meio de um processo
cognitivo, conseguimos compreender o sentido global do texto e a relação existente
entre as partes. O conhecimento linguístico nos permite decodificar o vocabulário
utilizado pelo autor e perceber a relação de significado que se estabelece entre essas
palavras.
Por conseguinte, o conhecimento de mundo partilhado entre o autor e nós, leitores,
permite-nos reconhecer que a narrativa apresenta um dia comum na vida de um
homem de negócios. A coerência não está no texto em si, ela não pode ser destacada
ou apontada na superfície textual. Na verdade, ela é construída na interação entre os
participantes da situação comunicativa. Os processos de coesão e coerência, portanto,
ocorrem de forma simultânea na mente do leitor.
“O texto de Ricardo Ramos é uma prova de que a coesão superficial do texto não é
necessária para a textualidade. Contudo, isto não significa que ela seja irrelevante [...]
Aqui, a coesão é inferida a partir da coerência” (MARCUSCHI, 2008, p. 106). Desse
modo, a coesão é gramatical, mas também é semântica, pois, em muitos casos, a
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VOCÊ SABIA?
O princípio da não contradição surgiu de conceitos de lógica desenvolvidos pelo filósofo
grego Aristóteles, segundo o qual duas proposições contrárias não podem ser
consideradas verdadeiras. Mais tarde, esse conceito passou a ser utilizado também para
a linguagem. Você pode entender melhor sobre as ideias do filósofo com o link:
<https://revistas.ufrj.br/index.php/FilosofiaClassica/article/download/2904/2687
(https://revistas.ufrj.br/index.php/FilosofiaClassica/article/download/2904/2687)>.
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A coerência externa quer dizer que “[...] o texto não pode contradizer o mundo a que
se refere, seja este mundo real ou fictício” (CAVALCANTE, 2012, p. 36). Uma fábula, por
exemplo, não é um texto incoerente por apresentar animais que atuam, falam e
pensam como pessoas, pois essa realidade textual é compatível com o mundo a que
ela se refere (o mundo fictício). Se, no entanto, essa característica fosse dada a
animais reais, em uma notícia de jornal, haveria uma grave contradição com os fatos
do mundo real, o que provocaria um estranhamento.
Por último, temos a articulação, que é o princípio da coerência que mantém relação
estreita com a coesão textual. Para haver articulação em um texto, é necessário que as
ideias apresentadas mantenham um encadeamento lógico e uma organização. Além
disso, é preciso que as relações estabelecidas entre as informações estejam claras, a
fim de propiciar a fluidez da leitura. A estratégia de articulação mais utilizada é o uso
de conectivos, como “além disso”, “porém”, “no entanto”, “portanto”, “assim”, “então”,
entre outros. A escolha do conectivo se dará em função da relação que se deseja
enfatizar. Essa relação, por sua vez, pode ser de conformidade, adversidade,
complementação, conclusão e outras.
Em síntese, os princípios ou metarregras de coerência, segundo Charroles (1988),
podem ser vistos na figura a seguir.
Vejamos o exemplo de um texto que poderia ser postado em uma rede social: “Ao
receber esta mensagem, beije alguém que você ama muito, porque ela veio trazer
sorte. Passe a mensagem para nove contatos. A felicidade não tem preço. Se você
compartilhar terá muita sorte e ganhará muito dinheiro. Não guarde a mensagem,
envie!”. Nesse caso, o texto contém algumas quebras de coerência localizadas, a saber:
Quebra de continuidade: no início, é sugerido que se beije alguém, mas essa
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Quebra de articulação: a relação entre algumas ideias não está clara por falta
de conectivos adequados que estabeleçam essa relação. Passa-se de uma ideia
para outra sem que haja uma lógica entre elas.
Com efeito, as falhas localizadas de coerência interferem na interpretação do texto,
mas podem ser corrigidas por meio da leitura e de sua reescrita. Na fala, a correção
não ocorre de forma sistemática, mas é possível retomar o que foi dito desfazendo as
contradições, por exemplo.
Síntese
Neste capítulo, dedicamos nossa atenção à relação entre tecnologia e gêneros
textuais, utilizados para a comunicação nas diversas áreas sociais. Além disso, nos
debruçamos sobre os fenômenos linguísticos de coesão e coerência, relevantes
princípios de interpretação textual.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
identificar e comparar tipos e gêneros textuais;
construir textos cujos gêneros discursivos estão de acordo com a prática
professional do estudante;
analisar coerência e coesão textuais;
aplicar conectivos e preposições como auxiliares no processo de coesão;
analisar os princípios da não tautologia e da não contradição.
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Bibliografia
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<https://revistas.ufrj.br/index.php/FilosofiaClassica/article/download/2904/2687
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