Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
https://novaescola.org.br/conteudo/11857/como-usar-os-generos-digitais-em-sala-
de-aula
Tecnologia
Aproveitar o uso de celular e tablet em sala de aula para ensinar gêneros digitais é uma
prática que pode se tornar mais comum a partir da BNCC Foto: Getty Images
Você já parou para pensar como a tecnologia vem mudando a forma que interagimos com as coisas e
também com as pessoas? Essas mudanças provocaram alterações também na linguagem,
transformando gêneros textuais existentes em gêneros digitais.
Se antes enviávamos cartas, nós as substituímos por e-mails e hoje por mensagens instantâneas como
WhatApp, Messenger ou Telegram. Embora os meios tenham sido transformados, a estrutura de
comunicação e a forma com a qual nos expressamos continuam seguindo parâmetros que
estabelecem uma relação dialógica com formas textuais preexistentes.
LEIA MAIS Como trabalhar clássicos da literatura no Fundamental
Ao escrever uma mensagem instantânea, temos a estrutura textual em mente: iniciamos com uma
pergunta sobre a pessoa (Oi, tudo bem?) e finalizamos com uma despedida (Beijos), respeitando
tipologias ou gêneros e níveis de linguagem. Esses novos gêneros têm influenciando as práticas de
leitura e escrita digitais, causando um grande impacto na comunicação e trazendo dinamismo à
comunicação digital.
A referência geral é que, em cada ano de ensino, o professor deve contemplar gêneros que lidam com
informação, opinião e apreciação, gêneros multissemióticos e hipermidiáticos, próprios da cultura
digital e das culturas juvenis. As formas também são diversas, como ações e funções que podem fazer
parte de atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir, comentar, compartilhar, remixar
entre outros.
Reunimos aqui alguns dos gêneros digitais para inspirar você no trabalho em sala de aula. Além de
utilizar o computador, muitos podem ser produzidos com o auxilio de celular e tablets. Vamos lá?
Vlogs. Um blog em que os conteúdos predominantes são os vídeos. A grande diferença entre um vlog
e um blog está no formato da publicação: em lugar de publicar textos e imagens, o vlogger ou
vlogueiro faz um vídeo sobre o assunto do qual quer tratar. O site que os internautas mais utilizam
para publicar os seus vídeos é o YouTube. Para isso, o vlogger precisa criar um canal no site, que
funcionará como um vlog para seus vídeos. No entanto, existem outras inúmeras plataformas
destinadas a este conceito de "página pessoal", muitas gratuitas.
Podcasts. É como um programa de rádio, porém sua diferença e vantagem é o conteúdo direcionado.
Você pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender. Basta acessar e clicar no Play ou baixar o
episódio. Você pode explorar esse gênero em diversas áreas do conhecimento, ao colocar o aluno no
centro do processo aprendizagem para produzir um conteúdo ou agrupar os alunos para que criem
seus podcasts em conjunto.
Gifs. É um formato de imagem de mapa de bits muito usado na world wide web para imagens fixas e
criar animações. Você pode produzir gifs com seus alunos utilizando, por exemplo, o Scratch, que é um
software livre de linguagem de programação por blocos, fácil e interativo.
Chats. Um bate papo em tempo real, conhecido pelas redes sociais. Um dos mais famosos é o
TweetChat, no qual é possível produzir minicontos ou emitir diversas opiniões, com um limite de 280
caracteres.
E você, querido professor, como está trabalhando os gêneros digitais em sala de aula? Conte aqui nos
comentários, colaborando com novas práticas docentes.
Um abraço,
Débora Garofalo é professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada em Letras e
Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de Tecnologias para o site da Nova
Escola.