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GUIA DE ESTUDO

O Sistema Tutorial EaD

UNIDADE II
Para início de conversa

Olá, Caro(a) aluno(a) !

Seja bem-vindo a unidade II da disciplina O sistema tutorial para EAD!

Nesta segunda unidade, darei continuidade à nossa andança virtual rumo aos desafios da Educação a
Distância, no sentido de aumentarmos as nossas reflexões sobre as Interações e Interatividade utilizadas
na EAD.

Desta forma, irei demonstrar a você algumas ferramentas tecnológicas que podem ajudar o desenvolvi-
mento de ensino e aprendizagem nos cursos oferecidos na modalidade à distância.

Nesse seguimento, sinta-se convidado a entrar na adorável viagem rumo ao mundo dos recursos tecnoló-
gicos que sem dúvida irão auxiliar a sua aprendizagem na EAD.

Dica

É fundamental que você identifique as várias potencialidades das ferramentas tecnológicas que irão
facilitar a interação e os caminhos de comunicação no ambiente virtual de aprendizagem. Na EAD, a
mediação tecnológica é essencial para você conquistar o sucesso em seu curso, assim, é momento de
ampliar suas reflexões sobre as tecnologias que irão facilitar as interações virtuais e o desenvolvimento
de aprendizagens compartilhadas/colaborativas.

Nesta unidade, você também irá compreender a importância de usar o ambiente virtual de aprendizagem
(AVA) de forma eficaz, a fim de registrar suas pesquisas e construir suas mensagens e seus trabalhos de
maneira mais rápida e dinâmica. Na EAD, você necessita aperfeiçoar a sua competência comunicativa,
participando das interações virtuais e se aproximando dos seus colegas por meio da linguagem escrita.

Portanto, usar ambiente virtual de aprendizagem (AVA) é uma habilidade que você necessita aperfeiçoar
constantemente, a fim de alcançar sucesso nos caminhos de comunicação nos ambientes virtuais de
aprendizagem.

Espero contar com a sua valiosa participação.

Abraços e sucesso!

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Orientações da Disciplina

O que vamos estudar nesta unidade?

Meu Caro(a), nesta unidade, iremos estudar os seguintes temas:

• Interatividade e interação: conexões e distinções.


• Estratégias e recursos para manter a interação e a interatividade na Educação a Distância.

Metas

Após o estudo desta unidade, esperamos que você consiga :

• Entender sobre os conceitos de interatividade e interação.


• Verificar os principais recursos para propiciar a interatividade e a interação nos ambientes virtu-
ais de aprendizagem.

Vamos conversar sobre o assunto?

Você já deve ter visto que não podemos refletir sobre a EAD sem entender os eixos interatividade e inte-
ração. Na EAD, embora fisicamente distantes alunos e professores juntam-se por meio das ferramentas
tecnológicas que favorecem os encontros nos lugares virtuais de comunicação.

Vamos pensar um pouco sobre as ferramentas tecnológicas que podem simplificar a interação entre pro-
fessores e alunos na Educação a Distância. Vamos lá?

INTERATIVIDADE E INTERAÇÃO

Caro(a) aluno(a), frequentemente interatividade e interação são conceitos utilizados como sinônimos. En-
tretanto, precisamos estipular com precisão as conexões e distinções entre os referidos conceitos. Vamos
começar a discussão?

Apesar de que encontramos na literatura interatividade e interação sendo usados como sinônimos, es-
tes dois termos mostram significados diferentes. Segundo Maria Luiza Belloni em sua obra Educação a
Distância (2006), a interatividade é a característica que uma tecnologia tem ao permitir que o
usuário interaja com a máquina.

De acordo com esta informação , falar que uma tecnologia tem interatividade significa falar que podemos
usá-la para interagir com outros seres humanos. Desta maneira, quando você está jogando em seu com-
putador e controlando o seu personagem, você está se usando da característica da interatividade.

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Veja como a autora comenta sobre as distinções entre esses conceitos em sua obra:

“É fundamental esclarecer com precisão a diferença entre o conceito sociológico de interação


– ação recíproca entre dois ou mais atores onde ocorre intersubjetividade, isto é, encontro
de dois sujeitos – que pode ser direta ou indireta (mediatizada por algum veículo técnico
de comunicação, por exemplo, carta ou telefone); e a interatividade, termo que vem sendo
usado indistintamente com dois significados diferentes em geral confundidos: de um lado a
potencialidade técnica oferecida por determinado meio (por exemplo, CD-ROMs de consulta,
hipertextos em geral, ou jogos informatizados), e, de outro, a atividade humana, do usuário,
de agir sobre a máquina, e de receber em troca uma “retroação” da máquina sobre ele”.
(BELLONI, 2006, p. 58).

Voltando ao nosso raciocínio, na EAD, a interatividade dos recursos tecnológicos pode simplificar as in-
terações entre alunos e alunos, ou entre alunos e professores/tutores. Na EAD, podemos construir vários
tipos de interação, dentre os quais se destacam: a interação síncrona e a interação assíncrona.

A interação síncrona, na qual os participantes estão todos presentes ao mesmo tempo; por exemplo,
uma ligação telefônica é um exemplo de interação síncrona - você e a outra pessoa estão, ao mesmo
tempo (embora em lugares diferentes) engajados na interação. Cada vez que um envia uma mensagem
fica à espera de que o outro responda algo.

Outro exemplo de interação síncrona é o chat (quem já participou de chats na Internet?), em que vários
usuários acessam um endereço comum (a sala de chat) e trocam mensagens durante um período de tempo.

A interação assíncrona, na qual os participantes não precisam estar engajados na interação ao mesmo
tempo; de tempos em tempos, eles voltam ao local onde ficam armazenadas as mensagens e respondem
a elas.
Um exemplo comum de interação assíncrona é o e-mail, em que cada um lê e responde suas mensagens
em momentos diferentes do dia. Também o fórum de discussão é um bom exemplo de interação assín-
crona.

Deu para entender? Lembre-se do seu tutor, estamos apenas na segunda unidade então não temos muito
conteúdo.

Visite a Página

Que tal visitar o chat do fórum mundial de educação clicando aqui, ele pode auxiliar o
seu entendimento perante algumas dúvidas.

Posso também lhe sugeri mais alguns endereços de fóruns disponíveis gratuitamente,
seria bom se você pudesse visitar todos, é muito bom termos opções:

a) http://www.forumnow.com.br
b) http://inforum.insite.com.br
c) http://www.forummania.com.br
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Continuando nossos estudos, gostaria que você soubesse que em 2004, uma equipe do Grupo de informá-
tica, educação e sociedade da UFRJ (ROQUE et al., 2004) identificou sete categorias principais em uma
plataforma educacional: interface, avaliação, comunicação/interação, apoio administrativo, navegação,
recursos didáticos e coordenação.

Vamos verificar que tecnologias (apoiadas pelo computador) nos permitem interagir com nossos colegas?

• Chats
• Fórum
• Wiki
• Grupos Online
• Blog
• Skype
• Redes de Relacionamentos
• Software Educativo
• Tutoriais

Guarde essa ideia!

Fique atento(a) pois, o que nos seduz na Internet é a possibilidade dela tornar-se um
canal de mediação de nossa aprendizagem virtual, simplificando também a realização
de tarefas e a interação social. A presença da internet na Escola tem sido absoluta
como recurso didático em sala de aula, usando várias ferramentas e recursos como
chat, fórum, e-mail, páginas www.

Nesta unidade, abordamos essa tecnologia como um instrumento eficaz no processo educativo, como
um vasto e rico lugar de pesquisa enquanto recurso didático e, ainda, destaco os benefícios do uso da
biblioteca virtual nesse contexto.

Há pouco tempo, a partir da propagação das tecnologias de Educação a Distância (EaD) e suas possibili-
dades de auxilio pedagógico, cada vez mais tem-se buscado a aprendizagem colaborativa, a interação, o
diálogo, a troca de habilidades e conhecimentos, em detrimento ao ensino determinado à auto-instrução
e ao individualismo.

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??? Você sabia?

Você sabia que as tecnologias e dispositivos móveis estão auxiliando a aprendizagem a distância?

Hoje em dia já se aborda o Mobile Learning (aprendizado móvel) como uma estratégia importante para
garantir mobilidade na EAD a qualquer hora e em qualquer lugar. O celular, por exemplo, pode ser usado
como uma ferramenta essencial para o aprendizado móvel. A portabilidade, a rapidez na navegação e a
convergência digital são características interessantes do celular para garantir a interatividade na EAD.

Nas últimas três décadas a comunicação humana aumentou e é mediada pelo computador para fins
educativos. Essa situação levou a uma propagação de tecnologias com o propósito de ofertar ambientes
educacionais on-line. Desde o e-mail até os chats e as plataformas de aprendizagem educacionais.

Esta comunicação mediada pelo computador tem sido uma ferramenta de uso crescente no ensino, prin-
cipalmente no ensino superior.

O termo e-learning é fruto maduro de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio da tecnologia
e a educação a distância.

Ambas as modalidades seguem para a educação on-line e para o treinamento baseado em web, que ao
final resultou no e-learning. Sua chegada de repente inseriu novos significados à atividade de treinamento
e conseguiu detonar as possibilidades de junção do conhecimento e da informação para os estudantes.

Em um processo acelerado, foi aberto um novo ambiente, proporcionando a distribuição e o compartilha-


mento do conhecimento e democratizou o saber, propiciando às camadas da população com acesso às
novas tecnologias a disponibilização do conhecimento a qualquer tempo, hora e lugar. A fim de auxiliar o
processo, foram desenvolvidos os LMS’s (Learning Management System), sistemas de gestão de ensino
e de aprendizagem na web.

Com a construção da tecnologia na web, os processos de interação em tempo real passaram a ser uma
realidade, para que o aluno possa ter contato com o conhecimento, com o professor e com outros alunos,
por meio de uma sala de aula virtual.

A interatividade propiciada pelas redes de Internet, intranet e pelos ambientes de gestão, onde se situa o
e-learning, segundo a corrente sócio-interacionista, passa a ser vista como um meio de comunicação en-
tre aprendizes, orientadores e entre estes com o meio. Começando dessa premissa, é capaz de favorecer
interação nos seguintes níveis:

• Aprendiz-Orientador;
• Aprendiz-Conteúdo;
• Aprendiz-Aprendiz;
• Aprendiz-Ambiente.

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Uma definição simples para e-learning seria o processo pelo qual o aluno aprende através de conteúdos
colocados no computador e/ou Internet e, havendo o professor, ele está a distância, utilizando a Internet
como meio de comunicação (síncrono ou assíncrono), podendo existir sessões presenciais intermediárias.
O sistema que inclui aulas presenciais no sistema de e-learning recebe o nome de blended learning.

Guarde essa ideia!

Fique atento meu caro, pois existem dois meios distintos de ensinar através do e-le-
arning: síncrono e assíncrono. Síncrono é quando professor e aluno estão em aula ao
mesmo tempo.

Exemplos de recursos síncronos: telefone, chat, videoconferência, web conferência. Na web confe-
rência, o professor ministra a aula e os alunos, via web, assistem-na, podendo ver transparências, realizar
perguntas e discussões. Esta forma é o que mais se assemelha ao ensino presencial. Especialmente na
estrutura de custos, desenvolvimento e atualização de conteúdo.

Com a grande extensão dos recursos de comunicação por voz (VOIP) na web, por exemplo o sistema
Skype e os aplicativos de mensagens instantâneas como um todo. Esses meios têm conquistado muita
importância.

Já no e-learning assíncrono, professor e alunos não estão em aula ao mesmo tempo.

Exemplos de recursos assíncronos: e-mail e fórum. No e-learning corporativo, muitos projetos não
tem professor, consiste em autotreinamento na sua essência. O aluno inscreve-se quando quiser, participa
quando quiser e termina quando quiser. O que representa um curso com pouco custo variável, ou seja,
custo baixo para grande número de alunos. No e-learning assíncrono com professor, este irá responder
dúvidas, participar de discussões em momentos diferentes.

Vamos observar agora um exemplo prático:

Exemplo

O aluno publica um questionamento às 8h e o professor responde às 16h. A grande


diferença no assíncrono é que o tempo é “elástico” – o oposto de rígido, no síncrono –
e cada aluno pode fazer o curso em seu tempo, hora, velocidade. Pode pensar, estudar
e pesquisar antes de escrever sua atividade, obedecendo seu ritmo de aprendizagem.

Antes do surgimento da informática, o EaD era possível somente de duas formas: “um
para muitos” (tv,rádio) e “um para um” (ensino por correspondência). Após a chegada
da internet mais uma forma foi acrescentada, “muitos para um”, por esse motivo fica
difícil falar em ensino a distância, sem a internet.

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PLANEJAMENTO DA APRENDIZAGEM E SUCESSO DO ALUNO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Caro(a) estudante após refletirmos sobre o planejamento na Educação a Distância, é o momento de você
começar a pensar um pouco nas estratégias para planejar a sua aprendizagem de forma autônoma e
colaborativa.

Na EAD, a autonomia do aluno é um pilar essencial para que se alcançar o sucesso nos constantes
desafios para o desenvolvimento de aprendizagens significativas nos ambientes virtuais.

Palavras do Professor

Na unidade anterior, você já conheceu as características dos ambientes virtuais de aprendizagem, estudou
um pouco sobre os pressupostos teóricos e práticos da EAD. No entanto, depois de todos esses caminhos,
você pode estar se questionando: Sem dúvida, não tenho uma resposta pronta para tal questionamento.
Mas, podemos apoiá-lo em busca de suas próprias respostas.

O CASO DA APRENDIZAGEM COLABORATIVA

Na EAD, você está incluso no ambiente virtual de aprendizagem e envolve-se nas trocas interativas com
seus colegas, tutores e professores. Nos fóruns e chats, você acha virtualmente seus colegas de turma
podem discutir com os seus professores e tutores, compartilhando experiências, leituras e pesquisas?

Nesse contexto dinâmico de interação, verificamos a importância da aprendizagem colaborativa que vai
sendo construída e compartilhada por todos. Desta forma, nos ambientes virtuais de aprendizagens (AVA),
a participação entre alunos e professores é essencial para o desenvolvimento coletivo e compartilhado
de conhecimentos. Todos aprendem e ensinam, tornando-se muito mais co-participativos no processo de
construção de aprendizagens significativas nos ambientes virtuais.

??? Você sabia?

Você já verificou que as trocas de experiências e interações acontecem no ambiente virtual de aprendiza-
gem, com o auxilio das tecnologias e recursos disponíveis?

Desta forma, fórum, chats, wikis, diários virtuais, blogs e vários outros recursos tecnológicos mostram-se
fundamentais no desenvolvimento da aprendizagem colaborativa.

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Palavras do Professor

Como você tem construído sua aprendizagem até o momento?

Você tem realizado as atividades propostas no ambiente virtual de aprendizagem? Já conseguiu trocar
experiências com seus colegas e professores/tutores? Será que você tem conseguido desenvolver sua
aprendizagem de forma colaborativa? Mas, o que é mesmo aprendizagem colaborativa?

Muita informação? Não esqueça, maiores dúvidas procure o seu tutor para lhe auxiliar no que for preciso.

Vamos adiante !

Conforme Sorensen (1997), a aprendizagem colaborativa é uma coleção de perspectivas baseadas no


princípio da interação interpessoal. A aprendizagem colaborativa tem por finalidades conhecer diferentes
pontos de vista, motivar o trabalho em grupo, formar novas comunidades de aprendizes virtuais e socia-
lizar informações.

Leitura complementar

Para lhe auxiliar em seus estudos, faça uma pesquisa clicando aqui.

No modelo colaborativo, o aprendizado é desenvolvido em ambientes de conhecimentos, nos quais o


aluno transforma-se o foco principal e o professor passa a ser um orientador das atividades a serem
realizadas. O aluno constrói o conhecimento de maneira investigativa, participando de discussões, re-
flexões e tomadas de decisão. Nesse processo, o conhecimento é criado a partir das transformações
das informações e não da memorização. Os atores (alunos e professores) assumem papéis dinâmicos no
desenvolvimento e reconstrução do conhecimento de forma dialógica e colaborativa.

Dica

Existem algumas práticas pedagógicas para construir situações e ambientes apropriados para motivar e
estimular o aprendizado colaborativo, dentre elas podemos citar: questionamento progressivo, aprendiza-
gem baseada em problemas e aprendizagem baseada em projetos.
O conhecimento colaborativo está diretamente associado à construção da autonomia do aluno na EAD.
Para construir autonomia você necessita desenvolver uma metodologia eficaz de estudo.
Já parou para pensar sobre esse assunto? Ainda não?
Então, é bom dar uma verificada na próxima unidade.

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AUTONOMIA DO ALUNO NA EAD: ORGANIZAÇÃO DE UMA METODOLOGIA EFICAZ DE ESTUDO

Caro(a) aluno(a), é essencial na EAD, que você organize bem os seus estudos. Construir uma metodologia
de estudo eficaz é uma estratégia fundamental para você atingir o sucesso na aprendizagem auxiliada
pelos recursos tecnológicos. Sem dúvidas, estudar a distância não é tarefa tão fácil, pois é necessário ter
disciplina e organização para conseguir acompanhar o ritmo do curso.

Às vezes, você pode achar que há um grande número de atividades, leituras e pesquisas para você fazer
em um espaço curto de tempo. Porém, é essencial que você entenda que esse volume de atividades,
leituras e pesquisas é justamente o que irá assegurar uma aprendizagem sólida, de qualidade, através
das interações que você irá fazer com os professores/tutores, materiais didáticos e recursos tecnológicos.

Desta forma, ler continuamente os materiais didáticos sugeridos, realizar as atividades propostas, evitan-
do juntar leituras e tarefas são estratégias essenciais para o estudante na EAD.

Palavras do Professor

Se você for organizando seus estudos crescentemente, sem juntar leituras/atividades, você não irá ficar
naquela angústia de ler os materiais indicados na última hora, visando apenas à realização de uma prova.
As provas e/ou avaliações presenciais fazem parte de uma síntese avaliativa global, com base em seu
desempenho processual ao longo do período de estudo que antecede àquele período de provas, normal-
mente tão cansativo.

Desse modo, nunca deixe para estudar de última hora, não junte leituras/exercícios/ tarefas, vá estu-
dando um pouquinho a cada dia, vá tirando suas dúvidas e participe das atividades virtuais propostas no
ambiente de aprendizagem.

A partir do momento que você for se dedicando aos poucos aos estudos poderá conseguir sua autonomia
e conquistar o sucesso na EAD. Lembre-se que obter a autonomia não significa estudar sozinho, sem pedir
ajuda ou apoio aos professores/tutores. Ao contrário, desenvolver uma aprendizagem baseada na auto-
nomia é justamente buscar apoio continuamente, interagir nos ambientes virtuais, participar dos fóruns,
realizar as atividades propostas e enviar os trabalhos nos prazos estabelecidos.

COMO ESTUDAR DE FORMA EFICAZ?

Na EAD, o sucesso do estudante depende das formas e estratégias de estudo. Verifique abaixo algumas
dicas para você tentar construir uma metodologia eficaz de estudo.

a) Tente sempre estudar em um horário específico. Para isso, é fundamental a organização de um


cronograma de estudos. Releia as dicas já indicadas anteriormente e vá ampliando suas concepções
sobre como você pode melhorar seus estudos na EAD.

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b) Leia os materiais didáticos diariamente. Não acumule leituras. Vá lendo aos poucos, anote/registre
suas dúvidas e questionamentos para interagir com os tutores/ professores no ambiente virtual de
aprendizagem.

c) Leia os guias e as orientações de estudo. No ambiente virtual de aprendizagem, os professores


estarão disponibilizando informações sobre a dinâmica de estudos para cada unidade. É fundamental
que você vá acompanhando as orientações de estudo para não se sentir perdido(a) diante de tantas
informações.

Leitura complementar

Meu caro, veja algumas dicas de leitura a seguir:

• Faça uma leitura geral dos conteúdos/materiais solicitados.


• Vá anotando o que achar mais essencial a partir de sua leitura inicial.
• Sublinhe, grife, destaque partes do texto que você acabou de ler.
• Você pode usar a estratégia de sublinhar/grifar/destacar para tirar suas dúvidas em
relação ao vocabulário, aos termos técnicos utilizados, etc.
• Tente ir anotando suas leituras. Construa modelos de leitura e escreva pequenos
resumos. A estratégia de construir resumos é fundamental para você fixar os conteúdos
propostos. É sugestivo você criar uma pasta em seu computador, organizando outras
pastas com os materiais que são trabalhados em cada disciplina. Quando você acessa
o ambiente virtual de cada disciplina, você conhece os materiais indicados para leitura.
É interessante copiar todos os arquivos em seu computador para simplificar consultas
e leituras futuramente.

Palavras do Professor

Você pode se questionar neste instante: Ah! Já sei de tudo isso. Sei que necessito organizar uma forma
eficaz de estudo para conseguir sucesso na EAD.

No entanto, qual a relevância disso? Ou melhor, de que modo essa disciplina nos estudos pode ajudar de
verdade?

Que tal refletirmos um pouco? Veja as situações a seguir e vamos continuar ampliando nossas reflexões.

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Exemplo

ESTUDANTE X

O estudante X está matriculado em um curso de pós-graduação a distância. Esse estu-


dante acessa o ambiente virtual de aprendizagem todos os dias e consegue participar
das atividades propostas no Edools.

Quando tem alguma dúvida, o estudante X sempre solicita a ajuda dos tutores e profes-
sores que estão acompanhando as atividades no ambiente virtual de aprendizagem. O
estudante X também dedica um tempo em sua rotina diária para estudar os materiais/
livros propostos pelos professores e tutores.

Por meio da disciplina nos estudos e de sua organização, o estudante X obtém sucesso
na realização das atividades propostas e está desenvolvendo sua aprendizagem de
forma sólida e significativa. O estudante X também visita o pólo, participa de grupos de
estudos e ajuda seus colegas, colaborando nas atividades em grupo.

Quando se antecede o período de provas presenciais, alguns alunos ficam apreensivos


e começam a estudar às pressas, tentando recuperar os assuntos ainda não estudados.
Entretanto, o estudante X não revela essa mesma postura. Como já estudou e realizou
todas as atividades anteriormente propostas pelos professores e tutores, o estudante
X sente-se calmo, tranqüilo e seguro para enfrentar os desafios das avaliações presen-
ciais nos pólos.

Viu o exemplo do estudante X? Que tal agora analisar o caso do estudante Y?

ESTUDANTE Y

Desta forma como o estudante X, o estudante Y também está matriculado em um curso


de graduação a distância.

O estudante Y não consegue obter uma organização eficaz para os estudos. O estudan-
te Y trabalha o dia inteiro e só tem um tempinho à noite para acessar o ambiente virtual
de aprendizagem. Desse modo, raramente o estudante Y acessa o ambiente Edools e
pelas dificuldades não consegue realizar as leituras e as atividades propostas pelos
professores e tutores.

O estudante Y nunca consegue participar dos fóruns e chats de discussão no ambiente


virtual de aprendizagem, pois não acompanha as leituras e pesquisas propostas. Quan-
do precisa realizar uma avaliação presencial no polo, o estudante Y deixa sempre para
estudar na noite anterior. As dúvidas só surgem nesta hora e já não há muito tempo
para conseguir esclarecer tais dúvidas. Nem sempre o estudante Y obtém êxito nas
avaliações presenciais, pois não se dedica de forma eficaz aos estudos.

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Palavras do Professor

Meu caro você analisou as duas situações? Você já vivenciou alguma situação semelhante? Troque ex-
periências com seus colegas nos fóruns de discussão e tente avaliar as suas estratégias de estudo para
obter sucesso na EAD.

O conhecimento colaborativo destaca a participação ativa e a interação, tanto dos alunos quanto dos pro-
fessores. A aprendizagem é mostrada como um desenvolvimento social e, por isso, o processo educativo é
favorecido pela participação social em ambientes que propiciem a interação, a colaboração e a avaliação.

Nesse processo, objetivamos que os ambientes de conhecimentos colaborativo sejam ricos em possi-
bilidades e atinjam o crescimento do grupo, com base num modelo orientado para o aluno e o grupo,
estabelecendo a participação dinâmica e a definição de objetivos comuns ao grupo.

Desta forma, a construção de uma cultura de participação coletiva é ponto essencial para a formação de
uma comunidade de aprendizagem colaborativa e, consequentemente, em nossas salas de aula potencia-
lizar a construção cognitivo de nossos estudantes.

Assim, como se mostra na prática essa cultura de conhecimento colaborativo e qual é a sua ligação com
a comunidade?

Guarde essa ideia!

O conhecimento colaborativo ou cooperativo, auxiliada ou não pelas tecnologias digi-


tais de informação e comunicação, inserem na sociedade do aprendizado como alterna-
tiva promissora para o desenvolvimento de interações pedagógicas capazes de atender
às novas demandas advindas dos novos modelos de relacionamento, percepção da
realidade e produção de aprendizagem. Os desafios, as ameaças e as possibilidades,
característicos da contemporaneidade, exigirão, cada vez mais, a construção de abor-
dagens pedagógicas capazes de mobilizar competências em grupo, superar obstáculos,
resolver problemas complexos.

Ele destaca a participação ativa e a interação, tanto dos alunos como dos professores.
O conhecimento é visto como uma construção social e, por isso, o processo educativo
é favorecido pela participação social em ambientes que propiciem a interação, a co-
laboração e a avaliação. Entende-se que os ambientes de aprendizagem virtuais ou
presenciais sejam ricos em possibilidades e disponibilize o crescimento do grupo.

A revolução digital, pelas tecnologias de comunicações que envolvem o planeta, a interatividade com
ações em tempo real, a grandiosidade da quantidade de informações inseridas em bancos de dados, a

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parceria com memórias eletrônicas são algumas das marcas que determinam este novo instante. Entre-
tanto, as velhas práticas pedagógicas tradicionais, repetitivas, passivas não condizem com a realidade da
nova dinâmica social.

Elas não têm conseguido atender satisfatoriamente às novas demandas educacionais, razão por que se
faz fundamental empreender reconstruir nas formas de ensinar, aprender e produzir aprendizado, dina-
mizando os novos espaços de aprendizado e construindo modelos compatíveis com os novos recursos
digitais da comunicação.

Caro(a) estudante, este conhecimento , auxiliado por recursos tecnológicos, desponta com uma das es-
senciais tendências didático-pedagógicas adequadas à complexa realidade educacional atual.

É interessante pensar em formas metodológicas e tecnológicas para a realização de práticas pedagógicas


colaborativas inovadoras, então como não ter medo de enfrentar desafios e dificuldades vinculadas a
essas novas realidades.

Assim, é visível a necessidade de formação contínua dos professores, considerando-se as novas aborda-
gens pedagógicas, para que se possa efetivamente desenvolver formas pedagógicas inovadoras no seu
ambiente de trabalho, seja público ou privado, e na educação básica ou superior.

Nessa perspectiva, a necessidade urgente de que se dinamizem os novos ambientes de conhecimentos e


de produção de aprendizagem, no contexto da sociedade.

??? Você sabia?

Você sabia que a docência necessita considerar novas dimensões didáticas e pedagógicas e incorporar
os meios tecnológicos de comunicação em seus processos pedagógicos de forma crítica, competente,
solidária e participativa? Pois é, desta forma, teremos condição de reafirmar e re-significar o relevante
papel social das instituições educacionais - sejam básicas ou superiores – na sociedade contemporânea.

Porém, para implantar na prática essa idéia, é necessário partir de uma relação entre o educador e o
educando baseada em trocas e interações tendo como meta o desenvolvimento em conjunto; mas uma
aprendizagem autônoma.

Distintos correntes iniciaram ao longo da história para explicar a organização e a relação dos vários mo-
delos que estão diretamente ligados ao processo de conhecimento nas instituições de ensino, dando-lhes
significados e papéis bastante diferentes. Com uma filosofia educacional escolhida e com o respaldo de
uma teoria de conhecimento dela derivada, Cria-se uma organização que conduzirá o processo de ensino-
-aprendizagem. Desta forma, a partir de uma ação deliberada de ensino com o objetivo de estabelecer
condições para que o educando, crescentemente, construa competências e obtenha conteúdos, que são
socioculturais, ocorre a aprendizagem.

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Meu caro(a), com o inicio de sistemas de comunicação auxiliados pelo computador, surgem novas práticas
de ensino, as quais nos conduzem à novas reflexões sobre o papel do professor no processo de ensino-
-aprendizagem. Na sala de aula virtual, o espaço é diferente do presencial, pois não existem fisicamente
as quatro paredes, o quadro, a disposição das cadeiras, geralmente todas voltadas para o professor. Tam-
bém alteram as noções de espaço geográfico e de tempo, pois o acesso pode ser feito de qualquer lugar
do planeta pela internet, e o tempo é expandido a uma ou mais semanas ou dias, distinto da hora regular
da sala de aula tradicional, que requer um determinado horário específico.

O modelo de ensino-aprendizagem virtual exigiu mudanças quanto ao papel o professor, à organização do


ambiente e mais, quanto o modelo de ensinar.

As comunidades virtuais se constroem, quando grupos de pessoas conseguem a interação e a troca de


conhecimentos. Desta forma, elas não visualizam precisamente à aprendizagem.

Desta forma, é necessário não apenas interagir entre si, é fundamental objetivo em comum, além de
compartilhar aprendizagem, realizar tarefas e aprender conjuntamente. Em outras palavras, um dos recur-
sos fundamentais para dar sustentação a uma comunidade é o capital social, interpretado aqui como o
aprendizado compartilhado pelo grupo que cria a base, estimula a colaboração e a cooperação.

Como já falamos, para o sucesso de uma comunidade de conhecimento não é fundamental apenas juntar
um grupo de pessoas, é necessário que haja várias estratégias. São elas:

• Apoiar as práticas vigentes e tarefas cotidianas dos participantes;


• Coletar experiências, divulgando-as de uma maneira acessível;
• Fornecer um quadro de referência para orientar o processo de aprendizagem;
• Representar as identidades participantes e estabelecer um modelo de grupo.

A Internet tem se destacado também pelo seu potencial de pesquisa, troca de informações, interação,
redes de aprendizagem, biblioteca virtual, entre outras, permitindo novas possibilidades pedagógicas
através do computador. Os serviços proporcionados por ela alteram nossa sala de aula, exigindo novas
posturas tanto do professor quanto do aluno, bem como um novo olhar pedagógico sobre o uso dessas
tecnologias, quebrando, assim, o paradigma do professor como o único mediador da informação e do
conhecimento e abrindo novos caminhos para aquisição do saber.

Vários projetos unidos aos recursos tecnológicos e ao trabalho interdisciplinar, proporciona ambientes
ricos de interação, promovendo uma apreensão mais efetiva da linguagem digital e uma interação social.

Quando você interage com seus colegas de curso ou do trabalho, constrói textos juntos ou opina e con-
tribui para as reflexões de cada um ou do grupo; quando pesquisa na web, na biblioteca. e socializa com
outros suas leituras e Reflexões.

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Palavras do Professor

Bom meu caro, chegamos ao fim de mais uma unidade, espero que esteja colaborando em sua caminhada
acadêmica. Nos veremos em breve e desejo sucesso.

Até mais !

Para Pesquisar

Pesquise mais. Continue estudando sobre o assunto.

Veja a seguir, algumas indicações de leitura para você continuar aprofundando seus
conhecimentos:

Link 1 Link 2 Link 3

Link 4, ferramenta livre para a produção de atividades educativas multimídia.

Outro software de autoria é o Wink, específico para criação de tutoriais.

Leitura complementar

FILGUEIRAS, L.; CORREIA, D. Tutorial Introdução a Mídia Cruzada. Grupo de Estudos em Interação do LTS
– POLI-USP. Disponível em <http://lts-i.pcs.usp.br/xgov/pub/TutorialMidiaCruzada.pdf>
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas: Autores Associados, 2006.
PALLOF, Rena M&Pratt, Keith. Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço. Porto Alegre:
Artemed, 2002.

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