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INTRODUÇÃO
1
A transcrição desse decreto pode ser encontrada no site:
<http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=category§ionid=7&id=100
&Itemid=298> Acesso em 25 de janeiro de 2011.
2
Sociedade científica, sem fins lucrativos, que tem como finalidades: o estudo, a pesquisa, o
desenvolvimento, a promoção e a divulgação da educação a distância. Disponível em:
<http://www2.abed.org.br/abed.asp> Acesso em 25 de janeiro de 2011.
EaD reconhecidos pelo Ministério da Educação – MEC - e ministrados por 116
(cento e dezesseis) instituições espalhadas pelo país. Em 2011, o número de
instituições cadastradas para oferecer EaD subiu para 223 (duzentos e vinte e
três), de acordo com informações provenientes do portal e-MEC,3 do Ministério
da Educação. Cada instituição tem sua metodologia e seu esquema de
trabalho; por isso, cabe à instituição fornecer informações sobre o
funcionamento de seus cursos.
Com o aumento de cursos a distância via Internet ou na Web, faz-se
necessário que pesquisadores das mais diversas áreas de atuação se engajem
em pesquisas sobre essa modalidade de Educação, o que inclui o campo da
Linguística Aplicada, no qual estamos inseridas. É importante que linguistas
aplicados acompanhem a implantação de cursos relacionados ao processo de
ensino e aprendizagem de línguas já que "tais esforços representam um
movimento sistemático reconhecível pela oferta estável de condições de
estudo" (ALMEIDA FILHO, 2007, p.115). Partindo dessa constatação,
objetivamos investigar aspectos relacionados ao material didático de um curso
de licenciatura – Letras/Inglês – vinculado ao PARFOR A DISTÂNCIA (Plano
Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica)4.
Nosso recorte refere-se a uma das disciplinas que pretendem promover
a aprendizagem de língua inglesa e está relacionado ao processo de formação
de professores. Analisamos o guia didático dessa disciplina a partir do qual os
outros materiais do design pedagógico (Formulário Moodle, Instruções para os
tutores, Vídeo-aulas, Webconferências e Avaliações presenciais) são
formulados. As perguntas norteadoras de nossa pesquisa foram: Como o
material didático da disciplina Língua Inglesa IV: Habilidades integradas com
ênfase na escrita integrada à prática educativa, planejado segundo os
princípios de Doughty e Long (2003), é percebido por outros profissionais da
área de línguas? Que reflexões emergem a partir dessas percepções?
3
Consulta feita no site <http://siead.mec.gov.br/novosiead/web/emec/#tab=0> Acesso em 25
de janeiro de 2011.
4
O PARFOR A DISTÂNCIA é um programa nacional implantado pela CAPES, em regime de
colaboração com as Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e com as Instituições de Ensino Superior (IES), para oferta de cursos na
modalidade a distância, no âmbito do Sistema UAB, para professores ou profissionais em
exercício nas redes públicas de educação. Fonte: <http://www.capes.gov.br/educacao-a-
distancia/parfor-a-distancia> Acesso em 25 de janeiro de 2011.
Além desta introdução, organizamos este capítulo em outras seis
seções. Primeiramente, como fundamentação teórica, apresentamos
considerações acerca do momento tecnológico digital em que vivemos,
relacionando-o à modalidade de EaD e discorremos sobre os princípios
metodológicos para disciplinas de língua inglesa nessa modalidade. Na
sequência, informamos os procedimentos metodológicos seguidos da análise,
apresentada em duas seções: a primeira refere-se ao guia didático a partir da
percepção de outros profissionais da área de línguas, e a segunda traz
composição de sentidos e reflexões a partir da análise do material didático.
Finalmente, tecemos algumas considerações finais.
5
A indexação, termo comum na área de biblioteconomia, conhecido também como
representação temática, é a ação de descrever e identificar um documento de acordo com o
seu assunto. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/>. Acesso em 27 de junho de 2013.
ferramentas dessa considerada primeira geração da Web viabilizam modelos
de ensino e trocas de mensagens e ainda facilitam a interação de grupos. Há a
possibilidade de se salvarem, automaticamente, as mensagens e de se
experimentarem novidades relacionadas à navegação e à comunicação on-line.
Essas ferramentas, síncronas e assíncronas, como e-mails, fóruns de
discussão e chats, encontram-se mais consolidadas neste novo milênio. Para o
ensino de línguas, por exemplo, Godwin-Jones (2003) aponta que o e-mail é
uma ferramenta viável para o modelo tandem6 de ensino e para troca de
mensagens em outras modalidades de ensino. Os fóruns de discussão
favorecem a interação de um grupo, porque mantêm todas as mensagens
automaticamente salvas. Os aprendizes podem, ainda, experimentar o uso da
língua em salas de chat, em textos ou em espaços de realidade virtual.
Desde 2004, uma nova geração de serviços e aplicações para a Internet
passa a ser considerada. A denominada Web 2.0 (O’REILLY, 2005) é vista
como uma rede social que permite aos seus usuários, ao redor do mundo,
interagir, trocar informações, arquivos de vídeos, imagens e sons. O’Reilly
(2005) sublinha o fato de que a Web 2.0 não é algo novo, mas uma utilização
da plataforma da Web e de todo o seu potencial em uma perspectiva filosófica
de criação e socialização de conteúdos e de conhecimento. A Web 2.0 atua
como um tipo de software social e oferece diversas ferramentas digitais, como
blogs, wikis, podcasting, entre outras tecnologias emergentes. Essas
ferramentas podem ser transformadoras, já que mudam a forma pela qual as
pessoas interagem com a Internet, dando aos navegadores o poder de
publicar. É importante ressaltar que o rótulo 2.0 é muito menos importante do
que os conceitos, os projetos e as práticas que essa geração compreende.
Alexander (2006) descreve alguns projetos que ilustram as diferentes
ferramentas da Web 2.0. A opção de criar uma lista de favoritos socializada é
uma das possibilidades da fase atual da web. Em ferramentas como
Del.icio.us,7 podemos arquivar endereços de sites de nosso interesse que
estão disponíveis no ciberespaço. As páginas wiki permitem que usuários
editem o conteúdo de um texto da janela de um browser e, ainda, que essa
6
Tandem se refere à aprendizagem de línguas via Tandem, um método no qual dois falantes
de línguas diferentes ajudam um ao outro a aprender línguas estrangeiras.
7
Site disponível em <http://www.delicious.com/> Acesso em 25 de janeiro de 2011.
edição seja colaborativa. Os blogs têm se tornado uma força influente em
vários ambientes, constituindo-se em uma forma de escrita digital que
representa uma assinatura social. Podcasts, por sua vez, são arquivos digitais
de áudio distribuídos pela Internet para serem acessados em computadores ou
aparelhos portáteis, geralmente em formato RSS8 (ReallySimpleSyndication).
Para Chiang, Huang e Huang (2009), a Web 2.0 constitui nova era, na
qual os usuários da Internet deixam de apenas buscar informações
direcionadas por objetivos e contexto e passam a criar, a colaborar, a socializar
e a reorganizar o conteúdo da web para aqueles usuários que continuam
apenas buscando. Apesar de novos aplicativos terem surgido da geração Web
1.0 para a geração Web 2.0, é o modo como esses aplicativos são utilizados
que determina a geração. Como apontam Delich, Kelly e Mcintosh (2008),
mesmo que as gerações sejam descritas em termos de tecnologia, o mais
marcante é que os usuários passam a ser criadores ativos de conteúdos web.
Mas como essas duas gerações da web estão relacionadas à EaD? De
acordo com Moore e Kearsley (2007), a EaD evoluiu ao longo de cinco
gerações, identificáveis pelas principais tecnologias de comunicação
empregadas. A primeira, relacionada ao estudo por correspondência em casa,
proporcionou o fundamento para a EaD individualizada. Na sequência, a
geração de transmissão por rádio e TV agregou às dimensões oral e visual a
apresentação de informações aos alunos a distância. A terceira geração – as
universidades abertas – passou a integrar áudio, vídeo e correspondências,
com orientação face a face, usando equipes de cursos e um método prático
para a criação e a veiculação de instrução em uma abordagem sistêmica. Em
seguida, a teleconferência por áudio, vídeo e computador proporcionou a
interação, a distância, em tempo real, de alunos com alunos e instrutores. A
quinta geração, a de classes virtuais com base na Internet, lança mão da
convergência entre texto, áudio e vídeo em uma única plataforma de
comunicação e, geralmente, apresenta métodos construtivistas e colaborativos
de aprendizagem.
8
Segundo a Wikipédia, “RSS é um subconjunto de ‘dialetos’ XML que servem para agregar
conteúdo” e podem ser acessados via programas ou sites
agregadores.<http://pt.wikipedia.org/wiki/RSS> Acesso em 25 de janeiro de 2011.
Acreditamos que há uma ocorrência maior de cursos de quinta geração
possibilitados pelas tecnologias da Internet no cenário brasileiro atualmente.
Isso tem se tornado mais comum devido ao surgimento dos Ambientes Virtuais
de Aprendizagem (AVA). Definimos AVA como um ambiente: a) gerado a partir
de um sistema de software elaborado para auxiliar professores a gerenciar
cursos educacionais na modalidade de Educação a Distância e b) que
apresenta uma materialização textual como interface para os usuários. Um dos
AVA cada vez mais utilizados por empresas e escolas em atividades de
educação parcial ou completamente a distância é o MOODLE9, software livre
que passa por um processo de permanente evolução, graças a uma grande
comunidade de desenvolvedores. Ele é um ambiente modular no qual diversos
recursos e atividades podem ser adicionados de diferentes formas.
Além das discussões e colaborações disponíveis em Inglês e em outros
idiomas, o portal Moodle conta com relatório de perguntas frequentes, suporte
gratuito, orientações para realização de download e instalação do software,
documentação completa e a descrição do planejamento de atualizações futuras
do ambiente.
O desenvolvimento do ambiente Moodle foi norteado por uma filosofia de
aprendizagem – a teoria socioconstrutivista. Os participantes ou usuários do
sistema são o Administrador (responsável pela administração, pelas
configurações do sistema, inserção de participantes e criação de cursos); o
Tutor (responsável pela edição e viabilização do curso); e o Estudante/Aluno. O
Moodle conta com as principais funcionalidades de um ambiente virtual de
aprendizagem, possui ferramentas de comunicação, de avaliação, de
disponibilização de conteúdos e de administração e organização. Elas são
acessadas pelo tutor de forma separada em dois tipos de entradas na página
do curso. De um lado, adiciona-se o Material e, do outro, as Atividades.
O Moodle possui ferramentas para a disponibilização de conteúdos.
Materiais didáticos podem ser disponibilizados por meio de páginas de texto
simples, páginas Web e links para arquivos ou endereços da Internet. O
sistema permite, ainda, visualizar diretórios e inserir rótulos para os conteúdos
disponibilizados. Esses rótulos funcionam como categorias ou títulos e
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Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment.
subtítulos, que podem subdividir os materiais disponibilizados. O ambiente
permite, ainda, a criação de glossários de termos e documentos em formato
Wiki para a confecção compartilhada de textos, trabalhos e projetos. Podem
ser adicionadas ferramentas de comunicação e as mais comumente utilizadas
são o fórum de discussões e o chat. Além disso, usuários podem se comunicar
via e-mail e blog internos do ambiente e tutores podem interagir com os
aprendizes por meio das ferramentas, do diário e do envio de arquivo único
(PULINO FILHO, 2007).
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SCAFFOLDING se refere a “andaimes conceituais” que dão suporte e oferecem indícios para
orientar o aprendiz sobre os próximos passos da construção do conhecimento.
não prever uma exposição excessiva dos aprendizes a esses inputs, o
que pode provocar naqueles o desestímulo.
5. Encoraje a aprendizagem indutiva: A aprendizagem por tarefa prevê
que muito do processo de aprendizagem ocorrerá implicitamente
durante as atividades necessárias para completar essa tarefa. Nos
materiais de aprendizagem de línguas estrangeiras a distância, é
comum que a análise explícita de LE seja promovida. Isso demandará
modificações para que os cursos de EaD on-line possam oferecer
construção de conhecimento ao invés do estudo da língua como objeto.
6. Foque a forma: O foco no significado apenas é insuficiente, portanto é
importante utilizar uma variedade de procedimentos pedagógicos e,
quando necessário, mudar a atenção do aprendiz para as características
linguísticas, morfológicas, sintáticas ou semânticas, focalizando a forma
linguística. Entretanto, para que esse procedimento seja
psicolinguisticamente relevante, é necessário que isso seja feito apenas
quando essa necessidade for apresentada pelo aprendiz.
7. Ofereça feedback pontual: Conscientizar aprendizes de línguas
estrangeiras sobre o uso inadequado de sua produção linguística é um
passo importante para a aprendizagem dessa língua. No contexto
virtual, o feedback escrito geralmente se dá por meio de ferramentas
assíncronas como, por exemplo, o e-mail, ou o fórum, ou mesmo em
ferramentas colaborativas, como em um wiki.
8. Respeite os processos de desenvolvimento e “learner syllabuses”:
Pesquisas mostram a existência de processos naturais para a aquisição
de uma língua estrangeira, como a transferência da língua materna,
generalização, simplificação, regularização e estabilização. Para
possibilitar esse desenvolvimento, é necessário que os cursos de EaD
on-line contribuam para que os aprendizes tenham um espaço para
utilização da língua que desencadeará a aprendizagem e não adotem
técnicas tradicionais apenas embasadas em regras gramaticais.
9. Promova a aprendizagem cooperativa e colaborativa: Objetivos claros
para tarefas colaborativas devem ser estabelecidos no início de um
curso de línguas estrangeiras a distância com o objetivo de garantir a
clareza e provável motivação dos aprendizes.
10. Personalize a instrução: Os benefícios de adaptar o conteúdo às
diferenças dos aprendizes em termos de objetivos, interesses, estilos e
estratégias de aprendizagem são inúmeros em curso de línguas
estrangeiras on-line.
METODOLOGIA
Excerto # 1:
O material não elimina o texto (o que não é a proposta), mas sabe
utilizá-lo de modo a elucidar a aprendizagem.
Excerto # 2:
Ao longo do guia da disciplina, foram propostas atividades para que
os alunos pudessem interagir com os textos. Reflexão, perguntas de
sondagem e tarefas de compreensão.
Os textos foram utilizados como exemplos para que os próprios
aprendizes completassem a tarefa de redigir um poema, um currículo, uma
carta, dentre outros gêneros. Além disso, foram utilizados como fonte de
informação para a realização de atividades práticas como o miniprojeto,
mencionadas na metodologia deste capítulo. Dessa forma, o foco das
propostas não esteve nos textos e sim nas tarefas.
Em relação ao quarto princípio (Ofereça input rico), os autores defendem
que além de se utilizar textos autênticos incorporados às tarefas, esse insumo
deve ser variado, autêntico e relevante. Nas opiniões da maioria dos
participantes, o Guia analisado contemplou este princípio, o que pode ser lido a
seguir.
Excerto # 3:
Excelente sequência de sites com textos, vídeos, softwares online
que enriquece o processo de aprendizagem.
Excerto # 4:
Trabalha com vídeos e textos autênticos. Ex.: utiliza o texto
"Language as a foreign language", utiliza uma propaganda de carro.
Excerto # 5:
O material permite aprendizagem progressiva, partindo de itens mais
simples aos mais complexos. As atividades começam, por exemplo,
de uma proposta de escrever uma frase para um anúncio e vão até
escrever um texto autobiográfico ao final.
Excerto # 6:
Foi perceptível principalmente na atividade de interpretação e
produção de slogans.
Excerto # 7:
Excerto # 8:
Excerto # 9:
Excerto # 10:
Excerto # 11:
As opções oferecidas para praticar ferramentas online para
aprofundamento do conteúdo.
Excerto # 12:
Os alunos têm contato com a temática a ser estudada, os textos
usados são autênticos, e servem de fomento à prática dos alunos.
Excerto # 13:
Atividades focam em erros comuns como spelling; exemplos de
estrutura do parágrafo e tipos de frases; foco em correção de erros.
Excerto # 14:
Ressalta a estrutura da escrita em língua inglesa; é ensinado aos
alunos que, para escrever parágrafo, é necessário conhecer os
elementos que o constituem.
Os apontamentos dos participantes demonstram que esclarecer aos
aprendizes os problemas comuns do processo de escrita e as estruturas
necessárias para a construção textual é de grande importância ao se planejar o
material didático. O excerto a seguir congrega a opinião de uma das
participantes e demonstra como os aspectos linguísticos devem ser priorizados
na construção de sentido e de conhecimento.
Excerto # 15:
A disciplina contempla os princípios metodológicos de Doughty e
Long, principalmente porque trabalha com tarefas, input rico e
elaborado e não exclui a forma na construção do sentido.
c) O papel do tutor
Excerto # 16:
Todas as atividades postadas são revistas por tutores/professores.
Excerto # 17:
A instrução individual acontece por meio do atendimento direto com
a tutora da disciplina durante o desenvolvimento das tarefas.
Excerto # 18:
O aluno é incentivado a produzir seu próprio conhecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
EDWARDS, Owen. Ted Nelson. Forbes ASAP, New York, August 25, 1997.
Disponível em: <http://www.forbes.com/asap/1997/0825/134.html>. Acesso em:
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O’REILLY, T. What is Web 2.0? Design patterns and business models for the
next generation of software. 2005. Disponível em:
<http://www.oreillynet.com/lpt/a/6228>. Acesso em: 30 jun. 2007.
TEELER, D.; GRAY, P. How to use the internet in ELT. Harlow: Longman,
2000. 120 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBELÂNDIA, MG. Projeto Pedagógico do
Curso de Letras. Licenciatura em Inglês e Literaturas de Língua Inglesa.
Modalidade a distância. Comissão PARFOR. (Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica. Universidade Aberta do Brasil. Julho de
2010. 149 p. Disponível em:
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