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Introdução à Educação da Dança à Distância

Introdução à Educação da Dança à Distância


Site: Universidade Federal da Bahia
Curso: DANA92 Introdução à Educação da Dança a Distância
Livro: Introdução à Educação da Dança à Distância
Impresso por: Tânia Torres
Data: sábado, 20 Jan 2018, 16:19
Sumário
APRESENTAÇÃO

UNIDADE 1 - A COMUNICAÇÃO EDUCATIVA A DISTÂNCIA NO CURSO DE DANÇA

DIFERENÇAS PEDAGÓGICAS ENTRE MÍDIAS


Potencialidades pedagógicas - Textos e Impressos&Áudio
Potencialidades pedagógicas - Vídeo&Computação
Potencialidades pedagógicas - O uso das mídias sociais
Potencialidades pedagógicas - Aprendizagem híbrida

AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

UNIDADE 2 - O PROCESSO DE ENSINAR E APRENDER NA EAD

VIA DE ACESSO 1 – AUTONOMIA, COOPERAÇÃO, COLABORAÇÃO E AFETIVIDADE NA EAD


Afetividade

VIA DE ACESSO 2 - AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO E APRENDIZAGEM: OUTRO COTIDIANO DO SABER

VIA DE ACESSO 3 - O HIPERTEXTO CONSTRUINDO UM NOVO HORIZONTE PARA A EDUCAÇÃO

VIA DE ACESSO 4 - RECURSOS DINAMIZADORES EM UM AVA/MOODLE

VIA DE ACESSO 5 - ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DE ESTUDOS NA EAD

REFERÊNCIAS

AUTORAS
Caro Estudante,
É com muita alegria que iniciamos o Módulo – Introdução à Educação da Dança a Distância. O nosso
objetivo é refletir sobre as diferenças pedagógicas entre as mídias.
Os conteúdos apresentados neste módulo serão uma resenha do capítulo 7 Diferenças Pedagógicas entre
Mídias do Livro Educar na era Digital de A.W. (Tony) Bates, é o mais destacado especialista mundial na área de
planejamento e gestão em e-learning e educação a distância. Traduzido para o português Etelberto Costa.
Assim, é muito bom poder me dirigir a você nesse importante momento de realização do seu curso de
Licenciatura em Dança. Pois agora iremos lhe oferecer as principais dimensões fundamentais das mídias e das
tecnologias, a partir das quais você terá oportunidade de aprender a aprender com o apoio das tecnologias
digitais da informação e comunicação (TDIC).
Antes porém de iniciarmos os estudos sobre o tema central do módulo, queremos convidá-lo a conhecer o
percurso que iremos fazer, bem como os objetivos que queremos alcançar para a sua formação profissional.
Para desenvolver sua formação ao longo da disciplina, colocamos a sua disposição os seguintes elementos:
orientações de estudos e de atividades a serem realizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA);
material didático para leitura e aprofundamento temática; além do acompanhamento de um tutor que lhe
orientará e ajudará a responder as suas necessidades ao longo do processo formativo.
As discussões que faremos ao longo do módulo têm a intenção de envolvê-lo num debate que o situará no
mundo da educação online no qual desenvolverá seus estudos, objetivando contribuir para o desenvolvimento
de competências e habilidades para facilitar a sua aprendizagem online.
O objetivo principal desse Módulo é:
a) Identificar as principais características pedagógicas das seguintes mídias:

Texto;
Áudio;
Vídeo;
Computação;
Mídias sociais.

b) Fornecer um quadro de análise para determinação de funções pedagógicas adequadas para diferentes
mídias;
c) Capacitá-lo a aplicar essa análise a qualquer módulo particular de ensino.
Ao concluir esta breve apresentação, esperamos ter construído boas expectativas quanto à continuidade de sua
formação. Esperamos também que que o material que estamos disponibilizando permita uma leitura agradável
e estimulante.
Bons estudos!!
Aprendizagem online e Métodos de Ensino
A aprendizagem online tem avançado e influenciado cada vez mais o ensino em sala de aula e no campus, mas
principalmente tem oferecido novos modelos de ensino e aprendizagem. Inicialmente havia duas influências:
design do ensino em sala de aula e design herdado da educação a distância com livros ou multimídia, mas
houve uma mudança, o próprio ambiente de aprendizagem. Ao invés de ser falado em métodos de ensino (sala
de aula e online), trata-se de modelos de design, em que um método é deliberadamente adaptado ao ambiente
de aprendizagem.
Aprendizagem Colaborativa Online
O que é aprendizagem colaborativa online?
Comunicação mediada por computadores (CMC) ou aprendizagem em
rede era uma forma de ensino que evoluiu para teoria da aprendizagem
colaborativa online (OCL - online collaborative learning), que propõe
um modelo de aprendizagem em que os alunos são incentivados a
participar do processo de construção de conhecimento. “Na teoria OCL
o professor não assume um papel-chave como um aprendiz-parceiro,
mas como um elo para comunidade de conhecimento ou estado da arte naquela disciplina” (BATES, 2016,
p.173) e a aprendizagem é uma mudança conceitual e primordial para construção de conhecimento.

“A OCL integra as teorias do desenvolvimento cognitivo que focam na aprendizagem


conversacional (PASK, 1975), condições para uma aprendizagem profunda (MARTON;
SALJO, 1997, ENTWISTLE, 2000), desenvolvimento do conhecimento acadêmico
(LAURILLARD, 2001) e construção do conhecimento (SCARDAMALIA; BEREITER,
2006)”. (BATES, 2016, p.173).

Os fóruns de discussão online ganham força em 1990 como resultado de uma combinação entre a invenção da
World Wide Web, o acesso de alta velocidade à internet e o desenvolvimento de ambientes virtuais de
aprendizagem, que em sua maioria, incluem uma área para discussões entre alunos e entre alunos e professor.
E esses fóruns se diferem dos seminários presenciais, pois: (a) são baseados em textos e não na oralidade; (b)
os participantes podem entrar a qualquer hora de qualquer lugar com conexão; (c) muitos permitem uma linha
de discussão conectada em que uma pessoa pode ser adicionada ao comentário específico que gerou tal
resposta. Isso permite o desenvolvimento de subtópicos dinâmicos e permite que participantes acompanhem
vários tópicos discutidos em um período.
Os princípios básicos de design da OCL
Citando Harasim, o livro mostra as três fases importantes na construção de conhecimento pelo discurso:
geração de ideias — várias ideias diferentes em um grupo ; organização de ideias — discutir as ideias;
convergência intelectual — obter um consenso. Esse processo resulta na Posição Final e o papel do professor é
fundamental não só como facilitador, mas também como representante de uma comunidade de conhecimento
ou assunto, certificando que o assunto estudado seja completamente inserido ao ciclo de aprendizagem.
No modelo OCL, os fóruns de discussão tornam-se o centro do ensino e não mais um complemento, o que é um
princípio de design fundamental que explica a insatisfação de professores nos cursos, em relação a participação
dos alunos. Isso ocorre quando as discussões online são secundárias no ensino e os alunos não dão tanta
importância já que não afetam diretamente suas notas.
Pontos fortes e fracos da aprendizagem colaborativa online
Na OCL o objetivo é utilizar a tecnologia para aumentar e melhorar a comunicação entre professor e aluno e
não substituí-lo, como é em outras abordagens de aprendizagem com computadores.
São pontos fortes da OCL: (a) quando aplicada apropriadamente, pode levar a uma aprendizagem acadêmica
profunda ou transformadora, até melhor que discussões presenciais; e (b) como consequência, a aprendizagem
colaborativa pode também propiciar o desenvolvimento de competências intelectuais de alto nível, como o
pensamento crítico, o pensamento analítico, síntese e avaliação.
Os pontos fracos seriam que (a) não é facilmente implementada em grande escala, o que se faz necessário
instrutores bem informados, e um número limitado de alunos; (b) está mais adaptada às áreas de humanas,
ciências sociais e algumas de estudos empresariais e da saúde, e menos adaptada às ciências, ciências da
computação e engenharias.
As dificuldades enfrentadas pela OCL não são tão diferentes das enfrentadas em sala de aula presenciais,
portanto é possível conduzir qualquer um dos modelos sincronicamente ou assincronicamente, a distância ou
presencialmente. Porém, para o autor, “existem evidências suficientes de que a aprendizagem colaborativa
possa ser desenvolvida muito bem no meio online, dada a necessidade de modelos mais flexíveis de
transmissão para atender às necessidades de um corpo discente na era digital. (BATES, 2016, p.180).
Principais características pedagógicas das mídias
A diferença entre o uso das mídias afeta diretamente o modo de ensinar, pois cada uma traz um conceito
epistemológico diversificado. A maneira mais interessante e correta para escolher qual tipo de mídia usar para
o ensino de determinado conteúdo é primeiramente definir aquilo que será abordado. No livro “Educar na Era
Digital” (2016, 637 páginas) o autor A. W (Tony) Bates discorre sobre os diversos tipos de mídia usados de
forma pedagógica no ensino-aprendizagem, a nível principalmente da educação a distância.
É necessário avaliar quais são os métodos de ensino disponíveis, quais deles são mais fáceis na aplicabilidade,
quais suas características singulares e qual o conhecimento que o professor (a) e tutor (a) têm sobre eles. Há
também a potencialidade de cada método. De certo, alguns meios de veiculação da informação podem ser mais
eficientes que outros, dependendo do público para o qual é destinado. O potencial de uso depende de uma
pesquisa prévia sobre o público receptor. “Quando são consideradas as características pedagógicas específicas
de diferentes mídias, isso pode levar a algumas mudanças no conteúdo a cobrir e que habilidades serão
desenvolvidas” (BATES, 2016, p. 290).
Características específicas
Segundo Bates (2016, p. 290) há três elementos fundamentais que precisam ser considerados ao decidir a
mídia a usar:

1. Conteúdo;
2. Estrutura do conteúdo;
3. Habilidades.

O método de ensino envolve vários aspectos fundamentais, como conhecimentos e conceitos. Na prática da
aplicação é necessário reconhecer quais são as competências dos envolvidos no ensino-aprendizagem –
transmissores e receptores -, para que se possam reconhecer as competências de cada e, na aplicação do
conteúdo, tentar desenvolvê-las, com o uso das mídias. É importante ressaltar que existe uma diferenciação
entre o que se entende aqui por conteúdo e habilidade.
Conteúdo
Bates (2016, p. 291) cita Salomon (1979) ao afirmar que as mídias diferem na medida em que podem
representar diferentes tipos de conteúdo. Isso por que se divergem na aplicabilidade; o uso do som, da imagem,
da escrita, etc. Hoje existem combinações entre os diferentes tipos de comunicação, complementando as
técnicas de ensino que são muito mais eficazes na educação a distância. A fusão entre mídias diversas
contempla públicos receptores também variados, que podem se desenvolver de acordo com aquela com a que
mais se identifica.
Uma mesma informação pode chegar de maneiras diferentes em quem a recebe, dependendo da forma como é
transmitida, garantindo uma experiência mais ampla do estudo e da pesquisa. A educação a distância tem se
pautado nessa afirmativa para desenvolver uma forma de ensino-aprendizagem que possa afetar de maneira
mais completa aos alunos da modalidade, fazendo uma fusão entre o uso das diferentes mídis na aplicação de
um mesmo conteúdo. “Uma grande parte da aprendizagem requer a integração mental de conteúdos
adquiridos por intermédio de diferentes mídias e sistemas de símbolos” (BATES, 2016, p. 291).
Estrutura do Conteúdo
A estrutura do conteúdo também depende do tipo de mídia. Elas podem apresentar uma sequência linear,
muito usada em ensino presencial, ou simultânea, capaz de gerir aspectos e informações paralelas ao mesmo
tempo. Essa estruturação é fundamental para a compreensão do conteúdo, e é necessário nesse caso
estabelecer uma relação entre as partes, gerando um todo compreensível, lembrando-se da qualidade máxima
da educação a distância que é a liberdade dada ao aluno de fazer seu próprio tempo. Por isso a necessidade de
uma mídia que possa agir de maneira simultânea.
Os requisitos estruturais que agirão na forma do conteúdo devem ser devidamente estudados e selecionados
pelos responsáveis da concepção do material didático. Isso quer dizer que coordenadores de curso e
professores precisam atuar juntamente aos produtores de conteúdo, para que se possa ter um material
adequado á forma de ensino, respeitando as predefinições já instituídas no sistema de educação a distância no
Brasil.
Habilidades
Mídias variadas desenvolvem habilidades variadas. O uso das mesmas pode acarretar na progressão em
diferentes níveis de conhecimento, acompanhando a estrutura. O mínimo que se espera no uso das mídias para
aquisição do conhecimento é a compreensão de conteúdo do material. Essa compreensão pode ser mais
aprofundada ou superficial, depende do receptor a boa acepção das ideias. Sendo assim, o propósito inicial é
identificar as habilidades desenvolvidas após o uso de mídias variadas.
POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS
Nesse sentido, se busca entender as possibilidades no uso das mídias, quando uma delas pode ser usada de
forma alternativa e oferecer variação de absorção do conteúdo. Cada tipo de mídia possui uma característica
específica, embora possam ser usadas de formas diferentes. Mas, fica assim, a dificuldade em copiar suas
finalidades. “Por exemplo, usar o vídeo para demonstrar em slow motion um processo mecânico é muito mais
difícil (mas não impossível) de se replicar em outras mídias” (BATES, 2016, p. 295). Baseando-se nesse
exemplo, fica mais claro entender essa característica específica; a mídia impressa, por exemplo, não possui o
mesmo aspecto de possibilidades que os vídeos. O vídeo, no entanto, tem opções alternantes de usos e
atributos.
A seguir, listamos as características específicas mais importantes de cada mídia, atentando-se
para o uso das mesmas no ensino a distância. Bates (2016) oferece, dessa forma, uma forma de
pensar nos aspectos pedagógicos de utilização.

Texto e Impresso
O texto impresso é provavelmente umas das mais antigas formas de mídia, quase tão fluente
quanto à fala. Atualmente, tem sido largamente utilizado o texto digital, embora, sua
característica permaneça a mesma: a finalidade de passar o conteúdo, contando com a boa
compreensão do leitor. Essa forma desempenha um papel importante, tanto na educação
presencial quanto a distância, mesmo com o desenvolvimento da tecnologia.
O que faz o uso do texto ainda se fazer tão presente na forma de ensino é seu formato. Pode ser usado tanto em
livros, quanto artigos, revistas, jornais, fóruns de discussão e etc. A linguagem escrita ainda é essencial na
aquisição do conteúdo, mesmo que hoje se tenham outras formas de leitura, como símbolos e ilustrações. A
forma linear de estruturação também ajuda na boa compreensão do que está escrito, além de ser atemporal,
pois independe de ferramentas alternativas para seu bom funcionamento, enquanto que o vídeo, por exemplo,
precisa ser transmitido de algum lugar (televisão, computador, celular, etc). O texto continua existindo no
papel, independe de situações. Pode ser lido em qualquer lugar. O uso de símbolos, ilustrações, gráficos e
outros, permite uma explanação mais completa do conteúdo, que unido á escrita, pode oferecer uma
compreensão maior.
“Há alguma sobreposição de cada uma dessas características com outras mídias, mas, nenhuma outra mídia
combina todas essas ou é tão poderosa quanto o texto em relação a essas características” (BATES, 2016, p.
296). O autor ainda afirma que o texto é uma mídia essencial para o aprendizado acadêmico, uma vez que
obedece á todos os requisitos da forma academicista. Geralmente, o texto desenvolve habilidades de boa
análise, criticidade em relação ao conteúdo lido, desenvolvimento da argumentação e retórica, etc. Falha em
relação ao desenvolvimento da técnica, já que permanece no âmbito teórico. Ainda segundo Bates (2016. P.
297) “Uma vantagem fundamental de um livro é que permite o desenvolvimento de um argumento sustentado,
coerente e abrangente, com evidências para apoiar o argumento. Os blogs só podem fazer isso de forma
limitada”.
O texto também oferece uma quantidade maior de conteúdo de crítico, com base em dados, análises,
estatísticas, pesquisas, etc. Um número maior de livros oferece um número maior de objetos de estudo,
baseados em apuração. Frequentemente, outras formas de mídia, fazem uso das informações de textos em
livros para comprovar um dado. O texto não perde sua característica no meio digital, se a informação dada é a
mesma que no impresso. No entanto, a facilidade de contato com a escrita do texto, pode levar o leitor á ler
apenas aquilo que o interessa naquele momento, deixando de acompanhar todo o conteúdo do livro para se
entender como chegou á tal propósito. Nesse sentido, o livro impresso é mais eficiente, pois geralmente a
leitura do mesmo é completa. Ainda assim, Bates (2016) acredita que é muito improvável que os livros
impressos sobrevivam.
Sendo a primeira e mais importante forma de aprendizagem, a escrita e a leitura fazem do texto uma
ferramenta essencial de ensino e estudo. No entanto, ele só é absorvido por aqueles que já foram alfabetizados,
enquanto que o uso da imagem e do som consegue atingir á um público maior. Ou seja, por isso se torna
fundamental o avanço do uso das mídias digitais para disseminação do conhecimento, que possa dessa forma,
construir diferentes habilidades.
O texto permanece, então, sendo usado como forma de avaliação dos alunos na aquisição do conhecimento e
compreensão do conteúdo. As capacidades podem ser verificadas com base na capacidade de boa
argumentação, raciocínio e análises. A prova escrita como forma de avaliação na construção de questões
subjetivas.
“Embora tenha havido uma extensa pesquisa sobre as características pedagógicas de outras mídias, como o
áudio, vídeo e computação, o texto tem sido geralmente tratado como o modo padrão, a base com a qual outras
mídias são comparadas” (BATES, 2016, p. 301). Atendo-se, claro, ao uso do texto em diferentes formatos. O
texto permanece como ferramenta central para o ensino-aprendizagem.

Áudio

Assim como a escrita, o som é uma das primeiras ferramentas de comunicação e tem um papel
importante na disseminação do ensino. Um sólido exemplo é o uso do rádio no repasse de
notícias. Assim como ele, o áudio em si tem uma boa receptividade e uma fácil compreensão
por parte de quem ouve.
As universidades têm desenvolvido pesquisas sobre o uso do áudio em ambiente acadêmico, tal
como a Universidade Aberto do Reino Unido. Inicialmente, seu uso se limitava aos audiocassetes, mas a forma
de utilização tem evoluído com o passar do tempo. Geralmente, ele é combinado com outra mídia, como o
vídeo ou o texto, para complementar o conteúdo, fazendo o receptor usar dois sentidos essenciais: os olhos e os
ouvidos.
Assim como todas as mídias, o áudio tem seus prós e contras de utilização no ensino-aprendizagem. No âmbito
de vantagens, ele é mais facilmente absorvido, é mais rápido para download, pode ser combinado com outras
mídias e dessa forma complementa o conteúdo abordado, é uma forma mais dinâmica de aprendizado, oferece
flexibilidade, etc. Como desvantagens, podem-se citar os fatos de que o professor tem que se empenhar ainda
mais para a preparação do mesmo, ainda mais por ele ser usualmente combinado com outras mídias, além é
claro do fato de ser uma ferramenta de difícil acesso para deficientes auditivos.
Sendo assim, Bates (2016, p. 305) menciona que o vídeo agora é muito mais usado para combinar o áudio
sobre imagens, funcionando melhor do que vídeos gravados.
POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS
Vídeo
O vídeo é uma das mais completas ferramentas de uso para ensino, pois pode anexar várias
outras, como textos, imagens e sons; tudo isso em movimento, o que promove uma dinâmica
maior para o público receptor. Além de ser de fácil absorção para diferentes pessoas, ao unir
várias características. Por exemplo, para um aluno que não tem fácil compreensão na leitura
de textos, pode ser mais fácil assimilar o conteúdo a partir da leitura de textos com imagens.
Isso torna o vídeo uma mídia mais democrática. Sem falar da impressionante singularidade de
poder levar ao receptor, imagens reais de coisas não acessíveis ou não próximas, como países distantes ou seres
microscópicos. Dessa forma, ele pode facilmente substituir uma visita de campo, por exemplo. Isso torna o
contato mais íntimo, ainda que eles não estejam fisicamente próximos.
As várias técnicas de edição, filmagem e enquadramento também proporcionam uma experiência mais rica aos
alunos, com efeitos que podem gerar experiências inéditas. Os vídeos que possibilitam chamadas ao vivo são
indispensáveis na educação a distância, exatamente por propiciar um contato que a certo prazo, não pode ser
presencial. Para cursos mais técnicos, são necessários para abordagem prática do conteúdo.
Isso geralmente requer que o vídeo esteja integrado com as atividades dos alunos. A capacidade de parar,
rebobinar e reproduzir o vídeo torna-se crucial para o desenvolvimento de habilidades, pois as atividades
dos estudantes geralmente ocorrem separadamente da visualização real do vídeo. Isso pode implicar
pensar com cuidado em atividades para os alunos relacionadas com o uso de vídeos. (BATES, Tony.
Educar na Era Digital, 2016, p. 309)

É importante ressaltar a importância da edição e montagem do conteúdo em vídeo, visto que o material final
precisa estar de acordo com certos parâmetros pré-definidos que obedeçam a ás normas acadêmicas, e ainda
assim, possam propiciar uma experiência completa aos alunos. O uso do vídeo pode ainda desenvolver diversas
habilidades, pois, com o emprego de situações reais ou imagens em movimento, é mais fácil para o estudante
reconhecer o que está sendo explicado. Para cursos que envolvem a prática, é indispensável o uso para
atividades que exigem performances dos alunos, como a dança, a música, ou o discurso falado.
O uso do vídeo para o ensino-aprendizagem tem prós e contras. Demonstra vantagens como a capacidade de
substituir uma aula de campo ou expositiva, como já citado anteriormente, as ferramentas de pausar, reiniciar
e outras podem ajudar os alunos no momento de estudo, é um método alternativo dinâmico, e também o
desenvolvimento de habilidades práticas. A desvantagem é que nem todos os professores possuem
conhecimentos na área de edição; não existe uma oferta de vídeos de boa qualidade educacional que poderiam
ser usados por professores ou instrutores, a criação e edição de um vídeo não é feita a curto prazo. Talvez pela
série de desvantagens, esse método de ensino ainda é pouco explorado em aula, apesar de possuir diversas
características específicas. Uma boa forma de usar essa ferramenta como avaliação, segundo Bates (2016) seria
pedir aos alunos que fizessem uma análise interpretativa de seu conteúdo, ou mesmo a produção de um por
seus próprios meios.

Computação
Desde seu surgimento, o computador tem sido uma máquina poderosa e auxiliar na educação.
Isso por que, pode armazenar mídias múltiplas, como textos, áudios e vídeos. O que se busca
aqui é compreender a importância dos meios disponíveis para acesso dos alunos no ambiente
virtual, como sites e fóruns, onde estudantes possam interagir uns com os outros e com
professores. Essa interação é fundamental para o bom desenvolvimento tanto do
conhecimento quanto das habilidades. A web oferece uma gama de possibilidades, que podem
ser compartilhadas e por isso, apresentam uma riqueza de saberes.
No âmbito da educação a distância, essa ferramenta tem sido indispensável, uma vez que propicia, por
exemplo, testes online, uso de sites e plataformas digitais, além de multimídias e atividades. “Nesse sentido, a
computação aproxima-se de um ambiente de aprendizagem completo, se bem que virtual” (BATES, 2016, p.
314).
Nessa mídia, o desenvolvimento das habilidades pode ser um pouco mais complexo, uma vez que exige mais
conhecimento na área de informática e internet, ao qual, alguns ainda tem um acesso limitado. O que ajuda é o
fato de esse meio de comunicação possibilitar discussões online e acesso á diversas plataformas que,
geralmente, oferecem boa base de conhecimento e conteúdo. A computação pode ainda desenvolver
habilidades por meio de testes online, que mais tarde, podem ser compartilhados com professores e alunos
podem receber feedbacks. O ambiente virtual é extremamente amplo, e capacita os estudantes a criarem
arquivos digitais.
Nessa discussão, segundo Bates (2016) “Muitos professores e instrutores evitam o uso da computação porque
temem que possa ser usada para substituí-los ou porque acreditam que resulta em uma abordagem muito
mecânica para o ensino e a aprendizagem.” De fato, o uso dessa mídia não propicia o debate que auxilia no
desenvolvimento do conhecimento teórico e senso crítico, por exigir mais técnica. A ideia de que máquinas
possam facilmente substituir o trabalho de pessoas é descartada por Bates. É necessário assim que haja uma
complementação entre o ensino do professor e a técnica do computador.
O computador é extremamente útil no uso da pedagogia de ensino, por possuir a característica de unir todas as
outras mídias de forma integrada, propicia uma formação adequada a era digital e permite a interação entre
alunos e professores, mesmo que não haja uma proximidade física. Além de seu aspecto mais importante:
permite que uma pessoa com acesso ao computador e internet, possa estudar de qualquer lugar e tempo. No
entanto, não oferece um controle rigoroso, uma vez que quase não há limitação no que pode ser postado. Por
isso, é indispensável haver a figura do professor, orientando alunos. Essa gestão é o que culmina na absorção
do conteúdo de maneira correta. “Desde que os professores e instrutores detenham o controle e tenham
conhecimento e treinamento necessários sobre as vantagens e limitações pedagógicas da computação, é uma
mídia essencial para o ensino na era digital” (BATES, 2016, p. 317).
Como forma de avaliação, a computação tem se centrado muito mais na aplicação de testes online. É
importante saber que esse meio oferece uma oferta maior de possibilidades, que vai da criação de sites, blogs e
até portfólios, atribuindo uma maior flexibilidade á avaliação da aprendizagem.
POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS
O Uso das Mídias Sociais
O advento da era digital trouxe também uma nova forma de comunicação entre
pessoas: as mídias sociais. Elas se inserem dentro da computação, e uma das maiores
vantagens é o fácil acesso a elas, além de serem de fácil entendimento. Os aplicativos
também estão inclusos nessa leva de novas tecnologias. Assim como elas tem sido
amplamente usadas na comunicação e propaganda, elas passam agora á exercer um
importante papel dentro da educação. Nessas mídias, é possível haver, além do
compartilhamento de conteúdos, a criação deles, servindo desse modo como significativo meio pedagógico.
Há a progressão de habilidades com o uso de redes sociais, como a escrita e a leitura, e principalmente, a
otimização do trabalho em grupo. Essas mídias podem oferecer uma alternativa aos professores, que além de
passar conteúdos, podem estar acompanhando a aplicação deles, uma vez que há um fácil compartilhamento e
acesso ás redes. O conteúdo pode ficar disponível mesmo após a tarefa. No entanto, é válido ressaltar que,
ainda que haja um controle maior na criação por parte do aluno, ainda há a necessidade da supervisão
acadêmica. “O advento de novas ferramentas que dão aos alunos mais controle sobre sua aprendizagem não vai
necessariamente mudar sua necessidade de uma experiencial educacional estruturada” (BATES, 2016, p. 323).
Essa gestão serve principalmente para manter a qualidade do ensino-aprendizagem.
Figura – Exemplos de mídia sociais (BATES, 2016, p.320, adaptado)
TIPO DE

FERRAMENTA EXEMPLO APLICAÇÃO

Blogs Stephen Downes (http:// Permite que um indivíduo faça


postagens regulares para a web; p. ex.,
www.downes.ca/)
um diário pessoal ou uma análise dos
Online Learning and acontecimentos atuais

Distance Education

Resources (http://www.

tonybates.ca/)

Wikis Wikipedia Uma publicação coletiva “aberta”,


permitindo que as pessoas contribuam
Math Exam/Education
ou criem um corpo de informações
Resources8

Redes Sociais Facebook Uma rede social que conecta pessoas


com amigos e outros que trabalham,
LinkedIn9
estudam e interagem com elas

Arquivos Podcasts Permitem que os usuários finais possam


acessar armazenar, baixar e
Multimídia YouTube
compartilhar gravações de áudio,
Flickr fotografias e vídeos

iTunes U

e-portfólios10

MIT Open CourseWare

Mundos Virtuais Second Life Conexão/comunicação semi-


aleatória/comunicação em tempo real
com lugares e pessoas virtuais

Games Lord of the Rings Online Permitem aos jogadores competir ou


colaborar uns com os outros ou com
Multiusuários (www.lotro.com)
terceiro(s) representado(s) pelo
computador, geralmente em tempo real
Mobile Learning Dispositivos móveis e Permite aos usuários acessar vários
aplicativos formatos de informação (voz, texto,
vídeo etc.) a qualquer momento e em
qualquer lugar
POTENCIALIDADES PEDAGÓGICAS
As muitas faces da aprendizagem online
Formas de educação, antes consideradas fora do convencional, estão crescendo atualmente e tendo mais
importância. Diferentes termos para designar essas formas de educação como aprendizagem online e outros
são usados com um mesmo sentido mas podem ter diferentes significados.
Esclarecendo alguns desses termos, concluímos que:
- Blended learning, engloba uma grande variedade de estilos, como: 1) aprendizagem auxiliada por tecnologia
(PowerPoint em aulas); 2) uso de ambientes virtuais de aprendizagem para apoiar aulas presenciais,
armazenar materiais didáticos, organizar leituras e talvez discussões online (Google Drive ?); 3) uso de captura
de aulas para salas de aula invertidas; 4) um semestre em um campus e dois online (o modelo Royal Roads
University); 5) um período reduzido de tempo no campus, com experiências práticas ou treinamentos
precedidos ou seguidos de um tempo concentrado no estudo online; 6) aprendizagem híbrida ou flexível,
redesenha o ensino para que os estudantes possam estudar a maior parte do tempo online, indo ao campus
somente para aulas muito específicas.
- aprendizagem inteiramente online, sem sala de aula ou ensino no campus, uma forma de educação a
distância, com :
1) cursos para créditos, que normalmente cobrem o mesmo conteúdo e avaliações dos cursos
presenciais;
2) cursos sem créditos oferecidos exclusivamente online, como cursos que dão continuidade à
educação profissional;
3) cursos inteiramente abertos, como os MOOCs; 4) recursos educacionais abertos, disponíveis para
download gratuito, que estudantes e professores podem ter acesso como suporte.
Um dos importantes estilos no blended learning é a aprendizagem híbrida, em que toda a experiência de
aprendizagem é redesenhada, com a transformação do ensino presencial com uso da tecnologia. Por exemplo:
Carol Twigg do National Center for Academic Transformation, trabalha redesenhando programas com
longas aulas expositivas para melhorar o aprendizado e reduzir custos de faculdades com uso da
tecnologia;
Virginia Tech criou um programa de sucesso voltado para o ensino da matemática de primeiros e
segundos anos, elaborando por meio do aprendizado auxiliado computadores 24/7;
University of British Columbia lançou em 2013 a chamada iniciativa de aprendizagem flexível, que permite
flexibilidade pedagógica e logística para que estudantes tenham mais escolhas em suas oportunidades de
aprendizagem.
Alunos de aprendizagem híbrida
A aprendizagem híbrida proporciona uma maior flexibilidade ao estudante já que não terão que estar todos os
dias no campus. São beneficiados principalmente aqueles alunos que precisam trabalhar para ajudar nos
custos de sua educação.
Essa aprendizagem híbrida também faz o aluno desenvolver habilidades de aprendizagem independente e é
preferível que essas habilidades sejam desenvolvidas no período em que os estudantes estão no campus, pois se
o curso for totalmente online desde o início, será necessário mais recursos para apoio ao aluno para que seja
bem-sucedido.

Reflita o Texto abaixo:


Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde
professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Nas palavras de Moran a
educação a distância é:
…uma prática que permite um equilíbrio entra as necessidades e habilidades individuais e as do grupo – de
forma possível e virtual. Nessa perspectativa, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer
dúvidas e inferior resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos
presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a
distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, interclando
períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta.

A educação a distância se desenvolve através de recursos tecnológicos que mediam os processos de ensino e
aprendizagem, onde os alunos e professors se encontram em tempos e lugares diversos. Por isso é importante
que o processo de ensino e aprendizagem deva estar adaptado aos diferentes níveis de conhecimentos dos
alunos.
0
O artigo 1 do Decreto 5.622 que regulamenta o artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(9.394/96) caracteriza a EaD como uma
modalidade educacional na qual a mediação pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professors desenvolvendo atividades em lugares ou tempos diversos (Referencias de qualidade EaD,
2007, p.05).

Para

refletir
O que você pensa da concepção expressa pelo autor acima?
Você se sente preparado para desenvolver seus estudos nessa
modalidade?
Você terá a disciplina necessária, para os estudos?
Porque você escolheu estudar nessa modalidade de ensino?

Alunos Presenciais
Em busca de vivências na universidade, muitos estudantes optam pela educação presencial, porém, os calouros
enfrentam turmas grandes e pouco contato com os professores nos primeiros períodos de seus cursos e, nisso,
as instituições regionais pequenas têm vantagem. Por isso, segundo Bates (2016, p.400), a aprendizagem
híbrida e totalmente online oferece a oportunidade de repensar toda a experiência do campus para que o
melhor suporte seja fornecido aos alunos em seus primeiros anos de ensino superior.
A seguir, levantamos um conjunto de questões que você precisará responder para poder demonstrar o quanto
você avançou com relação à sua formação no campo da educação a distância e, mais especificamente, sobre o
debate acerca do ensino e da aprendizagem online. Para tanto, você deverá utilizar o material que estamos
disponibilizando no seu material de estudo.

Então vamos lá!

Você deve ter percebido que alguns termos aparecem com frequência ao longo deste material de estudo, bem
como em outras disciplinas que compõe seu curso.
Dentre esses termos podemos destacar; online, Learning, blended learning, Facebook, YouTube, Dispositivos
móveis e aplicativos, Flickr, entre outros.

Não esqueça de buscar referências, também, no fórum de discussão que você participou, momento em que você
adquiriu conhecimentos importantes e trocou ideias com seus colegas sobre questões relevantes que estão
sendo tratadas na disciplina.
Qualquer duvida sobre os termos destacados nessa atividade, consulte o Glossário de EaD disponibilizado no
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Esta Unidade está focada no estudo de cinco temas correlatos: Autonomia, Cooperação e Afetividade na EAD,
Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem - AVA/Moodle, A Linguagem Hipertextual e a Cibercultura no
AVA/Moodle, Recursos Dinamizadores em um AVA/Moodle e por último, Organização do Cotidiano de
Estudos na EAD.
O estudo perpassa por conhecer um pouco as características da EAD e da Educação a distância online,
compreender melhor os significados de autonomia, cooperação e afetividade no contexto da EAD online, bem
como as possibilidades educacionais do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle no processo de ensinar e
aprender. Além disso, você será convidado a refletir sobre a atitude do aluno frente ao desafio de estudar sem a
presença física do professor, e apresentaremos algumas dicas que o ajudarão a construir sua agenda de estudos
para que sua aprendizagem flua com qualidade.
Convido você a movimentar-se conosco com olhar crítico em direção a cada via de acesso ao conhecimento
para composição das cenas de aprendizagem.
Vias de acesso ao conhecimento

Vamos iniciar então!


Antes de abordarmos sobre autonomia, cooperação, colaboração e afetividade na EAD é necessário
compreendermos o que é, realmente, Educação a Distância (EAD) e Educação a Distância Online.
A educação a distância pode ser definida como uma modalidade de educação onde os participantes desse
processo estão separados fisicamente no tempo-espaço, porém conectados através de meios analógicos
unidirecionais que separam emissão e recepção, a exemplo do rádio, da televisão e outros meios tais como;
correspondência, DVD, vídeo aula.
Com a internet e a evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) outro modelo de educação,
denominada educação a distância online vem sendo desenvolvida em ambientes virtuais diferenciando-se do
tipo de educação a distância em suportes analógicos, transmitida de forma unidirecional. Enquanto essa separa
emissão e recepção no tempo e espaço, a educação a distância online possibilita a comunicação assíncrona
e síncrona (fóruns, chat, wiki entre outros) proporcionando o estar junto com professores, tutores e estudantes
em tempos diferentes, assim como em tempo “real” numa perspectiva de educação sem distância alterando
assim, o conceito de distância. Esse modelo vem ganhando dimensão tornando-se uma realidade cada vez mais
presente e reconhecida no país.
A educação a distância online é uma modalidade de educação realizada por meio da internet que se inscreve em
uma concepção metodológica pautada na comunicação, interação e na construção do conhecimento de forma
cooperativa e colaborativa que estimula a autoria e a autonomia do aluno (SILVA, 2010). De acordo com Levy:
[...] a dimensão da comunicação e da informação está se transformando numa esfera informatizada. Com
o espaço cibernético, temos uma ferramenta de comunicação muito diferente da mídia clássica, porque é
nesse espaço que todas as mensagens se tornam interativas, ganham uma plasticidade e têm uma
possibilidade de metamorfose imediata. Cada pessoa pode se tornar uma emissora, autora, o que não é o
caso de uma mídia de massa como a imprensa ou a televisão (LEVY, 2000, p. 13).

Para Refletir:

Você já pensou como as tecnologias têm transformado as nossas vidas, em especial a


educação?

A educação na contemporaneidade movimenta-se em direção a outros espaços de aprendizagem para além das
salas de aulas tradicionais e a relação com o saber sofre mutação deslocando-se para o ciberespaço regido sob o
signo da interação como afirma Lemos (2010), aqui denominada de educação online que acontece no AVA.
Entende-se por espaço de saber tradicional aquele sem fluidez, que possui tempo e espaços fixos, pré-
estabelecidos para que estudantes e professores se encontrem e ocorra a aprendizagem, diferentemente da
educação online que se caracteriza pela ubiquidade de comunicação em qualquer momento e em qualquer
lugar, sem a necessidade da presença física para estar junto e acontecer o processo de ensinar e aprender.
Este movimento potencializado pelo ciberespaço estimula a imaginação, a sinergia dos saberes, a criação e
novas produções, além de possibilitar aprender com o outro e a se reconhecer no outro se afetando
mutuamente sem, contudo ignorar as tensões provocadas pelo diferente que emerge em/na rede resultando em
uma grande mobilização de competências.
Definição do termo A partilha dessas competências e os percursos individuais e
“Ciberespaço”, termo inventado por Gibson (GIBSON, coletivos que se cruzam vão construindo novas redes de
1984, apud LEMOS, 2004, p. 127) é um novo meio de conhecimento em tempo real. Essa dinâmica que se constitui no
comunicação que surge da interconexão mundial dos ciberespaço é definida por Lèvy (1999, p.32) de inteligência
computadores. O termo especifica não apenas a coletiva, porém “longe de fundir as inteligências individuais em
infraestrutura material da comunicação digital, mas uma espécie de magna indistinto, a inteligência coletiva é um
também o universo oceânico de informações que ela processo de crescimento, de diferenciação e de retomada
abriga, assim como os seres humanos que navegam e recíproca das singularidades”.
alimentam esse universo (Lèvy, 1999, p. 17).
A educação em rede virtual de aprendizagem potencialmente tem
a marca da comunicação e propicia a criação de novas narrativas, novas maneiras de aprender e ensinar, novos
hábitos e valores, e um novo fazer cotidiano cultural e de saberes.
De acordo com Elmara Souza (2013, p. 241) “a utilização dos espaços virtuais de aprendizagem modifica o
domínio sobre o fazer docente da modalidade presencial”, pois esses podem constituir-se em espaços com
múltiplas possibilidades de criação, de autoria, abertos a novas aprendizagens com seus próprios ritmos,
diferenciando-se dos produzidos nos espaços presenciais. A potencialidade dessas múltiplas formas de
interação e comunicação propiciadas pelos ambientes virtuais é que reside a principal diferença da prática
educativa em rede.
Ação Pedagógica na Perspectiva da Autonomia

Para Refletir:

O que significa e qual importância da autonomia para sua formação?

Ainda é muito presente em salas de aulas presenciais, colocar o estudante no mero papel de
receptor da informação, passivo, incapaz de produzir seu próprio conhecimento. Em
contraposição a essa lógica hegemônica da educação tradicional, Freire (1996) critica o reducionismo da
educação bancária e defende a ação pedagógica como um ato dialógico entre educador e educando na
perspectiva de sua autonomia e emancipação.
Alguns teóricos, além de Freire como (Primo 2007, Silva, 2010), defendem a ideia de que o diálogo pode
constituir em um forte elemento motivador para que o aluno se aposse da aprendizagem, tornando-se
autônomo, construtor do seu conhecimento.
A autonomia na perspectiva de rompimento com o padrão tradicional de transmissão no qual o professor é o
centro do saber, significa o educando aprender na relação com o outro e pela sua própria elaboração
transformando a sua maneira de compreender, de conhecer. Esse processo imprime uma nova forma de
relacionamento entre professor, estudante e o meio.
Logo, as salas de aulas online podem ser entendidas como espaços plenos de significação, onde interações
relacionais são estabelecidas propiciando acontecimentos colaborativos, cooperativos, solidários que
favorecem a construção de vínculos afetivos e potencializam o processo de aprendizagem. Essa convivência
pode contribuir com a construção do sentimento de pertencimento e com a emancipação do sujeito,
estimulando-o a ser construtor do seu conhecimento.
Aprendizagem Cooperativa e Colaborativa na EAD Online
Os termos cooperação e colaboração aqui neste curso serão tomados com base nas concepções de Vygotsky e na
pedagogia da autonomia de Paulo Freire onde a palavra cooperação requer relações dialógicas de trocas entre
os sujeitos, e desta maneira acrescentando novos saberes. O trabalho em equipe pode servir como uma das
estratégias de destaque para os estudantes, pois no confronto de ideias, pode fazer fluir os pensamentos,
estimulando a criação. Isso faz com que os sujeitos se impliquem na construção de forma autônoma,
transformando-se a partir das interações.
A cooperação na EAD online dessa perspectiva pode ser considerada como potencializadora de atos criativos.
Contudo esse potencial somente acontecerá a depender do modo como são exploradas pelos professores as
características fundamentais dos ambientes virtuais de aprendizagem: a criatividade, a autonomia, a
criticidade, a cooperação e a colaboração.
Já o termo colaboração, tomará como referência a cibercultura, pois o ciberespaço possibilita disponibilizar
ambientes de produção colaborativa, de forma mais rápida a troca e o acesso a conteúdos em diversos
formatos.
Com as Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs, ampliam-se os procedimentos metodológicos na
perspectiva da construção coletiva do conhecimento seja de forma síncrona ou assíncrona. Sendo assim, a
interação é condição fundamental para se pensar a educação online, pois é ela que produz a comunicação, a
troca de experiências, de descobertas e as inúmeras possibilidades de um trabalho colaborativo.
Vygotsky (2009) declara que o sujeito evolui com o outro construindo
conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio.
As trocas de saberes, o compartilhamento de ideias são elementos que podem
favorecer avanços na construção do conhecimento. Pesquisas apontam que
alunos que interagem e trabalham cooperativamente e colaborativamente são
capazes de construir conhecimentos de maneira mais significativa. De acordo
com Maturana
“Quando estamos em interações recorrentes na
convivência, mudamos de maneira congruente com
nossa congruência, com o meio, e num sentido
estrito nada é obra do acaso, porque tudo nos ocorre
num presente interconectado que se vai gerando
continuamente uma transformação do espaço de
congruências a que pertencemos.” (MATURANA 2009 p.64)

Compreende-se, então, que a dinâmica das interações entre os sujeitos e com o meio provocam transformações
mútuas, uma vez que a mudança de um influencia o outro. Com isto queremos salientar que a interação que
acontece em uma sala de aula online já traz imbricado um pensamento de unificação afetivo e cognitivo como
um novo modelo de prática educativa em rede.
Sala de Aula Online: Um Lugar de Afetividade?
Embora reconheça o peso histórico do pensamento disjuntivo Origem do termo
razão versus emoção ainda presente no fazer pedagógico, Afeto, do latim “affetare”, quer dizer “ir atrás.”
partimos do princípio de que o ser humano não pode continuar a (Alves, 2002)
ser pensado conforme a antiga dualidade cartesiana. É
importante compreender as relações entre os sujeitos, sejam em sala de aula online ou tradicional na
perspectiva da junção dos aspectos cognitivos e afetivos essenciais para o desenvolvimento humano.
Para Refletir:

Convido
Você considera importante as relações educativas pautadas na afetividade?
você a
Como as emoções, a afetividade são reveladas na sala de aula online?

conhecermos junt@s esse itinerário de afeto na aprendizagem


A Wikipédia define a afetividade como

“[...] o estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar


os seus sentimentos e emoções a outro ser ou objetos [...]. Em
A teoria sócia - interacionista de Vygotsky considera
psicologia, o termo afetividade é utilizado para designar a
que a emoção funciona como fomentadora da ação,
suscetibilidade que o ser humano experimenta perante
promovendo nas relações com os outros um processo
determinadas alterações que acontecem no mundo exterior ou em
si próprio. Tem por constituinte fundamental um processo
continuo de (re) elaboração, (re)criação e
cambiante no âmbito das vivências do sujeito, em sua qualidade de
(re)construção de conceitos e significados permitindo o
experiências agradáveis ou desagradáveis”. desenvolvimento mental dos sujeitos.

Outro escritor, o educador Alves em 2002 já defendia a ideia que

[...] toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em
funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome.
[...] É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a
alma voar em busca do fruto sonhado. (ALVES, 2002)

O caráter linear de transmissão de conhecimento, de modo hierarquizado da organização do ensino é refletido


nos componentes curriculares onde o professor é o provedor de informações e o estudante, receptor passivo.
Esse contexto revela a visão mecanicista de Descartes, que fragmenta o ser em duas partes, corpo e mente sem
estabelecer conexões mais amplas entre eles, dificultando o desenvolvimento dos processos subjetivos que
emergem das emoções e das relações afetivas nas práticas educativas. ( SILVA, 2010).
Ornelas defende que [“...] as representações sociais não são saberes articulados apenas ao cognitivo, mas que se
tecem, de forma dinâmica, em um processo histórico, que envolve tanto racionalidade, quanto afetividade e
emotividade”. (2006, p.7) A afetividade, então pode ser considerada como um dos elementos essenciais do
desenvolvimento intelectivo interligada às interações interpessoais e ao mundo social e cultural dos sujeitos.
Capra já apontava em 2005 que estava surgindo uma nova compreensão a respeito do processo sistêmico da
vida
[...] está surgindo agora uma concepção unificada da vida, da mente e da consciência, uma concepção na
qual a consciência humana encontra-se inextricavelmente ligada ao mundo social da cultura e dos
relacionamentos interpessoais [...]. O avanço decisivo da concepção sistêmica da vida foi o de ter
abandonado a visão cartesiana da mente como uma coisa e de ter percebido que a mente e a consciência
não são coisa, mas processos. (CAPRA, 2005, p.48-49).

Os sentimentos e emoções são manifestações diretas de estados corporais, constituindo-se em uma ligação
estreita entre o corpo e a consciência. Na concepção de Damásio (2005, p.8), “[...] a emoção transmite
informações cognitivas, diretamente e por intermédio dos sentimentos”. Para o autor, a emoção e o sentimento
são manifestações indispensáveis para a racionalidade, pois [...] mesmo depois de as estratégias de raciocínio
se estabelecerem durante os anos de maturação, a atualização efetiva das suas potencialidades depende
provavelmente, em larga medida, de um exercício continuado da capacidade para sentir emoções. (DAMÁSIO
2005, p.11)
Assim, uma proposta pedagógica pautada em uma relação dialógica possibilita a expressão do aluno no seu
sentido pleno, isto é, emocional-sócio-cultural que compõe o seu viver, qualificando a relação sócio afetiva
entre educador, educando, aprendizagem e o meio.
O curso online de Licenciatura de Dança propõe estratégias pedagógicas na direção da superação da dicotomia
mente e corpo impresso no modelo tradicional da educação, e convida você, caro estudante, a ser agente ativo
do processo de sua formação acadêmica conectado com o seu contexto histórico político, sócio cultural.
Neste espaço do saber - AVA Moodle - os estudantes são estimulados a colaborar, a trocar experiências,
partilhar sua visão de mundo, suas emoções propiciando a construção de vínculos afetivos potencializando
assim, o processo de aprendizagem.
Em sintonia com essa visão e com uma sociedade conectada, a formação dos estudantes de Licenciatura de
Dança está apoiada em um ambiente essencialmente interativo, comunicativo. Ambiente esse, entendido como
um espaço que estabelece relações entre os interagentes que participam do grande encontro de ensinar e
aprender e não apenas entre homem/maquina, pois isso significaria reduzir uma concepção mais ampla de
interação, fundamental para uma educação inclusiva, afetiva e emancipatória. (PRIMO 2007, p.56).
O conceito de ambiente virtual de aprendizagem nasce no contexto da cibercultura constituindo-se num
recurso utilizado na educação mediada pelas TIC. Em geral, compreende-se como um ambiente acessível
através da Internet ou em rede local de apoio ao processo de ensino-aprendizagem à distância ou presencial.

Conceito Dentre várias definições de ambientes virtuais de aprendizagem


existentes na literatura, destacamos a concepção da educadora Edméa
Cibercultura: “Conjunto de técnicas (materiais e
Santos (2003) que segue na direção do potencial da virtualização que
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos
de pensamentos e de valores que se caracteriza este ambiente uma vez que os processos de virtualização e
atualização são continuamente estimulados e potencializados nos
desenvolvem juntamente com o ciberespaço”
Pierre Lévy espaços virtuais de aprendizagem. Esses não podem ser vistos
meramente como instrumentos técnicos, apenas uma “plataforma de
ensino” ou “ambiente computacional”. São ambientes comunicacionais potencialmente capazes de gerar
modificações mútuas entre os interagentes durante o processo de ensino aprendizagem. Para a autora, o AVA
é um “espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos interagem, potencializando assim
a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem” (SANTOS, 2005, p.91), compreendendo-o como
ambiente de comunicação que se caracteriza principalmente pela combinação de vários modos e gêneros
semióticos bastante rico que favorecem a construção de sentido produzindo uma aprendizagem significativa
em rede.

O que é Virtual?
Origem do termo Embora na sociedade o termo virtual seja associado ao irreal, a uma
Virtual vem do latim medieval virtualis, ilusão, filosoficamente traz o sentido de potência, de força e pode ser
entendido como um processo problematizador que requer uma
derivado de virtus, que significa força, potência.
solução, uma redefinição; é um estado potencial de criação que se
atualiza a cada nova interpretação e percepção de um mesmo acontecimento (LEVY, 1996, p. 15-17).

Exemplos de Sistemas de gerenciamento de aprendizagem


Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) MOODLE

O Moodle é um LMS concebido em 1999 pelo educador e cientista computacional australiano Martin
Dougiamas apoiando-se nos princípios do construtivismo social. Essa concepção se inscreve no AVA Moodle
aumentando a potência de vários aspectos pedagógicos, pois possibilita ao professor planejar suas atividades
no sentido de estimular a produção de conversas envolvendo seus alunos a tecer redes de sentidos, de
colaboração, cooperação e (co) autoria. O MOODLE pode ser potencializado pedagogicamente para além de
repositórios de textos escritos ou imagéticos, no sentido de promover a interatividade, a cooperação,
colaboração e autonomia.
AVA Moodle - um ambiente de comunicação
O AVA Moodle é um ambiente de comunicação que se caracteriza por suas interfaces interativas e colaborativas
que possibilitam você a aprender não apenas com o material didático, mas com todos os envolvidos no
processo conjugado com os diferentes acontecimentos, contextos sociais, históricos, culturais e afetivos
presentes neste lugar potencializando a produção de sentido. Milton Santos já defendia em 1999 que
Se o mundo é constituído de eventos e não de coisas, e o evento não
existe sem ator, significa pensar que o mundo é o mundo dos
acontecimentos, dos eventos. É à imbricação de todos os eventos que
se dá o nome de mundo. O que dá universalidade aos eventos não é
apenas o seu acontecer, mas a forma com que são produzidos,
significados. (SANTOS, 1999, p.103)
Em potência, o ambiente Moodle é um lugar dialógico, que abraça a diversidade de vozes sociais envolvidas no
processo de aprendizagem, onde não cabe o apagamento de vozes divergentes, pois cada uma dessas expressa
um conteúdo vivencial gerando um movimento dialógico, vivo e dinâmico que propicia a autoria cooperativa e
colaborativa do conhecimento.

As Relações do Corpo e o AVA


O AVA configura as relações do corpo e da ferramenta, um corpo com uma
história de experiência de processos afetivos e sociais anteriores, que ampliam
as possibilidades de agir de cada sujeito. Esta configuração provoca
modificações mútuas entre os interagentes em todos os aspectos sejam,
afetivos, corporal, espacial, temporal, dos modos de viver, de educar e de
aprender (KRESS, 2009).
De acordo com Chaves, “O corpo recebe informações de dentro e de fora e pode
ser modificado. E o seu movimento pertence a esse corpo, contaminado no eixo
do tempo, que o caracteriza e o expande, através do seu movimento no espaço,
modificando seus estados corporais” (2002,p.88-89)
Entendendo o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) dessa perspectiva
percebe-se que o seu desenho educacional, é mais que um projeto gráfico, é um
conjunto complexo de processos cognitivos, sociais e afetivos que conecta
pessoas sem nenhum obstáculo físico. (KRESS, 2009)
Para Santaella,
[...] a ecologia midiática hipermóvel e ubíqua afeta, sobretudo, a cognição
humana. Ao afetar a cognição, produz repercussões cruciais na educação Novas
maneiras de processar a cultura estão intimamente conectadas a novos hábitos
mentais que, segundo o pragmatismo, desaguam em novos modos de agir.
(2013, p.18-19)

Essa nova dinâmica educacional que acontece no ciberespaço propicia a criação de outras formas de ensino-
aprendizagem, em consonância com o mundo conectado em rede, na construção de conhecimentos em “tempo
real”. Cabe destacar, porém, que as tecnologias não determinam nada, mas podem potencializar uma educação
transformadora se fundada em mediações dialógicas que potenciem o ser social. Isso significa superar o
paradigma de uma educação estática, tanto no que diz respeito ao tempo e espaço pré-determinados quanto na
concepção pedagógica de centralidade do professor, ainda muito marcada no espaço de saber tradicional como
apontam os estudiosos dessa área, Levy (1990), Silva (2010) e Santaella (2013).
Diante das profundas mudanças na sociedade e na educação provocadas pelas TIC, os papeis do professor e do
estudante vêm assumindo outras configurações, exigindo novas atitudes, outras práticas educativas. Por um
lado, o estudante passa a ser um agente ativo, responsável por sua aprendizagem, ou seja, a sua tarefa é
pesquisar, problematizar o conhecimento, contextualizar, descobrir, cooperar, colaborar. Por outro, o do
professor cabe o de mediador que potencialize a capacidade criativa, crítica e reflexiva dos alunos, estimulando
uma aprendizagem cooperativa, colaborativa a partir das diversas interfaces síncronas e assíncronas
disponibilizadas no ambiente virtual.
O nosso curso online de Licenciatura em Dança se realiza por meio de várias interfaces disponibilizadas no
AVA Moodle como: fórum, chat, wiki, glossário, entre outras. Essas interfaces geram diálogos que favorecem
integração, sentimento de pertença, trocas, discussões temáticas, elaboração, colaboração, exploração, e
descoberta. Desse modo, o modelo instrucionista de ensino, marcado pelo binômio transmissão/reprodução,
dá lugar à perspectiva de um modelo de educação cooperativa e colaborativa. Portanto, educar significa propor
desafios, um convite à exploração, à descoberta.

O Moodle é o ambiente virtual de aprendizagem que foi adotado na UFBA e pode ser acessado através do
endereço: www.moodle.ufba.br É gerenciado pelo Núcleo de EAD da Superintendência de Tecnologia da
Informação (antigo CPD da UFBA). Ele é utilizado por quase todas as unidades da instituição para o
desenvolvimento de cursos a distância e também, principalmente, como ambiente de apoio a disciplinas
presenciais. Em 2013, o número de cadastros no Moodle UFBA ultrapassou a marca de 80 mil usuários.
(NEAD/STI/UFBA, 2016)

A comunidade internacional do Moodle pode ser acessada em http://www.moodle.org Lá são encontradas


orientações desde a instalação até fóruns de discussão sobre a utilização dos diversos recursos.
Antes do advento da internet só era possível ter acesso a informações lineares e fechadas. Agora, com as
tecnologias de informação e comunicação (TICs) as formas de comunicação e de produção também mudaram e
tornaram-se abertas, flexíveis, dinâmicas e criativas.
O hipertexto, em decorrência, torna-se uma das realizações mais importantes da internet, pois permite ligações
não-lineares em tempo real de um documento para outros documentos em rede, possibilitando um diálogo
com vários autores num processo de leitura não-sequencial, frequentemente, atualizada pelos próprios leitores
que trafegam por essas inúmeras vias de conhecimento que se constituem em textos plurais, tornando-se
(co)autores do hipertexto.
As tecnologias digitais trazem outras linguagens, outras formas de comunicação e outro tipo de texto – o
hipertexto Um tipo de escrita e leitura não linear, que permite, através de links, acesso ilimitado, de forma
instantânea, a outros textos, sejam eles verbais, não verbais ou a conjugação de várias modalidades. (LEMOS,
2002, p.122)

Conceito
Cada época em que surgem novas técnicas, o pensamento, os modos
Hipertextos, seja online (Web) ou off-line (CD-
de vida do sujeito, dos grupos, da sociedade, transformam-se. Nesse
ROM), são informações textuais, combinadas
sentido aqui buscamos
com imagens (animadas ou fixas) e sons,
refletir o hipertexto,
organizadas de forma a promover uma leitura
(ou navegação) não linear, baseada em apontado por Levy,
indexações e associações de ideias sob a forma
como uma nova
de links. O hipertexto é uma obra com várias
tecnologia intelectual de
entradas, onde o leitor/navegador escolhe seu
construção coletiva de
percurso pelos links. (Lemos, André. 2002
sentido e suas potenciais
p.122)
possibilidades de
mudança nos modos de
produção de conhecimentos no âmbito educacional. (LEVY,
1990).

A cibercultura é uma cultura contemporânea e essa cultura está diretamente ligada, as tecnologias digitais.
Lemos (2004), destaca que os recursos disponibilizados por estas tecnologias vêm proporcionando uma “nova
relação entre a técnica e a vida social" (p. 15) Dessa forma, é preciso pensar nas diversas práticas de
comunicação e de produção que vem acontecendo na cibercultura.
A cibercultura vem fomentando outras possibilidades de comunicação e aprendizagem mediadas pelo
ciberespaço, como aponta Lemos, “as pessoas estão produzindo vídeos, fotos, músicas, escrevendo em blogs,
criando fóruns e comunidades, desenvolvendo softwares e ferramentas da web 2.0, etc” (2009, s/p). E no caso
específico da educação pelos ambientes virtuais de aprendizagem. Desde o ano de 2004 que ele já caracterizava
a cibercultura em 3 princípios fundamentais: 1º princípio - liberação de emissão, a possibilidade de não
apenas ler, mas também produzir conteúdo coletivo e em rede; o 2º princípio - a conexão generalizada e
aberta possibilitando agregação de pessoas com pensamentos comuns; 3º princípio, a reconfiguração
entendida por ele como ambiente comunicacional mais rico, pois o estudante pode buscar a informação
aberta, sem controle e isso potencia a conversação.
Assista o vídeo
O que é cibercultura?

Vivemos em um mundo complexo no qual as tecnologias de informação e comunicação (TICs) tem assumido
um papel preponderante nas novas formas de comunicação e de produção de conhecimento na sociedade atual.
Nessa ambiência, as relações e o conhecimento tornam-se fluídos deslocando-se para qualquer lugar do
ciberespaço, sem fronteiras em um movimento não linear na forma de uma grande rede hipertextual.
O termo hipertexto surge na década de sessenta, pelo pesquisador Theodor Holm Nelson, com seu projeto
Xanadu, para expressar a ideia de escrita/leitura não linear num sistema informático, numa perspectiva de
uma imensa rede em tempo real que conteria todas as informações textuais, sonoras e imagéticas da sociedade
e conectaria milhões de pessoas com as obras literárias e científicas, além de possibilitar interagir, escrever. O
hipertexto para Theodor era um sistema informático que refletia o modo de pensar, ou seja, não linear. (LEVY,
1990).
Segundo Lemos, (2002. p.70) “[...] com os hipertextos, a liberdade de navegação do usuário desestabiliza
distinções clássicas entre leitor e autor” descentralizando o polo de emissão
possibilitando dessa maneira o diálogo todos X todos. Para Lèvy “cada reserva de
memória, cada grupo, cada indivíduo, cada objeto pode tornar-se emissor”. (1999,
p.163)
O hipertexto constitui-se numa rede de significados para além da linearidade do texto
na qual o homem está implicado. Daí, a importância de compreender o funcionamento
desta rede como metáfora inspiradora de um novo pensamento, especialmente, no que
se refere à construção coletiva do conhecimento, ou seja, o hipertexto. Esse se
apresenta como um modo de apreensão do mundo, de pensar não linear, não
hierárquico, labiríntico, associativo e imaginativo. Neste sentido, Levy diz que "a metáfora do hipertexto dá
conta da estrutura indefinidamente recursiva do sentido, porque na medida em que relaciona palavras, frases
cujas significações se respondem e ecoam mutuamente para além da linearidade do discurso, um texto sempre
já um hipertexto, uma rede de associações". (LEVY, 1990, p.93).
É uma forma de escrita e leitura não linear ligado a palavras, partes de um texto, imagens, semelhante como o
cérebro humano processa o conhecimento. Uma palavra ativada pode nos remeter logo a uma rede de outras
palavras, de imagens, sons, odores, de sensações, de afetos. Do ponto de vista de Levy (1993 p.33) um
hipertexto "é um conjunto de nós conectados pelas ligações. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens,
gráficos ou parte de gráficos, sequencias sonoras, documentos complexos que podem ser, eles próprios,
hipertextos".
O hipertexto ganhou uma nova dimensão comunicacional, a partir de criação de interfaces de interação
amigável tais como o mouse e o menu, pois com apenas um clique pode passar de uma informação a outra, de
uma mensagem a outra em tempo real. Essas interfaces de interação possibilitaram, em tempo real, o acesso a
um número ilimitado de outros textos e a partilha de conhecimentos e informações entre pessoas de diferentes
grupos, isto é, a construção coletiva de um hipertexto.
Vários autores consideram o hipertexto como um novo espaço cognitivo que exige outras formas de pensar e
produzir conhecimento. Levy assinala que “as bases do funcionamento social e das atividades cognitivas
modificam-se a uma velocidade perceptível diretamente por cada um de nós” (p.10). Para ele, o hipertexto é
como uma interface intelectual coletiva de expressiva importância, pois contribui para estruturar os espaços
cognitivos dos indivíduos, dos coletivos, de um ambiente educacional mediado por computador. “O
pensamento se dá em uma rede na qual, neurônios, módulos cognitivos, humanos, instituições de ensino,
línguas, sistemas de escrita, livros e computadores se interconectam, transformam e traduzem as
representações" (1993, p.135).
A aprendizagem mediante o hipertexto tem muitos desafios, pois promove a construção social do
conhecimento pela interação, pelas experiências partilhadas em grupo. A comunicação, como elemento base
das tecnologias intelectuais, não é apenas o ato de transmitir algo, mas sim como a mensagem é transmitida. A
recepção de diversas mensagens, imagens, palavras, sons, sinais, vai construindo redes de significação na
mente do receptor.
Douglas Engelbart, um dos atores do debate sobre a utilização social da informática citado por Lévy em sua
obra sobre Tecnologia da Inteligência, diz que “os diversos ordenamentos de media, das tecnologias
intelectuais, de linguagens e métodos de trabalho disponíveis numa dada época condicionam a maneira de
pensar e de funcionar em grupo que se manifesta numa sociedade”. (1990, p.67)
Assim, o hipertexto assume a condição de agente questionador, em potencial, dos processos de aprendizagens e
dos modelos de ensino e aprendizagem que pode servir a uma pedagogia ativa fundada na comunicação e na
construção de conhecimentos de modo cooperativo, colaborativo.
Nesta leitura assim como durante o percurso do curso você experimentará a dinâmica hipertextual e interativa
superando a pedagogia de transmissão.

Acesse este link https://www.ufpe.br/nehte/artigos/Leituras%20sobre%20hipertexto.pdf


Os autores envolvidos no campo educacional, entre eles, Silva (2010) entendem que a comunicação e a interação
são aspectos centrais para garantir a qualidade da educação online. O referido autor afirma que
“Uma sala de aula online não é apenas o conjunto de ferramentas
infotécnicas mas também um ambiente que se auto-organiza nas
relações estabelecidas pelos sujeitos com os objetos que interagem e
afetam-se mutuamente ao longo do processo de construção do
conhecimento”. (SILVA, 2010, p. 219).
Nessa perspectiva, o desenho educacional do nosso curso baseia-se em uma pedagogia hipertextual,
interacionista, cooperativa e colaborativa de modo a propiciar uma proximidade entre os envolvidos no processo
de ensino- aprendizagem visando a autonomia do estudante no processo de construção do conhecimento.
O Moodle possui recursos que permitem inclusão de conteúdo, atividades de comunicação que propiciam a
interação síncrona entre os interagentes de qualquer região conectados em tempo real, e assíncrona conectados
em tempos diferentes por meio de dispositivos disponibilizados no AVA.
Mas, qual a diferença entre Atividades e Recursos do Moodle?
Atividade é tudo que o professor cria que requer resposta do aluno. Já os Recursos não necessitam,
necessariamente, de uma resposta. São funcionalidades do ambiente na qual o professor propicia ao aluno, tipo
links a um arquivos ou site, arquivos em diversos formatos entre outros. Veja no quadro a seguir a síntese das
possibilidades pedagógicas das atividades e recursos do MOODLE, pois muitos desses serão utilizados em todo
processo do curso.

Destacamos a importância do feedback emitido pelos professores referente as atividades


desenvolvidas por vocês. Entendido como um ato comunicativo e formativo, servirá para
refletir os aspectos positivos ou não da trajetória de aprendizagem e, se necessário, construir
e reconstruir, em um ciclo virtuoso de aprendizagem.

Possibilidades Pedagógicas das Atividades e Recursos do Moodle


Na perspectiva de alcançar uma aprendizagem significativa em rede as atividades estão focadas na
interatividade, cooperação, colaboração. Para tanto, diversos recursos tecnológicos, tais como fóruns, chats,
glossários, tarefa etc. são utilizados na proposta pedagógica desenvolvida no curso estimulando a autonomia do
aluno e a constituição de uma comunidade virtual de aprendizagem.

Vamos, agora conhecer as possibilidade pedagógicas de algumas atividades e recursos do moodle.


Atividades-Recursos Possibilidades Pedagógicas
Fórum é uma interface de comunicação assíncrona que
possibilita a interação do aluno com os demais colegas e
Fórum
com o professor em qualquer momento. No fórum
temático o aluno é convidado a interagir com o conteúdo
do curso por meio de provocações feitas pelo professor
ou colega que favorecem a reflexão do conteúdo de
estudos estimulando a participação ativa dos alunos, a
construção coletiva do conhecimento.
Chat é uma interface de comunicação síncrona que
promove aproximação em “tempo real” entre professors
Chat e alunos. É utilizada para integração, esclarecimentos de
dúvidas

Tarefa Tarefa permite aos alunos desenvolverem trabalho


individual ou em grupo tanto online quanto off-line
Glossário é uma interface assíncrona que dependendo da
criatividade e objetivos da atividade tem várias
Glossário
possibilidades de uso. Seja para criação de conceitos dos
termos específicos da disciplina, portfolio etc. de forma
colaborativa ou individual.
Questionário Questionário – atividade assíncrona que consiste em um
instrumento de composição de diversos tipos de questões
tais como: múltipla escolha, resposta breve, associativo e
verdadeiro ou falso.

Wiki é uma interface assíncrona para trabalho em grupo


WIK
no qual se desenvolve um texto online colaborativo
Recursos Recursos Moodle permitem incluir conteúdos num
curso por meio de livro, página, arquivos em vários
formatos como imagens, videos, PDFs, planilhas, slides
links, hipertextos, intratextos.
Além disso, possibilita disponibilizar arquivos em pastas
para que os os alunos tenham acesso.
Muitos de vocês não estão acostumados a fazer um curso a distância, por isso é importante

algumas orientações de como organizar os estudos, para aproveitar melhor o tempo e o espaço nesta
modalidade de educação.
Nessas primeiras semanas do curso, nosso objetivo é que você compreenda o processo de estudo da dança na
EaD online, a inserção das tecnologias da informação e comunicação na educação, os conceitos de autonomia,
cooperação, colaboração e afetividade, do hipertexto, e entenda as funcionalidades, recursos e atividades
existentes no ambiente virtual de aprendizagem MOODLE que serão utilizados por você durante todo processo
do curso.

Organize e defina um horário para entrar no AVA Moodle só para cuidar do curso (1 hora por
dia está ótimo)
Prepare o ambiente e material de estudos necessários à sua concentração.
Crie um diretório (pasta) no computador que você usa e arquive todo seu material do curso.
Elabore um plano individual de estudos para ajudá-lo (a) a estar em dia com o curso
Anote as atividades que deverão ser realizadas e os seus respectivos prazos de envio.
Leia o manual do aluno, primeiros passos para conhecer seu ambiente de aprendizagem Moodle, o plano
de aprendizagem, e o e-book de cada disciplina disponibilizado no AVA, além dos materiais propostos
pelos professores e tutores.
Sistematize os conceitos estudados ao final de cada unidade da disciplina. Essa é a melhor forma de
aprender.
Nunca fique com dúvidas. Se alguma dúvida surgir durante os estudos, procure logo os professores ou
tutores para orientá-lo.
Evite entregar trabalhos de última hora. Vários imprevistos podem acontecer e impedir que você
conclua determinada tarefa quando depende de internet. Por isso, evite concluir trabalhos de última hora.
Busque informações adicionais. Para ampliar seus conhecimentos, pesquise outras fontes sobre o
assunto, além do material do curso disponibilizado no AVA.
Agora que você já fez este primeiro movimento em direção a cada via
de acesso ao conhecimento com atenção e criticidade, provavelmente
já deve estar se sentindo mais instigado a partilhar as descobertas, as
dúvidas, tudo que foi observado, compreendido, percebido, em cada
via desses acessos, não é mesmo?

Que tal, um segundo movimento em direção a outra via, a da


realização das atividades para contribuir com a composição coletiva
e ampliar as cenas de aprendizagem?

Vamos lá?
ALVES, Rubem. A arte de produzir fome. Folha de S. Paulo, São Paulo, 29 mar. 2002. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u146.shtml>. Acesso em: 16 dez. 2009.
CHAVES, Virgínia. A Dança: uma estratégia para revelação e reelaboração do corpo no ensino
público fundamental. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas, Universidade
Federal da Bahia, 2002.
DAMÁSIO, Antonio R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das
Letras, 2005.
FRITJOF, Capra. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2005.
KRESS, Gunther e BEZEMER, Jeff. Knowledge, creativity and communication in education:
multimodal design. 2009
FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e
Terra, 1996.
LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O Futuro do Pensamento na Era Informática.
Lisboa, Instituto Piaget, 1990.
LEMOS, André. Cibercultura, Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea. 2. ed. Porto
Alegre: Sulina, 2004
MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: UFMG,
2009.
PRIMO, Alex. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto
Alegre: Sulina, 2008.
SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2010
SANTOS. Edmea Oliveira dos. Educação Online: Cibercultura e Pesquisa-Formação na Prática
Docente. 351 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia,
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SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio
de Janeiro. Record, 2002
SOUZA, Elmara Pereira de. Cartografia da produção de subjetividade em ambiente virtual de
aprendizagem para a formação de docentes online. 278 f. Tese (Doutorado) Universidade Federal da
Bahia. Faculdade de Educação. Programa de Doutorado Multi-institucional, Multidisciplinar em Difusão do
Conhecimento, Salvador 2013.
VYGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Marcia Rangel
Superintendente de Educação a Distância da UFBA. Tem experiência na área de Gestão Pública, com ênfase
em Desenvolvimento de Pessoas, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão de Programas de
Educação a Distância com experiência em Desenvolvimento, Gestão de Ambientes Virtuais de Aprendizagem e
Redes de Colaboração e Aprendizagem e Desenvolvimento Gerencial e Melhoria do Atendimento ao Público.
Maria do Carmo Suzart Rocha
Especialista em EAD pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Especialista em Docência e Gestão do
Ensino Superior, pela Universidade Estácio de Sá. Atua com tecnologias aplicadas à educação e Educação a
Distância - EAD desde 2007 no Projeto EAD Moodle-CPD/UFBA, atual NEAD/STI-UFBA

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