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TECNOLOGIAS

DIGITAIS NA
PRÁTICA
PEDAGÓGICA

Viviane Guidotti Machado


Alternativas do uso
de ambientes virtuais
de aprendizagem na
prática pedagógica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir o que são ambientes virtuais de aprendizagem.


 Identificar a característica de alguns ambientes virtuais de
aprendizagem.
 Desenvolver um plano de aula utilizando os recursos de um ambiente
virtual de aprendizagem.

Introdução
Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), como qualquer ferramenta
tecnológica, devem ser utilizados como um meio, e têm como finalidade
promover interação entre os professores e alunos, contribuindo para que
o ensino seja mais inovador e para que as aulas tenham mais flexibilidade.
Para que o professor utilize o AVA como um meio, é preciso com-
preender as características dos AVA e ter sempre uma intencionalidade
pedagógica para o uso desse recurso, de modo que o plano de aula e o
planejamento das práticas pedagógica são fundamentais.
Neste capítulo, você vai estudar sobre os ambientes virtuais de apren-
dizagem (AVA), conhecendo suas características e sua potencialidade no
ensino nas escolas e desenvolvendo um plano de aula a partir de seus
recursos.
2 Alternativas do uso de ambientes virtuais de aprendizagem na prática pedagógica

Ambientes virtuais de aprendizagem: definição


Os avanços tecnológicos contribuíram para impulsionar desenvolvimento e
a transformação da internet ao logo do tempo, principalmente na década de
1990, possibilitando novas formas de ensinar e aprender a partir da rede mun-
dial de computadores. Esses avanços tecnológicos correspondem a inúmeros
aplicativos e programas que permitem ofertar ensino e aprendizagem, e um
exemplo disso são os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Segundo
Silva (2003, p. 11), sobre a evolução das tecnologias e a educação on-line, “O
computador e a Internet definem essa nova ambiência informacional e dão
o tom da nova lógica comunicacional, que toma o lugar da distribuição em
massa própria da fábrica e da mídia clássica, até então símbolos societários”.
Almeida (2003, p. 327) também destaca que “Os avanços e a disseminação
do uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) descortinam novas
perspectivas para a educação a distância com suporte em ambientes digitais
de aprendizagem acessados via internet”.
Os AVA estão presentes nos ambientes acadêmicos e, embora sejam muito
utilizados em instituições que ofertam cursos a distâncias ou semipresenciais,
no ensino de graduação e pós-graduação, também ganham novos espaços,
atualmente, em instituições de ensino fundamental e médio, oferecendo a
possibilidade de inovar no ensino e proporcionando diversificadas formas de
promover práticas pedagógicas que fomentem e motivem os alunos a aprender
utilizando de forma pedagógica a internet.
Almeida (2003, p. 331), a partir de seus estudos sobre o ensino a distância,
descreve os AVA como:

[...] sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte


de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação.
Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar in-
formações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e
objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista
atingir determinados objetivos.

Dessa forma, pode-se compreender que os AVA são programas que dispo-
nibilizam diversas ferramentas de comunicação e interação para promover a
mediação do processo de ensino e de aprendizagem. Estando disponíveis na
internet, permitem o acesso dos usuários em qualquer tempo e espaço, desde
que se tenha acesso à internet, já que uma das características da modalidade
de ensino de educação a distância é a separação geográfica e temporal entre
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professores e alunos, o que também caracteriza possibilidades de aprendizagem


dos alunos fora da escola, na educação básica. Almeida (2015, p. 5) explica que:

O AVA, em inglês virtual learning environment, é estruturado em uma pla-


taforma computacional oferecida via internet, que pode ser utilizada me-
diante licença ou pode ser gratuita e de livre uso, oferecendo ferramentas
que permitem ‘integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar
informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas
e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista
atingir determinados objetivos’.

Silva (2003, p. 12) descreve que “Juntamente com a flexibilidade espa-


cial e temporal, o computador conectado à internet permite ao aprendiz a
interatividade, isto é, o diálogo, a co-criação e o controle dos processos de
aprendizagem mediante dispositivos e interfaces de gestão, de autoria e de
comunicação.” Assim, alerta que o professor precisa “[...] educar com base em
diálogo, troca, participação, intervenção, autoria, colaboração.”
Existem inúmeros AVA disponíveis na internet, como, por exemplo: Teleduc,
e-ProInfo, WebCT, LearningSpace, TopClass, Eureka, VirtualU, Web Course
in a Box, CourseInfo, FirstClass e Moodle. O Google também disponibiliza
o recurso Google Classroom, que permite ao professor criar salas de aulas de
acordo com suas disciplinas.

Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o Google Classroom.

https://goo.gl/gikVFu

Ambientes virtuais de aprendizagem:


características
A educação on-line por meio dos AVA apresenta características diferentes
de um ensino presencial ou a distância por correspondência ou televisão, por
exemplo, que não possibilita a interatividade entre professores e alunos. A
interatividade que o AVA pode proporcionar configura essa possibilidade de
ensino a partir de características como: atuação do professor, organização e
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produção de materiais, ferramentas e recursos — as tecnologias digitais —,


ferramentas de gerenciamento e as características do aluno enquanto sujeito
autônomo e comprometido com sua aprendizagem.
Para Silva (2003, p. 12), o professor precisa estar preparado para proporcio-
nar um ambiente de ensino a partir de uma educação on-line, o que trará novas
exigências quanto à sua atuação como docente. Segundo o autor, “O professor
precisa preparar-se para professorar on-line. O peso histórico da pedagogia da
transmissão exigirá, em contrapartida, a formação continuada e profunda capaz
de levá-lo a redimensionar sua prática docente [...]”. Além disso, complementa
afirmando que a transmissão do conhecimento ser centrada exclusivamente na
atuação do docente e em seus conhecimentos, sem considerar o aluno como
o centro da aprendizagem, é uma postura pedagógica ultrapassada. Assim,
o professor, na educação on-line, “Em vez de meramente transmitir, será um
formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de percursos,
mobilizador da experiência do conhecimento”.
Sobre a transmissão de conhecimento, Blikstein e Zuffo (2003, p. 27) con-
cluem que “Em vez da transmissão unidirecional de informação, valoriza-se
cada vez mais a interação e a troca de informação entre professor e aluno”
nos ambientes virtuais de aprendizagem para que, de fato, a educação on-line
proporcione ao aluno um ambiente significativo de aprendizagem. Os autores
mencionam, ainda, que “No lugar da reprodução passiva de informações já
existente, deseja-se cada vez mais o estímulo à criatividade dos estudantes”,
uma pedagogia de projetos e uma educação por toda a vida e centrada no aluno.
Os papeis do professor na educação on-line, segundo Moran (2003, p. 43),
“[...] multiplicam-se, diferenciam-se, complementam-se, exigindo uma grande
capacidade de adaptação e criatividades diante de novas situações, propostas,
atividades”. Moran (2003) alerta que é difícil determinar uma metodologia
adequada para cada situação on-line, não sendo possível estabelecer uma
“receita”; é importante que o professor considere seu contexto educacional
e analise seu público-alvo para definir a organização da sua metodologia de
educação on-line.
Para que o professor tenha essa atuação como orientador e mediador do
conhecimento, Silva (2003, p. 12), explica que “[...] para isso, contará com
ferramentas ou interfaces que compõem o ambiente virtual de aprendizagem,
em que ocorre interatividade e aprendizagem (fórum, chat, blog, texto coletivos,
portfólio, midiateca e videoconferência no modelo “todos-todos”)”.
Para Silva (2013), a educação on-line permite troca, compartilhamento,
partilha de saberes e conhecimentos, e todos os envolvimentos devem estar
comprometidos com o processo de aprendizagem a partir de uma mediação
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que promova a interatividade entre todos. Segundo o autor (2010, p. 46), “A


internet comporta diversas interfaces. Cada interface reúne um conjunto de
elementos de hardware e software destinados a possibilitar aos internautas
trocas, intervenções, agregações, associações e significados como autoria
e coautoria”, e essas interações, complementa, “[...] podem integrar várias
linguagens (sons, textos, fotografias, vídeo) na tela do computador. A partir
de ícones e botões acionados por cliques do mouse ou de combinações de
teclas, janelas de comunicação se abrem, possibilitando interatividade usuário-
-tecnologia, tecnologia-tecnologia e usuário-usuário”.
A interface de ferramentas como chat, fórum, Wiki, lista e blogs possi-
bilita, no AVA, a comunicação “todos-todos”. Para Silva (2010, p. 47), essas
ferramentas “[...] favorecem integração, sentimento de pertença, trocas, críticas
e autocrítica, discussões temáticas, elaboração, colaboração, exploração,
experimentação, simulação e descoberta”, diferentemente de uma sala de aula
centrada apenas na transmissão de informação pelo professor.
Dessa forma, a potencialidade dos AVA se amplia com o uso das tecnolo-
gias digitais, como recursos que possibilitam o professor a organizar práticas
pedagógicas, com interação e mediação, a partir de ferramentas e recursos,
como as ferramentas de comunicação síncronas, que possibilitam a comuni-
cação de alunos e professores em tempo real — ou seja, os sujeitos devem
estar conectados ao mesmo tempo, como em chat — ou pelas ferramentas de
comunicação assíncronas, em que os sujeitos não precisam estar conectados
ao mesmo tempo, como em fórum e e-mail.
De acordo com Almeida (2003, p. 331–332), os recursos disponíveis nos
AVA são:

[...] basicamente os mesmos existentes na internet (correio, fórum, bate-papo,


conferência, banco de recursos, etc.), com a vantagem de propiciar a gestão da
informação segundo critérios preestabelecidos de organização definidos de
acordo com as características de cada software. Possuem bancos de informações
representadas em diferentes mídias (textos, imagens, vídeos, hipertextos) e
interligadas com conexões constituídas de links internos ou externos ao sistema.

Já quanto à organização dos materiais, é de responsabilidade dos professores


tanto a produção quanto a seleção dos materiais que serão disponibilizados. O
professor deve sempre considerar o contexto e os alunos, por exemplo, cuidando
com a linguagem, para que seja de fácil entendimento ou ative um conheci-
mento prévio. O design desses materiais deve ser atrativo, claro, com objetivos
pedagógicos. O professor pode recorrer ao uso de outras ferramentas, como
hiperlinks, áudios curtos com explicações e dicas, uso de vídeos explicativos,
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ilustrativos ou de simulação, disponibilizados por hiperlinks, em um material


impresso, por exemplo. Silva (2003, p. 59) destaca a importância de “[...] romper
com a linearidade do livro e das apostilas na disposição dos conteúdos [...]”
e “[...] não cair no equívoco da distribuição de conteúdo fechados num site
estático desprovido de mecanismos de interatividade, de criação coletiva”.
Em algumas instituições, o professor pode encontrar o suporte de uma
equipe multidisciplinar, que pode ser composta por designer instrucional,
assessores linguísticos, designer gráfico, web roteiristas, web designer, ilus-
tradores, programadores, entre outros profissionais. É importante destacar que
o professor, quando não tiver disponível uma equipe para auxílio e suporte,
pode optar por utilizar AVA que permitem a organização de suas disciplinas
de forma simples e didática, como o Moodle, um software grátis, de fácil uso
e aplicação, ou o Google Classroom, que também conta com uma plataforma
de fácil acesso e didática, em que qualquer professor com conhecimentos
básicos de uso do computador pode criar salas de aulas virtuais.
Os AVA oferecem gerenciamento aos professores ao possibilitarem o uso de
ferramentas e recursos para o controle das atividades; assim, os professores podem
organizar ações e estratégias de ensino conforme o andamento e o desenvolvimento
dos alunos nas atividades, como histórico dos conteúdos visitados, número de
participações em chats e fóruns, participação de atividades em grupo — como
nas Wiki, que possibilitam a produção de textos em grupo —, ressaltando a
importância de uma análise pedagógica dos dados coletados pelos professores.
Para o gerenciamento administrativo, o professor também tem disponíveis
ferramentas como sistema de publicação de notas e feedbacks, controle de
cadastros dos alunos, organização de agendas e ferramentas de criação e
controle das atividades no AVA e materiais postados no ambiente.

O gerenciamento desses ambientes diz respeito a diferentes aspectos, destacan-


do-se a gestão das estratégias de comunicação e mobilização dos participantes,
a gestão da participação dos alunos por meio do registro das produções, inte-
rações e caminhos percorridos, a gestão do apoio e orientação dos formadores
aos alunos e a gestão da avaliação (ALMEIDA, 2003, p. 332).

É importante mencionar que os AVA permitem o backup da organização


do professor, de um curso, de uma disciplina ou conteúdo de forma que o
professor possa reutilizar essa estrutura no futuro, com outros alunos; caso seja
necessário, pode-se fazer alterações, como inclusão ou exclusão de algum item.
Sobre o perfil e as características do aluno na educação on-line, Schneider,
Silva e Behar (2013, p. 161) destacam que “O perfil do aluno sofreu mudanças
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com o acesso às tecnologias digitais”. As autoras destacam a importância de


o professor analisar seu público-alvo, saber de seus interesses, necessidades
pedagógicas, influência tecnológica, entre outros aspectos que podem influen-
ciar a dinâmica pedagógica de uma aula on-line.
Por exemplo, se a classe de atuação do professor for na educação de jovens
e adultos (EJA), pode ser que alunos não tenham fluência digital, tendo,
assim, dificuldade de ser um aluno na educação on-line; desse modo, será
importante que o professor prepare esse aluno para estudar on-line, a partir
de práticas pedagógicas que trabalhem o uso das tecnologias da informação
e comunicação (TICs). Caso os professores tenham alunos nativos digitais
(PALFREY; GASSER, 2011), terão mais facilidade de organizar suas aulas on-
-line, mas talvez precisem trabalhar com os alunos questões sobre organização
do tempo para executarem as atividades previstas, de forma que aproveitem
as potencialidades do AVA para aprender e construir conhecimento.

Proposta de uma aula em um AVA


Silva (2010, p. 38) alerta que “Se a escola e a universidade ainda não exploram
devidamente a internet na formação das novas gerações, estão na contramão da
história, alheias ao espírito do tempo e, criminosamente, produzindo exclusão
social e exclusão cibercultural”.
Principalmente considerando a nova geração de alunos — os nativos di-
gitais — tanto os pais quanto os professores precisam ter a preocupação
de trabalhar o uso das tecnologias digitais de uma forma significativa, que
contribua para o desenvolvimento integral dessas crianças e adolescentes
(PALFREY; GASSER, 2011).
É preciso questionar, então, como destacam Blikstein e Zuffo (2003, p.
28), “Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias?
Aquele em que os alunos seguem receitas passo-a-passo ou quando empre-
endem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos
regulamentos de conduta e comportamento?”
Para que o professor produza uma proposta de aula, é importante que
essa proposta esteja relacionada ao seu planejamento escolar, vinculado às
suas aulas presenciais, considerando a aula on-line, por meio dos ambientes
virtuais, uma extensão da escola. O seu objetivo deve ser que o aluno tenha
novas possibilidades de complementar ou significar os conhecimentos, de
forma que essa aprendizagem seja ativa e que o aluno seja o centro do processo
de ensino e de aprendizagem.
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Alguns dos itens que o professor não pode esquecer na produção das suas
propostas são: definição do tema da aula; objetivos de aprendizagem; a sequ-
ência didática da prática pedagógica; definir os recursos e ferramentas que
serão utilizados no AVA, assim como os materiais que serão disponibilizados
e planejar como será realizada a avaliação do aluno.
Vickery (2016) destaca o uso das tecnologias nos anos iniciais, mais es-
pecificamente no Ensino Fundamental, que estão sendo incorporadas nos
currículos e utilizadas de maneira inovadora por muitas escolas. A partir de
um estudo de caso, analisou boas práticas do uso das tecnologias na escola e
apresentou diversas propostas que os professores podem utilizar para produzir
seus planejamentos com o uso de tecnologias digitais, tanto em suas aulas
presenciais quanto em ambientes virtuais, como: gravações digitais na sala de
aula — filmagens do andamento de aulas — e análise da reprodução dessas
imagens com as crianças; letramento digital — utilizando diversas ferramentas,
como sites da web; entrevistando especialistas — as crianças podem elaborar,
por exemplo, perguntas, como “o que um cientista/matemático/escritor faria?”,
sendo tanto o entrevistador quanto o entrevistado e assumindo novos papeis a
partir do tema abordado na aula; uso do blog — que são páginas na web fáceis
de criar, para compartilhar e trocar conteúdo —; uso de vídeo digital para
produzir vídeos de narrativas dos alunos, como poemas, produções textuais,
criação de vídeos a partir de sequência de imagens ou documentários (o pro-
fessor também pode utilizar vídeos publicados na internet para trabalhar os
conteúdos); explorar modelos computacionais — para a elaboração de ativida-
des, jogos, entre outros recursos para facilitar a aprendizagem dos alunos —;
debates on-line — utilizando as ferramentas fórum, chat e videoconferência
nos AVA a partir de problemáticas para provocar discussão entre os alunos.

A proposta de aula on-line apresentada a seguir, organizada em um AVA, é um exemplo


que pode ser adaptado e aprimorado.
Proposta: coleta seletiva do lixo.
Público-alvo: 4º ano do Ensino Fundamental.
Conteúdo: natureza, sociedade e lixo.
Objetivos a serem alcançados pelos alunos:
 identificar os tipos de lixos produzidos pela sociedade;
 reconhecer as diferenças entre os tipos lixos que podem ser reciclados;
 despertar o interesse pela reciclagem de lixo;
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 aprimorar a leitura e a escrita;


 despertar o senso crítico e científico por meio de pesquisas.
Materiais:
 computadores;
 internet;
 ambiente virtual de aprendizagem.
Desenvolvimento da proposta: os alunos terão disponível no AVA uma sala virtual
da turma, na qual o professor disponibilizará materiais sobre o tema abordado. A primeira
atividade será uma pesquisa realizada em sites e vídeos selecionados pelo professor; depois,
os alunos participarão de um fórum, debatendo sobre o que foi pesquisado. O professor
poderá, após, registrar algumas questões debatidas pelos alunos e continuar o debate na
sala de aula, com os alunos, organizando a turma para a próxima atividade. A segunda
atividade será a produção de um texto colaborativo na ferramenta Wiki; em grupos de
quatro, os alunos deverão trabalhar no texto, em algumas aulas marcadas no laboratório
de informática na escola, e, depois, dar sequência à produção em casa, pelo AVA.
Avaliação: a avaliação deve ser de forma formativa, considerando a participação e
o envolvimento dos alunos durante todo o processo de ensino e de aprendizagem
da proposta elaborada.
Assim, proporcionar o uso do AVA como apoio ao ensino presencial é uma forma de
motivar os alunos ao uso das tecnológicas de forma pedagógica e educativa. Além disso,
os alunos podem estar, fora da sala de aula, conectados com os conteúdos abordados na
escola, facilitando diversas formas de aprender, principalmente para os alunos que precisam
ter mais tempo para assimilar os conteúdos e que podem aprofundar-se, pelas atividades
no AVA, assistindo a uma videoaula, ouvindo um áudio de uma explicação ou experien-
ciando uma simulação por um objetivo de aprendizagem. O professor ganha, com isso, a
possibilidade de que o aluno personalize sua aprendizagem fora da escola a partir dos AVA.

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Conteúdo:

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