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INTRODUÇÃO À

PEDAGOGIA

Alex Ribeiro Nunes


Entidades de classe
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Reconhecer a importância das entidades de classe na formação dos


profissionais pedagogos.
„„ Identificar a influência das entidades de classe dos pedagogos no
contexto educacional brasileiro.
„„ Descrever como os movimentos representativos influenciam na
atuação e na definição da remuneração do profissional/pedagogo.

Introdução
Neste capítulo, você irá reconhecer a importância das entidades de classe
na formação dos profissionais pedagogos e identificará a influência das
entidades de classe desses profissionais no contexto educacional brasi-
leiro e os movimentos representativos que influenciam na atuação e na
definição da remuneração dos pedagogos.
Você terá, ainda, a oportunidade de perceber a importância das enti-
dades de classe para que, inclusive, professores e pedagogos se reconhe-
çam como uma categoria de trabalhadores. Nessa perspectiva, poderá,
também, identificar movimentos representativos que são mobilizados
e organizados pelos sindicatos em prol dos direitos dos profissionais da
educação, principalmente no que se refere às questões relacionadas à
remuneração e às melhores condições de trabalho.

Entidades de classe: a importância na


formação dos pedagogos
Os movimentos para reivindicação em prol da defesa de direitos e deveres
dos profissionais da educação, inclusive os pedagogos, possibilitam que as
associações e os sindicatos de classe se mobilizem para auxiliar e fortalecer
esses profissionais na resistência contra os processos de injustiças e desrespeitos
2 Entidades de classe

que, muitas vezes, violentam e exploram essa classe trabalhadora. Portanto,


é fundamental que, tanto na formação inicial, quanto na formação continu-
ada, pedagogos e demais profissionais atuantes da educação se apropriem de
conhecimentos que reforcem a necessidade de continuar a luta por melhores
condições de trabalho, de segurança, de reconhecimento profissional e, também,
de salários mais justos.
Torna-se inadmissível um pedagogo, ou qualquer outro trabalhador da
educação, desconhecer ou ser indiferente às questões tão urgentes que assolam
esse campo profissional. A formação do pedagogo precisa estar pautada em
aprofundamentos teóricos que embasem atitudes reflexivas e posicionamentos
críticos para resultar em ações que resistam e revolucionem o cenário da
educação nacional.
Estar indiferente às questões alarmantes que envolvem o próprio cargo
denota descaso e apatia pela própria situação, além de configurar uma atitude
que reforça e materializa tal desprezo pela classe dos profissionais da educação.
Nessa perspectiva, vale enfatizar o quanto se tornaram fundamentais as
associações e os sindicatos e suas enormes contribuições para a formação
da classe trabalhadora no campo da Educação e da Pedagogia, que, em seu
percurso, realizaram e realizam importantes movimentos que se concebem
desde a indignação frente às injustiças, até as paralisações e as greves.
Arroyo (1995, p. 78-79) ressalta que:

As entidades agem na perspectiva de contribuir para a construção da identidade


da sua classe. Com essa dinâmica de formação, as associações/sindicatos alcan-
çam o diferencial em relação ao processo de educação formal historicamente
construído. [...] o direito à educação, os avanços das classes trabalhadoras na
formação do saber, da cultura e da identidade da classe. [...] Ao longo de nossa
formação social os conflitos pela educação entre elites-massas, Estado-povo,
burguesia-proletariado passam basicamente pela negação-afirmação do saber,
da identidade cultural da educação e formação da classe.

Assim, é pertinente apresentar as ações desenvolvidas pelas entidades de


classe:

„„ luta contra a redução dos salários, procurando garantir apoio à classe


dos trabalhadores em período de greve;
„„ apoio às paralisações e aos movimentos;
„„ politização da classe;
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„„ organização dos documentos que reivindicam direitos;


„„ participação em importantes eventos da classe trabalhadora;
„„ diálogo com os órgãos do estado;
„„ entre outras.

É importante que o pedagogo esteja ciente de que o sindicato e/ou a entidade


de classe são associações que trabalham em prol dos direitos da categoria
trabalhadora, inclusive dos educadores (Figura 1). Dessa forma, é preciso
perceber tais associações como parceiras que colaboram para a formação e
a transformação e para o sucesso da classe educadora, ou seja, criam vieses
e estratégias que lutam e permitem novos rumos ao profissional docente/
pedagogo, a partir das discussões e ressignificações da profissão.

O significado de resistência para Foucault


Maciel Júnior (2013) defende a ideia de que:
Ora, é diante da ideia de que o poder, como relação de forças, funciona sempre
como produtor de afetos, que a resistência aparece para Foucault como um terceiro
poder da força. Se as forças se definem segundo o poder como um afetar e um ser
afetado, resistir é a capacidade que a força tem de entrar em relações não calculadas
pelas estratégias que vigoram no campo político. A capacidade que a vida tem de
resistir a um poder que quer geri-la é inseparável da possibilidade de composição e
de mudança que ela pode alcançar.
Resistir é, nesse aspecto, o oposto de reagir. Quando reagimos, damos a resposta
àquilo que o poder quer de nós; mas quando resistimos, criamos possibilidades de
existência a partir de composições de forças inéditas. Resistir é, nesse caso, sinônimo
de criar.
Sendo assim, a resistência é, para Foucault, uma atividade da força que se subtrai
das estratégias efetuadas pelas relações de força do campo do poder. Essa atividade
permite à força entrar em relação com outras oriundas de um lado de fora do poder
(FOUCAULT, 1988). Forças do devir e da mudança que apontam para o novo e engen-
dram possibilidades de vida.
Por isso, é preciso dizer que as resistências são sempre mutáveis e estão sempre
se refazendo segundo os poderes que se atualizam na atualidade. Nessa inflexão,
resistir é criar, para além das estratégias de poder, um tempo novo. Isso implica que as
resistências devem ser avaliadas sempre a partir dos jogos que se efetuam na atualidade.
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Figura 1. Entidades de classe e protestos.


Fonte: rob zs/Shutterstock.com.

Entidades de classe dos pedagogos: influência


no contexto educacional brasileiro
No cenário brasileiro, a formação e os rumos da pedagogia, bem como dos
profissionais pedagogos, têm sido pauta de inúmeras discussões e de diferentes
transformações. No decorrer da história e das diversas discussões, muitas
foram as indignações, os protestos e as reivindicações, no que se refere às
questões do pedagogo/educador no Brasil. A presença marcante das entidades
de classe ou dos sindicatos, voltados às diferentes profissões, foi fundamental
para que inúmeras conquistas fossem concretizadas.
De acordo com o site do Sindicato dos Professores do Distrito Federal
(SINDICATO DOS PROFESSORES DO DISTRITO FEDERAL, 2018, do-
cumento on-line):

Os sindicatos surgem, inicialmente, como entidades que têm o objetivo de


organizar os trabalhadores na luta por reivindicações econômicas, como por
melhores salários, melhores condições de trabalho e de vida. Evidentemente,
a luta começa pelo salário, mas a atividade sindical não se limita a isso. O
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sindicato procura melhorar as condições gerais de trabalho, defendendo a


estabilidade no emprego contra as demissões arbitrárias, os direitos de quem
trabalha em condições de insalubridade [...].

Assim, torna-se necessário enfatizar que, quando falamos de sindicato,


estamos nos referindo aos próprios trabalhadores organizados e é nessa luta
sindical do dia a dia que os trabalhadores adquirem experiência e consciência
de classe, ficam conhecendo a sua própria força e conquistam confiança para
deferir o seu próprio futuro. Desse modo, também vale ressaltar que os sin-
dicatos buscam lutar e defender a classe de profissionais da educação, o que
inclui os pedagogos. Essa ação ocorre frente à defesa contra a exploração do
ser humano pelo ser humano, organizando frentes de batalha e reivindicações,
lutando pela superação das tiranias, muitas vezes impostas pela sociedade
capitalista, e, ainda, pela diminuição das desigualdades e por mais justiça.
Conforme aponta o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (2018), a
história da classe educadora começa com um grupo de professores/pedagogos
cansados de esperar a melhoria da qualidade de trabalho para os docentes e
que, portanto, decidem se movimentar.
De forma geral, conforme aponta Steinke ([200-?]), em janeiro do ano de
1907, com a promulgação do Decreto nº 1637, tornou-se facultativa, a todas as
classes de trabalhadores, a formação de sindicatos, inclusive para profissionais
liberais. A edição desse decreto estimulou a criação e o surgimento de vários
sindicatos, sob diversas designações, todas com frágil poder de pressão.
Nesse cenário, muitas foram as dificuldades enfrentadas pelos primeiros
líderes do movimento sindical brasileiro, uma vez que estes eram persegui-
dos, tanto pelo governo, quanto pela classe de empregadores. Na verdade, os
grandes empresários eram os mais irritados quanto à criação e à organização
de qualquer forma de associação, penalizando aqueles que corajosamente
insistiam pela constituição de associações ou sindicatos.
Foi diante dessa situação que se iniciou o processo de desenvolvimento, em
1930, da legislação trabalhista, sendo que, em 1931, ocorreu a promulgação
do Decreto nº 19.770, de 19 de março, o qual pode ser considerado como a
primeira lei sindical brasileira.
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Vale enfatizar que durante todo esse período, até os dias atuais, mesmo
diante da complexidade que emana no contexto brasileiro, pedagogos e tra-
balhadores da área da educação, amparados pelos sindicatos e por entidades,
continuam lutando por um novo sistema educacional, por melhores incentivos
à educação, por um sistema mais democrático, público, laico e gratuito e,
inclusive, pela valorização profissional dessa classe ora tão marginalizada e
desprezada pelo poder público.
Nessa realidade, há muito ainda a se fazer:

„„ unificação do movimento e das reivindicações;


„„ superação dos particularismos que, muitas vezes, dividem as ações
sindicais;
„„ clareza e organização nos movimentos e nas ações.

Enfim, as classes de pedagogos e demais profissionais da educação precisam


se unir para falarem a mesma língua, apresentarem projetos que se sustentem e
que reivindiquem condições mais dignas de trabalho, pois assim será possível
avançarmos em questões que envolvem a educação, de modo a superarmos
problemas que assombram esses profissionais.

Pedagogos e demais profissionais em educação: condições atuais


De acordo com Boito Júnior ([2002]), as condições de vida e de trabalho dos traba-
lhadores em educação, incluindo, consequentemente, os profissionais de Pedagogia,
degradaram-se muito nos últimos anos. Não se trata, é claro, de um processo unilinear
e que atinge a todos por igual. Professores e demais funcionários da educação vivem,
no Brasil de hoje, situações muito diferentes.
A nação brasileira não tem um sistema escolar único, ao contrário do que ocorre
nos países em estado de bem-estar, os quais têm um sistema estatal (ou seja, sistema
público), gratuito e laico. Aqui, temos instituições escolares e universidades públicas
e privadas, laicas e confessionais, e muitas diferenças no interior de cada uma delas.
De qualquer modo, a situação amplamente majoritária no ensino brasileiro é de
remuneração insuficiente aos trabalhadores, de condições de trabalho péssimas ou
inadequadas e desprestígio do trabalho docente junto aos governos, à imprensa e à
parte da sociedade.
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Movimentos representativos e influência


na atuação e definição da remuneração do
profissional/pedagogo
Os desafios lançados para os sindicatos e as entidades de classe dos pedagogos
e dos demais trabalhadores da educação no Brasil são enormes, principalmente
no que se refere à luta pelo direito destes frente a tantas demandas que emer-
gem no contexto educacional do país: condições de trabalho, carga horária
excessiva, degradação das escolas, ausência de autoridade, insegurança e falta
de material de trabalho e baixa remuneração são alguns desses problemas
que assolam o país de ponta a ponta. Observa-se, portanto, uma falência
generalizada desses aspectos, o que representa um caos na educação do país
e o que expõe violentamente a classe de educadores.
As injustiças geradas são alarmantes, principalmente no que se refere à
remuneração: ausência de planos de carreira, falta de incentivo à qualificação
profissional, salários defasados e sem reajustes, atrasos nos pagamentos,
entre outros.
Vale lembrar que os sindicatos e as entidades de classe foram determinan-
tes para o engajamento dos professores enquanto trabalhadores, pois, como
afirma Boito Júnior ([2002]), até o final da década de 1970, os professores e
os funcionários técnicos e administrativos do sistema educacional sequer se
viam como trabalhadores. A introdução do sindicalismo no campo educacional
e o avanço das organizações e dos partidos de esquerda entre os professores
e na política brasileira, em geral, que possibilitaram, graças a uma luta que
perdura até hoje, fazer com que pedagogos, professores e demais profissionais
da educação passassem a se ver como trabalhadores. Isso, certamente, repre-
sentou um grande avanço, embora ainda seja um avanço incompleto, pois é
válido salientar que muitos docentes, principalmente no meio universitário,
ainda relutam muito em se ver como parte integrante das classes trabalhadoras.

Até os anos 1960, a maior parte dos professores e dos demais funcionários da educação
se mantinham à margem do movimento sindical, um movimento que era visto de fora
e de longe e de um modo depreciativo. Esses professores e funcionários gozavam de
uma relativa segurança material, de emprego estável e de um certo prestígio social. 
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Outro aspecto importante a ser considerado é que os profissionais da edu-


cação transitam em um terreno muito diversificado, apresentando condições
de trabalho e níveis de remuneração muito heterogêneos. Tal aspecto dificulta,
e muito, a atuação dos sindicatos, contudo, não impossibilita de traçar metas e
de lutar pelos direitos de uma remuneração mais digna para esses profissionais
que, com o decorrer dos tempos, viram as suas funções serem banalizadas,
inclusive pelos salários que, aos poucos, desvalorizou-se, chegando a quantias
absurdas e longe de serem consideradas dignas de um trabalhador.
O movimento instituído pelos sindicatos e pelas entidades de classe dos
profissionais da educação realizam intervenções de Norte a Sul do país, tal
como o exemplo a seguir, apontado pelo Sindicato dos Professores do Estado
de Minas Gerais (SINDICATO DOS PROFESSORES DE MINAS GERAIS,
2010).
“Este ano não vai ser igual àquele que passou” (SILVA; SETTE, [200-?]).
Como inspira a marchinha de carnaval, neste ano precisamos fazer diferente,
tornando ainda mais eficaz a mobilização da campanha reivindicatória pela
valorização dos professores e da educação. Os professores farão assembleia
em todo o estado, neste sábado (6/3), para discutir os rumos da campanha,
que pode culminar em greve se não houver avanços nas negociações com os
sindicatos patronais. A participação de todos é fundamental (confira os locais
e horários da assembleia). “Precisamos ir além da discussão sobre melhorias
salariais. Queremos estabelecer um amplo debate sobre as condições de saúde,
o assédio moral, a jornada extenuante de trabalho, o plano de carreira, além
de outras questões que têm afetado os docentes” (SINDICATO DOS PRO-
FESSORES DE MINAS GERAIS, 2010, documento on-line)
Outro exemplo que marca a efetiva participação e a influência dos movi-
mentos sindicais na definição da remuneração de pedagogos e profissionais
da educação foi apresentado por Rossi (2015):
Nesta terça-feira, em Santa Catarina, 78 professores ocuparam a Assembleia
Legislativa do Estado e, segundo o SINTE-SC (Sindicato dos Trabalhadores
em Educação de Santa Catarina), o sindicato dos professores da rede pública
do estado, eles devem passar a noite no local. A principal reivindicação dos
profissionais que estão em greve desde o dia 24 de março é o plano de carreira
do magistério estadual e a revogação de uma medida provisória que altera
o salário de professores temporários. O plano de carreira contém pontos de
divergência para a categoria, já que trata de questões salariais e trabalhistas.
(SINDICATO DOS PROFESSORES..., 2010). Já em Pernambuco, a greve
perdura desde o dia 10 de abril pelo direito ao reajuste salarial.
Entidades de classe 9

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco


(SINTEPE), a categoria reivindica o cumprimento da lei do piso, que só é cum-
prida por parte dos profissionais. Dos 49.800 professores no estado, 45.750 não
receberão aumento algum neste ano, de acordo com lideranças (ROSSI, 2015).
A greve em São Paulo foi iniciada em dia 17 de março e, desde então, os
professores realizam, semanalmente, assembleias seguidas de manifestações
na capital paulista. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de
São Paulo (APEOESP) afirma que a adesão é de 59%. Os professores também
reivindicam o cumprimento da lei do piso salarial, além de melhores condições
de trabalho. A falta de água e até de papel higiênico nas escolas também são
questões levantadas por eles.
Nesse cenário, tornam-se urgentes as mobilizações por melhorias em todos
os aspectos e, inclusive, no que se refere à remuneração dos educadores. Se-
guindo nessa caminhada, com militâncias e movimentos cada vez mais fortes
e bem organizados, os sindicatos e as entidades de classe vão se reafirmando,
enquanto importantes influenciadores nas mudanças e nas transformações no
campo dos profissionais de Pedagogia e da educação em geral.

1. As entidades de classe dos unilinear, atingindo toda a


pedagogos e dos profissionais da classe de maneira igual. 
educação agem na perspectiva c) no Brasil, temos escolas e
de contribuir para a construção universidades públicas e
da identidade da sua categoria privadas, laicas e confessionais.
trabalhadora. Segundo Boito d) o contexto escolar das
Júnior ([2002]), as condições instituições educacionais
de vida e de trabalho dos brasileiras não apresenta grandes
trabalhadores em educação, diferenças em seu interior.
incluindo, consequentemente, e) o desprestígio dos trabalhadores
os profissionais de Pedagogia, em educação não está
degradaram-se muito nos últimos relacionado aos governos, mas,
anos. O autor também ressalta que: sim, à impressa e à sociedade. 
a) a situação é ainda mais 2. De acordo com Boito Júnior
preocupante, visto que ([2002]), pedagogos, professores
o Brasil tem um sistema e tantos outros trabalhadores da
escolar único e unânime.  educação brasileira gozavam de
b) tal situação é reforçada devido uma relativa segurança material
ao fato desse processo ser instalada no contexto nacional
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durante determinada época: lutam e se mobilizam para auxiliar


emprego estável, prestígio e fortalecer esses profissionais na
social e boas condições de resistência contra os processos de
trabalho. Tais características se injustiças e desrespeitos que, muitas
configuraram como realidade: vezes, violentam e exploram essa
a) até a década de 1960. classe trabalhadora. O conceito de
b) até a década de 1940. resistência, defendido por Foucault
c) até a década de 1990. (1988), aparece nesse contexto para:
d) até os anos 2000. a) reafirmar a importância da reação
e) até a década de 1980. dos trabalhadores da educação.
3. As entidades de classe e os b) comprovar a supremacia de
sindicatos profissionais consideram poder dos órgãos do governo.
o trabalhador pedagogo e os c) apresentar possibilidades de
demais trabalhadores da educação, existência e transformação.
dentro de um horizonte mais amplo, d) calcular estratégias.
como uma classe construtora de e) dar respostas àquilo que
conhecimento e riqueza cultural o poder quer de nós.
e, portanto, uma possibilitadora 5. As entidades de classe e os
de importantes transformações sindicatos buscam lutar e defender
sociais. Nessa perspectiva, a categoria de trabalhadores
busca-se atrair a maior participação da educação, o que inclui os
possível de trabalhadores e: pedagogos. Essa ação ocorre frente
a) instituir leis que asseguram à defesa contra a exploração do
os direitos dos pedagogos ser humano pelo ser humano,
e dos demais trabalhadores organizando frentes de batalha
da educação. e reivindicações, lutando pela
b) decretar portarias que superação das tiranias muitas
garantam a remuneração dos vezes impostas pela sociedade
profissionais da educação. capitalista e, ainda, pela diminuição
c) lutar contra a redução dos das desigualdades e por mais
salários, procurando garantir justiça. Vale ressaltar que, ao
apoio à classe dos trabalhadores citar as entidades de classe e
em período de greve. os sindicatos de trabalhadores,
d) lançar ideias, porém, estamos nos referindo:
desvincular-se do apoio às a) a organizações governamentais.
paralizações e aos movimentos. b) a entidades trabalhadoras
e) promover importantes que surgiram por
eleições que modifiquem iniciativa do governo.
os órgãos do governo. c) a movimentos, exclusivamente,
4. As entidades de classe, as de paralisações e greves.
associações e os sindicatos da d) à organização empresarial.
categoria de trabalhadores da e) à organização dos próprios
educação, inclusive os pedagogos, trabalhadores da educação.
Entidades de classe 11

ARROYO, M. G. O direito do trabalhador à educação. In: GOMES, C. M. et al. Trabalho


e conhecimento: dilemas na educação do trabalhador. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
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Leituras recomendadas
A HISTÓRIA do sindicalismo no Brasil. [200-?]. Disponível em: <http://www.sintet.ufu.br/
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