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E é essencial que isso também ocorra no âmbito da educação, uma vez que a
educação é o lócus a partir do qual pode acontecer a transformação da
sociedade (FREIRE, 2006), embora o que se percebe no discurso dos que
disseminam a falácia da ideologia de gênero é o que Bourdieu (1982)
descreve como a escola reprodutora das desigualdades na sociedade. (Reis,
T., & Eggert, E.. (2017). IDEOLOGIA DE GÊNERO)
A partir das citações acima, é possível observar que por mais que o sistema educacional tenta
abranger toda as diversidades, há implicitamente problemas que permitem a exclusão,
opressão e a disseminação de falas e atitudes violentas dentro do espaço escolar. O primeiro e
principal deles pode ser visto a partir da ideia de classes sociais, pois a educação no Brasil
parte da ideia dominante, a qual é a quem dita as regras dentro das escolas e espaços
educacionais. A classe dominante garante que suas ideologias conservem as inúmeras
discriminações e os ideais de quem realmente possui valor para estar e permear os espaços
escolares. Dessa forma, a dominação cria uma lógica suscetível para explicar e legitimar a
distinção entre as camadas e as classes sociais. A segunda ideia é que o Estado participa junto
a classe dominante da constante opressão, visto que as garantias impostas por ele são vindas
de uma ideologia dominante. Por mais que o avanço se dê progressivamente para que as
práticas pedagógicas inclua a diversidade física, racial e social, ainda é visto um freamento
dentro dos espaços educacionais, isso porque as políticas públicas ainda perpetuam falas
violentas, ideais reacionários e a justificativa de patrão e proletariado. Há também as
consequências dessa ideologia sobre profissionais educacionais, visto que estão colocados à
mercê das ideologias Estatais e as regras pedagógicas que se relacionam diretamente com o
Estado educacional burguês. Esses profissionais são vistos como propulsores de falas,
violências e opressões aos alunos, onde finalmente estão dentro de um sistema que ensina e
reproduz atitudes violentas, o que significa um ciclo de abuso que chega ao aluno, sendo o
último da cadeia de receptores do quesito coerção.
Referência Bibliográfica
Gomes, N. L.. (2012). Movimento negro e educação: ressignificando e politizando a raça.
Educação & Sociedade, 33(120), 727–744
Reis, T., & Eggert, E.. (2017). IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA FALÁCIA
CONSTRUÍDA SOBRE OS PLANOS DE EDUCAÇÃO BRASILEIROS. Educação &
Sociedade, 38(138), 09–26.