Você está na página 1de 4

Nanodegree 1 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO BASEADOS EM

EVIDÊNCIAS E TECNOLOGIAS DIGITAIS

Capítulo 4 – A Avaliação em ambiente remoto


4.1 A avaliação em ambiente remoto
Objetivos: - Tratar de modo pontual de algumas formas avaliativas que podem ser
pensadas e usadas em um contexto digital, compreendendo que, devido à revolução
digital, nosso momento atual tem características singulares e diferentes de qualquer
outro período da história humana.

 Listar as melhores opções tecnológicas disponíveis que contribuam para a


transição dos processos de ensino-aprendizagem;
 Reconhecer possibilidades para aplicação de avaliações por meio de ferramentas
digitais;

“A década de 1990 foi um período privilegiado no aparecimento de reflexões sobre um


futuro próximo. Um pouco antes da publicação de 'A Estrada do Futuro', precisamente
em 1991, Mark Weiser lançou um artigo seminal intitulado 'The Computer for the 21st
Century', em que apostava explicitamente num futuro em que estaríamos discutindo
'tecnologias vestíveis', como lentes de contato que simulariam telas em nossos olhos etc.
O texto de Weiser é até hoje referência num ramo chamado 'computação ubíqua'.”
4.2 A estrada do futuro
Se por um lado parece inevitável que as tecnologias da informação façam cada vez mais
parte das escolas e salas de aula, por outro também é consenso que esse futuro se abre
cada vez mais numa teia com múltiplas alternativas. Bill Gates em 1995 já fazia
observações sobre um futuro que atualmente é realidade.
Trechos do capítulo “Educação: o melhor investimento”:
1. Os grandes educadores sempre souberam que aprender não é algo que você faz
apenas na sala de aula ou sob a supervisão de professores. Hoje, é por vezes difícil para
quem quer satisfazer sua curiosidade ou resolver suas dúvidas encontrar a informação
apropriada. A estrada dará a todos nós acesso a informações aparentemente ilimitadas, a
qualquer momento e em qualquer lugar que queiramos. É uma perspectiva animadora
porque colocar essa tecnologia a serviço da educação resultará em benefício para toda a
sociedade.
2. Há quem receie que a tecnologia irá desumanizar a educação formal. Mas quem quer
que tenha visto crianças trabalhando juntas em torno de um computador, do jeito que
meus amigos e eu fazíamos em 1968 - ou tenha observado intercâmbios entre estudantes
separados por oceanos, sabe que a tecnologia pode humanizar o ambiente educacional.
As mesmas forças tecnológicas que tornarão a aprendizagem tão necessária também a
farão funcional e agradável. As corporações estão se reinventando em torno das
oportunidades flexíveis proporcionadas pela tecnologia da informação; as salas de aula
terão de mudar também.
3. Há um temor frequentemente expresso de que a tecnologia substitua os professores.
Posso dizer enfática e inequivocamente que NÃO. A estrada não vai substituir ou
desvalorizar nenhum dos talentos educacionais humanos necessários aos desafios do
futuro: professores interessados, administradores criativos, pais envolvidos e, é claro,
alunos diligentes. A tecnologia será essencial, porém, no futuro também é essencial o
papel dos professores.
4. A estrada reunirá os melhores trabalhos de incontáveis professores e autores para que
todos compartilhem deles. Os professores poderão tomar por base esse material e os
estudantes poderão explorá-lo interativamente. Chegará um momento em que esse
acesso ajudará a disseminar oportunidades educacionais e pessoais até mesmo entre
estudantes que não tiverem a felicidade de frequentar as melhores escolas. Ele
estimulará a criança a extrair o máximo de seus talentos naturais.
Fonte: GATES, 1995, p. 231-233.

4.3 Ambientes virtuais


As plataformas para o Ensino a Distância (EAD) são uma realidade já antiga no cenário
da educação. Há, hoje, cursos os mais variados nessa modalidade, que atendem não só
uma demanda crescente como, também, respondem a uma necessidade dos tempos
tecnológicos: a de acessar o conhecimento sem precisar ficar se deslocando pelas
cidades.
Consequentemente, a modalidade EAD leva a alguns desdobramentos positivos, como a
possibilidade de levar o ensino a lugares em que a educação não havia chegado, e
negativos, como a barreira tecnológica muitas vezes a ser vencida. Outro ponto positivo
é a facilidade da diversidade de culturas, backgrounds e expectativas dentro das salas de
aula, tendo pessoas com percursos formativos, experiências e idades completamente
diferentes integradas em um mesmo ambiente virtual compartilhando saberes.

Reflexão:

Que desafios curriculares estarão em pauta daqui a cinco ou dez anos? Quais serão as
competências necessárias para o restante do século XXI? E o que exatamente deverá ser
avaliado?

São perguntas fundamentais não só para os educadores do futuro, mas também para o
estudante e o cidadão das próximas décadas!

Ao professor e estudante, resta apenas uma certeza: a de que o momento atual demanda
novos métodos e novas formas de aprender e de avaliar.

4.4 Avaliação Digital


Como o professor pode dar conta da avaliação num cenário assim, tendo em vista que a
quantidade de alunos(as) pode ser três, quatro, cinco ou seis vezes o tamanho de uma sala
presencial? Naturalmente, a resposta depende da plataforma utilizada.
Qual a função da avaliação? São possibilidades de circunscrever o que foi planejado, dado que
a educação é um processo cíclico. Existem diferentes tipos de avaliação, tais como o processo
de avaliação pontual, classificatória e seletiva. Atualmente, busca-se uma avaliação
diagnóstica, formativa e somativa. Acompanhamento do processo do ensino e aprendizagem,
avaliando os objetivos com os resultados. Deve ser um ato apenas educativo, e não punitivo.

Ferramentas digitais para avaliação:

- Google for Education

-Mentimeter: transformar a participação do público em algo tangível, parte de gráficos que


podem ser utilizados enquanto a apresentação ainda está ocorrendo. Num caso em que a
ferramenta seja usada como parte de um processo de avaliação, ela pode se desdobrar em
possibilidades variadas para o professor. Ele pode indicar os caminhos, pedir que os alunos
envolvidos votem, pode discutir os resultados, ouvir prós e contras e construir uma síntese
com sua audiência. Ou pode trabalhar questões pontuais, técnicas, que possuem uma resposta
exata. Permite também que o professor tenha um feedback imediato dos alunos. Ele pode,
inclusive, projetar a sua página no navegador de modo que os estudantes vejam - via
compartilhamento de janela - os resultados em tempo real.

Não há como falar de tecnologia sem o perigo da desatualização quase que imediata. A
tecnologia tem, ainda, outro problema que frequentemente desafia discursos mais
resumidos: as ferramentas são hoje muitas e virtualmente impossíveis de serem tematizadas
ou dominadas uma a uma.

4.5 Referencias

GATES, B. A estrada do futuro. Tradução de Beth Vieira. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.

MARTINAZZO, C. J.; GRZECA, F. C. O desafio ético da educação escolar na era


planetária: Repensando a ética a partir do entendimento do pensamento complexo.
Impulso, [S. l.], v. 24, n. 61, p. 129-138, 2014. Disponível em:
http://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&db=foh&AN=100293746&lang=pt-br&site=ehost-live. Acesso em: 29
maio 2020.

MORAES, S. B. A. Leitura e escrita colaborativa na aula de Filosofia utilizando grupos


do Facebook e Google docs. Refilo – Revista Digital de Ensino de Filosofia, v. 3, n. 2,
p. 206-2018, jul.-dez. 2017. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/refilo/article/viewFile/29902/17236. Acesso em: 31 jul. 2020.

MORAES, S. B. A.; TOMAZETTI, E. M. Grupos do Facebook e Google Docs para


leitura e escrita na aula de filosofia. Intersaberes, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 563–573, 2017.
Disponível em: http://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&db=aph&AN=128724159&lang=pt-br&site=ehost-live. Acesso em: 29
maio 2020.

MUNHOZ, A. S. O estudo em Ambiente Virtual de Aprendizagem: um guia prático.


Curitiba: InterSaberes, 2010.

Você também pode gostar