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GERAÇÃO SCREENAGERS

Sociedade e Escola em Mutação

João Soares dos Santos(a)1

RESUMO

O presente artigo busca abordar a temática Sscreenagers seguindo a metodologia


bibliográfica, pautada principalmente nos Ebooks e artigos recomendados para o
entendimento do tema. Abordar o tema Screenagers na circunstancia em que vive a sociedade
é voltar o olhar para a realidade que esta a nossa volta. Tornou-se impossível andar dez metros
sem perceber que alguém está sem um celular, ou, no caso do Brasil, para cada cidadão tem
aproximadamente três celulares. Neste sentido a abordagem deste tema ganha relevância
fundamental quando referimos a educação. Entender este fenômeno e torna-lo acessível é o
objetivo deste artigo. O que justifica o desdobramento do tema em suas varias vertente, traz
a principal que é atender a proposta pedagógica da Must no curso “Tecnologias Emergentes
em Educação”. Assim a importância do artigo se da pela justificativa, os objetivos acerca do
tema.

Palavras-chave: Screenagers. Tecnologia. Escola. Educação.

ABSTRACT
This article seeks to address the Sscreenagers theme following the bibliographical
methodology, based mainly on Ebooks and articles recommended for understanding the theme.
Approaching the Screenagers theme in the circumstances in which society lives is to look back
at the reality that is around us. It has become impossible to walk ten meters without noticing
that someone is without a cell phone, or, in the case of Brazil, for each citizen there are

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Graduação. Especialização. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-
mail.
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approximately three cell phones. In this sense, the approach to this theme gains fundamental
relevance when we refer to education. Understanding this phenomenon and making it accessible
is the purpose of this article. What justifies the unfolding of the theme in its various aspects,
brings the main one which is to meet the pedagogical proposal of Must in the course “Emerging
Technologies in Education”. Thus, the importance of the article is given by the justification, the
objectives on the subject.
.

Keywords: Screenagers. Technology. School. Education.

1 Introdução

Geração de Screenagers e Educação


Screenagers, seria uma tribo social? Mais uma etapa passageira no mundo da evolução?

Uma característica pertencente aos adolescentes e jovens? Ou tudo isto e mais alguma

nomenclatura que distingue dos demais, se é que não esteja todos neste mesmo contexto? No

presente artigo buscou-se contemplar algumas destas perguntas bem como a concepção dos

Screnagers frente as diversas demandas sociais. Por se tratar de um artigo com uma diversidade

de subtemas, foi construído com subtítulos para melhor localizar o leitor diante discursão

temática.

Ao destacar a primeira característica dos Scrieenagers, um ponto importantíssimo

refere-se a sua preferência no que diz respeito a leitura definido como “os Screenagers preferem

multitarefas, sequencia em paralelo as experiencias personalizadas, leem texto de maneira não

linear e preferem imagens, vídeos, sons em lugar de palavras”, este princípio é de grande

importância para compreensão do comportamento educacional que esta geração busca. Não

limitada a um livro com um aparato de caminho que constroem uma ideia rodeada de

argumentos que dão legitimidade e ciência a tese levantada e por conseguinte sustentada com

uma bibliografia respeitada. Ao contrário, dentro desta característica traz à tona o que era
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apenas ditado popular “uma imagem vale mais do que mil palavras”, neste caso tantas vezes

repetidas este proverbio popular que a geração de hoje emplaca como verdade. As imagens são

fonte de informação e confirmação em seus múltiplos espaços e situações considerando que

uma imagem fala por si só. E portanto neste viés que segue os próximos parágrafos que

compõem este artigo.

2 – Screnagers e o universo educacional: possibilidades e impactos.

O adolescente na atualidade necessita de estar conectado, é a conclusão que podemos

chegar quando pensamos que, de acordo com Vygotsky o desenvolvimento da aprendizagem

esta associada com o contexto histórico, social e cultural no que está inserido, nestes termos, é

por meio da socialização, ou das relações sociais, que se desenvolve a aprendizagem, entretanto

o que já se percebeu foi que os níveis de desenvolvimento dos screenagers, não são satisfatórios,

considerando os requisitos básicos para verificação do desenvolvimento quanto ao teste de

aprendizagem. O que temos são baixos índices de aprendizagem, então pergunta-se: O que

poderia ser feito para que a tecnologia se tornasse uma aliada no contexto educacional, no

tocante ao ensino e aprendizagem? De acordo com Silva et al Watson (2010):

É fato que a cultura digital e a inundação eletrônica resultam em mudanças


significativas nas atitudes e comportamento das pessoas, já que impactam a
mente humana. Diante desse contexto, precisamos refletir sobre os aspectos
positivos e negativos dessa realidade, aproveitando o que ela traz de
oportunidades e minimizando seus pontos fracos. Assim, não podemos deixar
de refletir se desenvolvemos uma sociedade conectada, no entanto isolada e fria.
(Watson, 2010)

Daí a necessidade de, a partir desta análise da reflexão, encontrarmos caminhos que

permitam alinhar estes recursos para a superação dos fracassos até aqui acumulados por não ter
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sido feito o uso legitimo desta ferramenta no contexto educacional. Assim a preparação dos

profissionais da educação precisa ser reformulada e voltada para esta realidade irrefutável, o

mundo digital, scree. Segundo o que sugere Watson (2010) “aproveitando o que ela traz de

oportunidade”, e são muitos os benefícios que tais ferramentas podem oferecer, Silva (2022)

salienta que “ é fundamental pensar o processo de ensinar e aprender mediado por essas

tecnologias, em um outro espaço de sala de aula, que não tem limites geográficos, físicos e

temporais definidos e que envolvem sujeitos com demandas diferenciadas”

Como traz, etimologicamente, o significado de screenagers, o que lê na tela,

aparentemente as informações estão ao dispor a qualquer momento, entretanto ao desligar a tela

um apagão acontece e pouco ou quase nada resta ao usuário destas ferramentas, são conclusões

que podemos chegar ao comparar os índices de aprendizagem, nesta geração screenagers,

levantando uma outra pergunta, porque não retem as informações, os usuários destas

ferramentas? Ao que, implica uma resposta rápida a disposição a qualquer questionamento,

dispensando assim, a retenção de muitas informações, considerando a segunda característica,

das dez, que demonstram, a forma diferente de pensar, dos screenagers “se eles precisam de

informações, eles vão ao Google”, o que implica, na hora de realizar um teste acerca do

conteúdo apreendidos, não decorados, mas aprendidos e hábeis a usar o que aprendeu, os

conhecimentos não estão disponíveis, visto que não podem realizar pesquisa no Google para

fazer provas, obviamente, configurando assim uma geração de acesso ao conhecimento, não

entanto tais conhecimentos estão armazenados em computadores.

Ao analisarmos a segunda característica de pensar dos screenagers, “se eles precisam de

informações eles vão ao Google”. Aves (2010) não obstante Alves et al Moraes (1996) salienta

que:

O fato de integrar imagens, textos e som, com interligações de informações de


sequências não lineares, através de multimidias, hipertextos e hipermídias não
garante qualidade pedagógica. É fundamental pensar o processo de ensinar e
aprender mediado por tecnologias, em um outro espaço de sala de aula, que não
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tem limites geográficos, físicos e temporais definidos e que envolvem sujeitos


com demandas diferenciadas( Aves (2010)

Neste sentido, a qualidade pedagógica não esta presa as muitas tecnologias, mas no

processo de ensinar. Por conta deste entendimento, é possível imaginar que se o professor é um

mediador também as tecnologias são ferramenta de mediações entre o ensino e a aprendizagem,

mas o processo no uso de tais instrumentos poderão fazer a diferença no ensino e a

aprendizagem. Neste caso o aluno continua a ser o sujeito de sua aprendizagem o que demanda

o compromisso deste com todo o sistema de mediação quer seja humano ou tecnológico. E que

as tecnologias por si só não garantem a aprendizagem e que o aluno, por sua vez precisará

sempre de professores que o orientem nas direções que possibilitam sua aprendizagem com

segurança, ainda que seja ele o sujeito não dispensa os mediadores e as ferramentas de

mediação.

3 - A geração digital e seu percurso escolar.

Uma batalha se forma no contexto escolar, ao se tratar da inserção das tecnologias neste

espaço, não são raros os casos de proibição do uso de celular em sala de aula. E em muitos

casos já se tornou necessário a intervenção policial. Em outros casos os alunos usaram este

instrumento para levarem a cabo atitudes promiscuas de tal ordem que dispensa longos

comentários, bastando apenas citar entre tantos o menor deles, como alunos que tiram fotos nus

e enviam nas mais diversas redes sociais. No entanto este não é o maior problema que temos de

enfrentar quando falamos de tecnologia na educação, mas ao verificar que o rendimento dos

alunos, e que estes não são satisfatórios, desperta-nos para a devida adequação para

introduzirmos as tecnologias como aliadas no processo de ensino e aprendizagem.

O que temos nesta direção, dos dramas supracitados, são apenas vestígios do contexto

de uma geração que teve acesso tardio as tecnologias e não conseguiram realizar a socialização

de forma adequada. O despreparo, neste sentido, é ocasionado em função do contato tardio, da

ausência de parâmetros que os conduzissem.


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No mesmo sentido segue que na educação, foram inseridas de forma tardia e sem as

devidas etapas, que mereciam estar incluídas na formação dos professores, antes mesmos de

chegarem as escolas. O que temos então são etapas ofuscadas, na tentativa de inovação

tecnológica para professores com fortes desarmonias com o novo sistema. Não há domínio das

tecnologias,

Não obstante, nenhuma justificativa é suficiente para impedir ou mesmo retardar o pleno

desenvolvimento que não reconhece retrocesso, neste sentido a geração digital não admite viver

detido em uma caverna contemplando apenas fleches de luzes ao seu entorno. Por outro lado,

não podemos entender que o uso dos livros esteja correndo o risco de serem substituídos ou

com ameaça de extinção, pois é consenso que o manuseio do livro permite melhor apreciação

da informação bem como melhor assimilação dos seus conteúdos.

Nesta dicotomia segue fica claro a necessidade de encontrarmos o equilíbrio e harmonia

entre o as tecnologias em seu universo, considerando que o brilho de uma estrela não apaga o

da outra. Cada tecnologia teve seu tempo de glória e este não lhe será tirado. Por este

entendimento fica a árdua missão de trazer o jovem e adolescente ao controle de acesso e uso

das telas e seu universo de ofertas. Esta função não pode ficar somente a cargo da educação. À

educação cabe conduzir o relacionando dos seus alunos com as tecnologias para o fim

proveitoso “aprendizagem”.

4 - Desafios para professores e escolas.

A estrutura escolar que atendem os alunos screenagers, necessitam de atualizarem o

conjunto de aparelhos que as compõem, no tocante a instrumentalização, onde, alguns

elementos saem de cena e dão lugar a outros, alguns são modificados, ou apenas trocados,

outros são acrescentados. Assim quando falamos de quadro e pincel, ou quadro e giz não

necessariamente deve ser removido, em algumas escolas o giz ainda é uma tecnologia muito

útil, no caso de uma biblioteca precisa ficar ali e bem cuidada, os projetores necessitam serem
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inseridos no contexto educacional com mais frequência, os laboratórios de informática, que já

existiam, necessitam ser reformulados e inovados com as atualizações. Estes são os desafios

que a escola precisa encarar com firme tomada de decisão. Não basta colocar um Tablet na mão

do aluno e entender que o inseriu no mundo digital. Fosse o aparelho o maior problema e esta

seria uma solução simplista demais.

Tanto o modus operante quanto as ações atitudinais necessitam serem revistas a

adquadas as novas demandas. No que se refere aos professores os planos de aula para atender

esta geração bem como a postura e o nível de conhecimento necessitam de uma mudança

radical. O procedimento quadro cheio, perguntas e respostas, atividades obsoletas são

elementos que desencantam os alunos. O que fazer então? Não há uma resposta que atenda aos

professores todos em todas as regiões. Cada realidade exige uma ação que a preencha. No

entanto não é tão difícil planejar uma aula com dispositivos que atendam os anseios deste grupo.

A princípio considera-se o fato deles se movimentarem com grande facilidade de um tema para

outro, neste sentido o professor necessita estar bem munido para que possa promover a

mediação da aprendizagem, considerando o currículo, as necessidades e aptidões do aluno. Com

a facilidade de armazenamento e com os canais de comunicação disponíveis, o professor poderá

fazer uso destes elementos ao seu favor.

5 – Conclusões acerca contexto educacional.

As políticas educacionais, brasileira, estão distantes da realidade enquanto a

promoção e inovação tecnológica, quando se trata no contexto de educação pública. Neste

sentido, não podemos limitar a inovação tecnológica à aquisição de computadores, tabletes

ou qualquer outro mecanismo que configura implementação de instrumentos tecnológicos.

Pois o fato de adquirir os equipamentos é apenas um fator que, apesar de ter sua importância,

implica apenas em conquista material, se entende por promoção tecnológica a ação que
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perpassa pelo preparo humano para lidar com tais recursos pois inovação tecnológica

promove a inovação nas ações e modos de trabalhos. A necessidade deste preparo percebe-

se em dois grupos distintos que compõem a educação, que disputam juntos em tempos reais

espaço e importância de tais organismos tecnológicos, em se tratando da sala de aula, sendo

o primeiro, o grupo dos professores, que vem de uma trajetória limitada pela resistência,

devido a não assimilação a realidade emergente no contexto tecnológico, a ausência de

incentivos a atualização às novas realidades, a escarça oferta de cursos preparatório entre

outros fatores que dificultou ao professor se preparar para as demandas que trazia em seu

bojo um novo panorama na educação.

O outro grupo refere-se aos alunos em seus múltiplos contextos dentre os quais

compreende-se a tendencia do uso inadequado das ferramentas tecnológicas, com a

agravante de dominar mais tais tecnologias que os professores, esta vantagem promoveu um

descompasso com tamanha dimensão que percebeu-se que quando os alunos saiam das salas

de aula enchiam as LAN house, tornou-se uma febre, tais estabelecimentos ficavam cheios e

necessitavam até mesmo de marcar horários para atender os seus frequentadores. Quanto

mais os alunos se dispunham a jogar, tanto mais dominavam os game, com linguagem própria,

votada para o inglês, sem o domínio de tais recursos para aplicação educacional.

Sem a devida intervenção não podemos obter resultados positivos no tocante ao

sistema educacional, enquanto nossos alunos não despertarem para esta ferramenta que está

em seu poder. É, portanto, a ausência de políticas públicas quanto a utilização das tecnologias

que impedem o avanço. Que a escola deva ofertar aos alunos recursos e orientações é muito

claro e urgente, no entanto muito caro e torna-se um impasse. Porem o aproveitamento do

que estes alunos já sabem e o que eles já tem, adquirido por recursos próprios, precisa ser
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melhor analisado, estudada pela escola para trazer ao seu favor no que tange, tecnologia na

educação.

Em ultima analise conhecer bem as potencialidade digitais facilita o ciclo ensino

aprendizagem com a geração Screenagere e bem associado e organizado sairia até mesmo

mais barato. É quase impossível encontrar um aluno que não tenha celular e uma internet em

casa, assim criar um grupo para contemplar conteúdos com maiores -dificuldades de

absorção, adotar o ensino hibrido, são propostas que podem ser adotadas sem muito

investimento e que esta dentro do campo dos alunos. No entanto o questionamento é mas

nem todos tem o aparelho, nem todos tem a internet, isto pode gerar uma desigualdade.

Verificar a formação de grupos extraclasse seria um caminho viável, considerando o contexto

social das turmas. Onde mora, quem mora perto, disposição entre outros fatores de resolução

não muito complexa.

4 Referências Bibliográficas

Costa, D. (2022). Screenagers. [e‐book] Flórida: Must University

Costa, D. (2022). A Geração Screenager sob a Era Eletrônica. [e‐book] Flórida: Must

University

Costa, D. (2022). A Mente Humana e a Era Digital da Sociedade da Informação. [e‐book]

Flórida: Must University

Tavares, W. M. L. (2001). A indústria eletrônica no Brasil e seu impacto sobre a balança

comercial. Disponível em 15 novembro, 2008, de

http://apache.camara.gov.br/portal/arquivos/Camara/internet/publicacoes/estnottec/pdf/10860

4.pdf Acessado em 10 de janeiro de 2020 (EXEMPLO DE MÍDIAS ELETRÔNICAS)


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Leon, M. E. (1998). Uma análise de redes de cooperação das pequenas e médias empresas do

setor das telecomunicações. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo,

SP, Brasil. (EXEMPLO DE TESES E DISSERTAÇÕES)

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