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Olá,
Vamos dar início a disciplina Fundamentos de Educação a Distância,
acreditamos que nos cursos na modalidade a distância, esse componente curricular é
de suma importância para sua formação, uma vez que sua contribuição principal é
esclarecer como essa modalidade de educação funciona, quais suas principais
características e habilidades e o que devemos fazer para obtermos sucesso na
aprendizagem.
Assim, pensando em contribuir com você, construímos o livro digital
composto por três unidades, todos os conteúdos explorados contemplam os objetos
de aprendizagem solicitados por esta disciplina.
Desta forma, na primeira unidade, encontraremos o conceito de
educação a distância, na concepção de diferentes autores. Entenderemos acerca do
acelerado crescimento da EaD em nosso país, e das principais iniciativas do governo
na criação de programas para facilitar o acesso de estudantes a universidades.
Também aprenderemos sobre a regulamentação da EaD, e de como
essa modalidade educativa tem possibilitado pessoas das mais distintas regiões do
país a terem acesso a universidade.
Na unidade II também teremos grandes novidades, aprenderemos
como se dá o processo de ensino e aprendizagem na EaD, ou melhor, como os
sujeitos dessa modalidade educativa interagem entre si.
Conheceremos sobre a figura do tutor de educação a distância, suas
atividades e sua importância no processo educacional.
Em seguida falaremos sobre o perfil que o estudante de educação
a distância, o que ele precisa fazer para obter bons resultados na aprendizagem,
também conheceremos algumas orientações de aprendizagens específicas dessa
modalidade;
Na terceira e última unidade, falaremos do Ambiente Virtual de
Ensino e Aprendizagem (AVEA), o espaço em que ocorre a prática pedagógica, ou
sala de aula virtual. Conheceremos as ferramentas e possibilidades de comunicação
que teremos dentro desse espaço e de toda a relevância que ele tem.
Mais em seguida falaremos da aprendizagem colaborativa. Por não
sermos seres isolados, a troca de experiências e vivências entre pessoas sempre
contribuiu na formação do conhecimento. Em EaD não é diferente, a interação entre
os sujeitos dessa modalidade, professores, tutores, alunos entre outros... possibilitará
o acesso ao conhecimento.
E por último, ainda nesta mesma unidade, falaremos dos multimeios em
EaD, ou melhor, como a utilização dessa ferramenta pode contribuir para a formação
do estudante
Assim, entenderemos que através da leitura desse material didático você
estará bem fundamentado para entender o funcionamento dessa modalidade
educativa e obter muito sucesso em sua aprendizagem.
Vamos Iniciar?
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N
otoriamente, na EaD, encontramos uma variedade de conceitos,
e curiosamente, os pontos de concordância entre os autores são
bem maiores que os de discordância. Assim “A educação a
distância é, pois, uma modalidade não tradicional, típica da era industrial e
tecnológica, cobrindo distintas formas de ensino-aprendizagem, dispondo de
métodos, técnicas e recursos, postos à disposição da sociedade”. (PRETI, 2009, p.
17).
Moore e Kearsley (2011) definem a Educação a Distância como, o tipo de
educação em que “alunos e professores estão em locais diferentes durante todo ou
grande parte do tempo em que aprendem e ensinam”. Complementam os autores que,
“como estão em locais diferentes, necessitam de uma maneira de interagir para que
possam atingir os objetivos planejados”. Para tanto, os professores necessitam da
tecnologia para que possam projetar cursos e interagir.
Mattar (2011, p. 3) define Educação a Distância como, “[...] uma
modalidade de educação, planejada por docentes ou instituições, em que professores
e alunos estão separados espacialmente e diversas tecnologias de comunicação são
utilizadas.”
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São as atividades que ocorrem em dia e horário determinados, exigindo a presença dos alunos ao mesmo tempo.
Um exemplo desse tipo de atividade é a reunião on-line (ROL) – debate, via ferramenta de chat, entre todos os
alunos da turma e o professor-tutor a partir de questões gerais ou do trabalho realizado no fórum.
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SAIBA MAIS
Você sabia que esse decreto foi atualizado recentemente por um
novo decreto de nº 9.057 de 25 de maio de 2017 que estabelece regras e
legisla ainda melhor essa modalidade educativa fundamentada nos termos
da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dando a oportunidade de
oferecer a educação básica do ensino médio a possibilidade de aprender a
distância.
Mas para que possamos conhecer melhor esse novo decreto, precisamos
aprender um pouquinho mais acerca das leis que regulamentam o funcionamento da
Educação a Distância no Brasil.
S
obre as políticas públicas e as medidas governamentais podemos
inserir a promoção da EaD que seguiu um modelo internacional de
educação e que surgiu com a finalidade de incentivar o acesso de
todos que tem dificuldade de estar em uma escola presencial. Desde o surgimento,
com os cursos por correspondência até os dias atuais, a sua finalidade continua sendo
de uma política para a inclusão escolar, operacionalizada na atualidade.
No Brasil, a EaD abrange todo o território nacional possibilitando todas as
camadas sociais nos mais diversos tempos e lugares a que se tem acesso, daí seu
rápido crescimento nos últimos anos em nosso país.
A EaD tem representado para a população menos favorecida,
oportunidades de ingresso a educação, uma vez que abrange todos os níveis de
educação, sobretudo o superior, o qual é destaque do nosso estudo, motivo pelo qual
a sua procura vem crescendo, além da comprovada credibilidade de sua qualidade,
vista como uma alternativa para o avanço da democratização da educação.
VOCÊ
SABIA
Com o advento da EaD, oficializado no Brasil em 1996 pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) de nº 9.394 pelo decreto nº 2494 do Ministério da Educação
(MEC), de 10 de fevereiro de 1998, o então cenário de concentração de ambientes
acadêmicos em grandes centros , como já fora falado no par ágrafo anterior, começou a
mudar. A possibilidade de expandir o acesso a educação através dessa nova modalidade
faz o sonho de ingresso a universidade se tornar realidade mesmo sem a necessidade
de deslocamentos para os grandes centros. Vista como novidade pela população –
indubitavelmente pela parcela mais jovem - e concebida pelo poder público como
panaceia para a universalização da educação, ela se enquadra em uma perspectiva de
análise social pós-moderna, na medida em que coloca em questão a hegemonia d as
escolas tradicionais. A instituição escolar, sobretudo a universidade, como detentora de
um saber único e exclusivo e com sua condição de superioridade, controlada por alguns
iluminados, tem sido questionada constantemente. Esse questionamento diz respe ito a
sua capacidade de se adaptar as novas demandas pedagógicas das novas gerações de
estudantes.
A referida lei 9.394/96, no artigo 80, cujo caput dispõe que “O Poder Público
incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de educação a distância,
em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”. (BRASIL,
1996), conferiu ao poder público o dever de incentivar o desenvolvimento e a
veiculação de programas de educação a distância, em todos os níveis e modalidades
de educação, como no ensino superior de graduação.
A EaD passa então a se constituir como um potencial meio de formação
escolar não presencial. Sem desconsiderar os problemas existentes na
operacionalização, bem como no que se refere aos aspectos didáticos e pedagógicos
que envolvem essa modalidade. É preciso reconhecer que houve uma expansão na
quantidade de vagas nas universidades a partir dessa modalidade educativa, e,
portanto, mais pessoas estão acessando aos cursos superiores.
A regulamentação desse artigo se deu pelo decreto nº 2.494/98 do MEC,
revogado em seguida pelo Decreto nº 5.622/05, que legitima a utilização dos meios
de comunicação como um instrumento mediador legal do processo de ensino e
aprendizagem e que coloca essa modalidade educativa em seu justo lugar ao definir
o papel do estudante, do professor, da tecnologia no processo ensino aprendizagem
utilizando essa modalidade.
Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
(BRASIL, Decreto 5.622/2005).
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Cechinel (2000), o tutor é aquele para o qual se compreende a função de facilitar e mediar a aprendizagem, além
de motivar, orientar e avaliar as atividades dos alunos. Por essa perspectiva, percebemos que é o tutor que
estabelece uma relação direta com os alunos, auxiliando-os no manejo e na aproximação dos conteúdos. Sua
identificação formativa, pedagógica e social é análoga ao do professor “tradicional”, ainda que apresente outra
denominação.
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Fujita (apud TAYLOR, 2001) afirma ainda que a Educação a Distância até
hoje passou por quatro gerações e atualmente vivencia a quinta. A ‘Primeira Geração’
tem como metodologia a utilização da instrução por correspondência, em função da
expansão dos correios no século XX, onde utilizavam-se nesse período meios
impressos (apostilas, manuais, folhetos entre outros). Uma característica desse
ensino destacada pelo autor é a não interação entre a instituição, o professor e o
aluno.
A ‘Segunda Geração’ aconteceu no início da década de 70 com a chegada
do rádio, da televisão e do vídeo e nesse momento já começa uma associação entre
os materiais impressos e os recursos multimídias. Ainda assim, não havia um diálogo
real entre o aluno e o professor, sendo o processo comunicativo ainda de maneira
unidirecional.
A ‘Terceira Geração’ surge a partir da década de 90, já em um formato
multidirecional favorecida pelo avanço das TIC’s, modelo esse que, segundo Fujita
(2001), foi adotado primeiramente pelas Instituições de Ensino Superior (IES) dos
Estados Unidos da América (EUA). Iniciam-se nesse período a aprendizagem por
‘conferência’ com atividades ‘síncronas’
A ‘Quarta Geração’ é caracterizada pela flexibilização do processo ensino-
aprendizagem, sendo que a interatividade é a sua principal característica, pois
acontece em tempo real e permite que a relação professor e aluno sejam bem mais
próximas, diminuindo assim, a sensação de distanciamento. Nesse momento, surgem
inúmeras maneiras de promover a aprendizagem através de recursos disponíveis, tais
como: os Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVA’s), correios eletrônicos ou por
outros mecanismos como ‘MSN’, ‘Yahoo’, ‘Skype’ entre outros.
Na conjuntura atual, vivencia-se a ‘Quinta Geração’ da EaD, sendo que as
TIC’s continuam sendo as principais mídias de comunicação e a cada dia com uma
maior exploração, ou seja, tudo o que se tem na ‘Quarta Geração’ só que mais
aprimorado.
Assim, observa-se que o desenvolvimento da tecnologia nos últimos anos,
permitiu a expansão da educação a Distância e as inovações no processo ensino-
aprendizagem dos alunos que frequentam esses cursos.
Alves (2011, p. 9) explica que em 1900, no Brasil, já existiam anúncios em
jornais de circulação do Rio de janeiro oferecendo cursos profissionalizantes por
correspondência. Estes cursos eram ministrados por professores particulares. E em
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1923 era fundada a rádio Sociedade do Rio de janeiro, tratava-se de uma iniciativa
privada. Dessa forma, a rádio, foi no Brasil, o segundo meio de transmissão do saber
a distância.
Em 1941 começam a se espalhar pelo Brasil o Instituto Universal Brasileiro
(IUB) com seus cursos por correspondências que até hoje dividem opiniões entre
aqueles que acreditam em seu processo de aprendizagem e aqueles que
desacreditam que os referidos cursos possam levar a formação profissional básica.
Durante as décadas de 60 e 70 foram criados programas tais como:
Fundação Brasileira de Educação (FUBRAE), Fundação Padre Anchieta (TV
Cultura/SP), Fundação Educacional Padre Landell de Moura (FEPLAM), TVE do
Maranhão (CEMA), TVE Ceará, com a oferta de cursos pela televisão, com suporte
de material impresso. Destaca Alves (2011, p.10) que os anos se passaram e não
ocorreram resultados concretos nos canais abertos de televisão em função de “na
maioria dos casos, os programas serem transmitidos em horários incompatíveis com
a disponibilidade dos possíveis alunos-usuários”.
Ao longo da história da Educação a Distância no Brasil, existiram vários
modelos de EaD: rádio, televisão, computador e internet. Preti (1996) localiza as
raízes da EaD no Brasil, na Fundação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923,
porém destaca que somente na década de 60 que tomará significativa expressão e
explica o porquê:
Santos (2008) deixa claro que, a partir dos anos 90, a Educação Superior
à Distância começa a tomar rumos de desenvolvimento no cenário educativo
brasileiro. Em 1993, foi criado o Sistema Nacional de Educação à Distância e, em
1995, surgiu a Secretaria de Educação a Distância, e a Universidade Aberta do Brasil
(UAB) foi instituída em 2005.
No ano de 1995, foi criada pelo Decreto nº 1.917 de 27 de maio, a
Secretaria de Educação à Distância no MEC, a SEED/MEC, vários programas de EaD
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foram implantados, em nível nacional, como o programa “Um Salto para o Futuro” em
1991 que objetivava a formação continuada de professores do Ensino Fundamental,
com apoio da Fundação Roquete Pinto, O programa TV Escola em 1995, o Programa
Nacional de Informática na Educação (PROINFO) – que desenvolveu um ambiente de
aprendizagem colaborativo on-line, o e-ProInfo e o Fundescola, um programa de rádio
destinado para o Ensino Fundamental. No ano 2000, foi criado o curso de formação
de professores em nível médio - Proformação.
Assim, segundo Santos (2008), a partir de 1998, foram sancionados
decretos e portarias contendo normas e parâmetros para a Educação a Distância no
país. Em fevereiro de 1998, foi aprovado o decreto nº 2.494, regulamentando o art. 80
da LDB e estabelecendo os parâmetros para a Educação à Distância nos níveis de
graduação, pós-graduação (mestrado) e ensino profissional e tecnológico, além de
outras iniciativas que só contribuíram para o avanço dessa modalidade educativa.
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REFERÊNCIAS