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DA EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTOS
DA EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
1 HISTÓRICO, CONCEITUAÇÃO E MODALIDADES DE EAD ................ 11
Perspectivas da Ead no Brasil e no Mundo ................................................. 14
2
APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA ........................................
Ambiente Virtual de Aprendizagem ........................................
19
21
Mídias Aplicadas ........................................................... 23
Metodologia do Estudo Online ............................... 28
3
USO DA PLATAFORMA MOODLE ......................................................... 35
A Plataforma de Ensino a Distância ........................................................... 35
Ferramentas Pedagógicas ................................................................. 38
1 HISTÓRICO, CONCEITUAÇÃO E
MODALIDADES DE EAD
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A
SEREM DESENVOLVIDAS
■ Compreender a concepção da Educação a Distância;
■ Conhecer as experiências iniciais e atuais no Brasil.
O
estudo da Educação a Distância (EAD) implica a sua análise sob diversos aspectos, que
envolvem a sua conceituação, o processo histórico em que se desenvolveu e suas conse-
quências para a oferta atual dessa modalidade de ensino, assim como os elementos que a
constituem em sua moderna concepção.
CONCEITO DE EAD
Utilizaremos, inicialmente, a conceituação de Educação a Distância adotada pelo Decreto nº.
5.622/2005, constante de seu artigo 1º:
Portanto, vejamos outra conceituação mais abrangente de EAD, utilizada por Menezes (2008, p. 83-
84), desenvolvida com base nos estudos de Preti (1996), adotada para fins desta disciplina:
A educação a distância configura-se como um conjunto de
técnicas pedagógicas e recursos tecnológicos bidirecionais
a ser disponibilizado para indivíduos dotados de maturidade
acadêmica, assim compreendida a capacidade de gestão de
sua auto-aprendizagem, constituindo-se em uma alternativa
educacional de amplo alcance e apta a contribuir com o
desenvolvimento humano e social e a assumir um papel
relevante à democratização do conhecimento.
Veremos, aqui, a evolução da EaD, até os dias de hoje, quando mostra-se plenamente apropriada ao atendi-
mento das renovadas exigências educacionais da sociedade pós-moderna, da informação, do conhecimento.
Há autores, como Saraiva (1996), que apontam a existência de formas de EaD desde a antiguidade,
pois, inicialmente na Grécia e, depois, em Roma, identificaram-se ações destinadas à instrução,
implementadas de forma deliberada e intencional, visando à promoção da aprendizagem em prol de
discípulos fisicamente distantes, por meio de correspondência escrita (MENEZES, 2008).
Para a maioria dos autores, entretanto, o início da EaD dá-se com a invenção da imprensa, por
Johannes Guttenberg, em Monúncia, Alemanha, mediante a composição de palavras com caracteres
móveis (ALVES, 2001). Segundo Alves, as escolas, na época de Guttenberg, resistiram durante
anos à adoção do livro escolar mecanicamente impresso, pois temiam que sua introdução tornasse
desnecessária a figura do mestre, que tinha acesso aos livros copiados manualmente – até então, raros,
caros e inacessíveis à grande população – e os lia aos alunos, razão pela qual esses profissionais eram
tratados como integrantes da corte.
SAIBA +
A
Bíblia foi o primeiro livro impresso pela prensa de
Gutemberg?
Ainda para Alves (2001), em versão mais próxima da moderna, a Suécia conta com a primeira
experiência nesse campo de ensino datada de 1833. Na Inglaterra, os primeiros registros de EaD
remontam a 1840. Outras experiências de destaque implementadas no século 19 são as da Alemanha,
em 1856, e Estados Unidos em 1864. Para o autor, os Centros Educacionais da França, Espanha
e Inglaterra contribuíram, sobremaneira, para a difusão da EaD no mundo, tendo como modelos
aqueles desenvolvidos, especialmente, pelo Centre National D'Enseignement a Distance, pela
Universidad Nacional de Educación a Distancia e pela Open University.
Segundo Eliasquevici e Fonseca (2004), durante as décadas de 1960 e 1970, já no século 20, deu-se a
intensificação dessa modalidade de ensino nos aspectos práticos, teóricos, de literatura especializada,
sob a influência dessas grandes instituições européias.
Em termos de América Latina e Caribe, dois países se destacaram na difusão da EaD – Venezuela
e Costa Rica, respectivamente por meio da Universidad Nacional Abierta e Universidad Nacional
Estatal a Distancia (Alves, 2001).
Segundo Niskier (2007), a criação da Educação a Distância no Brasil remonta a 1904, com o sur-
gimento dos primeiros cursos por correspondência, que ganharam notoriedade a partir do Instituto
Monitor, em 1931, e, especialmente, com as ações do Instituto Universal Brasileiro, em 1941.
Muito embora a EaD tenha se desenvolvido consideravelmente no Brasil, até 1996 ela não foi objeto
de políticas públicas duradouras e sofreu com a falta de estruturação e de suporte aos diferenciados
programas e projetos implementados no período. Preti (1996, p. 23) afirma:
O Brasil aprende rápido e os modelos de sucesso são logo
imitados. Passamos de importadores de modelos de EAD
para desenvolvedores de novos projetos, de programas
complexos implantados com rapidez. Algumas razões
principais para esse crescimento rápido: demanda reprimida
de alunos não atendidos, principalmente por motivos
econômicos. Muitos alunos são adultos que agora podem
fazer uma graduação ou especialização. [...] O brasileiro
aprende rapidamente, é flexível, se adapta a novas situações.
Do ponto de vista legal, foi somente com a promulgação da nova LDBEN que a EaD mereceu
tratamento específico na legislação, sendo considerada como uma modalidade de educação regular,
Silva e El-Aouar (2003, p. 5), em relação à evolução tecnológica experimentada nos dias atuais,
afirmam:
[...] com os avanços tecnológicos na informática e nas
telecomunicações, os meios de comunicação rompem
fronteiras, culturas, idiomas [...]. Prevalece a mídia
eletrônica como instrumento de comunicação, informação,
compreensão, explicação e imaginação do que ocorre no
mundo [...].
É interessante observar que, segundo dados do MEC/INEP (2007), no período compreendido entre
os anos de 2000 e 2006, a EaD experimentou um crescimento muito maior do que a modalidade
presencial, no mesmo período, 12.219% contra 73,78%. Se considerado apenas o período entre 2005
e 2006, o crescimento das matrículas na modalidade a distância relativamente ao ensino superior
foi de 80,74% contra um acréscimo de somente 5,02% nas matrículas dos cursos presenciais
(PADOVANI, 2008).
Deve-se, também, para análise desse contexto de expansão da EaD, especialmente daquela oferecida
aos indivíduos adultos, observar que o crescimento das Instituições de Ensino Superior (IES)
credenciadas para a oferta dessa modalidade de ensino, entre 2000 e 2006, foi de 1.000%, de acordo
com o que consta no Gráfico 2.
Padovani (2008) estabelece uma interessante relação entre a participação das Instituições Públicas
e Privadas credenciadas para a oferta de EaD com as Instituições credenciadas para a oferta de
ensino superior como um todo no Brasil. Destaca, a autora, que, em 2007, na modalidade a distância,
42,86% (33 Instituições) são públicas, enquanto que a participação das Instituições públicas no
contexto geral do ensino superior brasileiro é de, apenas, 10,93% (somente 248 Instituições públicas
num contexto de 2.270 IES credenciadas no Brasil até então).
Gráfico 3 - Evolução do número de cursos de graduação, segundo a Modalidade de Ensino – Brasil – 2010-2013.
Fonte: RESUMO TÉCNICO – CENSO 2013. INEP, 2015, p. 20.
Nota-se, ainda, crescimento de 24%, também no período de 2010 a 2013, na evolução do número de
matrículas de graduação, conforme demonstra o Gráfico 4.
Gráfico 4 - Evolução do número de matrículas de graduação, segundo a Modalidade de Ensino – Brasil – 2010-2013.
Fonte: RESUMO TÉCNICO – CENSO 2013. INEP, 2015, p. 20.
Atualmente, mais de um milhão e cem mil Instituições de Ensino Superior ofertam seus cursos
utilizando a Educação a Distância, no Brasil. Em 2003 eram apenas 49 mil (Gráfico 5).
49.911
IES 2003
IES 2003
1.153.572
SAIBA +
F
omenta a modalidade de educação a distância nas instituições
públicas de ensino superior, bem como apoia pesquisas em
metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas em
tecnologias de informação e comunicação.
Vale destacar a iniciativa do governo federal, em matéria de EaD, no que se refere à Universidade
Aberta do Brasil (UAB), denominação conferida à Rede Nacional formada pelas Instituições Públicas
brasileiras, com vistas ao atendimento, em nível superior, do público até então alijado desse nível
de ensino. Realça-se que as universidades públicas do Pará estão incorporadas à referida Rede
e, atualmente, mantêm trabalhos de inestimável valor, especialmente em relação ao atendimento
educacional levado aos municípios do interior do Estado.
Nesse sentido, garante Martins (2001, p. 4) que a modalidade da educação a distância surge com
todo vigor, revisando seus princípios fundamentais, renovando seus paradigmas pedagógicos e, além
disso, “incorpora[ndo] a tecnologia no sentido instrumental, criando espaços para o aprofundamento
conceitual sobre a temática, por entender que este é um campo extremamente complexo”.
Preti (1996, p. 23) trata do assunto, considerando que a educação a distância já recebeu muitas
resistências e pré-conceitos. Porém, no início deste milênio, em função da conjuntura econômica e
política, esta modalidade acabou por se tornar uma “alternativa economicamente viável, uma opção
às exigências sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos avanços das novas tecnologias da
informação e da comunicação”. Além disso, há a questão das grandes distâncias, que podem ser
superadas com mais facilidade, como afirma Carlos Alberto Chiarelli, presidente da Associação da
Cadeia Produtiva de Educação a Distância (ACED):
Se em países com territórios mínimos a EAD é a grande
aposta, imaginem em nosso país, que possui uma dimensão
enorme, o que dificulta o acesso às aulas presenciais àqueles
que vivem em cidades mais distantes (THOME, IN: Revista
Dirigida, 2010).
Já foi possível observar que a Educação a Distância não é apenas realidade no Brasil. De acordo com
Preti (1996, p. 8), a Europa, o Canadá, os Estados Unidos e a Austrália foram celeiros dos grandes
sistemas de educação superior a distância.
Em seguida, esta modalidade de ensino chegou aos países em desenvolvimento, ganhando uma
dimensão cada vez maior (OLIVEIRA, 2010).
RESUMO DA UNIDADE
Ao iniciar seus estudos, foi possível tomar contato com os primórdios da Educação a Distância,
ter acesso à conceituação desta modalidade de oferta de educação, bem como conhecer as suas
perspectivas no Brasil e no mundo.
SUGESTÕES DE LEITURA
Para aprofundar seu conhecimento sobre os assuntos tratados nesta unidade, acesse os seguintes
sites:
1. Educação a Distância: conceitos e história no Brasil e no mundo:
(http://seer.abed.net.br/edicoes/2011/Artigo_07.pdf)
2 APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A
SEREM DESENVOLVIDAS
■ Conhecer o Moodle – Ambiente Virtual de Aprendizagem;
■ Tomar contato com as mídias aplicadas utilizadas na EAD;
■ Apropriar-se da metodologia do estudo online.
A
aprendizagem a distância deve superar as separações físicas, focando na interatividade,
que é a chave da aprendizagem mediada, superando a velha pedagogia da transmissão de
conhecimentos. Para tanto, utiliza-se a Teoria de Aprendizagem desenvolvida por Lev
Vygotsky, denominada Sociointeracionismo ou Sociocultural Construtivista.
As Teorias de Aprendizagem diferem de modelos de ensino, pois elas são construídas para interpretar
a área do conhecimento que chamamos de aprendizagem. Representam o ponto de vista de um autor
ou de autores e mudam com o tempo, não são estáticas, pois dependem de fatores sociais, políticos,
culturais e econômicos da época.
O aluno é visto enquanto partícipe ativo do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa
em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, dentre outros procedimentos,
rejeitando-se a apresentação de conhecimentos prontos e utilizando técnicas tradicionais de modo
inovador.
Vygotsky aborda a questão da interação social, segundo a qual os conhecimentos são produtos
socioculturais. Para serem adquiridos são necessários o contexto social e a interação com os outros
através da participação ativa do aluno com o professor, com os outros alunos e com os demais
envolvidos no processo de aprendizagem.
Portanto, o professor é percebido como mediador. Seu papel não se resume a estruturar aulas con-
vencionais e exposição de conteúdos sem dialogar com os alunos, mas deve, ao contrário, mediar o
saber sistematizado pela educação e o saber dos alunos, propiciando situações desafiadoras de cons-
trução de conhecimento. Para o autor, a aprendizagem é construída na dinâmica, por meio de confron-
to de posições, num processo que não possui linearidade, sendo conduzido por conflitos e desafios.
Desta forma, aprendizagem gera desenvolvimento, assim como ambos são construídos junto ao
outro por meio da linguagem e interações sociais. Alunos e professores ensinam e aprendem de
forma concomitante, reflexiva, em uma harmonia daquilo que se tem para aquilo que é pretendido.
Para Almeida (2007, p. 31), essa concepção implica em que “cada pessoa é individualmente ativa,
cujo pensamento se encontra intrinsecamente com circunstâncias sócio-históricas específicas e com
artefatos culturais que fazem parte desse contexto”.
Neste sentido, a ação pedagógica pauta-se na observação dos níveis de aprendizagens do aluno, para
que se tenha uma clara noção daquilo que foi aprendido e nas resoluções dos problemas que estão
fora do alcance dos alunos, até o momento de autonomia de aprendizagem.
Assim, o professor, nessa perspectiva, media os conceitos e pensamentos sociais de forma que
possam evoluir para conhecimentos científicos, formais e sociais. A troca em sala de aula, entre
informação-conhecimento-ação, deve se dar de forma direcionadora por parte do professor – na ZDP
(Zona de Desenvolvimento Proximal)1 –, para que as etapas do desenvolvimento vivenciado pelos
alunos sejam potencialmente transformadas em conhecimento.
1
Conceito de Vigotsky para a distância entre aquilo que a criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com a intervenção de um adulto;
potencialidade para aprender, que não é a mesma para todas as pessoas; a distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial nas
quais as interações sociais são centrais, estando então, ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, inter-relacionados.
Também são denominadas plataformas para EaD, não podendo ser confundidas com simples páginas
ou banco de informações na Internet.
Vamos abordar, neste estudo, especificamente a Plataforma Moodle (Modular Object Oriented
Distance Learning) – Sistema para Gerenciamento de Cursos (SGC) de código aberto – um programa
para computador destinado a auxiliar educadores a criar cursos e disciplinas online de qualidade,
também utilizado pela Dínamo.
Seu projeto de desenvolvimento foi orientado por uma filosofia de aprendizagem denominada
“pedagogia social construcionista”. Isso significa dizer que o ambiente é pensado pedagogicamente
de forma a estimular a colaboração, a realização de atividades, reflexão crítica e atitudes autônomas
dos estudantes.
Para acessar o MOODLE, é preciso ter um microcomputador conectado à Internet, abrir o navegador
instalado e, na barra de endereços, digitar http://dinamoeducacao.com/moodle/
Home Page do Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle) utilizado pela Dínamo Educação.
A página inicial do MOODLE é composta por janelas que ajudam na navegação do usuário. Os
cursos disponíveis são divididos em categorias e os usuários que acessaram o ambiente nos últimos
cinco minutos também ficam registrados, bem como o calendário corrente, o campo de busca de
cursos e as opções de idioma para acesso.
Voltaremos nosso olhar para a função de aluno, para que você conheça o ambiente e saiba utilizá-lo.
Também podem assistir a vídeos, ler documentos, conversar com os colegas no fórum de apresentação,
para que se sintam sozinhos, mas pertencentes a uma verdadeira comunidade de aprendizagem.
■ Os Recursos servem para incluir conteúdos num curso. Podem ser: texto sem formato, arquivos,
Links, Wiki ou HTML (Moodle tem os editores incorporados).
Porém, de acordo com as premissas de Catapan (2003, In: TEPERINO et al., 2006), no que diz respeito
à aprendizagem, somente o uso de tecnologias avançadas no processo de trabalho pedagógico não
altera a qualidade. Há necessidade de agregar inovadoras propostas pedagógicas à exploração de
avançadas tecnologias, evitando-se, ainda, a reprodução, por analogia, do método da transmissão, da
reprodução e da avaliação da pedagogia tradicional, configurando-se, dessa forma, no maior desafio
da Educação a Distância (TEPERINO et al., 2006).
Com o avanço das TIC, diversas tecnologias não param de surgir. Instituições de ensino e
professores precisam adotar novas posturas diante do processo de ensino-aprendizagem. O acesso a
estas novas e convergentes tecnologias é cada vez mais facilitado e hoje é difícil imaginar qualquer
atividade realizada sem elas (CRUZ, SANTOS; PAZZETTO, 2001, In: TEPERINO et al., 2006).
Integrações mais profundas entre TV e web se tornaram mais fáceis. Já nos deparamos com a Smart
TV, que acessa a internet, e a TV interativa, por meio da qual o telespectador pode, simultaneamente,
assistir a um determinado programa e acessar o site da programadora na internet ou outros bancos
de dados para obter informações consideradas interessantes sobre o que está assistindo. “Os
recursos disponíveis nos computadores integrados à Internet compõem uma série de facilidades que
favorecem a promoção de eventos educacionais” (TEPERINO et al., 2006, p. 83).
Já tratamos de uma das soluções específicas para a educação a distância, o Moodle, programa que
funciona como solução de autoria, oferecendo aos seus usuários um ambiente amigável, sem a
necessidade de o professor-autor dominar linguagem de programação ou softwares de bancos de
dados para criar e cadastrar os conteúdos das aulas e as atividades de avaliações. Porém, pode-se
utilizar a mesclagem de tecnologias, aliadas à internet, para dinamizar a interação entre os
participantes, por meio da convergência de tecnologias, ou seja, têm-se a interconexão e interação
entre tecnologias de rede, imprensa, telefones com tecnologia 3G e 4G, rádio, TV e computadores,
que permitem acesso a todas as pessoas, em qualquer lugar, a qualquer hora.
Vamos conhecer outras soluções tecnológicas utilizadas em EaD, bem como algumas de suas
peculiaridades relativas às ações educacionais.
2.2.1. Impressos
Os materiais impressos são a mais antiga mídia (ou suporte)
utilizada pela EaD, apresentando muitas vantagens.
Pode, também, ser utilizado como complemento importante de outros materiais didáticos, como
programas de TV e vídeos, e, até mesmo, para os cursos desenvolvidos por meio da internet, já
que nota-se constantemente que os alunos tendem a imprimir textos com mais de cinco páginas,
garantindo, assim, aos materiais impressos, “um lugar próprio quando se trata da educação a
distância” (TEPERINO et al., 2006, p. 84).
2.2.2. Rádio
O rádio é outro dos meios mais antigos utilizados para
o desenvolvimento da educação a distância, inclusive no
Brasil. Para Marques (2004, In: TEPERINO et al., 2006),
a comunicação via rádio ocorre de “boca a ouvido e de
coração a coração” – uma comunicação que possui vida
própria, além de projeção original e criativa, podendo
tornar “o homem mais humano, servindo de ponte e canal
entre a cultura e o povo” (TEPERINO et al., 2006, p. 78).
Um exemplo brasileiro de educação a distância via “De boca a ouvido e de coração a coração” –
comunicação que possui vida própria.
rádio foi a criação da Universidade do Ar, em 1947, numa
parceria do SENAC e do SESC e emissoras associadas, que oferecia cursos comerciais radiofônicos.
Gravavam-se os programas em discos de vinil para que fossem apresentados, por emissoras diversas,
três vezes por semana.
Material impresso, em forma de apostilas, servia de apoio, sendo que os exercícios propostos eram
corrigidos por monitores. O sucesso da Universidade do Ar amealhou, na década de 1950, 80 mil
alunos, distribuídos em mais de 300 localidades no Brasil (TEPERINO et al., 2006).
2.2.3. Televisão
Mídia de grande alcance, permite o uso de estratégias
educacionais distintas por ter como recurso a integração de
som e imagem. Possibilitam a reprodução do formato das
“aulas tradicionais”, em que deparamos com o professor
fazendo sua explanação, mas contando com a dramaturgia
ou reportagens sobre casos reais como aliados, uma forma
de complementar a atividade de ensino.
Relativamente à infraestrutura, representam custo muito baixo, já que, além do televisor, necessitam
de um aparelho de reprodução, peculiaridades que são de muita utilidade para grandes projetos de
educação.
O DVD contém informações digitais e capacidade de armazenamento de até 4,7 GB, em função do
uso de tecnologia óptica (laser vermelho), bem como de padrões de compressão de dados de alto
nível. Oferece um padrão de reprodução sem perder a qualidade de imagem e som, quanto à nitidez,
nas sucessivas cópias.
A tecnologia Blu-Ray surgiu, no início dos anos 2000, com o propósito de substituir o DVD. É
uma mídia capaz de armazenar maiores volumes de informação (áudios e vídeos em alta definição)
em discos que seguem o mesmo padrão de medidas de um CD ou DVD, mas com capacidade de
armazenamento de até 128 GB, proteção contra cópias ilegais e exibição de conteúdo em 3D e 4K.
O nome combina duas palavras inglesas: blue (azul – cor do laser utilizado) e ray (raio – no caso, raio
ótico). O usuário desta tecnologia pode gravar um disco Blu-ray enquanto assiste a outro programa,
gravar o que está sendo exibido em TV com tecnologia HD, ou seja, de alta definição, além de editar
programas gravados no disco.
Além disso, é possível obter diferentes níveis de interatividade, como a conexão à internet para
realização de download de conteúdos extras, disponibilizados pelas produtoras de cinema.
Passou a ser o suporte mais utilizado para programas e dados em função de sua banalização, bem como
de seu aparelho de gravação em computadores. Pode ser gravável (CD-W) e regravável (CD-RW) e
utilizado para garantir o acesso dos alunos ao conteúdo de um curso disponibilizado em Ambiente
Virtual de Aprendizagem, bem como para apoiar estudos online.
Os Pen drives são dispositivos portáteis de armazenamento que surgiram em substituição aos CDs.
Possuem memória flash e utilizam as portas USB de computadores e smartphones. Apesar de pequenos
e dos variados formatos, armazenam até 80 GB de dados. São muito utilizados por instituições de
ensino para compartilhar junto aos alunos os conteúdos das disciplinas de seus cursos.
O professor tem a seu serviço ferramentas disponíveis no sistema que lhe permitem explicar um
conceito e, concomitantemente, utilizar outros recursos pedagógicos, como projeção de vídeos,
gráficos, imagens, arquivos de computador, pesquisa na internet.
O sistema permite ainda ao aluno das salas distantes tirar
suas dúvidas e interagir com o professor no momento da
aula, utilizando os mesmos recursos pedagógicos para a
comunicação (TEPERINO et al., 2006, p. 82).
Para a utilização dessas duas mídias é necessário investir em equipamentos específicos – microfones,
câmeras e estações transmissoras –, bem como contar com serviço de rede de comunicação compatível.
Vale ressaltar que sons e imagens gerados por tele ou videoconferência podem ser difundidos em
rede de computadores (intranet ou internet), sendo que o serviço de videoconferência possibilita,
também, a interação na rede de estações de computadores com microfones, câmeras e softwares
específicos.
Teperino et al. (2006, p. 83) explicitam algumas vantagens no uso da videoconferência na educação,
elencadas por Cruz e Barcia (2000):
• permite uma transição mais gradual dos métodos
presenciais;
• permite espaço colaborativo para socialização e
aprendizado colaborativo em grupo;
• possibilita escolher e planejar cursos mais interativos
para classes pequenas ou menos interativo para grandes
audiências;
• possibilita escolher os meios de transmissão conforme a
possibilidade, disponibilidade e demanda.
Os riscos existentes, ao se adotar esse meio para eventos
educacionais, são:
• baixa qualidade de som e imagem;
• dificuldade de se adaptar a sala de videoconferência à
situação didática;
• altos custos de implementação, instalação e manutenção
comparados com um baixo uso na fase inicial;
• não utilizar todo o potencial didático do meio, reduzindo-o
à mera reprodução de palestras, com pouca interação entre
os participantes.
2.2.7. E-Learning
É um conceito popular no mundo corporativo, que utiliza as tecnologias da informação para a
criação de ambientes colaborativos, material de aprendizado em multimídia, tecnologias de rede e
sistemas de gerenciamento de aprendizado, visando instrumentalizar funcionários que trabalham em
uma economia baseada no conhecimento (FRANCO, 2001, In: TEPERINO et al., 2006).
Segundo estudos desenvolvidos por Joane Capper (In: FRANCO, 2001), bons programas de
aprendizado com base na informática e na interatividade podem, sob certos aspectos, ser superiores
à utilização de salas de aula.
Para Capper, o acesso a qualquer hora ao programa disponibilizado e de qualquer lugar, sem
a necessidade de os participantes se encontrarem fisicamente, a interação assíncrona, que prescinde
de resposta imediata, a colaboração em grupo, como é o caso dos fóruns e dos glossários disponíveis
no Moodle, as oportunidades para novas abordagens educacionais, fora do paradigma fordista, são
algumas das vantagens do e-Learnirg.
Porém, no entendimento mais amplo do termo, o e-Learning não tem a educação como foco, mas
o treinamento para o trabalho, o aperfeiçoamento profissional ou preparação para o mercado de
maneira eficaz, com intensivo uso da tecnologia.
Pode-se integrar, por exemplo, diversos métodos instrucionais, como trabalhos de grupo, estudos
de caso, jogos e demonstrações; métodos de apresentação – TV interativa, áudio, teleconferência,
multimídia – com métodos de distribuição (TV a cabo, e-mail, Internet, Intranet, web), em resposta
ao planejamento instrucional previamente estabelecido.
Porém, a interatividade vai muito além da superação das distâncias físicas e de seu caráter
comunicacional, como ensina Silva (2003, p. 3), por meio das idéias de Thornburg e Passarelli,
visto que, na modalidade a distância, ela torna-se um desafio para o professor, agora, propositor de
conhecimento aos alunos, verdadeiros construtores de seus caminhos, de seus “próprios mapas”, que
podem “conduzir suas explorações, considerando os conteúdos como ponto de partida e não como
ponto de chegada no processo de construção do conhecimento”.
Assim, na concepção atual da educação a distância, em plena era digital, supera-se a separação entre
emissão e recepção, dando lugar à interatividade, viabilizando ao professor o redimensionamento de
seu papel e sua autoria, agora focada à complexa proposição do conhecimento à ativa participação dos
alunos, possuindo, ainda, “a responsabilidade de disseminar um outro modo de pensamento, de inventar
uma nova sala de aula, presencial e a distância, capaz de educar em nosso tempo” (SILVA, 2003, p. 3).
A analogia proposta pelo autor permanece interessante ao se tratar do professor (SILVA, 2003, p. 3):
É necessário destacar que a ação do professor é fundamental para que se estabeleçam processos de
interlocução entre os atores envolvidos nas metodologias educacionais na modalidade EaD, posto
que a ele compete gerar as situações que conduzam ao debate e ao diálogo, fazendo intervenções
esporádicas, sintetizando idéias, provocando reflexões e evitando o isolamento dos alunos.
Conforme Paiano (2007), uma das principais características das ferramentas assíncronas é não haver
necessidade dos interlocutores se encontrarem ao mesmo tempo para ocorrer a interação, pois, neste
caso, “o tempo é flexível” (PAIANO, 2007, p. 28). Assim ela complementa seu raciocínio: “Os
atores podem buscar a informação conforme sua disponibilidade de tempo, não necessitando estarem
reunidos no mesmo local ou ao mesmo tempo” (PAIANO, 2007, p. 29).
Para Lins et al. (2006, p. 3-4), pelo fato de modificarem os tradicionais processos por meio dos
quais a comunicação vem se dando, “as ferramentas assíncronas podem revolucionar o processo
de interação entre professores e estudantes”. Os autores ainda usam as ideias de Aoki (1998) para
descrever os benefícios destas ferramentas:
1. flexibilidade: acesso a qualquer tempo e em qualquer
lugar;
2. tempo para refletir: poder pensar e checar referências;
3. contextualização: oportunidade de integrar as idéias em
discussão com colegas de trabalho;
4. custo/benefício: atividades baseadas em texto não
requerem linhas de transmissão de alta velocidade e nem
computadores robustos para o seu processamento (LINS et
al., 2006, p. 3-4).
São consideradas ferramentas assíncronas, dentre outras, o correio eletrônico (e-mail), blogs e os
Fóruns de discussão.
Na EaD online, por meio da desejável interatividade proporcionada pelos recursos disponíveis (como
as ferramentas próprias de um ambiente virtual de aprendizagem, dentre elas fórum e chat), o aluno
tem a sensação de não estar sozinho, mas sim conectado a outros estudantes e ao(s) professor(es).
Assim, a interação professor-aluno, na EaD online, é mediada por tais recursos, podendo modificar o
paradigma da educação, a cultura de ensino para a de aprendizagem, já que a interatividade também
objetiva que os alunos planejem, organizem, controlem e avaliem sua própria aprendizagem.
Por sua vez, o professor deve dispor aos estudantes variadas possibilidades de percurso, verdadeiros
caminhos que surgem por conta dos elementos acionados por seus alunos, garantindo o direito e,
além disso, no dizer de Silva (2003, p. 3),
[...] a possibilidade de significações livres e plurais e, sem
perder de vista a coerência com sua opção crítica embutida
na proposição, coloca[ndo]-se aberto a ampliações, a
modificações vindas da parte dos alunos.
Nessa concepção de EaD online, inaugura-se a época das comunidades virtuais de aprendizagem,
nas quais os alunos não falam e não ouvem, digitam.
Muda-se o foco – antes voltado para o ensino e o professor, na modalidade presencial – para a
aprendizagem e o aluno autônomo, na modalidade a distância.
Assim, a modalidade de EaD tende a modificar o comportamento do professor e dos alunos, pela
diferenciação dos processos de ensino e de aprendizagem, já que os estudantes podem ter acesso
a qualquer informação necessária aos seus estudos sem a preparação, ajuda e aulas expositivas
tradicionais, sendo que este acesso pode ser realizado de qualquer local e em qualquer horário.
Ressalta-se que esta era da EaD exige metodologia própria e uma verdadeira compreensão desta forma
de ensinar e de aprender, já que esta modalidade – a educação online – requer um formato aberto,
focado no aluno, que deve, agora, necessariamente, estudar e aprender em novas circunstâncias.
Segundo Moran (2003, p. 43),
[...] os professores centralizadores, que se colocam como
os que conhecem, organizam o curso a partir de textos e
atividades que reforcem o papel principal do professor;
outros docentes que possuem uma visão mais participativa do
processo educacional estimulam a criação de comunidades,
a pesquisa em pequenos grupos, a produção individual e
coletiva.
A metodologia a ser utilizada vai depender do tipo de curso ofertado. Os processos de ensino e
aprendizagem, assim, precisam ser adaptados a cada tipo de curso e a cada tipo de aluno – alguns
têm dificuldade de trabalhar sozinhos, com o computador, sem interação; outros preferem se sentir
livres para escolher o que lhes parece melhor, com poucas indicações, seguem em frente; outros,
ainda, são extremamente dependentes, necessitando de constante monitoramento, de um orientador.
Desta forma, para a condução dos processos de aprendizagem que valorizem, considerem e estimulem
a autonomia do aluno, em processos de EaD online, a ação docente deve estar integrada em três
dimensões: pedagógica, didática e tecnológica, relacionando-se, respectivamente, à mediação,
comunicação, orientação e acompanhamento do aluno e respectivos processos de aprendizagem; às
competências do professor em sua área de conhecimento; e o domínio das tecnologias permite ao
professor sentir-se à vontade para operar e explorar seus recursos.
(PRETI, 1996). Assim, para o autor, a essência da EaD dá-se pela relação mediada e mediata entre o
estudante e o professor, pois ocorre por meios diversos e distintas localizações, organizados através
de um procedimento de apoio devidamente sistematizado.
Em função dessas singularidades, é importante utilizar os recursos disponíveis nos ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA), combinando, estrategicamente, presença física e virtual, atividades grupais
e individuais, desenvolvimento de atividades práticas, de projetos e produções, dentre outras;
assim como atividades virtuais que demandem a interação com o grupo, importantes formas de
comunicação, como listas, fóruns e chats, possibilitando aos alunos a expressão e a participação,
fazendo com que fiquem visíveis aos colegas.
Deve-se lembrar de que a internet, o ambiente virtual de aprendizagem, não deve ser um local para
disponibilização de materiais a um grande número de alunos, como forma de práticas pedagógicas
instrucionistas, tecnologicamente mais sofisticadas, mas pedagogicamente empobrecidas e vazias.
Nada de distribuir conhecimento como princípio de aprendizagem, mas modificar este modelo por
meio das mídias interativas, possibilitando a participação real do aluno, ou seja, segundo Caparróz e
Lopes (2008), citando Silva (2005, p. 65), “participação sensório-corporal e semântica e não apenas
mecânica”.
A seleção das tecnologias a serem adotadas na atividade proposta em EaD implica na identificação das
características de cada uma delas e no reconhecimento de sua importância no contexto do programa
a ser implementado, segundo seus objetivos pedagógicos quanto à aprendizagem dos alunos e à
atuação dos professores (ALMEIDA, 2007).
Desta forma, para o autor, a comunicação entre os atores do processo educacional é bidirecional
e vale-se de diferentes modalidades e formas de acesso recíproco. Neste contexto, os materiais
utilizados, bem como a comunicação multimídia, na sua forma e nível, devem adequar-se aos alunos,
que podem responder às questões sugeridas em materiais instrucionais, assim como propor diálogo
com seu professor, o que certamente, enriquece a aprendizagem.
Os materiais de estudo podem, também, estabelecer tal diálogo, simulado por intermédio da
conversação didática guiada entre docente e aluno. Uma das características da comunicação
bidirecional é a possibilidade de tornar seus atores mais ou menos distantes, de acordo com
a intensidade de seu uso. Portanto, para que a distância tenha o menor significado e influência
possíveis nos estudos de seus destinatários, os discentes, precisa ser dirigida com bastante empenho.
RESUMO DA UNIDADE
Nesta unidade você pôde conhecer um pouco mais sobre o Ambiente Virtual de Aprendizagem Moo-
dle, bem como as diversas mídias que podem ser utilizadas em programas de educação a distância,
apoiando-se na Teoria Sociointeracionista, de Vygotsky.
Dentre os aspectos abordados na metodologia do estudo online foi possível perceber a importância
da interatividade e da autonomia do aluno no desenvolvimento de seu próprio percurso.
SUGESTÕES DE LEITURA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Que os conceitos de Educação a Distância possam nos encaminhar a novas descobertas, por trilhas
que nos descolem dos paradigmas fordistas, buscando o caminho da colaboração, da autonomia, da
confiança nos conhecimentos prévios dos alunos que estarão em nossas salas de aula – presenciais
ou digitais.
Que este seja apenas o ponto de partida para novas conquistas de saberes que, certamente, serão
compartilhados e mediados, segundo a concepção de Vygotsky.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A
SEREM DESENVOLVIDAS
■ Conhecer a Plataforma Moodle e suas funcionalidades;
■ Embasamento Teórico para a prática na Plataforma Moodle.
A
Dínamo Educação utiliza como Ambiente Virtual de Aprendizagem a Plataforma Moodle.
As salas de aula virtuais encontram-se no seguinte endereço:
http://dinamoeducacao.com/moodle/
Na tela seguinte você deve clicar no link «Meus Cursos». Você será
direcionado à área onde estarão discriminadas as disciplinas em que
está matriculado(a).
Ao rolar a página você terá os tópicos destinados a cada uma das Unidades do Conteúdo Programático de
sua disciplina. Observe:
Você tem, portanto, todo o caminho que deve percorrer para realizar seus estudos a distância. Na
Apresentação da Disciplina você tem uma mensagem de boas vindas e deve participar do Fórum de
Apresentação.
Na Unidade 1, precisa assistir aos vídeos e ler o material didático disponível para, em seguida,
participar da atividade avaliativa proposta. Tudo de forma muito simples. Basta clicar nos links.
Veja que cada uma das unidades tem áreas específicas para Material Didático e Atividades
Avaliativas. Você também pode encontrar links que irão leválo(a) a outras áreas da internet, a vídeos
etc. E vai participar de muitos fóruns, para estar em contato com seus colegas de disciplina, uma
ferramenta assíncrona que faz com que você se sinta realmente parte de uma comunidade virtual de
aprendizagem.
Com esta representação gráfica, o Fórum permite que participantes tenham discussões
assíncronas, ou seja, que acontecem durante um longo período de tempo, sem a necessidade
de todos os participantes estarem online ao mesmo tempo.
É possível ao professor, por exemplo, estabelecer um número máximo de postagens dos alunos, em
um determinado período de tempo. Também há possibilidade de utilizar o Fórum como Atividade
Avaliativa, bem como enquanto espaço social para que os alunos e o professor se conheçam, onde
troquem ideias sobre o que gostam de fazer nas horas de folga. Veja outras utilidades do Fórum:
a) Informações sobre o curso - Fórum de Notícias;
b) Para discutir conteúdos do curso ou os materiais para leitura;
c) Para continuar online uma discussão iniciada em sala de aula.
A ferramenta Glossário permite que os alunos criem e mantenham uma lista de termos
ou definições, como um dicionário, que ainda pode contar com arquivos anexados, que
aparecem a cada entrada dos termos.
38 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
As palavras, depois de ter seus sinônimos e significado aprovados pelo(a) professor(a), ficam
disponíveis para todos os que estão matriculados na sala de aula, podendo ser pesquisados por
ordem alfabética ou por categoria, data ou autor.
É possível, ainda, fazer link dos termos a conceitos ou frases onde eles aparecem na sala de aula e até
mesmo link a sites externos ao ambiente virtual de aprendizagem. O Glossário pode ser avaliativo ou não.
O Chat ou bate-papo permite aos participantes conversar em tempo real, ou seja, todos que
querem conversar devem estar conectados à internet, devem estar online, visto que esta é
uma ferramenta síncrona. Pode ser utilizada para tirar dúvidas dos alunos relativamente
à disciplina. Para tanto, o professor precisa estabelecer um horário semanal ou diário para estar
conectado, aguardando a conexão dos alunos, para, assim, poder retirar as dúvidas que possam
existir relativamente ao conteúdo disponível na sala de aula virtual.
Portanto, a conversa pode ocorrer apenas para tirar dúvidas ou se configurar como atividade –
realizada de uma só vez ou de maneira repetida, na mesma hora todos os dias ou todas as semanas.
Esta ferramenta permite ao professor comunicar as atividades que o aluno deve desenvolver.
É por meio dela que o aluno vai enviar seu material ao professor que, posteriormente,
recolherá o trabalho e fornecerá notas e comentários.
Os alunos podem apresentar qualquer conteúdo digital (arquivos), como documentos de texto,
planilhas e outros, dependendo do que solicitar o docente. Os estudantes podem submeter os trabalhos
individualmente ou como membro de um grupo.
Também podem ser requeridas tarefas em que os estudantes tenham que digitar o conteúdo de sua
resposta diretamente no editor de texto (tarefa online).
Uma Tarefa também pode ser usada para lembrar aos alunos das atribuições do «mundo real», que
eles precisam para completar offline. Vejamos: informações sobre visitação a Museu para estudar as
obras de arte expostas, o que não necessita de qualquer conteúdo digital.
Ao analisar os trabalhos, os professores podem deixar comentários de feedback e fazer upload de arqui-
vos (envio de documentos para a plataforma, para conhecimento do aluno), além de deixar comentários.
A ferramenta Arquivo permite que o professor forneça aos alunos um arquivo como recurso
de sua disciplina, que pode ser word, pdf, excel, power point. Sempre que possível, o
arquivo será exibido na interface do curso, caso contrário, os alunos serão solicitados a
fazer o download.
Tudo o que está online, disponível gratuitamente, como documentos ou imagens, pode ser ligado à
disciplina. A URL não precisa ser a home page de um site.
Agora que você já é “craque” na Plataforma Moodle, exercite seus conhecimentos e aproveite todas
as ferramentas destinadas a promover sua aprendizagem!
Bons estudos!!!
REFERÊNCIAS
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distância. In: VALENTE, J. A.; ALMEIDA, M. E. B. de (Orgs.). Formação de educadores a distância
e integração de mídias. São Paulo: Avercamp, 2007.
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40 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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Imagens
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