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FAVENI

CAMILA JOANITA TAVARES

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E ASSISTIVAS EM CRIANÇAS


AUTISTAS

SÃO JOAQUIM DA BARRA


2023
FAVENI

CAMILA JOANITA TAVARES

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E ASSISTIVAS EM CRIANÇAS


AUTISTAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial à obtenção do título
especialista em Educação especial com ênfase
em deficiência intelectual.

SÃO JOAQUIM DA BARRA


2023
O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E ASSISTIVAS EM
CRIANÇAS AUTISTAS

Camila Joanita Tavares 1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO: Atualmente, é cada vez maior a presença da tecnologia na área da educação, o que
exige dos profissionais desta área, conhecimento e capacitação para uso de tais recursos. Neste
presente trabalho são apresentados conceitos e recursos com ênfase na educação, permitindo assim,
aos profissionais da área que realizem uma reflexão sobre a utilização da tecnologia na educação e
sua contribuição na construção do conhecimento. A pesquisa contemplou a utilização dos recursos
tecnológicos, porém vários outros fatores como interação, sujeito, educador estão diretamente ligados
ao bom desempenho de tais recursos, e que precisam ser avaliados quanto ao objetivo ao qual se
deseja alcançar. De modo geral, as ideias aqui apresentadas refletem a convicção de que o trabalho
do profissional deve ser coerente com a visão interacionista, ou seja, criança e objeto. Conclui-se que
as tecnologias combinadas com objetivos claros tornam-se ferramentas, capazes de ampliar e auxiliar
a aprendizagem do aluno.

Palavras-chave: Educação, Tecnologias, Jogos Digitais.

1
E-mail do autor:
1 INTRODUÇÃO

A tecnologia está presente em todos os tipos de relações sociais. Atualmente,


o surgimento de um tipo de sociedade tecnológica é determinado principalmente
pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação. Essas
tecnologias modificam a maneira como as pessoas vivem, pensam e até mesmo a
maneira de se comunicarem com outras pessoas e com todo o mundo (KENSKI,
2007).
Segundo Kenski (2007, p. 21),

A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de


determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A
ampliação e banalização do uso de determinada tecnologia impõem-se à
cultura existente e transformam não apenas o comportamento individual,
mas o de um grupo social.

Ainda segundo a autora citada (2007, p.19), “as tecnologias invadem as nossas
vidas, ampliam a nossa memória, garantem novas possibilidades de bem–estar e
fragilizam as capacidades naturais do ser humano [...].”
Os instrumentos tecnológicos de comunicação se desenvolvem e diversificam
sem parar. Nas atividades cotidianas, os indivíduos lidam com vários tipos de
tecnologias. Além de fazer parte do cotidiano das pessoas é imprescindível que as
tecnologias sejam utilizadas como recursos no processo educativo.
A utilização da informática como instrumento de aprendizagem e busca de
novos conhecimentos vem ampliando rapidamente, tornando-se um desafio aos
educadores. A presença de uma tecnologia de ensino como o computador, pode
colaborar no processo ensino–aprendizagem (KENSKI, 2007).
Busca-se, então, auxílio profissional, para compreender o processo de
aprendizagem e a busca de melhores soluções de aprendizagem. Nesse sentido o
professor pode utilizar a informática educativa como um recurso para proporcionar
ao aluno uma aprendizagem mais significativa.
A informática pode ser um recurso a mais para o professor, tanto na orientação
de profissionais da educação, quanto às crianças que apresentam dificuldades de
aprendizagem.
A tecnologia faz parte do cotidiano de todos os seres e precisa estar presente
também no cotidiano escolar das crianças. A utilização da informática como
instrumento de aprendizagem e busca de conhecimento vem se ampliando
rapidamente (KENSKI, 2007).
A ampliação das possibilidades de comunicação e de informação, por meio de
equipamentos, amplia a forma de viver e aprender na atualidade. Antigamente, as
pessoas se informavam e se atualizavam ao sair na rua e conversar com os
vizinhos, atualmente essa informação se dá também, por meio das telas, seja de
computadores ou televisores (DOWBOR, 2008).
Desse modo, o profissional que atua tanto na instituição, deve abrir-se para as
novas tecnologias, refletir sobre as formas de pensar e fazer educação. Adaptar-se
as mudanças e possibilidades que a tecnologia propicia. É o desafio a ser
enfrentado por todos os profissionais da área educacional.
A informática educativa, através dos jogos e atividades lúdicas, estabelece uma
excelente maneira de exercitar o raciocínio e a observação, contribuindo assim com
o processo ensino-aprendizagem
Essa pesquisa bibliográfica tem como objetivo geral analisar o uso das
tecnologias na educação, principalmente o uso de computadores e jogos educativos,
no processo ensino-aprendizagem.
Como metodologia, utilizou-se o levantamento bibliográfico, a qual possibilitou
um aprofundamento do tema, para que assim o estudo pudesse se confrontar com
o embasamento teórico, apontando caminhos para discutir, analisar e interpretar o
tema estudado.

2 O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Silva et. al (2012), define o TEA (transtorno do espectro autista) de uma forma
rica em detalhes e suas reais especificidades, “um transtorno global do
desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga
por toda a vida”. Ainda, a autora coloca que o TEA se caracteriza por “um conjunto
de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento”,
e salienta que, dentre estas áreas, geralmente a mais comprometida é a interação
social (SILVA et al, 2012, p.6)
Uma criança com TEA ainda nas palavras de Silva et. al. (2012), é um ser
puro, magnífico, neutro e singular em todo o seu modo de ser, e coloca que as
pessoas não devem se deixar contaminar com os estereótipos que a sociedade
possui a respeito delas. Para ela, “conhecer um autista é, segundo a autora, ter a
oportunidade de participar de um milagre diário”, ou seja, é ter que todo dia
redescobrir o novo que há nos recomeços (SILVA et al, 2012, p.9).
A classificação mais recente do TEA possui variações subdivididas em quatro
categorias, que vão desde o grau mais leve até o mais alto, e são divididos em:

a) Traços de autismo (cujas características são bem leves);


b) Síndrome de Asperger (possuem alguns comprometimentos básicos, mas
com um nível intelectual e de habilidades importantes);
c) Autismo de alto funcionamento (os savant);
d) Autismo Clássico (o que apresenta maior comprometimento, inclusive
intelectual) (OLIVEIRA, 2016, p. 13).

Stefan (1991 apud SÃO PAULO, 2003, p. 1), coloca algumas características:

Incapacidade para vincular-se de maneira ordinária com pessoas e


situações;
Incapacidade para adotar uma postura antecipatória frente às pessoas;
Nenhuma linguagem ou incapacidade de empregar a linguagem de maneira
significativa para os demais;
Excelente memória mecânica;
Repetição de pronomes pessoais do jeito que são ouvidos;
Repetição não só das palavras como também a entonação da pessoa com
quem fala;
Recusa de comida;
Reagem com horror a ruídos fortes e objetos em movimento;
Atitudes monotonamente repetitivas e necessidade de manter as coisas
sempre iguais;
Boa reação com objetos que lhe interessam, podendo jogar com eles
durante horas;
Boas potencialidades cognitivas e fisionomias inteligentes;
Fisicamente, essencialmente normais;
Provêm de famílias bastante inteligentes.

Nas palavras de Silva et. al (2012), a criança com TEA apresenta uma grande
inteligência, conseguindo tocar piano, sem nunca ter feito aula, conseguindo realizar
cálculos matemáticos, sem nenhuma aprendizagem escolar prévia. No entanto,
ainda há crianças que possuem certas limitações, tanto no raciocínio, quanto na
aprendizagem e principalmente na autonomia, necessitando de intervenções na
execução das atividades.
É importante dizer que em todos os que possuem o TEA, há potencialidades
e algumas limitações, no entanto, é preciso que a sociedade identifique
estas potencialidades e estimule a autonomia e o desenvolvimento destes
indivíduos, valorizando cada conquista. Desse modo, veremos no Brasil e
no mundo muito mais exemplos de pessoas com TEA que venceram suas
dificuldades e com ajuda da família ou de profissionais conseguiram
direcionar corretamente seus talentos para desempenhar papéis
importantes na sociedade (SILVA, 2012, p. 106).

Dentro do trabalho com as crianças com TEA, o profissional, se destaca no


momento de intervenções, desenvolvendo atividades, que possam auxiliar a criança,
na questão da autonomia e da aprendizagem escolar.

2.1 Os sintomas e o diagnóstico

De acordo com Oliveira (2016), no passo o TEA era considerado algo


relacionado ao gene dos pais, as quais passariam para os filhos como uma
síndrome, no entanto, o advento da ciência não comprovou tal relação, e não se
sabe qual o gene que se origina o autismo. Dessa forma, descarta-se a opção de
que a síndrome seja hereditária. Muitos estudos, comprovam que alguns cuidados
na gestação podem minimizar as chances de autismo, sendo eles, uso de drogas e
fatores ambientais.
O TEA de acordo com a DSM-IV é caracterizado “pelo desenvolvimento
acentuadamente atípico na interação social e comunicação e pela presença de um
repertório marcadamente restrito de atividades e interesses” (CAMARGO e BOSA,
2009, p.67).
Ainda, de acordo com os autores, os neurônios das pessoas com TEA
estariam com seu funcionamento comprometido,

[...] não funciona como uma unidade coesa”, (ligada), mas se reflete de
maneira contrária ao seu comportamento. Melhor explicando, podemos
dizer que, nas pessoas com TEA a ativação dos neurônios-espelho não
acontece. Os neurônios são ativados quando o indivíduo com TEA faz a
ação, mas não são ativados quando este sujeito observa uma ação de outra
pessoa (SILVA, 2012, p.87).

As crianças com TEA, apresentam alguns sintomas comportamentais, que


são destacados pelo autor,
Os indivíduos com Transtorno Autista podem apresentar uma gama de
sintomas comportamentais, incluindo hiperatividade, desatenção,
impulsividade, agressividade, comportamentos auto agressivos e,
particularmente, em crianças ramais jovens, acessos de raiva. Respostas
incomuns a estímulos sensoriais (ex: alto limiar para dor, hipersensibilidade
aos sons ou a serem tocadas, reações exageradas à luz ou a dores,
fascinação com certos estímulos) podem ser observadas. Pode haver
anormalidade na alimentação (ex: limitação a poucos alimentos da dieta) ou
sono (despertar noturno com balanço do corpo). Anormalidade de humor ou
afeto (ex: risadas ou choro sem qualquer razão visível, uma aparente
ausência de reação emocional) podem estar presentes. Pode haver
ausência de medo em respostas a perigos reais e temor excessivo em
resposta a objetos inofensivos. Uma variedade de comportamentos auto
lesivos pode estar presente (ex: bater a cabeça ou morder os dedos, mãos
ou pulsos) (RAPIN; GOLDMAN, 2010 apud GOMES et. al. 2016, p. 9).

“Cada criança tem maior ou menor facilidade com alguma área, e será nesse
ponto que os profissionais irão desenvolver sessões à serem trabalhadas com a
criança, sempre com o foco em avanços para outras etapas” (SILVA et. al., 2012, p.
157).
Algumas crianças com TEA, apresentam padrões variados, com
características próprias,

As pessoas com TEA têm padrões variados. Alguns têm seus próprios
interesses, suas próprias características, são repetitivos e estereotipados.
Outros ainda, pulam, balançam o corpo para frente e para trás, balançam as
mãos, batem palmas, fazem caretas ou ficam incessantemente vislumbrada,
observando um único objeto, manifestando preferências exageradas por
trens, aviões, dinossauros, bandeiras, carros e outros, e por não interagir
com os demais, tem dificuldades em participar de grupos e fazer
planejamento de longo prazo (OLIVEIRA, 2016, p. 16).

É preciso que se trabalhe com a criança com TEA a interação, a socialização,


e só é possível saber, se tal ação está surtindo efeito, nas palavras de Silva et. al.
se,

A primeira reação que pode mostrar que essa socialização está


acontecendo é quando o indivíduo com TEA aceita “olhar nos olhos”, “ser
tocado”, pois significa que ele começa a interagir com o outro. Tais atitudes
são processuais, graduais, e não acontecerá com todos ao mesmo tempo.
Mas, quando um indivíduo com TEA aceita interagir significa uma quebra
imensurável de paradigmas (SILVA et. al., 2012, p.15).

Trabalhar essa questão da socialização com crianças com TEA é muito


importante, pois faz com que as mesmas desenvolvam uma parte que se encontra
comprometida no cérebro, e que as impede de interagir com as demais pessoas. As
crianças com TEA, criam seu próprio mundo (SILVA et. al., 2012).
A forma de socialização do indivíduo com TEA tende a ser restritiva, uma
vez que esse lugar lhe parece muitas vezes como algo ameaçador. Por
isso, eles evitam o toque, o olhar, a relação. No entanto, é papel da família e
da escola buscar a interação, sem agredir a pessoa com TEA. A primeira
reação que pode mostrar que essa socialização está acontecendo é quando
o indivíduo com TEA aceita “olhar nos olhos”, “ser tocado”, pois significa que
ele começa a interagir com o outro. Tais atitudes são processuais, graduais,
e não acontecerá com todos ao mesmo tempo. Mas, quando um indivíduo
com TEA aceita interagir significa uma quebra imensurável de paradigmas
(SILVA et al, 2012, p.15).

Diante de todo esse cenário de dificuldade de socialização das crianças com


TEA, a autora coloca que há uma certa dificuldade em relatar alguns acontecimentos
diários, como saber se foram vítimas de agressões sejam elas físicas ou verbais.
Esse fato ocorre, devido a falta de entendimento que a criança com TEA possui em
compreender as intenções das pessoas (SILVA et. al., 2012).

2.2 Tecnologia assistiva: os sistemas de comunicação

As tecnologias assistivas (ou recursos didáticos específicos) são os meios


usados para aumentar, manter ou, ainda, melhorar as habilidades de indivíduos com
deficiências físicas ou sensoriais. Estes meios podem ser um item, uma peça de
equipamento, entre outros, e podem ser produzidos de forma artesanal ou
comercial, sob medida, ou produzidos em série (BERSCH, 2013)
A tecnologia assistiva é geralmente indicada pela equipe multidisciplinar de
reabilitação e envolve o indivíduo com deficiência e sua família.
Esse recurso engloba várias áreas: Comunicação Alternativa e Ampliada;
Adaptações de acesso ao computador; Equipamentos de auxílio para visão e
audição; Controle do meio ambiente; Adaptação de jogos e brincadeiras;
Adaptações da postura sentada; Mobilidade Alternativa; e Próteses e a integração
dessa tecnologia nos diferentes ambientes (BERSCH, 2013).
Os sistemas alternativos e aumentativos de comunicação implicam em
mecanismos de expressão e interação, distintos de palavras articuladas. Trata-se de
um recurso utilizado por pessoas que possuem limitações no uso cotidiano da fala,
independente da patologia, ou seja, distúrbios da comunicação oral. Os sistemas
alternativos e aumentativos de comunicação englobam diversas formas de
comunicação, desde o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, tábuas de
comunicação, sinalizadores mecânicos, símbolos pictográficos, até a utilização dos
sistemas de computador, tal como o da voz sintetizada (BERSCH, 2013).
A tecnologia assistiva e o seu valor enquanto recurso didático específico
usado pelo professor para a consolidação da inclusão de alunos com distúrbios na
comunicação oral.

A possibilidade de incluir um aluno com necessidade educacional especial


no ensino regular poderá ser efetiva a partir do momento que os professores
conhecerem e aplicarem procedimentos adaptados às necessidades
específicas de cada aluno, como podemos apontar em relação aos aspectos
comunicativos. Neste sentido, a realização de procedimentos e adaptações
sistemáticas poderão auxiliar e garantir a permanência do aluno com
necessidade educacional especial no ensino regular ou nas atividades
pedagógicas que são necessárias para o processo de ensino e
aprendizagem. (DELIBERATO, 2009).

Brasil (1990, APUD SANTAROSA, 1997), algumas ajudas técnicas facilitam o


acesso interativo de portadores de necessidades especiais, elas devem possuir as
seguintes características:
1) A resposta motora necessária para manejar a ajuda técnica deve se
adequar as possibilidades do usuário. Neste contexto, é possível que a pessoa
deficiente utilize teclas convencionais ou pressão sobre teclados, ou sobre um
comutador com alguma parte do corpo que seja propícia de controle (mão, cabeça,
pés etc.); há comutadores sensíveis a resposta de um sopro, som, rotação do globo
ocular, entre outros. Há grande possibilidade de se encontrar uma ajuda técnica
para adaptação das condições específicas da pessoa com deficiência.
2) As ajudas técnicas devem permitir diversas opções para seu usuário, tais
como: jogos, controle de ambientes, estudo, entre outras. Neste sentido, é possível
dispor de mais uma ajuda técnica com o uso de monitores, impressão, voz
sintetizada etc.; além disso, pode-se acoplar: rádios, televisão, vídeos, telefones etc.
3) As ajudas técnicas ao adaptar-se ao nível cognitivo e linguístico do
usuário, devem facilitar a sua vida, visando à autonomia pessoal e física
(mobilidade).

3 CONCLUSÃO
O uso das tecnologias associado à educação pode ser visto como um
instrumento que dará apoio ao professor que busca auxilio de outras áreas para
solucionar os problemas de aprendizagem. Apesar do rápido crescimento
tecnológico nos últimos anos e a oferta de recursos tecnológicos, ainda há
resistência por parte de educadores e professores em utilizá-los como ferramentas
pedagógicas, no processo ensino-aprendizagem.
A informática pode atuar na busca pelo conhecimento, colaborando assim com
o indivíduo na superação das dificuldades. No desenvolvimento do trabalho e de
acordo com os autores pesquisados, foi possível observar que a utilização do
computador e softwares educativos podem proporcionar uma experiência
significativa e relevante não só ao aluno que apresenta alguma dificuldade de
aprendizagem, mas aos demais também, pois dá suporte ao professor ao intervir
mediante as dificuldades da criança, como na linguagem LOGO.
Portanto, percebe-se que quando o computadores, os jogos eletrônicos e a
linguagem LOGO são utilizado de maneira pedagógica, por professores que
elaboram um planejamento contundente, com objetivos claros e com propostas de
interesse do aluno, para que este se sinta motivado a pesquisar, ampliar o seu
conhecimento e mostrar seu progresso, pois ele é um elemento ativo na construção
do seu conhecimento.
Assim, cabe ao professor atentar-se aos objetivos, aplicar as boas práticas na
utilização da informática e criar condições para que seus alunos possam refletir e
criar hipóteses sobre suas atuações diante dos recursos.
As crianças com TEA, necessitam do apoio de forma a trabalhar melhor a
questão da interação e da aprendizagem, e a tecnologia, seja ela educacional ou
assistiva, podem contribuir para desenvolver na criança com TEA essas questões.
O estudo conclui que parte do pressuposto de que a utilização das tecnologias
digitais e da linguagem LOGO podem ser ferramentas facilitadoras das
aprendizagens e da superação das dificuldades do aluno no processo de
aprendizagem.

REFERÊNCIAS
DOWBOR, L. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação. 4 ed. Rio
de Janeiro: Vozes, 2008.

KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. 6 ed.


Campinas: Papirus, 2007.

KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9 ed. Campinas:


Papirus, 2012.

OLIVEIRA, J. B. A. Tecnologia Educacional: teorias da instrução. 6 ed. Rio de


Janeiro: Vozes, 1978. Cap. 1, 17-56; Cap. 3, p. 71-79.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática Educativa: dos planos e discursos à sala de


aula. 7 ed. Campinas: Papirus, 1997. – (Coleção Magistério: Formação e Trabalho
Pedagógico).

OLIVEIRA, V. B. (Org.) Informática em psicopedagogia. 2 ed. São Paulo: SENAC,


1999. 166p.

OLIVEIRA, M. L.S. Formação docente e inclusão de alunos com transtorno do


espectro autista: algumas reflexões. Trabalho de conclusão de curso. João
Pessoa, 2016.

SILVA. Ana Beatriz Barbosa, et. al. Mundo Singular - Entenda o Autismo, Rio de
Janeiro. ED. Fontanar, 2012.

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