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Para um novo olhar nas formas de ensinar e aprender, os gêneros digitais ( nome
dado a uma nova modalidade de gêneros textuais, que surgiu com a Internet, dentro do
hipertexto), que viabilizou a criação de novos espaços para as diversas displinas do
contexto educacional, possibilitando um hibridismo entre a escrita, leitura e projeção de
conhecimentos amplos. Os gêneros caminham lado a lado com a comunicação, nada mais
compreensível do que eles acabarem adaptando-se às novidades do mundo,
principalmente às inovações tecnológicas sociais e educacionais.
O advento da informática e da internet, alterou não apenas as relações sociais,
educacionais e lingüísticas, novos gêneros surgiram, enquanto outros sofreram
modificações significativas. É o caso do e-mail, que nada mais é do que a evolução da
carta, já que dispensa o papel e a caneta, assim como a postagem via correios. O
destinatário recebe-o de forma instantânea, ao contrário da carta, que podia demorar dias,
meses ou até anos para chegar às mãos de seu leitor.
Trazer para o presente todas as possibilidades do futuro, mas sem esquecer das
mazelas que perduram do passado. A exclusão digital traz apenas mais uma faceta às
outras exclusões já vividas e conhecidas por essa faixa da população; por isso há a
preocupação em tratar a inclusão digital como uma facilitadora de outras inclusões, e não
apenas focada no uso técnico das novas ferramentas.
A exclusão digital não afeta apenas as pessoas que estão nos pilares da exclusão
socioeconômica, mas também outros
grupos, como os indivíduos portadores
de necessidades especiais. Na maioria
das vezes, as exclusões tendem a se
somar, e uma das principais
características dos excluídos, além de
fatores como raça, gênero e idade, é a questão da renda (status social), que converge
diretamente com o tempo de escolarização.
Há uma falta de indicadores e diagnósticos que mapeiem e analisem a situação
geral da exclusão digital no Brasil e nas suas diversas localidades. Essa falta de
diagnósticos também atrapalha a criação de políticas públicas para a área, o que causa,
em alguns casos, duplicidade de ações e de investimentos dos cofres públicos. Além
disso, falta medir essa inclusão que tantas vozes diferentes clamam e apregoam. Em
“Novos olhares na educação, inclusão e tecnologias: ferramentas pedagógicas para
ensinar, quem não consegue aprender”, destacamos e propomos então um modelo de
análise, desenvolvido a partir da noção dos capitais (social, técnico, cultural e
intelectual),
INCLUSÃO DIGITAL ESPONTÂNEA (IDE) E INCLUSÃO
DIGITAL INDUZIDA (IDI) PODEM SER UTILIZADAS PARA
ENSINAR, QUEM NÃO CONSEGUE APRENDER
Cognitiva – autonomia e independência no uso complexo das TIC. Visão crítica dos
meios, estímulo dos capitais cultural dos alunos típicos e atípicos, social e intelectual.
Prática social transformadora e consciente. Capacidade de compreender os desafios da
sociedade contemporânea.
Subcategorias: cursos avançados em softwares / produção de conteúdo; arte eletrônica;
formas de participação política; educação a distância; e metarreciclagem.
Quando se pensa em uma escola com visão futurista logo vem a ideia de que as
ferramentas tecnológicas, de maneira homogênea, substituem o caderno e lápis.
Fato: Na maioria das escolas públicas, observa-se a situação dos laboratórios de
informática que, infelizmente, é precária, além de que, quando são utilizados nas aulas
pelos professores, elas se tornam muito superficiais. Isso acontece pelo despreparo de
alguns docentes ao utilizar as tecnologias, pelo pequeno número de computadores
disponíveis e funcionando, pela falta de profissionais da área preparados para auxiliar os
professores e também pela falta de envolvimento de todos.
Dados: Em alguns lugares do Brasil, o uso deste recurso tecnológico nas escolas
públicas tem gerado um bom resultado. Um exemplo disso é o Projeto UCA3 (Um
Computador por Aluno), onde prevê mudanças nas ações pedagógicas, que desde 2005
investiga a possibilidade de adoção de laptops infantis educacionais como um meio de
elevar a qualidade da educação pública brasileira. Como pode-se conhecer, este projeto
propõe a inclusão digital pelo uso de computadores também pela família do aluno em
casa.
Dados: O governo brasileiro pretende instalar laboratórios de informática em
todas as 130 mil instituições de ensino público do país, projeto avaliado em 650 milhões
de reais. As primeiras escolas serão as do ensino médio e em seguida as municipais,
sendo que todas deverão ter pelo menos um laboratório de informática.
Fato: Nas escolas particulares nota-se que a situação é diferente. Existe mais
compromisso das pessoas envolvidas, de professores preparados e menos burocracia para
investimentos materiais. Porém, não é raro encontrar laboratórios de informática de
escolas públicas melhores que os de escolas particulares. Isso acontece pelo fato de que
na rede pública as verbas são maiores e a exigência de profissionais mais capacitados
também.
Fato: Portanto, pode-se usar como referência o fato em que nas escolas
particulares a inclusão digital está basicamente efetivada, baseado no fácil acesso aos
recursos disponíveis.
Atualmente estamos em meados de outubro de 2022 e observamos que na escola
pública, apesar de pequenos incentivos de educadores, a tecnologia para transformas
vidas e abranger coesamente os alunos que podem aprender de forma transformadora,
realmente não tem sido apropriada de maneira funcional pelo coletivo educacional.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A divisão digital numa perspectiva global. In: _____. A galáxia da
internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2003.
DEMO, Pedro. Inclusão digital – cada vez mais no centro da inclusão social. Inclusão
Social, Brasília, v. 1, n. 1, p. 36-38, out./mar., 2005.
DIAS, Lia Ribeiro (Org.). Inclusão digital: com a palavra, a sociedade. São Paulo:
Plano de Negócios, 2003.