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A NEUROCIÊNCIA NAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E ASSISTIVAS: COMO

CONTRIBUIÇÃO PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NAS


PRATICAS PEDAGÓGICAS COTIDIANAS.
Sandro Garabed Ischkanian
Simone Helen Drumond Ischkanian
Professora e Pedagoga - SEMED
Tutora do curso de Pós-Graduação em Tecnologias da Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Introdução - As tecnologias assistivas esquadrinham reduzir as limitações pessoais das pessoas com
deficiência (PCD), podendo romper barreiras e aproximar a comunicação entre os sujeitos envolvidos no
processo ensino e aprendizagem. A neurociência aplicada às tecnologias digitais e assistivas é uma
importante contribuição para os processos cognitivos globalizantes nas praticas pedagógicas cotidianas, a
educação a que se refere o presente artigo é aquela capaz de despertar competências e habilidades de
aprendizagem, com foco em uma educação que deve ter o dom de despertar no indivíduo aquilo que ele tem
de melhor para o desenvolvimento de seu senso crítico.

Fonte: Própria autora (2021)


Nesse aspecto, Freire (1997) enfatiza que a arte de educar consiste em despertar e estimular no educando
suas potencialidades dormentes. Em outras palavras, a educação deve ser um estímulo ao desenvolvimento
do ser humano em toda a sua essência, capacitando-o para a vida. Desse modo, poder-se-ia dizer que os
projetos tecnológicos digitais e assistivos delineados na UEA, estão alicerçados nessa visão globalizante e
transformadora da educação. O resultado do ensino tecnológico digital e tecnológico assistivo é a construção
do novo, é a criação de uma atitude questionadora para uma educação que reconstrói inquietações positivas
para aflorar novos conhecimentos pessoais, sociais e culturais.

A visão do potencial humano como força propulsora das transformações é um convite para sonhar novas
rotas para o desenvolvimento humano, ampliando a atuação do educador em relação ao conhecimento
daqueles que o acompanham não só na sala de aula, mas em qualquer ação educativa. A importância deste
trabalho desenvolvido na Universidade do Estado do Amazonas, nas turmas 1 e 2 do curso de Tecnologias
Educacionais para a Docência em Educação Profissional e Tecnológica, destaca que mesmo na EPT é
importante nos debruçamos sobre diferentes contextos culturais, tentando compreender como as visões de
mundo vão apresentando diferentes propostas éticas e de que forma esses modelos passam a reger nossas
motivações e nossos atos. Mas, a relevância do curso, está no diálogo com a alma humana, apresentando
princípios tecnológicos inovadores, metodologias e técnicas baseadas em valores universais, fundamentando
uma mudança interior dos educandos, que promove o surgimento de uma ordem social mais compatível com
a condição humana.

A neurociência nas tecnologias digitais e assistivas são capazes de mostrar qual é a melhor forma de tornar o
aprendizado real em sala de aula presencial e virtual, para que assim, os alunos da Universidade do Estado
do Amazonas realmente transcendam em seu conhecimento, afinal novas atitudes e práticas contribuem com
as mudanças e transformações que tanto buscamos para deixar o mundo melhor.

Palavras-chave: Tecnologia Assistiva – EPT - Inclusão – Neurociências – Educação - TICs

Objetivo – Evidenciar que as Tecnologias Digitais e Assistivas proporcionam aos educandos e à pessoa com
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão igualitária, através da ampliação de sua
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, desenvolvimento de habilidades para um aprendizado
globalizante em seus quefazeres cotidianos, alem da integração progressiva com a família, amigos,
educadores e sociedade.

Materiais e Método – O século XXI vem sendo marcado pela intensificação da globalização e pela
emergência de uma nova sociedade que se convencionou chamar de sociedade do conhecimento. Nos
últimos anos, tanto no Brasil como nos demais países, observa-se um movimento vertiginoso de mudanças
nos mais diferentes aspectos da sociedade. O processo de globalização e o desenvolvimento tecnológico
priorizaram modificações significativas no mundo do trabalho, em que o desenvolvimento tecnológico é
evidente e constante, e a importância atribuída à informação e ao conhecimento é incontestável.

A importância da “neurociência nas tecnologias digitais e assistivas para o processo de ensino e


aprendizagem nas praticas pedagógicas cotidianas”, é inegável, visto que as novas ferramentas técnicas
auxiliam o coletivo educacional na otimização dos processos que envolvem as formas de aprender.

O ensino com foco nas tecnologias digitais e assistivas aguça fatores pertinentes a neurociência do
pensamento transformador em espiral crescente, oportunizando um aprendizado global, tendo em vista que a
estimula a autonomia dos estudantes no processo de aprendizagem; incentiva da interação com alunos e
professores através de diálogos, debates e fóruns; promove o acréscimo do interesse dos alunos e
potencializa a criatividade pessoal de cada um. A tecnologia assistiva (TA) é vista como uma verdadeira
área do conhecimento, um conjunto de práticas, recursos, materiais, metodologias, serviços, produtos e
estratégias que visam aumentar a participação, inclusão social, autonomia, qualidade de vida e
independência das pessoas com deficiência, incapacidades, transtornos e mobilidade reduzida.

A Universidade do Estado do Amazonas destaca no Amazonas, uma educação coesa, afinal ensinar, é criar
possibilidades para o pensar e, consequentemente, para o saber, e é praticando o pensar, através da pesquisa
que se projeta um caminho certeiro, pois a prática de pensar é a raiz para a construção de um
desenvolvimento intelectual tecnológico harmônico e criativo, em que as diferenças não geram
distanciamento, mas sim a possibilidade do exercício da complementaridade, propondo uma trajetória
flexível e integrada em direção a um mundo menos violento, mais cooperativo, mais competente, viável e
em paz.

Resultados – A sociedade moderna caracteriza-se por uma abundância de informação, associada à sua
globalização, num quadro de mudança permanente, em que o conhecimento científico também está sofrendo
alteração profunda, com a progressiva substituição do determinismo clássico por um paradigma emergente,
em uma nova abordagem científica da complexidade do ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o presente
artigo proporcionou abordar sobre um novo contexto educacional; destacando a relação entre neurociência e
educação tecnológica, mostrando cada vez mais, como o processo de aprendizagem do cérebro
transcendente, quando estimulado coesamente.
A profissão de docente, a importância da relação professor-aluno e a conceituação de competência e sua
construção no ensino educacional; possibilitou concluir que atualmente é imprescindível que o docente
trabalhe buscando construir competências em seu dia a dia, para mediar possibilidades capacidade para ir
além do que está prescrito. À medida que as tecnologias e a globalização expandem e se tornam cada vez
mais próximas aos educandos, a UEA, oportuniza formações ao setor educacional do Amazonas, uma vez
que este setor também precisa encurtar a distância existente entre aluno e professor e fazer dessa
aproximação uma forma de adquirir e estimular competências.

A palavra competência tecnológica vem do latim e pode ser definida como um elemento com direito ou
qualidade legal para avaliar uma questão, com capacidade de resolver qualquer assunto ou concorrência de
mais de um indivíduo à mesma pretensão.

O conceito de competência tecnológica digital e competência tecnológica assistiva, são como um saber agir
com responsabilidade e reconhecimento, o que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos, habilidades, que agreguem valor social ao indivíduo. A expressão do tema deste artigo “agregar
valor” significa que o desenvolvimento e a combinação das competências individuais devem resultar no
desenvolvimento de competências individuais e competências essenciais. As competências que delineiam as
tecnologias enfocam na capacidade de reconhecer a complexidade das situações e dos desafios cotidianos e
de tomada de atitude frente a isso, utilizando o conhecimento aprendido. É a junção do repertório de saberes,
chamado por ele de “recurso cognitivo”, com a capacidade de tomar decisões frente a situações problemas e
desafios, dos mais específicos aos mais cotidianos.

Os professores do curso de Pós-Graduação em Tecnologias da Universidade do Estado do Amazonas -


acreditam na capacidade do aluno de construir ativamente o seu conhecimento, passa a considerá-lo o centro
do processo de ensino e aprendizagem, reconhecendo que suas capacidades globais. O ambiente de
aprendizagem virtual (AVA UEA) permite que os educandos possam ser líderes, para processar a capacidade
de criar, inovar e aplicar a aprendizagem na sala de aula virtual e presencial, e em todo o ambiente de
trabalho.

Conclusão - Vive-se hoje um momento extremamente importante no campo educacional brasileiro. A


introdução de reformas que querem consolidar a reorganização institucional e legal, com iniciativas que
visam concretizar o que a nova LDB prescreve, comporta mudanças decisivas, estando a formação do aluno
e do educador entre as mais importantes.
A neurociência nas tecnologias digitais e assistivas: como contribuição para o processo de ensino e
aprendizagem nas praticas pedagógicas cotidianas, transforma o distante em próximo, o estranho em
familiar, o desconhecido em conhecimento, com um discurso orientado pelo desejo de diálogo, que seja
compreensível e que atue no sentido de contribuir e aprofundar a compreensão do indivíduo sobre o seu
papel em sociedade. Dentre as tecnologias assistivas existentes, este artigo prioriza as tecnologias da
informação e comunicação presente coesamente no curso da EPT da Universidade do Estado do Amazonas.

Os resultados descrevem que o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) pelas pessoas
com deficiência é um recurso que desencadeia transformações sociais, além de mudanças na forma como o
conhecimento é construído. Não se pode negar a complexidade que envolve o ser humano e, no que se refere
ao processo ensino-aprendizagem, as implicações sociais, culturais, orgânicas, cognitivas e emocionais e
espirituais. Em se tratando dessa multirreferencialidade, são necessários a compreensão e o tratamento do ser
humano como ser-pessoa-aluno-educador, mas o trabalho docente nesta modalidade de ensino é: ser capaz
de interligar uma série de premissas e promover o progresso da educação, ciência e cultura pelo
compartilhamento de informações e pela criação de novos meios de aprendizagem e conhecimento. Conclui-
se que os recursos tecnológicos saciam parte das limitações oriundas da deficiência, minimizando as
barreiras na comunicação e aprendizagem. Nossos agradecimentos às professoras Danielle Pompeu Noronha
(UEA) e Lucilene Maciel Coelho Prado (UEA), por iluminar vidas.

Referencias:

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.


MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: ed. Papirus, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
______. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

Biografia dos Autores


Sandro Garabed Ischkanian é formado em Matemática pela
Universidade Federal do Amazonas e especialista em
Comunicações. Atua como educador da UEB.

Simone Helen Drumond Ischkanian é formada em magistério pelo


Instituto de Educação do Amazonas, pedagogia pela UFAM.
Possui especialização em: Educação Infantil UFAM,
Psicopedagogia (em formação) pela Universidade de Minas
Gerais, Coordenação, Supervisão e Orientação Educacional pela
Universidade do Rio de Janeiro. É professora e pedagoga
concursada da SEMED Manaus. Trabalha como professora tutora
na UEA no curso de pós-graduação em tecnologias. Formadora EAD em plataformas educacionais do Brasil. Autora
do Método de Portfólios: Inclusão, Autismo e Educação com registro no MEC PY e Ministério das Relações
Exteriores, mestra em Ciências da Educação pela Universidade São Carlos e Doutoranda pela UNISAL - WhatsApp
(92) 98813-9525 – 98808-2372

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