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WEB 2.

0 E EDUCAÇÃO – USOS E POSSIBILIDADES

VANDRESEN, Ana Sueli Ribeiro – SEED-PR


anavandresen@seed.pr.gov.br

Eixo Temático: Comunicação e Tecnologia


Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

Esse artigo visa à apresentação do resultado obtido em pesquisa realizada sobre a forma como
a utilização da Web 2.0 na educação está sendo pensada por pesquisadores sobre o tema e
posta em prática pelos professores. Essa pesquisa desenvolveu-se para a realização de
trabalho de término de curso, desenvolvido para o curso de especialização Tecnologias em
Educação, na modalidade EaD, ofertado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado do Paraná. O crescente avanço
tecnológico ocorrido nas últimas décadas e o fato de que nas salas de aula encontram-se
crianças e adolescentes que nasceram e cresceram em meio às tecnologias digitais, que vivem
na e em rede se utilizando de todos os recursos proporcionados por ela, os quais a fizeram ser
(re)denominada Web. 2.0, justifica o interesse pelo tema e a investigação realizada. Afinal, as
possibilidades que essa nova web traz, além de instaurarem um novo modo de se apreender a
realidade, fazem com que o computador se transforme em mais um ambiente cognitivo, tendo
em vista que o usuário deixa de ser um sujeito passivo para se tornar alguém que troca
informações, interage e colabora em ambientes on- line. Esse novo ambiente cognitivo,
oportunizado pela Web 2.0 deve ser aproveitado no contexto educacional. Os recursos estão
na rede, basta acessá-los. Mas, e o professor? Como se posiciona em relação a esse uso? Que
recursos da Web 2.0 conhece e utiliza em suas práticas? Para responder a esses
questionamentos, inicialmente foi feita a revisão de literatura sobre a Web 2.0, pautada em
autores entre os quais se relevam Akagi (2008), Ferreira e Bastos (2006), Póvoa (2006),
Ribeiro (2008) e Barros (2005). Realizado o embasamento teórico, elaborou-se um
instrumento de investigação, no formato de questionário on line, contendo questões
relacionadas ao uso da Web 2.0 por professores da rede pública estadual do Paraná. Esse
instrumento de investigação foi enviado, via e-mail, para alguns professores, dessa rede de
ensino, pertencentes aos núcleos regionais de educação da área metropolitana de Curitiba.
Após a coleta desses dados, fez-se a análise dos mesmos e frente ao resultado obtido, são
tecidas as considerações aqui apresentadas bem como as sugestões que as seguem.

Palavras-chave: Educação. Web 2.0. Práticas educativas.

Introdução

Os avanços tecnológicos que permeiam a vida cotidiana das pessoas não se limitam,
ao uso de novos equipamentos ou produtos, tendo em vista que modificam comportamentos
acima de tudo, ocasionando mudanças na forma de se ver o mundo que as cerca, de se
comunicar bem como de produzir e adquirir novos saberes.
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Quando se pensa ou fala sobre essas tecnologias, imediatamente vem à mente a


Internet e todas as suas possibilidades de desdobramentos, que invadem um grande número
dos familiares. Essa invasão tecnológica gerou, a partir dos anos 80, os “nativos digitais” 1 -
crianças que nascem e crescem em meio a essas tecnologias, manuseando, desde muito cedo,
videogames, Internet, celular, MP3, MP4, MP5... IPOD, tablets. Esse convívio gera sujeitos
que se caracterizam por receberem informações muito rápido, por utilizarem acessos
randômicos como hipertextos e funcionarem melhor na e em rede. Crianças, adolescentes e
jovens que freqüentam os bancos de nossas escolas e universidades. Fazem parte do sistema
educacional e constituem a denominada geração multitarefa, ou seja, veem TV, ouvem
música, usam o notebook, teclam o celular, tudo ao mesmo tempo (ALVES; HETKOWSKI,
2007). Não se intimidam frente a um novo aplicativo, pois gostam de experimentá-los; são
blogueiros, navegantes da rede. Crianças e jovens que interagem, via rede, com os mais
diversos produtos, lugares e pessoas. Vivem a rede, compartilham na rede, se conhecem via
rede, vivenciam a chamada Web 2.02.
Vivência, esta, que está longe de ser compartilhada pela grande maioria dos
professores. Entretanto, os recursos ofertados por ela, usados pelos nativos digitais, estão aí,
disponíveis para serem incorporados à práxis educativa. Mas como? De quê forma?
Essas indagações ecoam no íntimo de muitos educadores que buscam se manter
atualizados frente às inúmeras mudanças tecnológicas e suas possíveis aplicações no ambiente
educacional, tendo em vista as contribuições que podem trazer à prática educativa.
Contribuições que, segundo Akagi (2008) vão desde a anotação e discussão de aulas à escrita
colaborativa de textos e projetos em wikis; à gravação de programas, pelos próprios alunos, e
de sua distribuição no formato de MP bem como baixá-los para que sejam escutados no
IPOD; passando pelo uso pedagógico do Facebook.
Diante do exposto, entendeu-se como relevante pesquisar sobre o tema. Para tanto,
realizou-se pesquisa bibliográfica, seguida de pesquisa junto aos professores da rede sobre o
conhecimento e uso que eles fazem da Web em sua prática pedagógica. Os resultados obtidos
são apresentados nesse artigo, trazendo à luz as aplicabilidades da Web 2.0 no contexto
educacional e o uso que os educadores da rede pública o Estado do Paraná fazem dela.

1
Esse termo foi cunhado por Marc Prensky, em 2007 (MONTEIRO, 2009).
2
O termo Web 2.0 foi apresentado pela primeira vez por Tim O’Reilly para definir aplicativos utilizados na rede, que
aproveitavam a inteligência coletiva dos usuários, propondo uma experiência de uso parecida com os desktops, na qual os
softwares são disponibilizados na internet como um serviço, e a web, como uma plataforma (BRANCO, 2009).
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Web 2.0

Web 2.0 é um termo muito utilizado por usuários da rede, possuindo, porém, uma
significação ampla. Por esse motivo, considera-se destacar que neste artigo, adota-se o
conceito de Ferreira e Bastos que definem a Web 2.0 como

uma plataforma que comunica e partilha conteúdos e serviços, potenciando uma verdadeira
arquitectura participada, onde os conteúdos, postados por cada um de nós, encontram seu
espaço na rede e obtêm a divulgação adequada. Representa um novo paradigma onde a
colaboração ganha força suficiente para concorrer com os meios tradicionais de geração de
conteúdo. [...] refere-se a uma suposta segunda geração de serviços da internet. (FERREIRA;
BASTOS, 2006)

Em relação às tendências da Web 2.0, Póvoa (2006) apresenta cinco padrões: 1) a


web como plataforma – os sítios, devido à parte das características estáticas, tornaram-se
verdadeiros aplicativos no servidor, propiciando maior integração dos usuários, devido às sãs
funcionalidades serem mais avançadas e sofisticadas; 2) o Beta eterno: designa a evolução, ad
eternun, dos softwsares e aplicativo, que por estarem em rede, havendo feedback dos usuários
e uma testagem constante de sua funcionalidade, fazem com que essa evolução torne-se um
processo, ou seja, uma evolução sem fim; 3) as redes sociais - exemplificadas, por meio do
Orkut e My Space, dentre outros, apesar de existirem desde o início da internet, tiveram
aumento vertiginoso do número de usuários, gerando um maior, melhor e mais sofisticado
desenvolvimento dos sítios e/ou aplicativos devido, aliado à disseminação da banda larga; 4) a
flexibilidade no conteúdo - na Web 2.0, o conteúdo pode ser publicado tanto por profissionais
da área – editores, quanto pelos próprios usuários, via ferramentas de publicação
multiplataforma (PC, celular, PDAs, IPTV) ou via Wikis, como é o caso da Wikipédia; e as
tags - com elas, a classificação do conteúdo, tradicionalmente classificado para ou pelo o
usuário, em categorias pré-definidas, passa a ser feita pelos próprios conteúdos, que se
autoclassificam.
Como se pode observar, a partir desses padrões, enquanto na Web 1.0, o usuário
tinha uma atuação passiva, sendo apenas um expectador, na Web 2.0, ele passa a ser autor,
pois interage de forma dinâmica: lê, modifica, cria e recria conteúdos.
Como o armazenamento ou o processamento local deixam de existir na Web 2.0
porque os dados são migrados para servidores on line, pode-se ter acesso a eles de qualquer
lugar. Dessa forma, o “privado torna-se público. Arquivos, compromissos, agenda, lista de
12660

favoritos, tudo é compartilhado na rede, tornando-se acessíveis a todos os usuários”


(BRANCO, 2008, p. 07).

Ferramentas da Web 2.0 e as possibilidades de seu uso na Educação

Visando uma interação maior do que aquela com que se estava acostumado a ter na
web 1.0, a Web 2.0 apresenta um grande número de serviços, muitos deles ofertados por sítios
que possibilitam altos níveis de interação, compartilhamento, troca de opiniões não possíveis
antes dela. Entre eles, destacam-se as redes sociais Facebook e Orkut, o Skipe3; o Twitter4; a
Wikipedia5; e o You Tube6.
Outras formas de compartilhamento presentes na Web 2.0 são: a) os blogs ou
blogues – sites em forma de diário onde os textos são apresentados em ordem cronológica
inversa e que permitem uma atualização rápida por meio de acréscimos de “posts” ou
arquivos; b) as Wikis - sites cujo conteúdo é adicionado e mantido por quem os visita, em
uma escrita colaborativa; c) agregação de conteúdo - disponibilização em um site conteúdo
publicado em outros, buscando facilitar o acesso ou enriquecê-lo com a opinião de outros
utilizadores.
Verifica-se, assim, que a Web 2.0 caracteriza-se pela simplicidade e pela troca rápida
de informações; pela facilidade de publicação e de disponibilização rápida; pela atuação do
usuário, agora autor, produtor de conteúdo na Web 2.0, que participa, socializa, interage; pela
utilização da inteligência coletiva para organizar de modo mais eficaz a rede.
Releva-se nesse contexto o Google, buscador desenvolvido em 1996, que hoje vem a
ser o serviço de busca mais rápido do mundo. Porém, não é somente como uma imensa fonte
de pesquisa mundial, seja de textos ou imagens, que ele pode ser usado. Ele possui outros
serviços, como conta de e-mail (gmail), rede social (Orkut), o Google Maps – permite a
visualização de mapas e rotas de tráfego; o Google Docs – série de aplicativos on line, com
editor de textos, criador de formulários, apresentações, planilha e compartilhamento,
permitindo, também, a construção de textos colaborativos; o Google Answer – onde é
possível fazer uma pergunta sobre um assunto e ter repostas dos outros usuários; o Google
Groups, aplicativo que possibilita a postagem, leitura e compartilhamento de arquivos, a partir
de grupos e o Google Earth – programa que apresenta de forma tridimensional um modelo
3
permite a comunicação de voz e vídeo grátis entre usuários ou software, sendo disponibilizado em mais de 20
idiomas e usado na maioria dos países, permitindo comunicação de e para telefones, sejam fixos ou celulares.
4
usado por pessoas em todo o mundo para informarem outras, amigas ou não, sobre o que estão a fazer em cada
momento.
5
uma enciclopédia escrita em colaboração pelos seus leitores.
6
permite aos utilizadores ver e partilhar vídeos.
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globo terrestre, feito a partir de fotografias de satélites. Assim, tem-se tanto a geração de
mapas bidimensionais como simulações das regiões do planeta.
Todas as ferramentas apresentadas podem ser usadas no contexto educativo,
bastando para isso que o professor se aproprie de suas funções e se disponha a usá-las, como
aliadas de sua práxis. Nesse contexto, em que a comunicação e interação professor-aluno
fluem mais facilmente, o professor “deixa de ser o detentor do saber e transmissor de
conteúdos, passando a ser o facilitador, aquele que estimula nos alunos a cultura de produzir e
debater idéias.” (RIBEIRO, 2008).
Também permeiam esse contexto de possibilidades da Web 2.0 no uso educativo:

a) o Podcast – arquivo de áudio digital publicado por meio de podcasting na internet,


como também para designar ao formato de transmissão com RSS; Além de arquivos em
áudio, há também, arquivos em vídeo, os quais são denominados de videocast. Seu
surgimento contribui de forma significativa para a disseminação de notícias e informações de
forma rápida, segura e gratuita, constituindo-se num meio de comunicação de grande
utilidade;

b) a Webquest - segundo Barros (2005), é uma metodologia que cria condições para que
a aprendizagem ocorra, utilizando os recursos de interação e pesquisa disponíveis ou não na Internet
de forma colaborativa. É uma oportunidade de realizarmos algo diferente para obtermos resultados
diferentes em relação à aprendizagem de nossos alunos. Além de que, as Webquests oportunizam a
produção de materiais de apoio e ao ensino de todas as disciplinas de acordo com as necessidades do
professor e dos alunos; e

c) as Ferramentas on line - várias são as ferramentas disponibilizadas on line que


podem ser utilizadas com cunho pedagógico. Dentre elas, pode-se citar o Voki - permite a
criação de um avatar com as características pessoais do usuário, possibilitando, também, a
gravação de voz, seja, diretamente pelo site seja pelo envio de upload; o mapa interativo -
permite a localização de um usuário no mapa bem como inserir fotos e descrição, desde que
seja curta; o webpaint – wiki que possibilita, além da escrita colaborativa, a criação de um site
colaborativo, com inserção de fóruns e galeria de imagens; o toondoo – para criação de
histórias em quadrinhos; o webnotes – possibilita a escrita de lembretes ou de pequenos
textos; o tikatok – para criação de livros virtuais; o slideshare – possibilita o
compartilhamento de apresentações; o flickr – para o compartilhamento de imagens; o player
e o gravador de áudio, para gravação e execução de áudio.
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A Pesquisa

Após ter sido determinada a forma de levantamento de dados para análise – uma
pesquisa de campo por meio de questionário on line, procedeu-se a escolha da amostragem.
Como o intuito da pesquisa era o de verificar o uso da Web 2.0 por professores da rede
pública estadual, por sua abrangência, delimitou-se a amostragem aos professores, dessa rede,
da região metropolitana, a qual no contexto da Secretaria de Estado da Educação é dividida
em três áreas ou Núcleos Regionais de Educação - doravante, NRE, a saber: NRE de Curitiba;
da Área Metropolitana Norte e da Área Metropolitana Sul.
Restringindo ainda mais a amostragem, optou-se pelo envio do link do formulário on
line, desenvolvido a partir da ferramenta Google docs, somente aos professores dessa região,
inscritos na lista de contatos da pesquisadora, dos cursos em que a mesma prestou tutoria.
Dessa forma, foram enviados, para 157 professores da rede, e-mails com a
solicitação de preenchimento do questionário on line, obtendo-se o retorno de 38
questionários, ou seja, de 24%%.
Esse instrumento de investigação, elaborado a partir dos recursos ofertados pelo
Google Docs, constituiu-se de as treze questões, sendo algumas de múltipla escolha.
As questões 1(Indique o núcleo em que você leciona), 2(Que disciplina você
leciona?), 3(Há quanto tempo você leciona?) e 4 (Qual a sua idade?) visaram o levantamento
do perfil da amostragem, buscando na análise dos dados obtidos, a percepção do
estabelecimento ou não de relações entre o conhecimento e/ou uso da Web 2.0 com a área de
atuação e idade do professor-informante.
O levantamento da acessibilidade à rede bem como o nível de usuário foram
fornecidos pelas questões 5, 6, 7, 8. As demais questões relacionam-se com o conhecimento
que os professores-informantes possuem sobre a web 2.0 e o uso que fazem dela. São estas
questões orientam as considerações aqui apresentadas.
Desta forma, por meio dos dados obtidos nesse conjunto de questões, verificou-se
que a maioria dos professores desconhece a Web 2.0, pelo menos a terminologia Web 2.0.
Contudo, ao serem questionados sobre conhecerem os recursos tecnológicos disponibilizados
na rede, apenas um dos 38 professores-informantes respondeu que não. Observa-se, dessa
forma, que eles desconhecem que esses recursos constituem a chamada Web 2.0, ou que a
esses recursos dá-se essa denominação.
Em relação ao uso que fazem desses recursos em sua prática pedagógica observa-se
que maioria dos professores-informantes já os vem usando e que aqueles que, ainda não os
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usam, gostariam de incorporá-los à sua práxis. Isso não significa, no entanto, que tenham
adquirido um maior conhecimento sobre o uso do computador e da rede no contexto
pedagógico. Afinal, desconhecem a Web 2.0, mas a utilizam dentro e fora do contexto
educacional. Infere-se, portanto, que agem intuitivamente. Ou seja, conhecem o recurso fora
do contexto escolar e visualizam seu uso na sua disciplina de atuação ou tomam
conhecimento de experiências bem sucedidas do uso desses recursos por colegas e passam a
utilizá-los também.

Considerações Finais

Após o levantamento das possibilidades de uso da Web 2.0 no contexto educacional,


a partir do estudo de autores como Akagi (2008); Ferreira e Bastos (2006); Ribeiro (2008) e
Barros (2005), constatou-se que ela pode ser um recurso auxiliar relevante da prática
pedagógica.

Nesse sentido, os blogs podem ser excelentes auxiliares dos professores, de qualquer
área de conhecimento, na fixação dos conteúdos trabalhados, pois eles possibilitam que sejam
postados, sejam eles texto, vídeos, imagens e áudios, permitindo a interação dos alunos por
meio de comentários, postagens de outros textos, de outros vídeos, imagens e ou áudios. Um
bom exemplo é o netescrita7 e o Google blogs.

A wiki oportuniza a escrita colaborativa de textos, que pode ser feita por meio de
comentários das aulas, de textos, livros, relatos de experiências, como também, pode fazer
parte de atividades de produção textual, tanto da língua portuguesa quanto da língua
estrangeira, promovendo a interação entre os alunos e a possibilidade deles serem autores8.
Outro uso da wiki, no contexto educativo, é a criação de uma enciclopédia temática, de
acordo com a disciplina trabalhada. Por exemplo, uma enciclopédia sobre a História Antiga.
Para sua realização os alunos, primeiramente, dividiriam o tema em assuntos, pesquisariam
sobre eles, (inclusive na Wikipédia) e depois postariam na wiki. Os colegas poderiam
interagir, inserindo conteudos e imagens. Outro recurso, para esse tipo de atividade de escrita
compartilhada, é o Google Docs.
Os podcasts, por sua vez, podem ser usados para a gravação de conteúdos trabalhados
em sala de aula em áudio, servindo como meio de veiculação do conteúdo trabalhado. Ele,
também, pode ser uma atividade a ser realizada para as diversas disciplinas curriculares, como

7
Ver: <http://netescrita.blogspot.com/>.
8
Ver: <http://docs.google.com/View.aspx?docid=a2c97f77mdh_bdhwx9mk4dgn3>>.
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esta: pesquisar na rede um áudio em português, falando sobre a importância da atividade


física para a saúde. Nessa atividade, além o podcast, também se estaria usando o recurso
player e gravador de áudio, possibilitando o corte e edição do material gravado. Outro uso do
podcast é na criação de uma rádio escolar on line9, como já realizado por muitas escolas.
O Youtube pode se utilizado como uma ferramenta complementar às aulas, por meio
de pesquisas realizadas; e, as webquests10 podem ser usadas por qualquer disciplina curricular
como atividades complementares ao conteúdo desenvolvido, trabalhando de forma
interdisciplinar, ludicamente.
Além disso, as produções de texto, sejam elas de língua portuguesa ou de língua
estrangeira, podem ser enriquecidas com a utilização das ferramentas toondoo11- para o
desenvolvimento de histórias em quadrinho (HQ) e tikatok12- para desenvolvimento de livros
on line, por qualquer disciplina, pois o conteúdo do HQ ou do livro digital pode ser, por
exemplo, uma exploração no Ártico (Geografia); um passeio ao mundo de Pitágoras e de seus
conceitos atemáticos (Matemática e Filosofia); ou uma viagem ao interior do cérebro humano
(Ciências), entre tantas outras possibilidades.
As atividades de literatura tornam-se mais atrativas com a criação dos personagens-
avatares com o Voki13; o webpaint14 traz para mais perto a possibilidade dos alunos
conhecerem e interagirem melhor com as diversas técnicas de desenho e pintura, por meio de
postagens de imagens, de forma colaborativa; o webnotes15; auxilia tanto alunos e professores
na disseminação de informações sobre as disciplinas: solicitação e data de entrega de
trabalhos, data de provas, formação de grupos de estudos, informações sobre disponibilização
de textos, encontros etc.
O conteúdo das aulas, bem como apresentações realizadas pelos alunos, pode ser
disponibilizado on line pelo slideshare16; da mesma forma que no flickr17, esses conteúdos
também podem ser disponibilizados como imagens.
Finalizando, ressalta-se que

9
Ver: < http://www.saladeaula.wikispaces.com/Podcast
10
Ver: < http://www.clubedoprofessor.com.br/webquest/>.
11
Ver: < http://www.toondooo.com>.
12
Ver: <htpp://beta.tikatok.net>.
13
Ver: < http://www.voki.com>.
14
Ver: < http://www.youtube.com/watch?v=YobDbN_CaQs&feature=fvst>.
15
Ver: < http://www.aypwip.org/webnote>.
16
Ver: <http://www.slidshare.net>.
17
Ver: <http://www.flickr.com>
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o conteúdo digital é um poderoso aliado para o ensino. O grande desafio é trazer


essa informação aos educadores que precisam, em muitos casos, vencer sua própria
resistência a esse novo meio de acesso à informação (ALMEIDA, 2003, p. 104).

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