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Apresentação
Com as tecnologias digitais de informação e comunicação, além do advento da web 2.0, as pessoas
passaram de meros receptores de conteúdo para produtores de conteúdo na Internet. A partir
disso, uma gama de ferramentas, tais como: blogs, redes sociais, entre outros, surgem com o
potencial de reunir informações e conteúdos gerados por seus usuários. A sociedade está diante da
inteligência coletiva, a qual transforma os processos de ensino-aprendizagem tradicionais. No
entanto, apesar de ser muito benéfica para a construção de conhecimento, esse atual cenário da
web também pode apresentar problemas frente à quantidade enorme de conteúdos gerados por
seus usuários. Por isso, há muitos desafios quanto à credibilidade desses conteúdos gerados, os
quais exigem o desenvolvimento de habilidades críticas e de questões relativas aos direitos
autorais.
Bons estudos.
Os alunos precisam escrever com as suas próprias palavras o que entenderam, não podendo usar
citações literais sem mencionar o autor da obra.
Diante dessa situação, que estratégias você utilizaria para evitar o plágio, além de desenvolver a
criticidade dos alunos quanto às fontes de informação mais adequadas para esse trabalho, dentro
da sua área disciplinar? Lembre-se de justificar a sua resposta.
Infográfico
Um tema que gera sempre muita discussão no atual cenário da web é o que se refere aos direitos
autorais. No ambiente acadêmico e escolar é extremamente urgente discutir esse assunto, tendo
em vista que os alunos estão o tempo todo usando e reutilizando as informações e os conteúdos
disponíveis.
No Infográfico a seguir, você vai ver os princípios básicos de direitos autorais na Internet, os
quais ajudam a evitar o plágio e o uso indevido da informação.
Confira.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Conteúdo do livro
Com a web 2.0 surge a oportunidade de produzir e divulgar informação em diversos formatos,
assim como em vários canais. Esse processo, chamado de inteligência coletiva, forma uma rede
colaborativa de construção de informação e conteúdo.
Na obra Tecnologias educacionais, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo
Internet: colaboração e autoria, no qual você vai ver conceitos relacionados à construção e à
disponibilização de conteúdos de forma colaborativa na Internet. Além disso, vai ver como isso
acontece na prática, verificando como deve lidar com eventuais problemas relacionados aos
direitos autorais e às fontes de informação.
Boa leitura.
TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS
Introdução
A internet é uma grande base de dados mundial formada pela contribui-
ção de seus usuários. Com a web 2.0, surge a oportunidade de produzir
e divulgar informação em diversos formatos e por meio de vários canais.
Esse processo, chamado de inteligência coletiva, forma uma rede cola-
borativa de construção de informação e conteúdo. Com a web 3.0, há a
preocupação em reunir as informações colaborativamente construídas
de forma inteligível e organizada. No entanto, surgem problemas rela-
cionados a essa produção e à divulgação coletiva de informação. É o
caso das questões relativas aos direitos do autor, que nem sempre são
respeitados, e à falta de credibilidade de conteúdos disponíveis na rede.
A partir dessas perspectivas, o objetivo deste capítulo é apresentar a
você conceitos relacionados à construção e à disponibilização de conteú-
dos de forma colaborativa na internet. Você vai ver como isso acontece na
prática e verificar como deve lidar com eventuais problemas relacionados
a direitos autorais e fontes de informação. Como você vai ver, esses são
temas relevantes para os ambientes escolar e acadêmico, que lidam com
essa rede de informação o tempo todo.
2 Internet: colaboração e autoria
Tenha em mente essas noções. A seguir, você vai ver que eventuais pro-
blemas podem surgir a partir da disponibilização de uma gama enorme de
conteúdos que nem sempre têm credibilidade enquanto fonte de informação.
Mesmo que a internet seja uma grande rede com diversos tipos de informação disponíveis,
têm crescido os famosos sites de fake news (notícias falsas), que são conteúdos propo-
sitalmente duvidosos que podem influenciar a opinião pública. Um exemplo clássico
se refere à eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016. Uma pesquisa, conduzida
pelo portal BuzzFeed, identificou 20 notícias falsas sobre a eleição americana que tiveram
grande engajamento no Facebook, gerando 8,7 milhões de interações, entre curtidas,
comentários e compartilhamentos. Esse número superou os 7,3 milhões de engajamentos
das 20 notícias tidas como reais de maior repercussão nas redes sociais de grandes jornais
e emissoras, como The New York Times, Washington Post e CNN. O levantamento ainda
apontou a capacidade das redes sociais de influenciar os resultados eleitorais.
A maior parte das notícias falsas de grande repercussão, conforme analisado no
estudo, continha informações que favoreciam o republicano Donald Trump. A discussão
acalorada ainda responsabilizou o Facebook por ter contribuído para favorecer Trump,
já que a rede não possibilitou a filtragem desse conteúdo prejudicial. O criador do
Facebook, Mark Zuckeberg, chegou a afirmar que, apesar de a rede social contar com
mecanismos de denúncia de notícias falsas, são necessárias novas ferramentas para
filtrar o conteúdo.
Movimento copyleft
Por mais que os direitos autorais ainda sejam determinados em lei, no cenário
de compartilhamento e troca de informações que caracteriza a internet, essa
legislação pode representar uma barreira para o efetivo desenvolvimento
da inteligência coletiva. Um dos movimentos favoráveis ao acesso livre a
obras na internet se chama movimento copyleft, oposto ao então conhecido
copyright. O movimento abre espaço para a criação de mecanismos legais de
recombinação, conhecidos como licenças abertas. A Creative Commons é uma
licença nascida nesse cenário. Ela evidencia os direitos do autor, que pode
determinar o tipo de licença de sua obra, ou seja, se permite modificação, se
permite a cópia e a livre distribuição, etc.
Branco (2005) analisa que as tentativas de atualização das legislações
nacionais e internacionais, visando a reforçar o copyright diante da expansão
de obras digitais na internet, são iniciativas que escondem um controle con-
centrado e autoritário de grandes corporações sobre os direitos dos usuários
e dos produtores de obras digitais. Isso representa, de acordo com ele, uma
clara política protecionista, que “[...] propõe uma sociedade da informação
‘sem informação’ e conhecimento compartilhado. Na verdade, uma sociedade
da desinformação [...]” (BRANCO, 2005, p. 234).
Internet: colaboração e autoria 9
O autor defende que se passe adiante um livro impresso, que se copie parcial-
mente um livro em uma biblioteca, que se possa copiar um CD de música ou uma
fita de vídeo para fins não comerciais (BRANCO, 2005). A ideia é ampliar os co-
nhecimentos e o acesso a determinadas informações que antes eram mais restritas.
Nesse contexto, as medidas protecionistas atingem, em maior intensidade, países
mais pobres, confirmando a sua situação de meros consumidores de conteúdo.
A internet travou uma “briga” quanto a direitos autorais com os meios de distribuição
chamados de P2P (peer to peer, ou seja, “pessoa a pessoa”). Esses sistemas são softwares
que permitem que um usuário compartilhe arquivos — tais como filmes e músicas —
para download. No entanto, muitas das obras não podem ser livremente distribuídas.
O Napster é um exemplo de plataforma P2P. Ele criou uma rede de usuários que
compartilhavam arquivos em MP3. Depois, surgiram outros programas com esse mesmo
propósito, como o Morpheus e o Kazaa, e também o Emule e o Ares Galaxy. Foram
criados ainda outros sistemas e protocolos de transferência de dados, como o torrent.
Esses sistemas tiveram de enfrentar processos judiciais por conta dos direitos autorais.
Muitos músicos independentes utilizam as redes P2P para distribuir suas músicas
legalmente. No entanto, usuários comuns também fazem o mesmo com conteúdo cujo
direito é de gravadoras ou de outras pessoas. Outro problema é que nem sempre esses
sites são confiáveis, e os downloads podem favorecer a disseminação dos famosos “vírus”.
Figura 1. O site Nyah! Fanfiction reúne ficções criadas por fãs de animes, séries, filmes, etc.
Fonte: Nyah! Fanfiction (2018, documento on-line).
Internet: colaboração e autoria 11
Nesta Dica do Professor, você vai ver um pouco mais sobre a importância de conhecer as fontes
dos conteúdos, além da verificação da credibilidade das informações.
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Exercícios
E) O processo que se refere ao uso inteligente das tecnologias mais atuais da web 3.0.
A) tendo acesso a uma obra paga, automaticamente o autor concede o direito de livre
distribuição.
B) em um trabalho acadêmico, é possível citar trechos literais, desde que os autores utilizados
estejam indicados na lista de bibliografia.
C) o conteúdo pode ser reutilizado e modificado, desde que o autor tenha autorizado por meio
da licença Creative Commons.
D) o autor só tem direito sobre a sua obra a partir do momento em que ele limita o seu acesso.
A) esta diz repeito a uma fonte que sofreu edições, alterações. Ela pode trazer o conteúdo
original, mas com modificações.
B) esta diz respeito a conteúdos originais, ou seja, que não sofreram edições.
C) são exemplos desse tipo de fonte as enciclopédias e os classificados, assim como as listas de
orientação ao usuário.
E) são fontes totalmente confiáveis, uma vez que trazem conteúdos originais, sem recortes e
edições.
C) são comunidades com usuários que vendem obras de suas séries ficcionais preferidas.
E) são plataformas de conteúdo colaborativas, as quais reúnem fãs de séries, livros, filmes, entre
outros, os quais criam e compartilham novas narrativas a partir das obras originais.
A) é um movimento que defende o acesso e o uso livre de informação na Internet, e que acaba
com o problema do plágio, o qual deixa de ser crime.
Todos os anos a professora Flávia, da disciplina de Literatura, se depara com o mesmo problema: a
dificuldade que seus alunos têm de ler as obras clássicas da literatura brasileira.
Pensando em despertar o interesse dos alunos para a história da obra, em vez de solicitar que os
alunos lessem as obras e fizessem suas fichas de leitura individuais, ela propôs algo diferente,
utilizando o potencial das tecnologias colaborativas e a construção de conhecimento de maneira
cooperativa.
Plataforma Skillshare
A seguinte plataforma oferece cursos on-line a partir de conhecimentos práticos produzidos por
comunidades de profissionais, em diversas áreas. Os cursos englobam projetos colaborativos e
aprendizado a partir da interação.
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