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BACHARELADO EM PSICOLOGIA

CATARINA LOPES CAETANO (20192113319)

TRANSTORNO ALIMENTAR NO FILME “O MÍNIMO PARA VIVER”.

FORTALEZA – CE
2023
1. O FILME
O filme "O Mínimo para Viver" (título original: "To the Bone") é um drama
lançado em 2017 que retrata a história de uma jovem chamada Ellen, interpretada por
Lily Collins, que luta contra um transtorno alimentar, especificamente anorexia
nervosa. O filme aborda de forma sensível e realista os desafios enfrentados por
indivíduos que sofrem desse transtorno. A trama gira em torno da personagem Ellen,
interpretada por Lily Collins, uma jovem que luta contra a anorexia nervosa. O filme
mostra seu processo de tratamento em um centro especializado, onde ela encontra
outras pessoas com transtornos alimentares e um médico especialista que tenta
ajudá-la.

2. ANOXERIA NERVOSA
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar caracterizado por uma intensa
preocupação com o peso e perturbação na imagem corporal. Essa condição é definida
no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-5),
um guia amplamente utilizado por profissionais de saúde mental para diagnosticar
doenças mentais.
De acordo com o DSM-5, os principais critérios para o diagnóstico de anorexia
nervosa são:
Ingestão dietética restrita resultando em peso corporal significativamente
menor do que o esperado para idade, sexo, desenvolvimento físico e saúde geral.
Esta é uma avaliação baseada no índice de massa corporal (IMC) e gráficos de
referência específicos.
Medo intenso de ganhar peso ou engordar, mesmo que o peso esteja abaixo
do normal. As pessoas com anorexia nervosa têm um distúrbio de imagem corporal e
se percebem acima do peso, embora estejam tentando perder peso.
A perturbação na forma como o peso ou a forma corporal são experimentadas
e afetam a autoavaliação. A autoestima está relacionada à forma e ao peso corporal.
Além desses critérios básicos, o DSM-5 descreve critérios adicionais, incluindo
a presença de comportamentos compensatórios inapropriados para evitar o ganho de
peso, como vômito autoinduzido, abuso de laxantes, diuréticos ou exercícios físicos
excessivos.

3. RELAÇÃO DA OBRA COM O TRANSTORNO DE ANOREXIA NERVOSA


A relação do filme com os transtornos alimentares é óbvia, já que a trama
central gira em torno do protagonista e sua luta contra a anorexia. O filme mapeia os
aspectos emocionais, físicos e sociais envolvidos nos transtornos alimentares,
proporcionando uma compreensão mais profunda da condição e de suas
consequências.
"O Mínimo para Viver" aborda várias questões relacionadas aos transtornos
alimentares, incluindo a obsessão pela perda de peso, a interrupção da imagem
corporal, a compulsão, a purgação alimentar, a pressão social e familiar, a falta de
compreensão e os desafios no tratamento . O filme também explora os sentimentos
de solidão, angústia e isolamento que frequentemente acompanham os transtornos
alimentares.
Embora o filme tenha sido elogiado por seu retrato sincero e abordagem
cuidadosa do assunto, ele gerou controvérsias. Alguns críticos acham que pode
romantizar ou glorificar os distúrbios alimentares, enquanto outros acham que o filme
traz visibilidade e conscientização para uma doença muitas vezes estigmatizada e
incompreendida.
É importante notar que os transtornos alimentares são doenças complexas e
individuais, e a experiência de cada pessoa pode variar significativamente.

4. CONCLUSÃO
O filme pode fornecer insights valiosos, mas não deve ser considerado como
uma representação universal de todos os casos de anorexia nervosa. A compreensão
e o tratamento adequado dos transtornos alimentares tem abordagens
multidisciplinares, envolvendo profissionais de saúde especializados, apoio emocional
e uma rede de suporte adequado para aqueles que lutam contra essa condição.

5. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIÁTRICA. Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2.


ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O MÍNIMO PARA VIVER. Direção: Marti Noxon. Produção: Bonnie Curtis, Karina
Miller, Julie Lynn. Netflix, 2017. Streaming.

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