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Tecnologias da Informação e

Comunicação no Ensino

UNIDADE 2
Para início de conversa

Olá, caro(a) estudante! Tudo bem?

Seja bem-vindo(a) à II unidade. Este é seu guia de estudo que, juntamente com seu livro-texto, será a base
para você estudar ao longo desta disciplina.

No entanto, quero lembrá-lo(a) que ele não é seu único material de estudo. Além do livro-texto, você
tem uma vasta bibliografia disponível na biblioteca on-line, onde pode pesquisar e reforçar o assunto
estudado.

Este guia é montado de forma dinâmica e interativa para tornar mais prático o seu estudo e facilitar a
sua absorção de conteúdo, apresentando de forma clara e objetiva os conceitos e assuntos trabalhados.

Ao longo deste material, você irá se deparar com vários tópicos que têm função de separar e organizar o
conteúdo trabalhado de forma mais prática e interativa, facilitando, desta forma, seu aprendizado.

Como você pode ver caro(a) aluno(a), que o guia também foi elaborado da forma lúdica e a criativa possível
para que seu estudo não se torne algo cansativo e chato, e sim algo prazeroso e agradável de se fazer.

Nosso objetivo é não apenas fazer com que você aprenda, mas que esse aprendizado seja de fato absorvido
e levado com você ao longo de toda a sua vida.

Orientações da Disciplina

Antes de iniciarmos a unidade II, é interessante que você faça um resumo sobre o conteúdo visto na
unidade I, pois é sempre bom lembrar que o conteúdo da unidade anterior é imprescindível para seguir
qualitativamente.

Durante a unidade I vimos à história da evolução da tecnologia, vimos também que foi toda essa mudança
propiciou revoluções sociais e educacionais de grande importância e contribuição para as características
atuais do nosso convívio socioeducacional.

Para que você possa absorver o conteúdo da melhor maneira possível, é essencial ler também o livro-
texto, os materiais de apoio, como os textos sugeridos ao longo deste guia, além da participação nos
fóruns e debates no Ambiente Virtual.

Unidade 2

Contemporaneidade, comunicação e educação.

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Objetivos de aprendizagem listados no livro-texto:

• Discutir o conceito de interatividade;


• Entender a teoria ator-rede;
• Conhecer os sete saberes necessários para a educação do futuro;
• Analisar o potencial das tecnologias digitais da informação da comunicação (TDIC) no ensino.

Compreender a elaboração do currículo escolar e a formação da web currículo.

Cada um desses objetivos acima está diretamente ligado à necessidade de entender o que se pesquisa
para se apropriar do assunto e poder contribuir com o que de fato precisa ser absorvido e multiplicado,
portanto, atenha-se a entender o conteúdo e não a decorar ou ler somente. Para isso, faça pontes entre
todos os materiais disponibilizados.

Para qualquer dúvida, o seu tutor está a sua disposição para melhor compreensão do assunto trabalhado.

Seja bem-vindo(a) e aproveite este guia, porque ele é feito especialmente para você!

Bom estudo!

O PENSAMENTO NA ERA DIGITAL

Neste tópico é possível entender que mesmo o efeito da tecnologia não se ateve somente à sociedade
externa, mas também trouxe mudanças para o meio das escolas.

As escolas não evoluíram tanto quanto o convívio social, meios de pesquisa e espaços construtivos via
ferramentas tecnológicas.

Na unidade anterior, falamos de como as escolas acreditaram que apenas abrindo um laboratório de
informática no espaço físico faria diferença. Ora, querido(a) aluno(a), não adianta comprar um avião e não
saber como pilotar. Para termos de fato um ambiente tecnológico é preciso entender e objetivar o uso da
ferramenta seja ela qual for.

Falando em Era Digital, não podemos nos esquecer de um termo muito utilizado: a Interatividade.

A Interatividade

A interatividade é tida muito mais como uma ação lúdica do que de fato como o ato de interagir para
comunicar. O benefício e a troca de informações que estão conectados à interatividade faz com que seja
possível criar uma rede comunicacional que provê a todos os envolvidos a capacidade de aprender e
ensinar.

Por isso, é extremante importante promover a interação das ferramentas tecnologia e educação,
porque na verdade é exatamente isso que elas são: ferramentas com objetivos bem definidos, mas
que precisam de executores capazes de tirar delas o melhor que se pode aproveitar.
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Envolver a todos os participantes não é tarefa fácil, prezado(a) estudante. Principalmente porque temos
muitas opções de como usar a tecnologia, embora a educação ainda seja fraca em frente a um computador
ou qualquer outro aparelho que traga informação instantânea. Não é tão atrativo trocar um hardware por
um livro, não porque um seja melhor que o outro, mas porque não foi feita uma ponte suficientemente
para deixar clara a importância de ambos na sociedade, tanto cultural quanto educacional.

No livro-texto, nas páginas 57 e 58, podemos inferir como Lévy explora as possibilidades infinitas de
comunicar-se com quem, com o que, como e para que. É imprescindível saber como usar os recursos
comunicacionais propiciados pela combinação entre tecnologia e educação.

[...] a possibilidade de interromper uma sequência de informações e reorientar com precisão


o fluxo informacional em tempo real não é uma característica apenas dos videogames e dos
hiperdocumentos com suporte informático, mas também uma característica da comunicação
telefônica. A diferença é que, [nesta], estamos em comunicação com uma pessoa e, no
primeiro [caso], com uma matriz de informações, um modelo capaz de gerar uma quantidade
quase infinita de “partidas” ou de percursos diferentes (mas todos coerentes). Aqui, a
interatividade remete ao virtual (LÉVY, 1999, p. 80).

Visite a Página

Para aprofundar sobre o assunto Interatividade, clique aqui para


acessar.

Fonte: http://sereduc.com/NLpDUm

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Leitura complementar

Outra opção para você ficar por dentro a respeito de Interatividade.


Leia o trecho abaixo e pense como podemos fazer a ligação entre
interatividade de tecnologia. Leia tudo se lhe for interessante. É
um bom trabalho escrito. Clique aqui para acessar.

O conceito “interatividade” é de fundamental importância para o estudo da comunicação mediada por


computador, da educação à distância, da engenharia de software e de todas as áreas que lidam com a
interação homem-máquina e homem-homem via computador. Porém, tal conceito tem recebido as mais
diversas definições, onde muitas delas têm, na verdade, mais confundido e prejudicado a pesquisa e o
desenvolvimento de interfaces e criação de cursos mediados por computador.

A própria pesquisa sobre o tema na Internet encontra resultados tão amplos e variados, que se torna
quase impossível avaliar todas as informações relativas ao tema. Para se ter uma ideia, em 13 de maio
de 1999 utilizou-se o mecanismo de busca AltaVista em busca das palavras-chaves interatividade,
interativo, interação homem-computador e interação. A seguir, reproduz-se a quantidade de informações
eletrônicas encontradas: interactivity, 186300; interactive, 26.767.916; human computer interaction,
26.744; interaction, 1.113.830. É preciso ainda salientar que grande parte do uso dessas expressões não
se referia especificamente à discussão do tema. Existe um número realmente grande de sites que usam
palavras como interativo e interatividade apenas como título da página. Por exemplo, “site interativo
sobre esportes”, “quarto interativo de Fulano”. Isso apenas serve para mostrar como o conceito da
interatividade tem sido bastante vulgarizado e ficado cada vez mais difuso.

Tem-se entendido, tanto no entendimento leigo quanto em muitos círculos técnico-científicos, que havendo
ícones clicáveis e textos quebrados em partes e ligados por palavras-âncora ou imagens (hyperlinks) o
produto constitui exemplo definitivo de interatividade. Mas cabe perguntar se interfaces que constringem
a participação do interagente a “apontar-clicar”, programas de TV onde os espectadores podem votar em
certas respostas (1 ou 2, sim ou não), cinemas que balançam as cadeiras e videogames que respondem à
ação de um joystick são os exemplares cabais e definitivos do que seja interatividade. Será apenas isso?
Para alguns autores são exemplos de reatividade (Machado, 1990), pois ao espectador (passivo) não resta
nada a não ser reagir aos estímulos a partir das respostas que a ele são permitidas (as respostas “3” ou
“talvez” não seriam aceitas naqueles exemplos).

Logo de início, quer-se demonstrar aqui a compreensão de que interação mediada pode ser muito
mais que isso. Não que esses exemplos, há poucos relatados, não sejam exemplos de interatividade.
Com certeza são tipos de interação. Mas o que aqui quer se propor é que a tecnologia disponível hoje
permite a implementação de ambientes de intensa interação, longe da predeterminação estrita, onde os
interagentes podem agir criativamente entre eles. Onde a comunicação possa ter lugar, sem que cada
agente fique preso à relação ação-reação ou adequar-se a inputs determinados que gerem sempre e
necessariamente os mesmos outputs.

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A proposta deste artigo é fazer uma varredura no conceito da interação. Ainda que este não seja o
lugar nem este o momento para a proposta de metodologias de criação e manutenção de ambientes
interativos mediados por computador, entende-se que eles só podem ter eficiência se por trás de sua
implementação haja um profundo conhecimento da comunicação humana. Pouco adianta os sofisticados
recursos informáticos, a complexidade envolvida nas linhas de programação e a estética das interfaces
se o aluno de um curso on-line, por exemplo, se sente preso e com sérias dificuldades de interagir, tirar
dúvidas, etc. Portanto, pretende-se apresentar como a questão da interatividade é definida em diferentes
áreas do conhecimento, por diferentes autores e também quer-se discutir algumas taxonomias que visam
facilitar a compreensão do processo interativo.

Ser interativo não é estar ligado a tudo e sim estar por dentro do que é interessante e do gosto de
cada aluno, professor, leitor, profissional. Ou seja, as ferramentas também precisam ser analisadas e
incorporadas aos contextos ideais para que tenham de fato um bom aproveitamento.

A figura 2, página 59 do livro-texto nos ajuda a entender o raciocínio de Lévy (1999), quanto ele explica o
grau de interatividade de um meio de comunicação valendo-se da seguinte organização mental:

• Apropriação e personalização das mensagens seja qual for sua natureza;


• Reciprocidade, ou seja, trata-se de um dispositivo “um-um” ou “todos-todos”;
• Virtualidade da mensagem em tempo real em função de determinado modelo e seus dados de
entrada;
• Implicação da imagem dos interlocutores na mensagem.

Fonte: Livro-texto, página 59.

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Apropriação, reciprocidade, virtualidade e implicação da imagem dos envolvidos na mensagem precisam
ser dominados e assimilados por todos os envolvidos nos canais de comunicação.

Os Sete Saberes

Este tema fala de como a tecnologia mudou a percepção de conhecimento e como podemos disseminá-lo.
A educação do futuro precisa ser concisa e coerente, principalmente porque não se sabe como estaremos
no futuro dado que a definição de futuro é muito diferente do que se tinha antigamente na cabeça, hoje
o futuro é amanhã.

A cada dia temos novas ideias, produtos, transformações culturais interferindo na formação atual das
gerações diversas. Afinal de contas, não são somente os jovens em faixa etária escolar, mas todos os
cidadãos estão inseridos nessa mudança tecnológica educacional.

Fonte: http://sereduc.com/bV3sRI

Os setes saberes contemplam os seguintes pontos:

1. “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”;


2. “Os princípios do conhecimento pertinente”;
3. “Ensinar a condição humana”;
4. “Ensinar a identidade terrena”;
5. “Enfrentar as incertezas”;
6. “Ensinar a compreensão”;
7. “A ética do gênero humano”.

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Todos os pontos acima os remetem à necessidade de aprender e apreender todo tempo para evoluir de
maneira coerente e gradativa. Vamos conhecer um a um!

• O primeiro ponto - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão

Trata do fato de que nem todo conhecimento é correto ou de fato se enquadra às necessidades de quem o
recebe. O erro e a ilusão de achar que está cercado de conhecimento e que todo ele é válido faz com que
a falsa informação ou de baixa qualidade seja disseminada indevidamente.

• O segundo ponto - Os princípios do conhecimento pertinente

Mostra como é importante manter os princípios do conhecimento pertinente focados em qualidade e


fontes seguras, a fim de evitar também o primeiro ponto.

• O terceiro ponto - Ensinar a condição humana

Trata de ensinar a condição humana com objetivo de lembrar-nos que por trás de todo conhecimento
e tecnologia temos seres humanos, cidadãos civilizados e com graus de formação didática e cultural
diferentes.

• O quarto ponto - Ensinar a identidade terrena

É o ponto de ensinamento perfeito porque trata do ensinamento sobre o que é o planeta e como podemos
contribuir para manter tudo da melhor forma possível.

• O quinto ponto – Enfrentar as incertezas

O enfrentamento das incertezas é o quinto ponto com foco na decisão e clareza de informações necessárias
a se obter.

• O sexto ponto – Ensinar a compreensão

É perfeito porque fala de ensinar a compreensão – hoje temos conhecimento de analfabetos funcionais
– isso também está voltado para o ensino aprendizagem da tecnologia quando temos usuários que não
sabem usar devidamente as ferramentas disponíveis, ou seja, a subutilização jorra.

• O sétimo ponto - A ética do gênero humano

Trata da ética do gênero humano – indivíduo, sociedade e espécie – é preciso ter conhecimento do grupo
atingido e ter um controle sobre a informação fornecida e adquirida.

Dica

Procure o livro OS SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇÃO DO FUTURO de Edgar Morin.


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Leia o trecho abaixo e entenda fazendo a ligação sobre nossa conversa, o livro-texto e os motivos que
levaram Edgar Morim aos 7 saberes.

“Em 1999, a UNESCO solicitou ao filósofo Edgar Morin - nascido na França, em 1921 e um dos maiores
expoentes da cultura francesa no século XX - a sistematização de um conjunto de reflexões que servissem
como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI.”

Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin, objeto do presente livro:

- As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão;


- Os princípios do conhecimento pertinente;
- Ensinar a condição humana;
- Ensinar a identidade terrena;
- Enfrentar as incertezas;
- Ensinar a compreensão;
- A ética do gênero humano.

São eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação e que
estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.

O texto de Edgar Morin tem o mérito de introduzir uma nova e criativa reflexão no contexto das discussões
que estão sendo feitas sobre a educação para o Século XXI.

Aborda temas fundamentais para a educação contemporânea, por vezes ignorados ou deixados à margem
dos debates sobre a política educacional.

Sua leitura levará à revisão das práticas pedagógicas da atualidade, tendo em vista à necessidade de
situar a importância da educação na totalidade dos desafios e incertezas dos tempos atuais.

Seus capítulos - ou eixos - expõem a genialidade, clareza e simplicidade do filósofo Morin, num texto
dedicado aos educadores, em particular, mas acessível a todos que se interessam pelos caminhos a trilhar
em busca de um futuro mais humano, solidário e marcado pela construção do conhecimento.

Clique aqui para ler o texto na íntegra.

A COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO ESCOLAR NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Não basta ter boa estrutura tecnológica física dentro do ambiente escolar, é preciso saber como utilizar
esses recursos para não perder o foco de evoluir o método de ensino da educação para acompanhar
a evolução da tecnologia que inevitavelmente invade as escolas via vivência social, ou seja, queira a
organização escolar ou não a tecnologia entra no âmbito educacional sim, e cada vez mais intensamente.
O documentário citado na página 66 do livro-texto - “Pro dia nascer feliz” é muito interessante. Um dos
principais pontos observados é à distância de classes socioeconômicas em que os adolescentes estão
inseridos, mas ao mesmo tempo eles têm ideias, anseios e perspectivas parecidas.
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Dica

Eu sugiro que você veja o documentário para apropriar-se do assunto e conseguir entender como é gritante
a manifestação tecnológica de ponta a ponta do país de formas diferentes, mas tão intensamente em
ambas as realidades.

A instituição escolar pouco mudou, mas é certo que as novas gerações, aos poucos terão que assumir a
gestão de muitas instituições e uma delas é a educacional e aí acredito que de fato será compreendida
a necessidade e a usabilidade que a tecnologia pode nos proporcionar. Isso, claro, se as gerações atuais
forem ensinas da forma correta. O que é um grande desafio, dado que ainda não houve o “casamento”
escola e tecnologia.

Fonte: http://sereduc.com/f9eSKH

O texto abaixo fala exatamente do que estamos tratando:

“O uso da tecnologia de informação e comunicação (TIC) na escola carrega em si mesmo as contradições


da sociedade contemporânea. Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso
à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para
a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano,
compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto.

Assim, o uso da TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização
do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da realidade
e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional. Tudo isso poderá levar à criação de uma
sociedade mais justa e igualitária.

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A metáfora de “rede” considera o conhecimento como uma construção decorrente das interações do
homem com o meio. À medida que o homem interage com o contexto e com os objetos aí existentes,
ele atua sobre esses objetos, retira informações que lhe são significativas, identifica esses objetos e os
incorpora à sua rede, transformando o meio e sendo transformado por ele.

O uso da TIC na criação de rede de conhecimentos traz subjacente a provisoriedade e a transitoriedade


do conhecimento, cujos conceitos articulados constituem os nós dessa rede, flexível e sempre aberta a
novas conexões, as quais favorecem compreender “problemas globais e fundamentais para neles inserir
os conhecimentos parciais e locais” (MORIN, 2000, p. 14).

Com o uso da TIC e da Internet, pode-se navegar livremente pelos hipertextos de forma não sequencial,
sem uma trajetória predefinida, estabelecer múltiplas conexões, tornar-se mais participativo, comunicativo
e criativo, libertar-se da distribuição homogênea de informações e assumir a comunicação multidirecional
com vistas a tecer a própria rede de conhecimentos.

As conexões dessa rede surgem sem determinações precisas, incorporam o acaso, a indeterminação, a
diversidade, a ambiguidade e a incerteza (MORIN, 1996). Trata-se de uma constante abertura a novas
interações, ao desafio de apreender a realidade em sua complexidade, em busca de compreender as
múltiplas dimensões das situações que são enfrentadas, estabelecer vínculos (ligações) entre essas
dimensões, conectá-las com o que já conhece (nós), representá-las, ampliá-las e transformá-las tendo em
vista melhorar a qualidade de vida.

Na rede, aprender é descobrir significados, elaborar novas sínteses e criar elos (nós e ligações) entre
parte e todo, unidade e diversidade, razão e emoção, individual e global, advindos da investigação
sobre dúvidas temporárias, cuja compreensão leva ao levantamento de certezas provisórias ou a novos
questionamentos (FAGUNDES, 1999) relacionados com a realidade.

O homem apreende a realidade por meio de uma rede de colaboração na qual cada ser ajuda o outro
a desenvolver-se, ao mesmo tempo em que também se desenvolve. Todos aprendem juntos e em
colaboração. “Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se
educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1993, p. 9).

Aprender em um processo colaborativo é planejar; desenvolver ações; receber, selecionar e enviar


informações; estabelecer conexões; refletir sobre o processo em desenvolvimento em conjunto com os
pares; desenvolver a interaprendizagem, a competência de resolver problemas em grupo e a autonomia
em relação à busca e ao fazer por si mesmo (SILVA, 2000). As informações são selecionadas, organizadas
e contextualizadas segundo as necessidades e os interesses momentâneos do grupo, permitindo
estabelecer múltiplas e mútuas relações e recursões, atribuindo-lhes um novo sentido, que ultrapassa a
compreensão individual”.

A necessidade de interagir e fazer do aprendizado um conjunto, uma relação de troca e uma responsabilidade
individual faz com que a educação x tecnologia seja parte de cada um, e é aí que vemos os níveis de
interesse e busca pelo conhecimento. Link.

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TDIC no ensino

O TDIC no ensino ainda precisa de apoio para ser incorporado. Uma escola tecnológica não é aquela que
tem laboratórios de informática, mas aquela que sabe como usar a tecnologia a seu favor. Fazer com que
os alunos façam pesquisas, interajam nas disciplinas e aprendam como todas elas estão ligadas umas
às outras é imprescindível. Atualmente, tecnologia da informação deixou de ser coisa de programador
ou nerd, e passou a ser necessidade e meio de aprendizado e discernimento de conhecimento e cultura.
Imagine os seus trabalhos de “Feira de ciências” na sua idade escolar como teria sido mais fácil e mais
completo!

Analise a imagem abaixo, caro(a) aluno(a)!

Fonte: http://sereduc.com/IaLG9U

Leitura complementar

Clique aqui para acessar.

Para Refletir

Vamos refletir sobre o pensamento do educador acima, o senhor Francisco Aparecido Cordão.

Será que pode existir essa unidade nas centrais de ensino?

Mesmo com diferença de classe social, região, cultura, aspectos religiosos e toda gama de variedades é
possível haver equilíbrio na educação oferecida?

Haver direitos e oportunidades iguais?


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O tempo todo o professor é desafiado e instigado a escutar informações que os alunos coletam da internet.
Cabe a ele identificar fontes seguras, orientar quanto a pesquisas e principalmente aprender com os
alunos para mostrar que o conhecimento está disponível e que nada é proibido a não ser ficar sem pensar,
coletar, estudar nos dias de hoje quando temos informação batendo a nossa porta diariamente. Na minha
época, éramos forçados a ir até a biblioteca procurar a Barsa (se você não sabe do que se trata faça uma
busca na internet).

Guarde essa ideia!

Caro(a) aluno(a), segundo Moran (2015), na escola a gestão das tecnologias passa por três etapas:

1. A tecnologia é utilizada para automatizar processos e reduzir custos, ou seja, para aprimorar o que já
era realizado nas escolas anteriormente.
2. A escola insere a tecnologia parcialmente no projeto pedagógico. Há a criação de um website
institucional, o desenvolvimento de atividades no laboratório de informática, introdução de tecnologias
móveis, porém sem modificar a estrutura das aulas, das disciplinas nem os horários.
3. A escola passa a repensar seu projeto pedagógico e seu plano estratégico com o amadurecimento das
implantações tecnológicas na instituição, modificando sua metodologia de maneira significativa, com
flexibilização do currículo, combinando atividades presenciais e a distância.

Você pode se aprofundar no assunto, consultando a página 72 do seu livro-texto.

Essas etapas podem ser analisadas e seguidas mediante a necessidade e poder de adequação das
escolas, mas sempre se lembrando de não perder o ponto focal da ideologia institucional, que nesse caso
geralmente é educar cidadãos e capacitá-los.

Integração das TDIC e do currículo escolar: a web currículo

A integração das TDICs e do currículo escolar seria de fato genial. A agilidade, o mapeamento e capacidade
de evolução que elas podem proporcionar ainda é desconhecida por boa parte dos educadores que em sua
grande maioria ainda usa o planejamento de 10 anos atrás, ou o atualiza a cada arbitrariedade do MEC
sem ao menos se questionar. É necessário entender que esta ferramenta pode melhorar e muito currículo
educacional.

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Leitura complementar

Leia o texto clicando aqui.

Página 84 do livro-texto diz o seguinte:

“A gestão curricular exige:

• Refletir sobre a proposta pedagógica, ou seja, seu diagnóstico, seus objetivos e suas prioridades.
• Dominar as questões curriculares, isto é, propor estruturação, selecionar, estabelecer dosagem e
sequência de conteúdos.
• Compreender as relações entre ensinar, aprender e avaliar.
• Tomar decisões a respeito de encaminhamento e procedimentos para que seja viável fazer o que
é prioritário e reorientar o trabalho pedagógico”.

Ou seja, a gestão escolar precisar estar apta a integrar com as TDIC’s sem perder o foco no principal
objetivo educacional que é o ensino escolar, a disseminação de conhecimento de acordo com a grade
curricular independente de localização ou classe social em que a escola esteja lotada.

As duas grandes tendências históricas relacionadas à (SAMPAIO; GALLIAN, 2013, p. 188) no livro-texto,
página 86, são:

1. “Centralizar o trabalho na transmissão dos conteúdos na autoridade do professor, na ordem


e na disciplina” – corre-se o risco de o conteúdo ser desenvolvido sem que se considere as reais
necessidades dos alunos. Priorizar a transmissão de conhecimentos consagrados sem o devido cuidado
pode culminar na negação de características culturais de grupos sociais não hegemônicos, ao categorizar
as diferenças como anormalidades.

2. “Centralizar o foco no atendimento às necessidades e interesses dos alunos, em seu


crescimento, em suas relações pessoais” – a ênfase no acolhimento e nas atividades que sejam
de interesse dos alunos pode deixar de lado o desenvolvimento de conteúdos centrais. Há o risco de
empobrecer a proposta pedagógica ao dar prioridade aos interesses imediatos dos alunos.

Ou seja, tudo o que temos lido e refletido aqui. O professor e a gestão escolar precisam estar atentos ao
como seguir com seu dever focando nas necessidades da comunidade escolar.

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Palavras Finais do Professor

Prezado(a) aluno(a), chegamos ao final da nossa II unidade. Espero que através do estudo deste guia, você
tenha adquirido novos conhecimentos e vai colocar em prática em sua vida profissional.

Acesse o Ambiente Virtual para acompanhar o calendário de atividades, além de respondê-las. Surgindo
dúvida(s), pergunte ao seu tutor.

Agradeço a sua atenção e bons estudos.

Até a próxima unidade!

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