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Linguagem
Na mesma senda, Ferdinande de Saussure (linguista Suíço), define a linguagem como uma
faculdade natural, inerente e universal, que o homem tem de construir um sistema que lhe serve
para comunicar. Tratamos aqui da linguagem articulada (humana) que segundo André Martinet
(linguista francês) exige uma dupla articulação: som e sentido; a linguagem articulada em dois
eixos: a língua e a fala.
E Gomes (2009, p. 58-59) corrobora com os autores supracitados quando define linguagem
como “uma faculdade, predisposição natural (cognitivamente organizada e biologicamente
condicionada) que leva os seres humanos ( sejam eles africanos, asiáticos, europeus, americanos… ) a
comunicarem na sua comunidade, através de processos simbólicos (representativos) e articulados
(língua).
Língua é o conjunto das palavras e das regras gramaticais que regem a sua combinação3
1
AZEVEREDO, M. Olga et al, Grámatica Prática de Português – da Comunicação à Expressão, Lisboa, Raiz Editora, p. 10
2
Tatiana Slama-Casacu, Langage et context. Haia, Mouton, 1961, p.20 apud Cunha e Cintra (1984, p.1)
3
AZEVEREDO, M. Olga et al, Grámatica Prática de Português – da Comunicação à Expressão, Lisboa, Raiz Editora, p. 12.
1
Sistematizado por: Martins Kamulengo Siluqui Laurindo / Docente da Cadeira / Lí ngua Portuguesa – I / Ano: 2017 / ISPK / Email:
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Língua Portuguesa – I Ano: 2017 ISPK
De acordo como estatuto que lhe for atribuída pelo governo do país em que é falada, a língua
pode ser:
Língua oficial: reconhecida pela autoridade estatal como língua que se deve utilizar na
administração e no ensino principalmente.
Língua nacional: reconhecida pelo governo, mas subordinada á língua oficial. É geralmente
a língua de transmição cultural dos seus falantes.
Veícular: é língua que se utiliza na interação social nas várias actividades dos indivíduos
de um país ou continente. No nosso caso, o Português é a língua veícular de Angola.
Vernácula: língua materna de uma determinada comunidade.
Falante é o utilizador de uma língua e por isso faz parte de uma comunidade linguística.
A fala representa a realização individual, particular e concreta de uma língua. Cada indivíduo
usa a língua extraindo do seu sistema as palavras que melhor exprimem o seu gosto e pensamento,
pronuncia de palavras de uma certa forma, tem um certo sotaque, um certo ritmo, um certo timbre
de voz, […] opta por uma sintaxe pessoalizada, etc; o que quer dizer que, a fala é a maneira como
cada um usa a língua para se comunicar com os outros.
4
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley, (1984) Nova Gramática do Português contemporâneo, 2ª edição, Edição João Sá da Costa, p. 1
2
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Exercitando…
O significado. Significante
Tomemos a palavra árvore: é um signo linguístico, como aliás o são as palavras caderno,
folha, bolo, vestido, livro.
3
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Em geral, o signo linguístico é arbitrário, porque entre ele e a realidade não existe uma
ligação obrigatória, ou seja, para Azevedo (2010), a relação que une o significado e o significante é
uma relação arbitária, no sentido em que não natural. De facto, não há uma relação natural entre um
conceito e a sua imagem acústica e mesmo nas situações em que essa relação poderia parecer
natural, como ocorre, por exemplo, com as onomatopeias (au-au, para exprimir o ladrar dos cães,
piii, para expressar o som do funcionamento da buzina de um automóvel, etc). Além da
arbitrariedade é também convencional, porque as línguas recorrem, nas maior parte dos casos, as
palavras diferentes para referir, designar um mesmo objecto ou referente.5
Signo
significante significado
Exercitando…
1. O que entende por signo linguístico?
2. Estabeleça a diferença existente entre signo linguístico e referente.
3. Há signos cujos referentes não são palpáveis (ex: alegria, lealdade…) e outros cujos
referentes não são do mundo real, mas de mundo fictícios, oníricos (isto é, de sonho),etc. (as
fadas, as sereias, os faunos.
a) Dê exemplos do primeiro e do segundo caso.6
4. O escritor Saint-Éxupéry, na sua obra cidadela escreve:
“se eu denomino “casa” determinado arranjo das minhas pedras, não tem a liberdade de
mudar a palavra, sob pena de ficares só, por não saberes fazer-te compreender.”
5
Quem ladra ou morde não é o signo linguístico “cão”, mas o seu referente (o ser). Não há
qualquer semelhança entre a palavra “cão”e o animal a que ela se refere. Por isso se diz que o signo
linguístico é arbitrário. Mas essa arbitrariedade pode aparecer atenuada em casos como maçã e
macieira, estes signos são abitrários quanto aos seus referentes, mas há, entre eles uma certa
relação ou motivação, como há entre cereja e cerejeira, ou entre justo e justiça, por exemplo
(Gomes, 2009, p. 111).
6
Amizade, serenidade, simpatia…; elfos, centauros, grifos.
4
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Sistema de comunicação
1. Emissor: é o agente que produz ou difunde a mensagem ou sujeito falante que inicia a
comunicação. Pode ser uma pessoa, ou um emissor de rádio ou televisão.
2. Receptor: é o agente que recebe a mensagem Pode ser uma pessoa, ou um aparelho receptor.
Assim, considerando a relação emissor e receptor, podem distinguir-se três tipos de
comunicação:
a) Monólogo: o emissor fala consigo próprio, sendo ao mesmo tempo emissor e receptor
numa espécie de diálogo interior.
b) Diálogo: o emissor e o receptor trocam sucessivamente os papéis de emissor e emissor.
O que primeiro é emissor é receptor logo que o interlocutor lhe responde, reasssumindo
seguidamente o papel de emissor e assim sucessivamente.
c) Difusão: o emissor comporta-se sempre como emissor e o receptor como receptor. A
difusão verifica-se nos livros, revistas, jornas e maior parte das vezes na rádio e na
televisao em que o número de receptor é indeterminado.
3. Canal de comunicação: é o meio pelo qual se envia a mensagem: o ar atmosférico (no
diálogo), o papel (nos livros, jornas e revistas), os fios (no telefone), as bandas de frequências
(na rádio e na televisão). As interfências que obstruem o canal de comunicação (que impedem a
compreensao da comunicação entre o emissor e o receptor) dá-se o nome de ruído.
Situação de comunicação
Multidireccional
Discurso específico dentro de um grupo restrito (família, na escola, no grupo religioso, na
associação, etc. ). Exemplo: a acta de uma reunião, regulamento interno de um grupo, etc.
Tipos de linguagem
As funções de linguagem são como as cores, na vida. Geralmente, não aparecem em “estado
puro”, mas combinam-se duas ou mais, num mesmo texto, o que dificulta a sua identificação.
Portanto, a presença de mais de uma função de linguagem num texto chama-se co-presença das
funções no acto da linguagem8.
Exemplo: oh, meu companheiro, minha visinha aflita, meu amor de terra e de água, que
estais escondidos ao frio e à neve, como personagem duma fatalidade tradicional,
levantai-vos e dirigi alegremente ao crepúsculo a vossa saudação fraterna. “Antunes da
Silva, uma Pinga de Chuva”.
2. Função informativa ou referencial: centrada no referente. Está presente sempre que o emissor
se limita informar objectivamente o receptor de uma realidade ou acontecimento. É caracterizado
pelas seguintes marcas: 3ª pessoa, adjectivação restrita, frases declarativas, objectividade,
clareza, relação com o referente ou uma realidade extralinguística.
8
Cf. Herculano de Carvalho apud Eugenio Coseriu
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3. Função poética: centrada na mensagem. O emissor procura palavras belas e expressivas bem
como frases estruturadas com figura de estilo e de imagem para poder criar rítimos agradáveis
tornando assim a mensagem atraente de forma a criar o prazer de leitura.
4. Função Fáctica: centrada no canal. Está presente sempre que o emissor quer estabelecer a
comunicação ou verificar se o contacto entre ele e o receptor se mantém, ou seja, o emissor e o
receptor procuram verificar se o canal de comunicação funciona e se mantem o contacto entre os
dois participantes do acto comunicativo, ou seja, funçao de manutenção de contacto. Tem
como marcas / características: fórmulas sociais de sudação, de interpelação, de agradecimento,
de despedida.
Exemplos: Aló! Aló! - bom dia!, - olá viva. – por favor, viste a Clara? – bom, hoje acho que
não a vi. – obrigado. Adeus! Beijinhos.
5. Função metalinguística: centrada no código. Está presente sempre quando se verificar se o
emissor e o receptor usam o código com o mesmo conteúdo semântico e sempre que se estuda a
linguagem através da língua. Tem como marcas / características: estruturas explicativas – isto
é, quer dizer, tem o significado de…
6. Função apelativa: centrada no receptor. O emissor utiliza a linguagem para influenciar o
receptor dando-lhe uma ordem, conselho ou pedindo-lhe que assuma um determinado
comportamento. Nesta função predomina o vocativo, o modo imperativo, a frases interrogativas,
estruturas do tipo: é urgente, é proibido.
Exemplo: calem-se! Leves nos preços; leves no peso!
Exercitando…
1. Verifique nos seguintes textos qual é a funçao de linguagem predominante.
a) Mar, s.m (do lat. Mare, -is). 1. Grande extensão de água salgada que cobre uma parte
considerável da terra; o elemento líquido do globo por oposição ao sólido. A casa tem
vista para o mar. o mar é uma importante fonte de riqueza. As traineiras ficaram em
terrra, porque o mar está muito bravo. [In DLPC]9.
b) Mar!
É um aberto poema que ressoa
No búzio do areal…
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro,
Assim azul
Assim salgado…
Milagre horizontal
9
Função metalinguística, uma vez que se explica o significado de um elemento sistema, do código
linguístico – o vocábulo “mar”.
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Universal
Numa palavra só realizado.
Miguel Torga (Diário XI)
c) “O pai chega no avião das 20 horas”.
d) “Boa tarde!”
2. Num diálogo mãe/filha, a mãe profere o seguinte enunciado: “este quarto continua todo
desarrumado”.
a) Qual é a função de linguagem predominante e a que está subjacente ou a que pode ser
descortinado por quem conhece a situação?
3. Dê alguns exemplos de frases curtas, em que a função dominante seja apelativa.
Registo de linguagem
O falante, segundo as circunstâncias, pode e deve escolher o nível de discurso que convém à
situação de cada acto de comunicação. Ao se dirigir a um companheiro de trabalho, a um superior
ou a um desconhecido o falante não se exprime da mesma maneira, portanto, variamos o que
dizemos, segundo as situações em que as dizemos, isto é, de relação de conhecimento mútuo, de
confiança, de poder, da temática tratada, etc..
2. Língua popular: registo de língua caracterizada pelo vocabulário simples e desvio da norma
nos domínios fonético, morfológico e sintáctico.
É uma linguagem marcada pelo uso de expressões de carácter e proverbial que lhe confere
uma certa expressividade. Baseada na oralidade, as palavras e as construções sintácticas
evidenciam a tendência pa a simplificação, através, por exemplo, de troca de sons ou omissão
de sílabas. É mais espontânea que a linguagem familiar. Dentro deste registo de língua
encontramos: o calão – utilização de expressões grosseiras, e até obscenas. Exemplo: cagaço,
gajo, seu urso. A gíria – linguagen própria de certos grupos sociais, de certas profissões.
Exemplo: gramar, furo, bófia, bué. O regionalismo – registos de língua próprios da população
que habita as aldeias afastadas dos centros urbanos, distinguindo-se pelo léxico, pela pronúncia,
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pela sintaxe e até pela semântica. Exemplo: molete, papo-seco, troca do b e do v, característica
do grande Porto.
3. Língua corrente: registo de língua caracterizada pelo vocabulário comum, simples, padrão,
entendido por todos os indivíduos de uma mesma comunidade (Norma) e a construção
frásica normal e concrecta. Ela serve os meios de comunicação social de massas e é utilizado
pela maioria dos falantes, usada nas aulas, nas relações profissionais, independentemente do
estatuto sociocultural. O vocabulário e a construção sintáctica seguem a norma, isto é, não
apresentam marcas individuais ou específicas de outros níveis de língua. É a linguagem
simples, sem adornos, mais usadas nas nossas conversas ou correspondências habituais.
Exemplo: fala educadamente; não devias comer tanto.
4. Língua Cuidada: é um tipo de língua caracterizada pelo vocabulário rico, mais seleccionado
e construções básicais mais elaboradas. Registo de língua presente em conferências ou em
artigos literários e científicos. Exemplo: modere a sua linguagem; devias comer com
moderação.
Características Exemplos
Nível
Vocabulário comum, simples, padrão, Fala educadamente
corrente
entendido por todos os indivíduos de uma Não devias comer
mesma comunidade (norma). tanto
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Regionalismo (registo de
língua própria da população
que habita as aldeias mais Molete, papo-seco, troca
de b e do v, característica
afastadas dos centros do grande porto
urbanos, distinguindo-se
pelo léxico, pela
pronúncia, pela sintaxe e
até pela semântica.
Exercitando….
1. Leia os textos que se seguem e indique a que nível de língua pertencem, tendo em conta o
levantamento de expressões nas quais a linguagem assuma funções diversas, justificando a
tua resposta.
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Texto 1.
Aqui a semanas perdi o emprego, e aqui há dias a minha mulher, a Amélia, disse-me: «vai
ao Vitinha, homem, ele sempre há-de arranjar qualquer coisa.» Boa ideia. À noite disse aos
amigos: «Amanhã vou ver o Vitinha. Vou falar com ele…» Todos ficaram alegres. «Dá lá
recomendações, pá, disse o Nataliano. «Não te esqueças», avisou o Necas.10
Texto 2.
São velhas, pode dizer-se, todas as cidades da Europa, e são velhíssimas todas as grandes
cidades. Só na América se improvisam os grandes centros de população, fazendo-se, desde
os fundamentos, toda uma cidade com a rapidez como na Europa se faz um bairro. Não
entrando e o ar mal circulando nas suas ruas estreitas e tortuosas. As praças e jardins, que
são uma espécie de pulmões, orgão sem aptidão para o papel que lhes destinavam.11
Texto 3.
Quando de tal me apercebi, saltei por cima do regedor, torto de borracho, rapei do estadulho
dum carro que ali estava e depois de varrer o campo com dois molinetes, pernas para que
vos quero! Em menos tempo do que se pisca um olho, estava de largo.
Foram sobre mim, mas podem eles lá pilhar-me, lesto como era, lesto como ia com o vinho
orçado para me acender o ânimo, e na alma um aguilhão: avante!12
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Características
10
Texto 1 R: l.f
11
Texto 2R: l.cdd
12
Texto 3R: l.pp
12
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Tendencialmente ambíguo e
plurissignificativo, polissémico Evita a ambiguidade, porque o seu
(podendo suscitar diversas objectivo é transmitir uma determinada
interpretações…); mensagem com o máximo de
objectividade (unissignificativo);
Segundo Miguel e Alves, 2016:177, chamam este tipos de de textos de “transaccionais ou normativos, dado que, têm
13
como objectivo satisfazer algumas necessidades de comunicação burrocrática e administrativa e que se utilizam
geralmente em serviços. Ex: carta, curricular, ofício, requerimento, declaração, relatório, contracto, comunicado, aviso,
convocatória e acta, curriculum vitae e memorando.
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denotativa;
A carta
A carta é um texto escrito a que recorremos entre outros meios, como, por exemplo, o
telefone, o fax, o email…) quando queremos contactar alguém.
Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha assinado a carta, poderá acrescentar
um PS, abreviatura latina da expressão post scriptum, que significa “escrito depois”. No PS
pode escrever o que quiser;
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Carta formal
As cartas formais podem ser de diferentes tipos e dependem das diferentes circunstâncias
que motivam a sua redação. Existem cartas comerciais, de reclamação, de pedido de emprego, de
resposta a um anúncio, de cortesia, etc.
Para este tipo de carta o tratamento é sempre formal, devendo usar-se uma linguagem clara e
cuidada. Frases curtas e bem estruturadas.
Conforme se trata de uma carta familiar ou formal, há que ter em conta certas regras:
Na parte superior da folha de uma carta devem ser registados, em primeiro lugar, o local e
a data. Se a carta é formal, normalmente surge a identificação de quem a envia na parte
superior esquerda e a identificação do destinatário na parte superior direita a que se segue
então o local e a data.
Em seguida, numa carta formal é usual aparecer do lado esquerdo uma brevissíma
referência ao assunto.
Só então, antes do início do texto, o emissor deve dirigir-se ao destinatário através de uma
formula de tratamento adequada.
Para finalizar, na carta deve ser ser inserida uma expressão de agradecimento pela atenção
dispensada, referindo as expectativas de uma resposta ou enviando cumprimentos. É claro
numa carta familiar, os cumprimentos serão substituidos por expressões afectivas.
Por última, normalmente do lado direito, umas linhas abaixos, registar-se-á o nome /
assinatura do autor (opção a fazer em função do grau de familiaridade / formalidade da
carta).
É claro que também podemos recorrer à carta para nos candidatarmos a um emprego.
Numa carta forma, começariamos, de acordo com os diferentes destinatário, com as seguintes
formúlas de tratamento:
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Ex.mos Senhores
Ex.mo Senhor
António Ferreira
Ex.mo Senhor
Eng.o Fernando Sá
Ex.mo Senhor
Ex.ma Senhora
Ex.ma Senhora
D. Naria Teresa
Atentamente,
Subscrevo-me atentamente;
Atenciosamente,
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Carta informal 14
Maria Texeira
Avenida da Boavista, 250, 6.º B
4700-240 Porto
Norquímica
Pç. Mouzinho de Alburquerque,
123, 1.º
4000-312 porto
Assunto: Candidatura ao emprego
Ex.mos Senhores
Conclui em 20 de Junho de 2008 uma licenciatura em Ebgenharia Química, área que
sempre me motivou e que hoje se revela da maior importância, dados os problemas ambientais que
a todos hpje nos preocupam.
Visto ter tido do prestigioso trabalho desenvolvido pela v/ empresa nessa área, venho, por
este meio, candidatar-me a lugar onde possa desenvolver uma actividade compatível com a minha
preparação e interesses.
Possuo bons conhecimentos de informática – na óptica do utilizador – e de línguas – Inglês,
Espanhol e Francês.
Antecipadamente grata pela atenção que queiram dispensar-me, fico a agaurdar uma
resposta e subscrevo-me,
Atenciosamente
Maria Texeira
Anexo: Curriculum Vitae
Carta informal15
Queridos Pais,
Só agora lhes escrevo porque tenho andado muito atarefada com a mudança de casa. Há
muitas coisas a fazer e o tempo é sempre pouco. Enquanto o Zé vai dando uns
14
Cf. Azeveredo et al (2013:446-448) ”Da comunicação à expressão…”
15
Cf. Rodrigues (2004:100-101) “evolução da comunicação linguística…. Didáctica da gramática”
17
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Ultimos retoques aqui e ali, eu trato dos cortinados, dos tapetes e das disposição dos móveis.
Andando muito cansados, mas vai ser uma alegria quando inagurarmos a casa, no dia dos anos da
Martita. Espero que possam vir para verem a casa nova e matarmos saudades.
Escrevam e mandem notícias.
Beijos de miúdos, que estão cheios de saudades. Um abraço do Ze.
Muitos beijos da filha muito amiga, Mariana.
P.S digam ao Rui que também está convidado para a festa.
EXERCITANDO….
2. Escreva uma carta de reclamação, por maus serviços prestados, a Direcção de um hotel
onde se hospedou num fim-de-semana.
MEMORANDO
Estrutura
Intrudução:
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Conculusão
Exemplo de memorando:
(Nome da instituição)
Memorando
A direcção da Academia Strong decidiu aumentar o período laboral dos seus serviços, no
sentido de alargar a clientela, abragendo assim um público com um nível etário mais jovem.
Deste modo criar-se-ão duas novas turmas de ginástica rítmica, uma juvenil outra infantil a
funcionar aos sábados entre as 9 e as 12 horas.
A.A.N.
EXERCITANDO……
a) A escola de dança onde está inscrito promovéra um aumento nas quotas dos sócios.
Explique as razões desse incremento e a data a partir da qual se concretizará.
b) A sua empresa, ao celebrar mais um aniversário, vai promover um sorteio de dez portáteis
pelos trabalhadores. Redija o memorando e inclua dois procedimentos de sorteio.
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FORMAS DE TRATAMENTO
Todavia, cada falante dispõe de várias formas de tratamento para se comunicar e essas
formas refletem as relações existentes entre os falantes: as relações podem ser muito formais,
formas e informais16.
Ex: trouxeste os teus apontamentos, para me emprestar? Pedi-te, ontem que mos
trouxesses.
Tratamento formal: Senhor (a/s), Doutor (a/s), Enginheiro (a/s)… – o verbo e os pronomes
ficam na terceira pessoa do singular.
Ex: Por favor, Sr. Professor, pode emprestar-me o livro sobre Génetica molecular?
16
Cf. Miguel e Alves, (2016) “Saber + Manual de Língua Portuguesa para o ensino universitário”, p. 297
17
Gramática moderna da língua portuguesa, (2013) 2ª Edição.
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A pessoa a quem se dirige no discurso pode ser expressa pelos pronomes de segunda pessoa
(tu, vós) ou pelos pronomes de tratamento (você/s) que concordam com o verbo na terceira pessoa.
A forma de tratamento que se usa a segunda pessoa do plural (vós), expressa ou subdendida,
é rara. Utiliza-se nos discursos litúrgicos ou muito formais.
O pronome você quando está explícito numa frase usa-se a nível familiar ou informal por
pessoas que não se tratam por tu – vizinhos ou colegas de trabalho – mas mantêm uma relação de
igualdade, ou numa relação de um superior para um inferior, (por exemplo; “você ouviu?”).
Ao adoptarmos uma forma de tratamento para com uma pessoa, devemos manter essa forma.
É incorrecto taratar uma mesma pessoa ora por tu, ora por você.
Te Te Te Ti Contigo Teu/tua
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Assim:
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Mestre M.e
Monsenhor Mons.
Professor Catedrático Professor
Professor/a Prof., Prof.ª
Reverendíssimo Revd.mo
Reverendo Padre Rev. P.e
Senhor/a/s Sr. / Srs. / Sra. ou Sr.ª / Sr.ªs
Senhorita Sr.ta
Sua Eminência S. Em.ª
Sua excelência S. Ex.ª / S. Exa.
Vossa Excelência V. Ex.ª / V. Exa.
Exemplos:
EXERCITANDO…
Transforme a forma de tratamento dos seguintes texto para o tratamento mais formais.
Texto A
Peça-lhe que me conceda a honra de o convidar para o meu padrinho de casamento como
você se deve lembrar, esse foi sempre o desejo do meu pai e, da minha parte, sentir-me-ei
particularmente feliz por tê-lo assim como padrinho. Então, o você aceita o meu pedido?
Texto B
Verá você, que tudo se passará à dos seus desejos. Não receie incumprimentos, nem
subestime a a lealdade dos seus amigos. Eles estão todos prontos a ajudá-lo a sair deste impasse.
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Eu queria escrever-te uma carta / Amor, / Uma carta que dissesse / Deste anseio / De te ver /
deste receio / De te perder / Deste mais que bem querer que sinto / Deste mal indefinido que me
persegue / Desta saudade a que vivo todo entregue / Eu queria escrever-te uma carta / Amor, …
Eu ir convidar/te/o/a
para a festa
Lembrar-se do
combinado?
Trabalharei com…
Esta ecomenda é
para…
Escrever-te/lhe-ei
O requerimento
Estrutura do requerimento
5. Local e data;
6. Assinatura.
O relatório
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Língua Portuguesa – I Ano: 2017 ISPK
LEXICOLOGIA
Léxico - conjunto de todas as palavras possíveis numa língua , incluindo as que deixaram
de estar em uso e as novas palavras que se venham a formar.
FAMÍLIA DE PALAVRAS
CAMPO LEXICAL
Campo lexical – é o campo constituido por um conjunto de palavras que têm o mesmo
radical e, por isso, uma significação basicamente comum (que é o radical) em todas essas palavras.
Neologismo – é a palvra ou expressão nova que resulta de processos de criação da língua, ao nível
da forma e/ou do significado
PROCESSO DEFINIÇÃO
Extensão semântica A palvra ganha novo significado. Ex. rato, portal, janela (da
informática).
Amágama Junção da primeira parte de uma palavra com a última de outra.
Ex: informática (informação automática
Empréstmo ou estrangeirismo Palavras estrangeiras adoptadas para uma língua. Ex. site, email,
raking, football.
Acronímo Junção de letras ou sílabas de uma palavra, que se pronunciam
como uma palavra. Ex. PALOP, UNICEF, INEJ, CEFOJOR.
Sigla Redução de um grupo de palavras as suas iniciais, que se
pronunciam por soletração: MPLA, OMS, OIT, etc.
Onomatopeia Imitaçção de um som natural. Ex. trrimm, tic-tac, pipilar, etc.
Truncação Apagamento de uma parte da palavra. Ex: pneumática,
hipermecardo, póliomietite
OBS: as palavras que caem em desuso são denominadas arcaísmos. Ex: soer, leda, jazer,
açougue, nojo (luto), etc.
EXERCÍCIO…
1. EUA é:
a) Uma sigla, b) um empréstimo, c) um acrónimo d) uma truncação.
2. “O rato do computador” é um exemplo de:
a) Extensão semãtica b) amálgama c) truncação d) onomatopeia
3. Assinale com o S para as siglas e um A para os acrónimos.
a) AMI
b) AVC
c) DST
d) FBI
e) FIFA
f) FMI
g) IRT
h) IVA
i) MPLA
j) UVA
k) VIP
l) WWW
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O enriquecimento do texto léxico de uma língua pode fazer-se através de dois processos
morfológicos de formação de palavras.
O radical contém uma significação comum a todas as palavras q possuem esse radical:
Aqua ˃ água
Facere ˃ fazer,
Facilmente chegamos à conclusão de que, a partir destas palavras, é possível formar outras:
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Chamam-se primitivas – As palavras que não são formadas a partir de nenhuma outra:
Chamam-se Derivadas – Aqueles palavras que se formam a partir de outras – água, fazer, - à qual
se juntou um ou vários prefixos ou sufixos:
Derivação:
Derivação regressiva
Afixo – São os morfemas derivativos (prefixos e sufixos) que se juntam à palavra primitiva,
acrescentando uma nova tonalidade à significação primitiva.
Sufixos nominais – Servem para formar nomes ou adjectivos. Por exemplo, em palavra
como:
Existe um sufixo adverbial, - mente, que serve para formar, sobretudo, advérbios de modo:
Ex.: Alegremente, rapidamente, (modo)
Ex.: repatriar
Com efeito, não existem, nem nunca existiram, as palavras repatria ou pátria.
Por vezes, entre a palavra primitiva e o sufixo desenvolve-se uma vogal ou uma consoante
de ligação, para facilitar a pronúncia ou torná-la mais agradável ao ouvido:
Ex.:
Deviração regressiva
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Às vezes é difícil saber se é o nome que deriva do verbo ou o verbo do nome. Nesses casos,
quando for necessário, poderá consultar-se um dicionário etimológico para esclarecer a dúvida.
Derivação regressiva
Bebi um porto
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Palavras simples – São aquelas que possuem apenas um radical, quer ser trate de palavras
primitivas ou derivadas.
Neste exemplos de palavras compostas, notamos certas diferenças, logo à primeira vista. Assim
concluiremos que há espécies de composição:
Por exemplo, as palavras amor e perfeito perderam o seu significado de origem e, em conjunto,
adquiriram um novo significado, o de uma planta chamada amor-perfeito.
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vinagre(vinho agre)
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SEMÂTICA
Homonímia: são as que se escrevem e pronunciam da mesma maneira, mas que têm
significado e origem diferente. Exemplo: amo (susbtantivo) e amo (verbo amar); canto (nome:
aresta, ângulo) e canto (verbo cantar); são (nome ou adjectivo – o que tem saúde) e são (verbo ser).
Homografia: são as que têm idêntica grafia, mas pronúncia e significado diferentes.
Exemplo: bola (nome: bola de jogar) e bola (bola nome: comida); colher (nome: utensílio) e colher
(verbo, infinitivo); cópia (nome: reprodução gráfica) e cópia (verbo copiar) etc.
Paronímia: são as que têm significado diferente, mas que são muito parecidas tanto na
escrita como na grafia. Exemplo: comprimento (extensão, medida) cumprimento (obediência,
execução); descrição (acto de descrever) discrição (acto de ser discreto); emigrante (o que sai de
uma região) imigrante (o que entra noutra região).
Sinonímia e antonímia
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Sinónimos – são as palavras que têm significados semelhantes: bonito – lindo, fiel –
leal, pensar – refletir, casa – habitação etc.
Antónimos – são as palavras que têm significados contrários: bonito –feio, quente –
frio, dar –tirar, achar – perder, aquecer – arrefecer.
Hoponímia e hiperonímia
Hipónimos
Gato - mamífero
Atum - peixe
Rosa - flor
Coragem - qualidade
Segredar - falar
Hiperónimo
MORFOLOGIA
Palavras invariáveis: são palavras que não variam em género e número. Exemplo: com,
para, muito, oh!, porque, não, etc.
Fazem parte das classes das palavras invariáveis as seguintes classes: advérbios, preposições,
conjunções e interjeições.
Nomes comuns: não individualizam os seres. Exemplo: menina, chapéu, cidade etc.
Nomes colectivos
São nomes comuns que, embora tendo a forma no singular, designam um conjunto de seres
vivos ou de coisas da mesma espécie. Exemplo: Alcateia (lobo; animais ferozes), armada (navios de
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guerra ou de transporte), cardume (peixe), bando (aves; pessoas, por vezes perjorativa), manada
(rebanho de bois, vacas ou cavalos), vara (porcos) etc.
Além da flexão em género e número, os adjectivos variam também em grau. Os graus dos
adjectivos são três: normal, comparativo e superlativo. O grau comparativo e superlativo
apresentam várias subdivisões.
Grau comparativo de igualdade: (tão… como ou tão… quanto). Exemplo: o João é tão
forte como o António.
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Grau superlativo: indica o grau mais elevado da cracterística expressa pelo adjectivo.
Apresenta duas formas: absoluto e relativo.
Grau superlativo absoluto sintético: é formado, na maioria dos casos, com a junção do
sufixo –íssimo ao grau normal do adjecrtivo. Exemplo: o João é fortíssimo.
Grau superlativo absoluto analítico: é formado pela junção do advérbio muito ao grau
normal do adjectivo. Exemplo: o João é muito forte.
Irregular Regular
Os determinantes são palavras que precedem os nomes e que algum modo os referenciam e
especificam indicando, por exemplo, o número, o género, a quantidade.
Li um livro.
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Artigos
Definidos Indefinidos
Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas
O artigo definido empregam-se para designar seres que são conhecidos e o indefinido
para seres que não são conhecidos. Exemplo:
Determinantes possessivos
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Determinantes demonstrativos
Singular Plural
Este – indica o que está mais próximo da pessoa que fala – o locutor; exemplo:
Esse - indica o que está mais próximo a pessoa a quem se fala – o destinatário. Exemplo:
repara nesse retrato.
Aquele – indica um afastamento em relação à pessoa que fala e àquela a quem se fala.
Exemplo: vou oferecer-te aquele retrato.
Determinantes indefinidos
SINGULAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino
Variáveis
algun alguma alguns algumas
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas
todo toda todos todas
muito muita muitos muitas
pouco pouca poucos poucas
tanto tanta tantos tantas
outro outra outros outras
certo certa certos certas
qualquer qualquer quaisquer quaisquer
Invariável cada
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Determinantes interrogativos
Variável Invariável
SINGLAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino
Qualidade qual? qual? quais? quais? quê
Quantidade quanto? quanta? quantos quantas
Os ponomes são palavras que substituem ou remetem para um nome, adjectivo, grupo ou
frase. Dividem-se em várias subclasses.
O emprego dos pronomes permite evitar a repetição de uma palavra ou até de uma frase. Exemplos:
Um grupo nominal.
A tua amiga passou aqui com o irmão. Ela estava com pressa. (ela = a tua amiga).
Uma frase.
A Helena está muito zangada. O João sabe-o muito bem. (o = a Helena está muito zangada).
Um adjectivo.
Um grupo preposicional.
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Pronomes pessoas
Pronomes pessoas
Número Pessoa Sujeito C.D Compl. Ind Compl.
Circunstanc
ial
Sem Com
preposição preposição
Singular 1ª eu me me mim mim, -migo
2ª tu te te ti ti, -tigo
3ª ele (a) se, o, a lhe si, ele, ela si, -sigo,
ele,ela
Plural
1ª nós nos nos nós nós, -nosco
3ª eles (as) se, os, as lhe si, eles, elas si, -sigo, eles,
elas
Pronomes possessivos
Pronomes demonstrativos
Singular Plural
Masculino singular Masculino Singular
este esta estes estas
esse essa esses essas
aquele aquela aqueles aquelas
o mesmo a mesma os mesmos as mesmas
o outro a outa os outros as outas
tal tal tais tais
Este – indica o que está mais próximo da pessoa que fala – o locutor; exemplo:
Esse - indica o que está mais próximo a pessoa a quem se fala – o destinatário. Exemplo:
repara nesse retrato.
Aquele – indica um afastamento em relação à pessoa que fala e àquela a quem se fala.
Exemplo: vou oferecer-te aquele retrato.
Pronomes indefinidos
SINGULAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino
Variáveis
algun alguma alguns algumas
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Pronomes interrogativos
Variável Invariável
SINGLAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino
Qualidade qual? qual? quais? quais? que? quê
Quantidade quanto? quanta? quantos quantas quem?
onde?
Pronomes relativos
VÁRIAVEIS INVARIÁVEIS
SINGULAR PLURAL
Masculino Feminino Masculino Feminino
o qual a qual os quais as quais que
cujo cuja cujos cujas quem
quanto quanta quantos quantas onde
Tarefa
Consultar a grámatica:
a) Numeração árabe
b) Numeração romana
c) Numerais cardinais, ordinais, multiplicativos, fraccionários, e colectivos.
As conjunções: são palavras invariáveis que servem para relacionar orações ou elementos
semelhantes da mesma oração.
CONJUNÇÕES
LOCUÇÕES
Copulativas: indicam uma E, nem, tambémNão só…, mas também, não
adição só… como também…, tanto…
como
Adversativais: indicam uma Mas, porém, todavia, contudo, Apesar disso, no entanto, ainda
oposição entretanto, assim, não obstante, de outra
sorte
Disjuntivas: indicam ou ou Ou… ou, já… já, ora… ora,
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CONJUNÇÕES
LOCUÇÕES
Condicionais: exprimem Se A não se que, contanto que,
uma condição desde que, a menos que, salvo
se, no caso que
Comparativas Como, conforme, segundo, Assim como… assim, assim
que, qual assim como… assim também,
Bem como, como… assim
Causais: exprimem uma Porque, pois, porquanto, Visto que, pois que, já que, por
causa ou motivo Como (=porque) isso que, por isso mesmo que
Que (=porque)
Temporais: exprimem Quando, enquanto,mal, apenas, Antes que, a medida que,
tempo, época que (=desde que) depois que, até que, antes que,
logo que, assim que, primeiro
que,
Concessivas: indicam um Embora, conquanto, que Ainda que, mesmo que, posto
facto contrário a outra, mas que, ainda quando, se bem que,
que não se opõe a sua sem que, apesar de que, sem
realização que
Consecutivas: indicam uma Que (=ainda que) De maneira que,
consequência da oração De modo que, de forma que
anterior De sorte que
Finais: indicam fim Que (=para que) Para que, a fim de que, por que
Integrantes: introduzem Que, se
uma oração que pode servir
de sujeito, nome predicativo
ou do complemento directo
da oração anterior.
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A frase simples é constituida por uma só oração, sem conexão, isto é, sem ligação. Pode
ser constituida por:
A frase complexa é constituida por duas ou mais orações que estabelecem relação entre si.
A frase simples
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Sujeito e predicado
Tipos de sujeito
b) Sujeito subentendido: é aquele que não está expresso na oração, pode ser identificado.
O Carlos levantou-se e abriu a porta
c) Sujeito indeterminado: é aquele que por muitas vezes não se refere a uma pessoa
determinada, desconhecendo-se quem executa acção.
Batem a porta.
Ainda se vive sem agua canalizada…
Diz-se que os telemóveis já provocaram mais acidentes do que o álcool.
d) Sujeito inexistente: com verbos impessoais, as orações não têm sujeito.
Anoiteceu
Havia três livros na prateleira
Fazia calor naquele dia
Elementos do predicado
a) Complemento directo: refere-se o ser sobre o qual recai a acção expressa pelo verbo.
Ele comprou estas revistas
Nunca pensei isso.
Tem tartes de maça? Quero duas, por favor.
Ela pediu que viesses cedo.
b) Complemento indirecto: refere-se o ser sobre o qual recai indirectamente a acção expressa
pelo verbo.
Empresta o teu livro ao Paulo
c) Predicativo do sujeito: palavra ou expressão que se junta ao verbo para lhe completar o
sentido caracterizar o sujeito.
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e) Agente da passiva: indica o ser que pratica acção sofrida pelo sujeito. Só xiste este
complemento nas frases que estão na voz passiva.
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Tempo:
Não fizeram nada durante todo o dia.
Lugar:
Ficou em casa
Causa:
O Afonso teve um scidente devido a velocidade.
Modo:
Ele conduzia sem respeitar os limites de velocidade.
Fim:
Tomei um chá quente para aquecer.
Meio:
Saiu de carro.
Companhia:
Saiu com os amigos.
Dúvida:
Talvés vá ao Brasil no Verão.
Orações coordenadas assindéticas: são orações colocadas umas ao lado das outras
sem qualquer conjunção a uni-las.
Orações coordenadas sindéticas: orações que estão ligadas por uma conjunção
coordenativa.
As orações coordenadas
As orações coordenadas são autónomas, não dependem umas das outras, isto é, cada uma
tem sentido próprio.
De acordo com o sentido das conjunções ou locuções coordenativas que as unem, as orações
coordenadas recebem nomes diferente;
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Orações subordinadas
Ao contrário das orações coordenadas, as orações subordinadas estão dependentes uma outra
(a oração subordinante ou principa), com a qual estabelecem uma relação determinada relação. A
ligação entre as oração subordinada a oração subordinate pode ser estabelecida por uma
conjunção ou locução subordinativa, por um pronome relativo ou por um pronome ou advérbio
interrogativo.
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Temporais
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Condicionais
A oração subordinada condicional exprime uma condição que tornará realizável a acção
expressa na oração subordinante.
Eu repetirei o exercício se for necessári.
Comparativas
A oração subordinada comparativa exprime uma comparação no plano de quantidade ou da
qualidade.
Ele dirige a casa como o faria a sua mãe.
Consecutivas
A oração subordinada consecutiva exprime um facto que é consequência de outro.
Ela insistiu tanto que eu não deixarei de estar presente.
Orações reduzidas:
Orações subordinadas infinitivas, gerundivas e partcipiais
As orações reduzidas são orações subordinadas que não se iniciam por conjunção
subordinativa nem por pronome relativo, e que apresentam o verbo numa das formas nominais:
infinitivo, gerúndio e particípio.
Orações infinitivas
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Estas orações que têm o verbo no infinitivo, podem exprimir circuntância várias.
Antes de partirmos, irei visitar-te. (temporal)
Para o distrair, fomos ao cinema. (final)
Orações gerundivas
Estas orações, que têm o verbo no gerúndio, podem igualmente exprimir circunstâncias
várias.
Tendo terminado o concerto, o pubico aplaudiu vibrantemente. (temporal)
Aproximando-se a partida, ele ficou triste. (causal/temporal)
Orações participiais
As orações participiais têm o verbo no particípio e, geralmente, exprimem uma
circunstância de tempo.
Feitas as apresentações, sentaram-se à mesa. (temporal)
Atravessada a fronteira, a vigem será mais rápida. (temporal)
PRONOMINALIZAÇÃO
Complemento directo
C. Directo C. Directo
A. Os pronomes o, a, os, as transformam-se em lo, la, los, las, quando a terminação verbal for
-r, -s ou -z sendo estas letras suprimidas.
Exemplo: vou visitar a Carla = vou visitá-la. Bebes o leite fresco? = bebe-lo fresco?. Traz
os livros para cá = trá-los para cá.
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B. Depois dos ditongos nasais (-am, -em, -õe, -ão) os pronomes o, a, os, as toma a forma de
no, na, nos, nas.
Exemplos: entreguem os documentos à Tereza = entreguem-nos à Teresa. Eles dão os
documentos ao pai = eles dão-nos ao pai.
Complemento inderecto
Posição do pronome
O pronome aparece:
1. Depois do verbo:
Em frase declarativas afirmativas. Exemplo: chamo-me Yano. Pede-lhe o jornal.
2. Antes do verbo:
a) Em frase negativas. Exemplo: não me chamo Yano. Nunca te enganaste?
b) Em frases interrogativas iniciadas por pronomes ou advérbios interrogativos.
Exemplo: como te chamas? O que lhe aconteceu? Porque nos preocupamos com isso?
Quanto te custou esta casa? quem me telefonou?
c) Depois das conjunções ou locuções subordinativas. Exemplo: ele quer que lhe digas a
verdade. Como te esqueceste dos documentos? Se o veres, chama-o. Quando te
levantares, fecha a janela.
d) Depois dos advérbios. Exemplo: sempre me esqueço disso. Ainda nos vamos
arrepender.
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Havendo condições que obriguem à colocação do pronome antes do verbo, o pronome passa para
essa posição:
NOTA: Existindo dois complementos (directo e indirecto) podem ambos serem pronominalizados:
Exercicios de pronominalização
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É subjectivo É objectivo
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Textos utilitários
Com grande predomínio da função informativa da linguagem, este tipo de texto consta de
textos objectivos, impessoais, que têm exclusivamente o propósito de levar informações “puras” ao
conhecimento dos destinatários. Estes textos são as notícias, actas, a carta formal e informal,
requerimentos, regulamentos, contractos, declarações, relatórios, resumos, certidões atestados,
convocatórias, curriculum vitae, ficha de leitura, a biografia, o cartaz, o anúncio publicitário, etc.
Estrutura da notícia
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Ser breve.
Quem? – o sujeito
TEXTO LITERÁRIO
Texto literário (mais amplamente conhecido como género literário) é geralmente dividido,
desde a antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático. Essa divisão partiu
dos filósofos, da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o
questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida.
Essas três classificações básicas fixadas pela tradição englobam inúmeras categorias menores,
geralmente denominadas subgéneros.
Muitos estudantes têm a tentação de dividir a literatura em poesia e prosa. Apesar da lógica inerente
a esta divisão, Aristóteles seguiu uma outra lógica da literatura, muito mais complexa e abrangente.
Em vez de dividir a literatura de acordo com a sua forma aspecto gráfico, Aristóteles preocupou-se
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com: a forma como o texto transmite a visão do mundo envolvente, a pessoa em terno da qual o
texto é formulado e a função do texto. Portanto, textos que apresentam um mundo interior, ou
subjectivo (o mundo exterior é apresentado pelos olhos do poeta), centram-se em torno do “eu” e
têm uma função emotiva, pertencem à categoria da lírica.
Os textos que apresentam um mundo exterior e objectivo, centram-se em torno do “tu” e têm uma
função apelativa, pertencem à categoria do Drama.
Assim, a literatura pode ser dividida em três categorias universais: modo lírico, modo
narrativo e modo dramático. Cada um dos três modos é divisível numa outra categoria, os géneros
(romance, soneto, tragédia…).
O género lírico se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras.
Entretanto, os outros dois géneros, o narrativo e o dramático, também podem ser escritos nessa
forma, embora modernamente prefira-se a prosa.
Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e pelo
tempo. Todos os géneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseam-se na
realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente
com o que se passa no enredo da história.
TEXTO LÍRICO
CARACTERISTICAS
01 Centrado na 1ª pessoa
gramatical (eu);
02 Predomínio das funções
poética e emotiva da
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linguagem;
03 Exprime os estado da
alma, sentimento e
emoções;
04 Linguagem
plurisignificativa
(conotativa)
05 Escrita em versos
06 Predomínio do ritmo,
rima e musicalidade;
07 Geralmente não tem
narrador. É a voz do
sujeito poético que fala;
Tema: ideia mais importante que o texto contém. É uma espécie de título bastante
sugestivo. Deve ser curto e dar a ideia principal que contém o texto.
Nota: há poemas que não apresentam título. Quando isso acontece, os poemas são
conhecidos pelo primeiro verso da primeira estrofe.
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Soneto: É um texto em poesia com 14 de versos dividido em dois quartetos e dois tercetos
com rima geralmente em A-B A-B A-B B-A C-D C-D C-D.
Verso: cada uma das linhas do poema que pode ter sentido completo ou não.
Rima: Consiste na semelhança de sons normalmente na sílabas finais dos versos atribui-se
uma letra a cada rima pela ordem das letras do alfabeto. Esquema rimática.
Escansão métrica
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As métricas correspondem aos sons da fala, e nem sempre coincidem com as sílabas
gramaticais. Exemplo: “e não sabia ainda o que era a vida
O verso
tem 15 E não sa bi a a in da o que e ra a vi da
sílabas
gramaticais
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
… 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
sílabas
métricas
E não sa bi à in do qué ra vi
Isométricos: quando, no poema, têm a mesma medida, isto é, o mesmo número de sílabas
métricas.
Estrutura rimática
Um poema que contenha rimas com regularidade pode fazer-se o esquema rimático,
procedendo-se da seguinte forma: a partir do 1º verso atribui-se uma letra a cada verso, a começar
da 1ª letra do alfabeto. A, B, C, D…
Exemplo:
Quem dera A
Que sofras B
As dores C
De Amores C
Que louco D
Sofri E
Quem dera A
Que sofras B
Não negues F
Não mintas G
Eu vi! E
Casimiro de Abreu
O ACRÓSTICO
É um, tipo de poema em as primeiras letras de cada verso são de alguém ou de alguma coisa.
Exemplo.
O seu papel é relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar
determinados, envolvendo um ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas. As narrativas
utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a
gestual (por meio de gestos), além de outras.
Crónicas: É uma narrativa informal breve, ligada à vida quotidiana, com linguagem
coloquial, breve com um toque de humor e crítica.
Ensaio: É um texto literário breve, situado entre o poético e o didáctico, expondo ideias,
crítica e reflexões morais e filosóficas a respeito do certo tema. É menos formal e mais
flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjectivo
sobre um tema (humanístico, filosófico, politico, social, cultura, moral, comportamental,
literário, etc.) sem que se paute m formalidades como documento ou provas empíricas ou
dedutivas de carácter científico.
Em qualquer texto narrativo existe um conjunto de elementos (ou categorias) que irás
recordar:
Narrador e narratário
O narrador é aquele que relata os acontecimentos e não deve ser confundido com o
autor; o narratário é o destinatário da história narrada. Por vezes, o narratário é mencionado
pelo próprio narrador. Exemplo:
Quando comecei a pôr vulto no mundo, meus fidalgos, era a porca da vida outra droga.
O narrador está aqui identificado com uma personagem – o Malhadinhas – que vai
narrar episódios da sua vida (história) a um narratório que ele designa por meus fidalgos.
Homodiegético ou
Participante – como
Narrador personagemou como mera
testemunha
Heterodiegético ou não
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Presença na acção
Focalização é omnisciente –
quando o narrador se mostra ter
conhecimento ilimitado das
personagens, ao tempo, a
acção…, conhecimento que
ultrapassa a mera observação.
Este narrador sabe, por exemplo
o que se passa no imtimo das
personagens.
Desenvolvimento – sucessão
das peripécias e o ponto
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culminante
Conclusão ou deselance
Secundárias
figurante
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narrador
Mista – coexistência da
caracterização directa e indirecta
tempo cronológico
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BIBLIOGRAFIA
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