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LISTA DE EXERCICIO

1. Diferencie o que é comunicação, linguagem e língua.


Comunicação ocorre quando interagimos com outro usando alguma linguagem,
é o ato comunicacional em si. Linguagem é o processo comunicativo pelo qual
os indivíduos interagem entre si (verbal, não verbal e mista). A língua é o
código com suas estruturas e formalidades, assim como o idioma que falamos

2. Diferencie linguagem verbal, não-verbal e mista, dê exemplos.


Linguagem verbal é aquela representada por palavras propriamente ditas,
configurando-se como uma forma mais precisa de expressarmos nossas ideias,
como por exemplo: Silêncio! Atenção: perigo à frente. Entre e seja bem-vindo!
Linguagem não verbal é aquela que se utiliza de outros sinais para que a
comunicação se efetive, podendo ser por meio de gestos, símbolos,
expressões fisionômicas, linguagem dos surdos-mudos, cores, entre outros
elementos.
Linguagem mista é quando há um uso simultâneo da linguagem verbal e da
não verbal para a construção da mensagem. Conseguimos observar bem essa
ocorrência quando lemos histórias em quadrinhos, por exemplo.

3. Atribua aos elementos da conceito a seguir o respectivo conceito que


lhes é atribuído:

a- emissor – representa aquele que envia a mensagem.

b- receptor – é representado por aquele que recebe a mensagem.

c- código – é o conjunto de signos combinados nas mensagens verbais,


retratado pela própria língua.

d- mensagem – representa o conteúdo das informações transmitidas.

e- canal – diz respeito ao meio físico pelo qual a mensagem é transmitida.

f- contexto – indica a situação, assunto, lugar ou objeto a que a mensagem se


refere.

4. Segue uma das criações artísticas do poeta Fernando Pessoa.

Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
A) Após analisá-la, elucide os elementos da comunicação:
a- emissor – “nós, os portugueses”, indicado por meio de verbos e pronomes
demarcados na 1ª pessoa do plural.
b- receptor – o mar
c- mensagem – o poema, retratado na íntegra
d- código – a língua portuguesa
e- canal – a linguagem escrita
f- contexto- o mar português.
B) Qual a função de linguagem presente no texto? Por quê?

A função de linguagem presente no texto é a função poética, pois


Fernando Pessoa tem sua atenção total ao elemento mensagem, assim
pensando a exploração do mar pelos portugueses pela dor como
também pela glória da conquista.

5. Os ruídos na comunicação nada mais são do que qualquer elemento


que interfira no processo da transmissão da mensagem de um emissor
para um receptor. Os ruídos podem ser resultado de elementos
internos e externos. Sobre os tipos de ruídos, assinale a alternativa
correta.

a) São exemplos de ruídos fisiológicos o barulho de construções, de


trânsito intenso, de aparelho de som com o volume muito alto, entre
outros.
b) São exemplos de ruídos físicos uma dor de cabeça, dor no corpo, dores
devido a alguma doença, entre outros.

c) Ruídos psicológicos não atrapalham a comunicação.

d) Ruídos semânticos ocorrem quando se utiliza, por exemplo, termos


muito técnicos, não conhecidos pelos receptores.
6. Quais são os tipos de ruído que existem na comunicação? Explique-
os.

Ruídos na comunicação são quaisquer elementos — internos ou externos —


que possam interferir no processo de comunicação entre o emissor e o
receptor. Essas barreiras podem ser constituídas por interferências ambientais,
pessoais ou de linguagem.

As ocorrências de ruídos consideradas internas são ligadas a determinadas


condições inerentes ao indivíduo, seja ele quem transmite ou quem recebe a
mensagem. Já as barreiras externas dependem mais do meio físico do que
comportamental.

Dito isso, os ruídos de comunicação são divididos em quatro tipos: físicos;


fisiológicos; psicológicos; e semânticos.

O ruído fisiológico é uma interferência interna, que ocorre devido à condição


física do transmissor ou do receptor. Pode ser uma intensa dor de cabeça,
uma disfunção sensorial e outras disfunções orgânicas. A fome ou o cansaço
são exemplos também.

O ruído psicológico também é uma barreira interna provocada pelo


comportamento dos indivíduos. Alguns motivos dessa interferência na
comunicação são: crenças; emoções; e atitudes sarcásticas.

O ruído semântico é a junção da interferência externa e interna. Acontece


quando o locutor usa uma linguagem com significado diferente para a
plateia. Ou seja, o emissor e o ouvinte têm interpretações distintas do sentido
de certas palavras. Os jargões e regionalismos são exemplos disso, no mundo
jurídico podemos adicionar o excesso de latinismos.

O ruído físico é a interferência externa ao falante e ao ouvinte, causando


dificuldades na transmissão física da mensagem, como: sirene; sons de
telefone; buzina de veículos; e pessoas conversando.
7. Explique quais são as funções da linguagem, qual é o elemento de
comunicação está relacionada?

 Função fática: estabelece uma relação de interação entre o emissor e o


receptor do discurso, sendo usada no início, meio e final das conversas,
seu foco é testar o elemento canal.

 Função emotiva: caracteriza-se pela subjetividade, tendo como principal


objetivo emocionar o leitor, o elemento relacionado é o emissor.

 Função referencial: caracterizada pela função de informar, notificar,


referenciar, anunciar e indicar por meio da linguagem denotativa.

 Função conativa: o intuito principal dessa função é de convencer,


persuadir e cativar o interlocutor.

 Função poética: focada na mensagem que será transmitida, essa função


é característica dos textos poéticos, seu foco está no elemento
mensagem.

 Função metalinguística:pode ser identificada quando uma mensagem


utiliza o próprio código (meio pelo qual a mensagem é enviada, como
fala, escrita, gestos ou figuras) para falar dele mesmo, seu elemento é
código.

8. (PUC/SP-2001) A Questão é Começar

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala,


antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar
o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde,
como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto
servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia
ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia,
com que se divaga até encontrar assunto para um discurso
encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a
escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio,
mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora
entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de
conversar.

Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos


induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um
começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso
estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos
agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como
necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural;
não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi
pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz
você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe
respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto,
espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”

Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores


invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne
e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar
conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam
assuntos. Termina-se sabe Deus onde. (MARQUES, M.O. Escrever é
Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização


apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar
conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.

a) Função emotiva

b) Função referencial

c) Função fática

d) Função conativa

e) Função poética

9. Dependendo do contexto e das situações comunicativas, a linguagem utilizada pode


ser formal ou informal. A variação linguística em que isso acontece é chamada de:

a) variação contextual
b) variação diacrônica
c) variação diatópica
d) variação diastrática
e) variação sincrônica

10. A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá
em analisá-los, atribuindo a variação linguística condizente aos mesmos:

a – Antigamente

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e


muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral
dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes,
arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Carlos Drummond de Andrade


R: variação histórica

b - Nóis trupica, mas não cai

Pode botar fé que desse jeito vai

R: variação social

c –“ Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de


corredeira. Quando a corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que
é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se
temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a
passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse
problema deixa de existir.”

R: variação geográfica

d – e-mai de trabalho:

Prezada Joana Silva, bom dia.


Sou revisora do Setor de Publicações e envio anexo seu artigo para a revista,
revisado, para conferência e ajustes.
Por gentileza, responda enviando a versão corrigida.
Cordialmente.

R: Variação contexto

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