Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plano De Aula nº 05
27.04.2020
Texto II (escrito)
“Digo a você que ela estava lá, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a, imaginando um jeito de dizer o quanto era
importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a sós comigo mesmo. Pensei ser a hora certa,
conversar: Mas me faltou coragem. Fugi.”
Para Oliveira (2003), a comunicação pode ser encarada sob dois planos de realização: o plano oral e
escrito, ou ainda, código oral e código escrito. Sabemos, naturalmente, que o meio de expressão de
todas as línguas humanas é o som, mas a maior parte delas, no entanto, possui um segundo meio de
expressão: a escrita.
1. Plano de Leccionação
- Definições de Texto Oral
- Características da Fala e da Escrita
- Diferenças entre Código Oral e Código Escrito
- Linguagem Verbal e Não-Verbal
Um equívoco bastante comum: a fala não tem regras, é informal; já a escrita tem regras, é formal.
Incorreções como essas decorrem do facto de se associar a fala a um dos níveis de uso da linguagem,
ou seja, toma-se a fala como sinónimo de informalidade. Na verdade, tanto a fala como a escrita
abarcam um continuum que vai do nível mais informal ao mais formal, passando por graus
intermediários. Assim, um mesmo indivíduo apresenta desempenhos diversificados quanto ao grau
de formalidade/ informalidade, variando sua fala e/ou escrita conforme as condições de produção
para a elaboração de seu texto.
Para se estabelecer as relações que diferem as duas modalidades da língua (falada e escrita), sem
que haja distorção do que realmente ocorre, é necessário considerar as condições de produção. São
essas condições que possibilitam a efectivação de um evento comunicativo e são distintas em cada
modalidade.
A escrita, por sua vez, pauta-se por meio dos seguintes traços:
Interação à distância (espácio-temporal);
Possibilidade de revisão para operar correções;
A reformulação pode ser apenas reservada ao escritor;
Sem feedback imediato (exceptuando-se as plataformas digitais em que o diálogo (retorno)
‘escrito’ é quase imediato).
Essas condições de produção irão determinar formulações linguísticas que apresentam aspectos
específicos, conforme o tipo de texto produzido:
Oral: conversação espontânea, debate, entrevista, conferência, etc.
Escrito: carta familiar, editorial, artigo para revista científica, etc.
A ocorrência das diferenças entre língua falada e escrita são decorrentes das condições de produção,
não sendo legítimo afirmar que uma seja mais complexa, mais bem elaborada, mais explícita ou
autónoma que a outra. Sabe-se de antemão que a fala, enquanto manifestação da prática oral, é
adquirida nas relações sociais em diversas situações do quotidiano. Por outro lado, a escrita,
enquanto manifestação formal do letramento, é adquirida, em geral, na escola.
NOTA: Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para
outra e de época para época.
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais tem as funções específicas de regular e
encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.
Expressão facial – os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas
pessoas tentam inibir a expressão emocional.
Movimento dos olhos – desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar
fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar
ameaça ou provocação. Desviar o olhar quando o emissor fala tanto pode significar a ideia de
submissão como a de desinteresse.
Movimentos da cabeça – tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.
PS. Na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para
que a comunicação seja eficaz.