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Cultura Documentos
Língua Portuguesa........................................................pág - 03
Noções de Informática................................................pág - 319
Direito Constitucional.................................................pág - 502
Direito Penal................................................................pág - 640
Direitos Humanos e Cidadania..................................pág - 783
Legislação Especial....................................................pág - 832
Legislação Específica.................................................pág - 954
Específica para PPCE.................................................pág - 993
Estatuto dos Serv. Públicos e Civis do CE.............pág - 1082
LÍNGUA PORTUGUESA
3
ASSUNTO: COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO
Procedimentos, etapas e competência leitora
Guerreiro (a),
É preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abordagem eficaz
de um texto:
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a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com
conhecimentos prévios sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer,
por exemplo, que se você pegar um texto do 3º ano do curso de Direito estando
ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assunto, porque você
não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se
deparar com informações novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-
compreensão o leitor “prende” a informação nova com a dele e “agarra”
(compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi, mas
não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das
palavras, a explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao
texto, depois de compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para
haver a interpretação de fato). É formada então o que se chama “fusão de
horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto.
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.
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EXERCÍCIO
GABARITO
1- E
2- C
3- C
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ASSUNTO: COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO
Procedimentos, etapas e competência leitora
Compreensão de texto – consiste em analisar o que realmente está escrito, ou
seja, coletar dados do texto. Os comandos de compreensão (está no texto)
são:
• Segundo o texto...
• O autor/narrador do texto diz que...
• O texto informa que...
• No texto...
• Tendo em vista o texto...
• De acordo com o texto...
• O autor sugere ainda...
• O autor afirma que...
• Na opinião do autor do texto...
Interpretação de texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está
escrito. Os comandos de Interpretação (está fora (além) do texto) são:
• Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...
• O texto permite deduzir que...
• É possível subentender-se a partir do texto que...
• Qual a intenção do autor quando afirma que...
• O texto possibilita o entendimento de que...
• Com o apoio do texto, infere-se que...
• O texto encaminha o leitor para...
• Pretende o texto mostrar que o leitor...
Recapitulando...
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Embora os conceitos estejam bem claros, há erros comuns e determinantes em
situações de
prova. Vale salientar que as bancas usam estratégias a fim de confundir e
dificultar o nível de alguns itens. Não se permita errar!
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EXERCÍCIO
9
Antônio Vieira.Sermão vigésimo sétimo do rosário.In:Essencial padre Antônio Vieira.
Organização e introdução de Alfredo Bosi. São Paulo: Penguin Classics, Companhia das
Letras, 2011, p. 532-3 (com adaptações).
GABARITO
1- C
2- E
3- C
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ASSUNTO: COMPREENSÃO X INTERPRETAÇÃO
Procedimentos, etapas e competência leitora
DENOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo
utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado
básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras
palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que
tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar,
orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagem,
editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando,
receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses
gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência
a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.
EXEMPLOS:
• A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de
Geografia.
• A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da
penitenciária de Santa Cruz do Céu.
• O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para
ornamentação de jardins quanto para a fabricação de chás
terapêuticos a partir das suas flores.
• Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de
consanguinidade ou de relações sociais.
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CONOTAÇÃO
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo
utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões
ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos
particulares de uso. O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal)
das palavras e expressões, ressignificando-as.
Exemplo:
Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de
Camões, e observe a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor'
utilizando linguagem conotativa:
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É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Recapitulando...
13
EXERCÍCIOS
1- (CESPE – 2018)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto X, julgue (C ou E) o item a
seguir.
As expressões “tomar isso ao pé da letra” (l.4) e “colcha de retalhos” (l.5) são
exemplos da função denotativa da linguagem.
As garras do Leão estão mais afiadas. A partir deste ano, os bancos terão de
informar à Receita Federal qualquer movimentação financeira mensal acima de
R$ 2 mil feita por pessoas físicas. No caso das empresas, o valor será de R$ 6
mil.
2- (CESPE – 2018) Na primeira oração do texto, o termo “Leão” foi
empregado de forma simbólica, para denotar a força política exercida pelo
Estado sobre a nação brasileira.
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3- (CESPE – 2016) A expressão “armar ali a minha tenda” (l.3) foi empregada
no texto em sentido figurado.
GABARITO
1- E
2- E
3- C
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TESE
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a) deve ser uma disciplina escolar das escolas públicas do Rio de Janeiro.
b) melhora a aprendizagem nas escolas públicas.
c) propicia a prática do diálogo e diminui a violência.
d) reforça a ideia de que a resolução de desentendimentos ocorre pela força.
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EXERCÍCIOS
Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano. Você volta das férias,
tenta se adaptar de no- vo à rotina e já pressente as surpresas que vai ter ao
receber a conta do cartão de crédi- to. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de sair dessa: começar
a pensar já na próxima. Não, não é cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo
trabalho. Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter aceso o
interesse pelo fato gerador de suas férias: seu emprego.
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Além do que, planejar uma viagem com antecedência é o melhor jeito de
rentabilizar seu investimento. Por que se contentar em aproveitar apenas os dias
que você passa longe de casa, quando dá para começar a viajar muito antes de
embarcar e sem pagar nada mais por isso?
Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande viagem ao preparo de
um desfile de escola de samba no Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval
em si dura pouco mas é o grand finale de um ano inteiro de divertida preparação.
É fácil trazer o know how do samba pa- ra suas férias. Use os três primeiros
meses depois da volta para definir o "enredo" de sua próxima viagem.
Tire os meses seguintes para encomendar guias e colecionar as informações
que caírem em sua mão revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de transporte mais adequados,
decidindo quais são os hotéis imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para
a partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina: escolhendo
restaurantes, decidindo o que merece e o que não merece ser visto.
Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para a apoteose.
GABARITO
1- C
2- C
3- D
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
COESÃO TEXTUAL
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que o falante se refere é chamado de referente.
Exemplo:
• Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de
ser uma menina calma e inteligente.
Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Todas as vezes que o
referente precisa ser retomado no texto, podemos utilizar outras palavras para
que os leitores possam retornar e recuperar a ideia.
É bastante frequente o uso de figuras de construção/sintaxe para a coesão
referencial, como as anáforas, catáforas, elipses e as correferências não
anafóricas (contiguidades, reiterações).
Coesão sequencial
A coesão sequencial é responsável por criar as condições para a progressão
textual. De maneira geral, as flexões de tempo e de modo dos verbos e as
conjunções são os mecanismos responsáveis pela coesão sequencial nos
textos.
Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para que as partes e as
informações do texto possam ser articuladas e relacionadas. Além da
progressão das partes do texto, os mecanismos de coesão sequencial
contribuem para o desenvolvimento do recorte temático. Dessa forma, o autor
do texto evita falta de coesão, garantindo boa articulação entre as ideias,
informações e argumentos no interior do texto e, principalmente, a coerência
textual.
EXERCÍCIOS
21
A respeito de aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o item
a seguir.
1- (CESPE – 2018) A substituição da palavra “só” (l.26) por somente não
alteraria os sentidos do texto, já que ambas são sinônimos no contexto
linguístico considerado.
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que me aparecia pela frente.
Eu encontrava nomes desconhecidos naquele mapa. Lia-os em voz alta, me
deliciando com seu som estranho e usando-os para compor quadrinhas rimadas:
Fukuoka Takaoka Omsk,
Fukuyama Nagayama Tomsk,
Okasaki Miyasaki Pinsk,
Pensilvânia Transilvânia Minsk!
Eu repetia esses versos como uma fórmula mágica, e, sem nunca sair do
quarto, me transportava para longe. Aterrissei em desertos abrasadores.
Percorri praias, sentindo a areia entre os dedos dos pés.
Escalei montanhas nevadas onde o vento gelado me lambia o rosto.
Vi templos maravilhosos com esculturas de pedra dançando nas paredes e
pássaros de todas as cores cantando nos telhados.
Atravessei pomares cheios de frutas, comi mamões e mangas até me fartar. Bebi
água fresquinha e descansei à sombra de palmeiras.
Cheguei a uma cidade de arranha-céus e tentei contar suas janelas. Eram
tantas que caí no sono antes de acabar.
E assim passei horas de encantamento longe da fome e da miséria.
E perdoei meu pai. Afinal, ele fez a coisa certa.
Nota do autor: Nasci em Varsóvia, na Polônia. O bombardeio de Varsóvia
aconteceu em 1939, quando eu tinha 4 anos. Lembro-me das ruas afundando,
dos edifícios queimados ou desmoronando, virando pó, e de uma bomba que
caiu no vão da escada do nosso prédio. Pouco depois, fugi da Polônia com minha
família. Durante seis anos moramos na União Soviética, a maior parte do tempo
na Ãsia Central, na cidade de Turquestão, onde hoje é o Casaquistão. Por fim
chegamos a Paris, em 1947, e nos mudamos para Israel em 1949. Vim para os
Estados Unidos em 1959. A história desse livro é de quando eu tinha quatro ou
cinco anos, nos primeiros tempos de nossa permanência no Turquestão. O mapa
original se perdeu há muito tempo.
SHULEVITZ, Uri. Mapa dos sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 2009. (Colégio
Pedro II – 2018)
Releia a frase do Texto:
“Minha mãe e eu o esperávamos, preocupados e famintos.”
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a) “Achei que não ia conseguir perdoá-lo, e fui para a cama com fome, enquanto
o casal que morava conosco comia seu jantar minguado.”
b) “Cobri a cabeça com o cobertor para não ouvi-lo estalar os lábios com aquela
satisfação tão barulhenta.”
c) “Nosso quartinho sem graça inundou-se de cores.”
d) “E durante muitos dias eu o desenhei em cada pedacinho de papel que
aparecia pela frente.”
GABARITO
1- ERRADO
2- A
3- CERTO
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GÊNEROS TEXTUAIS
Diferentemente dos tipos textuais, que apresentam uma estrutura bem
definida, além de um número limitado de possibilidades (podem variar entre
cinco e nove tipos), os gêneros textuais são diversos e cumprem uma função
social específica. Além disso, os gêneros podem sofrer modificações ao longo
do tempo, embora muitas vezes preservem características preponderantes.
Como exemplo dessa “evolução”, temos a carta, que depois do advento da
tecnologia foi transformada no e-mail, meio de comunicação que substituiu o
papel, a caneta e a necessidade de postagem pelos correios, visto que pode ser
recebido instantaneamente pelo destinatário. Contudo, alguns elementos
linguísticos foram preservados, como as saudações, o remetente e, claro, o
destinatário.
Os gêneros são utilizados todas as vezes que os falantes estão inseridos em
alguma situação comunicativa. Ainda que inconscientemente, selecionamos um
gênero que melhor se adapta àquilo que desejamos transmitir aos nossos
interlocutores, sempre com a intenção de sobre ele obter algum efeito. Seja no
bilhetinho deixado na porta da geladeira, seja nas postagens feitas nas redes
sociais ou até mesmo nas piadas que contamos para os nossos amigos, os
gêneros estão lá, trabalhando a serviço da comunicação e da linguagem.
EXERCÍCIOS
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Panorama do falar amapaense
Um atlas linguístico tem por finalidade registrar a diversidade na forma de
falar do povo de uma região geograficamente definida. No Brasil, a língua
portuguesa apresenta diversidades que estão relacionadas, entre outros
aspectos, às diferentes formas de colonização das regiões. Não há uma língua
portuguesa padronizada, única, falada do Oiapoque ao Chuí.
O primeiro atlas linguístico brasileiro – Atlas prévio dos falares baianos –
foi publicado em 1963, por Nelson Rossi. Nem mesmo dentro dos limites de cada
região há uma uniformidade de falares. A partir de 1996, com o lançamento do
projeto “Atlas Linguístico do Brasil”, houve um aumento significativo de
publicações de atlas regionais e estaduais por todo o país. Na Região Norte, aos
dois primeiros atlas publicados, do Pará e do Amazonas, veio somar-se o Atlas
linguístico do Amapá, lançado em 2017 pela editora Labrador, fruto do trabalho
conjunto desenvolvido pelo pós-doutor em linguística pela Université de
Toulouse e pesquisador da UFPA, Abdelhak Razky, pela docente da UNIFAP,
Celeste Maria da Rocha Ribeiro, e pelo doutorando pela UFPA, Romário Duarte
Sanches.
O atlas possibilita vislumbrar o panorama da realidade linguística do Amapá,
buscando contribuir para o entendimento mais coerente da língua e de suas
variantes e preocupando-se também em eliminar a visão distorcida que tende a
privilegiar uma variante, geralmente a mais culta, e estigmatizar as demais.
(Adaptado de: PINTO, Walter. Disponível em: www.beiradorio.ufpa.br)
2- (FCC – 2018) A julgar pela estrutura e pelo conteúdo que apresenta, é correto
afirmar que o texto seja condizente com
a) um artigo científico circunscrito à comunidade de linguistas.
b) uma resenha voltada para a divulgação científica.
c) um artigo de opinião com argumentação polarizada.
d) um resumo que omite qualquer juízo de valor.
e) uma reportagem acerca das variedades do português.
GABARITO
1- C
2- B
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GÊNEROS TEXTUAIS
TIPOLOGIA TEXTUAL
Narração
Um tipo textual muito conhecido é a narração que geralmente é apresentada
em formato de livros e histórias que contam o que, onde, como, quando e quem.
A narração deve ser uma história que envolve personagens e acontecimentos,
além do clímax. O espaço, o tempo e o enredo fazem parte da estrutura.
Descrição
Já a descrição pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de
gênero), afinal, ela serve para situar o leitor, fazendo-o imaginar a cena que está
sendo retratada. Geralmente, ela acompanha muito a narração, para descrever
o lugar, os personagens. Na descrição, há recursos extras que podem melhorar
a qualidade do texto:
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Enumeração: é quando você descrever a ação em ordem, como se fosse
retratar uma ação em movimento, por exemplo, para que o leitor compreenda o
processo.
Comparação: na descrição é possível fazer comparações para permitir que
o leitor faça associações e compreenda o que queremos dizer. É um recurso
muito valioso, visto que podemos comparar situações e facilitar a interpretação
de texto.
Os cinco sentidos: é muito comum usar esse recurso no momento de
descrever alguma ação, personagem. Podemos utilizar o olfato, tato, paladar,
visão e audição para que o leitor visualize e sinta as palavras, imaginando
perfeitamente. Você pode descrever um prato de comida, por exemplo,
caracterizando-o pelo cheiro e pelo paladar.
Quem descreve pode ser tanto objetivo quanto subjetivo, ou seja, pode decidir
se suas opiniões ficarão de fora ou não. Assim, o texto pode se tornar imparcial
ou íntimo, dependendo do objetivo. E em um texto descritivo há muita utilização
de três classes gramaticais, os adjetivos, substantivos e locuções adjetivas, além
de verbos no passado e no presente.
A descrição é apresentada em 3 estruturas: introdução (o que será descrito),
desenvolvimento (caracterização) e conclusão (finalização).
Dissertação
A dissertação é um tipo de texto muito conhecido, principalmente em
vestibulares. O objetivo da dissertação é debater e expor um tema com
argumentos fortes, apresentando a sua opinião de forma clara. É permitido que
você exponha seu ponto de vista. Na dissertação você deve conhecer o assunto,
de modo que o texto fique claro e que aparenta autoridade sobre o tema. A
estrutura da dissertação é dividida em três: introdução, desenvolvimento e
conclusão. Na introdução, deve-se apresentar o tema; no desenvolvimento,
deve-se apresentar argumentos que vão de encontro ao seu ponto de vista sobre
o assunto, guiando o leitor; e na conclusão, deve ser retomado o tema para
finaliza-lo ou concluir sobre o assunto.
Exposição
O texto expositivo é aquele totalmente imparcial e neutro, que serve apenas
para informar e não trazer a opinião do autor. É apenas uma exposição sobre o
assunto que será retratado. Um exemplo claro são as notícias vinculadas no
jornal. Não deve ter interferência nenhuma da opinião do autor e o objetivo é
explicar.
Injunção
Já a tipologia textual da injunção diz respeito a instruções. Isso quer dizer que
são textos que nos guiam e nos instruem para completar uma tarefa, seja por
meio de um manual ou uma receita, por exemplo. Há duas formas: o instrucional,
que é apenas uma sugestão de como você pode fazer tal coisa; e a prescrição,
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que enaltece uma norma, uma regra, como no caso da bula de remédios ou uma
receita.
EXERCÍCIOS
A Política de Tolerância Zero
Suas vozes frágeis e seus corpos miúdos sugerem que elas não têm mais de 7
anos, mas já conhecem a brutal realidade dos desaventurados cuja sina é cruzar
fronteiras para sobreviver. O drama dessas crianças tiradas dos braços de seus
pais e mães pela “política de tolerância zero” do governo americano tem
comovido o mundo e dividido o país do presidente Donald Trump. Os relatos são
de solidão e desespero para essas famílias divididas, que, não raro, mal podem
se comunicar com o mundo exterior e não conseguem informações sobre o
paradeiro de seus parentes após terem cruzado a fronteira do México para os
EUA em busca de uma vida menos difícil. Em vez de encontrarem a realização
de seu “sonho americano”, elas vêm sendo recebidas por essa prática de
hostilidade reforçada na zona fronteiriça, que já separou mais de 2300 crianças
de seus pais desde abril.
Época, nº 1043. Adaptado.
1- (FGV - 2018) O texto 1 é classificado como argumentativo já que apresenta
uma condenação da política americana para os imigrantes. O conjunto de ideias
apresentadas se fundamenta
a) na autoridade da política até então empregada pelos EUA.
b) no racionalismo que sempre caracterizou o povo americano.
c) no sentimentalismo social da separação de pais e filhos.
d) na pressão política exercida pelos demais países.
e) no aspecto totalitário da medida empregada pelos EUA.
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2- (IADES - 2018) Acerca da relação existente entre as sequências linguísticas
e as informações do texto, é correto afirmar que nele prevalece a
a) dissertação, pois discorre a respeito de um assunto sob o seguinte ponto de
vista: o aposentado deve procurar se manter ativo para preservar o sentido da
própria vida e combater o surgimento de problemas que comprometem o próprio
bem-estar.
b) narração, pois pretende esclarecer o leitor relativamente a como vivem as
pessoas depois que se aposentam.
c) dissertação, pois apresenta argumentos favoráveis à aposentaria.
d) dissertação, pois expressa a opinião da autora quanto aos desejos e aos
tormentos das pessoas recém-aposentadas.
e) narração, pois os dois primeiros parágrafos relatam, respectivamente, a rotina
de uma pessoa antes da aposentadoria e a maneira como ela vive depois de
aposentada.
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Cristiano Paixão e Ronaldo C Fleury Trabalho portuário — a modernização dos
portos e as relações de trabalho no Brasil São Paulo: Método, 2008, p 17-8 (com
adaptações)
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue
o próximo item.
3- (CESPE – 2018) O texto é predominantemente descritivo, na medida em que
apresenta detalhadamente as características dos portos na Antiguidade.
A influência da cultura na formação do cidadão
Os costumes, a música, a arte e, principalmente, o modo de pensar e agir
fazem parte da cultura de um povo e devem ser preservados para que nunca se
perca a singularidade do coletivo.
Durante muito tempo, o termo cultura foi estudado e acabou sendo dividido
em algumas categorias. Cultura segundo a filosofia: conjunto de manifestações
humanas, de interpretação pessoal, que condizem com a realidade. Cultura
segundo a antropologia: soma dos padrões aprendidos, e que foram
desenvolvidos pelo ser humano.
Por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um
povo se caracteriza como um modelo comportamental, integrando segmentos
sociais e gerações à medida que o indivíduo se realiza como pessoa e expande
suas potencialidades.
(Adaptado de: ALMEIDA, Heraldo. www.diariodoamapa.com.br)
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4- (FCC – 2018) Embora seja predominantemente dissertativo, o texto apresenta
traços próprios da narração em:
a) Cultura segundo a filosofia: conjunto de manifestações humanas, de
interpretação pessoal, que condizem com a realidade. (2o parágrafo)
b) Os costumes, a música, a arte e, principalmente, o modo de pensar e agir [...]
devem ser preservados para que nunca se perca a singularidade do coletivo. (1o
parágrafo)
c) Durante muito tempo, o termo cultura foi estudado e acabou sendo dividido
em algumas categorias. (2o parágrafo)
d) Cultura segundo a antropologia: soma dos padrões aprendidos, e que foram
desenvolvidos pelo ser humano. (2o parágrafo)
e) Por ser um agente forte de identificação pessoal e social, a cultura de um povo
se caracteriza como um modelo comportamental... (3o parágrafo)
GABARITO
1- C
2- A
3- ERRADO
4- C
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GÊNEROS TEXTUAIS
REVISÃO
Os gêneros textuais são definidos pelas características dos diversos tipos
de textos, que apresentam características comuns em relação à linguagem e ao
conteúdo.
Lembre-se que existem muitos gêneros textuais, que promovem uma
interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso,
seja uma resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do
restaurante, bilhete ou lista de supermercado. Porém, faz-se necessário
considerar sua função e sua finalidade.
Importante destacar que o gênero textual pode conter mais de um tipo textual,
ou seja, uma receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto
descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
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Texto Narrativo
“Sonho Causado pelo Voo de uma Abelha ao Redor de uma Romã um Segundo
Antes de Acordar”, Salvador Dali
– A análise minuciosa e descrita de uma obra de arte dá um excelente texto
descritivo.
• Diário
• Relatos (viagens, históricos etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados
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Texto Dissertativo-Argumentativo
Essa não está afim de fazer uma argumentação dissertativa sobre o sentido da
vida!
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto
por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista e
pela tentativa de persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes:
tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
• Editorial jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, utilizando-
se de recursos como definição, conceituação, informação, descrição e
comparação. Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
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Texto Injuntivo
• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos.
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EXERCÍCIOS
Protestos contra a redução da maioridade
penal marcam os 25 anos do ECA
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b) um resumo e tem como tema os direitos humanos no Brasil.
c) uma notícia e tem como tema os protestos contra a redução da maioridade
penal.
d) um artigo de opinião e tem como tema a importância do Estatuto da Criança
e do Adolescente.
Trabalho infantil
Há muita gente conceituada que é a favor do trabalho infantil, principalmente
os mais velhos, pois ainda vivem o saudosismo, sem perceber que o mundo
mudou e as relações humanas e de trabalho também. Recentemente, um
vereador na Câmara Municipal de Birigüi manifestou-se favoravelmente em
discurso feito da tribuna.
Trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e
adolescentes, abaixo da idade de 14 anos. O trabalho infantil é proibido por lei.
As formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil também constituem crime.
O programa Bolsa-Família é uma tentativa de diminuir o número de crianças em
idade escolar que estejam fora da escola.
É comum em países subdesenvolvidos o trabalho infantil. A maioria das vezes
ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas
famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. Por isso
os programas sociais que unem o auxílio com alimentação e a obrigação de
presença escolar são importantes.
Apesar dos pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito
dos juízes puni-los. A ação da justiça aplica-se mais a quem contrata menores.
Essa postura do Judiciário precisa mudar.
O trabalho apresenta duas consequências funestas. A primeira parece menos
sentida porque tem apenas consequências psíquicas. A pessoa que começa a
trabalhar muito cedo tem a sua infância roubada, quando adulto, tornase uma
pessoa despreparada para o lazer, na maioria das vezes, pois só sabe trabalhar.
É o conhecido workaholic. A outra consequência apresenta efeito mais visível,
porque é comum o trabalho deixar o adolescente ou a criança estressada e não
ir à escola. Assim, a sociedade estará produzindo mais um trabalhador de mão-
de-obra não qualificada, um futuro brasileiro de baixa renda ou desempregado.
Antigamente, um jovem não precisava se preparar tanto para se inserir no
mercado de trabalho, pois a sociedade era mais rural. Hoje, o mercado está cada
vez mais exigente, por isso se faz necessário estudar, se possível, adentrar os
portais da universidade.
Se a criança começar a trabalhar muito cedo e abandonar a escola, será um
desastre. A criança e o adolescente são o nosso futuro, cuidar deles é nossa
obrigação.
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FOLHA DA REGIÃO. Araçatuba, 24/01/2018. Disponível em:
<http://www.folhadaregiao.com.br/2.633/editorial- trabalho-infantil-1.92332>.
Acesso em: 24 jan. 2018. (Adaptado).
GABARITO
1- C
2- A
3- B
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FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem
para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a
sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do
emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o
pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das
palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam
orações, afastando- a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a
fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem
costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e
figuras de palavras ou semânticas.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
• Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado
das palavras. Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese,
sinestesia e perífrase.
• Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e
pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia,
personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
• Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical
da frase. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assíndeto,
anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
• Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das
palavras. Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia.
Figuras de Palavras
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes
e cujo termo comparativo fica subentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto
inefável"
40
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são
utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e
"o amor é como o motor do carro"
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor
pela obra.
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de
Shakespeare.)
41
Na tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia
Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais
palavras por outra que a identifique.
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.
(O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.)
42
A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole
Eufemismo
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.
Exemplo: Entregou a alma a Deus. Acima, a frase informa a morte de alguém.
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-
se ao eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplo: — Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe.
Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más,
também não são boas.
43
No exemplo acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você
deveria aperfeiçoar essa técnica"
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.
Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está zangado com a pessoa
e utilizou o termo "inteligente" de maneira irônica
Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos
humanos aos seres irracionais.
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
44
A personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma
que o espelho está olhando ele. Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres
vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho)
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo,
negativo; mal, bem; paz
e guerra
45
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas
de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. Como é possível
alguém estar cego e ver?
Uso do paradoxo pelas ideias com sentidos opostos realçada pelos termos que
explicam a
"certeza": relativa e absoluta
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente
(clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total
nervosismo. No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade
até o nervosismo.
46
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?
47
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um
descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu
estômago!"
Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns
anjos.)
Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos.
Exemplo: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.
48
Uso do polissíndeto pela repetição do conectivo "se for"
Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do
polissíndeto.
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
Anacoluto
o anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando
zonzo.)
49
Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o
significado.
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está
errado.)
No tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair"
já significa "para fora"
Silepse
A silepse é a concordância com o que se entende e não com o que está implícito.
Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
• Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na
bonita e agitada cidade de São Paulo.)
• A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de
número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)
• Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso
concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram os exercícios)
50
Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos
crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos"
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer
coisa”, eu estarei aqui sempre para você.
51
Uso da aliteração em "O rato roeu a roupa do rei de Roma"
Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro =
homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil)
Uso da paronomásia por meio dos termos que possuem sons parecidos: "grama"
e "grana"
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
"O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu."
(Fernando Pessoa)
52
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a"
em: "massa", "salga", "amassa"
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.
EXERCÍCIOS
Figuras de linguagem são recursos utilizados normalmente para tornar mais
expressivo o que queremos dizer. As mais comuns são a metáfora e a
metonímia.
Analise as frases abaixo, indicando (1) para exemplo de metáfora e (2),
para exemplo de metonímia.
53
( ) A Amazônia é o pulmão do mundo.
( ) O marido relata ter bebido apenas dois copos de leite.
( ) O suspeito resolveu quebrar o silêncio.
( ) A mulher alega que tem cinco bocas para alimentar.
O cansaço democrático
Quem disse que a democracia era eterna? Ninguém. Mas palpita ainda no
coração do homem civilizado a crença de que essa forma de governo estará
entre nós até ao fim dos tempos.
Uma ideia tão otimista seria risível à luz da história do pensamento político.
Platão é o exemplo mais extremo: a democracia faz parte de um movimento
cíclico de regimes – e, para ele, é uma forma degenerada de governo.
Depois da democracia, haverá um tirano para pôr ordem no pardieiro; e,
depois do tirano, haverá novamente uma aristocracia, que será suplantada por
uma timocracia, que será suplantada por uma oligarquia, até a democracia
regressar. Nada perdura.
54
É precisamente esse pensamento lúgubre que percorre uma moda editorial
recente – livros sobre o fim, real ou imaginário, da democracia liberal.
Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os
contornos desse hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não
teremos uma repetição da década de 1930, defende. Não teremos violência de
massas, movimentos armados, tanques nas ruas. Vivemos em sociedades
radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além
disso, conhecemos o preço da brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias
reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que
desejam.
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de
conseguir o mesmo objetivo: pela gradual suspensão da ordem legal; pelo
recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e contrapesos do
regime.
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas
frustrações quando os resultados nos são desfavoráveis. Essa tolerância diminui
de ano para ano.
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal
problema do mundo virtual está no poder praticamente ilimitado que os gigantes
tecnológicos exercem sobre os usuários. Pessoalmente, o meu temor é outro: o
poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os poderes
Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a
expressão sugere, sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e
a capacidade dos mais preparados de filtrar as irracionalidades do povo.
O filtro perdeu-se com essa espécie de “democracia direta” que é exercida
pela multidão sobre os agentes políticos.
Para que não restem dúvidas: não acredito em formas de governo eternas.
Mas, até prova em contrário, a democracia liberal é o único regime que garante
a liberdade política e a dignidade pessoal dos indivíduos, bem como a
prosperidade sustentada das suas sociedades. A história ilustra a tese. Mas a
história do presente também nos mostra que cresce no Ocidente um certo
“cansaço democrático”. E que partes crescentes do eleitorado, por ignorância ou
desespero, estão dispostas a trocar a liberdade e a dignidade da democracia por
expedientes mais radicais e securitários. Por quê?
Devolvo a palavra a David Runciman. Para o autor, a democracia disseminou-
se nos últimos dois séculos porque havia uma narrativa aspiracional a cumprir.
55
Era necessário dar voz política a todos os cidadãos (pobres, mulheres, negros
etc.) e integrá- los na mesma rede de direitos e deveres (a grande tarefa do pós-
Segunda Guerra). Os Estados tinham ainda recursos materiais e institucionais
para cumprir com razoável êxito esse programa. Eis a ironia: o cansaço
democrático explica-se pelo sucesso da própria experiência democrática.
Ninguém sabe como será o futuro dessa experiência – para Runciman, a
democracia vive a crise da meia-idade. Resta saber se essa crise destrói o
casamento ou o torna mais forte.
É uma boa metáfora. Que convida a outra: o casamento só irá sobreviver se
a maioria conseguir redescobrir, com novos olhos, as virtudes que permanecem
no lar.
(João Pereira Coutinho. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/> . Acesso em: 24 jul
2018. Adaptado)
3- No contexto dos dois últimos parágrafos, o autor faz referência a “uma boa
metáfora”, figura de linguagem que se caracteriza por
a) associar, em uma só unidade, expressões que designam sensações relativas
a diferentes órgãos dos sentidos.
b) aproximar termos contrários entre si, que coexistem e se associam numa
mesma expressão.
c) estabelecer relações de similaridade entre termos, com base no
compartilhamento de traços comuns de sentido.
d) atribuir qualificações e ações próprias do ser humano a seres não-humanos,
transferindo a estes traços daqueles.
e) empregar expressões atenuadas para fazer referências que seriam
consideradas chocantes ou grosseiras.
GABARITO
1- B
2- C
3- C
56
FIGURAS DE LINGUAGEM
57
EXERCÍCIOS
Leia os seguintes versos de Manoel de Barros, início do poema “Os deslimites
da palavra”:
Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
58
florescimento de informações falsas e teorias conspirativas que seriam tão
somente ridículas se não pusessem sob risco de morte milhares de crianças,
incluindo os filhos de pais ciosos de suas obrigações. Ao não vacinarem seus
filhos, os pais põem em risco todo o sistema de saúde pública.
Uma das fake news que circulam no meio digital dá conta de que a vacina
tríplice viral causaria autismo. A “tese” é sustentada por um “estudo” de 1998
elaborado por um médico do Reino Unido, mais interessado em ganhar dinheiro
do que em produzir ciência. A “falsificação elaborada” foi revelada por artigo
publicado no British Medical Journal em 2011, mas ainda produz efeitos em
mentes doentias.
Enquanto não houver vacina contra a insensatez, restanos valorizar e
amplificar, seja como órgãos de imprensa, seja como cidadãos, o alcance da boa
informação. Há vidas que dependem fundamentalmente disso.
Estadão. Opinião. Disponívelem:<https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,uma-ode-a-
estupidez,70002409637> . Acesso em: 22/07/2018.
GABARITO
1- E
2- D
59
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as
mensagens. Subdividem- se em figuras de som, figuras de construção, figuras
de pensamento e figuras de palavras.
Figuras de som
60
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais” (Luan Farigotini)
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas
de significados distintos.
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António
Vieira)
Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes. Ela come
pizza; eu, carne. (omissão de como)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou
elementos do período.
“Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores”
(Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o
que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• silepse de gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• silepse de número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• silepse de pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa
coisinha verde e mole que se derrete na boca.”
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso
ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta
por outra.
61
“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de
Andrade) .
g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a
mensagem.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou
frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer” (Camões)
Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se
opõem pelo sentido.
“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual,
obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca;
em síntese, procura- se suavizar alguma afirmação desagradável.
Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)
d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática. Estava
morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados
predicativos que são próprios de seres animados.
“Devagar as janelas olham…” (Carlos Drummond de Andrade)
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente
(clímax) ou descendente (anticlímax)
“O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo
Bilac)
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa
personificada).
“Ó Leonor, não caias!”
Figuras de palavras
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do
62
habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o
sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo
comparativo fica subentendido.
“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)
b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou
seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com
outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com
base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre
alguma relação lógica entre os termos. Observe: Sócrates tomou as mortes. (O
efeito é a morte, a causa é o veneno).
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um
conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não
mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão
que o identifique com facilidade:
O Rei do Futebol (em vez de Pelé)
e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por
diferentes órgãos do sentido.
“Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)
63
EXERCÍCIO
2- Quando Mario Quintana diz que “ ‘a mentira é uma verdade que se esqueceu
de acontecer’ ”( . 22), ele está, metaforicamente, traduzindo uma verdade
literária.
64
3- No período “Estão lá, pulsando, nas veias que correm sob a pele urbana.” (l.
11), há a personificação da cidade.
65
“NÃO HÁ VAGAS” - FERRERIRA GULLAR
GABARITO
1- C
2- C
3- C
4- E
66
67
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem são construções que transformam o significado
das palavras para tirar delas maior efeito ou para construir uma mensagem
nova.
“Toda gente homenageia Januária na janela.” (Chico Buarque)
Existe nesta mensagem uma figura de linguagem: a aliteração, que
provoca um efeito novo à frase (repetição de fonema j/g).
“Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. (Chico
Buarque de Holanda)
Há nesta mensagem uma figura de linguagem: a comparação, que
provoca um efeito novo à frase (sentir tanto que dá a impressão de ter
morrido).
FIGURAS DE SOM
1. Aliteração: é a repetição proposital e ordenada de sons consonantais
idênticos ou semelhantes.
O efeito serve para reforçar a imagem que se quer transmitir.
“Chove chuva chovendo
Que a cidade de meu bem
Está-se toda se lavando”
(Oswald de Andrade)
“A repetição do som ch enriquece a ideia de chuva.
A bela bola rola:
A bela bola do Raul.”
(Cecília Meireles)
Note como a repetição do fonema B pode sugerir a ideia de bola.
“Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, bolaço. Pelé sai dano balõeszinhos.
Vai, vira, voa, vara, quem viu, quem previu? GGGGoooolll.”
(Carlos Drummond de Andrade)
A repetição de alguns fonemas empresta ao enunciado o ritmo de jogo de
futebol.
68
2. Assonância: é a repetição proposital de sons vocábulos idênticos ou
semelhantes.
“A linha feminina é carimá
Moqueca, pititinga, caruru
Mingau puba, e vinho de caju
Pisado num pilão de Piraguá.”
(Gregório de Matos Guerra)
Note que, além das aliterações, existem sons vocálicos usados repetidamente:
a, i, u.
69
FIGURAS DE PALAVRAS OU DE PENSAMENTO
1. Comparação: é uma figura que consiste em identificar dois elementos a partir
de uma característica comum.
“Meu primo era belo como um Adônis.”(Lygia Fagundes Telles)
“Tio Dácio parecia bravo que nem fera.” (Alcântara Machado)
“Doramundo é alto feito um poste.” (Sergio Porto)
4.Metonímia ou sinédoque
A associação de termos e ideias relacionados provoca, às vezes, a
substituição de um termo por outro. Essa figura de linguagem é chamada
metonímia, palavra que significa “mudança de nome”. Metonímia quer dizer
mudança de nome. A relação de sentido e a associação de ideias provocam, às
vezes, a substituição de um termo por outro.
70
Note, por exemplo, quando se diz: “Estou vendo o Spielberg de novo”, dando
a entender: “Estou vendo o filem de Spielberg”.
Trata-se da substituição do autor pela obra, figura bastante fácil de ocorrer.
Temos metonímia nas seguintes situações:
1. Substituição do autor pela obra:
“Ler Machado de Assis”, em vez de a obra de Machado de Assis.
2. Substituição de continente pelo conteúdo:
“Tomar um copo d’água”, em vez de a água que estava no copo.
3. Substituição da causa pelo efeito:
“Viver de trabalho”, em vez do produto do trabalho. “Ganhar a vida”, em vez de
ganhar os meios de vida.
4. Substituição do efeito pela causa:
“Sua a camisa para viver”, em vez de sua a camisa porque trabalha muito para
viver.
5. Substituição do todo pela parte ou da parte pelo todo:
“Morar na cidade”, em vez de numa parte da cidade. “Não ter teto onde morar”,
em vez de casa para morar.
6. Substituição da matéria pelo objeto:
“Ele não vale um níquel”, em vez de uma moeda feita de níquel.
7. Substituição do lugar ou marca pelo produto:
“Fuma um havana”, em vez de um charuto fabricado em Havana.
“Tomar uma brahmas”, em vez de cervejas fabricas pela Brahma.
5. Antítese e paradoxo: é o emprego de ideias contrastantes.
• No caso da antítese, o contraste se faz pela aproximação de ideias
opostas.
• No caso do paradoxo, pela aproximação de ideias absurdas.
A tristeza de uns é a alegria de outros. → antítese.
“Amo-te assim: meio odiosamente!” (Augusto dos Anjos) →paradoxo.
6. Eufemismo: é a atenuação de ideia desagradável, rude ou triste por uma ideia
mais suave.
Ir para o reino de Deus. (em vez de morrer)
Faltar com a verdade. (em vez de mentir)
Há eufemismos comuns:
71
Mal incurável → câncer, AIDS
Robusto → gordo
Esbelto → magro
Pessoa problemática → neurótica
Apropriar-se de → roubar
Amigo alheio → ladrão
Deixar o mundo dos vivos → morrer
7. Perífrase: consiste em designar um ser através de uma característica que o
tenha celebrizado.
A capital da república (em vez de Brasília)
A cidade-luz (em vez de Paris)
• Quando se trata de pessoas, as perífrases chamam-se antonomásias.
O poeta dos escravos (Castro Alves)
8. Hipérbole: consiste em exagerar uma ideia para obter maior impacto em sua
expressão. “Sonhava com milhões de estrelas iluminando a tua casa.” (Clarice
Lispector)
Chorou rios de lágrimas.
9. Ironia: consiste em inverter o sentido de uma afirmação visando à
ridicularização da ideia.
Bonzinho o teu vizinho, não? Acabou de puxar o cabelo da filha...
10. Prosopopeia: é a personificação ou animismo de seres que não são
humanos. “Milho foi o grande vilão da temporada.” (manchete de jornal)
11. Sinestesia: Figura que consiste na utilização simultânea de alguns dos cinco
sentidos. “Sons noturnos. Perfumes macios. Fresca música da brisa.” (Cecília
Meireles)
“Agora, o cheiro áspero das flores.” (Cecília Meireles)
EXERCÍCIOS
1- Muitas frases publicitárias ou poéticas utilizam repetições ou semelhanças
fônicas a fim de melhorar o seu efeito; a frase em que essa utilização NÃO está
presente é:
a) “Quem te viu, quem te vê”;
b) “Príncipe veste hoje o homem de amanhã”;
72
c) “O rato roeu a roupa do rei de Roma”;
d) “Air France: vá e volte voando”;
e) “Um rei fraco faz fraca a forte gente”.
GABARITO
1- B
2- D
3- A
73
FIGURAS DE LINGUAGEM
Metáfora
Definição: Metáfora é uma comparação implícita, ou seja, traz uma relação de
comparação entre duas coisas, mas não usa um conectivo comparativo.
Exemplo: Ela é uma flor!
74
Comparação ou Símile
Definição: É a figura de linguagem que faz uma comparação explícita. Traz uma
relação de comparação entre duas coisas, utilizando um conectivo comparativo.
Exemplo: Ela é como uma flor!
Catacrese
Definição: é uma metáfora que se tornou tão comum e utilizamos como o nome
de algo.
Exemplo: A asa da xícara estava quebrada. Descascei três dentes de alho.
Ele consertou o pé da mesa.
Metonímia
Definição: uso de uma palavra pela outra com a qual tenha qualquer relação por
dependência de ideia.
Exemplo: José pediu a mão de Maria em casamento. (pediu Maria em
casamento)
Perífrase ou Antonomásia
Sinestesia
75
Hipérbole
Eufemismo
Ironia
Antítese
Paradoxo ou Oxímoro
76
Gradação
Apóstrofe
Elipse
Zeugma
Pleonasmo
Assíndeto
77
Exemplo: Ela pula, brinca, sorri.
Polissíndeto
S ilepse
Definição: usa as regras de concordância de forma irregular para dar uma efeito
estilístico ao texto.
Exemplo: Fulano é um banana.
Repetição
Retificação
Anacoluto
Onomatopeia
78
Exemplo: Trimm (som do telefone), au! (latido)
Aliteração
EXERCPICIOS
79
Poeminho do Contra
80
4- No trecho “aplaudir Pixis como se fosse Beethoven” (ℓ. 29 e 30), do texto
1A11- I, observa-se a figura de linguagem
81
a) catacrese.
b) metonímia.
c) eufemismo.
d) pleonasmo.
e) personificação.
Mundo arriscado
O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional
sereno. Dúvidas sobre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto
global, juros em alta nos EUA, riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo
de capitais para países emergentes são apenas alguns dos itens de um cardápio
de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as
fragilidades domésticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará
até que investidores hoje aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados
concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos
meses. O Fundo Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019
em 0,2 ponto percentual – 3,7% em ambos os anos – e apontou um cenário de
menor sincronia entre os principais motores regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora
acumulam-se decepções nos dois últimos casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer
mais que 1,5% neste ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste
momento centrada na Itália e seu governo de direita populista, que propõe
expansão do déficit de um setor público já endividado em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de
rejeitar a proposta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda
conserve o selo de bom pagador, os juros cobrados no mercado para financiar
sua dívida dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades
precisam tomar decisões difíceis entre conter as dívidas já exageradas e
estimular o crescimento.
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o
governo americano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez
sobre os US$ 270 bilhões em vendas anuais chinesas que ainda não foram
taxadas.
82
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto
da meta, já leva parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB
em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa
inflação e, portanto, espaço para uma retomada mais forte.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado)
GABARITO
1-B
2-E
3-B
4-B
5-B
83
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Sinônimos
84
longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel
Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são
exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma
palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Antônimos
mal / bem
ausência / presença
fraco / forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
85
EXERCÍCIOS
86
1- Que trio de palavras apresenta uma gradação no significado?
a) louvar – vangloriar-se – jactar-se (Texto I)
b) encomenda – pacote – recortes (Texto I)
c) passageira – imaginário – enrolada (Texto I)
d) registrar – preservar – transformar (Texto II)
e) necessidades – medos – sonhos (Texto II)
87
2- De acordo com o terceiro parágrafo do texto, só não se pode concluir
que:
a) o sentido das palavras está presente na forma como elas são expressas.
b) as palavras não têm significado efetivo fora de um contexto.
c) a direção dos pensamentos depende de como se efetiva a mensagem.
d) o significado efetivo das palavras independe de nossas intenções
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
88
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
89
escolados descobriram o verbo "disparar" para se referir a alguma coisa que é
respondida na bucha -e aí está uma palavra, "bucha", contemporânea das
Guerras Púnicas e da descoberta da roda.
Entrou em circulação, entre as cultas gentes, a palavra viés. Fui ao "Aurélio"
e ao "Houaiss" para saber do que se tratava. Para Aurélio, viés é uma direção
oblíqua ou uma tira de pano cortada no sentido diagonal da peça. Olhar de viés
equivale a olhar de esguelha.
Para Houaiss, que sempre foi moderadamente complicado, viés é "o meio
furtivo, esconso, de obter ou fazer concluir algo". Tive preguiça de consultar o
que era "esconso", mas acho que entendi mais ou menos.
O espantoso é que, há cinco, seis anos, ninguém se atrevia a mencionar essa
palavra, a não ser em matéria de costura, ou seja, da tira de pano cortada em
sentido diagonal da peça. De repente, tudo passa a ser viés, o econômico, o
social, o político, o artístico, o esportivo e o culinário.
Quem diz ou escreve "viés" sente-se um iluminado, um Moisés com as tábuas
da lei. Outra noite, numa palestra com estudantes, um deles me perguntou se
era legítimo o viés da literatura atual.
Sinceramente, não entendi bem a pergunta, porque ainda não havia ido ao
dicionário do Houaiss. Se tivesse ido, responderia que a literatura olha de
esguelha a sociedade. No fundo, é uma coisa esconsa.
4- O texto destaca a perenidade do significado das palavras consideradas
eruditas.
GABARITO
1-A
2-D
3-B
4-E
90
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
91
Palavras parônimas
São aquelas parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no significado.
92
EXERCÍCIOS
a) homônimos perfeitos.
b) parônimos
c) aliteração.
d) homônimos homófonos
e) homônimos homógrafos
93
a) Sinônimos.
b) Homônimos homófonos.
c) Homônimos homógrafos.
d) Antônimos.
e) Parônimos.
GABARITO
1-B
2-A
3-E
94
figurado e simbólico.
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da
mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada
principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre
outros.
Antônimo e Sinônimo
Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o falante ou
escritor será capaz de selecionar a palavra certa para construir a sua mensagem.
Por esta razão, é importante conhecer fatos linguísticos como: sinonímia e
antonímia.
Sinonímia (sinônimos): palavras que possuem significados iguais ou
semelhantes.
“adversário e antagonista”.
“transformação e metamorfose”.
Antonímia (antônimos): palavras que possuem significados opostos.
“bendizer e maldizer”.
“progredir e regredir”.
Homônimos e Parônimos
95
“Eu começo a trabalhar em breve.”
“O começo do filme foi ótimo.”
Outro exemplo:
Ambiguidades
96
estabelece uma finalidade, uma intenção para com o interlocutor, e para que isso
ocorra, a mensagem tem de estar clara, precisa e coerente.
Na publicidade observamos o uso e o abuso da linguagem plurissignificante, por
meio dos trocadilhos e jogos de palavras, procurando chamar a atenção do
interlocutor para a mensagem. Caso o autor não se julgue preparado para utilizar
corretamente a ambiguidade, é preferível uma linguagem mais objetiva, com
vocábulos ou expressões que sejam mais adequadas às finalidades requeridas.
Quando não é feito de forma proposital, ou seja, causado por algum tipo de erro
as ambiguidades são consideradas vícios de linguagem.
97
EXERCÍCIOS
TEXTO 1 TEXTO 2
98
1- (TEXTO 1) Com o emprego do termo “pontapé” (ℓ.5), a autora dá a entender
que a língua portuguesa às vezes resiste furiosamente às tentativas de ser
domesticada.
99
TEXTO 3
100
3- (TEXTO 3) Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível”
(ℓ.7), o narrador transmite sua opinião, o que se confirma pela ponderação
exposta no último período do primeiro parágrafo.
TEXTO 4
101
4- (TEXTO 4) De acordo com o texto, em “O sacristão, agasalhando na algibeira
a nota de dez mil-4- réis que recebeu, achou que ela provava a sublimidade do
defunto...”, (linhas 17-20) “sublimidade” significa:
a) espiritualidade.
b) ostracismo.
c) passamento.
d) altruísmo.
e) prestígio.
O Alfabeto
102
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das
letras: a, o, e u em determinadas palavras.
103
EXERCÍCIOS
1- (VUNESP – 2018) Assinale a alternativa em que as palavras estão
grafadas e acentuadas segundo o padrão ortográfico.
a) Para afastar a má-fé, é preciso suscitar os aspectos que possam caracterizá-
la, evitando que pretensões se digladiem e que omissões suscitem privilégios.
b) Deve-se atentar para que o exercício do poder discricionário evite o oprobrio,
a caracterização de favorecimento ou de tendenciosidade do agente ao po-lo em
prática.
c) O defensor do direito não deve enxergar obstaculos à persecussão de suas
metas saneadoras, agindo sempre objetivamente para afastar empecilhos.
d) O verdadeiro experto em qualquer área está sempre em ascenção, não
hesitando em buscar subsídios que o apoiem na defesa de suas teses.
e) O direito à dissenção assiste a todos, e não há mau nenhum em defender as
próprias convicções, por exêntricas que pareçam, sem condescender.
104
2- (FUNRIO - 2018) De acordo com a Nova Ortografia, está corretamente
escrito o termo
a) hiper-hidratação.
b) hiper-sensibilidade.
c) hiper-esfera.
d) hiperrrancoroso.
GABARITO
1-A
2-A
3–C
105
ORTOGRAFIA
O Novo Acordo Ortográfico está em vigor, mas muitas dúvidas sobre as novas
regras, como as do hífen, permanecem até hoje. Veja a seguir algumas das
principais regras elencadas em tópicos:
• HIPER e INTER exigem hífen diante de palavras iniciadas pelas
consoantes H e R. Exemplos: Hiper-habilidade / inter-relação / super-
homem.
• ALÉM, AQUÉM, BEM, EX, SUPER, PÓS, PRÉ, PRÓ, RECÉM, SEM,
SOTA, SOTO, VICE e VIZO sempre exigem hífen. Exemplos: Recém-
formado / além-túmulo / super-homem / ex- namorado / vice-diretor.
• Os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO,
PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA, ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE
passaram a exigir hífen diante de palavras iniciadas pela consoante H ou
por vogal idêntica à do prefixo. Exemplos: Auto-hipnose / contra-
hegemonia / extra-atividade / proto-história / arqui-inimigo / sobre-humano
/ sobreaviso.
• Os prefixos CIRCUM e PAN exigem hífen somente diante de palavras
iniciadas pelas consoantes H, M, N ou por vogal idêntica à do prefixo.
Diante de outras consoantes, o prefixo CIRCUM se aglutina. Exemplos:
Circum-navegação / circumponto / Pan-hispânico / Panamericano
• O prefixo SUB exige hífen somente diante de palavras iniciadas pelas
consoantes B, H e R. Exemplos: Sub-reino / Subatômico / Sub-humano
• O prefixo CO exige hífen somente diante de palavras iniciadas pela
consoante H, exceto em casos de aglutinação. Exemplos: Cooperação /
Correpresentante / Coerdeiro /Co-hiponimia
• Os falsos prefixos AERO, AGRO, BIO, ELETRO, ENTRE, GEO, HIDRO,
MACRO, MAX, MICRO, MINI, MULTI, PLURI, RETRO etc. exigem hífen
somente diante de palavras iniciadas pela consoante H ou por vogal
idêntica à do prefixo. Exemplos: Bio-óleo / entre-eixos / mini-horta.
Mais algumas considerações e dúvidas importantes sobre a nova regra
para o emprego do hífen:
Nos prefixos ou nos falsos prefixos terminados em vogal, diante de palavras
iniciadas pelas consoantes R e S, duplica-se a consoante. Nos prefixos ou nos
falsos prefixos terminados em consoante diante de palavras iniciadas pelas
consoantes R e S, não se duplica a consoante. Já os prefixos SUB, IN e MAL
não dobram a consoante S.
Exemplos:
106
EXERCÍCIOS
1- Segundo preconiza o Novo Acordo Ortográfico, o vocábulo
“contrassensos” (l.4) é grafado conforme as mesmas regras que
antissocial.
2- Assinale a opção em que a palavra sublinhada está corretamente
grafada.
107
a) “Esse previlégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos
reis.”
b) “A natureza brasileira apresenta aspetos bem diversos.”
c) “No alto do morro, um palacete com picina.”
d) “As seções espíritas eram realizadas todos os dias.”
e) “Na adolecência tudo é permitido.”
GABARITO
1 - CERTO
2-B
3–E
108
ORTOGRAFIA
Uso do X e CH
Uso de S ou Z
Outra pedra no sapato é a confusão que muitos de nós fazemos quando vamos
utilizar as letras “s” e “z”.
Aqui vão algumas regrinhas:
• Utiliza-se o “s” nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no
radical. Exemplo: análise/analisar, casa/casinha/casarão.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título
ou origem. Exemplo: portuguesa, milanesa, burguesia.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa”.
Exemplo: gostoso, catarinense, populoso, amorosa.
• Utiliza-se o “s” nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: catequese, glicose,
poetisa.
Uso de C, Ç, S ou SS
109
Aqui vai uma dica genial para quando você estiver no dilema de escrever “s” ou
“ss”: nas palavras em que empregamos apenas um “s”, ele aparece entre uma
vogal e uma consoante.
Exemplo: diversão, ofensa.
Quando estamos falando de dois “ss”, eles vêm entre duas vogais. Exemplo:
processo, passivo.
Uso de J e G
Vamos a outro ponto bem difícil de definir todas as regras, mas que podemos
facilitar um pouco: o uso de “j” e “g”.
EXERCÍCIOS
1- Assinale a alternativa na qual o hífen foi utilizado de forma INCORRETA.
a) O médico prescreveu um anti-inflamatório.
b) Ele se sente um semi-deus quando o assunto é futebol.
c) Vamos ao shopping de micro-ônibus.
d) Não coma sem lavar as mãos, é anti-higiênico.
110
Dadas as palavras:
I. Autoescola.
II. Coautor.
III. Antiinflaciónario.
IV. Sotomestre
3- De acordo com a regra vigente, deve-se empregar hífen na(s) palavra(s)
da(s) seguinte (s) assertiva(s):
a) Apenas I e II.
b) Apenas l e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, IlI e lV.
4- Na palavra hiperconectividade não ocorre o emprego do hífen.
De acordo com a Nova Ortografia, está corretamente escrito o termo
a) hiper-hidratação.
b) hiper-sensibilidade.
c) hiper-esfera.
d) hiperrrancoroso.
GABARITO
1- B
2- C
3- D
4- A
111
ORTOGRAFIA
O Novo Acordo Ortográfico
Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito
o que significa e o que mudou com o mais recente Acordo Ortográfico, que
mudou regras da nossa Ortografia Oficial. Veja aqui as regras de maneira
objetiva e simples:
Mudança no alfabeto
• Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
• Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na
escrita de símbolos de unidades de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes
estrangeiros (Ex.: show, William).
Uso do trema
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados,
como por exemplo: Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
• Antes: cinqüenta, freqüente
• Depois: cinquenta, frequente
Acentuação
Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
• Antes: assembléia, jóia
• Depois: assembleia, joia
Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles
vierem depois de ditongo.
• Antes: feiúra, Bocaiúva
• Depois: feiura, Bocaiuva
Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s).
• Antes: abençôo, lêem
• Depois: abençoo, leem
Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s),
pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera.
• Antes: Ele foi ao Pólo Norte.
112
• Depois: Ele foi ao Polo Norte.
Atenção: Permanece o acento diferencial:
1. Nas duplas: - pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas
hoje ele pode. - pôr/por Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por
mim.
2. No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas
compostas (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma. Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra
côa (do verbo coar).
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz)
nos grupos que e qui/gue e gui.
• Antes: ele argúi
• Depois: ele argui
Hífen
113
Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma
unidade.
• Antes: manda-chuva
• Depois: mandachuva
EXERCÍCIOS
114
3- Para obedecer às regras ortográficas, seria necessário grafar reinvidicação no
lugar de “reivindicação” (L.6).
GABARITO
1- D
2- E
3- E
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Paroxítonas
Sílaba tônica: penúltima
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
Observações:
115
Oxítonas
Sílaba tônica: última
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs
Monossílabos Átonos
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se
fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam.
Exemplos:
o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.
Observações:
1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo representados
por artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação (preposições,
conjunções).
2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras.
Exemplos:
Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila?
(átono)
116
Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me
recordo agora. (átono)
Acento de insistência
Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de
enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira
sílaba de certas palavras com uma intensidade e duração além do normal.
Exemplos:
Está muuuuito frio hoje!
Deve haver equilíbrio entre exportação e importação.
117
EXERCÍCIOS
118
e) “Há” é exemplo de um monossílabo que possui acento opcional.
3- Marque a opção em que as palavras são acentuadas pela mesma regra.
a) memória – sítios.
b) pé – pêsames.
c) Esaú – ninguém.
d) lá – à
e) atraíra – lágrimas.
GABARITO
1-C
2-D
3-A
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRAS ESPECIAIS
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em
evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras
oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:
119
Hiatos
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior,
estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que
não sejam seguidos por "-nh".
Exemplos:
sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de
ju - iz ra - iz ru - im ca – ir
po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em "o".
120
ele detém - eles detêm
ele advém - eles advêm.
EXERCÍCIOS
121
e) O indivíduo sempre lutou para não ser absorvido por sua tribo. Ser fizer isso,
você se verá sozinho com frequência e, às vezes, assustado. Mas o privilégio de
ser você mesmo não tem preço.
3- Considerando o uso adequado da acentuação gráfica, julgue as
assertivas e, na sequência, assinale a alternativa correta:
I - Meio ambiente pode ser definido como o conjunto das condições biológicas,
físicas e químicas ou conjunto de circunstâncias culturais, econômicas, morais e
sociais em que vivem os indivíduos.
II - Assistindo ao vídeo, você poderá ter idéias incríveis e também terá a
oportunidade de comprá-lo por um preço baixíssimo.
III - A saúde pública requer o controle da incidência de surtos epidêmicos,
através da vigilância sanitária.
IV - Reis, raínhas, príncipes e princesas: esse é o princípio da família dos contos
de fadas legítimos, apesar das críticas contemporâneas.
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I e IV estão corretas.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) Apenas III e IV estão corretas.
122
Em relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
GABARITO
1-A
2-B
3-A
4 - CERTO
123
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRAS ESPECIAIS
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos
verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir,
intervir, etc.). Veja:
EXERCÍCIOS
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.
124
2- Assinale a alternativa que demonstra a acentuação correta da palavra
“que” grifada no quadrinho acima:
a) quê, quê, quê.
b) quê, que, quê.
c) que, que, quê.
d) que, que, que.
e) que, quê, quê.
GABARITO
1- ERRADO
2- A
3- E
4- D
125
CRASE
2 - Antes de verbo
• Condições a combinar
• Aprender a ler
3 - Antes do artigo indefinido uma e dos pronomes que não admitem o
artigo a (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)
• não me submeto a uma exigência dessas
• a mim, a ela, a si, a V.Exa
• a nenhuma parte
• a cada uma
126
• a qualquer hora
• a uma hora qualquer
• a ninguém
• a nada
• a certa hora
• a essa hora
• a quem respeito
• a cuja autoridade admiro
4 - Antes de numerais
• de 12 a 20
• de 1990 a 2008
Exceto para horários.
Exemplo: O avião sairá às 14h.
127
9 - Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar
• Voltara a casa pois esquecera o cartão.
10 - Antes da palavra terra quando se opõe a bordo
• Assim que desembarcaram, desceram a terra.
11 - Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido uma
• Encontrava-se presa a terrível melancolia
Subentende-se: Encontrava-se presa a [uma] terrível melancolia
12 - Antes de lugares que não admitem o artigo a
• Fui a Brasília, a Belém, a Recife, a Paris e a Roma
EXERCÍCIOS
128
... apesar dos periódicos atestados de óbito conferidos à literatura e a tudo a ela
relacionado...
3 - Considerando o uso do acento indicativo da crase, a expressão que
substitui corretamente “... e a tudo a ela relacionado...” é:
GABARITO
1-C
2-E
3-A
4–A
129
CRASE
a) à / a / a / a / às.
b) a / a / à / à / as.
c) à / à / a / a / as.
d) a / a / a / a / às.
130
131
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir.
2- O emprego do acento indicativo de crase em “à falta de água” (linhas 52
e 53) deve‐se à regência da forma verbal “responda” e à presença do artigo
definido que determina o nome “falta”.
3- Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uso indevido do acento
grave, indicador de crase na língua portuguesa.
a) “Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco.” (4º§)
b) “... não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos,
como comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, ...” (6º§)
c) “... não seria nenhum absurdo que costumes alimentares cristãos tivessem a
força de lei com penas severas àquele que degustasse uma costelinha no dia
sagrado.”
d) “... assim seria o Velho Mundo se o Império Romano não tivesse se
desintegrado: uma única nação contornando o Mediterrâneo à caminho das
costas europeia, asiática e africana”.
GABARITO
1- A
2- CERTO
3- D
4- D
132
CRASE
133
CRASE
134
CRASE – REVISÃO
EXERCÍCIOS
Dadas as afirmações:
a) apenas na sentença nº 1
b) apenas na sentença nº 2
135
c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2
d) em todas as sentenças
2- Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-
se______sua sala e pôs-se______falar______todas as pessoas
convocadas.
a) à - à - à
b) a - à - à
c) à - a - a
d) a - a - à
e) à - a – à
136
d) Estava meu coração à mercê das paixões.
e) Submeteram o amor à provações difíceis.
GABARITO
1- C
2- C
3- E
4- D
5- E
CLASSES DE PALAVRAS
ARTIGO – antecede o substantivo para determinar- lhe:
• Modo: definido ou indefinido;
• Gênero: masculino ou feminino;
• Número: singular ou plural.
ANALISANDO
O garotinho que ficava sempre nas esquinas do meu colégio teve uma surpresa.
Sei que assaltos aconte- cem frequentemente, mas os assaltos que acontecem
na nossa frente causam danos irreparáveis.
“o” > Determina que o nome a que se refere será masculino e singular. (Qual
garotinho?; Amei o meu paletó novo. definido na frase; o que estava sempre nas
esquinas)
“uma” > Determina que o nome a que se refere será feminino e singular. (Qual
surpresa? Ainda não foi definida qual seria a surpresa.)
Na terceira linha do texto, a palavra "assaltos" é usado sem artigo, em sentido
genérico. Já na quarta linha, a palavra "assaltos" está definida pelo artigo “os”,
uma vez que tal palavra fora citada anteriormente.
137
EMPREGO DOS ARTIGOS
138
EMPREGO DOS NUMERAL
• Designação de séculos, papas e reis:
De 1 a 10 – ordinais
Século V (quinto)
João Paulo II (segundo)
De 11 em diante – cardinais
Século XXI (vinte e um)
Bento XVI (dezesseis)
• Em linguagem jurídica:
139
• Alguns numerais apresentam mais de uma forma.
quatorze ou catorze
décimo primeiro, undécimo ou onzeno
décimo segundo, duodécimo ou dozeno
décimo terceiro, tredécimo, trezeno ou tércio- décimo
septuagésimo ou setuagésimo
septingentésimo ou setingentésimo
nongentésimo ou noningentésimo
bilhão ou bilião
trilhão ou trilião
140
CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO DOS PRONOMES
Pronome Pessoal
1ª pessoa........... a que fala
2ª pessoa........... com quem se fala
3ª pessoa........... de quem se fala
Reto: deve atuar como sujeito da oração; Oblíquo: deve atuar como
complemento (objeto di- reto ou indireto).
141
Os filhos nos obedecem. [OI]
Eles se encontraram. [OD]
Eles se impuseram um pacto de amizade. [OI]
• EU ou MIM
Vender a casa.
Fiz o exercício.
Quis as violetas.
142
Disseram a verdade
Põem a mesa.
Ela se cortou.
143
• você (v.): tratamento familiar (origem: Vossa Mercê; mercê = graça, no
sentido de benesse)
• Vossa Senhoria (V.Sª.): para pessoa de cerimônia
• Vossa Excelência (V.Exª.): para altas autoridades
• Vossa Reverendíssima (V. Revmª.): para sacerdotes
• Vossa Emiência (V.Emª.): para cardeais
• Vossa Santidade (V.S.): para o Papa
• Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas
• Vossa Majestade Imperial (V.M.I.): para imperadores
• Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques
Curiosidade!
Pronome Possessivo
Estabelece relação entre a pessoa do discurso e algo que lhe pertence.
Pronome Demonstrativo
Indicam a posição de algo em relação às pessoas do discurso.
144
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
No espaço:
No tempo:
145
Também aparecem como pronomes demonstrativos:
Note que:
a) Demonstrativos, em construções redundantes, têm finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior.
Advocacia, essa é a carreira do sucesso!
b) O demonstrativo “o” pode representar um termo ou o conteúdo de uma oração
inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou
aposto.
O resultado do concurso seria um sucesso. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo já expresso, pode-se empregar o verbo
fazer: verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de).
Ninguém teve coragem de reclamar antesque ela o fizesse.
Fique atento:
(V) Não sei que fazer.
(V) Não sei o que fazer.
146
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
A garota foi a tal que desrespeitou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome
demonstrativo:
àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc.
Não acreditei no que estavam comentando. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São imprecisos, vagos. Referem-se à 3ª pessoa do discurso, dando-lhe sentido
vago (impreciso) ou expressando quantidade indeter- minada. De acordo com o
contexto, os pronomes indefinidos podem ser substantivos ou adjetivos.
147
As palavras muito, pouco, mais, menos, bastante, demais, podem ser
pronomes indefinidos (quando variáveis) ou advérbios (quando
invariáveis).
Pronome Interrogativo
Formula perguntas diretas ou indiretas.
Pronome Relativo
148
Os pronomes relativos estarão precedidosde preposição se a regência assim
determinar.
Quando o relativo quem aparecer sem ante- cedente claro, é classificado como
pronome relativo indefinido.
149
Quando precedido de Preposição monossilábica, empregase o pronome
relativo que. Com preposições de mais de umasílaba, usa-se o relativo o qual (e
flexões).
O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de
“em que, no qual”.
Colocação pronominal
150
Os pronomes átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), em relação ao
verbo, podem ocupar três posições: antesdo verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
Nada me preocupa.
Ninguém se retirou.
De modo algum me recusarei a ajudar.
Ela nem se importou com a mudança da data.
151
5. Em frases interrogativas.
6. Em frases exclamativas.
Deus o abençoe!
Bons ventos te levem!
Que o futuro lhe traga sucesso.
Nós o desprezávamos.
Mesóclise
152
Convidar-me-iam para o evento.
Ênclise
Deram-me os recados.
Comportem-se.
153
Verbo auxiliar + Particípio: pronome depois do verbo auxiliar desde que não
haja palavra atrativa.
Obs.: Havendo palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal.
154
têm existência real ou imaginária, geralmente, podem ser desenhados.
Gato flor fogo cidade cimento Deus fada ar saci duende
• Substantivos abstratos - Não têm existência real, por isso necessitam
de outro ser para se manifestarem. Designam estados, qualidades, ações
e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais
não podem existir.
vida (estado) rapidez (qualidade)
viagem (ação) saudade (sentimento).
• Substantivos comuns - Designam seres, entidades e coisas diversas.
Pessoa animal cidade universidade praça planeta
• Substantivos próprios - Designam, de forma particular, seres, entida-
des e coisas diversas, devendo ser iniciados com letra maiúscula.
Walmir Marte Brasil
FLEXÃO DE NÚMERO
Flexão de Número do Substantivo
pai - pais
ímã - ímãs
cânon - cânones.
homem – homens
bombom – bombons
155
c) Os substantivos terminados em R e Z fa- zem o plural pelo acréscimo de ES.
Cor – cores
revólver - revólveres
raiz - raízes
quintal - quintais
anzol - anzóis
papel - papéis
156
o lápis - os lápis
o pires – os pires
o ônibus - os ônibus
o vírus – os vírus
Balão - Balões
Botão - Botões
Cordão - Cordões
Estação - Estações
Limão - Limões
Paixão - Paixões
Visão - Visões
Razão - Razões
Bênção - Bênçãos
Órgão - Órgãos
Sótão - Sótãos
Observe que as palavras acima são paroxíto- nas. Mas algumas oxítonas
157
também possuem a mesma formação de plural.
Mão - Mãos
Chão - Chãos
Grão - Grãos
Irmão – Irmãos
Artesão - Artesãos.
Alemão - Alemães
Cão - Cães
Capitão - Capitães
Catalão - Catalães
Charlatão - Charlatães
Escrivão - Escrivães
Guardião - Guardiães
Pão - Pães
Sacristão - Sacristães
Tabelião - Tabeliães
158
Cirurgião: Cirurgiães / Cirurgiões
Corrimão: Corrimãos / Corrimões
Deão: Deães / Deões
Faisão: Faisães / Faisões
Guardião: Guardiães / Guardiões
Hortelão: Hortelãos / Hortelões
Refrão: Refrãos / Refrães
Sacristão: Sacristãos / Sacristães
Verão: Verãos / Verões
Vilão: Vilãos / Vilões
Zangão: Zangãos / Zangões
o látex - os látex.
aguardente – aguardentes
minissaia – minissaias
malmequer – malmequeres
159
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + adjetivo
cachorros-quentes.
adjetivo + substantivo
gentis-homens
numeral + substantivo
quartas-feiras
verbo + substantivo
guarda-roupas
cavalos-vapor
(preposição “a” subentendida)
160
e) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio
os bota-fora
f) Casos Especiais
os louva-a-deus
os bem-te-vis
os bem-me-queres
os joões-ninguém.
Barzinho =
161
1. coloca-se o substantivo primitivo no plural (bares)
2. acrescenta-se o sufixo ZINHO (bareS+zinho)
3. desloca-se o “s” para depois do sufixo
(bare+zinhoS)
Por exemplo:
162
Obs.: Substantivos estrangeiros (ainda não aportuguesados) devem ser escritos
como na língua original mais o “s”. (exceto quando terminam em s ou z).
Por exemplo:
os shows
os shorts
os jazz
os garçons
b) Outros só no plural:
163
vinte mil."
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos,
globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), feixe (molho
de lenha).
FLEXÃO DE GRAU
casa grande.
casarão.
Grau Diminutivo – (diminuição do tamanho).
164
• Analítico = vem acompanhado de adjetivo indicador de pequenez.
casa pequena.
Casinha
TABELA DE AUMENTATIVOS
165
TABELA DE DIMINUTIVOS
166
tristonho
bondoso
pobretão
Grau do adjetivo
1. Comparativo de superioridade
mais... que
mais... do que
167
2. Comparativo de inferioridade
menos... que
menos... do que
3. Comparativo de igualdade:
tão... quanto
como
tanto quanto (pospostos ao verbo)
Grau superlativo
168
Letícia é extremamente simpática.
É um celebérrimo convidado.
A prova estava dificílima.
Ágil - agilíssimo, agílimo
Agudo - acutíssimo
Bom - boníssimo
Célebre - celebérrimo
Cruel - crudelíssimo, cruelíssimo
Doce - docíssimo, docilíssimo
Dócil - docílimo, docilíssimo
Fácil - facílimo, facilíssimo
Feio - feiíssimo
Feliz - felicíssimo
Fiel - fidelíssimo
Livre - libérrimo, livríssimo
Magnífico - magnificentíssimo
Pobre - paupérrimo, pobríssimo
Sábio - sapientíssimo
São - saníssimo
Útil - utilíssimo
Voraz – voracíssimo
preposição + substantivo
preposição + advérbio
169
Dente de cão = dente canino
Conselho de mãe = conselho materno
Pneus de trás = pneus traseiros
Ataque de frente = ataque frontal
De aluno - discente
De abdômen - abdominal
De açúcar - sacarino
De anjo - angélico, angelical
De água - aquático, áqueo, hidráulico, hídrico
De ave - aviário, aviculário, ornítico
De cabeça - cefálico
De casamento - matrimonial, nupcial
De direito - jurídico
De estômago - estomacal, gástrico
De garganta - gutural
De intestino - celíaco, entérico, intestinal
De manhã - matinal, matutino, crástino
De mês - mensal
De pele - cutâneo
De peso - ponderal
De tarde - vesperal, vespertino
170
Verbos Anômalos: alterações significativas no radical.
Eu ---, Tu ---, Ele ---, nós falimos, vós falis, eles ---
Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pegar, pôr, ver e vir só
possuem o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, pegado, posto,
visto e vindo.
Vozes verbais
171
a) Voz Ativa: sujeito agente.
A garota cortou-se.
172
b) Ele lê o livro. (presente do indicativo)
Obs.: O verbo SER das frases com locuções verbais assume o mesmo tempo e
modo do verbo principal da voz ativa.
Vende-se casa.
Alugam-se casas.
Obs.: o agente da passiva não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
REGRA DO DEDO:
Erros comuns
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os linguistas os
chamam desvios de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.
173
verbo VIR e derivados.
Forma popular: quando eu vier, se eu interviesse, eu intervi, ele interviu, eles
proviram.
Forma padrão: quando eu vier, se eu interviesse, eu intervim, ele interveio, eles
provieam.
verbo REAVER
Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavêu.
Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.
174
- Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo
Quero que você passe no concurso!
175
Se você tivesse estudado mais, teria se classificado em melhor posição.
Modifica:
Vou sim.
Certamente passaremos.
Ele é realmente prestativo.
Falou o que efetivamente ouvimos.
Decerto estava aflito.
176
Negação: não, nunca, de modo algum, jamais, tampouco, de forma nenhuma,
de jeito nenhum.
Obs.:
1. Nunca vi um mico-leão [ Antôn.: sempre ]
2. A árvore está morta; nunca dará frutos. [=não]
3. Nunca faltaria àquele evento. [de maneira nenhuma]
Tempo: logo, hoje em dia, a qualquer momento, de vez em quando, vez por
outra, de repente, antigamente, primeiramente, ontem, antes, dantes, cedo,
tarde, ora, agora, imediatamente, já, sempre, constantemente, às vezes,
amanhã, depois, outrora, breve, provisoriamente, sucessivamente, à tarde, à
noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a
qualquer momento, de tempos em tempos, hoje em dia.
177
Lugar: ali, perto, ao lado, aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além,
lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo,
defronte, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à
distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em
volta.
Modo: bem, assim, às pressas, aos poucos, calmamente, desse jeito, em vão,
frente a frente, mal, devagar, depressa, às claras, às modo, dessa maneira, lado
a lado, a pé, de cor, e grande parte dos advérbios com o sufixo [-mente]:
tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente,
bondosamente.
178
Intensidade: muito, pouco, mais, em excesso, nada, menos, quase, mais,
demais, bastante, demasiado, tudo, assaz, que (equivalente a quão), bem
(relativo a quantidade), por demais.
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS
Aparecem tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas:
Quando => tempo
Como => modo
Onde => lugar
Por que => causa
Quando sairemos?
Não sei quando sairemos.
179
Não sei por que você não veio.
ANALISANDO
Existe pouco cabra que bebe bastante e bastante mulher muito valente.
GRAU COMPARATIVO
Igualdade: tão + advérbio + quanto
180
Superioridade
Observações:
• Na linguagem popular, usam-se advérbios repetidos ou na forma
diminutiva, com ideia de superlativo.
181
• Prefiram-se as formas analíticas “mais bem” e “mais mal” às formas
“melhor” e “pior”, quando estas modificarem particípios.
Afastamento: embora
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de.
Designação: eis
182
Explicação: isto é, por exemplo, a saber.
183
Causa = Ele morreu por ter infartado.
Assunto = Falamos bastante sobre rios.
Meio = Passeei de bicicleta à noite.
Matéria = Vendem-se roupas de lã.
TIPOS
1. Preposições essenciais: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde,
em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás.
OBSERVAÇÕES:
1. Não se deve contrair a preposição [ de ] com [ artigo ] que inicia o sujeito de
um verbo, nem com os pronomes [ ele(s), ela(s) ] quando estes funcionarem
184
como sujeito. Por exemplo:
b) Não confundir entre com dentre (de + entre). Usa-se dentre com verbos que
exijam as duas preposições: “retirar”, “sair”, “surgir” e outros semelhantes.
185
• Pedido de silêncio: psiu!, quieto!, bico fe- chado!
• Estímulo: avante!, firme!, toca!
• Alívio: ufa!, uf!, safa!
• Decepção: aff! valha-me Deus!
• Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!
186
NUMERAIS COLETIVOS - indicam um número exato de elementos. Alguns já
são bastante conhecidos (bimestre, centena, dezena, semestre), mas há outros
que quase não usamos:
187
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Neologismo
188
Os principais processos de formação são:
Derivação
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra,
chamada de primitiva. Os processos de derivação são:
Derivação Prefixal
Derivação Sufixal
Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois
afixossão independentes: existem as palavras, desleal e lealmente.
Derivação Parassintética
189
não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um
deles a palavra não se reveste de nenhum significado.
Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras
anoite enoitecer, pois os afixos não podem se separar.
Derivação Regressiva
Exemplos:
190
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
191
2) Aglutinação – Há perda de fonemas.
Obs. Necessário se faz informar que a efetivação deste caso só pode ser
observada no contexto.
192
Ex.: CRF (Clube de Regatas do Flamengo), IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística)
EXERCÍCIOS
1- Sob ponto de vista da Morfologia, a palavra formada pelo mesmo
processo de formação do termo “tratamento” é
a) ajuda
b) cerebral
c) hipertenso
d) autoestima
e) estresse
193
3- As palavras “pedagogicamente” (l.8), “fortemente” (l.14) e
“historicamente” (l.27) são formadas por derivação sufixal e apresentam
dois acentos tônicos: o principal herdado das palavras primitivas e o
secundário, introduzido pelo sufixo “-mente”.
GABARITO
1-B
2-C
3-E
4–E
194
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Derivação é o processo pelo qual palavras novas são criadas a partir de outras
já existentes na língua, alterando, assim, o sentido. AS palavras novas são
195
chamadas de Derivadas e as que lhe dão origem, Primitivas. A Derivação pode
ser dividida conforme abaixo:
In + feliz -infeliz
In – prefixo
Feliz – palavra primitiva
Infeliz – palavra nova (derivada)
196
Mal – palavra primitiva
Vado – sufixo
Malvado - palavra nova (derivada)
Essa derivação sufixal tem por finalidade formar séries de palavras da mesma
classe gramatical e a partir dela são formados novos substantivos, adjetivos,
verbos e até advérbios; por isso são classificados em:
• Nominal: quando é formado pela junção de um radical para dar origem a
um substantivo ou a um adjetivo. Exemplo: ponteira – pontinha –
pontudo.
• Verbal: quando é formado pela junção de um radical para dar origem a
um verbo. Exemplo: amanhecer – atualizar - suavizar.
• Adverbial: quando é formado pela junção de um radical para dar origem a
um advérbio de modo. Exemplo: perigosamente – felizmente –
religiosamente.
Derivação prefixal e sufixal
É quando acontece um acréscimo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Exemplo:
In + feliz = mente -infelizmente
In – prefixo
Feliz – palavra primitiva
Mente - sufixo
Infelizmente – palavra nova (derivada)
Na Derivação Prefixal e Sufixal, a presença apenas do sufixo ou apenas do
sufixo na palavra primitiva é suficiente para a formação de uma nova palavra –
infeliz ou felizmente.
Derivação parassintética
É quando acontece um acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva. Exemplo:
197
Empobrecer – palavra nova (derivada)
Diferente da Derivação Prefixal e Sufixal, a presença apenas do sufixo e apenas
do prefixo na palavra primitiva não é suficiente para a formação de uma nova
palavra. No caso da palavra empobrecer, por exemplo, ela só existe com ambas
as derivações aplicadas simultaneamente.
Derivação regressiva
É quando acontece uma redução na palavra primitiva. Exemplo: flagra nte –
flagra, delegado - delegada, português – portuga
• Ajudar – a ajuda
• Perder – a perda
• Vender – a venda
• Debater – o debate
• Cortar – o corte
• Atacar – o ataque
• Atrasar – o atraso
• Chorar – o choro
• Apelar – o apelo
Derivação imprópria
As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer alteração na forma.
Exemplo:
• Os bons sempre se prejudicam. – Adjetivo substantivado
• O argumento da advogada foi bem claro. – Adjetivo adverbializado
Composição
Composição é o processo pelo qual palavras novas são formadas pela junção
de duas ou mais palavras, ou seja, de dois ou mais radicais. Essas palavras são
chamadas de Compostas em oposição às simples, que possuem um só radical.
A Composição pode acontecer de duas formas, conforme abaixo:
198
Plano + Alto: planalto – queda doo
Água + ardente: aguardente – queda doa
Perna + alta: pernalta – queda doa
Em + boa + hora: embora – queda doa
É a junção das palavras em que elas não sofrem alteração fonética. Exemplos:
Além desses casos, existem casos especiais de palavras compostas que não
são formadas a partir de outras palavras da língua portuguesa, mas sim de
radicais pertencentes a outras línguas. Estes classificam-se em:
Compostos Eruditos
Hibridismo
Quando as palavras são compostas de radicais de idiomas diferentes.
Exemplos:
199
Bicicleta: bi- (latim) + -ciclo (grego) + -eta (francês)
Automóvel: auto- (grego), -móvel (latim)
Neologismo
Quando novas palavras são criadas a partir de uma necessidade do falante em
contextos específicos que podem ser temporárias ou permanentes em vista de
um novo conceito. Exemplos:
Informática – informatizar
Neologismo semântico
Quando a palavra já existente ganha um novo significado. Exemplo:
Ana disse que deu zebra quando ela tirou o binóculo da bolsa. – deu errado
Marcelo faz bico para ajudar nas contas da casa. – trabalho temporário
Neologismo sintático
Quando existe uma combinação de elementos já existentes na língua como a
derivação ou a composição. Exemplo:
Neologismo lexical
Quando uma nova palavra é criada, com um novo conceito. Exemplo:
200
Onomatopeia
Quando a palavra imita, representa certos sons. Exemplos:
Tique-tique
Chuá-chuá
Atchim
Plaft
Dingo-dong
EXERCÍCIO
No que concerne às estruturas linguísticas e gramaticais do texto acima, julgue
os itens de 80 a 95.
201
3- O recurso a processos de formação de palavras derivadas pode ser
exemplificado em "habitável porém inabitado" (l.6).
Um texto de divulgação de um novo romance diz o seguinte:
“Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão. Ao que
parece, tentaram matá-lo, mas ele não se recorda dos fatos que o levaram
até ali. Muito menos de seu passado recente. Seria dado como
desaparecido, se houvesse alguém para sentir sua falta. Essa dolorosa
ausência imperceptível é a brecha para dar vazão à sua revolta com o
mundo contemporâneo e começar uma nova vida. Entre seus planos:
executar criminosos intocados pela Justiça e escrever um best-seller. Mas
uma paixão verdadeira e arrebatadora coloca tudo em xeque”.
(Época, 14/01/2019, p. 37)
202
5- Assinale a alternativa em que todas as palavras retiradas do texto
possuem o mesmo processo de formação.
a) Misteriosas, velhinho, recompensada.
b) Recompensada, reconhecida, submerso.
c) Repetiriam, politicamente, impiedoso.
d) Amável, politicamente, bondade.
e) Conhecia, resposta, festa.
GABARITO
1-E 2-E
3-C 4-B
5-D 6- E
7-E
203
SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO
204
Orações reduzidas apresentam verbo em uma de suas formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio) e não são introduzidas por conjunção nem por
pronome.
Exemplo: raciocinei que estava sempre certo. (Oração desenvolvida) Raciocinei
estar sempre certo. (Oração reduzida)
CONHECENDO OS TIPOS
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Oração subjetiva é aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração
principal. Havendo oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração
principal está necessariamente na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Convém que haja muitos inscritos.
Isso convém.
205
Oração objetiva indireta é aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo
da oração principal.
Exemplo: lembre-se de que você luta por muitos. lembre-se disso.
EXERCÍCIOS
01. Nos versos “Queria que a minha voz tivesse um formato de canto
Porque eu não sou da informática:...”, as orações grifadas são
classificadas como:
206
b) 1. subordinada substantiva subjetiva / 2. subordinada adjetiva explicativa.
c) 1. coordenada sindética explicativa / 2. subordinada adjetiva explicativa.
d) 1. subordinada substantiva objetiva indireta / 2. coordenada sindética
explicativa.
207
4.Completiva nominal.
( ) O paciente desrespeitou a recomendação de que não tomasse aquele
remédio à noite.
( ) Avisei-o de que deveria fazer repouso após a cirurgia.
( ) Não se sabe como ele conseguiu sobreviver.
( ) O irmão, preocupado, disse-lhe isto: não exagere com a bebida.
GABARITO
1-A
2-D
3-B
4-C
5-D
208
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVA
Orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem função de adjetivo,
referindo-se a um termo da oração principal.
Exemplo: As pessoas que mentem não me agradam.
EXERCÍCIOS
1. No período “Uma delas foi inventada por homens que amam a precisão
dos números,...”, a oração destacada é classificada como:
209
c) coordenada sindética explicativa.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
03. No período composto “Não posso ser uma mulher como nossas mães,
que se conformam em aprender corte e costura”, a oração destacada é
classificada como:
a) coordenada sindética conclusiva.
b) subordinada adjetiva explicativa.
c) subordinada adjetiva restritiva.
d) subordinada adverbial causal.
Texto: “se a emancipação, em 1867 e 1868, era tão urgente, que o imperador a
mandava estudar”.
210
A oração iniciada por “que” (linha 39) introduz uma explicação acerca da oração
que inicia o período, sendo classificada como adjetiva explicativa.
Certo ( ) Errado ( )
06. Assinale abaixo a alternativa que contem período composto por oração
subordinada adjetiva restritiva.
a) Eu preciso que você me explique melhor o que quer.
b) Os atletas que se prepararam com menos horas de treino ao longo da semana
foram os mais bem colocados no campeonato.
c) Eu preciso disso: que você se comunique melhor comigo.
d) Os atletas, que se prepararam com mais horas de treino ao longo da semana,
foram os mais bem colocados no campeonato.
GABARITO
1-A
2-D
3-C
4-B
5 - ERRADO
6-B
211
ESTUDO DO PRONOME RELATIVO
212
5) Agente da Passiva: O policial por quem fomos salvos recebeu uma medalha.
6) Adjunto Adverbial: O lugar em que vivo é muito bonito. Observe que o
pronome relativo ―quem‖ sempre é precedido de preposição.
CUJO
Adjunto Adnominal: O autor cujos livros admiro fez uma palestra ontem. (livros
do autor)
ATENÇÃO: o pronome cujo não aceita colocação de artigo nem antes nem após
seu uso.
EXERCÍCIOS
01. O vocábulo “que” pode apresentar classificações e funções diversas
na construção de frases. Dentre as ocorrências do “que”, assinale aquela
cuja função sintática pode ser identificada como sujeito da oração.
a) “[...] a primeira coisa que fazia era bater os olhos na caixa [...]” (3º§)
b) “Era um tempo em que não havia internet, não havia Skype [...]” (4º§)
c) “[...] aquelas cartas que chegavam em envelopes verde-amarelos.” (1º§)
d) “Durante os anos que passei fora do Brasil, comunicava-me por cartas.” (1º§)
213
02. O termo que comumente pode se comportar como um elemento coesivo
anafórico, ao retomar informações já expressas no texto. Nesse caso, trata-
se de um pronome relativo, que pode desempenhar diferentes funções
sintáticas. Considerando as alternativas a seguir, aponte aquela cujo que
destacado exerce função sintática distinta dos demais.
a) “A prevenção policial corresponde a 80% da segurança que o Estado pode
exercer.” (4º§)
b) “Uma sociedade que tem um projeto calcado na repressão não é uma
sociedade saudável...” (8º§)
c) “... os saques envolvem ‘não-criminosos’ habituais, que cometem os crimes
pela facilidade que encontram...” (3º§)
d) “Na sexta-feira (10), o governo do Espírito Santo resolveu endurecer com os
polícias militares que participavam da mobilização.” (13º§)
Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
214
e) A ideia de Machado era explicar a corrupção brasileira.
a) E - C - C - C
b) C - C - E - E
c) E - E - C - C
d) C - E - E - E
GABARITO
1-C
2-A
3-A
4-D
5-C
215
Oração Subordinada Adverbial
216
EXERCÍCIOS
217
GABARITO
1-C
2-A
3-D
Orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são ligadas por
conjunção.
Exemplo: As crianças trabalham, a infância não é tão bela.
1. Aditivas:
Ele trabalha e estuda.
2. Adversativas:
Eu gosto de carne, mas ela não.
3. Alternativas:
Ora chove, ora bate sol.
218
4. Conclusivas:
Ele estudou. Portanto, foi aprovado.
5. Explicativas:
Ele estudou, pois queria aprender.
EXERCÍCIOS
01. A frase: "Ele correu pra ver a borboleta, ela nadava pelo óleo
lentamente" pode ser classificada como:
a) Oração Coordenada Sindética Adversativa
b) Oração Coordenada Assindética
c) Oração Assindética Explicativa
d) Oração Coordenada Conclusiva
e) Oração Coordenada Alternativa
219
a) Por coordenação, com duas orações independentes, sendo a segunda oração
classificada como sindética adversativa.
b) Por subordinação, com duas orações dependentes entre si, sendo a primeira
subordinada à segunda.
c) Por coordenação, com duas orações independentes, sendo a segunda oração
classificada como sindética aditiva.
d) Por subordinação, com duas orações independentes entre si.
e) Por coordenação, com duas orações independentes, sendo a segunda oração
classificada como assindética.
220
O verso do poema “Nem venho de Assis”, é uma oração coordenada:
a) Assindética.
b) Sindética explicativa.
c) Sindética aditiva.
d) Sindética adversativa
GABARITO
1-B
2-D
3-A
4-C
5-C
6-D
221
CONCORDÂNCIA VERBAL
Exemplos:
Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.
Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.
Cristina e Eva entraram no hospital.
1. Sujeito coletivo
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.
Exemplo:
A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no
singular ou no plural.
Exemplo:
A multidão de fãs ultrapassou o limite.
A multidão de fãs ultrapassaram o limite.
2. Coletivos partitivos
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como
"a maioria de", "a maior parte de", "grande número de".
Exemplo:
Grande número dos presentes se retirou.
Grande número dos presentes se retiraram.
222
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral.
Exemplo:
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para
o plural.
Exemplo:
Mais de uma professora se abraçaram.
4. Nomes próprios
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou
não de artigos.
Exemplo:
Os Estados Unidos influenciam o mundo.
Estados Unidos influencia o mundo.
Exemplo:
Fui eu que levei.
Foste tu que levaste.
Foi ele que levou.
Exemplo:
Fui eu quem afirmou.
223
Fui eu quem afirmei.
Exemplo:
Ele foi um dos que mais contribuiu.
Ele foi um dos que mais contribuíram.
224
EXERCÍCIOS
225
3- A estrutura linguística dessa charge se apresenta com verbo no modo
imperativo, concordando na 3ª pessoa do singular. Se o sujeito da
sentença estivesse na 2ª pessoa do singular, a redação adequada ao
padrão formal da língua seria:
a) Vai tomar! Vacina grátis!
b) Vem tomar! Vacina grátis!
c) Vens tomar! Vacina grátis!
d) Venhas tomar! Vacina grátis!
GABARITO
1-A
2-E
3-B
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regras para sujeito composto
226
1. Sujeitos formados por sinônimos
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar com
o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência.
Preguiça e lentidão destacou aquela gerência.
(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do
singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós
chegaremos".
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento.
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do singular que
tem prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos".
227
4. Sujeitos ligados por "ou"
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal
estiver se referindo a todos os elementos do sujeito.
Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam ao menino.
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o
último elemento.
Exemplo:
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo
permanece no singular.
Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo.
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo concorda com o
antecedente e o segmento "com" é grafado entre vírgulas:
Exemplo:
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data da exposição.
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só,
como" Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo
mais próximo.
228
Exemplo:
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.
Tanto Rafael como Marina participou da mostra.
8. Partícula "se"
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo
deve ser conjugado na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser
conjugado concordando com o sujeito da oração.
Exemplo:
Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.
9. Verbos impessoais
Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Havia muitos copos naquela mesa.
Houve dois meses sem mudanças.
10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um"
Neste caso, o verbo fica no singular.
Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião.
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
229
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo
fica sempre no singular.
Exemplo:
Três vezes é muito.
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s) O verbo sempre concorda com
o sujeito.
Exemplos:
Deu uma hora que espero.
Soaram duas horas.
230
Exemplo: Íamos sair quando você chegou.
EXERCÍCIOS
231
1- No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam
movimentam relações diversas entre os indivíduos” (ℓ. 10 a 12), o sujeito
da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção dos objetos”.
GABARITO
1 - ERRADO
2-B
232
CONCORDÂNCIA VERBAL: CASOS ESPECIAIS
233
EXERCÍCIOS
1- Hoje_____24 de janeiro.
2- Trinta quilômetros_____muito.
3- _____uma e vinte.
4- _____ser duas horas.
234
d) Reformam-se ternos.
e) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
GABARITO
1-E
2-C
3-D
4-D
235
CONCORDÂNCIA NOMINAL
236
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o
adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo
foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há
substantivos de gêneros diferentes.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
237
Água é bom para saúde.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito,
tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no
masculino singular. Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
238
Obs.: veja esta construção: Estudo a cultura espanhola e portuguesa.
Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma
única, espano portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.
EXERCÍCIOS
Cadê os plural?
É só impressão minha, ou está cada vez mais difícil ouvir plurais ortodoxos?
Aqueles de antigamente, arrematados com um ''s'' - plurais tradicionais,
quatrocentões? Os plurais agora estão cada vez mais enrustidos, dissimulados,
problemáticos. Cada vez menos plurais são assumidos. Os plurais agora
precisam ser subentendidos.
Verdade seja dita: não somos os únicos no mundo a ter problemas com a maldita
letra ''s'' no final das palavras. Os franceses, debaixo de toda aquela empáfia, há
séculos desistiram de pronunciar o ''s'' dos plurais. No francês oral, o plural é
indicado pelo artigo, e pronto. Ou seja: eles falam ''as mina'' e ''os mano'' desde
que foram promovidos de gauleses a guardiães da cultura e da civilização.
Os italianos também não podem com a letra ''s'' no fim das palavras. Fazem seus
plurais em ''i'' e em ''e'', dependendo do sexo, ops, do gênero das palavras.
Quando a palavra é estrangeira, entretanto, eles simplesmente desistem de falar
no plural: decretaram que termos forasteiros são invariáveis, e tudo bem. Una
foto, due foto; una caipirinha, quattro caipirinha. Quattro caipirinha? Hic! Zuzo
bem!
Os alemães, metódicos que só, reservam o ''s'' justamente a esses vocábulos
estrangeiros que os italianos permitem que andem por aí sem plural. Com as
palavras do seu próprio idioma, no entanto, os alemães são implacáveis. As
palavras mais sortudas ganham apenas um ''e'' no final, mas as outras são
flexionadas com requintes de tortura - com ''n'' (!) ou com ''r'' (!!), às vezes em
conjunto com um trema (!!!) numa vogal da penúltima sílaba (!!!!), só para
infernizar a vida dos alunos do Instituto Goethe ao redor do planeta.
Práticos são os indonésios, que formam o plural simplesmente duplicando o
singular: gado- gado, padang-padang, ylang-ylang. Pelo menos foi isso que eu li
uma vez. (Claro que não chequei a informação. Eu detestaria descobrir que isso
não é verdade.) Já pensou se a moda pega aqui, feito aquele pavoroso cigarro
de cravo? Os mano-mano. As mina-mina. Um chopps e dois pastel- pastel.
Nem mesmo nossos primos de fala espanhola escapam da síndrome dos
comedores de plural. Os andaluzes e praticamente todos os latino-americanos
também não são muito chegados a um ''s'' final. Em vez do ''s'' ríspido e
239
perigosamente carregado de saliva dos madrilenhos (que chiam quase tanto
quanto os portugueses), eles transformaram o plural num acontecimento sutil,
perceptível apenas por ouvidos treinados. Em Sevilha, Buenos Aires ou em
Santo Domingo, o ''s'' vira um ''h'' aspirado - lah cosah, lah personah, loh pluraleh.
Entre nós, contudo, a mutilação do plural não tem nada a ver com sotaques ou
incapacidade de pronunciar fonemas. Aqui em São Paulo, a falta de ''s'' é um
fenômeno sociocultural. Os pobres não falam no plural por falta de cultura. Da
classe média para cima, deixamos o plural de lado quando há excesso de
intimidade. É como se o plural fosse algo opcional, como escolher entre ''você''
e ''o senhor''. Se a situação exige, você vai lá e aperta a tecla PLURAL. Se a
conversa for entre amigos, basta desligar, e os esses desaparecem em algum
ponto entre o cérebro e a boca.
Na minha terra, não. Imagina. Lá não se permite isso. No Rio Grande NINGUÉM
fala os plurais. NUNCA. Considera-se PEDANTE quem fala plural. Trata-se de
um dos pontos mais importantes do nosso dialeto. Assim como no francês oral,
no gauchês oral o plural é indicado pelo artigo: os guri, as guria. Mas isso só vale
no gauchês falado. Você jamais verá escritas em Porto Alegre essas coisas que
se leem em placas e faixas de São Paulo, tipo COMIDAS TÍPICA ou 12 PRATOS
QUENTE.
Escrito, não. Para nós, a falta de plural escrito dói nos... ouvidos. [...]
O avanço da despluralização, no entanto, ameaça transformar São Paulo numa
nova Porto Alegre, onde concordar substantivo com artigo é coisa de maricas.
O que se deve fazer? Uma grande campanha educativa, com celebridades
declarando que é chique falar os plurais? Lançar pagodes e canções sertanejas
falando da dor-de-cotovelo causada por não usar ''s'' no final das palavras? Ou
contratar um grupo de artistas alternativos para sair pichando nos muros por aí
uma mensagem subversiva? Tipo assim: OS MANOS E AS MINAS.
FREIRE, Ricardo. Variedades. Jornal da Tarde, 5 de fevereiro 2001, p. 8c.
240
2- Em “Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou que a resposta
estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio de
curtidas...” o termo destacado corresponde a uma flexão denominada de:
a) Concordância Nominal.
b) Concordância Verbal.
c) Concordância Pronominal.
d) Regência Nominal.
e) Regência Verbal.
GABARITO
1-A
2-B
3-B
241
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Exemplos:
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais
242
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos,
pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Exemplos:
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
Exemplos:
243
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília
Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles).
(adjetivo)
Meio - Meia
a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente
com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
Por Exemplo:
A noiva está meio nervosa.
Alerta - Menos
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis.
Por Exemplo:
EXERCÍCIOS
244
d) Haja vista as muitas falhas cometidas, não conseguiu a promoção.
e) Elas próprias resolveram, enfim, o impasse sobre o rumo da empresa.
GABARITO
1) B
2) B
3) B
245
CONCORDÂNCIA NOMINAL
246
b) As responsáveis pelo projeto afirmaram que ficaram muito obrigadas à
comunidade.
c) A porta estava todo aberta quando a secretária, ainda meia confusa, chegou.
d) Já era meio-dia e meia quando ela percebeu meio desconfiada a presença de
alguém.
GABARITO
1) C
2) C
3) C
247
CONCORDÂNCIA NOMINAL
248
4. Quando os substantivos pertencerem a gênero e número diferentes, o
adjetivo, exercendo o papel de adjunto adnominal, deverá concordar com o mais
próximo ou ir para o masculino plural:
Interesso-me pelo cinema e pelas tradições francesas.
Interesso-me pelo cinema e pelas tradições franceses.
Interesso-me pelas tradições e pelo cinema francês.
249
9. Quando houver na oração numerais ordinais, o substantivo pode ficar tanto no
singular quanto no plural, contanto que todos os numerais estejam antecedidos
de artigo:
Perdi a primeira e a segunda sessão.
Perdi a primeira e a segunda sessões.
10. Mesmo, próprio, quite, leso, incluso, anexo, obrigado, entre outros, devem
concordar normalmente com a palavra a que fazem referência:
Ele mesmo disse isso.
Eles mesmos disseram isso.
Ela mesma disse isso.
Elas mesmas disseram isso.
11. Palavras como bastante, meio, caro, barato e só sofrem variação quando
têm valor de adjetivo:
Havia bastante gente no supermercado.
Tenho bastantes discos de vinil.
Tomei meia taça de vinho.
Tomei várias meias taças de vinho.
Ela sempre gostou de sapatos caros.
Ela nunca gostou de roupas baratas.
Meus primos sempre moraram sós.
13. O adjetivo permanecerá invariável quando o sujeito não for determinado por
artigo ou por pronome demonstrativo:
Pizza é gostoso.
Dieta é bom para emagrecer.
É proibido entrada.
250
A dieta dos pontos é boa para emagrecer.
É proibida a entrada de menores de dezoito anos.
251
e) Azul-marinho e azul-celeste são sempre invariáveis:
A empresa comprou uniformes azul-marinho para os funcionários.
Ele gosta de camisas azul-celeste.
EXERCÍCIOS
252
a) É necessário a presença dos pais na reunião do conselho escolar.
b) Há bastantes pessoas insatisfeitas com a política econômica.
c) Nós mesmo providenciamos comida aos desabrigados.
d) É proibido a entrada de pessoas estranhas neste local.
e) Seguem anexo os documentos enviados pelos novos clientes.
GABARITO
1-C
2-E
3-E
4-B
REGÊNCIA
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo
(ou um nome) e seus complementos.
Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não
ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas
e claras.
A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal,
conforme a natureza do termo regente:
• Na regência verbal o termo regente é um verbo;
• Na regência nominal o termo regente é um nome.
O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente
permanece incompleto sem a presença do termo regido.
Regência verbal:
Termo regente: verbo
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto
253
Regência nominal:
Termo regente: nome
Termo regido: complemento nominal
Regência verbal
Na regência verbal, se o verbo regente for transitivo direto, terá como termo
regido um objeto direto (não preposicionado). Se o verbo regente for transitivo
indireto, terá como termo regido um objeto indireto (preposicionado).
254
Quando a regência verbal é estabelecida através de uma preposição, as mais
utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre.
• agradar a;
• obedecer a;
• assistir a;
• visar a;
• lembrar-se de;
• simpatizar com;
• comparecer em;
• convocar para;
• trocar por;
• alertar sobre;
• ...
Regência nominal
Na regência nominal, o nome que atua como termo regente pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Já o complemento nominal, que atua
como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
• inerente a;
• idêntico a;
• livre de;
255
• seguro de;
• descontente com;
• interesse em;
• pronto para;
• respeito por;
• ...
EXERCÍCIOS
256
d) Verbo transitivo indireto.
4- No trecho “com aquela voz que ele gostava” (linha 23), a inserção do
elemento de antes de “que” prejudicaria a correção gramatical e os
sentidos originais do texto.
GABARITO
1-C
2-B
3-A
4-E
257
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
258
Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está
correta.
Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos.
Alguns, conforme o seu significado, podem ter mais do que uma forma de
regência.
1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao filme?
b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:
Sempre assistiu pessoas mais velhas.
c) com o sentido de pertencer exige preposição:
Assiste aos prejudicados o direito de indenização.
3. Custar
a) com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao filho.
259
b) com o sentido de valor não exige preposição:
Aquela casa custou caro.
4. Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto:
Obedeça opai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua desconfiança não procede.
b) com o sentido de origem exige preposição:
Essa sua desconfiança procede de situações passadas.
6. Visar
a) com o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou
seja, como verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:
O policial visou o bandido à distância.
7. Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:
Esqueci o meu material.
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me
do meu material.
8. Querer
a) com o sentido de desejar não exige preposição:
260
Quero ficar aqui.
b) com o sentido de estimar exige preposição:
Queria muito aos seus amigos.
9. Aspirar
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o escritório.
b) com o sentido de pretender exige preposição:
Aspirou ao cargo de ministro.
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e
outro com preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não
exige preposição:
O seu pedido implicará um novo orçamento.
b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:
Implica com tudo!
13. Morar
O verbo morar é regido pela preposição “em”:
Mora no fim da rua.
14. Namorar
261
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre
seguido de preposição:
Namorou Maria durante anos.
"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.
15. Preferir
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:
Prefiro carne a peixe.
16. Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":
Simpatiza com os mais velhinhos.
17. Chamar
a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:
Chama o Pedro!
b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:
Chamou ao João de Mauricinho.
Chamou João de Mauricinho.
Chamou ao João Mauricinho.
Chamou João Mauricinho.
18. Pagar
a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:
Paga o sorvete?
b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:
Paga o sorvete ao dono do bar.
Regência Nominal
Há também a regência nominal, que é a relação entre nomes e seus
complementos. Essa relação é estabelecida através de preposições.
Exemplos:
262
• O bacharel em Direito pode ser defensor público. (e não “O bacharel de
Direito pode ser defensor público.”)
• Tenho horror às baratas. (e não “Tenho horror de baratas.”)
• Essa máquina é compatível com a que temos. (e não “Essa máquina é
compatível a que temos”.)
EXERCÍCIOS
263
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a
seguir.
264
A influência da cultura na formação do cidadão
GABARITO
1 - CERTO
2-D
3-A
265
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
266
EXERCÍCIOS
Num mundo em que as coisas e as pessoas são descartáveis, a filosofia e o
filósofo também se tornam dispensáveis, sempre havendo uma doutrina ou um
profissional capaz de enaltecer uma trama de interesses privados. A constante
exposição à mídia acaba levando o filósofo a dizer o que o grande público espera
dele e, assim, também pode usufruir de seus quinze minutos de celebridade.
Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o sentido
original de suas práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser
amante de um saber autêntico, precisa não perder de vista que assumiu o
compromisso de afastar-se das ideias feitas − ressecadas pela falta da seiva da
reflexão − e de desconfiar das novidades espalhafatosas. Se aceita consagrar-
se ao estudo das ideias, que reflita sobre o sentido de seu comportamento.
(Adaptado de: GIANNOTTI, José Arthur. Lições de filosofia primeira. São Paulo: Companhia
das Letras, 2011, edição digital)
267
2- Seriam mantidos o sentido e a correção do texto caso o trecho
“complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam
os homens casados e com filhos” (l. 12 e 13) fosse reescrito da seguinte
forma: complementar à renda dos casados com filhos e privilegiar aos
homens casados e com filhos.
268
Fonte: As ilustrações de Carol Rossetti . Disponível em:
<http://tpmmoderna.com/2014/07/ilustracoes-de- carol-rosseti.html>. Acesso em: 8 fev. 2018.
269
d) Todas as afirmativas estão corretas.
GABARITO
1-A
2-E
3-B
270
Custar será VTDI, com a prep. a, quando significar causar trabalho,
transtorno.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.
Agradecer, Pagar e Perdoar são VTDI, com a prep. a. O objeto direto sempre
será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradeci a ela o convite.
Paguei a conta ao Banco.
Perdôo os erros ao amigo.
Pedir é VTDI, com a prep. a. Sempre deve ser construído com a expressão
Quem alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pedimos a todos que tragam os livros.
Preferir é sempre VTDI, com a prep. a. Com esse verbo, não se deve usar
mais, muito mais, mil vezes, nem que ou do que.
Prefiro estar só a ficar mal-acompanhado.
271
EXERCÍCIOS
272
Alguns podem pensar: “Besteira, a prefeitura recolhe o lixo, recicla e dá
destino correto. Por que iria me esforçar tanto para reduzir meu lixo?”. Aí, meu
amigo, vai de cada um. Mas a reflexão é importante (...).
PS: os três famosos “Rs” da sustentabilidade são claros: reduza, reutilize, recicle.
A opção da reciclagem é ótima, mas é a última medida a ser tomada.
Jéssica Miwa (Disponível em: thegreensestpost.com) Acesso em 14/03/2018.
273
2- Na linha 32, o emprego do acento indicativo de crase em “à saúde”
justifica-se pela regência da forma verbal “traz” e pela determinação do
substantivo “saúde” por artigo definido feminino.
GABARITO
1-D
2 - CERTO
3-C
274
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
- COMPLEMENTO NOMINAL E PREDICAÇÃO DO VERBO
HAVER -
275
EMPREGOS DO VERBO HAVER
276
EXERCÍCIOS
1- Os termos “de gênero” (ℓ.19), “da igualdade racial” (ℓ. 19 e 20) e “dos
direitos humanos” (ℓ.20) complementam a palavra “justiça” (ℓ.19).
277
2- Acerca do trecho “ao Dia nacional da luta antimanicomial” (linhas 3 e 4),
assinale a alternativa correta.
a) Trata‐se deum complemento nominal, que ajuda a completar o sentido de um
substantivo abstrato.
b) Trata‐se de um adjunto adnominal, que atua como qualificador de um adjetivo.
c) Constitui‐se como termo expletivo, já que não deveria aparecer na constituição
do período.
d) Gera ambiguidade, pois deixa obscura a ideia a que se faz alusão.
e) Causa perda de coerência porque torna o texto truncado e pouco
compreensível.
278
c) adjunto adnominal.
d) adjunto adverbial.
a) Uma pessoa complexa (S) só pode ser compreendida (C), jamais explicada.
b) A transcendência (S) constitui o seu projeto (C) como ser-no-mundo.
c) Pode-se explicar a lei da gravidade (C) pelos princípios da Física (S).
d) Sem liberdade interior (C) não há história (S) a ser compreendida.
e) A queda de um homem desesperado (S) não é equivalente (C) à de uma
pedra.
GABARITO
1 - ERRADO
2-A
3-B
279
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me, nos, te, vos, o, a, os,
as, lhe, lhes, se) podem aparecer em três posições distintas:
REGRA PRINCIPAL
Proibições
1. Começar frases, oração ou período com pronome oblíquo átono;
2. Utilizar pronome oblíquo átono depois de pausa;
3. Utilizar pronome oblíquo átono depois de verbos no futuro;
4. Utilizar pronome oblíquo átono depois de verbos no particípio.
PRÓCLISE
Esse tipo de colocação pronominal é utilizada quando há palavras que atraiam
o pronome para antes do verbo. Tais palavras são:
3) Pronomes Indefinidos
Exemplo:
280
Ninguém me deu apoio.
4) Pronomes Demonstrativos
Exemplo:
Isso me deixou irritado.
5) Conjunções subordinativas
Exemplo:
Embora me interesse pelo carro, não posso comprá-lo.
6) Frases interrogativas
Exemplo:
Quem lhe deu a bola?
7) Frases exclamativas
Exemplo:
Isso me deixou feliz!
8) Frases optativas
Exemplo:
Deus o ilumine
ATENÇÃO!!!
Existem casos que se pode utilizar tanto a próclise como a ênclise: - Pronomes
pessoais do caso reto. Se houver palavra atrativa, usa-se a próclise.
Exemplo:
Ele lhe entregou a carta.
Ele entregou-lhe a carta.
281
Vim para te ajudar.
Vim para ajudar-te.
MESÓCLISE
ÊNCLISE
282
MUDANÇAS SOFRIDAS PELOS PRONOMES O, A, OS, AS
QUANDO COLOCADOS EM ÊNCLISE
EXERCÍCIOS
1. A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem
essa educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para
a cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das
atitudes públicas.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os segmentos
sublinhados, respectivamente, por:
a) comprometem-lhe − praticá-la − dotar-lhe
b) comprometem ela − praticar-lhe − dotá-la
c) comprometem-na − praticá-la − dotá-la
d) comprometem a mesma − a praticar − lhe dotar
e) comprometem a ela − lhe praticar − a dotar
283
(Adaptado de: MENEZES, Raquel. Disponível em:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/literatura)
284
GABARITO
1-C
2-B
3-B
4-C
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
285
Certo ( ) Errado ( )
04. Poucas vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser poucas
as pessoas que acordam se sentindo primatas, mamíferos ou terráqueos, outros
rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
Certo ( ) Errado ( )
05. O trecho “Quanto mais escapa o tempo dos falsos educandários, mais a dor
é o documento que os agride e os separa” (v.18-21) poderia, sem prejuízo para
a correção gramatical, ser reescrito da seguinte forma: À medida que escapa o
tempo dos falsos educandários, a dor vai se tornando o documento que os agride
e os separa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 - ERRADO
2 - CERTO
3 - ERRADO
4 - ANULADA
5 - ERRADO
286
PONTUAÇÃO
Como é possível notar, em cada um dos casos acima, o uso dos dois-pontos
possui justificativas diferentes, não é mesmo? Em (1), tal pontuação é utilizada
antes da fala de alguém; em (2), a razão do uso está no fato de que os dois-
pontos iniciam uma enumeração (os três ideais da Revolução Francesa); e, por
último, em (3), observa-se o uso para introduzir uma explicação de algo que
foi mencionado anteriormente no enunciado.
Assim, podemos conceituar que os dois-pontos são utilizados para:
287
Sobre o ato de ensinar, Paulo Freire disse: “Ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.”
• iniciar uma enumeração:
Exemplo:
Mamãe foi ao supermercado e comprou: dois pacotes de arroz, um quilo
de feijão e dois quilos de frango a passarinho.
Introduzir um esclarecimento ou explicação a respeito de algo já mencionado
anteriormente:
Exemplo:
Ela conquistou tudo o que desejava: sua realização pessoal.
Introduzir um exemplo, uma observação, uma nota ou informação importante:
Exemplo:
Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa.
TRAVESSÃO
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:
- No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de
interlocutor nos diálogos.
Por Exemplo:
– O que é isso, mãe?
– É o seu presente de aniversário, minha filha.
288
– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron –
Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)
ASPAS
As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:
- Antes e depois de citações ou transcrições textuais.
Por Exemplo:
Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um beijo
de moça namorada."
Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também podemos
grifar as palavras, conforme o exemplo:
289
Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!
EXERCÍCIOS
Releia o trecho a seguir.
“Quando só a urgência é capaz de captar a atenção, é hora de rever se o FOMO
(sigla para Fear Of Missing Out, que é o medo de estar por fora, de não aproveitar
o que você poderia estar aproveitando, o que gera ansiedade) ainda é capaz de
assustar.”
1- Os parênteses apresentados nesse trecho podem, de acordo com as
funções de cada sinal de pontuação, ser substituídos por:
a) travessões.
b) aspas
c) pontos-finais.
d) dois-pontos.
290
e) Dois-pontos.
Casa de canário
Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu
que ele é que daria cabodo canário:
- Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho,
que nos deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma
barbaridade. Você é diferente, ainda não teve tempode afeiçoar-se ao bichinho.
Vai ver que nem reparou nele, durante o noivado.
- Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro
só porque o conheço há menos tempo do que vocês?
- Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para
ele não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vá.
O sogro, a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher
pediram-lhe com doçura:
- Vai, meu bem.
Com repugnância pela obra de misericórdia que ia praticar, ele aproximou-se da
gaiola. O canário nem sequer abriu o olho. Jazia a um canto, arrepiado, morto-
vivo. É, esse está mesmo na última lona, e dói ver a lenta agonia de um ser tão
gracioso, que viveu para cantar.
- Primeiro me tragam um vidro de éter, e algodão. Assim ele não sentirá o horror
da coisa.
Embebeu de éter a bolinha de algodão, tirou o canário para fora com infinita
delicadeza, aconchegouo na palma da mão esquerda e, olhando para outro lado,
aplicou-lhe a bolinha no bico. Sempre sem olhar para a vítima, deu-lhe uma
torcida rápida e leve, com dois dedos no pescoço.
E saiu para a rua, pequenino por dentro, angustiado, achando a condição
humana uma droga. As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver.
Coube à cozinheira recolher a gaiola, para que sua vista não despertasse
saudade e remorso em ninguém. Não havendo jardim para sepultar o corpo,
depositou-o na lata do lixo.
Chegou a hora de jantar, mas quem é que tinha fome naquela casa enlutada? O
sacrificador, esse, ficara rodando por aí, e seu desejo seria não voltar para casa
nem para dentro de si mesmo.
No dia seguinte, pela manhã, a cozinheira foi ajeitar a lata de lixo para o
caminhão, e recebeu uma bicada voraz no dedo.
- Ui!
Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da vida, com uma
fome danada?
291
- Ele estava precisando mesmo era de éter - concluiu o estrangulador, que se
sentiu ressuscitarpor sua vez.
Carlos Drummond de Andrade
292
GABARITO
1-A
2-B
3-B
4-C
PONTUAÇÃO
- EMPREGOS DA VÍRGULA –
O PODER DA VÍRGULA
293
Em que casos a vírgula é obrigatória e em que casos é proibida?
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indissociáveis:
sujeito + verbo; verbo + complemento. A primeira regra de ouro do uso da
vírgula é: não se separam esses elementos com vírgula.
Veja o exemplo:
O professor devolveu as provas corrigidas
O professor = sujeito
devolveu = verbo
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"
Quando algo "se intromete" nessa estrutura, a vírgula será usada:
O professor, durante a aula, devolveu, em silêncio, as provas corrigidas.
O professor = sujeito
durante a aula = adjunto adverbial de tempo
devolveu = verbo
em silêncio = adjunto adverbial
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"
294
4) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.
5) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a
meu ver, ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o que
se está dizendo:
O amor, isto é, o maior dos sentimentos deve reger nossas atitudes.
Voltaremos a nos falar na quinta-feira, ou melhor, na sexta.
EXERCÍCIOS
Cada vez mais, a tecnologia é usada no processo de aprendizagem infantil, com
ferramentas interativas que facilitam a aquisição de conhecimento, o
compartilhamento de pontos de vista e a discussão de diferentes ideias,
auxiliando no desenvolvimento de um pensamento crítico e colaborativo. O Brasil
vem em queda no ranking mundial de aprendizado de inglês. De acordo com o
Índice de Proficiência em Inglês da Education First, em apenas 5 anos o país
caiu 10 posições no ranking. Em 2011 ocupava o 31º lugar entre 80 países.
Atualmente, a performance dos brasileiros com o inglês desceu até o posto 41.
1- A primeira vírgula, que aparece no primeiro parágrafo do texto, foi
utilizada para:
295
a) Separar um adjunto adverbial.
b) Realçar uma locução conjuntiva anteposta.
c) Realçar termos importantes.
d) Separar uma expressão explicativa.
e) Separar uma oração adverbial reduzida.
296
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos e estruturais do texto, julgue
o item
GABAITO
1-A
2-E
3 – ERRADO
297
PONTUAÇÃO
298
EXERCÍCIOS
299
2- O emprego da vírgula após “forma” (linha 2) justifica-se por separar termos
em enumeração.
300
Julgue o item em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos.
4- O emprego da vírgula após “hedonismo” (linha 12) justifica-se por isolar termo
apositivo.
GABARITO.
1. ERRADO
2. ERRADO
3. CERTO
4. CERTO
301
PONTUAÇÃO
Sujeito predicado
302
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
2. Usa-se a vírgula:
⇒ Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial
O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.
b) da conjunção:
Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas:
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;
As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não
querem abrir mão dos lucros altos.
303
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito
caótico.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
PONTUAÇÃO
Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
304
a) para separar os elementos mencionados numa relação: Exemplos:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas
de sistemas e secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de
serviço e dois banheiros.
OBSERVAÇÃO
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da e
numeração, a vírgula deve ser empregada.
Exemplo:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em
voz alta, e ria, e roía as unhas.
305
f) para isolar elementos repetidos:
Exemplos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
306
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Exemplos:
Com muito amor,
Respeitosamente,
Ponto
1. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase
declarativa de um período simples ou composto. Nesse caso, ele recebe o
nome de ponto-final.
Exemplo:
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no
seu interior era conservado com primor.
Ponto e vírgula
Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula,
praticamente uma pausa intermediária entre o ponto-final e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto e vírgula para:
307
a) separar orações coordenadas que tenham certo sentido ou aquelas que
Exemplo:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora,
mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
Exemplo:
• Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o
grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível. (Machado de
Assis)
b) uma citação:
Exemplo:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
– Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Exemplo:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não
porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de observações,
notas ou exemplos.
308
OBSERVAÇÃO
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-
pontos ou de vírgula:
Exemplos:
Querida amiga:
Prezados senhores,
Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta.
Exemplos:
– O senhor não precisa de mim?
– Não, obrigado. A que horas janta-se?
Ponto de exclamação
1. O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer
enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime
admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
Exemplos:
– Viva o meu príncipe!
– Que bom que você veio!
Reticências
As reticências são empregadas para:
309
b) indicar trechos que foram suprimidos de um texto:
Exemplos:
O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou
dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de
signos (...). Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma
ciência mais geral, a ciência dos signos. (Mattoso Camara Jr.)
Aspas
As aspas são empregadas:
a) antes e depois de citações textuais:
Exemplo:
Roulet afirma que “o gramático deveria descrever a língua em uso em
nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação
quotidiana”.
310
Exemplos:
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.
Aquela “vertigem súbita” na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os
amigos dissimulados.
Travessão
Emprega-se o travessão para:
a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo:
Exemplos:
— Que gente é aquela, seu Alberto?
— São japoneses.
— Japoneses? E... é gente como nós?
— É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são
amarelos.
— Mas, então não são índios? (Ferreira de Castro)
Parênteses
Os parênteses são empregados para:
a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
Exemplo:
311
Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e
inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de
fonemas) e o significado (conceito ou ideia).
Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para:
a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um
livro:
Exemplos:
Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e
muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria,
chegamos à conclusão de que esse afixo está ligado a estabelecimento
comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em
bruxaria, gritaria, patifaria etc.
312
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado
a outras palavras.
EXERCÍCIOS
313
1- As aspas da linha 38 foram usadas para
a) Indicar a impropriedade do termo usado no contexto.
b) Evidenciar uma transcrição.
c) Ressaltar o tom pejorativo empregado pelo enunciador.
d) Destacar um neologismo.
314
glândulas de odor estão na base interna das pétalas. A primeira produz 39
compostos voláteis, a segunda, (3) 21.
Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/04/24/shoyu-produzido-no-brasil-e-feito-a-
base-de-milho/. Acesso em: 14 fev. 2019. (Excerto).
315
lá vem a culpa indevida!
A sufocada vai se sufocando porque quer deixar todos os filhos satisfeitos
somente quando aprenderem a cuidar de si e dos seus pertences e ajudar os
conviventes necessitados. Essa prática entra em conflito com outro pensamento:
é obrigação da mãe fazer sempre tudo e mais alguma coisa para os filhos.
Quem foi que estabeleceu essa lei? Quem ensinou a mãe a ser sufocada?
Vem da época do machismo, quando surgiu a figura da “boa mãe”, que todas as
mulheres buscavam e buscam ser, cujo resultado final é perpetuar os filhos no
folgado e inadequado machismo.
A boa mãe ensina o filho a fazer o que é capaz e cobra. Cobrança,
estabelecimento de limites, responsabilidade que gera liberdade, ética para ser
bem tratada, mesmo estando ausente, perde quem não cuida do que tem, prazos
existem para serem cumpridos, necessidades têm que ser satisfeitas e vontades,
quando puder, são costumes que devem ser adotados em casa para que a mãe
tenha prazer e paz ao voltar para o “lar, doce lar”.
TIBA, Içami.
Disponível-em:https://editoraintegrare.com.br/blogs/educacao/indevida-culpa-materna-por-
icami-tiba. Acesso em 30.jan.2019.
316
Essa responsabilidade não é só da União e dos Estados, mas
também, e sobretudo, dos municípios.
317
seleção e controle rigorosos dos seus membros.
Mas isso, como já comentamos, é apenas o começo! Muito mais ainda precisa
e deve ser feito.
(Lélio Lauria. Disponível-em: http://acritica.uol.com.br/blogs/blog_do_lelio_lauria/seguranca‐
publica Brasil_7_551414854.html. Acesso em: 01/12/2015. Adaptado.)
GABARITO
1-C
2-A
3-C
4-D
318
INFORMÁTICA
319
Para iniciarmos o estudo de informática é de fundamental importância que você
saiba o conceito básico de Hardware e Software esse é o primeiro passo para
se fragmentar a informática em partes ao ponto de que se possa entendê-la e
assim obter êxito na mesma.
Hardware VS Software
Hardware
É a Parte física do Computador, ou seja, tudo que eu posso tocar, tudo que for
palpável, tudo que pode ser utilizado para matar alguém, por exemplo os
periféricos. Os periféricos se subdividem em três tipos:
320
321
Processador (CPU)
Erroneamente somos levados a comparar CPU com o gabinete. Então vamos
entender o que é cada um e como funcionam.
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e a mesma coisa é um
caminhão cheio de japonês comendo caranguejo” Queiroz, Túlio 2021.
Gabinete
É somente o compartimento ou como algumas bancas chamam “o invólucro”
onde será alocado TODOS os outros periféricos do computador como por
exemplo a placa-mãe, os pentes de memória RAM, a Fonte, inclusive a CPU.
CPU (UCP)
É a Unidade de Processamento Central que é considerado o coração do
computador, que por sua vez é o dispositivo mais veloz do mesmo, também é
considerado o principal componente do computador.
322
Registradores - Os Registradores por sua vez realizam a tarefa fazer uma lista
de todas as tarefas que são executadas pelo processador.
Cache
• Considerada memória de acesso rápido
• Armazena resultados do processamento;
• Pode ser dividida em níveis. L1, L2 e L3.
Arquitetura de Processamento
Overclock
Forçar o desempenho, por exemplo se fizermos uma analogia com a moto de
50cc vulgo cinquentinha, quando o dono com alta taxa de QI, coloca um motor
mais potente e força o desempenho do ciclomotor, momentaneamente é algo
bem bacana, mas com o decorrer do tempo pode comprometer o funcionamento
do veículo, da mesma forma é com o processador, quando o usuário força o
desempenho.
323
Overflow
Sobrecarga de dispositivo;
EXERCÍCIOS
a) Memória RAM.
b) CPU.
c) Switch.
d) Gabinete.
324
III. A menor unidade de medida do computador é o bit, que é representado por 0
(zeros) e 1 (uns); um conjunto de 8 (oito) bits equivale a um byte, que representa
um caractere. Assinale
GABARITO
1-C
2-D
3-D
325
Placa-mãe (MotherBoard)
Barramento
São os caminhos de conexão, basicamente são as trilhas utilizadas para ligação.
Barramento é um conjunto de linhas utilizadas para a comunicação que permite
com que haja a interligação entre dispositivos tais como: CPU, a memória dentre
outros dispositivos.
On-Board e Off-Board
On-Board - é o tipo de placa que traz recursos embutido na placa mãe, e
Off-Board - É quando existe uma placa extra (Externa). A grosso modo é a
melhor definição que podemos trazer, mas vamos aprofundar mais um pouco:
As placas on-board são mais comuns, atualmente quase todas placas mãe tem
vídeo on-Board, só que o desempenho não é tão bom assim, então pra suprir
essa necessidade coloca-se uma placa de vídeo off-Board para melhorar o
desempenho da parte gráfica.
326
As placas off-board não possuem seus dispositivos integrados a placa mãe,
precisando de placas extras com esses dispositivos, que serão instalados nos
seus respectivos Slots, tem o seu desempenho superior as placas on-board pois
tem sua própria central de processamento e a transferência superior as que
rodam na memória RAM.
Hierarquia de Memórias
As memórias do computador são organizadas hierarquicamente formando assim
uma pirâmide e essa hierarquia se deve a vários quesitos como por exemplo a
velocidade das memórias, a sua tecnologia sua capacidade e seu custo
benefício. Encontram-se as memórias mais velozes, com maior tecnologia, e
bem menor relacionado a sua capacidade no pico dessa pirâmide. Já no alicerce
encontram-se as memórias com menor custo benefício, entretanto que suportam
a maior quantidade de dados
Grupos de Memórias
327
EXERCÍCIOS
328
3. “Considerada um tipo de memória mais rápida e cara para se armazenar um
dado. Tipicamente utilizadas como um dispositivo de armazenamento
temporário”. O trecho apresentado define CORRETAMENTE a memória do tipo:
a) Cache.
b) EEPROM
c) Registradores.
d) RAM.
a) HD
b) RAM
c) ROM
d) SATA
GABARITO
1-A
2-C
3-C
4-C
329
Unidades de Medidas
Unidades de medida
330
EXERCÍCIOS
a) 1024
b) 20486
c) 1000
d) 2048
e) 1048
a) 700 Mb
b) 4.7 Gb
c) 50 Gb
d) 8.5 Gb
e) 850 Mb
331
4. 5 TB (Terra bytes) equivalem a:
a) 5120 MB
b) 5000 GB.
c) 5000 MB.
d) 5120 GB.
332
e) não pode ser utilizado, pois as unidades SSD possuem apenas conexão
padrão IDE.
GABARITO
1-D
2-E
3-C
4-B
5-D
6-B
7-C
333
SOFTWARE
Conceitos Iniciais
Software nada mais é do que a Parte Lógica do Computador, ou seja, tudo
que eu não posso tocar tudo que for impalpável. O mesmo também pode ser
considerado um conjunto de instruções lógicas para se executar uma
informação/instrução. Como exemplo de programas, temos algumas subclasses
por exemplo as suítes de escritório (Word, Excel Power Point) , um Browser que
é um navegador de internet (Google Chrome, Mozilla Firefox, Internet Explorer)
, ou um sistema Operacional ( Windows , Linux) . Abaixo relacionamos os tipos
de softwares que podem ser cobrados na sua prova.
334
Operacional ser uma espécie de intermediário entre homem e máquina,
deixando assim o sistema mais convidativo.
Licenças de Software
Software Livre
Já o software livre é regido quase que por uma lei, digamos que seja a CF
(Constituição Federal dos Softwares Livres. Que nós chamamos de GPL
(General Public Licence) que tem por base 4 liberdades
• Liberdade 00 - Executar o software seja qualquer finalidade.
• Liberdade 01 - Acessar o código-fonte do programa e modificá-lo
conforme sua necessidade e distribuir suas melhorias ao público, de
modo que elas fiquem disponíveis para a comunidade.
335
• Liberdade 02 - Fazer cópias e distribuí-las para quem desejar de modo
que você possa ajudar ao seu próximo.
• Liberdade 03 - Melhorar o programa e distribuir suas melhorias ao
público, de modo que elas fiquem disponíveis para a comunidade. Para
tais ações é indispensável o acesso ao código fonte, por isso todos os
softwares livres liberam para os usuários o mesmo.
EXERCÍCIOS
336
2. Considerando que é necessário anexar um arquivo de 12 bytes em um sistema
Web que aceita apenas arquivos com tamanho máximo de 10 bytes, qual
programa deve ser utilizado para resolver esse problema?
a) Adobe Reader.
b) Winrar.
c) Outlook Express.
d) Conexão para a Área de Trabalho Remota.
(1) Hardware
(2) Software
a) 1AD - 2BC
b) 1AC - 2BD
c) 1BD - 2AC
d) 1BC - 2AD
GABARITO
1-A
2-B
3-D
337
Malwares
Conceitos Iniciais
Lógico
Por exemplo: O Usuário está acessando uma página da web de repente a
mesma é fechada. Outro exemplo: Sem que o usuário ordene páginas são
abertas, computador desligado, dados perdidos, Computador fica lento, sem
motivo aparente o computador reinicia, dentre outros.
Físico
Suponhamos que um processador rode a 20km/h estamos supondo. E o um
Malware faz com que ele rode a 100km/h ou seja 5X mais do que a sua
capacidade, o mesmo irá danificar, isso é um exemplo de um dano Físico que
pode ser causado pelo Malware.
Moral
Digamos que o usuário tenha fotos intimas em seu computador ou smartphone
e de alguma forma um usuário utilizando um tipo de malware tem acesso a foto
e publica nas redes Sociais (Facebook, WhatsApp, Instagram etc) é exemplo de
um dano Moral que pode ser causado pelo Malware.
BIZU CAVERNOSO!!!
todo vírus é um malware, mas nem todo malware é um vírus.
338
Um Malwares pode ser desenvolvido tanto por Hackers, quanto por Crackers.
- Ain mais professor qual a diferença?
Hackers e Cracker’s são pessoas com vasto conhecimento na área de TI
(Tecnologia da informação), mas que utilizam de formas distintas, por exemplo:
O hacker é o cara do bem, e o Cracker o cara do mal.
Hacker - Usa de todo conhecimento técnico pra invadir sistemas com alto nível
de segurança e quando obtém êxito, mostra os resultados ao proprietário que o
contratou, para que as falhas sejam sanadas.
Cracker - Usa seu conhecimento para obter vantagem ilícita, roubar dados, obter
dados bancários, etc.
BOT - A Definição de Bot parte do nome Robôt que significa robô em inglês, é
um robô controlado A distância. É uma espécie de acesso remoto NÂO
AUTORIZADO, ou seja, o usuário não sabe que está sendo lesado. Não
confundir com o Acesso remoto autorizado, que nesse caso o usuário tem total
conhecimento da “invasão”.
339
Uma característica que vale salientar é que o bot pode ser confundido pelo
elaborados na hora da prova com o Worm, devido algumas características serem
semelhantes, por exemplo:
Um bot pode se replicar, e também é autoexecutável.
- Ain mais professor como vou diferenciar na hora da prova?
- O bot tem como intuito com salientado acima de permitir o acesso remoto.
BACKDOOR - abre uma porta dos fundos para o computador espião. Backdoor
é um programa que permite o retorno de um invasor a um computador
comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para
este fim.
VÍRUS - "Vírus nada mais são do que pequenos programas desenvolvidos com
o objetivo de causar algum dano ao usuário do computador". NECESSITA da
ação do usuário. Precisa de um programa para se hospedar.
Ao contrário do que é pregado por aí, o vírus pode sim se replicar, ou seja, criar
cópias de sí mesmo pelo computador, só que ele faz isso dentro dos arquivos, e
não diretamente como faz o worm, sem a necessidade de um hospedeiro. Abaixo
listamos alguns dos tipos de vírus mais comuns de serem abordados pelas
bancas organizadoras:
• Vírus de Boot - Corrompe os dados os inicialização do Sistema
Operacional
• Vírus de Macro - Um macro vírus é um vírus de computador que altera
ou substitui uma macro, que é um conjunto de comandos usados por
programas para executar ações comuns. Alguns desses vírus causam
anomalias em documentos de texto, como palavras faltantes ou inseridas,
enquanto outros acessam contas de e-mail e enviam cópias de arquivos
infectados para todos os contatos do usuário que, por sua vez, abrem e
acessam esses arquivos porque eles vêm de uma fonte confiável.
• Vírus Stheath - é um malware complexo que se esconde depois de
infectar um computador. Uma vez escondido, ele copia as informações de
dados não infectados para si mesmo e retransmite-as para o software
antivírus durante uma verificação.
340
EXERCÍCIOS
341
a) vírus.
b) rootkit.
c) keylogger.
d) spyware.
e) bot.
a) Trojan DoS.
b) Screenlogger.
c) Rootkit.
d) Keylogger.
e) Bot.
GABARITO
1-C
2-E
3-E
342
WORM
343
BIZU CAVERNOSO!!!
3 Espiãs Demais
Alex (Adware)
Sam (Screenlogger)
Klover (Keylogger)
344
EXERCÍCIOS
A) Trojan.
B) Worm.
C) Vírus.
D) Spyware.
E) Backdoor.
A) vírus.
B) worm.
C) netmal.
D) trojan.
345
a) Apenas as afirmativas I e II são tecnicamente verdadeiras
b) Apenas as afirmativas II e III são tecnicamente verdadeiras
c) Apenas as afirmativas I e III são tecnicamente verdadeiras
d) As afirmativas I, II e III são tecnicamente verdadeiras
GABARITO
1-B
2-B
3-B
346
ATAQUES E PRAGAS
Conceitos Iniciais
ENGENHARIA SOCIAL - É a arte de enganar, normalmente um engenheiro
social é condenado por estelionato e/ou falsidade ideológica. Pois, para realizar
suas artimanhas ele se passa por outras pessoas e com um bom papo convence-
as a fornecer dados, que por vezes não tem muito significado para a pessoa que
os está fornecendo ao Engenheiro Social.
VISHING - é um ataque que ocorre por meio do telefone, seja por meio de
chamadas ou mensagens de texto, utilizando a boa-fé das pessoas, “premiando-
a” de alguma forma.
BRUTE FORCE - O outro tipo de ataque bem comum é o ataque (Brute Force)
ou força bruta, que realiza uma busca exaustiva de chave, é um ataque
considerado criptoanalítico que pode, em teoria, ser usado contra quaisquer
dados criptografados (salvo para dados criptografados de uma maneira segura.
Ele realiza uma verificação sistemática de todas as possibilidades de chaves e
senhas até que as corretas sejam encontradas.
347
DoS (Denial os Service) é um ataque individual, geralmente com o intuito de
tornar um serviço inoperante para o usuário.
SPAM é uma prática que tem como finalidade divulgar propagandas por e-mail,
ou mesmo utilizar de e-mails que chamem a atenção do usuário e incentivem ele
a encaminhar para inúmeros outros contatos, para que com isso levantem uma
lista de contatos que pode ser vendida na Internet ou mesmo utilizada para
encaminhar mais propagandas.
Tipos de Spam:
• Propaganda
348
• Hoax
• Filantrópicos
• Correntes
EXERCÍCIOS
1ª COLUNA
1 - Phishing.
2 - Advance fee fraud.
3 - Hoax.
2ª COLUNA
( ) É um tipo de fraude na qual o golpista procura induzir uma pessoa a fornecer
informações confidenciais ou a realizar um pagamento adiantado, com a
promessa de futuramente receber algum tipo de benefício.
( ) É uma mensagem que possui conteúdo alarmante ou falso e que, geralmente,
tem como remetente, ou aponta como autora, alguma instituição, empresa
importante ou órgão governamental.
( ) É um tipo de fraude por meio da qual um golpista tenta obter dados pessoais
e financeiros de um usuário, pela utilização combinada de meios técnicos e
engenharia social.
349
a) 3, 2, 1.
b) 2, 1, 3.
c) 2, 3, 1.
d) 1, 2, 3.
a) defacing.
b) worming.
c) phishing.
d) keylogging.
GABARITO
1-C
2-C
350
Sistema Operacional
Características
• Principal Programa de um computador
• Gerencia todo o Funcionamento do computador SOFTWARE e
HARDWARE.
• Programa Intermediário Entre o Usuário e máquina
351
Programas Nativos
São programas que já vem instalado junto ao Sistema Operacional, sem ter a
necessidade do usuário ao instalar, por exemplo:
• Aplicativos
• Programas
• Software
• utilitários
352
Wordpad - O Wordpad é um editor de texto que também está presente nas
diferentes versões do Windows e possui mais recursos do que o Bloco de Notas.
A extensão padrão de arquivos é .rtf (Rich Text Format)
BIZU CAVERNOSO!!!
A partir do Windows Vista, o Wordpad consegue ler arquivos com a extensão
das mais recentes versões do Microsoft Word (.docx)
353
Editor de imagens (Paint)
O editor de imagens “Profissional” do Windows, é o famoso Paint, o mesmo
sofreu alterações importantes nas versões mais recentes do Windows, mudou
desde a extensão padrão de arquivos que passou a ser .PNG a partir do
Windows 8, quanto algumas ferramentas. As últimas versões do Windows (a
partir do Vista) apresentaram novas funções para o Paint, como as que seguem:
EXERCÍCIOS
a) .csv
b) .pcx
c) .pdf
d) .rtf
e) .xls
354
3. Usando o Microsoft Windows 7, em sua configuração padrão, um usuário está
editando uma frase no Wordpad e a formatou como negrito, sublinhado e itálico.
Ao selecionar toda essa frase, pressionar as teclas CTRL+C, abrir o Bloco de
Notas, em sua configuração original, e pressionar as teclas CTRL+V, assinale a
alternativa que indica, corretamente, como estará formatada essa frase no Bloco
de Notas.
GABARITO
1 - ERRADO
2-D
3-E
355
Gerenciador de dados
Windows Explorer por padrão traz 4 bibliotecas que tem como intuito ajudar na
organização do usuário, como podemos ver são: DOCUMENTOS, IMAGENS,
MÚSICAS E VIDEOS. O Explorador ainda possibilita que o usuário vincule
atributos aos arquivos, tanto básicos quanto avançados, que seguem abaixo:
356
Gerenciador de Tarefas:
• Mostra o % de CPU
• Mostra o % de RAM
• Mostra todos os processos, tarefas e atividades em execução, tanto em
primeiro plano, quanto em segundo plano;
• Permite que um processo seja encerrado abruptamente;
357
Ferramentas usadas para economia de Energia.
358
EXERCÍCIOS
a) Explorador de Arquivos;
b) Gerenciador de Tarefas;
c) Internet Explorer;
d) Microsoft Visio;
e) Windows Firewall.
a) Bloquear, Suspender;
b) Bloquear, Suspender, Trocar usuário;
c) Bloquear, Fazer logoff, Suspender, Trocar usuário;
d) Suspender, Trocar usuário, Fazer logoff;
e) Suspender, Trocar usuário.
359
e) enviado para a lixeira.
GABARITO
1-B
2-B
3-A
360
Ao identificar os Erros Lógicos o Scandisk efetivamente os corrige, já ao localizar
os possíveis erros físicos ele simplesmente isola a área afetada para que assim
o usuário não possa ter prejuízos ao salvar seus dados nessa zona.
O BitLocker
É uma ferramenta da Microsoft, disponível no Windows Vista, Windows 7,
Windows 8 e Windows 10 que tem por finalidade criptografia de disco, esse
recurso permite ao usuário encriptar o disco rígido do computador, protegendo
assim seus documentos e arquivos contra o acesso não autorizado. Ao ativar, o
sistema cifra as informações e impede que hackers façam uso delas sem inserir
a chave definida pelo usuário.
Painel de Controle
É uma poderosa ferramenta administrativa do Microsoft Windows, na qual
permite ao usuário personalizar as configurações do seu computador. Está
diretamente ligado com as com as configurações tanto da parte física(hardware)
quando da parte lógica (software) do computador. Nele o usuário poderá
configurar diversas funções tais como: Segurança, Rede e Internet, Contas de
usuário Programas dentre outros.
361
Restauração de sistema
Toda vez que o usuário altera Drivers, que são controladores de dispositivos, o
Windows registra a configuração do sistema com a estrutura antiga de Drives.
Este registro da situação anterior do Driver gera o ponto de restauração, que
permite ao usuário retornar ao ponto de restauração anterior caso ocorra algum
problema com o computador.
Histórico de Arquivos
Essa poderosa ferramenta presente dentro do sistema operacional Windows faz
uma cópia de segurança (backup) regular das versões de seus arquivos, caso
haja uma eventual perda dos arquivos originais, ou caso sejam perdidos
acidentalmente, o usuário poderá restaurar todos eles porem só salva em
algumas pastas:
362
EXERCÍCIOS
a) Firewall.
b) Blacklist.
c) tabela IP.
d) painel de controle.
e) driver de rede.
a) Restauração.
b) Hardware.
c) Personalização.
d) Contas de Usuário.
e) Histórico de Arquivos.
363
GABARITO
1-A
2-E
3-E
MS-EDGE
364
A Cortana é a assistente digital da Microsoft que tem por intuito a automação de
certas atividades dentro do sistema operacional, ela tem o objetivo de ajudar ao
usuário realizar tarefas, tais como:
• Enviar lembretes com base na hora, em locais ou em pessoas;
• Rastrear times, interesses e voos;
• Enviar emails e SMSs;
• Gerenciar seu calendário e manter você atualizado;
• Criar e gerenciar listas;
• Tocar músicas, podcasts e estações de rádio;
• Bater papo e jogar;
• Encontrar fatos, arquivos, locais e informações;
• Abrir qualquer aplicativo no sistema.
Explorador de Arquivos
O que mudou no explorador de arquivos Como muitas das coisas mais refinadas
da vida, o Explorador de Arquivos ficou melhor com a idade. Para conferir o
365
check-out no Windows 10, selecione o ícone na barra de tarefas ou no menu
iniciar ou pressione a tecla de logotipo do Windows + E no teclado.
ATALHOS WINDOWS
366
EXERCÍCIOS
a) Windows WiDi.
b) Windows Hello.
c) Windows To Go.
d) Windows ReadyBoost.
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
367
a) Tecla com o logotipo do Windows + Tab
b) Alt + seta para cima
c) Tecla com o logotipo do Windows + M
d) Alt + Tab
e) Ctrl + Q
GABARITO
1-B
2-C
3-D
Criptografia
A criptografia, palavra que tem origem nos termos gregos kryptós (escondido) e
gráphein (escrita), é uma área de estudo que analisa princípios e técnicas para
transformar uma informação, como um arquivo de texto, em um código cifrado,
o qual não possibilita a leitura, pois é ilegível, sendo compilada apenas pelo seu
emissor e receptor, que são os elementos que detém as chaves (códigos) para
criptografar e reverter a criptografia, garantindo com isso a confidencialidade,
pois se for interceptada por outra pessoa, não poderá ser lida. Nesse sentido,
esse ramo da matemática visa o estudo dos métodos para garantir o sigilo da
368
informação, por meio da utilização de duas chaves possíveis, a pública e a
privada, gerando duas formas de criptografia:
EXERCÍCIOS
369
2. O recurso que estuda os princípios e técnicas pelas quais a informação pode
ser transformada da sua forma original para outra ilegível, com o objetivo de
dificultar a leitura de pessoas não autorizadas, denomina-se
a) Backup.
b) Webgrafia.
c) criptografia.
d) quarentena.
a) confidencialidade.
b) autenticidade.
c) integridade.
d) conformidade.
e) disponibilidade.
a) combinadas.
b) escondidas.
c) assimétricas.
d) simétricas.
e) criptografadas.
370
GABARITO
1-A
2-C
3-B
4-D
RESTAURAÇÃO
371
EXERCÍCIOS
1. Backup é um termo inglês que tem o significado de cópia de segurança. Como
se chama o backup que contém apenas os arquivos que foram criados ou
modificados a partir do último backup realizado, e que, depois de fazer a cópia
do arquivo, desmarca o atributo (flag) de arquivamento?
a) Diferencial
b) Incremental
c) Completo
d) Seletivo
a) Backup cumulativo.
b) Backup diferencial.
c) Backup incremental.
d) Backup completo.
372
e) Caso se utilize apenas um conjunto para backups normais, recomenda-se que
esse backup nunca seja apagado, por questões de segurança e de atualização
dos dados presentes no backup.
GABARITO
1-B
2-C
3-E
Certificado Digital
O Certificado digital que ao contrário da Assinatura Digital, não há validade
jurídica por não conter uma terceira parte confiável envolvida.
O certificado digital tem validade jurídica justamente por haver essa terceira parte
confiável e independente, que é a organização pública ou privada a qual cria o
certificado digital que por sua vez é regulamentado pela Medida Provisória
2200/02.
O certificado digital nada mais é do que um arquivo de forma digital que contém
informações sobre um emissor (quem emite e informação) (no qual pode ser
pessoa física ou jurídica) por meio da chave pública referente à chave privada
que deve ser de posse exclusiva do receptor (que é quem recebe a informação),
do conteúdo em que foi solicitado tal certificado.
373
Assinatura Digital
Em relação a assinatura digital, apesar de ter bastante relevância em se tratando
de ferramenta de segurança na transmissão de dados, não tem validade jurídica
em nosso país, pelo simples motivo de ser uma relação entre duas pessoas
(emissor e receptor), e pelo fato de não haver uma terceira parte independente
envolvida. A assinatura digital representa um método de autenticação de
informação enviada digitalmente, e tem a mesma relação da assinatura
manuscrita.
Seguem abaixo quais critérios a assinatura digital visa garantir
• Autenticidade.
• Integridade.
• Irretratabilidade (Não repúdio).
Legislação
A Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 define as regras para
a criação da ICP-Brasil:
Art. 1º Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras -
ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade
jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e
das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a
realização de transações eletrônicas seguras.
Art. 2º A ICP-Brasil, cuja organização será definida em regulamento, será
composta por uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de
autoridades certificadoras, integrada pela Autoridade Certificadora Raiz -
AC Raiz, pelas Autoridades Certificadoras - AC e pelas Autoridades de
Registro - AR.
Art. 3º A função de autoridade gestora de políticas será exercida pelo
Comitê Gestor da ICP-Brasil, vinculado à Casa Civil da Presidência da
República e composto por cinco representantes da sociedade civil,
integrantes de setores interessados, designados pelo Presidente da
República, e um representante de cada um dos seguintes órgãos,
indicados por seus titulares: As informações obrigatórias são:
• Número de série.
• Prazo de validade.
374
EXERCÍCIOS
a) certificado EV SSL
b) certificado auto-assinado
c) criptografia de chaves assimétricas
d) criptografia de chave simétrica
375
ator de uma mensagem ou transação feita em meios eletrônicos. Dentre as
informações presentes no certificado digital, emitido por uma AC para um
indivíduo, existe a
a) chave privada da AC
b) chave pública da AC
c) chave privada do indivíduo
d) chave pública do indivíduo
e) assinatura digital do indivíduo
GABARITO
1-B
2-A
3-A
4-D
Assinatura Digital
Quando falamos assinatura digital, embora seja considerado um importante
instrumento de segurança na transmissão de dados, o mesmo por sua vez não
tem validade jurídica no Brasil, devido ao fato de ser uma relação entre duas
pessoas (emissor e receptor), ou seja não tendo uma terceira parte independente
envolvida.
376
abaixo os critérios da assinatura digital:
• Autenticidade.
• Integridade.
• Irretratabilidade (Não repúdio).
Não deve existir hash vinculado a mais conteúdo com assinatura digital, por essa
razão ele deve manter a característica de exclusividade.
377
EXERCÍCIOS
a) imutabilidade.
378
b) integridade.
c) persistência.
d) não repúdio.
e) autenticação.
a) Quebras.
b) Irretratabilidade.
c) Derivação.
d) Motivação.
e) Data.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A 4-B
2-C 5 - CERTO
3-B 6 - ERRADO
379
Cloud Computing (Computação em Nuvens)
380
• Cloud em Comunidade
• Cloud Híbrido
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1- ERRADO
2- ERRADO
3- ERRADO
381
Cloud Computing(Computação em nuvem)
O sistema de Cloud Computing faz referência ao uso de sistemas
computacionais, armazenamento, processamento, segurança, sem que esses
recursos estejam fisicamente no computador do usuário.
O serviço de nuvem pode ser oferecido de diversas maneiras, desde um simples
espaço para armazenamento de dados, até um serviço que disponibiliza
programas que podem ser acessados de qualquer lugar do mundo desde que
haja conexão com internet, ou um serviço completo de infraestrutura
computacional, processamento, memória, armazenamento, segurança. Existe
diversos tipos de serviços fornecidos e uma tipologia de arquitetura como por
exemplo:
382
essa tipologia não há necessidade de instalar na máquina do usuário os
programas necessários para isso.
Esse tipo de nuvem é bastante aderido por empresas de desenvolvimento de
software, pois em grandes projetos os desenvolvedores podem estar em lugares
diferentes do mundo e com isso é possível utilizar sempre o mesmo serviço para
continuar o desenvolvimento sem a necessidade de ficar transportando o que já
foi programado por todos os lados, já que toda estrutura necessária é
disponibilizada na tipologia PaaS. Exemplo de empresas que prestam esse tipo
de serviço é a Azure, Drupal, Squarespace.
Nuvem pública
• Os servidores são alocados em data centers externos.
• É um serviço de nuvem terceirizado.
• Serviço gerenciado pelo provedor de nuvem.
• Geralmente usadas para: Web e-mail, aplicativos de escritório online,
armazenamento etc.
Vantagens
• Redução de custos – não há necessidade de comprar hardware ou
software.
• Sem manutenção – seu provedor de serviços fornece a manutenção.
• Escalabilidade.
• Alta confiabilidade.
Nuvem privada
• Recursos usados exclusivamente por uma única empresa ou
organização.
• Localizada fisicamente na organização ou hospedada por um provedor de
serviços terceirizado dedicado.
• Recursos são mantidos na rede privada
• Geralmente usadas por órgãos governamentais, instituições financeiras e
outras organizações de grande porte.
Vantagens
• Maior flexibilidade – personalizar o ambiente de nuvem para atender a
necessidades específicas.
• Segurança aprimorada – serviço não compartilhado. Maior de controle e
segurança.
• Alta escalabilidade.
383
Nuvem híbrida
Assim como o nome sugere, nuvem mista ou nuvem híbrida é quando uma
empresa ou organização utiliza os recursos de nuvem pública e nuvem privada
ao mesmo tempo. Na teoria, esse tipo de nuvem seria o modelo mais indicado
para as empresas, pois esse tipo de implementação oferece muitos recursos de
operação. Mas, a implantação desse tipo de serviço em nuvem é mais cara que
a nuvem pública ou privada, pois ao mesclar os dois tipos de implantação em
nuvem, o recurso pode se tornar economicamente inviável para Pequenas e
Médias Empresas
EXERCÍCIOS
a) armazenamento em nuvem.
b) armazenamento por correio eletrônico.
c) armazenamento em pen drive.
d) upload em rede social.
a) Documentação de serviços
b) Software como serviço
c) Infraestrutura de redes sociais
d) Redes sociais como serviço
e) Hardware como serviço
384
A computação em nuvem do tipo software as a service (SaaS) possibilita que o
usuário acesse aplicativos e serviços de qualquer local usando um computador
conectado à Internet.
Certo ( ) errado ( )
a) Development as a Service.
b) Software as a Service.
c) Plataform as a Service.
d) Infrastructure as a Service.
e) Communication as a Service.
GABARITO
1-A
2-B
3 - CERTO
4-B
385
Internet
Introdução ao TCP/IP
386
diferentes sistemas Operacionais. O protocolo TCP/IP funciona em camadas
abaixo citaremos a divisão das camadas e suas respectivas funções.
Camadas do TCP/IP
De forma genérica, o TCP/IP pode ser considerado o principal protocolo da
internet, e dessa forma é amplamente abordado pelas bancas organizadoras de
concursos. Porém ele é, na verdade, uma pilha de protocolos, sendo composto
por 5 (cinco) na internet, que devem ser considerados do mais básico para o
avançado. Sem a camada inicial não é possível estabelecer a camada superior.
Camadas do TCP/IP
1ª Camada - Física
Na camada física são definidos os meios de conexão entre as máquinas. Ex:.
Modem, IEEE 802.11( Wi-Fi) , Bluetooth.
2º Camada - Enlace
Nessa camada tem por função interconectar redes independentes e
autônomas, sem que estas percam a sua autonomia, nessa camada também
tem a funcionalidade de controlar o fluxo de dados entre as máquinas.
Ex: Ethernet Switch
3ªCamada - Rede
Na camada de Rede é que será determinado a origem e o destino dos pacotes,
ou seja de onde eles estão saindo e para onde vão, lembrando que não é
função da camada de rede transportar o pacote.
Ex: IP, (IPV4,IPv6), NAT.
387
4ª Camada - Transporte
Ordena e envia os pacotes, vale salientar que temos dois protocolos que
trabalham na camada de transporte que são muito recorrentes em prova de
concurso público:
• TCP e UDP
388
1. O modelo TCP/IP, também chamado, por vezes, de modelo de internet, possui
cinco camadas, sendo que cada camada conversa com a sua camada
imediatamente superior e inferior. Em cada camada há um grupo de protocolos
que são responsáveis por vários serviços da rede, com as suas respectivas
aplicações. São consideradas algumas camadas desse modelo, EXCETO:
A) Rede.
B) Física.
C) Sessão.
D) Transporte.
389
3. A internet é pautada em um paradigma. Que tipo de modelo de comunicação
é esse paradigma?
a) Cliente - Servidor.
b) Mainframe.
c) Data Centers.
d) Nenhuma das alternativas
GABARITO
1-C
2-A
3-A
390
5ª Camada - Aplicação
Nessa camada estão contidos os principais serviços usados pelo usuário,
também chamada de camada mais alta, ou seja, mais próxima do ser humano.
391
EXERCÍCIOS
a) UDP – IP – IMAP
b) RDP – UDP – DNS
c) HTTP – TCP – SSH
d) SMTP – POP – IMAP
392
INTRANET
É uma rede privada, geralmente de uma empresa ou órgão público, que tem as
seguintes características.
• Acesso restrito por senha ou por autorização de IP.
• Geralmente tem o servidor interno.
• Utiliza os mesmos serviços e protocolos da Internet.
Como as bancas amam colocar em prova:
“Rede Circunscrita aos limites internos de uma instituição”.
EXTRANET
A extranet é uma extensão da Intranet, é uma rede particular e também de
acesso restrito, vamos imaginar uma situação hipotética:
Kid trabalha com uma empresa de vendas de produtos eróticos, usa uma
intranet, uma rede de acesso restrito, porém ele necessita de que outros
vendedores trabalhem de forma externa, os vendedores, porta a porta, e esses
vendedores precisam ter acesso a intranet, para isso eles usam da EXTRANET.
393
VPN
394
Classificação das Redes de Computadores
WAN
São redes remotas, extensas ou geograficamente distribuídas. Esses termos são
equivalentes e se referem a redes que abrangem uma grande área geográfica,
como um país ou um continente. Devido à grande extensão, possuem taxa de
transmissão menor, maior retardo e maior índice de erros de transmissão.
Domínio é um nome que serve para localizar e identificar conjuntos de
computadores na internet. O nome de domínio foi concebido com o objetivo de
facilitar a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele,
teríamos que memorizar uma sequência grande de números.
395
MAN
São redes que abrangem uma cidade. Normalmente são compostas por
agrupamentos de LANs, ou seja, há várias redes menores interligadas.
EXERCÍCIOS
1. A respeito das Intranets, analise as afirmativas abaixo:
396
usuários internos de uma empresa, para troca de informações corporativas. As
características dessa rede de computadores são típicas de
GABARITO
1-C
2-D
3-D
397
Redes de Computadores
398
Modos de Transmissão de Dados
399
EXERCÍCIOS
1. Julgue o item a respeito do Microsoft Word 2013, do sistema operacional
Windows 10 e dos conceitos de redes de computadores.
As redes de difusão, uma das tecnologias de transmissão utilizadas em redes de
computadores, possuem vários canais de comunicação, sendo que todos eles
são compartilhados por todas as máquinas da rede.
400
GABARITO
1 - ERRADO
2 - ERRADO
3 - ERRADO
4 - ERRADO
Topologia de Redes
• Define a aparência da rede
• Localização dos nós na rede.
401
Barramento: Nesse caso todos os computadores são ligados em um mesmo
barramento físico de dados. Uma única máquina poderá “escrever” no
barramento num determinado momento. Todas as outras “escutam” e recolhem
para si os dados que foram destinados a ela.
Anel: Nessa topologia por sua vez todos os dispositivos são conectados em
série, formando um ciclo fechado (anel). Os dados são transmitidos
unidirecionalmente, ou seja, em uma única direção de nó em nó até atingir o seu
destino. Uma mensagem enviada por uma estação passa por outras estações,
através das retransmissões, até ser retirada pela estação destino ou pela
estação fonte.
402
EXERCÍCIOS
a) anel.
b) árvore.
c) daisy chain.
d) estrela.
e) ponto-a-ponto (peer-to-peer).
a) barramento
b) anel
c) estrela
d) árvore
e) ponto a ponto.
403
GABARITO
1-E
2-C
3-A
TOPOLOGIAS: PARTE II
UNIDIRECIONAL:
• A rede opera e um sentido.
• Caso haja falha com um ponto, toda rede será comprometida
404
Topologia em Árvore
Topologia Linha
405
EXERCÍCIOS
1. Com relação a conceitos básicos de redes de computadores e ao programa
de navegação Mozilla Firefox, julgue o próximo item. A topologia física de uma
rede representa a forma como os computadores estão nela interligados, levando
em consideração os tipos de computadores envolvidos. Quanto a essa topologia,
as redes são classificadas em homogêneas e heterogêneas.
Certo ( ) errado ( )
2. Um projetista de redes adotou no seu projeto uma das topologias de rede mais
comuns atualmente, que e´ a que utiliza cabos de par trançado e um ponto
central na rede, no qual e´ colocado um concentrador. Essa topologia de rede e´
conhecida como
a) Anel
b) Árvore
c) Estrela
d) Malha
e) Ponto a ponto
406
uma conexão direta com os demais.
a) Estrela.
b) Barramento.
c) Mesh.
d) Anel.
e) Anycast.
GABARITO
1 - ERRADO
2-C
3-C
4-D
5-E
407
Serviço de Hipertexto
O hipertexto é de longe um dos temas que mais é cobrado em provas de
concursos, em se tratando de Internet, pois é o serviço mais utilizado tanto pelos
usuários no acesso privado à internet quanto no uso corporativo, em
organizações públicas e privadas, uma vez que se trata do serviço que possibilita
a navegação em sites. O Hipertexto representa uma linguagem que possibilita a
navegação na internet por meio de link e hiperlinks em que sites se vinculam a
outros, possibilitando a navegação. O sistema de hipertexto utilizado por padrão
na Internet é o WWW (Word Wide Web).
Protocolos
Cada serviço da internet tem um modo distinto para transmissão de dados,
recebendo e enviando informações, e esses modos são chamados de
protocolos. São considerados os principais protocolos do serviço de navegação
o HTTP e o HTTPs, os dois tendo características bem semelhantes, porém
algumas distintas, que seguem abaixo:
Browsers
São os programas utilizados para navegação, em WWW, por meio dos
protocolos específicos para hipertexto. Dentre eles se destacam:
• Internet Explorer
• Google Chrome
• Mozzila
• Firefox
• Opera
• Safari
408
• Netscape Navegator
Endereço IP
É o Internet Protocol, simplesmente o endereço do dispositivo, computador em
que o site está fisicamente armazenado/hospedado.
Representa de fato o endereço de um site, o local onde ele se encontra nas
redes que compõe a internet. Essa está migrando do IP V4 para o IP V6, uma
vez que o V4 está com sua capacidade de
Endereços esgotada.
• IPV4 – Composto por 4 octetos. (32 bits)
• IPV6 – Composto por 8 duoctetos. (128 bits)
EXERCÍCIOS
a) Google Chrome.
b) Internet Explorer.
c) Safari.
d) Mozila Firefox.
e) Microsoft Edge.
409
2. Considere que Carlos está navegando pela Internet Explorer, e pretende
salvar a página da Prefeitura Municipal de Dores do Indaiá/MG para que possa
acessá-la em um outro momento. Para isto Carlos DEVERÁ utilizar o recurso de:
a) Downloads.
b) Favoritos.
c) Histórico.
d) Preferências.
410
GABARITO
1-E
2-B
3-D
4-D
411
Funcionamento do Google
O Google que é a o motor mais utilizado faz a utilização do denominado
PageRank que é um algoritmo
Utilizado com intuito de posicionar, na listagem de relevância, entre os resultados
de suas buscas. O PageRank mede a importância de uma página contabilizando
a quantidade e qualidade de links apontando para ela em outras páginas da
Internet.
EXERCÍCIOS
01. Motores de busca como o Google, Bing e Yahoo apresentam os mesmos
resultados para as mesmas pesquisas, pois têm a mesma base de dados.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 - ERRADO 2 - ERRADO 3 - CERTO
412
Navegador (Browser)
413
Cliente Web ou Navegador (Browser)
É um software que é instalado nos computadores dos usuários, que vai ler e
interpretar as mensagens (páginas) enviadas pelos servidores. O browser é
quem faz a leitura e a interpretação do código HTML São Exemplos de
navegador: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Opera e Netscape Navigator,
Chrome são alguns browsers comuns.
Home-Page
nada mais é do que a PRIMEIRA página de um sitio (site). É a página padrão de
um site que aparecerá caso seja digitado no endereço do site sem especificar
outra página. Se você digitar:
http://www.ronaldobandeira.com.br
aparecerá para você, a Home-Page do site.
414
Barra de títulos
Nessa barra são exibidos o título da página do qual o usuário está visitando, bem
como os botões tradicionais das janelas do Windows.
Importante PQP!
Um dos itens mais importantes do menu Ferramentas é o Bloqueador de Pop-
ups e o Opções da Internet. O primeiro porque é fruto de uma atualização de
segurança do IE. O segundo porque concentra todas as configurações do
navegador.
O item sincronizar permite que o usuário baixe o conteúdo das páginas e acessar
este de forma off-line (Isso é feito a partir do menu Favoritos). Como estão em
menus diferentes, atenção redobrada.
BIZU CAVERNOSO!!!
Os cookies são pequenos arquivos de texto armazenados em nosso computador
que são gerenciados pelos navegadores. Eles têm por função enviar algumas
informações aos servidores web dos diversos sites que visitamos para que
saibam quem somos, quando foi nossa última visita àquele site etc.
Mozilla Firefox
Esse Browser conta com recursos bastante interessantes e uma vasta
diversidade de recursos adicionais isso tem de certa forma conquistado o
mercado, especialmente dos defensores do software livre. O Firefox é um
navegador baseado na filosofia open source. Diz-se que um software é open
source quando o seu código fonte é público, não proprietário.
415
Figura. Tela Principal do Mozilla Firefox
Barra de Navegação
Menu Favoritos
O Firefox permite que o usuário adicione as páginas aos favoritos para isso
utilizando as teclas de atalho (Ctrl + D):
os favoritos (marcadores) são atalhos criados para facilitar a vida do usuário,
indo diretamente a uma página pré-determinada. Para criar um favorito para a
página, abra a página e depois clique em Favoritos->Adicionar página.
Menu Ferramentas
Pesquisar na web (ctrl + k): abre automaticamente a página de procura do
Mozilla Firefox.
Downloads (ctrl + J): possibilita ao usuário visualizar os downloads feitos dos
arquivos. Durante o processo de download também aparece esta mesma tela e
416
enquanto acontece o download ele mostra a porcentagem de conclusão.
Firefox Sync
A partir do Firefox 4, o navegador conta com integração ao Firefox Sync. Para
quem não está familiarizado com o nome, a ferramenta era um complemento
para o browser, que permitia sincronizar os seus favoritos, histórico e
preferências entre computadores.
EXERCÍCIOS
a) SHIFT+T e ALT+TAB
b) SHIFT+T e SHIFT+TAB
c) CTRL+N e SHIFT+TAB
d) CTRL+A e CTRL+TAB
e) CTRL+T e CTRL+TAB
417
2. A navegação na internet e intranet ocorre de diversas formas, e uma delas é
por meio de navegadores. Quanto às funções dos navegadores, assinale a
alternativa correta.
Certo ( ) errado ( )
418
5. Julgue o item seguinte quanto aos conceitos básicos de redes de
computadores, ao programa de navegação Mozilla Firefox, em sua versão mais
recente, e aos conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos e
GABARITO
1-E
2-D
3 - ERRADO
4-B
5 - ERRADO
Camadas do TCP/IP
419
CAMADA DE APLICAÇÃO
Estrutura do e-mail
Desde que foi desenvolvido por volta dos anos 70, a estrutura do e-mail
praticamente continua a mesma:
abaixo temos a listagem dos campos de um e-mail:
• Cabeçalho (header)
• Corpo (body)
Campos de um e-mail
• Remetente
• Destinatário, PARA
• Destinatário CC
• Destinatário CCO
Protocolos de e-mail
O serviço de e-mail tem as suas próprias formas tanto para o envio do conteúdo
quanto para o recebimento do mesmo e esses respectivos serviços são
chamados de protocolos.
Abaixo citados os principais protocolos de e-mail:
• Protocolo de Envio – SMTP
• Protocolos de Recebimento- POP3 e IMAP4
Formas de acesso
Temos duas formas básicas de acesso a um e-mail
• Webmail
• Cliente de e-mail
420
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
a) Cc
b) Cco
c) Para
421
d)Assunto
e) Anexo
GABARITO
1 - CERTO
2 - CERTO
3-D
4-A
5-C
422
Webmail
O acesso realizado ao e-mail por meio do webmail consiste em utilizar o
navegador web para a visualizar e inclusive
editar e-mails, de forma que as mensagens recebidas e enviadas permanecem
armazenadas nos servidores da internet e não nos computadores dos usuários.
Como todo serviço o webmail traz muitas vantagens, mas, entretanto, contudo,
todavia, também tem suas desvantagens para o usuário, e entre as vantagens:
• possibilidade de acesso de múltiplos pontos
• Como desvantagem, está o fato da total dependência da internet
Funcionamento do Google
De acordo com a própria definição da empresa Google, o PageRank é um
algoritmo desenvolvido para ser utilizado pela ferramenta de busca Google para
posicionar, na listagem de relevância, entre os resultados de suas buscas.
O Google possui buscas direcionadas: Imagens, Vídeos, Livros, Notícias, Blogs.
423
EXERCÍCIOS
1. Neste exato momento foi excluído um e-mail, por exemplo, do Gmail. Sobre o
que foi apontado, analise as afirmativas e selecione a única alternativa que esteja
tecnicamente correta.
2. Os Webmails são clientes de e-mail que se utilizam da própria Web para ser
utilizados, sem que seja necessária a instalação de programa cliente em seu
dispositivo. Empresas como Google e Microsoft possuem seus próprios
Webmails: Gmail e Outlook. Ambos podem ser acessados através da Web.
Sobre as características e funcionamento dos webmails, assinale a alternativa
correta.
424
b) Consome espaço no disco rígido do computador.
c) O webmail não é seguro.
d) Não existe webmail gratuito.
e) O webmail é arcaico.
GABARITO
1-B 4-A
2-A 5 -B
3-A
425
Microsoft Excel
O Excel - é uma poderosa ferramenta de planilhas eletrônicas desenvolvido pela
Empresa Microsoft, a sua formação dar-se-á por Células, que é a junção de
Colunas e Linhas:
Sendo que as Colunas são representadas pelas Letras (de A até XFD)... e as
Linhas Representadas por Números (de 1 até 1.048,576).
Guias e Menus
426
BIZU CAVEIRA!!!
PAin INiciou Linguagens e Formulas dos dados revisados e exibidos.
Operadores
> Maior Que
= Igual
< Menor Que
<> Diferente
>= Maior ou igual
<= Menor ou igual.
^ Exponenciação & Concatenar
+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão
BIZU CAVERNOSO!!!
• Toda e qualquer fórmula do Excel deverá iniciar com o sinal de
igualdade (=)
• podendo ainda ser iniciadas com sinal de subtração (-) e também com
sinal de adição (+).
427
Nesse caso por exemplo temos em 3 Modelos distintos de realizar a função de
soma.
Por exemplo no primeiro método teremos:
= Soma (A1 : (dois pontos) A4, ou seja, nesse caso a soma vai ser feita de todos
os valores da célula A1 até a Célula A4, resultando assim no resultado 80.
No segundo método:
= Soma (A1;(ponto e vírgula) A4), ou seja, nesse caso a soma vai ser feita
apenas dos valores contidos em A1 e A4, resultando assim no resultado 30.
No terceiro método teremos:
=(A1+A2+A3+A4), ou seja, a soma dos 4 valores contidos nas células citadas.
Função SOMAQUAD
=SOMAQUAD (A1:A4)
Nesse caso essa FO' RMULA específica deseja saber o resultado da soma
Quadrada, ou seja, o resultado da soma dos número elevados a potência de 2...
Por exemplo:
=SOMAQUAD (A1:A4) --- somaria os valores 2²+3²+4²+5²
Assim teríamos como valor: 2x2=4+ 3x3=9+4x4=16+5x5=25 Somando todos os
valores obtidos teríamos: 54.
428
Função MÉDIA
=MÉDIA (A1 : B4)
=MÉDIA (A1 ; B4)
=(A1+ A2+ A3+ A4+B1+B2+B3+B4)/8
Nessa Fórmula é trabalhada a média Aritmética, ou seja, significa somar os
valores e dividir pela quantidade de valores que se tem por exemplo:
A fórmula vai ser lida da seguinte forma:
Calcule a média de A1 até B4, ou seja, todos os valores que estiverem contidos
nesse intervalo deverão ser somados e consequentemente divididos:
Então teremos:
A1(2) + A2(4) + A3(4) + A4 (10) + B1(4) +B2(8) + B3(6) + B4(6) somar todos e
dividir por 8, haja vista que temos em questão 8 valores obtendo na soma 44 e
dividindo por 8 (5,5).
Função MÉDIASE
=MÉDIASE (A1:B4; ‘>3”)
Nesse Caso teremos uma média calculada, seguida de uma condição, ou seja,
só será somado e consequentemente divido, caso atenda ao critério por
exemplo:
Analisaremos de A1 ATÉ B4 quais os valores maiores que 3, obteremos assim
os valores 6+4+8+12, então somaremos os que satisfizeram a condição e como
foram 4 valores será realizado a divisão por 4, obtendo assim: 32/4=8.
429
EXERCÍCIOS
a) 30
b) 20
c) 76,5
d) 72,5
GABARITO
1-B
2 - CERTO
430
Função MED
=MED (A1 : A4)
Nesse caso será calculada a mediana, existe uma sucessão de passos pra
resolver essa FÓRMULA:
431
2º Caso = Mínimo (A1:A5)
1º - Analisar quais valores se encontram dentro do intervalo citado:
2º - Identificar qual é o valor imediatamente menor e só, obtendo assim: 2.
EXERCÍCIOS
432
Qual será o resultado da expressão =MAIOR (A1:A6;3) aplicada na tabela:
a) R$ 4.500,00
b) R$ 2.750,00
c) R$ 2.800,00
d) R$ 1.000.00
GABARITO
1-C
Esse bloco vamos dividir especificamente para as Fórmulas que servem para
contar células, vamos iniciar com a (CONT.NUM)
No caso da célula
433
=Cont.valores (A1:C5) - Nesse caso serão contadas as células que não
estiverem vazias ou seja que tiverem qualquer valor nela, seja letra ou número,
então será retornado o valor: 9.
Já em se tratando da fórmula
=CONTAR.VAZIO(A1:C5) - Nesse caso serão contadas as células vazias.
Temos ainda uma fórmula bem recorrente em prova de concurso público que e´
a CONT.SE
=Cont.se (A1:C5; >3) - Será contado nesse caso as células que são maiores
que 3, ou seja, só será contado mediante a condição.
Função CONCATENAR
=A1&A2
=CONCATENAR(A1;B2)
Função INTERSEÇÃO
=Soma(A1:C4 B2:C4)
=Média(A1:C4 B2:C4)
434
Nesse Caso, vamos remeter a ideia da teoria dos conjuntos, no primeiro caso
ele desejo calcular a soma da interseção, ou seja, a soma dos valores que fazem
parte dos dois intervalos ao mesmo tempo, assim no primeiro caso
teremos=Soma(A1:C4 B2:C4) : 10+4+4+5+12+8=43.
No segundo caso teremos que calcular a média aritmética dos valores que
fazem parte dos dois intervalos ao mesmo tempo, assim teríamos que pegar a
soma 43 e dividir por 6.
EXERCÍCIOS
1. Na seguinte Planilha eletrônica do programa EXCEL, se for aplicada a função
contida na célula
435
2.
a) 250
b) 100
c) 109
d) 108
GABARITO
1-E
2-C
436
Modo de referenciação de células:
Relativo
Os valores tanto das colunas quanto das linhas poderão ser alterados quando
copiado e colado em uma célula distinta da original.
Absoluto
Os valores tanto das colunas quanto das linhas NÃO poderão ser alterados
quando copiados e colados em uma célula distinta da original.
Misto
Os valores das colunas ou das linhas poderão ser alterados quando copiado e
colado em uma célula distinta da original.
Função ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de
dígitos. Por exemplo, se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar
esse valor para duas casas decimais, poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1, 2) O resultado dessa função é 23,78.
Função TRUNCAR
Essa função tem como o intuito quebrar o valor, ou seja, diferente do ARRED
que faz o arredondamento vejamos o exemplo:
=Truncar(98,98787676987;2) essa segunda parte (;2) significa o número que se
deseja quebrar após a (Vírgula), então assim teríamos, 98,98.
EXERCÍCIOS
a) 6
437
b) 6,25
c) 5
d) 6,23
a) 5,07
b) 5,1
c) 5,06
d) 5,071
e) 5,2
GABARITO
1-B
2-A
438
Funções do Excel
Função SE
A função SE é a mais importante função de Excel para concursos, pois é a que
tem maior incidência em provas de concursos.
Função SOMASE
SOMASES EM EXERCÍOS:
1. Uma planilha do MS-Excel 2010, a partir da sua configuração padrão, utilizada
por uma empresa de contabilidade para controlar os salários de funcionários de
diversas empresas, conforme ilustra a figura, contém, na coluna A, o nome do
funcionário, na coluna B, o nome da empresa em que o funcionário trabalha, na
coluna C, o nome do setor a que o funcionário pertence e, na coluna D, contém
o salário do funcionário.
439
A fórmula a aplicada na célula C12 para calcular o total de salários do Setor B
da Empresa Indústria de Panela Sousa foi
=SOMASES(D2:D10;B2:B10;"Indústria de Panela Sousa";C2:C10;"B") e o valor
obtido com a mesma foi de 1.200.
EXERCÍCIOS
A execução da fórmula:
"=SOMASES(E5:E11;C5:C11;"=Nome2";D5:D11;"=X")" produz como resultado
o valor
440
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
a) 31
b) 52
c) 76
d) 96
e) 172
GABARITO
1-C
2-B
441
Mensagens de ERRO EXCEL:
#nome? Ocorre quando o usuário digita erroneamente a fórmula/função por
exemplo:
A fórmula correta é SOMA e o usuário por equivoco escreveu SONA, nesse dado
momento será exibido uma mensagem de erro “#NOME?”
#valor!
Argumento errado como parâmetro
Essa Mensagem ocorre quando o usuário tenta realizar por exemplo uma soma
entre caracteres,
Exemplo: A1=maria, a2= João, =a1+a2, nesse caso a mensagem de erro será
exibida.
#ref!
Referência inexistente (Célula Excluída)
Exemplo o usuário realizou uma fórmula de soma com valores contidos em A1
hipoteticamente falando, depois por algum motivo essa célula foi excluída, nesse
caso será exibido a mensagem de erro “#ref!”
#num!
Número muito grande
Existem números que até o poderoso EXCEL, pica das galáxias não consegue
calcular, por exemplo =9999999999999^9999999999999999 nesse caso será
exibido a mensagem #num!
EXERCÍCIOS
442
A fórmula =PROCV(A10;A2:C7;3;0), se digitada na célula B10, trará como
resultado
a) #N/A
b) #ERRO
c) 3
d) Guarulhos
e) 22/10/2015
443
Na planilha foi inserida a expressão =PROCH(C9;A9:C13;4;1) em C15. Como
resultado, o valor mostrado em C15 é:
a) CURRAIS NOVOS
b) 32326543.
c) VERA CRUZ
d) S1.
e) S4.
a) R$ 0,00
b) R$ 500,00
c) R$ 800,00
d) Vídeo game
444
Assinale a alternativa que apresenta o resultado da função
=PROCV(C7;B2:E6;3;FALSO), levando em consideração que o valor de C7 é
A003.
a) SP003
b) B3
c) Filtro de Ar
d) R$ 15,40
e) Indisponível
imagem a seguir.
Suponha que alguém clicou no canto inferior direito da alça (que está
selecionada) da célula C1 e a arrastou para a célula C2. Depois fez o mesmo
com a alça na célula C2, arrastando-a para a célula D2. Assinale a alternativa
que apresenta o valor que foi mostrado na célula D2 após essas operações.
a) 5.
b) 6.
c) 7
d) 8
e) 9.
445
O resultado obtido através do uso desta função no valor contido nesta planilha
é:
a) 51,38.
b) 25,69.
d) 20.
d) 128,4.
e) 0.
a) 6.
b) 8.
c) 21.
d) 16.
e) 12.
446
Se a célula K1 for copiada para J2, qual será o valor em J2?
a) 6
b) 7
c) 14
d) 15
e) #REF!
GABARITO
1-D
2-A
3-B
4-D
5-D
6-B
7-C
8-A
447
Microsoft Word
O Word é uma poderosa ferramenta de edição de textos desenvolvido Microsoft,
e traz uma série de recursos a fim de facilitar a vida do usuário. Há muito vem
sendo recorrente em provas de concursos a suíte de escritório, então é de
fundamental importância que estudemos afim esse assunto. Dependendo do
certame, pode ser abordado também o editor de textos do pacote BrOffice –
LibreOffice, o Writer, porém o mais comum, particularmente em concursos
federais, é serem abordados os dois programas. Uma diferença fundamental
entre o Word e o Writer são as extensões de arquivos, pois enquanto o Word
tem a extensão padrão “.docx” e de modelos “.dotx”, o Writer tem como extensão
padrão “.odt” e de modelos “.ott”.
Guias e Menus
BIZU CAVERNOSO!!!
PAin INSERIU DESIGN E LAYOUTS Referentes as correspondências
revisadas e exibidas.
OBS: Existem algumas guias dentro do pacote office que são semelhantes aos
demais programas do pacote, e existem guias que por sua vez são exclusivas.
As guias que são exclusivas do Word, ou seja, que não existem em outros
aplicativos, são aquelas que estão no PLURAL (e agora é aula de português
professor?) e são as guias REFERÊNCIAS e CORRESPONDÊNCIAS.
448
Configuração Padrão do Word
As últimas versões do Word permaneceram com as mesmas definições de
configuração padrão, esse tema é bastante relevância e comumente explorado
em concursos públicos.
Hiperlink
No Word ainda é possível acrescentar hiperlinks, que são atalhos que podem ser
tanto externos (para um site, por exemplo http://www.ronaldobandeira.com.br),
quanto internos (para outra página do mesmo documento, por exemplo). Por
padrão, um hiperlink inserido e ainda não
449
3ºEscolher no grupo “links” a ferramenta “hiperlink”. Ao abrir a janela de
formatação do hiperlink
é escolhido o endereço do atalho interno ou externo.
BIZU CAVERNOSO!!!
Pincel de Formatação
Estilos e Efeitos
No Ms-Word é possível inserir estilos e efeitos ao texto em edição, e esses
seguem abaixo:
• Regular (Normal)
• Negrito (Crtl + N) (EXEMPLO)
• Itálico (Crtl + I) (EXEMPLO)
• Negrito Itálico (Crtl + N+I) (EXEMPLO)
• Tachado (EXEMPLO)
• Subscrito (Crtl + =) (EXEMPLO)exemplo
• Sobrescrito (Crtl + Shift + +) (EXEMPLO)12345
450
EXERCÍCIOS
1. Observe as palavras digitadas e formatadas no MS-Word 2010, na sua
configuração padrão.
I. Clique em
a) ativos; passivos:
b) ativos; passivos; PATRIMÔNIO
c) ATIVOS; PASSIVOS; PATRIMÔNIO.
d) ATIVOS; PASSIVOS;
e) ativos; passivos;
451
Assinale a alternativa que indica corretamente a explicação para a caixa de
seleção com o tamanho da fonte ter ficado em branco.
a) Itálico.
b) Subscrito.
c) Sublinhado.
d) Sobrescrito.
e) Tachado
452
Seleção De Textos No Microsoft Word
A seleção de texto é uma ferramenta muito importante já que o Word é um editor
de texto, que irôria não? O assunto seleção de texto no Microsoft Word é um
tema bastante cobrado em provas de concursos. Existem basicamente duas
formas de seleção de textos no Editor:
Uma por meio do cursor do mouse
e outra por meio da seta de seleção, que é habilitada quando o cursor do mouse
é levado para a margem
esquerda do documento em edição.
453
Seguem as regras de trabalho com uma planilha de Excel do Word:
1ª Regra - A planilha que for inserida irá seguir todas as regras do Excel e não
de tabela do Word.
2ª Regra - Se o usuário clicar fora da área de edição da planilha, ela
automaticamente se transformará em uma imagem e nunca em uma tabela.
Caso o usuário clique novamente na área de edição, ela volta a ser uma planilha
editável do EXCEL
3ª Regra - Se o usuário selecionar a imagem e copiar, colocando em outro
documento de qualquer aplicativo do pacote MS office, será colada como
imagem, porém poderá ser editada no Ms-Word. De acordo com os termos desta
constituição.
EXERCÍCIOS
1. Utilizando o Word 2016, para o Windows 10, ambos na versão PT-BR, com o
objetivo de aplicar uma formatação específica de fonte na palavra
contemporânea, na linha 2, pode- se clicar
454
c) duas vezes com o botão direito do mouse e, depois, pressionar as teclas Ctrl
+ F.
d) uma vez com o botão direito do mouse e, depois, pressionar as teclas Ctrl +
D.
Parágrafo da guia Página Inicial. Essa ação fará com que o texto do parágrafo
selecionado seja
03. A seleção de um texto com o cursor do mouse tem no clique duplo a seleção
da palavra e espaços existentes até o próximo caractere.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-B
2-B
3 - CERTO
455
Menu Arquivo
Delete e Backspace
São botões muito utilizados ao longo da digitação, principalmente para a
correção de erros.
Cursor
• Home - Inicio da linha
• End - Final da linha
• Ctrl+Home - Inicio da 1ª Página
• Ctrl+End - Final da última Página
• Ctrl+PGUP - Inicio da página Anterior
• Ctrl+PgDown - Início da próxima Página.
Erros gramaticais:
• Versão 2010 - Sublinhado verde;
• Versão 2013 - Sublinhado Azul;
• Versão 2016 - Duplo Sublinhado Azul;
• Versão 365 - Sublinhado Azul;
456
EXERCÍCIOS
a) Shift+Q
b) Alt+U
c) Ctrl+]
d) Ctrl+Alt+I
e) Alt+[
a) Design.
b) Layout da Página.
c) Referências.
d) Correspondência.
e) Inserir.
457
4. Um usuário está editando um documento de 10 páginas no Microsoft Word
2010, em sua configuração original. Com o cursor no meio da página 5, assinale
a alternativa que indica a posição do cursor após o usuário pressionar
CTRL+Page Up.
GABARITO
1-D
2-C
3-C
4-B
458
EXERCÍCIOS
2. No editor de textos Word 2016, para selecionar uma única palavra do texto,
basta:
459
a) Estilos.
b) Fontes.
c) Formas.
d) Padrões ortográficos.
e) Símbolos especiais.
a) Design
b) Inserir
c) Arquivo
d) Exibir
460
d) Será aberto um Novo documento e, em seguida, irá aplicar o estilo de
formatação sublinhado.
e) Será aberto um Novo documento e, em seguida, será salvo.
a) Centralizado;
b) Alinhado ao centro;
c) Alinhado às margens;
d) Justificado.
a) Centralizar o texto.
b) Alinha à esquerda.
c) Alinha à direita.
d) Justifica o texto.
e) Sublinhar o texto.
EXERCÍCIOS
1-B 5-E
2-E 6-C
3-A 7-D
4-B 8-B
461
POWER POINT
O primeiro deles é botão Normal ele mostra a tela como está no momento, o
segundo botão é Classificação de Slides é através dele que podemos visualizar
os slides em miniatura, essa opção é útil quando precisamos mover excluir
slides, quando se aplica transição de slides, etc... O terceiro botão é a
Apresentação de Slides, como o próprio nome diz, é através dele que podemos
ver como fica a apresentação pronta.
462
Layout e Design
Para definirmos qual o layout a ser utilizado no slide na ABA Início, existe o
grupo Slides.
Neste grupo temos o botão de Novo Slide que permite adicionar slides a sua
apresentação. Ao clicar nele será aberta à possibilidade de escolha do tipo de
slide, a opção de duplicar um slide existente.
Nesta guia temos o grupo Configurar Página que permite configurar o slide e
definir a orientação do mesmo, a guia ao lado Temas, permite que você possa
aplicar diversos temas a sua apresentação, estes temas mudam as cores de
fundo e fonte, e o tipo de letra a ser utilizado, ao clicar no canto a direita do grupo
463
serão mostrados mais alguns modelos e a possibilidade de buscar temas o Office
On-line.
Formatação de Textos
A formatação de textos é semelhante ao Word e Excel, a grande diferença é que
no Power Point todo texto é baseado em caixas de texto. No slide que se abriu
junto com a apresentação temos uma caixa de texto para o título e uma caixa de
texto para o subtítulo.
464
O grupo Parágrafo permite definir o alinhamento do texto, colocar o texto em
colunas, o espaçamento entre as linhas, direção do texto, alinhamento do texto
em relação à caixa e Converter em SmartArt. Podemos também clicar na faixa
parágrafo.
465
Áudio e Vídeo
Atualmente o recurso de uso de áudio e vídeo em apresentações se tornou muito
comum devido a equipamentos mais potentes e a novos formatos de vídeo. Para
adicionar um arquivo de áudio ou vídeo a sua apresentação, inicie um novo slide
coloque como título 3D Modelagem e Animação, depois no formato do slide
escolha a opção Inserir Clipe de Mídia. Ao escolher um arquivo de áudio ou
vídeo, será solicitado se o arquivo deve ser tocado imediatamente ao entrar no
slide ou ao ser clicado no mesmo.
466
Classificação de Slides
O modo classificação de slides permite organizar os slides, reposiciona-los na
apresentação, excluir slides desnecessários, aplicar transição de slides, etc...
Para visualizar sua apresentação neste modo de visualização clique no
respectivo botão no rodapé a direita da tela.
Transição de slides
É a forma como os slides vão aparecer em sua apresentação, ou seja, qual será
o movimento que será feito toda vez que estiver terminando um slide e
começando outro.
Hiperlink
Um grande atrativo do Power Point é a possibilidade de apresentar documentos
com o conceito de hipertexto: um slide se liga a outros slides, páginas da web,
documentos de texto etc... por meio de conexões especiais chamadas vínculos
(hiperlinks). Estas conexões podem ser dadas através de uma palavra, texto ou
um objeto como uma imagem, gráfico, forma ou WordArt. No Power Point, os
hiperlinks tornam-se ativos quando você executa sua apresentação, não
enquanto você a cria. Durante a apresentação, quando apontamos para um
hiperlink, automaticamente, a seta do mouse se transforma em um símbolo de
mão, indicando que consiste em algo que se pode clicar. O texto que representa
um hiperlink é exibido sublinhado.
467
Slide Mestre
Quando você quiser que todos os seus slides contenham as mesmas fontes e
imagens (como logotipos), poderá fazer essas alterações em um só lugar — no
Slide Mestre, e elas serão aplicadas a todos os slides. Para abrir o modo de
exibição do Slide Mestre, na guia Exibir, selecione Slide Mestre:
Quando você edita o slide mestre, todos os slides subsequentes conterão essas
alterações. Entretanto, a maioria das alterações feitas se aplicarão aos layouts
de slide relacionados ao slide mestre.
Quando você faz alterações nos layouts e no slide mestre no modo de exibição
de Slide Mestre, outras pessoas que estejam trabalhando em sua apresentação
(no modo de exibição Normal) não podem excluir nem editar acidentalmente
suas alterações.
Por outro lado, se você estiver trabalhando no modo de exibição Normal e
perceber que não consegue editar um elemento em um slide (por exemplo, "por
que não posso remover esta imagem?"), talvez o que você está tentando alterar
seja definido no Slide Mestre.
Para editar esse item, você deve alternar para o modo de exibição de Slide
Mestre.
468
EXERCÍCIOS
a) Adobe Photoshop.
b) Microsoft Power Point.
c) Microsoft Picture Publisher.
d) Adobe Acrobat.
469
GABARITO
1-C
2-B
3-B
470
BIZU CAVEIRA!!!
Diferentemente do Microsoft Office, as aplicações do LibreOffice não oferecem
o PDF entre as extensões de salvamento. Para salvar um arquivo em formato
PDF, é preciso ir na Guia Arquivo e selecionar a opção Exportar como PDF...
Interface do writer
Barra de Menus
471
Barra de Ferramentas padrão
Cumpre observar que os botões possuem setas para baixo. Logo, se forem
apresentados com tais sinais gráficos na questão, o candidato deve lembrar que
será aberta uma lista de opções referente ao recurso utilizado.
Alinhamentos
Pincel de Formatação
I. Cor da fonte.
II. Cor de realce.
III. Fonte sublinhada.
IV. Fonte em negrito.
V. Tipo da fonte.
472
SELEÇÃO DE TEXTO
EXERCÍCIOS
a) .odt e .ods
b) .odt e .odg
c) .ods e .odp
d) .odb e .otp
e) .ods e .otp
a) CTRL + B
b) CTRL + P
c) CTRL + N
d) CTRL + A
e) CTRL + I
473
Goiânia de forma mais intensa, cujo processo já se desenvolvia de modo
espontâneo, tendo em vista que o município se localiza na região sul da capital
do Estado e possui ligação com a região Sudeste do País, pela BR-153.” Para
formatar este texto em negrito, o usuário pode clicar
a) Arial.
b) Calibri.
c) Times New Roman.
d) Verdana.
474
I. Cor da fonte.
II. Cor de realce.
III. Fonte sublinhada.
IV. Fonte em negrito.
Assinale a opção que indica as opções de formatação que são replicadas quando
o “Pincel de formatação” é acionado.
a) I e II, somente.
b) I, II e III, somente.
c) II e III, somente.
d) II, III e IV, somente.
e) I, II, III e IV.
( ) É possível selecionar uma palavra, clicando uma vez com o botão esquerdo
do mouse sobre ela.
( ) É possível selecionar uma frase, clicando três vezes com o botão esquerdo
do mouse sobre uma palavra contida nela.
( ) É possível selecionar um parágrafo, clicando quatro vezes com o botão
esquerdo do mouse sobre uma palavra contida nele.
( ) É possível selecionar múltiplas palavras não sequenciais, combinando o clique
do mouse com a tecla shift. Assinale a alternativa que contém a sequência
CORRETA, de cima para baixo.
a) V – V – F – F
b) F – F – F – V
c) F – V – F – V
d) V – V – F – V
e) F – V – V – F
475
8. A extensão padrão do software LibO Writer para arquivos do tipo texto é:
a) “.odt”.
b) “.doc”.
c) “.wdoc”.
d) “.odx”.
a) Ctrl + A
b) Ctrl + B
c) Ctrl + S
d) Ctrl + T
a) Normal.
b) Realçado.
c) Justificado.
d) Sobrescrito.
a) Salvar.
b) Fechar.
c) Salvar como.
d) Abrir arquivo.
476
12. No processador de textos Writer, componente da suíte de aplicativos
LibreOffice 6.x.x, após a digitação completa de um texto obediente à norma culta
da nossa língua pátria, se um usuário destro pretende selecionar um bloco de
texto equivalente a uma determinada frase de um dos parágrafos desse texto,
ele deverá posicionar o ponteiro do mouse sobre uma das palavras pertencente
à frase escolhida e, com o auxílio do botão esquerdo, executar um
a) clique simples.
b) clique duplo.
c) clique triplo.
d) clique quádruplo
GABARITO
1-A
2-A
3-A
4-C
5-A
6-E
7-E
8-A
9-A
10 - C
11 - A
12 - C
477
LIBREOFFICE CALC
Operadores
Sobre operadores aritméticos assim como sobre células de absorção a maioria
das perguntas é direta, mas as pegadinhas são colocadas na matemática destes
operadores, ou seja, as regras de prioridade de operadores devem ser
observadas para que não seja realizado um cálculo errado.
Operador de Texto
Os editores também contam com um operador de que permite operar com texto.
O operador de concatenação & que junta o conteúdo das células na célula
resultado. Cuidado nesse caso a ordem dos operadores altera o resultado.
A figura a seguir ilustra as células com operações de concatenação.
A figura abaixo mostra os resultados obtidos pelas fórmulas inseridas, atente aos
resultados e perceba que a ordem dos fatores muda o resultado. Também
observe que por ter sido utilizado um operador de texto o resultado por padrão
fica alinhado à esquerda.
478
Referência
Os operadores de referência são aqueles utilizados para definir o intervalo de
dados que uma função deve utilizar.
=SOMA(A1 : A4)
A função é lida como Soma de A1 até A4, ou seja, todas as células que estão no
intervalo de A1 até A4 inclusive. Para o caso de exemplo o resultado = 100.
De forma equivalente pode-se escrever a função como se segue:
=SOMA(A1 ; A2 ; A3 ; A4 )
A qual se lê Soma de A1 e A2 e A3 e A4, assim é possível especificar células
aleatórias de uma planilha para realizar um cálculo. Contudo cuidado com a
situação a seguir.
=SOMA(A1 ; A4)
479
Neste caso a leitura é Soma de A1 e A4, ou seja, apenas estão sendo somadas
as células A1 com A4 as demais não entram no conjunto especificado. Para esse
caso o resultado seria 50.
=SOMA(A1 : A4 ! A3 : A5)
Já nesta situação apresentada deseja-se somar apenas as células que são
comuns ao intervalo de A1 até A4 com A3 até A5, que no caso são as células
A3 e A4, assim a soma destas células resulta em 70.
EXERCÍCIOS
a) 5
b) 12
c) 6
d) 15
e) 21
480
Considerando que, no Excel, o valor 475, apresentado na célula E6, resulta da
aplicação da fórmula
=SOMA(E2:E5;C2:C5), é correto afirmar que a seleção dos intervalos foi
realizada pelo mouse com o auxílio:
GABARITO
01 - B
02 - C
481
EXERCÍCIOS
Note que a figura apresenta os valores numéricos das células A1:A5 e a fórmula
na célula B1. Todas as outras células estão vazias. Assinale a opção que indica
o valor da célula B2, se a célula B1 for copiada para a célula B2 através de uma
operação Ctrl+C e Ctrl+V.
a) 1
b) 2
c) 4
d) 8
e) 16
2. João criou a seguinte planilha no programa LibreOffice Calc, versão 5.2. Após
ter criado a planilha, ele selecionou a célula C1 e digitou a seguinte fórmula:
=SE(MÁXIMO(A1:A5)>MÁXIMO(A1:B5);SOMA( A1:B5);SOMA(A1:B3))
482
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta corretamente valor
exibido na célula C1.
a) 24
b) 12
c) 10
d) 23
e) 36
a) =B2+C3
b) =D$2+$C12
c) =D$2+$C13
d) =D$3+$C12
e) =D$3+$C13
483
ODF com o respectivo programa no LibreOffice 5.2:?
a) =B1+$C1+D1
b) =B2+$D2+E3
c) =C2+$C4+E6
d) =E2+$C5+D9
e) =C2+$C2+E2
a) 3
b) 3,1461
c) 3,15
d) 6,2922
e) 6,30
GABARITO
1-A
2-A
484
3-B
4-B
5-A
6-E
7-C
Facebook
• Criado em 2004 por mark Zuckerberg
• Abrangência – Até 2005 apenas nos Estados Unidos.
• A partir de 2005 – Mundo (sem restrição).
• Final de 2012 – 1 bilhão de usuários.
• Gratuito e gera receitas provenientes de publicidade.
Subsidiárias:
• Instagram.
• Whatsapp.
Características
• Adicionando pessoas.
• Publicar vídeos.
• Publicar imagens.
• Publicar fotos.
• Executar aplicativos.
• Fan-page (característica de mídia social).
485
Twitter
• É uma rede social que funciona como um microblog.
• Criação – 2006.
Interação:
• Seguir contas.
• Mensagens de texto (280 caracteres).
Ferramentas:
• Retweet.
• Twitter List ou Lista do Twetter
• Trending Topics ou Assuntos do Momento
Ferramentas
• Círculos
• Hangout On Air
• Sparks_
• Instant Upload
• Fotos
• Hangouts
EXERCÍCIOS
I. O Twitter é uma rede social que permite que os usuários enviem e recebam
mensagens de texto com uma
quantidade limitada de caracteres. Essas mensagens são conhecidas como
“tweets”.
486
II. Os Trending Topics (TTs) ou Assuntos do Momento, são uma lista em tempo
real das frases mais publicadas no Twitter pelo mundo todo.
III. O LinkedIn é uma rede social utilizada principalmente por profissionais, com
o intuito de apresentar suas aptidões buscando oportunidades oferecidas por
outros profissionais e empresas.
IV. Após a criação de outras redes sociais para postagem de fotos e vídeos por
parte de seus usuários, o Facebook foi extinto em 2014.
V. São exemplos de redes sociais Facebook, Twitter, LinkedIn e LibreOffice.
Apenas estão CORRETAS:
a) I, III e IV;
b) II, III, IV e V;
c) I, II e III;
d) II, IV e V;
e) I e V.
a) Redes Sociais.
b) WebMail.
c) Correio Eletrônico.
d) Sistema operacional.
e) Comércio Eletrônico.
a) Hotmail.
b) Linkedin.
c) Facebook.
487
d) Twitter.
e) Instagram.
a) Whatsapp.
b) Telegram.
c) Instagram.
d) Flickr.
5. Atualmente é muito comum o uso dos recursos das redes sociais, definidas
como estruturas formadas na internet, por pessoas e organizações que se
conectam a partir de interesses ou valores comuns, sites e aplicativos que
operam em níveis diversos, como profissional e de relacionamento, mas sempre
permitindo o compartilhamento de informações entre pessoas elou empresas.
Entre as redes sociais, uma é direcionada particularmente para reunir
profissionais, com interesses empresariais e de trabalho, permitindo a
interatividade entre os profissionais, ao passo que outra visa prioritariamente o
compartilhamento de fotos e vídeos entre usuários. São exemplos desses dois
tipos de redes sociais, respectivamente:
a) Linkedin e Instagram.
b) Instagram e Dropbox.
c) Dropbox e Spotify.
d) Spotify e Linkedin.
488
a) a periodicidade ideal de postagens para aumentar o nível médio de
engajamento de um perfil varia de acordo com fatores como público, conteúdo
das postagens e plataforma de publicação.
b) a definição do engajamento de uma postagem se limita ao número de
comentários deixados nela.
c) o impulsionamento pago de conteúdo é sinônimo de alcance orgânico e serve
para desacelerar o engajamento de uma publicação.
d) o nível de engajamento médio do perfil de uma marca em uma rede social
equivale à quantidade de produtos que ela vende em sua loja física.
e) o engajamento da publicação de uma transmissão de vídeo ao vivo se resume
ao número de pessoas que assistiram o vídeo em tempo real.
a) Telegram.
b) Youtube.
c) Flickr.
d) LinkedIn.
8. A rede social Linkedin, fundada em 2002, tem como um dos seus principais
diferenciais permitir que qualquer pessoa estabeleça uma rede de contatos
profissionais. Entre uma das principais funcionalidades, está a possibilidade de
submissão de currículos para diversas vagas registradas na plataforma. Um dos
requisitos para submissão de arquivos é que o currículo seja, exclusivamente,
em formato
489
GABARITO
1-C
2-A
3-B
4-A
5-A
6-A
7-B
8-D
O que é um arquivo?
• É a representação de dados/informações no computador;
• Ficam dentro das pastas;
• Possuem uma EXTENSÃO que identifica o tipo de dado que ele
representa.
490
BIZU CAVERNOSO!!!
B-A-S-I-A-DO
• BARRAS (/ \ |)
• ASTERISCO (*)
• SETAS (> <)
• INTERROGAÇÃO (?)
• ASPAS (“ ”)
• DOIS PONTOS (:)
Windows Explorer
É o gerenciador de arquivos e pastas que acompanha o sistema operacional
Windows, todo e qualquer arquivo que esteja gravado no seu computador e toda
pasta que exista nele pode ser vista pelo Windows Explorer.
Extensões de Arquivos
491
EXERCÍCIOS
O arquivo Arq1.txt está configurado como oculto. O arquivo Arquivo A.txt está
configurado como apenas leitura. Os demais arquivos e a pasta Pasta 1 não
possuem nenhuma configuração específica. Assinale a alternativa que indica
qual(is) item(ns) será(ão) apagado(s) quando o usuário selecionar todos,
pressionando as teclas CTRL+A e pressionando, em seguida, a tecla Delete.
a) Pasta 1, apenas.
b) Arq1.txt, Arq2.txt, Arquivo A.txt e Arquivo B.txt, apenas.
c) Pasta 1, Arq2.txt, e Arquivo B.txt, apenas.
d) Arq2.txt, e Arquivo B.txt, apenas.
e) Pasta 1, Arq1.txt, Arq2.txt, Arquivo A.txt e Arquivo B.txt.
a) erro, pois o mesmo diretório não pode conter dois arquivos com o mesmo
nome.
b) erro, pois os arquivos possuem extensões diferentes e não podem ser
mesclados.
c) sucesso, pois os arquivos foram gerados por programas que geram arquivos
492
de extensões diferentes.
d) sucesso, pois a Área de Trabalho permite a existência de arquivos com o
mesmo nome e extensão
e) sucesso, mas o conteúdo dos arquivos será mesclado em um único arquivo.
a) SHIFT
b) ALT
c) TAB
d) CTRL
e) BACKSPACE
GABARITO
1-E
2-C
3-D
493
Deep Web
Definição
Deep Web se refere ao conteúdo da World wide web que não é indexado pelos
mecanismode busca padrão, ou seja, não faz parte da surface (superfície) web.
Tipos de classificação
O conteúdo da deep web pode ser classificado como:
• Conteúdo Dinâmico
Páginas dinâmicas que são retornadas em resposta a um pedido
(requisição) feito pelo usuário.
• Conteúdo Isolado
São páginas que não contém nenhuma ligação ou referências vindas de
outras páginas da web, podemos dizer que essas páginas não possuem
backlinks.
• Web Privada
São sítios que exigem um registro do usuário como por exemplo um login
e uma senha.
Riscos
O risco que pode ocorrer na Deep Web é, basicamente, a finalidade com que o
usuário irá acessá-la. Por conter páginas com conteúdo ilícito, as mesmas
podem conter malwares (softwares maliciosos), prejudicando a segurança do
computador. Vale ressaltar que ela também, por ser criptografada e anônima,
por isso muito utilizada por criminosos.
494
As ferramentas de busca só podem acessar 0,03% da internet. O restante que
não consegue ser buscado é conhecido como deep web e, dentro desta, há a
dark web
Existem sites que tem por finalidade realizar denúncias de casos de violência
doméstica, opressão do governo, ETC. A mesma também pode ser usada pelos
governos para operações secretas.
A dark web
A definição ao pé da letra de DARK WEB é Rede Obscura ou endereço obscuro.
Ou seja, todo o conteúdo que não está na surface web ou seja na superfície. A
Dark web é uma pequena parte que não é indexada e restrita da deep web. Para
poder realizar o acesso, é necessário a utilização de um software específico e
autenticação. Esta parte da web é realmente mais escondida e possui um
enorme mercado ilegal tais como: Pornografia infantil, venda ilegal de drogas,
venda de órgãos humanos, torturas, etc. Por incrível que possa parecer dentro
da rede obscura você também pode contratar hackers e assassinos.
Em regra, na dark web, é necessário que o usuário ofereça algum conteúdo
antes de entrar, ou seja de certa forma está se aliando ao “crime”. pois isso
diminui as chances de denúncia. Depois de ter o acesso, o usuário pode adquirir
bens e serviços ilegais. A ferramenta de busca mais comum desta web é
chamado TOR e um dos “mercados” de maior sucesso é Silk Road, onde
produtos e serviços são comprados com bitcoins – dinheiro digital – em completo
anonimato.
A Dark Web Tem suas URL’s (Localizador Uniforme de Recursos/ Uniform
Resource Locator) como um conjunto de números e letras seguidos do domínio.
ONION
Sites desse domínio não são indexados por navegadores comuns como: Mozilla
Firefox, google Chrome, Opera e etc. Sendo amplamente acessado pelo TOR
BROWSER .
495
EXERCÍCIOS
a) A Deep Web refere-se ao conteúdo da World Wide Web que não é indexada
pelos mecanismos de busca padrão, ou seja, não faz parte da Surface Web.
b) Moedas virtuais, como o Bitcoin, são moedas criptografadas. Trata-se de uma
forma de dinheiro que existe apenas digitalmente. O Banco Mundial define as
regras e efetua o monitoramento do comércio deste tipo de moeda.
c) A Dark Web é uma parte não indexada e restrita da Deep Web e é
normalmente utilizada para comércio ilegal e pornografia infantil.
d) A computação em nuvem refere-se a um modelo de computação que fornece
acesso a um pool compartilhado de recursos de computação (computadores,
armazenamento, aplicativos e serviços) em uma rede.
Certo ( ) errado ( )
3. Sites desse domínio não são indexados por navegadores comuns como:
Mozilla Firefox, google Chrome, Opera e etc. Sendo amplamente acessado pelo
TOR BROWSER
Certo ( ) errado ( )
GABARITO:
1-B
2 - CERTO
3 - CERTO
496
LibreOffice Impress
É também conhecido como editor de slides convém atentar às palavras
aportuguesadas, como eslaide, que aparenta estar errada, e comumente é
usada justamente com o propósito de induzir o candidato ao erro
Formatos de Arquivos
O formato de arquivo salvo por padrão no BrOffice (LibreOffice) Impress é o ODP
(Open Document Presentation) Contudo, é possível salvar uma apresentação no
formato PPT do Power-Point (2003) ou PPTX do PowerPoint 2007 e 2010.
Abertura do Programa
497
Janela do programa
Devemos entender algumas partes da janela do editor para melhor compreender
os seus recursos. A primeira barra ao topo onde encontramos os botões Fechar,
Maximizar/Restaurar e Minimizar é a chamada de Barra de Título, pois expressa
o nome do arquivo e o programa no qual está sendo trabalhado.
498
A barra logo abaixo é a Barra de Menu, onde se encontram as ferramentas do
programa.
Na sequência, são exibidas as duas barras de ferramentas (Padrão e de
Formatação). Convém atentar às divisões da janela: na lateral esquerda está o
painel Slides, nele são exibidas as miniaturas dos slides com a finalidade de
navegação na apresentação, bem como de organização. Para trocar slides de
lugar, basta clicar e, mantendo-se o mouse pressionado sobre o slide que se
deseja mover, deve-se clicar e arrastá-lo, e ele será disposto na posição
desejada.
Mestre
“Um mestre é aquele que deve ser seguido”, ou seja, o slide mestre nada mais
é do que uma estrutura base para a criação de um conjunto de slides. Por meio
desse recurso podemos criar um modelo no qual se definem estilos de título,
parágrafo, tópicos, planos de fundo e os campos de data/hora, rodapé e número
do slide, conforme pode ser visualizado na imagem abaixo.
499
Para acionar o modo acima exibido, basta clicar:
• no menu Exibir
• Mestre
• Slide Mestre
EXERCÍCIOS
500
2. Os arquivos do Microsoft PowerPoint dos tipos ppt, pps e pptx podem ser
abertos pelo módulo Impress do BrOffice
Assinale a alternativa correta em relação à suíte de programas de escritório
BrOffice
a) Layout Mestre.
b) Link Mestre.
c) Slide Mestre.
d) Notas Mestre.
GABARITO
1-E
2-B
3-C
501
DIREITO
CONSTITUCIONAL
502
Apresentação da Disciplina: Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988
Pirâmide de Kelsen
503
➢ Os demais tratados internacionais sobre direitos humanos, aprovados pelo
rito ordinário, têm, segundo o STF, “status” supralegal. Isso significa que se
situam logo abaixo da Constituição e acima das demais normas do ordenamento
jurídico.
➢ a Constituição Federal;
➢ a Doutrina Constitucional;
Tipos de Federalismo
➔ Agregação x Desagregação
504
O federalismo por agregação: é caracterizado pela reunião de vários Estados
para a formação de um novo Estado, um Estado Federal. Movimento Centrípeto.
O federalismo por desagregação, ao contrário, ocorre quando um Estado unitário
se descentraliza. Movimento Centrífugo.
➔ Dual x Cooperativo
O federalismo dual é caracterizado por uma rígida separação de competências
entre o ente central (União) e os entes regionais (Estados-Membros).
No federalismo cooperativo não há uma separação rígida de competências entre
os entes federados, justamente para promover aproximação, cooperação entre
a União e os Estados- Membros.
➔ Simétrico x Assimétrico
O federalismo simétrico é caracterizado pela igualdade formal, eis que os
Estados-Membros são rigorosamente iguais em termos de representação no
legislativo do Estado Federal.
No federalismo assimétrico, por seu turno, há um certo balanceamento das
diferenças naturalmente existentes, a partir de fatores socioeconômicos ou
mesmo territoriais.
505
EXERCÍCIOS
GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Certo
506
Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil
Estado
Sociedade política dotada de características próprias e elementos essenciais.
São eles:
Princípio federativo
Considere o caput do Art. 1° da Constituição Federal,
Art. 1° A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito...
✓ União
✓ Estados
507
✓ Distrito Federal
✓ Municípios
FICA LIGADO!!
O federalismo brasileiro é clausula pétrea
Art. 60 § 4°, da CF - § 4° Não será objetivo de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
I – á forma federativa de Estado;
Princípio Republicano
Esse princípio apresenta a Forma de Governo adotada no Brasil: República.
Características
508
2. Eletividade – Em uma República, o governante é escolhido pelo povo. O
poder político é adquirido através das eleições, ou seja, através da vontade
popular.
3. Responsabilidade – Em um Republica, o governante pode ser
responsabilizado por seus atos.
Princípio Democrático
Esse princípio revela o Regime de Governo adotado no Brasil: Democracia.
509
Caracteriza-se pela existência do Estado Democrático de Direito e pela
preservação da dignidade da pessoa humana.
A democracia significa o governo do povo, pelo povo e para o povo. É
chamada soberania popular. Sua fundamentação constitucional encontra-se no
artigo 1° da CF:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Esse princípio também é conhecido como princípio sensível, e no Brasil,
caracteriza-se por seu exercício se dar de forma direta e indireta. Por esse
motivo, a democracia brasileira é conhecida como semidireta ou participativa.
510
Além da sua própria função, a Constituição criou uma sistemática que permite
a cada um dos poderes o exercício da função do outro poder. A essa função
acessória, damos o nome de função atípica.
Dessa forma, pode-se dizer que além da própria função, cada poder exerce
de forma acessória a função do outro poder.
Exercícios
511
GABARITO
1. certo
2. certo
3. certo
Soberania
Por esse princípio, o Brasil deve preservar e afirmar a exclusividade de seu
poder dentro do território nacional, devendo ser tratado de forma igual em seu
relacionamento com outros países.
➢ Ordem Interna
O Poder do Estado brasileiro é superior a todas as demais manifestações
de poder.
O Não é superado por nenhuma forma de poder
512
➢ Ordem Internacional
O Brasil encontra-se em igualdade com os demais Estados
independentes.
Cidadania
Não existe um conceito unanime para a cidadania. Modernamente esse termo
vem sendo interpretado como o direito do brasileiro a uma vida digna, como a
possibilidade de definir o seu futuro e de intervir na vida política de seu país,
tendo para isso, acesso a serviços de saúde e educação de qualidade, bem
como à informação transparente por parte do Estado.
Pluralismo Político
Dever de reconhecer e garantir a inclusão das diversas correntes de
pensamento e grupos representantes de interesse existentes no seio do corpo
comunitário.
513
Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil
514
Independência Nacional
Decorre da própria soberania o princípio de que o Brasil deve manter uma
posição independente frente a outros países, nunca subordinado os interesses
nacionais aos estrangeiros.
515
Cooperação dos Povos para o Progresso da Humanidade
O país entende que deverá haver cooperação, não apenas a nível militar, mas
nos demais aspectos (econômico, tecnológico, etc), buscando o bem estar da
humanidade.
INdependência nacional
Prevalência dos direitos humanos
Autodeterminação dos povos
Não intervenção
Igualdade entre os estados
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
Solução pacifica dos conflitos
DEfesa da paz
COncessão de asilo politico
REpúdio ao terrorismo e ao racismo
EXERCÍCIOS
516
e) o pluralismo politico
GABARITO
1. D
2. C
517
Direitos e Garantias Fundamentais: Origem e
Características
Características
➢ Historicidade
Essa características revela que os Direitos Fundamentais são frutos da
evolução histórica da humanidade. O indivíduo evolui com o passar do tempo.
➢ Inalienabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser alienados, não podem ser
negociados, não podem ser transigidos.
➢ Irrenunciabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser renunciados
➢ Imprescritibilidade
Os Direitos Fundamentais não se sujeitam aos prazos prescricionais. Não se
perde um direito fundamental com o passar do tempo.
➢ Universalidade
Os Direitos Fundamentais pertencem a todas as pessoas,
independentemente de sua condição.
➢ Máxima Efetividade
Essa característica é mais uma imposição ao Estado, que está coagido a
garantir a máxima efetividade dos direitos fundamentais. Esses direitos não
podem ser ofertados de qualquer forma. É necessário que eles sejam garantidos
da melhor forma possível.
➢ Concorrência
Os direitos fundamentais podem ser utilizados em conjunto com os outros
direitos. Não é necessário abandonar um para usufruir outro direito.
518
➢ Complementariedade
Um direito fundamental não é interpretado sozinho. Cada direito é analisado
juntamente com os outros direitos fundamentais.
➢ Proibição do Retrocesso
Essa característica proíbe que os direitos já conquistados sejam perdidos.
➢ Limitabilidade
Não existe direito fundamental absoluto. Todos são direitos relativos.
➢ Não Taxatividade
O rol de direitos fundamentais é meramente exemplificativo, tendo em vista a
possibilidade de novos direitos.
519
EXERCÍCIO
GABARITO:
1) A
2) CERTO
520
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5° “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros e aos residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição
Direito à Vida
✔ Pena de Morte:
XLVII. Não haverá penas:
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art 84. XIX.
521
✔ Aborto
O aborto é proibido no Brasil em respeito ao direito à Vida, porém a lei o
permite em alguns casos.
O art. 128 do Código Penal Brasileiro apresenta duas possibilidades de aborto
que são verdadeiras excludentes de ilicitude.
Direito à Igualdade
522
É uma igualdade jurídica, que apenas evita que alguém seja tratado de forma
discriminatória.
Na lei: vincula o legislador (dá uma direção ao legislador)
Igualdade material
DICA:
A igualdade formal é a regra utilizada pelo Estado, buscando promover um
tratamento isonômico à sociedade. No entendo, em alguns casos, se faz
necessário a aplicação da igualdade material, para que se atinja a equidade e a
verdadeira isonomia.
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos temos desta
Constituição.
523
O inciso I da Carta Magna traz a igualdade formal. Contudo, em algumas
situações, homens e mulheres serão tratados de forma diferente:
✔ Licença Maternidade
✔ Aposentadoria
Como exemplo para este requisito, podemos citar os cargos para policiais, que
exigem altura mínima ou ainda idade máxima, tendo em vista a complexidade
das atividades desempenhadas.
EXERCÍCIOS
a) Isonomia
b) Segurança Jurídica
c) Legalidade
d) Moralidade
e) Autonomia
524
2. Em razão do caráter absoluto do princípio da isonomia, não se admite o
estabelecimento de proibições relativas ao acesso em determinadas carreiras
por critério de idade.
( ) certo ( ) errado
GABARITO
1. A
2. Errado
525
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Direito à Liberdade
O direito à liberdade pertence à primeira geração dos direitos fundamentais e
expressa um dos direitos mais ansiados pela sociedade.
Esta ideia de liberdade trazida pela Constituição Federal é bem ampla e
abrange liberdades como locomoção, pensamento, reunião, consciência, entre
outros. Conforme analisaremos a seguir.
Liberdade de Ação
De acordo com o inciso II da Carta Magna:
II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.
Esta é a liberdade em sentido amplo. Aqui a Constituição traz que o particular
só será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, se houver lei ou norma que
venha a proibir ou compelir determinada atitude ou comportamento. Por este
motivo, este inciso também é chamado de Princípio da Legalidade.
526
Liberdade de Manifestação do Pensamento e Direito de Resposta
Se liga!!!
1. De acordo com o Art. 3° da Lei 13.188/2015, o prazo para o exercício do direito
de resposta é decadencial de 60 dias;
2. As indenizações por dano Material, Moral e à Imagem são cumulativas;
3. O direito de resposta se dá nas esferas cíveis, administrativa e penal.
527
E a denúncia anônima?
De acordo com o entendimento do STF, a denúncia anônima poderá servir
como ferramenta de comunicação de crime, no entanto, não poderá servir como
amparo para a instauração de inquérito policial, ou como fundamento para a
condenação de qualquer indivíduo.
→ Escusa de Consciência
VIII – ninguém será privada de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
528
O inciso VII permite que qualquer indivíduo deixe de cumprir uma obrigação
importa por convicção religiosa, filosófica ou política, sem que sofra qualquer
punição. No entanto, no caso de obrigação a todos imposta, caso o indivíduo se
recuse a cumprir, lhe será oferecida uma prestação alternativa. Se ainda assim,
este indivíduo se recusar a cumprir essa prestação, ele sofrerá as punições
previstas no Art. 15, IV.
Art. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se
dará nos casos de: IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5°, VIII;
Em relação à presença de símbolos religiosos em repartições públicas, o STF
entende que tais símbolos não destituem a laicidade do País, mas fazem parte
da cultura.
Já no que diz respeito ao ensino religioso nas escolas públicas de ensino
fundamental, a matricula será facultativa.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e
artísticos, nacionais e regionais.
§ 1° O ensino religioso, de matricula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
EXERCÍCIOS
529
3. No Brasil, está garantida a liberdade do exercício de culto religioso, uma vez
que é inviolável a liberdade de consciência e de crença.
( ) certo ( ) errado
GABARITO
1. errado
2. certo
3. certo
530
Direito à Liberdade
Liberdade de Locomoção
Liberdade de Reunião
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente.
531
1. A reunião deve ser pacifica;
2. Sem armas;
3. Locais abertos ao público.
4. Independente de autorização;
5. Necessidade de aviso prévio;
6. Não frustrar outra reunião convocada anteriormente para o mesmo local.
→ ESTADO DE DEFESA
532
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da Republica e
o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem publica
ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1° O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua
duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e
limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I – Restrições aos direitos de?
a) reunião, ainda que exercida no seio da Associações;
→ ESTADO DE SÍTIO
Art. 139. Na vigência do estado de sitio decretado com fundamento no art. 137,
I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
IV – Suspensão de liberdade de reunião;
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
533
É importante destacar ainda a dispensa de autorização e interferência estatal
em seu funcionamento. O Estado não poderá interferir nas associações e
cooperativas, que tem o direito de se organizarem da forma que lhe convir,
atendidas as normas legais. Ademais, o Estado não poderá exigir qualquer
autorização para a criação de associações.
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado;
Para a suspensão (interrupção temporária) ou para a dissolução (extinção
definitiva) das associações, exige-se sempre uma decisão judicial.
Liberdade Profissional
534
do STF, a regra é a liberdade, sendo assim a restrição será aplicada quando a
atividade representar potencial lesivo.
EXERCÍCIOS
2. O prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se, tão somente,
a impedir que se frustre outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
loca.
( ) certo ( ) errado
GABARITO
1. certo
2. errado
3. errado
535
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Direito à Propriedade
XXII – é garantido o direito de propriedade;
→ Propriedade Urbana
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerias fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
§ 2° A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
→ Propriedade Rural
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, a
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,
aos seguintes requisitos:
I – Aproveitamento racional e adequados;
II – Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do
meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – Exploração que favoreça o bem – estar dos proprietários e dos
trabalhadores.
536
Desapropriação
Desapropriação é o ato administrativo pelo qual o Estado retira a propriedade
do
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para a desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
A Carta Magna traz em seu bojo as razões pelas quais isso pode ser feito.
São elas: interesse social ou utilidade pública.
→ Necessidade Pública: a administração está diante de uma situação de risco
iminente.
→ Utilidade Pública: a desapropriação é conveniente ao interesse público.
→ Interesse Social: finalidade de reduzir as desigualdades sócias.
537
Desapropriação-sanção
538
Desapropriação confiscatória
Requisição Administrativa
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
539
Nesse caso, não se trata de desapropriação, uma vez que o dono não perde
a propriedade, apenas a empresta para uso público temporariamente, e em caso
de iminente perigo público.
→ Atende-se que este dispositivo deixa claro que somente haverá indenização
se houver dano.
Bem de Família
Propriedades Imaterial
➢ Direitos de Participação
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e imagem e voz
humanas, inclusive nas atividades desportivas;
540
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participam aos criadores, aos interpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;
Esse dispositivo garante a participação econômica nas obras coletivas, assim
como o direito de fiscalização de tal aproveitamento econômico.
Direito à Herança
541
EXERCÍCIOS
a) pessoal
b) regional
c) social
d) própria
e) concorrencial
542
3. No caso de iminente perigo público, um policial rodoviário federal, sendo a
autoridade competente, poderá utilizar propriedade privada, garantindo ao
proprietário ressarcimento posterior, em caso de dano.
( ) certo ( ) errado
GABARITO
1–C
2–C
3–C
543
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Direito à Segurança
A segurança tratada aqui é a “segurança jurídica” que trata de normas de
pacificação social e que produz segurança nas relações sociais.
Inviolabilidade Domiciliar
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
✓ Flagrante delito;
✓ Desastre;
✓ Prestar socorro;
DICA
544
Esta garantia abrange também as comunicações por meios eletrônicos.
Das quatro opções apresentadas, note que, de acordo com o texto
constitucional, apenas a comunicação dos Dados Telefônicos poderá ser
violada, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Cabe observar também que apenas um juiz poderá decretar a quebra do
sigilo telefônico, respeitadas as condições previstas em lei.
No que diz respeito ao sigilo dos dados bancários, fiscais, informáticos e
telefônicos, a jurisprudência permite a sua quebra através de CPI – Comissão
Parlamentar de Inquérito.
545
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
EXERCÍCIOS
546
2. A conversa telefônica gravada por um dos interlocutores não é considerada
interceptação telefônica.
( ) certo ( ) errado
GABARITO
1. A
2. Certo
3. Errado
4. Errado
547
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Direito à Segurança
Proporcionalidade e Razoabilidade
548
Inafastabilidade da Jurisdição
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito.
Nenhuma lei pode impedir o Judiciário de aprecia uma alegada lesão ou
ameaça de lesão a direito, e, por outro lado, os juízes não podem se omitir em
cumprir sua função jurisdicional.
Inexiste a obrigatoriedade de esgotamento da via administrativa para que a
parte possa acessar o Judiciário.
O texto constitucional não proíbe que os particulares, por sua livre e
espontânea vontade, ao invés de submeterem a questão ao Judiciário, acordem
por delegar a resolução da questão a terceiro, através do instituto da arbitragem.
Há, no entanto, casos em que será necessário que se esgote as vias
administrativas antes de buscar o Poder Judiciário, como é o caso da justiça
desportiva.
Art. 217, § 1° O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às
competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva,
regulada em lei.
549
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Todos têm direito de peticionar perante o Poder Público, visando a busca de
seus direitos ou para denunciar qualquer ilegalidade ou abuso de poder, não
sendo permitida a exigência de pagamento de taxadas para o exercício desse
direito.
O direito de petição pode ainda ser definido como o direito de invocar a
atenção do Poder Público sobre uma questão ou situação.
Já a CERTIDÃO é um atestado que prova determinado fato. Ex.: A Certidão
de Nascimento. Ambas servem para defesa de direitos.
Tribunal do Júri
550
Crimes Imprescritíveis, Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça e Anistia
551
EXERCÍCIOS
552
d) Competência para julgar crimes dolosos contra a vida, sigilo das votações,
incomunicabilidade do conselho de sentenças e plenitude de defesa.
GABARITO
1. C
2. B
3. ERRADO
553
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Remédios Constitucionais
Os incisos LXVIII a LXXIII do Art. 5° tratam dos chamados “remédios
constitucionais”, que são garantias fundamentais que visam oferecer meios de
proteção eficientes para a defesa dos direitos fundamentais.
Habeas Corpus
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;
O Habeas Corpus tutela a liberdade de locomoção do indivíduo. O Habeas
Corpus poderá ser utilizado de forma preventiva ou repressiva.
554
FICA LIGADO!
✓ A pessoa jurídica pode ser apenas impetrante, porem jamais poderá ser
paciente, em virtude de sua natureza jurídica.
Legitimação Ativa
É a capacidade jurídica de alguém de impetrar um Habeas Corpus. Em outras
palavras, é a capacidade de ser autor em uma ação de Habeas Corpus.
Esta legitimação é a mais ampla possível, não se exigindo sequer que seja
assinado por um advogado
Habeas Data
Previsto no Art. 5°, LXXII, o Habeas Data objetiva a proteção ao direito da
liberdade de informação.
555
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
O Habeas Data poderá ser usado de duas formas:
→ Para conhecimento da informação;
→ Para retificação da informação.
Legitimação Ativa
O Habeas Data poderá ser impetrado por pessoa física ou jurídica, brasileira
ou estrangeira.
O Habeas Data tem caráter personalíssimo, ou seja, poderão ser requeridas
apenas as informações do próprio impetrante, nunca de terceiros.
Legitimação Passiva
Poderão ser sujeitos passivos do Habeas Data ou responsáveis por entidades
governamentais, da administração pública direta e indireta. Além desses,
poderão ser sujeitos passivos também, as pessoas jurídicas privadas, desde que
tenham caráter público.
FICA LIGADO!
✓ A petição inicial do Habeas Data deve ser sempre subscrita por um advogado.
EXERCÍCIOS
a) mandado de segurança
556
b) alvará de soltura
c) habeas corpus
d) habeas data
e) mandado de injunção
GABARITO
1. C
2. C
3. B
557
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Remédios Constitucionais
Mandado de Injunção
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável, o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade à soberania e à
cidadania;
O mandado de injunção é o remédio utilizado para combater a inércia do
Poder Legislativo ou Executivo na regulamentação de direitos e liberdades
constitucionais e os relacionados à nacionalidade, soberania e cidadania.
O mandado de injunção visa combater a falta de efetividade de normas
constitucionais de eficácia limitada, relacionada a determinados assuntos.
Competência
É de competência do STF processar e julgar, originalmente, o mandado de
injunção, sempre que a norma regulamentadora for atribuição do Presidente da
República do Congresso Nacional, da Câmara Federal, do Senado Federal, da
Mesa de uma dessas Casas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores, ou do
próprio STF.
É de competência do STJ julgar, originalmente, o mandado de injunção,
quando a norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou
autoridade federal, exceto os casos de competência do STF, Justiça Eleitoral,
Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
As Justiças Estaduais também têm competência para julgar originalmente o
mandado de injunção conforme previsto nas Constituições Estaduais.
Efeitos da Decisão
Em relação à efetividade do mandado de injunção, há a possibilidade de
adoção pelo STF, de duas correntes doutrinarias, a saber:
→ Teoria concretista geral - O Judiciário estabelece como a ausência da norma
será cumprida. Essa decisão terá efeito erga ominis, ou seja, será aproveitada
para todos os casos iguais.
→ Teoria concretista individual – O Judiciário estabelece como o impetrante
poderá exercer o direito prejudicado pela falta de norma regulamentadora, mas
os efeitos da decisão caberão apenas ao impetrante.
558
Ação Popular
LXXIII – qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à modalidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.
A Ação Popular é um instrumento importante de que a sociedade dispõe para
controlar os atos dos agentes públicos e anular atos lesivos:
➢ À moralidade administrativa;
➢ Ao meio-ambiente;
Legitimação Ativa
Qualquer CIDADÃO pode propor ação popular.
→ Cidadão – o indivíduo que possui capacidade eleitoral ativa. A prova de
cidadania se faz com a apresentação do título do eleitor.
Legitimação Passiva
Deverão figurar no polo passivo:
559
✓ O Ministério Público não pode ajuizar ação popular, visto que essa é uma
prerrogativa apenas do cidadão. No entanto, em caso de abandono ou omissão
do autor, o MP poderá substitui-lo na ação. Nos demais casos o MP atua como
fiscal da lei.
EXERCÍCIOS
560
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bando de dados de
entidades governamentais ou de caráter público; para retificação de dados,
quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
• Conceder-se-á __________ sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder.
• Conceder-se-á __________ sempre que a falta de norma regulamentadora
torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Marque a sequência dos institutos que preenche correta e
respectivamente as lacunas:
a) mandado de injunção
b) habeas-data
c) mandado de segurança
d) habeas corpus
e) ação popular
GABARITO
1. A
2. A
561
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Remédios Constitucionais
Mandado de Segurança
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito liquido e
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Direito líquido e certo – Direito certo é aquele que não necessita de mais
provas. O Mandado de Segurança não admite dilatação probatória.
Direito liquido é aquele que já tem seu valor definido. Não precisa de
averiguações para verificar a extensão econômica.
FICA LIGADO!
Legitimidade Ativa
A legitimidade é do titular do direito líquido e certo. Seja pessoa física ou
jurídica, nacional ou estrangeiro, domiciliada ou não em nosso país.
562
Legitimidade Passiva
Só poderá figurar no polo passivo do Mandado de Segurança, a autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica com atribuições do Poder Público.
FICA LIGADO!
→ O mandado de segurança possui prazo decadencial de 120 dias.
Objeto
563
O Mandado de Segurança tem por objeto a defesa dos mesmos direitos
amparados pelo Mandado de Segurança individual, porem direcionado à
coletividade.
EXERCÍCIOS
564
2. Sobre o Mandado de Segurança, considere:
I. O partido ‘D’ possui representação no Congresso Nacional.
II. O partido ‘H’ não possui representação no Congresso Nacional.
III. A Associação ‘QQ’ legalmente constituída e em funcionamento há oito meses
em defesa dos interesses de seus associados.
IV. A Associação ‘XX’ legalmente constituída e em funcionamento há sete meses
em defesa dos interesses de seus associados.
GABARITO
1. A
2. E
565
DIREITOS SOCIAIS
566
Veremos a seguir esses direitos:
Proteção contra Despedida sem Justa Causa
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitraria ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos;
A demissão arbitraria ou sem justa causa pode trazer graves consequências
para o trabalhador, inclusive no que se refere a seu sustento e de sua família.
Diante disso, a Constituição exige que lei complementar o proteja dessa
situação, buscando amenizar os impactos decorrentes de tal despedida com o
pagamento de uma indenização, entre outras providencias que podem ser
adicionadas.
Seguro-Desemprego
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
A lei do seguro-desemprego, além de trazer o pagamento do chamado
auxilio- desemprego, também dispõe que o Governo deve oferecer meios para
ajudar o trabalhador a encontrar um outro emprego.
FGTS
III – fundo de garantia do tempo de serviço;
Trata-se do FGTS, equivalente a aproximadamente um salário por um ano
(8% do salário por mês), depositado pelo empregador em conta vinculado e
exclusiva do empregado, administrada pela Caixa Econômica Federal e sujeito
a saques em hipóteses especificas, como despedida sem justa causa e
aposentadoria.
Salário-Mínimo
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
O salário mínimo deveria garantir uma existência digna para uma família com
filhos. Embora saibamos que está longe disso, sabemos também que um
aumento repentino poderia trazer consequências desastrosas para a economia
Piso Salarial
567
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
Além do salário mínimo, que se aplica a todos os trabalhadores brasileiros, a
Constituição prevê que haja também pisos salariais, que são salários mínimos
aplicáveis a determinadas categorias profissionais e, cujo valor deve levar em
conta a extensão e a complexidade do trabalho em cada um deles.
Esse pisos são negociados pelos sindicatos de cada categoria profissional
junto aos sindicatos dos empregadores, ou podem ser obtidos pelos sindicatos
profissionais mediante dissídios coletivos na Justiça do Trabalho.
Irredutibilidade do Salário
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
Uma vez estabelecido o valor do salário mínimo, no contrato de trabalho, ele
não pode ser reduzido mesmo que o empregado concorde, exceto se tal redução
for aceita por negociação feita junto à entidade sindical respectiva.
13° Salário
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria.
O décimo terceiro salário, ou gratificação natalina, deve ser pago até o final
do ano, podendo ser dividido em duas parcelas, sendo a primeira paga até o dia
30 de novembro e a segunda até dia 20 de dezembro.
Adicional Noturno
IX – Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
A Constituição entende que quem trabalha durante o período noturno,
trabalha fora de seu horário natural, e, por isso, deverá receber uma
compensação.
Proteção ao Salário
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
568
O salário do trabalhador é o seu sustento, sendo que o empregado conta com
ele para o entendimento de suas necessidades básicas e de sua família.
Portanto, a lei deverá protege-lo, inclusive considerando crime sua retenção
intencional por parte do empregador.
Jornada de Trabalho
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
No Brasil a duração da jornada semanal de trabalho é de, no máximo, 44
horas semanais e 8 horas diárias. O que for trabalhado além disso, seja no limite
diário ou semanal, deve ser pago como hora extra, como os acréscimos legais.
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
Turno ininterrupto de revezamento é aquele no qual o trabalhador é obrigado
a trabalhar ora em um horário, ora em outro, como no regime de escala, por
exemplo.
Descanso Semanal Remunerado
XV – Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
O serviço extraordinário condiz com as chamadas horas extras.
Deve-se observar que o valor de 50% é o mínimo de acréscimo. É comum
que algumas categorias consigam acréscimos maiores.
569
Férias
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
Durante as férias, o trabalhador receberá, além de seu salário normal, um
adicional correspondente a 1/3 desse salário. É o conhecido adicional de férias.
Licença – Maternidade
XVIII – licença a gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
O objetivo da licença-maternidade é principalmente proteger o recém –
nascido, permitindo o contato cm a mãe durante um período mínimo.
Licença – Paternidade
XIX – licença – paternidade, nos termos fixados em lei;
Em relação à licença paternidade, a CF não prevê mínimo de duração, sendo
que atualmente, a legislação prevê no mínimo 5 dias de afastamento, contados
do dia do nascimento da criança.
Aviso – Prévio
XXIII – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta
dias, nos termos da lei;
Aviso prévio é o intervalo de tempo entre as comunicações da intenção da
ruptura do contrato de trabalho por uma das partes e sua efetiva rescisão, a fim
de que a outra parte se prepare para essa ruptura.
570
A legislação deve cuidar de proteger o trabalhador contra os acidentes e demais
riscos no trabalho, como prejuízo à sua saúde, por exemplo.
Aposentadoria
XXIV – aposentadoria.
É o direito que o trabalhador que preencheu os requisitos legais de tempo de
contribuição e/ou idade tem de receber do estado um auxílio para o seu sustento
571
A automação, embora necessária para aprimorar a competitividade da
indústria nacional, pode causar sérios prejuízos ao emprego, se seus efeitos não
forem bem administrados.
EXERCÍCIOS
572
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
GABARITO
1. C
2. D
3. D
573
DIREITOS SOCIAIS – PARTE II
“Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.”
Este inciso prevê as chamadas regras de PRESCRIÇÃO TRABALHISTA.
Como se pode depreender do inciso, existem dois tipos de prescrição: uma de 2
anos e outra de 5 anos. Importa distinguir a aplicação desses prazos.
O período de 2 anos refere-se ao prazo que o trabalhador possui para
ingressar com uma ação trabalhista reivindicando seus direitos. Esse prazo inicia
sua contagem a partir do dia em que houve a rescisão do contrato de trabalho.
O período de 5 anos diz respeito aos anos de verbas trabalhistas vencidas a
que o empregado terá direito quando entrar com a ação, a contar do momento
em que se entra com a ação.
Proibições
574
Direitos dos Trabalhadores Domésticos
“Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos
os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,
XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições
estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.” (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
➢ direito de greve;
➢ direito de participação;
575
→ Existem duas contribuições neste inciso: uma chamada de Contribuição
Confederativa e outra, de Contribuição Sindical.
Mas surge uma pergunta: qual das duas é paga diretamente para o sindicato?
Apesar de o nome induzir ao erro, a contribuição paga diretamente ao sindicato
é a Confederativa!
→ A Contribuição Confederativa é a prevista neste inciso, fixada pela assembleia
geral, descontada em folha para custear o sistema confederativo. Esta é aquela
paga às organizações sindicais e é facultativa (só é obrigada aos filiados aos
sindicatos).
→ A Contribuição Sindical, que é a contribuição prevista em lei, mais
precisamente na Consolidação das Leis trabalhistas (CLT) deve ser paga por
todos os trabalhadores, ainda que profissionais liberais. Sua natureza é
obrigatória e possui caráter tributário.
Liberdade de Associação
“V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;” Estabilidade Sindical
“VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.”
A estabilidade sindical constitui norma de proteção aos dirigentes sindicais.
Ela possui grande utilidade ao evitar o cometimento de arbitrariedades por parte
das empresas, em retaliação aos representantes dos empregados.
Direito de Greve
“Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
576
§ 1º – A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade
§ 2º – Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.”
Direito de Participação
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos
colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.”
EXERCÍCIOS
02. Ainda com base no que determina a CF, julgue os itens a seguir. O servidor
público civil tem direito à livre associação sindical.
Certo ( ) Errado ( )
577
03. Ao trabalhador doméstico são garantidos todos os direitos previstos no art.
7.º da CF.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - Errado
02 - Certo
03 - Certo
04 - Errado
578
DIREITO DE NACIONALIDADE – PARTE I
Disposições Gerais
Os Arts. 12 e 13 da Constituição Federal estão na Seção dos direitos
conhecidos como direitos de nacionalidade.
Tais direitos dizem respeito à condição, ao status, do indivíduo em relação ao
Estado.
Em relação ao Estado o indivíduo pode assumir os status ou condições.
579
Brasileiros Natos
➢ Jus solis – (alínea “a”) é a REGRA – Nascidos no Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que eles não esteja a serviço de seu país. Caso estejam a
serviço, não será brasileiro nato.
FICA LIGADO!!!
Caso a manifestação de vontade do indivíduo pela nacionalidade brasileira
ocorra antes da maioridade, este passará a ser considerado brasileiro nato. No
entanto, conforme o STF, essa nacionalidade ficará sujeira à confirmação, após
atingida a maioridade.
Quadro Resumo
580
Brasileiros Naturalizados
➢ Naturalização ordinária
➢ Naturalização Extraordinária
581
Português Equiparado
582
• Carreiras Diplomáticas – o Diplomata representa o Brasil em outras
nações, negocia acordos em nome do País, dá apoio aos brasileiros em
viagem ou que vivem no exterior e obtém informações importantes para a
política externa.
• Forças Armadas – constituem o conjunto das suas organizações e forças
de combate e de defesa. No Brasil, as Forças Armadas são compostas
pela Marinha do Brasil, pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea
Brasileira.
EXERCÍCIOS
583
2. Maria, brasileira, estava grávida quando viajou para a Alemanha. Em virtude
de complicações de saúde, seu bebê nasceu antes do tempo, quando Maria
ainda estava na Alemanha. Considerando apenas os dados apresentados, pode-
se afirmar que, nos termos da Constituição Federal, o filho de Maria será
considerado
584
GABARITO
01 - E
02 - B
03 - B
Cargos Privativos
Perda de Nacionalidade
§ 4° - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade naciva ao interesse nacional;
II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos;
a) de reconhecimento de nacionalidade originaria pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou
para o exercício de direitos civis;
585
➢ Perda Mudança – Aplica-se tanto aos brasileiros natos como naturalizados:
adquirindo o brasileiro outra nacionalidade, deixará ele de ser brasileiro, exceto
em duas situações:
• De reconhecimento de nacionalidade, pela norma estrangeira: que dizer
que o país em relação ao qual o brasileiro está se nacionalizando o
considera como um cidadão nato e não naturalizado.
• De imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condições para permanência em
seu território ou para o exercício de direitos civis: nesse caso o brasileiro
não tem opção, ou seja, a naturalização não foi totalmente voluntaria.
Sendo assim, a Constituição admite que sejam acumuladas as duas
nacionalidades. Ex: Jogador de futebol.
Extradição
Art. 5°
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião;
586
EXERCÍCIOS
3. O brasileiro naturalizado
587
c) não poderá ocupar cargo de carreira diplomática
d) poderá a nacionalidade brasileira no caso de reconhecimento de
nacionalidade originaria pela lei estrangeira
e) poderá ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
GABARITO
1. D
2. C
3. C
588
DIREITOS POLÍTICOS – PARTE I
589
A capacidade eleitoral ativa é aquela que assegura ao nacional o direito de
votar nas eleições, plebiscitos e referendos.
Além da capacidade de votar, a qualidade de eleitor dá, ao nacional, a
condição de cidadão, tornando-o apto a exercer vários direitos políticos, mas
nem todos. Para fruir de todos os direitos políticos, é necessário o preenchimento
de outras condições. Assim, com o alistamento o cidadão garante seu direito de
votar, mas não o de ser votado, uma vez que o alistamento é apenas uma das
condições da elegibilidade.
Art. 14. § 1° - O alistamento eleitoral e o voto são:
I – Obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II – Facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
590
➢ Nacionalidade brasileira; (natural ou naturalizado), em alguns casos apenas
os brasileiros natos;
➢ Alistamento eleitoral;
➢ Idade mínima;
EXERCÍCIOS
591
GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. Errado
Veja que os analfabetos, apenas têm o direito de poderem votar, não podem
ser votados. E que, entre os inalistáveis, temos os estrangeiros e os conscritos,
durante o período do serviço militar obrigatório.
Já o §5º do art. 14 traz uma hipótese de inelegibilidade relativa por motivos
funcionais:
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente
Art. 14, § 6º – Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Esse dispositivo exige que os titulares desses cargos renunciem aos seus
respectivos mandatos até seis meses antes da eleição. É a chamada
“desincompatibilização”
§ 7º – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
592
No §7º do art. 14, temos as causas de inelegibilidade relativa por motivos de
casamento, parentesco ou afinidade. São denominadas inelegibilidade reflexa,
pois o fato de uma pessoa ocupar um cargo reflete sobre terceiros.
→ §8º MILITARES
➢ 1 - 10 anos = Afastamento
→ Suspensão
II – Incapacidade civil absoluta;
III – Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
V – Improbidade Administrativa, nos termos do art. 37, § 4º
593
→ Impugnação Mandato Eletivo – 15 dias
§ 10 – O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo
de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso
do poder econômico, corrupção ou fraude.
EXERCÍCIOS
a) Alistamento eleitoral.
b) Direito de voto.
c) Direito de sufrágio
d) Elegibilidade
e) Dever sociopolítico
594
GABARITO
1. D
2. Errado
PARTIDOS POLÍTICOS
595
as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
A autonomia partidária assegurada no § 1º do art. 17 visa a impedir qualquer
controle do Estado sobre os partidos políticos, criando uma “área de reserva
estatutária absolutamente indevassável pela ação normativa do Poder Público,
vedando, nesse domínio jurídico, qualquer ensaio de ingerência legislativa do
Poder Estatal (STF, ADI 1.407-MC, DJ de 17.04.2001).
Nesse sentido, garante-se aos partidos a liberdade para estabelecerem
normas sobre seu funcionamento, escolha de seus candidatos, critérios de
filiação e militância e duração do mandato de seus dirigentes. Não pode o
legislador ordinário interferir nessa matéria, que é de competência dos partidos,
observadas as disposições constitucionais.
596
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou
governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 4º – É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.”
Seriam exemplos de organizações paramilitares as milícias do Rio de Janeiro ou
uma facção criminosa.
Direitos
Os partidos possuem vários direitos previstos expressamente na
Constituição, dentre os quais podemos destacar:
• recursos do fundo partidário;
• acesso gratuito ao rádio e à televisão (Lei 9.096/95).
Verticalização
No sistema atual, não é mais exigida a regra da verticalização. Isto é, não é
preciso haver vinculação das candidaturas nos diversos níveis federativos
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
“§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.”
EXERCÍCIOS
02. Julgue o item que se segue, no que concerne aos direitos e garantias
fundamentais e à aplicabilidade das normas constitucionais.
597
O direito de antena, previsto pela Constituição Federal (CF), assegura aos
partidos políticos a propaganda partidária mediante o acesso gratuito ao rádio e
à televisão, na forma da lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - Errado
02 - Certo
03 - Errado
598
Administração Pública
Administração Direta
É formada pelos chamados entes federados ou pessoas políticas, e
compreendem a União, os Estados, o Distrito Federal e municípios, assim como
suas secretarias, gabinetes e departamentos.
São Pessoas Jurídicas de Direito Público e exercem suas atividades
administrativas por meio dos órgãos e agentes que pertencem aos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
Administração Indireta
É formada pelos chamados entes administrativos, criados pela Administração
Direta, através de Lei, para o exercício de determinadas atividades, possuem
autonomia, personalidade jurídica própria (podem ter patrimônio) e capacidade
processual (capacidade para ser autor e réu nas relações processuais).
Quaisquer dos membros da Administração Direta poderão criar entidades da
Administração Direta. As entidades que compõem a Administração Direta
dividem-se de acordo com o Decreto n° 200/67, são elas: Autarquias,
Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
As autarquias são criadas diretamente por lei, enquanto que as demais
entidades serão autorizadas por lei.
599
Princípios Explícitos da Administração Pública
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federa e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
Do caput do texto constitucional podemos extrair os cinco princípios
norteadores da Administração Pública Direta e Indireta.
Além destes cinco princípios expressos, há ainda os princípios implícitos, que
serão estudados posteriormente.
Princípio da Legalidade
O princípio da Legalidade pode ser analisado sob duas óticas: a legalidade
para o particular e a legalidade em relação à Administração Pública.
Para os particulares, é lícito fazer tudo aquilo que não é proibido por lei.
Temos como base o inciso II do Art. 5°,
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei;
Já para a Administração Pública, a legalidade significa que o agente somente
poderá fazer aquilo que a lei permite ou determina.
Nesse caso, quando se fala em lei, é a lei em sentidos estrito, ou em sentido
formal. A lei tanto pode exigir ou proibir o agente público de fazer algo, como
pode dar a ele permissão para agir.
Princípio da Impessoalidade
Esse princípio determina que a Administração deve ser impessoal, ou seja,
deve haver uma separação entre a pessoa ocupante de cargo público e o agente
público.
A Administração Pública deve ser exercida com imparcialidade, jamais se
baseando em interesses pessoais do agente. Agir de forma impessoal é agir
visando o interesse público.
600
Como exemplo de que a finalidade da administração sempre será o interesse
público, é que se realizam os concursos público e as licitações. Tais ações
impendem que o administrador aja com interesse pessoal. Sendo assim, fica
proibido inserir nomes, símbolos, imagens ou siglas de partidos em obras
públicas.
O princípio da Impessoalidade, também conhecido com o princípio da
finalidade ou isonomia, poderá ser analisada sob três acepções:
Isonomia – Igualdade material. Trata a todos de forma igualitária, ou em alguns
casos, quando se fizer necessário, faz uso da chamada discriminação positiva
que consiste em tratar os iguais com igualdade e os desiguais com
desigualdade, na medido de suas desigualdades, buscando a equidade.
Finalidade – A conduta do agente deve ter fins públicos. Quando o ato for
praticado com desvio desse princípio, será nulo, por desvio de finalidade.
É importante ainda ressaltar o conteúdo da Súmula Vinculante n° 13 do STF,
que veda o nepotismo:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações reciprocas, viola a
Constituição Federal.
Vedação a promoção pessoal – O agente público não pode se valer da função
pública para promoção pessoal.
Conforme Art. 37, § 1°:
§ 1° A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informático ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Fica ligado!!!
Não podem constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção
pessoal do agente.
Moralidade
A moralidade complementa a legalidade. Não basta ao administrador agir
conforme a Lei, ele deve agir com ética, probidade, razoabilidade e boa-fé.
601
A não observância desse princípio poderá ser combatida por meio de Ação
Popular, conforme Art. 5°, LXXIII,
LXXIII – qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais de
ônus dá sucumbência;
É importante ainda ressaltar que a Constituição prevê, no Art. 37, § 4°, que
se o agente público agir em desconformidade com o principio da moralidade,
sua conduta poderá ensejar improbidade administrativa.
§ 4° - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.
EXERCÍCIOS
a) legitimidade
602
b) publicidade
c) moralidade
d) impessoalidade
e) eficiência
GABARITO
1. A
2. A
603
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Publicidade
O Princípio da Publicidade determina que, em regra, os atos administrativos
deverão ser públicos. Esse princípio deve ser analisado sob duas óticas.
→ A Publicidade como requisito de Eficácia do ato administrativo.
→ A Publicidade é necessária para que a sociedade tome conhecimento dos
atos da Administração Pública.
A Publicidade encontra limitação na própria Carta Magna, uma vez que esta
prevê o sigilo dos atos administrativos sempre que for necessário para preservar
a segurança da sociedade e do Estado.
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Eficiência
O Princípio da Eficiência foi acrescentado pela Emenda Constitucional 19/98.
Para esse princípio, não basta que a Administração Pública aja com legalidade,
é preciso fazê-la da melhor forma possível e com o mínimo de gastos.
Decorre desse princípio ainda, a necessidade de avaliação periódica de
desempenho para a concessão de estabilidade para o servidor público, assim
como uma avaliação periódica de desempenho como uma das condições de
perda de cargo, conforme Art. 41 da CF:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
604
Princípios Implícitos da Administração Pública
Razoabilidade e Proporcionalidade
Decorrem do princípio do devido processo legal e são usados principalmente
como limitadores da discricionariedade administrativa.
Esses princípios são a adequação dos meios com a finalidade proposta pela
Administração Pública, visando evitar os excessos cometidos pelo agente
público. Há uma adequação entre meios e fins, proibindo excessos na aplicação
de medidas.
Continuidade dos Serviços Públicos
605
Esse princípio exige que a atividade administrativa seja contínua, sem sofrer
interrupções, além de adequada, com qualidade, visando evitar prejuízos tanto
para a administração quanto para os administrados.
O responsável pela prestação do serviço público só ficará desobrigado de sua
prestação em caso de emergência e desde que haja aviso prévio em situações
de segurança, ordem técnica ou inadimplência do usuário.
Autotutela
Permite que a Administração reveja seus próprios atos, seja em relação à
legalidade ou ao mérito. O princípio da Autotutela foi consagrado na Súmula
Vinculante 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
A autotutela poderá rever seus atos de ofício ou a requerimento
Segurança Jurídica.
Em relação à aplicabilidade na Administração Pública, esse princípio veda a
aplicação retroativa da norma, conforme Art. 5º,
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada;
EXERCÍCIOS
a) celeridade e transparência.
b) isonomia e pessoalidade.
c) legalidade e imparcialidade.
d) moralidade e proporcionalidade.
e) legalidade e eficiência
606
2. Os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência devem ser obedecidos pela Administração pública.
a) direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, mas não dos Estados e
dos Municípios, que poderão dispor sobre a matéria diferentemente.
b) direta e indireta do Poder Executivo da União, dos Estados, Distrito Federal e
dos Municípios, não se aplicando, todavia, aos Poderes Legislativo e Judiciário.
c) direta, mas não pela indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
d) direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
e) indireta, mas não pela direta, de qualquer dos Poderes da União, Estados,
Distrito Federal e dos Municípios.
GABARITO
1. E
2. D
607
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
✓ Função Pública – São ocupadas por indivíduos que não possuem cargo ou
emprego público.
Ocorre em duas situações:
• Contratações temporárias;
• Funções de confiança.
608
Validade do Concurso Público
Segundo o Art. 37, III –
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
O prazo de validade do concurso será de até 2 anos, podendo uma vez, por
igual período. Esse prazo começa a contar da data de homologação do
resultado.
De acordo com o STF aqueles que são aprovados dentro do número de vagas
tem direito subjetivo à nomeação durante o prazo de validade do concurso.
De acordo com a CF, durante o prazo improrrogável do concurso, os
aprovados terão prioridade de convocação sobre os novos aprovados.
Fica ligado!!!
A Lei 8.112/90 veda a abertura de novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Sendo
assim, caso seja exigida a referida lei em sua prova, fique atento (a) ao comando
de questão.
609
✓ Função de Confiança – São cargos de livre designação e livre dispensa, que
só podem ser ocupados por servidores efetivos do próprio órgão
Fica Ligado!!!
Os cargos em comissão e as funções de confiança destinam-se apenas às
atividades de direção, chefia e assessoramento.
610
EXERCÍCIOS
2) Segundo a Constituição Federal, o servidor público que for eleito para exercer
o mandato de vereador
611
vantagens do cargo público.
A) impessoalidade.
B) legalidade.
C) moralidade.
D) eficiência.
GABARITO
1) A
2) C
3) A
612
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
613
XX - Proteção ao mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXII - redução dos ricos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de função e de critérios
de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil”
Fica ligado!!!
O Servidor Público militar continua impedido de realizar greve e se
sindicalizar, uma vez que a permissão se aplica somente ao servidor civil.
Estabilidade
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício aos servidores
nomeados para cargo de provimento efetivos em virtude de concurso público.
§ 1° O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da
lei complementar, assegurada ampla defesa.
614
§ 2° Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3° Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável
ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço,
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4° Como condição para a aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
615
seja, para qualquer cargo federal e estadual, será sempre afastado e receberá a
remuneração do cargo eletivo.
No caso do servidor ser eleito para o cargo de Prefeito Municipal, será
afastado do cargo, podendo escolher qual remuneração receber.
616
EXERCÍCIOS
Gabarito
1. E
2. B
617
Administração Pública e regras constitucionais
618
Ao servidor público civil, de acordo com a CF, é garantido o direito à livre
associação sindical e o direito de greve, sendo que esta última será tratada
em lei especifica.
Quanto à remuneração ou subsídio dos servidores públicos, somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, analisada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data
e sem distinção de índices, tudo isso de acordo com a letra da lei maior.
A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas ás vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, deverão limitar-se ao teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI,
da CF.
A mesma análise deve também se aplicar às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Não serão computadas, para efeito do teto remuneratório, as parcelas de
caráter indenizatório previstas em lei.
Tema importante ao assunto diz respeito à acumulação remunerada de
cargos públicos, empregos e função pública, sendo que a regra geral é sua
vedação.
Ocorre que o texto constitucional, em seu art. 37, inciso XVI, traz exceções,
desde que haja compatibilidade de horários e seja respeitado o referido teto
remuneratório:
• Dois cargos de PROFESSOR;
• Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU CIENTÍFICO;
• Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE
SAÚDE, com profissões regulamentadas.
619
a) Compatibilidade de horários: vantagens de seu cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) Sem compatibilidade de horários: aplicação da regra do mandato de
prefeito;
4) No caso de afastamento do cargo, emprego ou função, o tempo de serviço
será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento. Além disso, para efeito de benefício previdenciário, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
620
2. COMPULSÓRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade,
independente de ser homem ou mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
3. VOLUNTÁRIA: pode se dar com proventos integrais ou proporcionais.
4. ESPECIAL: Dentre todas as formas de aposentadoria, a aposentadoria
especial do professor é a única que tem seus requisitos expressos já no
texto constitucional.
No caso de professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e ensino
fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade dão reduzidos
em 5 anos para a concessão de aposentadoria voluntária com proventos
integrais. Perceba que os professores universitários estão excluídos desse
tratamento diferenciado. Ademais, não inclui a aposentadoria voluntária com
proventos proporcionais. As demais hipóteses de aposentadoria especial
possuem sua concretização condicionada à definição por lei complementar.
O art. 41 da Constituição Federal trata da estabilidade do servidor público,
que consiste em uma garantia constitucional de permanência no serviço público,
e não no cargo, vinculado à atividade de mesma natureza de quando ingressou.
A EC 19/98 trouxe diversas alterações no ordenamento jurídico brasileiro que
versaram acerca da estabilidade, que passou a ser conferida somente após três
anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas.
Com a EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição
de estabilidade:
1. concurso público;
2. cargo público de provimento específico;
3. três anos de efetivo exercício;
4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.
621
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
EXERCÍCIOS
GABARITO:
1-C
2-C
3-E
622
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS – PARTE I
Estado de Defesa
Art. 136. O presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República
e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública
ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
623
Veja como se dá o processo para decretar e manter o estado de defesa:
624
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondências;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
§ 2° O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias,
podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões
que justificaram a sua decretação
§ 3° Na vigência do estado de defesa:
I – a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida,
será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se
não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade
policial;
II – a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado
físico e mental do detido no momento de sua autuação;
III – a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez
dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV – é vedada a incomunicabilidade do preso.
EXERCÍCIOS
625
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções
na natureza. Diante disso, na vigência do estado de defesa, a Constituição
determina que
GABARITO
1. A
2. E
626
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS – PARTE II
Estado de Sítio
É uma medida provisória de proteção ao Estado quando o mesmo se
encontrar, parcial ou totalmente, sobre ameaça de guerra ou calamidade pública.
O Presidente da República é quem, depois de ouvido pelo Conselho de Defesa
Nacional e pelo Conselho da República, pode decretar estado de sítio se o
Congresso Nacional autorizar o decreto.
O estado de sítio é decretado quando estado de defesa não resolveu o
problema, quando o problema atinge todo o país, ou em casos de guerra.
627
Art. 139. Na vigência do estado de sitio decretado com fundamento no art. 137,
I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I – obrigação de permanência em localidade determinada.
II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes
comuns;
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das
comunicações à prestação de informações e à liberdade de imprensa,
radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV – suspensão da liberdade de reunião;
V – busca e apreensão em domicilio;
VI – intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII – requisição de bens
628
Forças Armadas
De acordo com a Constituição Federal, art. 142, as Forças Armadas são
constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica. Instituições
permanentes e regulares, organizadas com base n;
a hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se:
➢ À defesa da Pátria;
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
§ 1° Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na
organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.
§ 2° Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3° Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se
lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições;
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são
conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais
da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos
militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das
Forças Armadas;
II – o militar em atividade que tomar posso em cargo ou emprego público civil
permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, será
transferido para a reserva, nos termos da lei;
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego
ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração
indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea “c”, ficará
agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa
situação,, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço
apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de
dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos
termos da lei;
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
629
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos
políticos;
VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato
ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será
submetido o julgamento previsto no inciso anterior;
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7°, incisos VIII, XII, XVII, XVIII,
XIX e XXV, e no art. 37 incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e
com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea “c”;
IX – Revogado pela Emenda Constitucional n° 41, de 19.12.2003
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a
estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os
direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades,
inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de
guerra.
EXERCÍCIOS
630
d) houver conflito entre duas ou mais unidades da Federação
e) comprovada a falta de efetivo militar para o policiamento ostensivo.
GABARITO
1. C
2. C
631
Segurança Pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
A doutrina divide a polícia de segurança em duas áreas:
• Polícia Judiciária (repressiva ou de investigação);
• Polícia Administrativa (preventiva ou ostensiva).
632
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - a polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
633
§ 2° A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreiras, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federeis.
§ 3° A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
634
EXERCÍCIO
GABARITO
1. D
2. Certo
3. Errado
635
Segurança Pública
Polícia Civil
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração de infrações penais, exceto as militares. (grifo nosso).
De acordo com o entendimento do STF, compete à Polícia Civil apurar os crimes
comuns praticados por militares, isto é, os crimes estranhos à atividade militar.
Policial Penal
§ 5º A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema
penal da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos
estabelecimentos penais.,
Polícia Militar
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
As polícias militares bem como os corpos de bombeiros militares,
subordinam-se aos Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
assim com a Polícia Civil As Polícias Militares são forças auxiliares e reserva do
exército
De acordo com o STF, a polícia militar poderá realizar flagrante ou participar
de apreensão determinada por ordem judicial, ainda que não seja polícia
judiciária
636
Polícias do Distrito Federal
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército, subordinam se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Conforme Súmula Vinculante 647 do STF, caberá à União legislar sobre
vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal
Guardas Municipais
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
A guarda municipal, segundo a doutrina, objetiva proteger o patrimônio contra
a depredação de destruidores do patrimônio público e da coisa alheia No
entanto, não tem a competência para fazer policiamento ostensivo
Segurança Viária
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de
outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente; e
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.
637
A Segurança Viária foi incluída pela Emenda Constitucional nº 82/2014 Essa
Emenda criou a carreia de agentes de trânsito dentro do sistema de segurança
pública, tornando constitucional a competência desses agentes
A Emenda Constitucional nº 82/2014 objetiva a diminuição de acidentes no
trânsito → Lembre-se!!
˃ A segurança viária é exercida para a “preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas”
˃ No conceito de segurança viária, estão a educação, a engenharia e a
fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei. Com isso,
busca-se garantir ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.
EXERCÍCIOS
638
3. As polícias militares e os corpos de bombeiros militares subordinam-se aos
governadores dos estados, com exceção do DF, onde a subordinação se dá em
relação ao chefe de governo da União
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-E
2 - Errado
3 - Errado
639
DIREITO PENAL
640
FATO TÍPICO I
CONDUTA
641
FATO TÍPICO
FORMAS DE CONDUTA.
☠ COMISSIVA : fazer
👉 Próprio – a lei prevê apenas um deixar de fazer do agente quando ele poderia
agir para evitar o resultado, não havendo uma caraterística própria do agente,
qualquer pessoa, naquela situação, poderia ser responsabilizada pelo crime.
Ex: omissão de socorro – art. 135, CP.
642
1.2 . EXCLUDENTES DA CONDUTA
• COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL
• HIPINOSE/ SONAMBULISMO
• ATOS REFLEXOS
• CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
EXERCICIOS
B) omissivo próprio.
D) comissivo impróprio.
E) comissivo próprio.
CERTO ( ) ERRADO ( )
643
GABARITO
01 - A
02 - B
03 - E
FATO TÍPICO II
1 . CONDUTA
644
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO
• Conduta voluntária
• Violação do dever de cuidado
• Resultado involuntário
• Nexo causal
• Previsibilidade objetiva
• Tipicidade
645
☠ ERRO DE TIPO ESSENCIAL – Art. 20, CP: o agente tem uma falsa
percepção da realidade, o erro recai sobre elementares do tipo, devendo-se
analisar se ele poderia ou não evitar sua ocorrência.
👉 ERRO SOBRE A PESSOA/IN PERSONA (art. 20, §3°, CP): o agente erra
quanto a vítima com a qual ele quer praticar a conduta criminosa, confunde, o
erro é irrelevante e ele responde pelo crime considerando as qualidades da
vítima pretendida (virtual);
EXERCÍCIOS
646
02 - Situação hipotética: Um agente, com a livre intenção de matar desafeto seu,
disparou na direção deste, mas atingiu fatalmente pessoa diversa, que se
encontrava próxima ao seu alvo. Assertiva: Nessa situação, configurou-se o erro
sobre a pessoa e o agente responderá criminalmente como se tivesse atingido
a pessoa visada.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – E
03 – E
647
FATO TÍPICO III
RESULTADO
É quando o crime chega na fase de consumação (nem todos os crimes exigem
o resultado naturalístico para estarem consumados).
• CRIMES MATERIAIS: exigem um resultado para a consumação.
Ex: homicídio
• CRIMES FORMAIS: não exigem um resultado para a consumação,
embora ele possa ocorrer.
Ex: extorsão
• CRIMES DE MERA CONDUTA: não existe um resultado
naturalístico.
Ex: porte de arma
2.2 CONSUMAÇÃO
“Art. 14 - Diz-se o crime:
I – Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal”
648
2.3 TENTATIVA
“Art. 14 - Diz-se o crime:
II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços”
Observe que o crime tentado não é punido da mesma forma que o crime
consumado, pois o resultado naturalístico não chegou a ocorrer, temos a
aplicação da pena do crime consumado, com uma redução que varia de 1/3 a
2/3 – o quanto dessa redução fica a critério do juiz, que analisará a proximidade
da conduta ao resultado.
ESPÉCIES DE TENTATIVA
649
EXERCÍCIOS
03 - A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revende-los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à
sua vontade, ele responderá pelo crime tentado, para o que está prevista a pena
correspondente ao crime consumado diminuída de um a dois terços.
CERTO ( ) ERRADO ( )
650
GABARITO
1-C
2-E
3-C
FATO TÍPICO IV
“Art. 16. - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa,
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.”
651
crime já está consumado, por isso não há de se falar em responsabilização
apenas dos atos já praticados.
Temos o que a doutrina chama de “ponte de prata” do direito penal, já que o
agente não pode ser beneficiado pela exclusão da tipicidade do crime.
Exercícios.
01 - À luz do que dispõe o Ordenamento Penal brasileiro,
a) o agente que desiste de forma voluntária de prosseguir na execução do
crime, ou impede que o resultado se produza, terá sua pena reduzida de
um a dois terços.
b) o arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave
ameaça à pessoa, deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da
queixa.
c) não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação.
d) crime impossível é aquele em que o agente, embora tenha praticado todos
os atos executórios à sua disposição, não consegue consumar o crime
por circunstâncias alheias à sua vontade.
e) diz-se crime culposo, quando o agente assumiu o risco de produzi-lo.
652
02 - O arrependimento eficaz
a) configura-se quando a execução do crime é interrompida pela vontade do
agente.
b) dá-se após a execução, mas antes da consumação do crime.
c) decorre da interrupção casuística do iter criminis.
d) é causa inominada de exclusão da ilicitude.
e) exige que a manifestação do autor do crime seja posterior à consumação
do delito.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – B
03 – E
653
FATO TÍPICO V
3 . NEXO CAUSAL
“Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a
qual o resultado não teria ocorrido.”
O nexo causal é o elo entre a conduta do agente e o resultado. Ausente esse
componente, não teremos crime. Existem algumas teorias que buscam explicar
a causa, são elas:
654
duas, sou capaz de produzir o resultado. Adoto a TEORIA DA EQUIVALÊNCIA
DOS ANTECEDENTES (o agente responde pelo resultado) em relação as
causas preexistente e concomitante e em relação a superveniente que não
produziu por si só o resultado. E a TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA
(o agente responde pelos atos já praticados) em relação a causa superveniente
que produziu por si só o resultado.
655
4. TIPICIDADE
• FORMAL: Adequação da conduta do agente à norma;
• MATERIAL: Lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico.
EXERCÍCIOS
01 - Relação de causalidade é o liame ou vínculo de causa e efeito entre atos
passíveis de serem imputados ao suspeito de determinado delito e seu resultado
material. É certo que nosso direito positivo adotou um posicionamento sobre o
assunto.
A teoria da relação causal adotada pelo Código Penal brasileiro é:
a) causalidade adequada.
b) relevância jurídica.
c) totalidade das condições.
d) causa eficaz.
e) equivalência das condições.
CERTO ( ) ERRADO ( )
656
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – E
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE I
ILICITUDE
Art. 23- Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - Em estado de necessidade;
II - Em legítima defesa;
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.
Parágrafo único- O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá
pelo excesso doloso ou culposo.
Segundo elemento do crime, a ilicitude é a contrariedade entre a conduta do
agente e o ordenamento jurídico. Passamos a analisar da ilicitude após a análise
do fato típico.
👉 observe que, a ação do agente tem que ser necessária e suficiente para
reprimir a conduta injusta, seu excesso será punido.
Podemos dividir as excludentes de ilicitude em:
☠ GENÉRICAS: aplicadas a todos os crimes, está fora do tipo penal– art. 23,
CP
657
1. EST ADO DE NECESSIDADE
“Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º- Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§ 2º- Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.”
TEORIA UNITÁRIA: O bem protegido deve ser igual ou maior que o sacrificado.
TEORIA UNITÁRIA
658
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – E
03 – C
659
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE II
ILICITUDE
1 . LEGÍTIMA DEFESA
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem.”
Parágrafo único: observados os requisitos previstos no caput desse artigo,
considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que
repele agressão ou risco da agressão a vítima mantida refém durante a prática
de crime
(Lei 13.964/2019)
660
• LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA: é legitima defesa real, prevista no
excesso, cessada a agressão, a vítima passa a agredir o autor.
• LEGÍTIMA DEFESA DE MENOR DE IDADE: cabe contra um ataque de
menor.
• LEGÍTIMA DEFESA DE ATAQUE DE ANIMAL: DEPENDE! Se esse
ataque foi provocado por um humano, o animal funciona como um
instrumento e caberá legítima defesa contra esse ataque do humano, se
o animal não foi provocado, não há de se falar em legítima defesa, poderá
haver estado de necessidade
• LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA: A situação de injusta agressão atual ou
iminente só ocorre na mente do autor, por constituir erro sobre a situação
fática- ERRO DE PROBIÇÃO INDIRETO, pode ser causa justificante que
atua na culpabilidade do agente, isentando ou reduzindo a pena. Se o
erro era evitável – diminuirá a pena, na medida da sua evitabilidade,
se, porém, o erro era inevitável – excluirá a culpabilidade por
inexigibilidade de conduta diversa. (regras do art. 21, CP).
661
EXERCÍCIOS
01 - Bruna é atacada a tiros desferidos por arma de fogo por Otávio, que não
logra acertar os dois primeiros tiros.
Antes de desfechar o terceiro tiro, Bruna saca de arma que carrega em sua bolsa
com autorização legal e vem a atingir Otávio, que veio a óbito. Nesse caso, pode
ser assentado que ficou caracterizado, nos termos do Código Penal, por parte
de Bruna:
a) exercício regular de direito
b) estado de necessidade
c) arrependimento eficaz
d) legitima defesa
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – E
03 – E
662
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE III:
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
Direito de exercer o que é permitido pela lei, estabelecido por uma norma. Esse
direito autoriza a realização de uma conduta reprovável.
Ex: art.128, CP; Art. 301, CPP.
“DIREITO” deve ser entendido de maneira ampla. Essa excludente de ilicitude
destina-se ao cidadão em geral. Deve sempre ser analisado com base na
proporcionalidade.
663
☠ EXCESSO – O excesso doloso ou culposo será punido.
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – E
03 – E
664
CULPABILIDADE I
☠ TEORIA EXTREMADA: todo erro que recaia sobre uma causa de justificação,
seria equiparado ao ERRO DE PROIBIÇÃO
ELEMENTOS EXCLUDENTES
Embriaguez
Doença mental
665
IMPUTABILIDADE
MENORIDADE
“Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.”
Exceção a adoção da regra da teoria Biopsicológica, quando tratamos da
menoridade, o Código Penal adota a teoria BIOLÓGICA, ou seja, não
interessa, para análise da imputabilidade, se o agente tinha o potencial
conhecimento sobre seus atos, sendo ele menor de 18 anos, sempre será
considerado inimputável.
EMBRIAGUEZ
“Art.28 - Não excluem a imputabilidade penal
II- A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.
§ 1º- É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de
caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.
§ 2º- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”
NÃO ACIDENTAL
O agente se embriaga para cometer O agente só queria ficar bêbado, não O agente não queria ficar bêbado,
o crime. tinha nenhum dolo específico. porém, bebeu demais.
Aumento de pena: art. 61, I, CP
666
ACID ENTAL
FORTUITA PATOLÓGICA
DOENÇA MENTAL
“Art. 26- É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
Parágrafo único- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”
Devo fazer a análise com base no caso concreto, se o crime foi cometido em um
momento de lucidez, a culpabilidade não será afastada.
As consequências para uma pessoa que comete o crime e possui doença mental
são as seguintes:
667
Exercícios
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – E
03 – C
668
CULPABILIDADE II
EXERCÍCIOS
669
a) erro de tipo.
b) excludente de ilicitude.
c) arrependimento posterior.
d) erro de proibição.
e) crime impossível.
02 - Antony, estrangeiro que reside no Brasil há dois meses, inicia em seu quintal
uma plantação de maconha, com a intenção de utilizar aquele material para fins
medicinais, já que sua doença respiratória melhora com o uso da droga. Ao
tomar conhecimento de que seu vizinho, João, possui a mesma doença, decide
transportar o material até a residência de João, mas vem a ser abordado por
policiais civis. Após denúncia pela prática do crime de tráfico, durante seu
interrogatório, Antony esclarece que tinha conhecimento de que transportar
maconha no Brasil era crime, mas acreditava na licitude de sua conduta diante
da intenção de utilizar o material para fins medicinais, esclarecendo, ainda, que
essa conduta seria válida em seu país de origem.
Com base apenas nas informações expostas, Antony agiu:
a) em erro de proibição, podendo gerar reconhecimento de causa de
redução de pena ou afastamento da culpabilidade;
b) em erro de tipo, o que gera o reconhecimento de causa de diminuição de
pena;
c) com desconhecimento da lei, o que não afasta a culpabilidade; D) em erro
de proibição, afastando a tipicidade da conduta;
d) em erro de tipo, afastando a tipicidade da conduta.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – A
03 – C
670
CULPABILIDADE III
EXERCÍCIOS
671
02 - No que concerne à exigibilidade de conduta diversa e hipóteses de sua
exclusão, é correto afirmar que a:
a) embriaguez proveniente de caso fortuito é hipótese de inexigibilidade de
conduta diversa.
b) exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não
manifestamente ilegal.
c) coação moral resistível é considerada causa supralegal de inexigibilidade
de conduta diversa.
d) coação irresistível. física ou moral, conduz á inexigibilidade de conduta
diversa.
e) exigibilidade de conduta diversa é elemento da culpabilidade criado pelas
teorias funcionalistas.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
Gabarito
01 – C
02 – B
03 – C
04 – E
672
CONCURSO DE PESSOAS
673
☠ AUTORIA - Algumas teorias dever ser estabelecidas sobre o que seria
autoria:
COMUNICABILIDADE
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.
Elementar é tudo aquilo que é fundamental para a tipificação da conduta, cuja
ausência pode provocar uma atipicidade absoluta ou uma desclassificação para
outro crime.
Se existem circunstâncias pessoais, elas só serão transmitidas a outra pessoa
(concurso de pessoas) se forem elementares do crime
CASOS DE IMPUTABILIDADE
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.
674
Exercícios.
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – C
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
675
DETRAÇÃO PENAL
Art. 42- Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
artigo anterior
Não cabe detração em pena de multa, pois esta não pode ser convertida em
pena privativa de liberdade.
Nem para medidas cautelares diversas da prisão.
Quanto a pena restritiva de direito, é cabível nas hipóteses de:
REGIME PENITENCIÁRIO
676
👉 Súmula 269 STJ:“É admissível a adoção do regime prisional semiaberto
aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se
favoráveis as circunstâncias judicias.”
CUIDADO!!! Aqui, o regime inicial não será o fechado, mas nada impede que o
indivíduo passe a esse regime por uma regressão.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
§ 4º - O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão
de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que
causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
legais.
677
👉 EXAME CRIMINOLÓGICO - Será submetido, no início do cumprimento de
pena pana classificação e individualização
EXERCÍCIOS
678
01 - As penas privativas de liberdade devem ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados determinados critérios
e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso. Nesse
sentido, assinale a alternativa correta:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deve começar a cumpri-la
em regime semiaberto
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e
não exceda a 8 (oito), deve cumpri-la em regime fechado
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro)
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime semiaberto
d) o condenado por crime contra a administração pública deve ter a
progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação
do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com
os acréscimos legais
e) ao condenado transferido para o regime disciplinar diferenciado é vedada
a realização de exame criminológico de classificação para
individualização da execução
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – C
03 – E
679
Consideradas como penas alternativas ao cárcere. Quando acontece a
sentença, aplicada a pena privativa de liberdade e fixado o regime inicial de
cumprimento de pena, o juiz analisará se é caso de substituição por pena
restritiva de direitos.
Existindo os pressupostos que autorizam a substituição, o juiz, efetivamente,
deve substituir, caso contrário, deverá fundamentar sua não aplicação.
680
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
I- prestação pecuniária;
II- perda de bens e valores;
III- limitação de fim de semana.
IV- prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V- interdição temporária de direitos;
VI- limitação de fim de semana.
EXERCÍCIOS
681
01 - No que concerne à aplicação das penas restritivas de direitos dos
arts. 43 a 48 do CP, é correto afirmar que
a) ao reincidente é vedada a substituição da privativa de liberdade.
b) o benefício não pode ser aplicado mais de uma vez no interregno de 5
(cinco) anos ao mesmo réu.
c) a pena restritiva de direitos se converte em privativa de liberdade sempre
que ocorrer o descumprimento da restrição imposta.
d) os crimes culposos admitem sua aplicação em substituição às privativas
de liberdade, independentemente da pena aplicada.
e) penas privativas de até 2 (dois) anos em regime aberto podem ser
substituídas por uma multa ou por uma pena restritiva de direitos.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – B
03 – E
PENA DE MULTA
682
Trata-se de uma pena de cunho patrimonial. Pagamento feito ao fundo
penitenciário, da quantia fixada na sentença e calculada em dias multa.
FASES DA APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA
1º FASE - art. 49, CP: fixar o percentual de dias-multa, será de 10 a 360,
obedecendo as fases de dosimetria da pena do art. 68.
2ºFASE – art. 49, §1º, CP: fixar o valor de dias-multa , será de 1/30 até
5 vezes o salário mínimo, observando as condições econômicas do réu.
3º FASE – art. 60, §1º, CP: o valor poderá ser aumentado até o triplo,
se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz,
embora aplicada no máximo
SÚMULA 693, STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a
pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada.
683
Art. 51 -Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será
executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor,
aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no
que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada
dívida de valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa
da Fazenda Pública, inclusive em relação às causas interruptivas e suspensivas
da prescrição, não se permitindo a conversão de pena de multa em detenção
pela ausência de pagamento.
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DA MULTA
Art. 52- É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao
condenado doença mental.
PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA
Art. 114- A prescrição da pena de multa ocorrerá:
I- em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;
II- no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de
liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada
ou cumulativamente aplicada.
Exercícios.
684
01 - O critério judicial legalmente estabelecido para a fixação da pena
pecuniária, na Parte Geral do Código Penal, vincula o juiz à observância,
preponderantemente quanto
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – E
03 – E
CONCURSO DE CRIMES
685
Aqui, eu não tenho mais a figura de várias pessoas cometendo um ou mais
crimes, tenho a figura de uma pessoa cometendo um ou mais crimes.
O concurso de crimes ocorre quando o agente pratica inúmeros crimes
mediante uma ou mais condutas, pode ser de três espécies:
686
Concurso formal pode ser dividido em perfeito e imperfeito:
• ELEMENTO SUBJETIVO
687
REQUISITOS DO CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO - (parágrafo único do
art. 71)
• REQUISITOS DO CAPUT DO ART. 71
• CRIMES DOLOSOS
• VÍTIMAS DIFERENTES
Exercícios
688
a) o agente pratica dois ou mais crimes mediante uma só ação ou omissão.
b) as circunstâncias pessoais do crime se comunicam aos coautores.
c) a sentença aplica pena privativa de liberdade e pena de multa para o
mesmo crime.
d) praticam-se dois ou mais crimes, mediante mais de uma ação ou
omissão.
e) um crime é praticado por duas ou mais pessoas previamente ajustadas
para tanto.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – D
03 – C
689
seja possível a substituição, devem ser analisadas as possibilidades de
aplicação da suspensão condicional da pena (sursis).
REQUISITOS DO SURSIS – Art. 77, CP
Art. 77- A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois)
anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
I- o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias
autorizem a concessão do benefício;
III-Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44
deste Código.
Requisitos que devem ser preenchidos cumulativamente.
SURSIS ETÁRIO OU PROFILÁTICO - Art. 77, §2º, CP
§2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos,
poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja
maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
Difere-se da modalidade anterior apenas pela quantidade de pena imposta e
pelo período de provas. As condições necessárias do “caput” do artigo, são as
mesmas.
SURSIS ESPECIAL – Art. 78, §2º, CP
§ 2º- Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-
lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente
favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas
seguintes condições, aplicadas cumulativamente:
a) proibição de frequentar determinados lugares;
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar
e justificar suas atividades.
Nesse caso, necessito que a pena imposta não seja superior a 2 anos, período
de provas estabelecido entre 2 a 4 anos, reparado o dano, salvo a
impossibilidade de fazê-lo, e presentes as circunstâncias do art. 59 de forma
totalmente favoráveis.
690
I- é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II- frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não
efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; III- descumpre a
condição do § 1º do art. 78 deste Código.
Revogação facultativa
§ 1º- A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer
outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou
por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
EXERCÍCIOS
691
01 - O benefício da suspensão condicional da pena — sursis penal —
a) pode ser concedido a condenado a pena privativa de liberdade, desde
que esta não seja superior a quatro anos e que aquele não seja
reincidente em crime doloso.
b) é cabível nos casos de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
desde que a pena privativa de liberdade aplicada não seja superior a dois
anos.
c) pode estender-se às penas restritivas de direitos e à de multa, casos em
que se suspenderá, também, a execução dessas penas.
d) deverá ser, obrigatoriamente, revogado no caso da superveniência de
sentença condenatória irrecorrível por crime doloso, culposo ou
contravenção contra o beneficiário.
e) impõe que, após o cumprimento das condições impostas ao beneficiário,
seja proferida sentença para declarar a extinção da punibilidade do
agente.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – C
03 – C
LIVRAMENTO CONDICIONAL
692
Advém do sistema progressivo e consiste na liberdade antecipada concedida
ao indivíduo que cumprir seus requisitos, e será condicionado a algumas
exigências quanto ao tempo restante de cumprimento de pena.
REQUISITOS OBJETIVOS:
☠ TER CUMPRIDO:
693
👉 + 1/3 DA PENA – Não reincidente em crime doloso ou portador de bons
antecedentes;
694
REVOGAÇÃO FACULTATIVA – Art. 87, CP
Art. 87- O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for
irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja
privativa de liberdade
EFEITOS DA REVOGAÇÃO – Art.88, CP
Art. 88- Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo
quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele
benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado
A revogação poderá ser determinada de ofício pelo juiz, ouvido o liberado – art.
730, CPP.
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
695
03 - O condenado pela prática de crime de tortura, por expressa previsão legal,
não poderá ser beneficiado por livramento condicional, se for reincidente
específico em crimes dessa natureza.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – C
03 – C
MEDIDA DE SEGURANÇA
696
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado,
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação
de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos
§ 2º- A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá
ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da
execução
Observe que a medida de segurança ocorre por tempo indeterminado,
existindo, porém, um prazo mínimo, que é de 1 a 3 anos. Após esse prazo
mínimo, o condenado deverá realizar a primeira perícia. Após a realização
dessa primeira perícia, ocorrerão as próximas de ano em ano, ou sempre que
determinar o juiz da execução.
697
☠ IMPUTÁVEL: Cumprir pena
EXERCÍCIOS
698
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – A
03 – C
699
➢ Categoria residual, será simples quando não for qualificado.
Inicia-se o homicídio com o início do parto, ou seja, início da vida extrauterina.
STJ entende ser desnecessário que o nascituro respire, desde que presentes
outros elementos que comprovem a vida. A análise de viabilidade de vida da
vítima também é desnecessária.
700
VI - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído
pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos
§ 2°-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o
crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - Violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I
I - Menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
701
✓ MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS (Marinha/ Exército/
Aeronáutica) Contra pessoa menor de 14 anos ou maios de 60 anos
✓ MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS (Marinha/ Exército/
Aeronáutica) Contra pessoa deficiente ou portador de doença
degenerativa
✓ MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS (Marinha/ Exército/
Aeronáutica) Na presença de ascendente ou descendente
✓ MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS (Marinha/ Exército/
Aeronáutica) Em descumprimento de medida protetiva e urgência.
HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO!
➢ É possível desde que a qualificadora seja de ordem objetiva, ou seja,
quanto aos meios e modos de execução. O privilegio afasta a hediondez.
HOMICÍDIO CULPOSO – Art. 121, § 3º, CP
§ 3º Se o homicídio é culposo
Pena - detenção, de um a três anos.
702
AUMENTO DE PENA
703
EXERCÍCIOS
03 - Considere que uma mulher, logo após o parto, sob a influência do estado
puerperal, estrangule seu próprio filho e acredite tê-lo matado. Entretanto, o
laudo pericial constatou que, antes da ação da mãe, a criança já estava morta
em decorrência de parada cardíaca. Nessa situação, a mãe responderá pelo
crime de homicídio, com a atenuante de ter agido sob a influência do estado
puerperal.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – A
02 – D
03 – E
704
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU
A AUTOMUTILAÇAO
705
FORMA MAJORADA – Art. 122, §3º, CP
§ 3º A pena é duplicada:
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
causa, a capacidade de resistência.
👉 Motivo Torpe
👉 Motivo Fútil.
706
ABORTO – Art. 124 ao 128, CP
✓ ABORTO NATURAL/ ACIDENTAL – não é punido
✓ ABORTO CRIMINOSO – punível
✓ ABORTO LEGAL/ PERMITIDO – não é punível
707
ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO COM O CONSENTIMENTO DA
GESTANTE– art. 126, CP
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não
é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento
é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
A gestante que consentiu, responderá pelo 124, e o terceiro pelo 126.
☠ Aplicada apenas aos artigos 125 e 126. Não se aplica ao artigo 124, CP.
708
☠ ABORTO HUMANITÁRIO/ SENTIMENTAL: decorrente de estupro, apenas o
médico pode praticar
EXERCÍCIOS
01 - Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta
de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual
extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo por
seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem comunicou
a Pedro que estava grávida e pretendia realizar um aborto em uma clínica
clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega que cursava medicina,
e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de
combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de
aborto.
Sobre a questão apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda
ao crime previsto no
a) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no
art. 126, do Código Penal (aborto provocado por terceiro com
consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson.
b) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no
art. 124, segunda parte, do Código Penal. Já Pedro responderá como
partícipe no crime de Ana.
c) art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no
art. 124 do Código Penal (aborto provocado por terceiro sem
consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson.
d) art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código
Penal (aborto provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro
responderá como partícipe no crime de Ana.
e) art. 126, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código
Penal (aborto provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro
responderá como participe no crime de Ana.
709
02 - A pena do crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou a
automutilação é aumentada de metade se o crime é praticado por motivo
egoístico, torpe ou fútil Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - A
02 - E
03 - C
04 - E
710
DAS LESÕES CORPORAIS
711
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA – Art. 129, §2°, CP.
§ 2º Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos
712
☠ Ação Penal Pública Incondicionada
➢ Crime Hediondo???
A lesão corporal seguida de morte será considerada como CRIME
HEDIONDO quando praticada contra autoridades ou agentes descritos nos
arts. 142 e 144, CF, Integrantes do Sistema Prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em ra zão dela, ou contra o seu
cônjuge ou companheiro, ou parentes consanguíneos até o 3° grau.
713
Configura-se quando a lesão é praticada contra:
AUMENTO DE PENA:
➢ Se a vítima for pessoa portadora de deficiência, a pena: + 1/3 (art.
129, § 11, CP). AUMENTO DE PENA:
➢ Se a lesão foi grave, gravíssima ou seguida de morte: + 1/3 (art. 129,
§ 10, CP).
714
PERDÃO JUDICIAL – Art. 129, §8°, CP
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121, CP
➢ EM RAZÃO DA FUNÇÃO
• CÔNJUGE/COMPANHEIRO
• PARENTES CONSANGUINEOS ATÉ O 3° GRAU
👉 No Homicídio é qualificadora
715
✓ LESÃO CULPOSA: +1/3
• MENOR DE 14 ANOS
• MAIOR DE 60 ANOS
• MILÍCIA PRIVADA
• GRUPO DE EXTERMÍNIO.
716
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – C
02 – E
03 – E
717
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
CALÚNIA – Art. 138, CP
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou
divulga.
§2º - É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade
§3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o
ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no
nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
718
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
719
PERDÃO JUDICIAL – Art. 140, §1°, CP
§ 1º- O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I- quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II- no caso de extorsão imediata, que consista em outra injúria.
☠ racismo impróprio
720
MAJORANTE APLICADA A TODOS OS CRIMES – Art. 141, CP
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se
qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo
estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de
deficiência, exceto no caso de injúria.
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de
recompensa, aplica-se a pena em dobro.
721
☠ NÃO aplico a INJÚRIA!
722
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 – E
02 – A
03 – E
723
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
✔ VERBAL;
✔ POR ESCRITO;
✔ REAL;
✔ SIMBÓLICA
O “mal injusto” estabelecido no artigo, deve ser possível de realização pelo
sujeito, e não necessita ser um crime.
☠ ADMITE-SE A TENTATIVA
724
☠ CRIME PERMANENTE: a consumação permanece enquanto não cessada a
restrição da liberdade
☠ ADMITE-SE A TENTATIVA
725
SÚMULA 711, STF: A lei penal mais grave aplicasse aos crimes permanentes
e continuados se a sua vigência é anterior a cessação da permanência ou da
continuidade.
A prescrição começa a correr do dia em que cessou a permanência, e não do
início do sequestro (art. 111, III, CP)
👉 Casa não é apenas aquele local que o indivíduo estabelece sua residência.
726
➢ O que não posso considerar como casa???
§ 5º- Não se compreendem na expressão "casa":
I- Hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do
parágrafo anterior;
II- Taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
QUALIFICADORAS – Art.150, § 1º CP
§ 1º- Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego
de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à
violência.
727
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
728
Gabarito
01 – A
02 – C
03 – B
04 – C
729
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o
repouso noturno
730
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha
valor econômico.
☠ TV A CABO – STF – fato atípico, não é energia, não pode ser objeto do
crime de furto. STJ – fato atípico, não pode ser equiparado a energia elétrica.
Fato típico, pode ser equiparado a energia elétrica. Para a sua prova, considere
a atipicidade do fato.
☠ FURTO DE USO – fato atípico – o agente não tem o dolo de ter a coisa para
si, porém, a coisa furtada tem que ser devolvida no mesmo estado de
conservação, não posso aplicar a bens consumíveis.
731
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
732
FURTO QUALIFICADO – Art. 155, §7°, CP
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração
for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego
Aqui, eu não tenho a figura do uso do explosivo para cometer o crime, como
previsto no § 4ºA, mas sim a subtração do próprio explosivo ou substâncias
análogas, incluída no rol de qualificadoras pela Lei 13.654/18.
733
☠ DOLO ESPECIAL: intuito de obter para si ou para outrem, indevida
vantagem econômica.
734
Aqui, é necessária a participação da vítima para se alcançar a vantagem
indevida.
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
735
Gabarito
01 – D
02 – C
03 – E
👉 Não existe a figura do ROUBO DE USO como sendo uma figura atípica!
736
ROUBO IMPRÓPRIO – Art. 157, §1°, CP
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa,
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
737
VII – Se a violência ou grave ameaça é exercida com o
emprego de arma branca. (Incluído pela Lei nº 13. 964, de
2019)
Aplicado tanto ao roubo próprio como ao roubo impróprio.
A alteração feita pela Lei 13.654/18, revogou o termo “uso de arma” que era
previsto no § 2º, I, e inseriu no parágrafo seguinte e termo “arma de fogo”,
afastando assim, toda e qualquer arma que não fosse a de fogo, como causa
de aumento. Com a Lei 13. 964, de 2019, foi inserido o inciso IV ao § 2º,
voltando a prevê a possibilidade da “arma branca” como causa de aumento de
pena.
AUMENTO DE PENA – Art. 157, §2°- A, CP
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
I – Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – Se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)
👉 Não existia diferença de a arma de fogo ser de uso restrito ou proibido. Por
se tratar de Novatio Legis In Pejus, seus efeitos não retroagem.
👉 O resultado que agrava o crime pode ser cometido tanto a título de dolo
como de culpa, porém, a violência usada para se alcançar o resultado deve ser
necessariamente dolosa.
738
👉 Quanto ao LATROCÍNIO, observe o disposto na súmula 610 do STF:
739
crime, incidirá a qualificadora.
740
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - E
02 - E
03 - C
741
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO III
☠ ADMITE TENTATIVA
👉 COISA ABANDONADA
742
☠ ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
☠ ADMITE TENTATIVA
vai ser a do Inciso IV (art. 167, CP), nos demais casos, a ação será pública
incondicionada.
No caso do Inciso I, a violência à pessoa ou a grave ameaça, são meios de
execução do crime de dano, se for posterior a sua prática, o agente responderá
por ambos os crimes em concurso material. No caso do Inciso II, temos a
hipótese de um crime na modalidade subsidiária.
743
EXERCÍCIOS
04 - Considere que determinada pessoa, indignada por não ter resolvido uma
questão particular em órgão público da União, destrua o balcão de recepção do
referido órgão. Nessa situação, a conduta do agente classifica-se como dano
qualificado, para o qual é prevista multa e pena de detenção de seis meses a
três anos.
CERTO ( ) ERRADO ( )
744
GABARITO
01 – D
02 – E
03 – E
04 – C
☠ ADMITE TENTATIVA
745
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA– Art. 168-A, CP
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa
☠ CRIME MATERIAL
746
O STF já decidiu que a quitação, mesmo depois do trânsito em julgado, pode
beneficiar o agente, já que a Lei 10.684/03 não estabelece tempo, e não cabe
ao judiciário estabelecê-lo.
Não cabe outra interpretação a não ser a de que o adimplemento do débito
tributário, a qualquer tempo, é causa extintiva da punibilidade (HC 362,478/SP,
rel. Min. Jorge Mussi DJe 20/09/2017)
747
coisa ao sujeito ativo, por uma falsa percepção da realidade, ou seja, é
imprescindível o erro na entrega da coisa.
☠ ADMITE TENTATIVA
748
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – A
02 – C
03 – C
749
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO V
O sujeito ativo usa de uma fraude para ludibriar uma pessoa, induzindo-a em
erro, ou mantendo em erro quem já se encontra, para obter uma vantagem ilícita.
☠ ADMITE TENTATIVA
Nossa jurisprudência entende como sendo coisa de pequeno valor, aquela que
não ultrapassa um salário mínimo. Nesse caso, o juiz poderá:
750
CONDUTAS EQUIPARADAS– Art. 171, §2º CP
751
QUALIFICADORA– Art. 171, §4º CP
§ 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso
V- 13.964, de 2019)
VI- Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019)
EXERCÍCIOS
01 - Hugo estava em via pública com seu currículo na mão, considerando o fato
de estar desempregado. Ao observar aquela situação, Carlos apresentou-se
como funcionário da sociedade empresária que funcionava naquela rua e
afirmou que teria um emprego para oferecer a Hugo. Para isso, Hugo precisaria
inicialmente apresentar seus documentos. Posteriormente, Carlos solicitou que
Hugo lhe entregasse seu aparelho de telefonia celular, afirmando que iria ao
interior do estabelecimento comercial para registrar o wi-fi no aparelho. Hugo,
então, entregou a Carlos seu celular e permitiu que ele fosse ao estabelecimento,
combinando de aguardá-lo em via pública. Uma hora depois, entendendo que
Carlos estava demorando, Hugo o procurou no estabelecimento, descobrindo
que, na verdade, Carlos nunca trabalhara no local e que deixara a localidade na
posse do seu telefone assim que o recebeu.
Os fatos são informados ao Ministério Público.
Com base apenas nas informações expostas, a conduta de Carlos condiz com a
figura típica do crime de:
a) apropriação indébita majorada em razão do ofício, emprego ou profissão;
b) furto qualificado pelo emprego de fraude;
752
c) apropriação indébita simples;
d) furto simples;
e) estelionato.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – E
04 – E
753
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO VI
☠ ELEMENTO SUBJETIVO: dolo direto – “coisa que sabe ser produto de crime”
(a modalidade culposa encontra-se no §3º)
754
O § 2º traz a figura de uma NORMA PENAL EXPLICATIVA.
755
QUALIFICADAS – Art. 180, §6º, CP
§ 6º -Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal,
de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em
dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.531,
de 2017)
Aplica-se somente a receptação simples, própria e imprópria.
Exercícios.
01 -Um indivíduo, sem antecedentes criminais, que, consertando e vendendo
telefones celulares novos e usados, exercia comércio clandestino no quintal de
casa, expôs à venda, em certa ocasião, um celular roubado avaliado em R$
3.000. Ao ser indagado sobre a procedência do bem, o comerciante alegou que
o comprara de um desconhecido, sem recibo ou nota fiscal. Embora não tenha
ficado esclarecido como o celular chegara às suas mãos ou quem o subtraíra, é
inquestionável a procedência criminosa, já que a vítima, quando do roubo, havia
registrado na delegacia a ocorrência do fato, o qual fora confirmado por
testemunhas oculares.
Nessa situação hipotética, tal indivíduo responderá pela prática de crime de
receptação
a) preterdolosa, por ter agido com dolo na conduta e culpa no resultado.
b) qualificada, mesmo que a autoria do crime anterior não seja apurada, por
tratar-se de crime parasitário ou acessório.
c) culposa, já que agiu com imprudência ao comprar produtos sem exigir
recibo ou nota fiscal.
d) simples, porque não explorava comércio regular.
e) dolosa com forma privilegiada, por ser primário e ter bons antecedentes.
756
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 - B
02 - D
03 - E
757
👉 Aqui, a imunidade é relativa tendo em vista não mais existir isenção de pena,
mas, se a ação penal for pública incondicionada, passará a ser PÚBLICA
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
EXERCÍCIOS
758
data do furto, contava 62 anos de idade. Diante da situação hipotética
apresentada,
a) Nilson ficará isento de pena, em razão do crime ter sido praticado contra
seu ascendente. Contudo, tal isenção não alcançará Ana Paula.
b) Haverá isenção da pena para Nilson, circunstância que também alcançará
sua namorada Ana Paula.
c) Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não
incidindo a isenção de pena para nenhum dos agentes.
d) Nilson responderá por furto qualificado, enquanto que Ana Paula
responderá por furto simples.
e) A responsabilização penal de Nilson e Ana Paula dependerá de queixa-
crime.
03 - É correto afirmar que é isento de pena a esposa que pratica crime de furto
qualificado com emprego de chave falsa contra seu marido na constância do
casamento, gozando está de imunidade penal absoluta.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E 04 – A
02 – C 05 – E
03 – C
759
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA I
760
Se utiliza tanto para assuntos inerentes ao cargo como para assuntos
particulares, a conduta será atípica.
761
👉 Antes do recebimento da denúncia – arrependimento posterior: -1 a 2/3
(art.16, CP)
EXERCÍCIOS
762
configurando-se, a princípio, o tipo penal do peculato-furto. Assertiva: Nessa
situação, como não detém a qualidade de servidor público, o agente responderá
pelo crime de furto em sua forma qualificada.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – B
04 – A
763
PRATICADO POR FUNCIONÁRIO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
764
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
☠ BIZU: SRA!!!
765
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
👉 Aqui, não existe vantagem indevida, por isso a corrupção é privilegiada, ocorre
quando o agente cede a pedido ou influência de terceira pessoa, existindo
assim, a interferência direta de terceira pessoa na tomada de decisão do agente.
EXERCÍCIOS
02 - João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais para não
cumprir rapidamente um mandado de citação, o que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de:
a) concussão;
b) corrupção passiva simples;
c) prevaricação;
d) corrupção passiva com aumento de pena;
e) tráfico de influência.
03 - João, policial civil, exigiu vantagem indevida de particular para não prendê-
lo em flagrante. A vítima não realizou o pagamento e prontamente comunicou o
fato a policiais civis. Nessa situação, como o delito de concussão é formal, o
crime consumou-se com a exigência da vantagem indevida, devendo João por
ele responder.
766
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – B
02 – D
03 – C
767
PRATICADO POR FUNCIONÁRIO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
GERAL
👉 Por ser crime formal, sua consumação ocorre quando o sujeito ativo
permite o acesso indevido do preso.
768
Art. 320- Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
☠ ADMITE TENTATIVA
769
QUALIFICADORA – Art. 321, parágrafo único CP
Parágrafo único- Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E 03 – E
02 – B
770
PRATICADO POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
☠ ADMITE TENTATIVA
771
Art. 330- Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Saiba que, para existir o crime, é necessário que a ordem legal tenha sido
dirigida de forma expressa a quem tem o dever de obedecê-la, além disso, é
necessário que haja notificação pessoal do responsável pelo cumprimento da
ordem, para que fique demonstrada a sua ciência da existência e, depois, a sua
intenção de não cumpri-la
☠ ADMITE TENTATIVA
772
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA – Art. 332, CP
Art. 332- Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
☠ ADMITE TENTATIVA
EXERCÍCIOS
773
Josias foi impedido de executar sua função. Nesse caso, de acordo com o
Código Penal, Marino responderá pelo crime de
a) resistência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para
esse crime.
b) resistência, aplicando-se a pena de detenção, sem prejuízo da
correspondente à violência.
c) resistência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da
correspondente à violência.
d) desobediência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da
correspondente à violência.
e) desobediência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para
esse crime.
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – E
02 – C
03 – E
774
PRATICADO POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
☠ BIZU: PÓ!!!
775
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
☠ MERCADORIA LÍCITA
776
§ 2 º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras,
inclusive o exercido em residências
☠ MERCADORIA ILÍCITA
777
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
EXERCÍCIOS
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
778
01 – D
02 – D
03 – E
☠ ADMITE TENTATIVA
779
§ 2º- A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de
contravenção.
👉 Além da vítima ser inocente, o agente tem que conhecer dessa inocência da
vítima, portando, não existirá crime de o agente acha que a vítima, de fato,
cometeu o crime.
☠ ADMITE TENTATIVA
780
FAVORECIMENTO REAL, Art. 349, CP
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de
receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa
Neste crime, o que se busca proteger, não é a figura do agente, mas o produto
do crime.
☠ ADMITE TENTATIVA
EXERCÍCIOS
781
d) hipótese de isenção de pena.
e) furto.
CERTO ( ) ERRADO ( )
CERTO ( ) ERRADO ( )
GABARITO
01 – D
02 – B
03 – E
04 – C
782
DIREITOS HUMANOS
E CIDADANIA
783
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
PREÂMBULO
Como base introdutória de nossa resolução, podemos destacar que a DUDH tem
como referência, a dignidade da pessoa humana, que constitui o núcleo dos
Direitos Humanos. É destacado ainda no preâmbulo a necessidade de os países
se comprometam em desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o
respeito aos diretos humanos e liberdades fundamentais.
Artigo I
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com
espírito de fraternidade.
Artigo II
1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2 - Não será
também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de
um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a
qualquer outra limitação de soberania
784
DIREITO A VIDA, LIBERDADE E SEGURANÇA PESSOAL - (Artigo III)
Artigo III
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”
Constituem direitos de primeira dimensão, todo ser humano tem direito a viver
de forma digna, à liberdade de ir e vir, a segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de
escravos serão proibidos em todas as suas formas
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano
ou degradante.”
Artigo VI
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação
que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
785
Não confunda a igualdade formal com a igualdade material estudada
anteriormente quando tratamos da isonomia, na igualdade formal, destacamos
a igualdade perante a lei, ou seja, a lei funciona como mecanismo de proteção
que deverá ser aplicada a todas as pessoas igualmente, sem qualquer distinção
e sem qualquer discriminação.
EXERCÍCIOS
a) Direitos Sociais.
b) Dignidade da pessoa humana.
c) Respeito e dignidade.
d) Respeito às diferenças sociais, culturais, religiosas, econômicas.
a) á segurança nacional.
b) á liberdade.
786
c) á propriedade.
d) á vida.
e) de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - B
02 - D
03 - A
04 - C
Artigo VIII
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam
reconhecidos pela constituição ou pela lei.
O artigo afirma que todas as pessoas tem direito ao devido processo legal.
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
787
É vedada de forma opressora.
Artigo X
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre
seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra
ele.
Artigo XI
Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser
presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de
acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
Artigo XII
Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em
seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo
ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
788
Todos temos direto a intimidade, a vida privada e a proteção contra atos que
violem o domicílio.
Artigo XIII
Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência
dentro das fronteiras de cada Estado.
Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio,
e a este regressar.
Em regra, toda pessoa vítima de perseguição tem direto a asilo em outros países,
observe, no entanto, as causas em que o asilo não é permitido: perseguição
legítima por crimes de direito comum, e também por atos contrários aos objetivos
das Nações Unidas.
Artigo XV
Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
789
Toas as pessoas tem direto a nacionalidade, a DUDH repudia a condição de
apátrida.
Artigo XVI
Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar
uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua
duração e sua dissolução.
EXERCÍCIO
1. Para Norberto Bobbio, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi uma
inspiração e orientação para o crescimento da sociedade internacional, com o
principal objetivo de torná‐la num Estado e fazer la num Estado e fazer também
com que os seres humanos fossem iguais e livres. A respeito de seus termos, é
INCORRETO afirmar que
790
a) é admitida a conduta arbitrária, quando se trata de caso de exílio.
b) ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis,
desumanos ou degradantes.
c) o documento defende que todos têm o direito de receber dos tribunais
nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos
fundamentais, não apenas aqueles que lhe sejam reconhecidos pela
constituição, como também pela lei.
d) todo aquele que for vítima de perseguição tem o direito de procurar e de gozar
asilo em outros países, exceto quando esta for legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das
Nações Unidas.
I. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção fora das fronteiras de
cada Estado.
II. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.
III. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
IV. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
791
I. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
II. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
III. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido
culpado até que a sua inocência tenha sido provada de acordo com a lei.
IV. Todo ser em julgamento público pode ter asseguradas todas as garantias
necessárias à sua defesa dependendo do delito praticado.
V. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus
direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
GABARITO
01 - A
02 - E
03 - A
792
LIBERDADE DE EXPRESSÃO (Artigos XVIII e XIX)
Artigo XVIII
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, em público ou em particular.
Artigo XIX
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.
Todo ser humano tem direto de ter sua liberdade de expressão preservada,
liberdade essa que pode ser entendida como direito de pensamento, de crença,
religião, opinião dentre outros.
Artigo XX
Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação”.
Desde que de forma pacífica, não posso impedir a reunião de pessoas nem a
obrigar a associar-se ou manter-se associada.
793
Artigo XXII
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social,
à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo
com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais
e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua
personalidade.
Artigo XXIII
Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o
desemprego.
Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual
remuneração por igual trabalho.
Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e
satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência
compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social.
Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar
para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação
razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
794
• direito a férias
Artigo XXV
Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-
lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário,
habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e
direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez,
velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em
circunstâncias fora de seu controle.
Artigo XXVI
Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar
será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos,
bem como a instrução superior, está baseada no mérito.
795
Artigo XXVII
Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir das artes e de participar do progresso científico e de
seus benefícios.
Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual
seja autor.
Artigo XXVIII
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que
os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser
plenamente realizados.
Artigo XXIX
Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e
pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
Para finalizarmos nosso estudo sobre a DUDH, seu último artigo prevê que os
artigos devem ser interpretados de forma a possibilitar sua ampliação.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como
o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de
exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição
de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
796
EXERCÍCIO
Gabarito
01 – D
CARTA DA ONU I
A ONU surge após Guerras Mundiais que trouxeram muito sofrimento a toda
humanidade. Busca reafirmar a fé, a dignidade e os valores da pessoa humana.
Em decorrência desses objetivos traçados, o respectivo Governo busca, por
intermédio de representantes, concordando com a Carta das Nações Unidas,
estabelecer por meio dela, um Organização Internacional que será conhecida
como Nações Unidas.
Essa previsão é encontrada já no preambulo da presente Carta.
No nosso estudo sobre a Carta Das Nações Unidas, abordaremos os tópicos
mais importantes, com os artigos de maior incidência em concursos públicos.
PROPÓSITOS
Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são:
797
Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar,
coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os
atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios
pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito
internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que
possam levar a uma perturbação da paz;
Quando nos referimos a propósitos, estamos nos referindo aquilo que a ONU
busca alcançar com sua criação, para a sua prova memorize. São propósitos da
ONU:
PRINCÍPIOS
798
de boa-fé as obrigações por eles assumidas de acordo com a presente
Carta.
A Organização fará com que os Estados que não são Membros das
Nações Unidas ajam de acordo com esses Princípios em tudo quanto for
necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais.
MEMBROS
Artigo 3.
Os Membros originais das Nações Unidas serão os Estados que, tendo
participado da Conferência das Nações Unidas sobre a Organização
799
Internacional, realizada em São Francisco, ou, tendo assinado
previamente a Declaração das Nações Unidas, de 1 de janeiro de 1942,
assinarem a presente Carta, e a ratificarem, de acordo com o Artigo 110.
Artigo 4.
A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os
Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na
presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos
a cumprir tais obrigações.
Artigo 5.
O Membro das Nações Unidas, contra o qual for levada a efeito ação
preventiva ou coercitiva por parte do Conselho de Segurança, poderá ser
suspenso do exercício dos direitos e privilégios de Membro pela
Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.
Artigo 6.
O Membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os
Princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da
Organização pela Assembleia Geral mediante recomendação do
Conselho de Segurança.
800
Artigo 7.
Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma
Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico
e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um
Secretariado.
ASSEMBLEIA GERAL
Constituída por todos os membros da ONU, é um órgão deliberativo. Cada
membro poderá ter até cinco representantes.
Artigo 9.
A Assembleia Geral será constituída por todos os Membros das Nações
Unidas.
Artigo 10.
A Assembleia Geral poderá discutir quaisquer questões ou assuntos que
estiverem dentro das finalidades da presente Carta ou que se
relacionarem com as atribuições e funções de qualquer dos órgãos nela
801
previstos e, com exceção do estipulado no Artigo 12, poderá fazer
recomendações aos Membros das Nações Unidas ou ao Conselho de
Segurança ou a este e àqueles, conjuntamente, com referência a
qualquer daquelas questões ou assuntos
Artigo 12.
Enquanto o Conselho de Segurança estiver exercendo, em relação a
qualquer controvérsia ou situação, as funções que lhe são atribuídas na
presente Carta, a Assembleia Geral não fará nenhuma recomendação a
respeito dessa controvérsia ou situação, a menos que o Conselho de
Segurança a solicite.
Artigo 13.
• A Assembleia Geral iniciará estudos e fará recomendações, destinados a:
802
• As demais responsabilidades, funções e atribuições da Assembleia Geral,
em relação aos assuntos mencionados no parágrafo 1(b) acima, estão
enumeradas nos Capítulos IX e X.
Artigo 15.
A Assembleia Geral receberá e examinará os relatórios anuais e especiais
do Conselho de Segurança. Esses relatórios incluirão uma relação das
medidas que o Conselho de Segurança tenha adotado ou aplicado a fim
de manter a paz e a segurança internacionais.
VOTAÇÃO
Artigo 18.
Cada Membro da Assembleia Geral terá um voto.
803
Membros; à expulsão dos Membros; questões referentes o funcionamento
do sistema de tutela e questões orçamentárias.
Artigo 19.
O Membro das Nações Unidas que estiver em atraso no pagamento de
sua contribuição financeira à Organização não terá voto na Assembleia
Geral, se o total de suas contribuições atrasadas igualar ou exceder a
soma das contribuições correspondentes aos dois anos anteriores
completos. A Assembleia Geral poderá, entretanto, permitir que o referido
Membro vote, se ficar provado que a falta de pagamento é devida a
condições independentes de sua vontade.
Com relação a votação, observe que existem dois quóruns, a regra é que as
decisões sejam tomadas por maioria relativa dos votos, porém, em questões
importantes, serão tomadas por maioria de 2/3.
PROCESSO
Artigo 20.
A Assembleia Geral reunir-se-á em sessões anuais regulares e em
sessões especiais exigidas pelas circunstâncias. As sessões especiais
serão convocadas pelo Secretário-Geral, a pedido do Conselho de
Segurança ou da maioria dos Membros das Nações Unidas.
Artigo 21.
A Assembleia Geral adotará suas regras de processo e elegerá seu
presidente para cada sessão.
Artigo 22.
A Assembleia Geral poderá estabelecer os órgãos subsidiários que julgar
necessários ao desempenho de suas funções.
804
• ESPECIAIS: convocadas pelo Secretário Geral da ONU a pedido do
Conselho de Segurança ou pela maioria dos Estados-membros da
organização.
CONSELHO DE SEGURANÇA
Artigo 23.
O Conselho de Segurança será composto de quinze Membros das
Nações Unidas. A República da China, a França, a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do norte
e os Estados unidos da América serão membros permanentes do
Conselho de Segurança. A Assembleia Geral elegerá dez outros
Membros das Nações Unidas para Membros não permanentes do
Conselho de Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro
lugar, a contribuição dos Membros das Nações Unidas para a
manutenção da paz e da segurança internacionais e para os outros
propósitos da Organização e também a distribuição geográfica equitativa.
NÃO PERMANENTES
• Eleitos pela Assembleia Geral o Mandato de 2 anos
805
EXERCÍCIOS
1. Quando nos referimos a propósitos, estamos nos referindo aquilo que a ONU
busca alcançar com sua criação, o objetivo principal é a busca de uma relação
amigável entre países.
Certo ( ) errado ( )
Certo ( ) errado ( )
Certo ( ) errado ( )
GABARITO
01 - C
02 - C
03 - D
04 - C
806
CARTA DA ONU II
Dando continuidade ao nosso estudo sobre a Carta das Nações Unidas, observe:
VOTAÇÃO
Artigo 27.
Cada membro do Conselho de Segurança terá um voto.
PROCESSO
Artigo 28.
O Conselho de Segurança será organizado de maneira que possa
funcionar continuamente. Cada membro do Conselho de Segurança será,
para tal fim, em todos os momentos, representado na sede da
Organização.
807
Artigo 29.
O Conselho de Segurança poderá estabelecer órgãos subsidiários que
julgar necessários para o desempenho de suas funções.
Artigo 30.
O Conselho de Segurança adotará seu próprio regulamento interno, que
incluirá o método de escolha de seu Presidente.
Artigo 31.
Qualquer membro das Nações Unidas, que não for membro do Conselho
de Segurança, poderá participar, sem direito a voto, na discussão de
qualquer questão submetida ao Conselho de Segurança, sempre que este
considere que os interesses do referido Membro estão especialmente em
jogo.
Artigo 32.
Qualquer Membro das Nações Unidas que não for Membro do Conselho
de Segurança, ou qualquer Estado que não for Membro das Nações
Unidas será convidado, desde que seja parte em uma controvérsia
submetida ao Conselho de Segurança, a participar, sem voto, na
discussão dessa controvérsia. O Conselho de Segurança determinará as
condições que lhe parecerem justas para a participação de um Estado
que não for Membro das Nações Unidas.
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS
Um dos objetivos da ONU é garantir que os países tenham boas relações, desse
modo, a Carta da ONU estabelece alguns mecanismos, de forma exemplificativa,
de solução de controvérsias que possam existir, para a sua prova observe os
presentes artigos.
808
Artigo 33.
As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à
paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a
uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação,
arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou acordos regionais, ou
a qualquer outro meio pacífico à sua escolha.
Artigo 34.
O Conselho de Segurança poderá investigar sobre qualquer controvérsia
ou situação suscetível de provocar atritos entre as Nações ou dar origem
a uma controvérsia, a fim de determinar se a continuação de tal
controvérsia ou situação pode constituir ameaça à manutenção da paz e
da segurança internacionais.
Artigo 35.
Qualquer Membro das Nações Unidas poderá solicitar a atenção do
Conselho de Segurança ou da Assembleia Geral para qualquer
controvérsia, ou qualquer situação, da natureza das que se acham
previstas no Artigo 34.
Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá solicitar a
atenção do Conselho de Segurança ou da Assembleia Geral para
qualquer controvérsia em que seja parte, uma vez que aceite,
previamente, em relação a essa controvérsia, as obrigações de solução
pacífica previstas na presente Carta.
809
Observe que em relação a solicitação de atenção da ONU a determinados
assuntos, existem diferenças aos países membros e não-membros.
• MEMBROS: podem solicitar em relação a qualquer controvérsia
• NÃO-MEMBRO: podem solicitar, desde que aceitem as obrigações
impostas, com observância do que está previsto na carta.
Artigo 39.
O Conselho de Segurança determinará a existência de qualquer ameaça
à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, e fará recomendações ou
decidirá que medidas deverão ser tomadas de acordo com os Artigos 41
e 42, a fim de manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais.
Artigo 40.
A fim de evitar que a situação se agrave, o Conselho de Segurança
poderá, antes de fazer as recomendações ou decidir a respeito das
medidas previstas no Artigo 39, convidar as partes interessadas a que
aceitem as medidas provisórias que lhe pareçam necessárias ou
aconselháveis. Tais medidas provisórias não prejudicarão os direitos ou
pretensões, nem a situação das partes interessadas. O Conselho de
Segurança tomará devida nota do não cumprimento dessas medidas.
Artigo 41.
O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver
o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas
suas decisões e poderá convidar os Membros das Nações Unidas a
aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou
parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários,
marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra
qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas.
Artigo 42.
No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas
previstas no Artigo 41 seriam ou demonstraram que são inadequadas,
poderá levar a efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a
810
ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a
segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações,
bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou
terrestres dos Membros das Nações Unidas.
Artigo 45.
A fim de habilitar as Nações Unidas a tomarem medidas militares
urgentes, os Membros das Nações Unidas deverão manter,
imediatamente utilizáveis, contingentes das forças aéreas nacionais para
a execução combinada de uma ação coercitiva internacional. A potência
e o grau de preparação desses contingentes, como os planos de ação
combinada, serão determinados pelo Conselho de Segurança com a
assistência da Comissão de Estado Maior, dentro dos limites
estabelecidos no acordo ou acordos especiais a que se refere o Artigo 43.
Artigo 49.
Os Membros das Nações Unidas prestar-se-ão assistência mútua para a
execução das medidas determinadas pelo Conselho de Segurança.
Artigo 50.
No caso de serem tomadas medidas preventivas ou coercitivas contra um
Estado pelo Conselho de Segurança, qualquer outro Estado, Membro ou
não das Nações unidas, que se sinta em presença de problemas
especiais de natureza econômica, resultantes da execução daquelas
medidas, terá o direito de consultar o Conselho de Segurança a respeito
da solução de tais problemas.
Artigo 51.
Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa
individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um
Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha
tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da
segurança internacionais. As medidas tomadas pelos Membros no
exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas
imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo
algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta
atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que
julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da
segurança internacionais
811
Contra qualquer questão que ameace a paz, serão feitas recomendações ou
outras medidas pelo Conselho de Segurança, dentre elas, a interrupção das
relações econômicas, dos meios de comunicação e relações diplomáticas. Após
a tomada dessas decisões, se forem, ainda, consideradas inadequadas, poderá
haver a adoção de medidas mais drásticas como a utilização das forças aéreas,
navais ou terrestres.
ACORDOS REGIONAIS
Artigo 52.
Nada na presente Carta impede a existência de acordos ou de entidades
regionais, destinadas a tratar dos assuntos relativos à manutenção da paz
e da segurança internacionais que forem suscetíveis de uma ação
regional, desde que tais acordos ou entidades regionais e suas atividades
sejam compatíveis com os Propósitos e Princípios das Nações Unidas.
Os Membros das Nações Unidas, que forem parte em tais acordos ou que
constituírem tais entidades, empregarão todo os esforços para chegar a
uma solução pacífica das controvérsias locais por meio desses acordos e
entidades regionais, antes de as submeter ao Conselho de Segurança.
Este Artigo não prejudica, de modo algum, a aplicação dos Artigos 34 e 35.
Artigo 53.
O conselho de Segurança utilizará, quando for o caso, tais acordos e
entidades regionais para uma ação coercitiva sob a sua própria
autoridade. Nenhuma ação coercitiva será, no entanto, levada a efeito de
conformidade com acordos ou entidades regionais sem autorização do
Conselho de Segurança, com exceção das medidas contra um Estado
inimigo como está definido no parágrafo 2 deste Artigo, que forem
determinadas em consequência do Artigo 107 ou em acordos regionais
destinados a impedir a renovação de uma política agressiva por parte de
qualquer desses Estados, até o momento em que a Organização possa,
a pedido dos Governos interessados, ser incumbida de impedir toda nova
agressão por parte de tal Estado.
812
O termo Estado inimigo, usado no parágrafo 1 deste Artigo, aplica-se a
qualquer Estado que, durante a Segunda Guerra Mundial, foi inimigo de
qualquer signatário da presente Carta.
Artigo 54.
O Conselho de Segurança será sempre informado de toda ação
empreendida ou projetada de conformidade com os acordos ou entidades
regionais para manutenção da paz e da segurança internacionais.
Artigo 55.
Com o fim de criar condições de estabilidade e bem-estar, necessárias às
relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao
princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações
Unidas favorecerão:
a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso
e desenvolvimento econômico e social;
b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais,
sanitários e conexos; a cooperação internacional, de caráter
cultural e educacional; e
c) o respeito universal e efetivo dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo,
língua ou religião.
• melhoria de vida
• solução dos problemas internacionais
• cooperação internacional
• respeito universal e efetivo dos direitos humanos
813
Artigo 57.
As várias entidades especializadas, criadas por acordos
intergovernamentais e com amplas responsabilidades internacionais,
definidas em seus instrumentos básicos, nos campos econômico, social,
cultural, educacional, sanitário e conexos, serão vinculadas às Nações
Unidas, de conformidade com as disposições do Artigo 63.
Artigo 59.
A Organização, quando julgar conveniente, iniciará negociações entre os
Estados interessados para a criação de novas entidades especializadas
que forem necessárias ao cumprimento dos propósitos enumerados no
Artigo 55.
Artigo 60.
A Assembleia Geral e, sob sua autoridade, o Conselho Econômico e
Social, que dispões, para esse efeito, da competência que lhe é atribuída
no Capítulo X, são incumbidos de exercer as funções da Organização
estipuladas no presente Capítulo.
EXERCÍCIOS
1. Poderão participar das discussões de questões submetidas ao Conselho de
Segurança tendo, inclusive, direito a voto, membros da ONU que não sejam
membros do Conselho de Segurança.
Certo ( ) Errado ( )
814
3. Cada membro do Conselho de Segurança terá um voto
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - E
02 - B
03 - C
815
• 54 membros
• eleitos em grupos de 18 membros todos os anos
• mandato de 3 anos
• cada membro terá nele 1 representante
Artigo 62.
O Conselho Econômico e Social fará ou iniciará estudos e relatórios a
respeito de assuntos internacionais de caráter econômico, social, cultural,
educacional, sanitário e conexos e poderá fazer recomendações a
respeito de tais assuntos à Assembleia Geral, aos Membros das Nações
Unidas e às entidades especializadas interessadas.
Artigo 63.
O conselho Econômico e Social poderá estabelecer acordos com
qualquer das entidades a que se refere o Artigo 57, a fim de determinar
as condições em que a entidade interessada será vinculada às Nações
Unidas. Tais acordos serão submetidos à aprovação da Assembleia
Geral.
Artigo 64.
O Conselho Econômico e Social poderá tomar as medidas adequadas a
fim de obter relatórios regulares das entidades especializadas. Poderá
entrar em entendimentos com os Membros das Nações Unidas e com as
entidades especializadas, a fim de obter relatórios sobre as medidas
tomadas para cumprimento de suas próprias recomendações e das que
forem feitas pelas Assembleia Geral sobre assuntos da competência do
Conselho.
816
Poderá comunicar à Assembleia Geral suas observações a respeito
desses relatórios.
Artigo 65.
O Conselho Econômico e Social poderá fornecer informações ao
Conselho de Segurança e, a pedido deste, prestar-lhe assistência.
Artigo 66.
O Conselho Econômico e Social desempenhará as funções que forem de
sua competência em relação ao cumprimento das recomendações da
Assembleia Geral.
Artigo 67.
Cada Membro do Conselho Econômico e Social terá um voto.
Processo
Artigo 68.
O Conselho Econômico e Social criará comissões para os assuntos
econômicos e sociais e a proteção dos direitos humanos assim como
817
outras comissões que forem necessárias para o desempenho de suas
funções.
Artigo 69.
O Conselho Econômico e Social poderá convidar qualquer Membro das
Nações Unidas a tomar parte, sem voto, em suas deliberações sobre
qualquer assunto que interesse particularmente a esse Membro.
Artigo 70.
O Conselho Econômico e Social poderá entrar em entendimentos para
que representantes das entidades especializadas tomem parte, sem voto,
em suas deliberações e nas das comissões por ele criadas, e para que os
seus próprios representantes tomem parte nas deliberações das
entidades especializadas.
Artigo 71.
O Conselho Econômico e Social poderá entrar nos entendimentos
convenientes para a consulta com organizações não governamentais,
encarregadas de questões que estiverem dentro da sua própria
competência. Tais entendimentos poderão ser feitos com organizações
internacionais e, quando for o caso, com organizações nacionais, depois
de efetuadas consultas com o Membro das Nações Unidas no caso.
Artigo 72.
O Conselho Econômico e Social adotará seu próprio regulamento, que
incluirá o método de escolha de seu Presidente.
818
O Conselho Econômico e Social terá competência de adotar seu próprio
regulamento, inclusive, poderá conter o método de escolha do seu presidente.
Quanto as reuniões, o Conselho reunir-se-á quando necessário, de acordo com
seu regulamento, nesse regulamento deverá contar ainda dispositivos referentes
a convocações de reuniões a pedido da maioria dos membros.
Cada membro do conselho terá um voto, e as decisões serão tomadas pela
maioria relativa dos membros votantes. Para o desempenho de suas funções,
poderão ser criadas comissões.
Se houver um assunto que interesse em específico um membro da ONU, o
Conselho poderá convoca-lo para tomar parte, porém, não terá direito a voto em
suas deliberações
O Conselho Econômico e Social terá competência de adotar seu próprio
regulamento, inclusive, poderá conter o método de escolha do seu presidente.
Quanto as reuniões, o Conselho reunir-se-á quando necessário, de acordo com
seu regulamento, nesse regulamento deverá contar ainda dispositivos referentes
a convocações de reuniões a pedido da maioria dos membros.
Artigo 76.
Os objetivos básicos do sistema de tutela, de acordo com os Propósitos
das Nações Unidas enumerados no Artigo 1 da presente Carta serão:
819
d) assegurar igualdade de tratamento nos domínios social,
econômico e comercial para todos os Membros das nações Unidas
e seus nacionais e, para estes últimos, igual tratamento na
administração da justiça, sem prejuízo dos objetivos acima
expostos e sob reserva das disposições do Artigo 80.
Artigo 78.
O sistema de tutela não será aplicado a territórios que se tenham tornado
Membros das Nações Unidas, cujas relações mútuas deverão basear-se
no respeito ao princípio da igualdade soberana.
Artigo 81.
O acordo de tutela deverá, em cada caso, incluir as condições sob as
quais o território tutelado será administrado e designar a autoridade que
exercerá essa administração. Tal autoridade, daqui por diante chamada a
autoridade administradora, poderá ser um ou mais Estados ou a própria
Organização.
Artigo 84.
A autoridade administradora terá o dever de assegurar que o território
tutelado preste sua colaboração à manutenção da paz e da segurança
internacionais. para tal fim, a autoridade administradora poderá fazer uso
de forças voluntárias, de facilidades e da ajuda do território tutelado para
o desempenho das obrigações por ele assumidas a este respeito perante
o Conselho de Segurança, assim como para a defesa local e para a
manutenção da lei e da ordem dentro do território tutelado.
820
CONSELHO DE TUTELA
Artigo 86.
O Conselho de Tutela será composto dos seguintes Membros das Nações
Unidas:
a) os Membros que administrem territórios tutelados;
b) aqueles dentre os Membros mencionados nominalmente no Artigo
23, que não estiverem administrando territórios tutelados; e
c) quantos outros Membros eleitos por um período de três anos, pela
Assembleia Geral, sejam necessários para assegurar que o
número total de Membros do Conselho de Tutela fique igualmente
dividido entre os Membros das Nações Unidas que administrem
territórios tutelados e aqueles que o não fazem.
Artigo 87.
A Assembleia Geral e, sob a sua autoridade, o Conselho de Tutela, no
desempenho de suas funções, poderão:
a) examinar os relatórios que lhes tenham sido submetidos pela
autoridade administradora;
b) Aceitar petições e examiná-las, em consulta com a autoridade
administradora;
c) providenciar sobre visitas periódicas aos territórios tutelados em
épocas ficadas de acordo com a autoridade administradora; e
d) tomar estas e outras medidas de conformidade com os termos dos
acordos de tutela.
Artigo 88.
O Conselho de Tutela formulará um questionário sobre o adiantamento
político, econômico, social e educacional dos habitantes de cada território
tutelado e a autoridade administradora de cada um destes territórios,
dentro da competência da Assembleia Geral, fará um relatório anual à
Assembleia, baseado no referido questionário.
Memorize:
• membros que administrem territórios tutelados
821
• membros permanentes do conselho de segurança que não estiverem
administrando territórios cada membro designará uma pessoa
especialmente qualificada para representa-lo.
Artigo 89
Cada Membro do Conselho de Tutela terá um voto.
Artigo 93.
Todos os Membros das Nações Unidas são ipso facto partes do Estatuto
da Corte Internacional de Justiça.
Um Estado que não for Membro das Nações Unidas poderá tornar-se
parte no Estatuto da Corte Internacional de Justiça, em condições que
serão determinadas, em cada caso, pela Assembleia Geral, mediante
recomendação do Conselho de Segurança.
Artigo 94.
Cada Membro das Nações Unidas se compromete a conformar-se com a
decisão da Corte Internacional de Justiça em qualquer caso em que for
parte.
Se uma das partes num caso deixar de cumprir as obrigações que lhe
incumbem em virtude de sentença proferida pela Corte, a outra terá direito
822
de recorrer ao Conselho de Segurança que poderá, se julgar necessário,
fazer recomendações ou decidir sobre medidas a serem tomadas para o
cumprimento da sentença.
Artigo 95.
Nada na presente Carta impedirá os Membros das Nações Unidas de
confiarem a solução de suas divergências a outros tribunais, em virtude
de acordos já vigentes ou que possam ser concluídos no futuro.
Artigo 96.
A Assembleia Geral ou o Conselho de Segurança poderá solicitar parecer
consultivo da Corte Internacional de Justiça, sobre qualquer questão de
ordem jurídica.
Competência da Corte
• CONSULTIVA – parecer oficial a respeito de determinadas matérias
• CONTENCIOSA – resolução de litígios, quando há violação de direitos
humanos
SECRETARIADO
É o principal funcionário administrativo da ONU
Artigo 97.
O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal
exigido pela Organização. O Secretário-Geral será indicado pela
Assembleia Geral mediante a recomendação do Conselho de Segurança.
Será o principal funcionário administrativo da Organização.
Artigo 98.
O Secretário-Geral atuará neste caráter em todas as reuniões da
Assembleia Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico
e Social e do Conselho de Tutela e desempenhará outras funções que lhe
823
forem atribuídas por estes órgãos. O Secretário-Geral fará um relatório
anual à Assembleia Geral sobre os trabalhos da Organização.
Artigo 99.
O Secretário-Geral poderá chamar a atenção do Conselho de Segurança
para qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a manutenção
da paz e da segurança internacionais.
Artigo 100.
No desempenho de seus deveres, o Secretário-Geral e o pessoal do
Secretariado não solicitarão nem receberão instruções de qualquer
governo ou de qualquer autoridade estranha à organização. Abster-se-ão
de qualquer ação que seja incompatível com a sua posição de
funcionários internacionais responsáveis somente perante a
Organização.
Artigo 101.
O pessoal do Secretariado será nomeado pelo Secretário Geral, de
acordo com regras estabelecidas pela Assembleia Geral.
824
EMENDAS
Artigo 108.
As emendas à presente Carta entrarão em vigor para todos os Membros
das Nações Unidas, quando forem adotadas pelos votos de dois terços
dos membros da Assembleia Geral e ratificada de acordo com os seus
respectivos métodos constitucionais por dois terços dos Membros das
Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho
de Segurança.
Artigo 109.
Uma Conferência Geral dos Membros das Nações Unidas, destinada a
rever a presente Carta, poderá reunir-se em data e lugar a serem fixados
pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e de nove
membros quaisquer do Conselho de Segurança.
Cada Membro das Nações Unidas terá voto nessa Conferência.
Qualquer modificação à presente Carta, que for recomendada por dois
terços dos votos da Conferência, terá efeito depois de ratificada, de
acordo com os respectivos métodos constitucionais, por dois terços dos
Membros das Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes
do Conselho de Segurança.
A Carta da ONU poderá ser alterada por emenda, porém, para isso, um quórum
deve ser observado:
• 2/3 dos votos dos membros da assembleia geral
• retificada por 2/3 dos membros das nações unidas e todos os membros
permanentes do conselho de segurança.
825
EXERCÍCIO
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - C
02 - C
03 - C
826
CONVENÇÃO PARA PREVENÇÃO E REPRESSÃO
AO CRIME DE GENOCÍDIO
Artigo 2º
Na presente Convenção, entende-se por genocídio os atos abaixo indicados,
cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional,
étnico, racial ou religioso, tais como:
a) Assassinato de membros do grupo;
b) Atentado grave à integridade física e mental de membros do grupo;
c) Submissão deliberada do grupo a condições de existência que
acarretarão a sua destruição física, total ou parcial;
d) Medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) Transferência forçada das crianças do grupo para outro grupo.
827
Artigo 3º
Serão punidos os seguintes atos:
a) O genocídio;
b) O acordo com vista a cometer genocídio;
c) O incitamento, direto e público, ao genocídio;
d) A tentativa de genocídio;
e) A cumplicidade no genocídio.
Artigo 6.º
As pessoas acusadas de genocídio ou de qualquer dos outros atos
enumerados no artigo 3.º serão julgadas pelos tribunais competentes do
Estado em cujo território o ato foi cometido ou pelo tribunal criminal
internacional que tiver competência quanto às Partes Contratantes que
tenham reconhecido a sua jurisdição
Artigo 7º
O genocídio e os outros atos enumerados no artigo 3.º não serão
considerados crimes políticos, para efeitos de extradição.
Artigo 8°
As Partes Contratantes podem recorrer aos órgãos competentes da
Organização das Nações Unidas para que estes, de acordo com a Carta
das Nações Unidas, tomem as medidas que julguem apropriadas para a
828
prevenção e repressão dos atos de genocídio ou dos outros atos
enumerados no artigo 3º
Artigo 14°
A presente Convenção terá uma duração de 10 anos contados da data da
sua entrada em vigor.
Artigo 17°
O Secretário-Geral das Nações Unidas notificará todos os Estados
membros da Organização e os Estados não membros referidos no artigo
11.º:
a) Das assinaturas, ratificações e adesões recebidas em aplicação do
artigo 11.º;
b) Das notificações recebidas em aplicação do artigo 12.º;
c) Da data da entrada em vigor da presente Convenção, em aplicação
do artigo 13.º;
829
d) Das denúncias recebidas em aplicação do artigo 14.º;
e) Da revogação da Convenção em aplicação do artigo 15.º;
f) Das notificações recebidas em aplicação do artigo 16.
Exercícios
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
4. Por ser o genocídio um crime contra os mais preciosos valores do ser humano,
ele poderá ser considerado um crime político, o que autoriza a extradição
Certo ( ) Errado ( )
830
Gabarito
01 - C
02 - C
03 - C
04 - E
831
LEGISLAÇÃO
ESPECIAL
832
Lei De Drogas – 11.343/2006
Considerações iniciais:
Antes de iniciarmos falando sobre a Lei de Drogas em si, devemos observar
alguns pontos que as bancas podem nos confundir, como por exemplo a questão
da revogação de duas leis que tratavam sobre drogas, mas com assuntos
diferentes. A lei 11.343/2006 revogou expressamente Lei n. 6.368/1976 que
trazia o que estava escrito na lei, ou seja, a conduta em si e 10.409/2002 que
trazia os procedimentos que deveriam ser feitos sendo conhecidas como antiga
lei de drogas.
Pontos Importantes:
• A nova lei de drogas trouxe um tratamento diferenciado quanto a antiga para o
chamado usuário, pois na 11.343/2006 o usuário tem sua punição sendo feita de
forma menos rigorosa em comparação com a antiga lei que trazia uma permissão
de prisão de até 03 anos.
• Foi criado o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.
Art. 1º - Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas
- SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define
crimes.
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as
substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim
especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo
Poder Executivo da União.
833
BIZU MONSTRUOSO!!!
A lei de drogas contém tipos penais em branco, ou seja, são títulos que
precisam ter seu conteúdo estabelecido por outra forma.
EXERCÍCIOS
834
3) A lei de drogas institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas-
SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito
de drogas e define crimes.
GABARITO:
1-E
2-E
3-C
835
Lei De Drogas – 11.343/2006
836
III - Difusão de boas práticas de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção
social e econômica de usuários de drogas;
IV - Divulgação de iniciativas, ações e campanhas de prevenção do uso indevido
de drogas;
V - Mobilização da comunidade para a participação nas ações de prevenção e
enfrentamento às drogas;
VI - Mobilização dos sistemas de ensino previstos na Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, na
realização de atividades de prevenção ao uso de drogas.
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério
Público e o defensor.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
OBS: Quando iniciamos a fala sobre o caput do art. 28, é importante salientar
que houve uma mudança em relação a lei anterior, que não trazia como delito
as condutas de “ter em depósito” e “transportar”.
837
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia,
cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
BIZU MONSTRUOSO!!!
Não há descriminalização no artigo 28 e sim despenalização, para o STF as
medidas previstas no artigo 28 são pena
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas
pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
OBS: Temos que nos atentar as penas previstas no inciso II e III que tem um
limite temporal de 5 meses, e havendo reincidência 10 meses.
838
• E se caso o agente se recuse a cumprir as medidas?
Se o agente se recursar injustificadamente a cumprir as medidas previstas no
art. 28, o juiz deve submetê-lo, sucessivamente, a admoestação verbal e
multa.
EXERCÍCIOS
GABARITO:
1-C
2-E
3-C
839
Lei De Drogas – 11.343/2006
Aspectos importantes
Posse: É o tipo penal que descreve a conduta de quem adquiri a droga.
Consumo pessoal: “Viciado”/usuário.
#CARACTERÍSTICAS:
BIZU MONSTRUOSO!!!
De acordo com o princípio da reserva legal “USAR” não é crime, logo não se
pode punir alguém por conduta que não está descrita na lei.
840
É importante salientar que a apreensão da droga é obrigatória.
BIZU MONSTRUOSO!!!
QUEM CULTIVA, SEMEIA OU COLHE PLANTAS PARA FABRICAÇÃO DE
DROGAS É TRAFICANTE?
Depende
1) Pequena quantidade de drogas
2) Destinado ao consumo pessoal
841
EXERCÍCIOS
2) De acordo com o STF as penas do artigo 28 não tem natureza de crime, pois
foi admitido a descriminalização destas condutas.
GABARITO:
1-E
2-E
842
Lei De Drogas – 11.343/2006
Aspectos penais
Art. 31 - É indispensável a licença prévia da autoridade competente para
produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito,
importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,
comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima
destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais.
3) A autoridade policial deve atentar por recolher uma quantidade suficiente para
produção de prova que ficará constado no inquérito e nos autos.
BIZU MONSTRUOSO: Não deve ser destruída a droga sem antes recolher
uma quantidade suficiente para ser feito o exame pericial.
TRÁFICO DE DROGAS
843
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
Já para darmos início a tal assunto devemos observar que o tráfico ilícito de
entorpecentes tem 18 núcleos do tipo, ou 18 verbos diferentes.
BIZU MONSTRUOSO!!!
O cometimento de qualquer das 18 condutas não depende de lucro. Ainda
pratica o crime de tráfico aquele que fornece ou oferece drogas, mesmo que
gratuitamente.
844
IV - Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico
destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
ATENÇÃO!!!
1) De acordo com o STF a matéria-prima ou insumo deve ter condições e
qualidades químicas que permitam, mediante transformação ou adição, por
exemplo, a produção da droga ilícita. Não é esse o caso das sementes da planta
cannabis sativa, as quais não possuem a substância psicoativa THC, ou seja, as
sementes da maconha não configuram os elementos proibidos pelo texto
legal.
2) O inciso II criminaliza a conduta de quem planta ou colhe os vegetais que
servem de matéria prima para o preparo da droga. Devemos observar também
o que traz a constituição federal em seu artigo 243:
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de
trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no
que couber, o disposto no art. 5º.
3) O inciso III trata da utilização de bem ou local de qualquer natureza para o
tráfico. Este tipo penal pune o agente que não pratica o tráfico diretamente, mas
o admite em local da qual tem a posse, propriedade, administração, guarda ou
vigilância.
845
EXERCÍCIOS
GABARITO:
1-C
2-E
846
Lei De Drogas – 11.343/2006
TRÁFICO DE DROGAS
Aspectos importantes
§ 3º - Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
#TRÁFICO PRIVILEGIADO
847
1) que o agente seja primário.
2) tenha bons antecedentes.
3) não integre organizações nem se dedique a atividades criminosas.
ATENÇÃO!!!
848
Este delito trata dos meios materiais para preparo da droga maquinário,
aparelhos, instrumentos ou quaisquer objetos que tenham relação com o
preparo, produção ou transformação de drogas.
ATENÇÃO!!!
A Doutrina diverge quanto à possibilidade de concurso material entre o crime
do art. 33 e o do art. 34. Na prática, os juízes não têm aplicado o concurso
material, determinando que o crime de tráfico absorve o do art. 34, por ser mais
grave.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o,
e 34 desta Lei:
- Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos)
a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
- Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se
associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
ATENÇÃO!!!
Incorre neste crime o agente policial que tem conhecimento das ações de
repressão ao tráfico que serão realizadas e entrega as informações aos
criminosos.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite
o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar
ATENÇÃO!!!
849
Este é o único crime culposo da Lei de Drogas. A conduta tipificada é a daquele
que prescreve (autoriza o uso, concede a prescrição), ou ministra (entrega para
o consumo) drogas.
Se as condutas forem praticadas de forma dolosa, o crime será o de tráfico
ilícito de drogas.
ATENÇÃO!!!
Se o agente estiver conduzindo embarcação ou aeronave após consumir álcool,
ele não incorrerá no crime em estudo, pois o álcool não está presente na lista
publicada pela Anvisa, e por isso não é considerado droga.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um
sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
850
efetivamente transpostas, conforme a jurisprudência do STJ, hoje consolidada
na Súmula 587.
→ O agente que envolve menor de idade no crime de tráfico de drogas pode ser
condenado por Corrupção de Menores?
851
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são
inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o
livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua
concessão ao reincidente específico.
ATENÇÃO!!
O STF negou, o indulto humanitário a uma pessoa condenada pelos crimes de
tráfico e associação para o tráfico de drogas.
ASPECTOS PROCESSUAIS
852
ATENÇÃO!!
A competência para processar e julgar os crimes de tráfico de drogas, inclusive
quando ultrapassarem os limites dos estados, é da Justiça Comum Estadual.
Aqui é tratado sobre a colaboração das testemunhas para elucidação dos fatos
e resolução dos delitos referente ao tráfico de drogas trazendo no texto de lei
que se usem os instrumentos de proteção que a lei prevê.
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37
desta Lei, o juiz, sempre que as circunstâncias o recomendem, empregará os
instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei no
9.807, de 13 de julho de 1999.
Aqui é tratado sobre a colaboração das testemunhas para elucidação dos fatos
e resolução dos delitos referente ao tráfico de drogas trazendo no texto de lei
que se usem os instrumentos de proteção que a lei prevê.
853
• Não haverá auto de prisão em flagrante, mas deve ser elaborado termo
circunstanciado. (TCO)
• Deve ser encaminhado ao juízo competente.
#PRISÃO EM FLAGRANTE:
BIZU MONSTRUOSO!!!
O texto de lei fala sobre a autoridade policial judiciária, ou seja, trata da função
investigativa da PC e PF, não aceitando a Polícia militar lavrando um flagrante.
854
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade
de polícia judiciária.
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos
nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização
judicial e ouvido o
Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
855
I - A infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída
pelos órgãos especializados pertinentes;
856
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-E
2-C
857
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 I
Competência – SINARM
Art. 2° Ao sinarm compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante
cadastro
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no país:
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações
expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes
de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento
de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a
procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença
para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e
858
munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões
de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito
Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos
territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo
das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus
registros próprios.
Observe que o SINARM não controlará todas as armas de fogo, serão
excluídas, por exemplo, as de Forças Armadas e Auxiliares – Exército, Marinha
e Aeronáutica, que possuem seus arsenais próprios. Tais armas estão sujeitas
ao seu próprio regramento – Sistema de Gerenciamento Militar de Armas –
SIGMA.
Cadastro
O Decreto nº 9.847 de 2019 regulamenta a Lei nº 10.826/03 para tratar, inclusive,
sobre o cadastro:
859
O Cadastro consiste em colocar a arma em um banco de dados, não está
vinculada a nenhuma pessoa.
DO REGISTRO
Diferentemente do Cadastro, o registro da arma de fogo consiste na matrícula
da arma que esteja vinculada à identificação do respectivo proprietário em banco
de dados, ou seja, aqui, há a vinculação a determinada pessoa.
860
ATENÇÃO!!! A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre
correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento
desta Lei. (§2º)
CUIDADO!!!
Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo,
na forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso
permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
características daquela a ser adquirida. (§8º)
861
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia
Federal e será precedido de autorização do SINARM.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
(Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)
EXERCÍCIOS
A) 15 (quinze) dias.
B) 60 (sessenta) dias.
C) 45 (quarenta e cinco) dias.
D) 30 (trinta) dias.
862
03 - A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada
a comunicar a venda à autoridade competente, como também a manter banco
de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos
previstos no artigo 4° da Lei n° 10.826/2003
GABARITO
01 - C
02 - D
03 - C
863
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 II
ATENÇÃO!!!
É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria.
Observe então, que a regra é de que o porte de arma de fogo é proibido, com
algumas ressalvas estabelecidas em lei.
864
serviço)
VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,
da Constituição Federal (terão direito de portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de
serviço)
VII – Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os
integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – As empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas,
nos termos desta Lei;
IX – Para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas,
cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do
regulamento desta Lei, observando- se, no que couber, a legislação ambiental.
X - Integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de
Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
XI – Os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal
e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de
servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de
funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público -
CNMP.
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão
direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas
constantes dos incisos I, II, V e VI.
§ 1º - B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais
poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:
I - Submetidos a regime de dedicação exclusiva;
II - Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e
III - Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.
865
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Municípios com mais de 500.000 habitantes, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei;
(…)
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram
regiões metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em
serviço.
CUIDADO!!!
O STF AUTORIZA PORTE DE ARMA PARA GUARDAS MUNICIPAIS DE
CIDADES PEQUENAS
ADI 5.948: Diante do exposto, nos termos dos arts.10, § 3º, da Lei 9.868/99 e
21, V, do RISTF, CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA, ad
referendum do Plenário, DETERMINANDO A IMEDIATA SUSPENSÃO DA
EFICÁCIA das expressões das capitais dos Estados e com mais de 500.00
(quinhentos mil) habitantes, no inciso III, bem como o inciso IV, ambos do art. 6º
da Lei Federal nº 10.826/2003.
Com a decisão do STF, podemos afirmar que guarda municipal poderá arma
mesmo fora do serviço, independentemente da quantidade de população.
866
PORTE PARA CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA
COLECIONADORES
867
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei,
compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar a produção,
exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de
armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o
porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e
caçadores.
EXERCÍCIOS
868
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo,
comprovados os requisitos legais, na categoria:
A) atirador amador
B) competidor eventual
C) caçador para subsistência
D) profissional de segurança
GABARITO
01 – B
02 – E
03 – C
869
ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI 10. 826/03 III
• ARMA DE FOGO
• ACESSÓRIO
• MUNIÇÃO
CUIDADO!!! Existem dois crimes que não possuem os três objetos materiais de
forma alternativa:
ARMA DE FOGO
Alguns entendimentos que você não encontra na letra da Lei são de extrema
importância para a sua prova, vamos a elas:
O STJ tem jurisprudência pacificada no sentido de que o porte ilegal de arma de fogo
desmuniciada ou desmontada configura hipótese de perigo abstrato, bastando apenas a prática
do ato de levar consigo para a consumação do delito - STF (HC 119154/BA) e STJ (HC
248580/2014) STJ (1400337/2013) e STF (RHC 117566/2013)
870
O STJ tem jurisprudência pacificada no sentido de que o porte ilegal de arma de fogo
desmuniciada ou desmontada configura hipótese de perigo abstrato, bastando apenas a prática
do ato de levar consigo para a consumação do delito - STF (HC 119154/BA) e STJ (HC
248580/2014) STJ (1400337/2013) e STF (RHC 117566/2013)
O exame pericial, por ser crime de perigo abstrato, é DISPENSÁVEL e PRESCINDÍVEL. Obs:
Realizado o exame pericial, o resultado será vinculante:
871
b) portáteis de alma lisa; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição
comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e
duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules.
ACESSÓRIO
ATENÇÃO!!!
Partes isoladas da arma não configuram objeto material (cano, cabo…) nem
objetos que não alteram o funcionamento (coldre).
MUNIÇÃO
Projétil a ser disparado de uma arma de fogo (incluindo o cartucho)
872
• PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: A apreensão de ÍNFIMA
QUANTIDADE de munição DESACOMPANHADA DE ARMA DE FOGO,
excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar
ao reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de
exposição de risco ao bem jurídico tutelado pela norma. (STF,
13/11/2017; STJ n.º 108/2018).
• MUNIÇÃO USADA COMO CHAVEIRO OU COLAR: A natureza do
projétil é descaracterizada mediante a utilização em obra de arte ou para
confecção de chaveiro, colar etc. (STJ, 16/05/2017).
EXERCÍCIOS
GABARITO
01 – C
02 – E
03 – E
873
ESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI 10. 826/03 IV
ELEMENTO SUBJETIVO
A regra é que todos os crimes do Estatuto do Desarmamento tenham como
elemento subjetivo o dolo.
ATENÇÃO!!!
Existe um crime que é punido na modalidade culposa – OMISSÃO DE CAUTELA
(Art. 15, “caput”).
AÇÃO PENAL
Pública Incondicionada
NATUREZA JURÍDICA
Crimes de Perigo Abstrato
CRIMES EM ESPÉCIE
Quando estamos nos referindo aos crimes em espécie, é importante que você
observe essa sequência para melhor compreensão e memorização.
874
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO - ART. 12.
Art. 12. possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa. pena – detenção, de 1 (um) a 3
(três) anos, e multa.
CUIDADO!!!
O tipo penal fala em “possuir” ou “manter”, não se exigindo a propriedade para a
configuração do crime.
875
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO - ART. 14
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena –
reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a
arma de fogo estiver registrada em nome do agente.
Plenário, 02.05.2007.
Acórdão, DJ 26.10.2007.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 a 6 anos, e
multa.
876
• USO PROIBIDO – Qualificadora – art.16, §2º
• USO RESTRITO – Modalidade simples – art. 16, “caput”
CONDUTAS EQUIPARADAS
877
A conduta aqui equiparada se aplica não apenas aquele que raspa a numeração
da arma, mas também para quem dificulta sua identificação de qualquer outra
forma.
ATENÇÃO!!!
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – O crime do Estatuto do Desarmamento é
especial em relação ao crime de fraude processual (art. 347 do CP) Ou seja,
esse inciso II é norma especial em relação ao inciso 347 do CP.
878
proibida.
CUIDADO!!!
Se a questão trouxer que a numeração desapareceu pelo simples decurso de
tempo (arma estava muito velha e ocorreu oxidação), a conduta não se amolda
aqui!
QUALIFICADORA
879
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem
arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos.
EXERCÍCIOS
01 - Juliano estava em dúvida após a aula de Direito Penal sobre o crime definido
pela conduta típica de “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa” previsto na Lei nº 10.826/2003. Para sanar sua
dúvida, Juliano buscou auxílio do professor Gilmar que prontamente lhe informou
se tratar do crime de:
GABARITO
01 - C
02 - E
03 - E
880
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 V
CRIMES EM ESPÉCIE
ATENÇÃO!!!
Não estão incluídas na tipificação do crime, ACESSÓRIOS ou MUNIÇÃO, ou
seja, de a omissão ocorrer em relação a esses elementos, o fato será atípico.
CUIDADO!!!
Estamos tratando de um crime culposo, então, não será admitida a tentativa.
881
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24
horas depois de ocorrido o fato. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois)
anos, e multa.
O agente deverá:
• REGISTRAR OCORRÊNCIA.
• COMUNICAR À PF
O indivíduo que tenha o porte legal de arma também poderá figurar como sujeito
ativo deste crime.
882
• DISPARAR ARMA DE FOGO;
• ACIONAR MUNIÇÃO, SEM QUE OCORRA O DISPARO (EX.: FALHA DA
MUNIÇÃO).
CUIDADO!!!
Se essas condutas ocorrerem em local ERMO ou DESABITADO – FATO
ATÍPICO.
ATENÇÃO!!!
O parágrafo único, que estabelece ser o crime inafiançável, é considerado
INCONSTITUCIONAL.
883
3º - Acrescentou o parágrafo 2º - Agente Disfarçado.
884
Jurisprudência em teses/STJ n.º 108/2018
Princípio da insignificância
Não cabe princípio da insignificância no tráfico internacional de munição.
STF (HC97777) e STJ (HC 45099)
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada
da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos
arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
A causa de aumento de pena engloba os seguintes crimes:
885
• PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO – ART. 14
• DISPARO DE ARMA DE FOGO – ART. 15
• PORTE OU POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO –
ART.16
• COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO – ART.17
• TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO – ART.18
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória.
ATENÇÃO!!!
O Art. 21 do Estatuto teve sua inconstitucionalidade declarada pelo STF na ADI
3112/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 02/05/2007.
EXERCÍCIOS
02 - Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa
situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente,
Samuel responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto
do Desarmamento.
886
GABARITO
01 – E
02 – E
03 – C
Tortura – Crime
Art. 1º, I, “b” – Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego
de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou me para
provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
887
Rol Taxativo
A primeira observação a ser feita diz respeito ao motivo da discriminação.
Convém perceber que o legislador restringiu a discriminação racial ou religiosa,
não abarcando a hipótese de discriminação por opção sexual, social, política ou
outa qualquer.
A prática de racismo abrange a discriminação contra judeus.
O STF, em 2003, entendeu que a prática de racismo abrange a discriminação
contra judeus, portanto é crime imprescritível e inafiançável. (Habeas Corpus
82424; julgado em 17 de setembro de 2003). Transcrevemos parte do HC.
Vejamos:
O julgamento do pedido de Habeas Corpus (HC 82424) de Sigfried Ellwanger,
iniciado em dezembro do ano passado, levou nove meses para ser concluído. O
pedido, no entanto, foi negado em junho, quando a maioria dos ministros
entendeu que a prática de racismo abrange a discriminação contra os judeus.
(grifo nosso)
Tortura-Castigo (Art. 1°, II)
Art. 1°, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental,
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Classificação do Crime
888
Tortura-Castigo Art. 1°, II
Art. 1°, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou
mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter
preventivo.
A diferença da tortura para o crime de maus-tratos (Art. 136 do CP) está
exatamente na intensidade do sofrimento da vítima.
889
Tortura ou Tortura Equiparada
Art. 1°, § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a
medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de
ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
890
CRIME DE TORTURA PELA TORTURA (OU TORTURA EQUIPARADA) e
ABUSO DE AUTORIDADE (ART. 4°, “b”)
Lei 4.898/65 –
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a
constrangimento não autorizado em lei.
Tortura-Omissiva – Tortura Anômala – Tortura Imprópria – Tortura Atípica.
Art. 1°, § 2º
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever
de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro
anos.
SUJEITO ATIVO – É crime próprio ou especial. Crime praticado por
funcionário público, especialmente aquele que tem o dever jurídico de evitar ou
apurar o crime de tortura.
CONSUMAÇÃO – O delito se consuma com a mera omissão. Isto é, consuma-
se com a inércia dolosa na apuração da tortura, não se exigindo qualquer
resultado naturalístico.
CRIME FORMAL – Não se exige qualquer resultado naturalístico para sua
consumação, uma vez que se consuma com a mera omissão.
ELEMENTO SUBJETIVO – Dolo, sem finalidade específica.
OMISSÃO CULPOSA – Como não existe participação culposa em crime
doloso, caso o omitente tenha agido culposamente, o fato será atípico.
PREVARICAÇÃO x TORTURA-OMISSIVA – A principal diferença entre os
dispositivos reside no fato de que a Prevaricação (Art. 319, CP) tem com fim a
satisfação de interesse ou sentimento pessoal. No delito de tortura, não há essa
finalidade específica.
Prevaricação
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
PRINCÍPIO DO NO BIS IN IDEM – Consiste na repetição (bis) de uma sanção
sobre mesmo fato (in idem). Para evitar o bis in idem, não se aplica a causa de
aumento de pena do Art. 1°, § 4º, I desta lei.
NÃO EQUIPARAÇÃO A HEDIONDO – Por força constitucional (como já
vimos acima) e conforme previsão expressa na Lei 8.072/90 (LCH), o delito de
tortura é equiparado a hediondo. No entanto, essa modalidade não é equiparada
a hediondo.
891
Tortura Qualificada
Art. 1°. § 3º – Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima,
a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão
é de oito a dezesseis anos.
892
EXERCÍCIO
Gabarito
01 - E
893
Lei nº 9.455/1997 (Definição dos Crimes de Tortura)
Constituição Federal
CF/88, Art. 5°, III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante. (grifo nosso)
CF/88, Art. 5° – XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem. (grifo nosso)
Internacional
CRIME PRÓPRIO Conceito: A Convenção contra a tortura e outros
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes traz o conceito de
tortura em seu artigo 1°. Trata-se de um conceito amplo e abrangente.
894
Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis,
desumanos ou degradantes – Adotada pela Resolução 39/46, da Assembleia
Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1984.
Artigo 1: Para os fins desta Convenção, o termo tortura designa qualquer
ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido
intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma
terceira pessoa informações ou confissão; de puni-la por um ato que ela
ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido;
de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão
baseada em discriminação de qualquer espécie, quando tal dor ou
sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa
atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou
com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como
tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência, inerentes ou
decorrentes de sanções legítimas.
Nacional – Brasil
CRIME COMUM
Porém, no Brasil, o crime de tortura destoou da tortura dos Tratados
Internacionais, tratando o delito como crime comum, podendo ser praticado por
qualquer pessoa.Dessa forma, não se exige a qualidade de representante
estatal.
PRESCRITÍVEL
A Constituição Federal de 1988, em seu Art.5°, incisos XLII e XLIV, apenas
dois crimes como imprescritíveis – Racismo e ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
895
Vejamos:
CF/88 – Art. 5°XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático. (grifo nosso)
896
CONSUMAÇÃO – consuma-se no momento em que são empregados a violência
ou grave ameaça, isto é, no momento em que o agente constrange,
efetivamente, a vítima, embora não consiga alcançar o resultado pretendido.
897
EXERCÍCIO
Gabarito
01 - C
898
Análise geral para Concursos da Lei 8072, de 1990
Ocorre que esta não conseguiu acompanhar a realidade social que existia no
Brasil.
899
Perceba que o homicídio havia sido deixado de lado, fora da competência
dessa Lei, fato este que indignava as pessoas.
Assim sendo, em 1994, a Lei dos Crimes Hediondos ganhou nova redação
com a promulgação da Lei n° 8.930/94.
Essa nova redação da Lei dos Crimes Hediondos não se limitou a inserir o
crime de homicídio no texto anterior, mas também exclui a conduta do
envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal,
qualificada pelo resultado morte do rol dos crimes hediondos.
900
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º) e a lesão corporal
de natureza gravíssima (art. 129, §2º) e lesão corporal seguida de morte (art.
129, §3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela,
ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição.
Por fim, a Lei nº 13.497/2017 incluiu o crime de posse ou porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito àquele rol.
DEFINIÇÃO
A Doutrina (Alberto Toron), por sua vez, sugere que seja inserido na Lei nº
8.072/90 um dispositivo legal que permita ao juiz afastar a hediondez da infração
penal no caso concreto. É a chamada Cláusula Salvatória.
RESTRIÇÕES CONSTITUCIONAIS
Nos termos do art. 2º, incisos I e II, da Lei 8.072/90, os crimes hediondos, a
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo
são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança.
Note-se que o texto constitucional - art. 5º, XLIII não prevê expressamente a
restrição ao indulto. Diante disso, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Habeas Corpus nº 81.810/SP, estabeleceu que a proibição do
indulto aos condenados por crimes hediondos é plenamente constitucional, pois
decorre diretamente da norma constitucional, e está contida no termo "graça",
que foi empregado pelo legislador constituinte em seu sentido amplo.
a) ANISTIA: Perdão decorrente do Poder Legislativo por meio de Lei Federal em
relação a um determinado fato;
b) GRAÇA: Perdão concedido pelo Presidente da República através de decreto
para indivíduo específico;
901
c) INDULTO: Perdão concedido pelo Presidente da República através de
decreto para uma coletividade.
d) FIANÇA: A CF/88 veda a fiança como condição para a concessão da
liberdade provisória aos acusados da prática de crime hediondo ou equiparado,
de forma que é possível a obtenção da liberdade provisória, desde que fixada
outra medida cautelar diversa da prisão que não seja a fiança
O crime homicídio doloso simples - art. 121, caput, CP, quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ou homicídio condicionado, como é
chamado pela doutrina, é hediondo ainda que cometido por um só agente. O
homicídio qualificado, por sua vez, será hediondo independentemente da
qualificadora.
I - A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2°) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente
902
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº
8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput
e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
903
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº
8.930, de 1994) VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
904
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Ocorre que o art. 2º, inciso III, alínas "a" e "b" do Decreto nº 9.847, de 25 de
junho de 2019, estabalece que: Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto,
considera-se:
905
Em outras palavras, ao desmembrar o dispositivo legal acima mencionado,
fazendo distinção entre USO RES- TRITO e USO PROIBIDO, a posse ou o porte
ilegal de arma de fogo de USO RESTRITO DEIXOU DE SER HEDIONDO POR
FALTA DE REFERÊNCIA LEGAL.
Trata-se, portanto, neste aspecto de novatio legis in mellius, uma vez que a Lei
Anticrime foi benéfica nesse sentido.
CONCLUSÃO
Como o Brasil adota o SISTEMA LEGAL para definição de crime hediondo, e a
Lei Anticrime nº 13.964/19, que entrou em vigor em 25 de janeiro de 2020,
equivocadamente, não fez referência à posse ou ao porte ilegal de arma de fogo
de USO RESTRITO, mas tão somente à posse ou porte ilegal de USO
PROIBIDO, a princípio, tem-se que tais condutas deixaram de ter natureza
906
hedionda, até que sobrevenham decisões dos Tribunais Superiores em sentido
contrário.
§ 1° A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
907
§ 3° Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se
o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
Art. 4º (Vetado).
EXERCÍCIOS
908
5) Mesmo que no final do ano de 2017 a posse ou porte de arma de fogo,
munição ou acessório de uso restrito tenha sido inserida no rol de crimes
hediondos, a Lei Anticrime veio a fazer referência tão somente à arma de fogo
de USO PROIBIDO, com natureza de hediondez.
GABARITO:
1-C
2-C
3-E
4-E
5-C
909
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Sujeito ATIVO
ESTADO – Não podemos esquecer nunca que o jus puniendi é indelegável.
Sujeito PASSIVO
CONDENADO.
1) HUMANIDADE:
veda a tortura e o tratamento degradante àqueles que se encontram com a
liberdade restringida. Ele tem como base o Estado Democrático de Direito, o
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e os efeitos deles decorrentes.
2) LEGALIDADE:
conhecido por meio da expressão latina nullum crimen, nulla poena sine
lege, que significa que 'não há crime, nem pena, sem lei anterior que os defina'.
3) IGUALDADE:
pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas
910
de forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas
desigualdades”.
4) INTRANSCENDÊNCIA DA PENA:
princípio da intranscendência ou da pessoalidade ou, ainda, personalidade da
pena, preconiza que somente o condenado, e mais ninguém, poderá responder
pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da pessoa do condenado. Este
princípio justifica a extinção da punibilidade pela morte do agente.
5) INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA:
garante aos indivíduos no momento de uma condenação em um processo
penal que a sua pena seja individualizada, isto é, levando em conta as
peculiaridades aplicadas para cada caso em concreto.
911
Medidas de segurança: São impostas nos casos de sentenças absolutórias
impróprias.
Detentiva: Cumprida em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico.
Restritiva: cumprida com tratamento ambulatorial.
BIZU MONSTRUOSO!!!
Pode-se aplicar LEP a presos provisórios.
912
EXERCÍCIOS
2) De acordo com a lei de execuções penais a execução penal tem por objetivo
efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar
condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
GABARITO
1-E
2-C
913
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
ABRANGÊNCIA DA LEI
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em
todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na
conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal.
A sumula 192 quer dizer que não importa de onde veio a sentença se o sujeito
está submetido a um presídio estadual, será o juiz estadual de execução penal
que vai ter a competência de ditar as regras da execução.
914
SIM. São aqueles que estão em prisão cautelar. Aplica-se a lei antes do
encerramento do processo ou durante o inquérito policial.
BIZU MONSTRUOSO!!!
Não há aplicação da LEP em medidas socioeducativas de menores infratores.
Nesse caso, aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Este artigo trata dos direitos, que mais na frente iremos aprofundá-los com mais
clareza, mas temos que entender que caso um indivíduo sofra uma condenação
criminal e a ele seja aplicada uma pena restritiva de liberdade não é caso de
abolir, acabar, alienar os outros direitos fundamentais que a pena não alcançou,
logo os direitos fundamentais que não foram alcançados ou atingidos tanto de
forma direta quanto indireta serão observados e respeitados, inclusive com
bastante ênfase quando se trata de direitos que protegem a integridade física e
mental do condenado.
ATENÇÃO!!!
915
O preso cautelar que é aquele que está em prisão preventiva ou temporária,
mantém seus direitos políticos e pode votar. Para confirmar isso ainda mais o
TSE determinou a criação de seções eleitorais especiais em
estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes.
DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus
antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da
execução penal.
916
1) A classificação de um condenado será feita por Comissão Técnica de
Classificação.
EXAME CRIMINOLÓGICO
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em
regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção
dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à
individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido
o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime
semiaberto.
917
DIFERENÇAS ENTRE CLASSIFICAÇÃO E EXAME CRIMINOLÓGICO
RESUMINDO:
EXAME CRIMINOLÓGICO:
918
- FACULTATIVO Cumprimento de pena em regime semiaberto ou quando o
juiz precisar de informações para análise da progressão de regime, lembrando
que tem que motivar.
ATENÇÃO!!!
Os condenados por crime praticado, DOLOSAMENTE, com violência de
natureza GRAVE contra pessoa, ou por QUALQUER dos crimes previstos no
art. 1° da Lei no 8.072/90 (Crimes Hediondos), serão submetidos,
OBRIGATORIAMENTE, à identificação do perfil genético, mediante extração de
DNA, por técnica adequada e indolor.
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-E
2-E
919
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
DAS ASSISTÊNCIAS
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
DEFINIÇÃO: É aquela que cuida da preparação do preso para a volta para a
sociedade.
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o
internado e prepara-los para o retorno a` liberdade.
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
O artigo 5º da constituição garante a prestação religiosa e a liberdade de
culto, e também permite a participação das instituições religiosas no interior dos
estabelecimentos penais.
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos
presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços
organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de
instrução religiosa.
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de
atividade religiosa.
DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO
Egresso é aquele indivíduo que não faz mais parte do sistema penitenciário, o
ex-detento.
920
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do
estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.
DO TRABALHO
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de
dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções
relativas à segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das
Leis do Trabalho.
921
BIZU MONSTRUOSO!!!
O preso trabalhador, diferentemente dos que estão em liberdade, não é regido
pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas devem ser observadas as
regras relativas à higiene e à segurança.
ATENÇÃO!!!
Por não serem regidos pela CLT os presos não fazem jus a alguns direitos
trabalhistas como férias, 13º salário, horas extras e dentre outros, porém é
importante destacar que ele tem direito a benefícios previdenciários, que
estudaremos mais à frente.
a LEP determina que o trabalho executado pelo preso deverá ser remunerado,
mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 do salário mínimo.
922
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e
só poderá ser executado no interior do estabelecimento.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem
superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos
presos designados para os serviços de conservação e manutenção do
estabelecimento penal.
Os presos não estão submetidos ao regime de trabalho da CLT, e por isso a LEP
estabelece limites de horários. Em regra, a jornada de trabalho não deve ser
inferior a 6h e nem superior a 8h.
Os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento prisional podem
ser realizados com atribuição de horário especial. Se houver condenados que
tenham a atribuição de realizar a manutenção corretiva do encanamento, por
exemplo, estes devem estar disponíveis para resolver problemas no momento
em que eles surgirem.
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime
fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da
Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que
tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. § 1º O limite
máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de
empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa
1empreiteira a remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso.
923
que adotadas as cautelas contra fugas e mantida a disciplina. Para tanto, do total
de trabalhadores na obra, no máximo 10% (dez por cento) podem ser presos.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do
estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade,
além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao
preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta
grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos
neste artigo.
O preso deverá ter cumprido pelo menos 1/6 da pena e demonstrar aptidão,
disciplina e responsabilidade.
924
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-E
2-C
925
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
DOS DEVERES
ATENÇÃO!!!
Cumpre ao CONDENADO, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
SUBMETER-SE ÀS NORMAS DE EXECUÇÃO DA PENA. Aplica-se ao PRESO
PROVISÓRIO, no que couber, os deveres acima citados.
DOS DIREITOS
• alimentação suficiente e vestuário;
• atribuição de trabalho e sua remuneração;
• Previdência Social;
• constituição de pecúlio;
• proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e
a recreação;
• exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
• assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
• proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
• entrevista pessoal e reservada com o advogado;
• visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
determinados;
• chamamento nominal;
926
• igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização
da pena;
• audiência especial com o diretor do estabelecimento;
• representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
• contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e
os bons costumes.
• atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da
responsabilidade da autoridade judiciária competente.
ATENÇÃO!!!
Aplica-se ao PRESO PROVISÓRIO e ao SUBMETIDO À MEDIDA DE
SEGURANÇA (o internado), no que couber, os direitos acima citados. IMPÕE-
SE A TODAS AS AUTORIDADES o respeito à integridade física e moral dos
condenados e dos presos provisórios.
DA DISCIPLINA
• A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às
determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência
às determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do
trabalho.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa
de liberdade ou restritiva de direitos e o preso provisório. Art. 45. Não
haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão
legal ou regulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e
moral do condenado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou
da prisão, será cientificado das normas disciplinares.
927
• As sanções NÃO PODERÃO colocar em perigo a integridade física e moral
do condenado.
ATENÇÃO!!!
Solitária ou cela escura são diferentes da cela individual, que é imposta no caso
de Regime Disciplinar Diferenciado.
• Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal
ou regulamentar.
928
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-C
2-C
929
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
ATENÇÃO!!!
Seja qual for o tipo de falta, pune-se a TENTATIVA com a sanção
correspondente à falta consumada.
BIZU MOSNTRUOSO!!!
há faltas graves específicas para os condenados à pena restritiva de liberdade
e os condenados à pena restritiva de direitos, não podemos passar por esse
assunto sem saber diferenciá-las, pois são assuntos relevantes para a prova.
930
Caso o indivíduo seja condenado à pena restritiva de direitos, comete falta
GRAVE aquele que:
DICA DE PROVA!!!
A prática de fato previsto como CRIME DOLOSO constitui falta GRAVE e,
quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso
provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao REGIME
DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD).
931
Comutação e Indulto – Súmula 535 do STJ: A prática de falta grave não
interrompe o prazo para fim de comutação de pena. Motivo: Ausência de
previsão legal.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave
e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará
o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo
da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado (RDD), com as
seguintes características: I - duração máxima de até 2 anos, sem prejuízo
de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas quinzenais, de 2 pessoas por vez, a serem realizadas em
instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de
objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado
judicialmente, com duração de 2 horas;
IV - direito do preso à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol,
em grupos de até 4 presos, desde que não haja contato com presos do
mesmo grupo criminoso;
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor,
em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de
objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; VI - fiscalização
do conteúdo da correspondência;
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por
videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo
ambiente do preso.
932
§ 1º O regime disciplinar diferenciado (RDD) também será aplicado aos
presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros:
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal ou da sociedade;
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou
participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação
criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave.
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização
criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação
criminosa em 2 ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar
diferenciado (RDD) será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento
prisional federal.
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar
diferenciado (RDD) poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos
de 1 ano, existindo indícios de que o preso: I - continua apresentando alto
risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou
da sociedade;
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa
ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função
desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do
grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do
tratamento penitenciário.
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o RDD deverá contar com
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à
necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de
grupos rivais.
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada
em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial,
fiscalizada por agente penitenciário.
§ 7º Após os primeiros 6 meses de RDD, o preso que não receber a visita
de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa
da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos.
933
associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de
falta grave.
DICA: O RDD é a única punição disciplinar que não pode ser aplicada
diretamente pelo Diretor do estabelecimento prisional. Ela só pode ser aplicada
pelo juiz da execução penal após requerimento diretor do presídio ou outra
autoridade administrativa, conforme Art. 54, §1º (doutrina e jurisprudência
consideram também o MP como legitimado para requisitar o RDD com fulcro no
Art. 68, II, “a”).
934
ATENÇÃO!!!
existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa,
associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2
ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado (RDD) será
obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal.
ATENÇÃO!!!
As visitas quinzenais (antes eram semanais), de 2 pessoas por vez, serão
gravadas em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial,
fiscalizadas por agente penitenciário.
ATENÇÃO!!!
Após os primeiros 6 meses de RDD, o preso que não receber visita poderá, após
prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa
da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos.
935
936
937
938
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
DAS SANÇÕES
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: I - advertência verbal;
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o
disposto no artigo 88 desta Lei.
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado.
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato
motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e
fundamentado despacho do juiz competente.
§ 1º A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar
dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do
estabelecimento ou outra autoridade administrativa.
§ 2º A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será
precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada
no prazo máximo de quinze dias.
DAS RECOMPENSAS
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido
em favor do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua
dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
I - o elogio;
939
II - a concessão de regalias.
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a
natureza e a forma de concessão de regalias.
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento
para sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de
defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada
Atente-se para esta súmula pois tal súmula diz que no âmbito da execução
penal é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo
diretor do estabelecimento penal, e isto é feito por advogado constituído ou
defensor nomeado, ou seja, quando falamos em punição adm no âmbito da
execução penal não se aplica a Súmula Vinculante nº 5 do STF.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento
preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no
regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da
averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente.
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime
disciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da
sanção disciplinar.
940
ATENÇÃO!!!
Não confunda isolamento provisório com inclusão provisória no RDD.
Aquele pode ser determinado pelo diretor do presídio e consiste na sanção de
isolamento, que é baseada na necessidade imediata da medida. Já a inclusão
provisória do RDD também é medida precária e emergencial, mas que só pode
ser adotada pelo juiz competente, pelo prazo máximo de 10 dias. Ambas são
medidas cautelares para manutenção da ordem e disciplina no estabelecimento
penal, mas com aplicações distintas.
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-B
2-E
941
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
REGIME ABERTO
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação
de seu programa e das condições impostas pelo Juiz. Art. 114. Somente
poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediata-
mente;
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a
que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com
autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Parágrafo
único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no
artigo 117 desta Lei.
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a
concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições
gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias
de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV -
comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando
for determinado.
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício,
a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do
condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem.
- O regime aberto, é aquele que deve ser cumprido sem o rigor penitenciário em
casa de albergado.
- É a última fase da execução da pena e pressupõe que o indivíduo já está
praticamente pronto para voltar para a sociedade.
De acordo com o artigo 116 o juiz não pode determinar condições especiais que
importem em uma nova pena restritiva de direitos sob pena de se punir o
indivíduo duas vezes.
942
PRISÃO DOMICILIAR PARA PRESOS EM REGIME ABERTO
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime
aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
ATENÇÃO!!
O Superior Tribunal de Justiça, em hipóteses excepcionais, tem admitido
também o benefício a condenados portadores de doenças graves, que estejam
cumprindo pena em regimes semiaberto e fechado, desde que demonstrada a
impossibilidade de receberem o tratamento adequado no estabelecimento
prisional.
PROGRESSÃO DE REGIME
ASPECTOS IMPORTANTES
Só se defere à progressão de regime em crimes contra a Administração
Pública, quando houver prejuízo ao erário, com a integral reparação do
dano ou devolução do produto ilícito, salvo comprovada incapacidade de
fazê-lo.
943
Súmula 717 do STF:
Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada em sentença
não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão especial.
REGRESSÃO DE REGIME
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais
rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante
da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). § 1° O
condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses
referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar,
podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido
previamente o condenado.
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas complementares
para o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto
(artigo 36, § 1º, do Código Penal).
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá
adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes deveres:
944
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-C
2-E
945
LEI Nº 7.210/1984 – Lei de Execuções Penais
AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA
1) PERMISSÃO DE SAÍDA
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou
semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do
estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes
fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 141).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do
estabelecimento onde se encontra o preso.
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração
necessária à finalidade da saída.
2) SAÍDA TEMPORÁRIA
946
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio
social.
§1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de
equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim
determinar o juiz da execução.
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste
artigo o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com
resultado morte. (incluído pela Lei 13.964/2019)
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete)
dias, podendo ser renovada por mais 4 (quatro) vezes durante o ano.
§ 1º Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as
seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as
circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado:
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde
poderá ser encontrado durante o gozo do benefício;
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno;
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos
congêneres.
§ 2º Quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de
instrução de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o
necessário para o
cumprimento das atividades discentes.
§ 3º Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser
concedidas com prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias de intervalo
entre uma e outra.
947
REMISSÃO
É a situação que o preso diminui os seus dias de pena por intermédio do trabalho
e do estudo.
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou
semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de
execução da pena.
948
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: I - 1
(um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade
de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior,
ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três)
dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.
§ 2º As atividades de estudo a que se refere o § 1º deste artigo poderão
ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a
distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais
competentes dos cursos frequentados.
§ 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.
§ 4º O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou
nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.
§ 5º O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de
1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou
superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo
órgão competente do sistema de educação.
§ 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o
que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso
de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de
execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso
I do § 1º deste artigo.
§ 7º O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.
§ 8º A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério
Público e a defesa.
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço)
do tempo remido, observado o disposto no art. 572, recomeçando a
contagem a partir da data da infração disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para
todos os efeitos.
949
MONITORAÇÃO ELETRÔNICA
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração
eletrônica quando:
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto;
IV - determinar a prisão domiciliar;
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá
adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes deveres:
I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica,
responder aos seus contatos e cumprir suas orientações;
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer
forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o
faça;
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste
artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério
Público e a defesa:
I - a regressão do regime;
II - a revogação da autorização de saída temporária; VI - a revogação da
prisão domiciliar;
950
951
SUSPENSÃO CONDICIONAL
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2
(dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde
que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão
do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste
Código.
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão
do benefício.
§ 2° A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro
anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o
condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde
justifiquem a suspensão.
952
953
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
954
LEI COMPLEMENTAR Nº 258,
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021
APURAÇÃO DA RESPONSABILIDADE
955
CONTROLADORIA GERAL DE DISCIPLINA - CGD (Dos Órgãos da Seg.
Pública e Sist. Penitenciário)
Esse referido órgão irá apurar a responsabilidade disciplinar:
• Policiais Penais de carreira.
De acordo com o que dispõe a Lei Complementar nº 98/2011.
“§ 1.º Compete à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário - CGD apurar a responsabilidade disciplinar dos
policiais penais de carreira, nos termos da Lei Complementar n.º 98, de 13 de
junho de 2011”.
DA RESPONSABILIDADE
“Art. 3.º Os policiais penais de carreira e os servidores públicos do quadro
permanente da SAP respondem civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições, sujeitando-se, cumulativamente, às cominações
cabíveis nas respectivas esferas”.
De acordo com o dispositivo supracitado, os agentes públicos (englobam tanto
os policiais penais quanto os demais servidores do quadro permanente da SAP),
podem responder CUMULATIVAMENTE nas três esferas da justiça, conforme o
esquema abaixo.
956
*Respondem pelo exercício irregular de suas atribuições de acordo com as
cominações cabíveis em cada esfera.
“Parágrafo único. O agente público legalmente afastado do exercício funcional
não estará isento de responsabilidade, nos termos do caput deste artigo, por
infrações cometidas antes ou durante o afastamento, observadas as disposições
desta Lei”.
957
EXERCÍCIOS
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
958
3. A Procuradoria de Processo Administrativo Disciplinar – Propad, órgão de
execução programática da Controladoria-Geral do Estado, compete apurar a
responsabilidade disciplinar dos policiais penais de carreira.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1. E
2. E
3. E
959
LEI COMPLEMENTAR Nº 258, DE 26 DE NOVEMBRO DE
2021
RESPONSABILIDADE CIVIL
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR?
De acordo com o que foi visto acima, quando o ato do agente público acarretar
dano: A terceiros ou ao Estado, haverá a obrigação de indenizar, de acordo com
o que mostra no §1º deste artigo.
960
“§ 1.º A indenização devida em razão de responsabilização será descontada da
remuneração do agente público, não lhe excedendo o desconto a 1/10 (um
décimo) do valor total, exceto nos casos de danos decorrentes de atos dolosos
enquadrados na Lei Federal n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, situação em que
o ressarcimento se dará de uma só vez”.
Sendo comprovado o prejuízo causado pelo agente público, surge para o Estado
uma ação que consiste em ressarcimento do prejuízo que o Estado teve de arcar
961
por conta do comportamento de seus agentes, Ação Regressiva.
APURAÇÃO
“Art. 5.º A apuração da responsabilidade funcional, nos termos desta Lei, se
processa por meio de investigação preliminar, de sindicância ou de processo
administrativo disciplinar, assegurados em ambos o contraditório e a ampla
defesa”.
FUNÇÃO DE CHEFIA
“§ 2.º Sob pena de responsabilização, o agente público exercente de função de
chefia, ao tomar conhecimento de fato que possa configurar ilícito administrativo,
deve representar perante autoridade competente, para apuração do fato”.
O agente público, que esteja em função de chefia, assim que tomar
conhecimento de qualquer fato que possa vir a configurar um ilícito
962
administrativo, tem o dever legal de representar perante autoridade competente,
para que se inicie a apuração do fato, estando isento de qualquer
responsabilidade que possa vir a acarretar pela sua omissão, pois representou
acerca do fato.
TRÍPLICE RESPONSABILIZAÇÃO
“§ 3.º Configurando a conduta funcional irregular, a um só tempo, ilícito
administrativo, civil e penal, a autoridade competente para determinar a abertura
do procedimento disciplinar adotará providências para a apuração da
responsabilidade civil ou penal, quando for o caso, durante ou após concluída a
sindicância ou o processo administrativo disciplinar”.
Quando a conduta omissiva ou comissiva for irregular e, a um só tempo,
configurada como ilícito:
• Administrativo;
• Civil;
• Penal.
A autoridade competente abrirá o procedimento administrativo disciplinar, após
isso, tomará as devidas providências para a apuração nas demais esferas (civil
e penal). A apuração nas demais esferas só darão início, durante ou após a
conclusão da Sindicância ou PAD.
963
EXERCÍCIOS
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1. E
2. C
3. E
964
LEI COMPLEMENTAR Nº 258,
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021
965
EXCESSOS DECORRENTES DA CONDUTA
Nesse caso, o agente público que agir, mesmo amparado por uma dessas
excludentes, venha a se exceder, mesmo que culposamente, responderá pelo
excesso, afastando a excludente, conforme mostra o artigo abaixo.
§ 7.º A legítima defesa e o estado de necessidade não excluem a
responsabilização administrativa em caso de excesso, imoderação ou
desproporcionalidade do ato praticado, culposo ou doloso”.
Art. 6.º São deveres dos agentes públicos abrangidos por esta Lei:
I – desempenhar as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou
função com zelo, dedicação, eficiência e probidade;
II – participar, no caso de policiais penais, de treinamentos ou cursos ofertados
pelo Estado que busquem manter a preparação física e intelectual necessária
para o exercício de sua função;
III – manter conduta pública e privada compatível com a dignidade da função;
IV – adotar as providências cabíveis e fazer as comunicações devidas, em face
das irregularidades que ocorram em serviço ou de que tenha conhecimento;
V – oferecer aos internos informações sobre as normas que orientarão seu
tratamento, regras disciplinares e seus direitos e deveres;
VI – cumprir suas obrigações de maneira que inspirem respeito e exerçam
influências benéficas aos internos;
VII – registrar as atividades de trabalho de natureza interna e externa em livros
de ocorrências;
VIII – preencher formulários próprios descritos no Procedimento Operacional
Padrão (POP), dentre outros;
IX – utilizar, conservar e guardar adequadamente aparelhos, materiais, veículos,
armamentos, equipamentos, banco de dados, operação de sistema de
monitoramento, sistemas de comunicação e outros disponíveis para o sistema
prisional;
X – desempenhar suas funções agindo sempre com discrição, honestidade,
imparcialidade, respeitando os princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, bem como lealdade às normas constitucionais;
XI – respeitar e fazer respeitar a hierarquia do serviço público, obedecendo às
ordens superiores, exceto se manifestamente ilegal;
966
XII – fazer cumprir as regras, os princípios e fundamentos institucionais que
regem o Sistema Penitenciário;
XIII – comparecer no horário regular do expediente ou escala de plantão com
pontualidade para exercer os atos de seu ofício;
XIV – ter irrepreensível conduta profissional, colaborando para o prestígio do
serviço público e zelando pela dignidade de suas funções;
XV – desempenhar com zelo, presteza, eficiência e produtividade, dentro dos
prazos, os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhe sejam atribuídos;
XVI – tratar as pessoas com urbanidade;
XVII – zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
XVIII – fazer uso correto do uniforme, identidade funcional, brevês e distintivos
do Sistema Penitenciário, conforme disciplinado em regulamento próprio;
XIX – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
XX – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita do
envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para
apuração;
XXI – cumprir de forma pessoal e integral a carga horária do seu cargo e/ou
função pública;
XXII – representar contra ilegalidade, abuso de poder ou omissão no
cumprimento da lei;
XXIII – manter atualizados junto à Coordenadoria de Gestão de Pessoas da
Secretaria da Administração Penitenciária os dados pessoais, comunicando
qualquer alteração no estado civil, de endereço e/ou telefone.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exime o agente público da
obediência a outros deveres previstos em lei, regulamento e norma interna
inerentes à natureza da função.
967
EXERCÍCIOS
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1. E
2. E
968
LEI COMPLEMENTAR Nº 258,
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021
TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
969
IX – utilizar a chefia seus agentes de forma incompatível com o serviço policial
penal;
X – deixar de repassar ou de comunicar imediatamente ao superior hierárquico
qualquer objeto achado, recuperado ou que lhe seja entregue em razão de suas
atribuições;
XI – salvo justo motivo, chegar atrasado ao serviço ou plantão para o qual estiver
escalado, caso não reincidente.
970
XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIII – praticar usura sob qualquer de suas formas; XIV – proceder de forma
desidiosa;
XV – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;
XVI – incumbir a terceiros o cumprimento da carga horária do seu cargo, salvo
se previamente autorizada a permuta de acordo com regulamento interno;
XVII – ausentar-se do serviço sem autorização superior;
XVIII – retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da instituição, caso não constitua falta mais grave;
XIX – permitir visitas, inobservando a fixação dos dias e horários próprios, de
cônjuges, companheiros, parentes e amigos dos presos;
XX – deixar de cumprir ordens emanadas de autoridades competentes, salvo se
manifestamente ilegal;
XXI – eximir-se do cumprimento de suas funções;
XXII – recusar-se ou criar dolosamente obstáculo a prestar depoimento e/ou ser
acareado na qualidade de testemunha, ou recusar-se a executar trabalho
solicitado para instruir processo judicial ou administrativo;
XXIII – gerar por palavra ou gestos ofensivos descrédito à Instituição
Penitenciária; XXIV– desrespeitar decisão ou ordem judicial, ou procrastinar seu
cumprimento; XXV – praticar ato definido em lei como abuso de poder;
XXVI – salvo justo motivo, faltar ou chegar atrasado ao serviço ou plantão para
o qual estiver escalado, se reincidente, abandoná-lo ou deixar de comunicar,
com antecedência, à autoridade superior a que estiver subordinado a
impossibilidade de comparecer à instituição;
XXVII – veicular ou propiciar a divulgação de notícia falsa, documentação,
imagens, áudios e vídeos de fatos ocorridos na SAP, nos meios de comunicação
em geral, como jornais, sites, redes sociais, blogs, aplicativos, imprensa e
demais meios de comunicação e interação social;
XXVIII – apresentar-se ao trabalho alcoolizado ou sob efeito de substância que
determine dependência física ou psíquica;
XXIX – deixar de atender às requisições judiciais e administrativas ou deixar de
dar ciência à chefia imediata, em caso de impossibilidade de fazê-lo;
971
XXX – deixar de comunicar previamente à chefia imediata acerca da
necessidade de ausentar-se da unidade de serviço para atender requisição,
mediante apresentação de documentação comprobatória.
972
XIV – dar, vender, ceder, alugar ou emprestar cédula de identidade, distintivo
funcional, peças de uniformes ou de equipamentos novos ou usados;
XV – agredir fisicamente, em serviço, servidor ou particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
XVI – fazer uso, em serviço ou uniformizado, de substância que acarrete
dependência física ou psíquica;
XVII – acumular cargos, funções e empregos públicos remunerados, salvo nos
casos permitidos na Constituição Federal, permitida a opção, ao final do
processo disciplinar, caso constatada a boa-fé na acumulação.
EXERCÍCIOS
( ) Certo ( ) Errado
973
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1. E
2. E
3. E
974
LEI COMPLEMENTAR Nº 258,
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2021
SANÇÕES DISCIPLINARES
REPREENSÃO
Art. 13. A pena de repreensão será aplicada por escrito no caso de inobservância
aos deveres funcionais previstos no art. 6.º desta Lei.
Ante ao exposto, podemos concluir que a pena de repreensão está atrelada aos
deveres funcionais, ou seja, ir de encontro aos deveres previstos em Lei.
SUSPENSÃO
Art. 14. A suspensão será aplicada:
I – por até 30 (trinta) dias na hipótese de transgressão de primeiro grau ou na
reincidência de falta já punida com repreensão;
II – de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias na hipótese de transgressão de segundo
grau. Temos aqui duas modalidades de suspensão:
1. Quando houver uma transgressão caracterizada de primeiro grau OU
na reincidência de uma falta já punida com repreensão, ou seja, não
somente as transgressões de primeiro grau estão sujeitas à suspensão,
975
mas também por reincidência de Inobservância dos deveres funcionais. –
ATÉ 30 DIAS.
2. Quando a transgressão for caracterizada de segundo grau. – DE 30 A
90 DIAS.
§ 1º. Durante o período de suspensão, o agente público não fará jus aos direitos
e vantagens inerentes ao exercício do cargo.
§ 2º. A autoridade competente para aplicar a pena de suspensão poderá
convertê-la, ANTES do início de sua execução, em multa equivalente a 50%
(cinquenta por cento) da remuneração correspondente ao período da
suspensão, devendo o agente público permanecer em serviço.
DEMISSÃO
Art. 15. A sanção cabível em casos de transgressão disciplinar de terceiro grau
é a demissão.
976
EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
Art. 18. Extingue-se a punibilidade da transgressão disciplinar:
I – pela morte do agente público;
II – pela prescrição.
§ 1.º A prescrição se consuma nos seguintes prazos:
I – para infrações sujeitas à pena de repreensão, em 2 (dois) anos;
II – para infrações sujeitas à pena de suspensão, em 4 (quatro) anos;
III – para infrações sujeitas à pena de demissão, de demissão a bem do serviço
público e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, em 6 (seis) anos.
§ 2.º Não se aplica o disposto no § 1.º deste artigo:
I – a ilícitos caracterizados como crime, cuja prescrição dar-se nos prazos e
condições previstos na legislação penal;
II – no caso de abandono de cargo, cujo prazo de prescrição não se inicia
enquanto estiver em curso o ilícito.
§ 3.º O prazo de prescrição inicia-se na data em que conhecido o fato e
interrompe-se pela abertura de sindicância ou de processo administrativo,
quando for o caso.
§ 4.º Suspensa a tramitação de sindicância ou de processo administrativo
disciplinar por qualquer motivo imperioso devidamente justificado pela
autoridade competente, inclusive em razão de incidente de insanidade mental, o
curso da prescrição também se considerará suspenso, sendo retomado após o
definitivo julgamento do incidente ou quando findo o impedimento que motivou a
suspensão.
COMPETÊNCIA
Art. 19. Conforme previsto em legislação específica, são competentes o Chefe
do Executivo e o Controlador Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança
Pública e Sistema Penitenciário para aplicar as sanções previstas nesta Lei.
Art. 20. A apuração disciplinar de que trata esta Lei dar-se-á em atenção aos
princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da justa motivação,
sem prejuízo da observância às demais normas éticas e comportamentais
definidas como padrão de conduta para a gestão administrativa estadual,
levando em consideração, em especial, o disposto na Lei n.º 15.036, de 18 de
novembro de 2011.
Art. 21. Ao regime disciplinar de que trata esta Lei aplicar-se-á subsidiariamente
as disposições estatutárias inerentes aos servidores públicos em geral do
Estado.
977
EXERCÍCIOS
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1. C
2. E
3. E
978
LEI Nº 14582, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009
ATRIBUIÇÕES
• Atendimento,
• Vigilância, * Monitoramento Eletrônico.
• Custódia,
• Guarda,
• Escolta,
• Assistência e orientação de pessoas recolhidas aos estabelecimentos
penais estaduais.
REGIME DE PLANTÃO
Art. 4° Os servidores integrantes da carreira redenominada por esta Lei são
submetidos ao regime de plantão de 12 x 36 horas, podendo haver
979
Revezamento no período diurno e noturno.
ESTRUTURA REMUNERATÓRIA
Art. 5º A estrutura remuneratória dos Agentes Penitenciários, integrantes da
Carreira de Segurança Penitenciária, é composta pelo vencimento base
constante do anexo III, da Gratificação de Atividades Especiais e de Risco –
GAER, prevista no art. 7º e Adicional Noturno previsto no art. 8º, todos desta Lei.
VANTAGEM PESSOAL
Quando o policial penal está exercendo um cargo em comissão, é permitido
receber essa vantagem pessoal (valor já incorporado à remuneração).
Art. 5º §1º Além das parcelas previstas no caput deste artigo, o Agente
Penitenciário integrante da Carreira de Segurança Penitenciária, poderá receber
vantagem pessoal, sendo esta compreendida como o valor já incorporado à
remuneração do Agente decorrente do exercício de cargo em comissão e a
Gratificação por Adicional de Tempo de Serviço para aqueles que já tinham
implementado as condições para tanto quando da edição da Lei nº 12.913, de
18 de junho de 1999.
EXERCÍCIOS
980
d) Uma das atribuições da carreira Segurança Penitenciária é a escolta, que
consiste no ato de proteger a pessoa presa em um local diverso da prisão.
a) Apenas II.
b) Apenas I
c) Apenas I e II
d) Apenas III
GABARITO
1. B
2. D
981
LEI Nº 14582, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009
Art. 1º Fica alterado para 75% (setenta e cinco por cento) o percentual máximo
de utilização do efetivo de agentes penitenciários do Estado para os fins do
disposto no art. 5º- A, da Lei n.º 14.582, de 21 de dezembro de 2009, com
redação dada pela Lei n.º 16.063, de 7 de julho de 2016, mediante a percepção
de Abono Especial por Reforço Operacional.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, sendo que a alteração
de que trata o art. 1º surtirá efeitos pelo prazo de 2 (dois) anos, contados da
publicação, período necessário à contratação pelo Estado, por concurso público,
982
de novos agentes penitenciários.
§ 2º O abono de que trata este artigo não será incorporado aos vencimentos para
nenhum efeito, inclusive previdenciário, bem como não será considerado para
cálculo de quaisquer vantagens pecuniárias.
983
EXERCÍCIOS
a) Apenas II.
b) Apenas I
c) Apenas II e III
d) Apenas I, II e III estão incorretas.
984
GABARITO
1. D
2. D
985
§ 1° A GAER prevista no caput é devida aos integrantes da carreira prevista no
art. 1º desta Lei, como compensação do acréscimo da jornada, quando no efetivo
exercício sob regime de plantão de 12 (doze) horas de trabalho, com
revezamento no período diurno e noturno, perfazendo uma carga horária
semanal de 48 (quarenta e oito) horas.
• Lembre-se de que a carga horária do regime de plantão dos policiais
penais é de 24 x 72.
• A GAER é devida apenas aos integrantes da Segurança Penitenciária.
§ 2º Os servidores ocupantes dos cargos/funções de Agentes Penitenciários
quando no exercício de cargos comissionados nas unidades prisionais, na
Coordenadoria do Sistema Penal, cujas atribuições sejam de natureza
penitenciária, ou, ainda, na Célula de Inteligência Penitenciária, vinculada ao
Gabinete da Secretaria da Justiça e Cidadania, farão jus a GAER. (Nova redação
dada pela Lei n.º 14.966, de 13.07.11)
• Para se fazer jus à GAER não se faz necessário estar seguindo a escala
de plantão, bastando que as atribuições do cargo sejam de natureza
penitenciária.
• Tem direito também à GAER os policiais penais que exercem cargos em
comissão.
APOSENTADORIA
Art. 12. A Gratificação de que trata o art. 7° desta Lei, será incorporada aos
proventos de aposentadoria, desde que o servidor tenha contribuído por pelo
menos 60 (sessenta) meses ininterruptos para o Sistema Único de Previdência
Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos
Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. (Nova redação dada pela
Lei n.º 15.154, de 09.05.12)
• Temos aqui uma observação muito importante!!!
A GAER será incorporada aos proventos de aposentadoria:
• Servidor tenha contribuído pelo menos 60 meses ININTERRUPTOS.
986
ADICIONAL NOTURNO
Art. 8° É devido aos servidores ocupantes dos cargos/funções de Agente
Penitenciário o adicional por trabalho noturno nas seguintes condições:
§ 1° O adicional por trabalho noturno é devido ao servidor cujo trabalho seja
executado entre 22 (vinte e duas horas) de um dia às 5 (cinco) horas do dia
seguinte;
§ 2° A hora de trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois)
minutos e 30 (trinta) segundos;
§ 3° O trabalho noturno será remunerado com um acréscimo de 25% (vinte e
cinco por cento) sobre o valor da hora diurno.
• Horário considerado para Adicional Noturno: 22h as 05h.
• 1 hora noturna = 52 minutos e 30 segundos
• Remuneração com 25% de acréscimo sobre a hora diurna.
EXERCÍCIOS
a) Apenas II.
b) Apenas I
c) Apenas I e III
d) Apenas III
987
2. A respeito da Gratificação de Atividades Especiais de Risco:
a) Para se fazer jus à GAER não se faz necessário estar seguindo a escala de
plantão, bastando que as atribuições do cargo sejam de natureza penitenciária.
b) A GAER passa a ser devida nos percentuais de 80% sobre o vencimento
básico.
c) Atualmente, a GAER está no percentual de 100% sobre a remuneração.
d) O adicional noturno é devido aos servidores, cujo trabalho seja executado
entre 21 (vinte e uma horas) de um dia às 5 (cinco) horas do dia seguinte.
GABARITO
1. D
2. A
988
LEI Nº 17388, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021
989
Art. 3º Fica estabelecido auxílio-alimentação no valor de R$ 259,57 (duzentos e
cinquenta e nove reais e cinquenta e sete centavos), a ser pago mensalmente e
de forma linear aos ocupantes do cargo estadual de Policial Penal.
Parágrafo único. O valor do auxílio-alimentação a que se refere o caput deste
artigo será atualizado conforme os índices de revisão geral remuneratória dos
servidores públicos estaduais, aplicando-se, quanto às condições de
recebimento, o disposto na Lei nº 15.173, de 22 de junho de 2012, com exceção
do art. 6.º da referida Lei.
Art. 4º O disposto nesta Lei aplica-se aos servidores inativos dos cargos a que
se refere seu art. 1.º, bem como à pensão deles decorrentes, desde que regido
o benefício pela paridade constitucional.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor a partir de 1.º de janeiro de 2022, observado,
quanto aos efeitos financeiros, o disposto no seu Anexo Único.
990
2. A redenominação da carreira
EXERCÍCIOS
a) Apenas I.
b) Apenas II
c) Apenas I, II e III
d) Apenas I e III
991
b) Será pago mensalmente e de forma linear aos ocupantes do cargo estadual
de Policial Penal.
c) Aplica-se aos Policiais Penais ativos do Estado do Ceará, excetuando-se os
inativos.
d) O valor do auxílio-alimentação será atualizado conforme os índices de revisão
geral remuneratória dos servidores públicos estaduais.
GABARITO
1. A
2. C
992
ESPECÍFICA PARA PPCE
993
SISTEMA PEENITENCIÁRIO
Do Sistema Penitenciário (art. 1° ao 5°)
994
Fundamentos do Sistema Penitenciário
995
Coordenadoria do Sistema Penal (COSIPE)
996
Coordenadoria de Inclusão social do Preso e do Egresso (CISPE).
997
EXERCÍCIOS
998
governador do Estado do Ceará, preferencialmente entre os membros da
instituição.
d) Configura-se ainda como finalidade do Sistema Penitenciário Estadual, a
fiscalização e assistência ao egresso, garantindo-lhes a promoção de medidas
de integração e reintegração sócio educativas
GABARITO
1-A
2-C
999
Dos Estabelecimentos Prisionais
Unidades Prisionais
Art.6º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará é constituído pelas
seguintes Unidades:
1000
Art.7º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao condenado, ao
submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
1001
Art.8º - Em todos os estabelecimentos prisionais será obrigatoriamente
observada a separação entre presos provisórios e condenados, bem como a
distinção por sexo, delito, faixa etária e antecedentes criminais, para orientar a
prisão cautelar, a execução da pena e a medida de segurança.
1002
§2º - Nos estabelecimentos prisionais fica estabelecida a proporção de
profissionais da equipe técnica por 500 (quinhentos) detentos, obedecendo-se o
seguinte:
• Médico Clínico – 1;
• Enfermeiro – 1;
• Auxiliar de Enfermagem – 1;
• Odontólogo – 1;
• Auxiliar de Consultório Dentário – 1;
• Psicólogo – 1;
• Assistente Social – 1;
• Advogado auxiliar da direção - 1;
• Estagiário de Direito – 2;
• Terapeuta Ocupacional - 1.
§3º - O acesso à justiça integral e gratuito será assegurado aos internos através
da Defensoria Pública, instituição autônoma, que disporá de espaço físico
adequado para exercer suas funções.
1003
Exercícios
GABARITO
1-D
2-D
1004
Determinações Gerais Aplicadas as Unidades Elencadas no Artigo 6º Do
Regimento Geral
1005
médico, odontológico e jurídico, cujos resultados e desdobramentos serão
encaminhados à Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas
– CATVA que deliberará a unidade prisional destinatária para recebimento do
preso e, posteriormente, às Comissões Técnicas de Classificação das unidades
de recebimento.
Das Penitenciárias
Art.10 - As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao cumprimento da pena
de reclusão, em regime fechado, caracterizando se pelas seguintes condições:
1006
I - Segurança externa, através de muralha, com passadiço e guaritas de
responsabilidade dos Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da
Justiça e Cidadania.
II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes Penitenciários do quadro
efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania que preserve os direitos do preso,
mantenha a Segurança, a ordem e a disciplina da Unidade;
III - Acomodação do preso preferencialmente em cela individual;
1007
V -Trabalho externo, conforme previsto no art.36 da Lei de Execução Penal
(LEP).
1008
§2º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas finalidades serão,
excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas
deste Regimento no que forem aplicáveis, bem como as restrições legais ou
decisões judiciais.
1009
§3º - Haverá em cada estabelecimento de regime fechado uma Comissão
Técnica de Classificação, que proporá o tratamento adequado para cada preso
ou internado, além de acompanhar o programa de individualização da pena.
1010
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 - ERRADO
2-C
3 - ERRADO
1011
Estabelecimentos Agrícolas, Industriais Ou Mistos
I - locais para:
a) trabalho interno agropecuário;
b) trabalho interno industrial;
c) trabalho de manutenção e conservação intra e extramuros, na circunscrição
da Unidade respectiva;
1012
IV - locais internos e externos para atividades socioeducativas e culturais,
esportes, prática religiosa e visita conforme dispõe a Lei.
1013
atividades do Programa de Ações Continuadas de Assistência aos Drogadictos
– PACAD da Sejus.
§4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir leitos
destinados ao tratamento de mulheres presas.
§5º - O estabelecimento citado no caput deverá funcionar com equipes
multidisciplinares em regime de plantão.
§6º - A Secretaria da Justiça e Cidadania seguirá as recomendações das
portarias interministeriais do Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça em
relação ao tema saúde, na execução de vagas e atendimentos para os presos
em casos de exames e tratamentos de alta complexidade.
§7º - Nas unidades prisionais femininas deverão existir estruturas específicas
para a assistência integral à saúde da mulher, em atenção às suas
peculiaridades.
1014
§1º - O preso comprovadamente portador de doença mental deverá ser
imediatamente encaminhado ao estabelecimento adequado para seu
tratamento, lá não podendo permanecer além do tempo necessário ao seu
pronto restabelecimento, atestado pelo serviço médico local.
§3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir estruturas
específicas para a assistência à saúde mental da mulher, em atenção às suas
peculiaridades.
1015
Casa Do Albergado
Art.15 - A casa do albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de
liberdade em regime aberto e da pena restritiva de direitos consistente em
limitação de fim de semana, acolhendo pessoas do sexo masculino e feminino,
garantindo-se a separação adequada com vistas à individualização das penas.
1016
Cadeia Pública
1017
V - visita e atendimento médico e odontológico, sendo facultado ao preso optar
por profissional particular às suas expensas;
1018
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
a) Penitenciária
b) Cadeia Pública
c) Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico
d) Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares
GABARITO
1 - CERTO
2–B
1019
REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS
PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ –
PORTARIA 1.220/2014
1020
IV - Dar cumprimento as determinações judiciais e prestar aos Juízes, Tribunais,
Ministério Público, Defensoria Pública e Conselho Penitenciário as informações
que lhe forem solicitadas, relativas aos condenados e aos presos provisórios;
V - Assegurar o normal funcionamento da Unidade, observando e fazendo
observar as normas da Lei de Execução Penal e do presente Regimento Geral;
VI - Presidir a Comissão Técnica de Classificação;
1021
XI - Realizar mensalmente reuniões com os servidores da Unidade para estudos
conjuntos de problemas afetos à mesma;
XII - Promover mensalmente reunião com os representantes dos internos,
realizando o Parlamento Carcerário;
1022
XVII - mostrar aos visitantes as dependências do estabelecimento nas visitas
coletivas, de caráter cultural ou cientifico, devidamente autorizadas pela
COSIPE, esclarecendo-lhes, quando se fizer necessário, os objetivos da
execução penal;
XVIII - Dar ciência à família do preso, em caso de grave enfermidade, morte ou
transferência deste, comunicando ao preso, de igual modo, a doença ou morte
de pessoa de sua família e concedendo lhe, se for o caso, permissão para sair;
XIX - Atribuir, em solenidades especiais, prêmios e recompensas aos presos de
exemplar comportamento e àqueles que pratiquem atos meritórios;
1023
Art.20 - O(a) ocupante do cargo de diretor(a) de Unidade Prisional, escolhido
preferencialmente entre os servidores de carreira da Secretaria de Justiça e
Cidadania, com atenção à sua vocação e preparação profissional específica,
deverá satisfazer os seguintes requisitos:
1024
I - Assessorar diretamente o(a) Diretor(a) da Unidade Prisional no desempenho
de suas atribuições;
II - Substituir, em seus afastamentos, ausências e impedimentos legais, o(a)
Diretor(a) da Unidade Prisional, independente de designação especifica, salvo
se por prazo superior a 30 (trinta) dias;
III - Autorizar a expedição de certidões relativas aos assuntos da Unidade;
IV - Acompanhar a execução do plano de férias dos servidores da Unidade;
V - Exercer outras atividades que lhes sejam determinadas pelo(a) Diretor(a) da
Unidade.
1025
Competências Do Gerente Administrativo
1026
VIII - proceder á identificação de todo o material permanente em uso na unidade;
IX - adotar as medidas de segurança contra incêndio nas dependências do
estabelecimento especialmente na área de prontuário e almoxarifado;
IX - adotar as medidas de segurança contra incêndio nas dependências do
estabelecimento especialmente na área de prontuário e almoxarifado
X - providenciar a manutenção preventiva e corretiva de máquinas,
equipamentos e móveis em uso na unidade;
XI - zelar pela conservação e limpeza do prédio;
XII - controlar a manutenção de primeiro escalão, de responsabilidade dos
motoristas nas viaturas da unidade;
XIII - executar e controlar os serviços de reprodução xerográfica ou similar de
documentos, publicações e impressos de interesse de Unidade;
XIV - organizar a prestação de contas dos suprimentos de fundos destinados ao
estabelecimento;
1027
Competências Do Chefe De Segurança E Disciplina
1028
IV - fazer constar no prontuário disciplinar dos presos as ocorrências e alterações
havidas com estes;
V - controlar a movimentação de presos quando das transferências para outras
celas;
1029
XIII - promover mensalmente em caráter ordinário, reuniões com os agentes
prisionais e extraordinariamente quando necessário;
XIV - propor ao diretor a lista de nomes para escolha e designados dos chefes
de equipes;
XV - assegurar o respeito aos visitantes enquanto permanecerem nas
dependências da Unidade;
XVII - manter em arquivo o registro das pessoas que visitam a Unidade;
XVIII - comunicar, diariamente, ao diretor c/ou substituto as alterações
constantes no relatório de serviço diário;
XIX - manter informado o diretor sobre quaisquer alterações havidas na
unidade; XX - colaborar nas realizações de eventos de caráter sócio cultural,
esportivo e cívico do estabelecimento.
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Segurança e Disciplina deverá ser
ocupado preferencialmente por agente penitenciário estável da Secretaria de
Justiça e Cidadania.
1030
I - Conferir o relatório da equipe anterior;
II - Conferir o material de segurança sob sua responsabilidade, bem como a
frequência dos membros de sua equipe, distribuindo as tarefas relativas ao
funcionamento da unidade entre os presentes;
III - Dar encaminhamento e supervisionar a execução das determinações da
Direção e do Chefe de segurança e disciplina;
IV - Comunicar imediatamente qualquer ocorrência que comprometa a ordem, a
segurança e a disciplina da unidade à Direção e ao Chefe de Segurança e
Disciplina, relatando, em seguida, de forma circunstanciada, por escrito;
V - Em caso de emergência que comprometa a integridade física do preso,
autorizar transferência de alojamento no interior da unidade, diante da ausência
de seu superior hierárquico;
1031
VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes penitenciários de plantão,
cumprindo e fazendo cumprir as normas e regulamentos do estabelecimento;
VIII - Elaborar relatório circunstanciado ao final de seu plantão, registrando todas
as ocorrências havidas;
Parágrafo Único- O cargo de Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários
deverá ser ocupado preferencialmente por agente penitenciário estável da
Secretaria de Justiça e Cidadania.
1032
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 - CERTO
2 - ERRADO
1033
REGIMENTO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS
PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ –
PORTARIA Nº 1.220/2014
Conselho Disciplinar
1034
Art.26 - O Conselho Disciplinar, que será presidido pelo Diretor Adjunto e, nas
suas faltas ou impedimentos, pelo agente penitenciário que o compõe, reunir-se-
á tantas vezes quantas necessárias para deliberar sobre as tarefas a seu cargo.
§1º - Em caso de empate será considerado vencedor o voto favorável ao preso.
§2º - Os pareceres do Conselho Disciplinar serão sempre coletivos e lançados
por escrito, sendo tomados por maioria simples.
1035
Comissão Técnica De Classificação (CTC)
Art.27 - A Comissão Técnica de Classificação, órgão colegiado, deverá ser
composta pelo(a) Diretor(a) do Estabelecimento, que a presidirá, dois agentes
penitenciários, com larga experiência no penitenciarismo, um Psiquiatra, um
Psicólogo, um Assistente Social, e tem por finalidade aquilatar a personalidade
do condenado, para determinar o tratamento adequado, competindo-lhe:
I - Fixar o programa reeducativo;
II - Acompanhar a execução das penas privativas de liberdade;
III - Classificar o condenado segundo seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal;
IV - Propor as conversões e as regressões, bem como as progressões;
1036
Art.28 - A Comissão Técnica de Classificação, para obtenção de dados
reveladores da personalidade dos presos, poderá:
I - Entrevistar pessoas;
II - Requisitar de órgãos públicos ou privados dados e informações referentes ao
preso; III - Realizar outras diligências e exames.
1037
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-A
2 - ERRADO
1038
Das fases da Execução Administrativa da Pena
1039
Art.31 - As perícias criminológicas, eventualmente requisitadas, deverão ser
realizadas pela equipe técnica do Centro de Triagem e Observação
Criminológica ou pela Comissão Técnica de Classificação da unidade,
observando em cada caso o que for mais adequado.
Do Ingresso
Art.32 - O ingresso do preso condenado deverá se dar mediante apresentação
da guia de recolhi- mento, expedida pela autoridade judiciária competente,
observando-se o disposto nos arts.105 a 107 da Lei 7210/ 84 (Lei de Execuções
Penais).
Art.33 - O ingresso do preso provisório se dará através da apresentação dos
seguintes documentos: I - guia de recolhimento expedida pela autoridade policial
ou judiciária competente;
II - comprovação de que o mesmo foi submetido a exame de corpo de delito;
III - comprovante de identificação do preso junto à Delegacia de Capturas;
IV - Informação sobre os antecedentes criminais do preso, com cópia do auto de
prisão em flagrante ou do mandado de prisão judicial.
1040
Procedimento Operacional Para O Ingresso Do Preso
Prontuário Do Preso
1041
§1º - No prontuário ficarão arquivados todos os documentos relativos ao preso,
inclusive certidão atualizada de antecedentes criminais do juízo local, bem como
do seu domicílio de origem;
§2º - A fotografia do preso será parte integrante do prontuário.
1042
Exames Do Preso – Chegada À Unidade Prisional
Art.37 - O preso será submetido a exames clínicos pelo Serviço de Saúde,
devendo ser examinado por médico, que fornecerá atestado sobre as condições
físicas apresentadas quando de sua chegada, e relacionará a necessidade de
ingestão de medicamentos eventualmente trazidos pelo preso, sob prescrição
médica, bem como de dieta diferenciada.
Art.38 - Quando da impossibilidade de cumprir todas as exigências enumeradas
nos dispositivos anteriores, na data da inclusão, as mesmas poderão ocorrer nos
três dias úteis subsequentes.
1043
Art.40 - Nos (10) dez primeiros dias do estágio de adaptação o preso não poderá
receber visitas de familiares e amigos, podendo somente receber seu advogado
ou Defensor Público.
Art.41 - Durante o período de adaptação o preso será classificado quanto ao
grau de periculosidade, comportamento e antecedentes.
EXERCÍCIOS
(A) I e II
(B) II e III
(C) I, apenas
(D) III, apenas
(E) todos os itens
1044
(A) A primeira fase da execução administrativa da pena é composta de
procedimentos de inclusão e observação por prazo mínimo de trinta dias,
realizado pelo Centro de Triagem e Observação Criminológica, e
complementados pela Comissão Técnica de Classificação da unidade
recebedora.
(B) A CATVA será formada por equipe multidisciplinar e administrará o ingresso
e reingresso de presos nas unidades do sistema penitenciário estadual,
enquanto que a Comissão Técnica de Classificação administrará as
transferências dos presos, indicando a unidade para onde o interno será
encaminhado.
(C) Toda e qualquer entrada, transferência ou saída de preso de unidade deverá
ser comunicada pela Direção a todos os juízos onde o mesmo responda a
procedimento criminal.
(D) Em caso de falecimento do preso, os valores e bens a este pertencentes,
devidamente inventariados, passarão a ser de posse do Estado para custeio do
Sistema Penitenciário.
GABARITO
1-E
2-C
1045
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – REGIMENTO GERAL
DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO ESTADO DO
CEARÁ – PORTARIA 1.220/2014
Da transferência.
1046
§2º - A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas - CATVA
será o órgão competente para a liberação de vagas para presos provisórios e
condenados em presídios, casas de privação provisórias de liberdade,
penitenciárias, Casa do Albergado, Hospital de Custódia e Manicômio Judiciário
do Estado do Ceará, vinculados a Comarca de Fortaleza, obedecendo aos
procedimentos contidos em Portaria específica, observando as avaliações
realizadas pelo Centro de Triagem e Observação Criminológica.
1047
Por interesse técnico-administrativo da administração penitenciária
Art.44 – O preso será transferido por interesse técnico-administrativo da
administração penitenciária nas seguintes circunstâncias:
1048
§2º - A transferência de preso condenado ou provisório será, no prazo
improrrogável de 24 (vinte e quatro) horas, comunicada, respectivamente, ao
juízo das execuções penais ou ao juízo responsável pelo processo.
A Requerimento do Interessado
Art.45 – Fora das hipóteses que dependam de decisão judicial, o preso, seus
familiares ou seu procurador poderão requerer sua transferência, ao diretor do
estabelecimento respectivo, para unidade prisional do mesmo regime quando:
1049
Petição do interessado para sua transferência
Da Saída
Art.49 - A saída do preso da Unidade Prisional dar-se-á, nos seguintes casos:
I - pelo término do cumprimento da pena, devidamente reconhecido por sentença
do Juízo das Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios;
1050
II - em virtude de algum benefício legal que lhe tenha sido concedido, sempre
por ordem escrita da Autoridade Judiciária competente.
III - para atendimento de requisições administrativas ou policiais, mediante
escolta e autorização escrita do Juiz das Execuções Criminais e Corregedor dos
Presídios;
IV - para atendimento de requisições judiciais, mediante escolta;
EXERCÍCIOS
1051
(D) a requerimento do interessado.
(E) por ordem expressa do Governador do Estado.
GABARITO
1-E
2-A
1052
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – REGIMENTO GERAL
DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO ESTADO DO
CEARÁ – PORTARIA 1.220/2014
Dos Direitos
Art.50 - São direitos comuns aos presos, além dos já previstos pela Constituição
Federal, Pactos Internacionais, Legislação Penal e Processual Brasileira, Lei de
Execuções Penais e demais Leis, os seguintes:
a) chamamento nominal;
b) uso de número somente para qualificação em documento da administração
penal.
1053
b) a faculdade de contratar, através de familiares ou dependentes, profissionais
médicos e odontológicos de confiança pessoal, a fim de orientar e acompanhar
o tratamento que se faça necessário, observadas as normas legais e
regulamentares vigentes;
1054
a) correspondência escrita com familiares e outras pessoas, podendo ser
suspenso ou restringido tal direito por ato motivado do Diretor da Unidade, no
caso de cometimento de falta grave;
1055
d) acesso coletivo a programa de televisão;
e) acesso a sessões cinematográficas, teatrais, artísticas e socioculturais, de
acordo com a programação da Unidade respectiva.
1056
XI - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
1057
XII - receber atestado anual de pena a cumprir;
XIII - assistência jurídica integral desde sua inserção no Sistema Penitenciário,
prestada por advogado constituído ou pela Defensoria Pública;
XIV - entrevista reservada com seu advogado constituído ou Defensor Público,
no parlatório, individualmente, nos dias úteis e no horário de expediente da
Unidade.
XV - à presa, em caso de gravidez, são asseguradas:
a) assistência pré-natal;
b) alimentação apropriada desde a confirmação da gravidez até o fim da
amamentação;
c) internação, com direito a parto em hospital adequado, por meio de escolta;
d) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de
120 dias após o nascimento, prorrogável por igual período, em local adequado,
mesmo que haja restrição de amamentação;
e) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de
180 dias após o nascimento, prorrogável por igual período, após avaliação
médica e de assistente social, em local adequado, quando estiver
amamentando;
1058
XVI - reabilitação das faltas disciplinares;
XVII - Em caso de falecimento, doenças, acidentes graves ou transferência do
preso para outro estabelecimento, o Diretor comunicará imediatamente ao
cônjuge ou, se for o caso, a parente próximo ou a pessoa previamente indicada;
XVIII - O preso será informado, imediatamente, do falecimento ou de doença
grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão, podendo
ser permitida a visita a estes, sob custódia;
XIX - Em caso de deslocamento do preso, por qualquer motivo, deve-se evitar
sua exposição ao público, assim como resguardá-lo de insultos e da curiosidade
geral.
XX - igualdade de tratamento, exceto quanto à individualização da pena.
§1º - Os direitos previstos neste Regimento não excluem outros decorrentes dos
princípios por ele adotados.
§2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o preso deverá permanecer em
recinto separado dos demais, aplicando-se, no que couber as normas destinadas
aos presos provisórios.
1059
III - informar-se das normas a serem observadas na Unidade Prisional,
respeitando-as;
IV - acatar as determinações legais solicitadas por qualquer funcionário no
desempenho de suas funções;
V - manter comportamento adequado em todo o decurso da execução da pena,
progressiva ou não;
VI - submeter-se à sanção disciplinar imposta
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe forem destinados, direta
ou indiretamente; IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a que
der causa, de forma culposa ou dolosa;
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela, alojamento, corredores e
sanitários;
XI - submeter-se às normas contidas neste Regimento Geral, referentes às
visitas, orientando-as nesse sentido;
XII - submeter-se às normas, contidas neste Regimento Geral, que disciplinam
a concessão de saídas externas previstas em lei:
XIII - submeter-se às normas contidas neste Regimento Geral, que disciplinam
o atendimento nas áreas de:
1060
a) saúde;
b) assistência jurídica;
c) psicológica;
d) serviço social;
e) diretoria;
f) serviços administrativos em geral;
g) atividades escolares, desportivas, religiosas, de trabalho e de lazer;
h) assistência religiosa;
1061
XXIV - abster-se de utilizar sua cela como cozinha;
XXV - submeter-se à requisição das autoridades judiciais, policiais e
administrativas;
XXVI - submeter-se à requisição dos profissionais de qualquer área técnica para
exames ou entrevistas;
XXVII - submeter-se às condições estabelecidas para uso de aparelho de rádio
e/ou aparelho de TV;
XXVIII - submeter-se às condições de uso da biblioteca do estabelecimento, caso
haja, e de livros de sua propriedade;
XXIX - submeter-se às condições estabelecidas para as práticas desportivas e
de lazer;
XXX - submeter-se às condições impostas para quaisquer modalidades de
transferências e remoção de ordem judicial, técnico-administrativa e a seu
requerimento;
XXXI - submeter-se aos controles de segurança impostos pelos Agentes
Penitenciários ou outros agentes públicos incumbidos de efetuar a escolta
externa.
Das Recompensas
Art.54 - As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em
favor do preso sentenciado ou do preso provisório, de sua colaboração com a
disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
1062
II - a concessão de regalias.
Art.56 - Será considerado para efeito de elogio a prática de ato de excepcional
relevância humanitária ou do interesse do bem comum, por portaria do diretor da
unidade prisional, devendo constar do prontuário do condenado.
Das Regalias
Art.57 - Constituem regalias, concedidas aos presos em geral, dentro da
Unidade Prisional:
I - visitas íntimas;
1063
II - assistir coletivamente sessões de cinema, teatro, shows e outras atividades
socioculturais, fora do horário normal em épocas especiais;
III - assistir coletivamente sessões de jogos esportivos em épocas especiais, fora
do horário normal;
IV - participar de atividades coletivas, além da escola e trabalho, em horário pré-
estabelecido de acordo com a Unidade do Sistema e Direção;
V - participar em exposições de trabalho, pintura e outros, que digam respeito às
suas atividades;
VI - visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela direção se comprovada
sua necessidade e relevância.
1064
EXERCÍCIOS
2. Assinale a opção de resposta que traz erro quanto aos direitos do preso,
segundo o regramento da Portaria SEJUS/CE nº 1.220/2014.
(A) direito a contato com o mundo exterior e acesso aos meios de comunicação
1065
social, por meio de correspondência escrita com familiares e outras pessoas,
podendo ser suspenso ou restringido tal direito por ato motivado do Diretor da
Unidade, no caso de cometimento de falta grave.
(B) direito a tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico, psicológico e
odontológico com os recursos humanos e materiais dos postos a sua disposição
pela Unidade onde se acha recolhido.
(C) direito da preservação da individualidade, observando-se chamamento por
número e uso de nome somente para qualificação em documento da
administração penal.
(D) direito de não ser exposto ao público, assim como de ser resguardado de
insultos e da curiosidade geral, em caso de deslocamentos, por qualquer motivo.
GABARITO
1-A
2-C
1066
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – REGIMENTO GERAL
DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO ESTADO DO
CEARÁ – PORTARIA 1.220/2014
Art.63 - As normas deste Regimento serão aplicadas aos presos, quer dentro do
estabelecimento prisional e sua extensão, quer quando estiverem em trânsito ou
em execução de serviço externo.
1067
Da Disciplina
Art.64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza, sem
constrangimento, sem impor maiores restrições que as necessárias para manter
a segurança e a boa organização da vida em comum, visando o retorno
satisfatório do preso a sociedade.
Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a fraternidade e a civilidade são
requisitos importantes para o aprimoramento físico, mental e espiritual na busca
da construção de um futuro melhor para o preso.
1068
Art.65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes penalidades:
I - advertência verbal;
II - repreensão;
III - suspensão ou restrição de regalias;
1069
§2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma escrita, revestida de maior rigor
no aspecto educativo, aplicável em casos de infração de natureza média, bem
como os reincidentes de natureza leve.
1070
Regime Disciplinar Diferenciado
Art.68 - Aplica-se o regime disciplinar diferenciado, na hipótese de falta grave
consistente na prática de crime doloso que ocasione subversão da ordem ou
disciplina interna, e tem as seguintes características:
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena
aplicada;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os filhos menores de quatorze
anos, com duração de duas horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por duas horas diárias para banho de sol.
1071
Procedimento para a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado.
1072
Das Faltas Disciplinares De Natureza Leve
1073
XXIV - proferir palavras de baixo calão ou faltar com preceitos de educação;
XXV - dirigir-se, referir-se ou responder a qualquer pessoa de modo
desrespeitoso;
XXVI - tocar instrumentos musicais fora dos locais e horários permitidos pela
autoridade competente.
1074
XVI - concorrer para que não seja dado cumprimento a qualquer ordem legal,
tarefa ou serviço, bem como, concorrer para que seja retardada a sua execução;
XVII - interferir na administração ou execução de qualquer tarefa sem estar
para isto autorizado;
XVIII - simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever ou
ordem legal recebida;
XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir bebidas alcoólicas ou
qualquer outra substância que cause efeitos similares aos do álcool, ou mesmo
ingerir tais substâncias, ou concorrer, inequivocamente, para que outrem o faça;
XX - introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a devida autorização da
Direção da Unidade;
XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa, vantagem ilícita pecuniária ou em
espécie;
XXII - praticar atos de comércio de qualquer natureza, sem a devida autorização,
com outros internos, funcionários ou civis;
XXIII - manusear equipamento ou material de trabalho sem autorização ou sem
conhecimento da administração, mesmo a pretexto de reparos ou limpeza;
XXIV - apropriar-se ou apossar-se, sem autorização, de material alheio;
XXV - destruir dolosamente, extraviar, desviar ou ocultar objetos sob sua
responsabilidade, fornecidos pela administração;
XXVI - fabricar qualquer objeto ou equipamento sem a devida autorização, ou
concorrer para que outrem incorra na mesma conduta;
XXVII - utilizar material, próprio ou do Estado, para finalidade diversa para a qual
foi prevista, causando ou não prejuízos ao erário;
XXVIII - portar, confeccionar, receber, ter indevidamente, em qualquer lugar do
Estabelecimento Penal, objetos passíveis de utilização em fuga;
XXIX - permanecer o interno, em dias de visitação, na área destinada à
circulação de pessoas, sem que para isto esteja autorizado ou acompanhado de
seus visitantes, exceto para responder à chamada nominal ou efetuar suas
refeições;
XXX - permitir o interno que seus visitantes, sem autorização de autoridade
competente, ingressem nos alojamentos ou celas ou acessem local não
permitido;
XXXI - comportar-se, quando em companhia de sua esposa, companheira ou
diante de outros visitantes, de forma desrespeitosa;
XXXII - tomar parte em jogos proibidos ou em aposta ilícitas;
1075
XXXIII - permanecer em alojamento diferente do seu, sem a devida autorização
da Administração ou o consentimento de integrante do local;
XXXIV - transitar indevidamente por locais não permitidos ou em desacordo com
o respectivo estágio em que se encontra;
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com internos em regime de isolamento
celular ou entregar aos mesmos quaisquer objetos sem autorização da
administração;
XXXVI - promover barulho no interior do alojamento, celas ou seus corredores,
durante o repouso noturno, ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo de forma a
perturbar a ordem reinante;
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar a ordem ou a disciplina, caso
não chegue a constituir crime;
XXXVIII - dificultar a vigilância ou prejudicar o serviço da guarda em qualquer
dependência da Unidade;
XXXIX - praticar autolesão com finalidade de obter regalias;
XL - praticar fato previsto como crime culposo ou contravenção,
independentemente da ação penal;
XLI - usar de ardil para auferir benefícios, induzindo a erro qualquer pessoa;
XLII - favorecer a prostituição ou a promiscuidade de parentes e demais
visitantes.
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de
outrem;
1076
IV - provocar acidente de trabalho;
1077
VIII - descumprir, injustificadamente, o condenado à pena restritiva de direitos, a
restrição imposta, ou retardar o cumprimento;
IX - introduzir, receber, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, fazer uso, ter
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar telefone celular
ou aparelho de comunicação com o meio exterior, seus componentes ou
acessórios;
1078
Art.76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação das referidas penalidades:
I - reincidência em falta disciplinar;
II - prática de falta disciplinar durante o prazo de reabilitação de conduta por
sanção anterior;
1079
EXERCÍCIOS
(A) Pune-se a tentativa com sanção mais branda que a correspondente à falta
consumada.
(B) Às faltas leves e médias, poderão ser aplicadas as sanções de advertência
verbal, de suspensão ou restrição de regalias e de isolamento em local
adequado.
(C) Aplica-se o Regime Disciplinar Diferenciado na hipótese de falta grave
consistente na prática de crime doloso contra a vida.
(D) Na prática de faltas de qualquer natureza, a suspensão e restrição de direitos
não poderão ser aplicadas isoladas ou cumulativamente.
(E) A advertência verbal é a punição de caráter educativo, aplicado às infrações
1080
de natureza leve, e se couber as de natureza média.
GABARITO
1-D
2-E
1081
ESTATUTO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS
CIVIS DO ESTADO DO
CEARÁ
1082
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis
do Estado do Ceará
Artigos: 1º ao 38º
1083
com as obrigações militares e eleitorais; ter boa conduta; gozar saúde; possuir
aptidão para o cargo; ter- se habilitado previamente em concurso, exceto nos
casos de nomeação para cargo em comissão ou outra forma de provimento para
a qual não se exija o concurso; ter atendido às condições especiais, prescritas
em lei ou regulamento para determinados cargos ou categorias funcionais.
1084
Exercício (artigos. 32 a 35):
Ao dirigente da repartição para onde for designado o funcionário compete dar-
lhe exercício.
O exercício funcional terá início no prazo de 30 dias, contados da data: da
publicação oficial do ato, no caso de reintegração; da posse, nos demais casos.
Só será permitido o afastamento de servidor por até 4 anos, salvo: exercer as
atribuições de cargo ou função de direção ou de Governo dos Estados, da União,
Distrito Federal, Territórios e Municípios e entidades da administração indireta;
à disposição da Presidência da República; para exercer mandato eletivo;
convocado para serviço militar obrigatório; funcionário no gozo de licença para
acompanhar o cônjuge.
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-C
2-E
3-C
1085
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
Artigos: 39º ao 59º
1086
Aproveitamento (artigos. 56 e 59):
- É o retorno ao exercício do cargo do funcionário em disponibilidade.
- Quando o aproveitamento ocorrer em cargo cujo vencimento for inferior ao do
anteriormente ocupado, o funcionário perceberá a diferença a título de vantagem
pessoal, incorporada ao vencimento para fins de progressão horizontal,
disponibilidade e aposentadoria.
Reversão
- É o reingresso no Sistema Administrativo do aposentado por invalidez, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria.
- Dar-se-á de ofício ou a pedido, de preferência no mesmo cargo ou naquele em
que se tenha transformado, ou em cargo de vencimentos e atribuições
equivalentes aos do cargo anteriormente ocupado, atendido o requisito da
habilitação profissional.
- São condições essenciais para que a reversão se efetive:
a) que o aposentado não haja completado 60 anos de idade;
b) que o inativo seja julgado apto em inspeção médica;
c) que a Administração considere de interesse do Sistema Administrativo o
reingresso do aposentado na atividade.
1087
EXERCÍCIOS
2. Ascensão funcional é
GABARITO
1-C
2-D
1088
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
Estabilidade e Vitaliciedade
- Estabilidade é o direito que adquire o funcionário efetivo de não ser exonerado
ou demitido, senão por sentença judicial ou inquérito administrativo, em que lhe
tenha sido assegurada ampla defesa.
- A estabilidade do servidor se dará após três anos de efetivo exercício no serviço
público, conforme alteração constitucional pela EC nº 19/98, apesar da Lei
Estadual original mencionar apenas dois anos.
1089
- Vitaliciedade é algo mais que estabilidade, pois consiste na entrega do cargo
do servidor ocupante, de modo que este se aposenta e leva consigo o cargo. O
funcionário só perderá o cargo vitalício em virtude de sentença judicial.
Disponibilidade
- É o afastamento de exercício de funcionário estável em virtude da extinção do
cargo, ou da decretação de sua desnecessidade. - Extinto o cargo ou declarada
sua desnecessidade, o servidor ficará em disponibilidade, percebendo
remuneração proporcional.
Férias
- O funcionário gozará de 30 dias de férias por ano, consecutivos ou não, de
acordo com a escala organizada pelo dirigente da unidade em que trabalha.
- O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois períodos de férias.
- É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço, devendo tais
ausências, caso não justificadas, serem descontadas da sua remuneração.
1090
33% incidente sobre o valor de sua última remuneração para fins de contribuição
previdenciária, que será destinada ao SUPSEC. Entretanto, tal forma de
contribuição só poderá ser mantido pelo prazo máximo de 4 anos.
1091
EXERCÍCIOS
a) férias
b) casamento (até 20 dias);
c) desempenho de mandato eletivo
d) licença especial, gestante e saúde
GABARITO
1-B
2-E
3-A
1092
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
1093
Retribuição Pecuniária (artigos. 121 e 122):
I - vencimento (art. 123): É o salário propriamente dito do servidor.
II - ajuda de custo (artigos. 125 a 128):
- Será concedida ao funcionário que for designado, de ofício para ter exercício
em nova sede.
- Não excederá a 3 meses de vencimento, salvo nos casos de designação para
exercício ou serviço fora do Estado.
- A ajuda de custo deverá ser restituída quando o funcionário não mudar para a
nova sede no prazo determinado ou, antes de terminada a incumbência,
regressar, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
- A restituição poderá ser feita parceladamente.
- Não haverá obrigação de restituir quando o reingresso for de ofício ou mesmo
que exonerado a pedido, desde que após 90 dias na nova sede.
1094
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-D
2-E
3-B
1095
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
Artigos: 150º ao 157º
b) Compulsória:
- Se dará quando completar 70 anos de idade ou 75, na forma da lei.
- Proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
c) Por invalidez:
- Precedida por período de licença contínuo não inferior a 24 meses. Em regra,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se a causa for
1096
doença grave, incurável ou contagiosa, ou ainda acidente de trabalho ou doença
profissional, quando será com proventos integrais.
- O servidor se afastará da atividade assim que iniciado o processo, sem que o
tempo de afastamento possa ser considerado para qualquer efeito. Caso o
processo não esteja concluído no prazo de 90 dias, o servidor se afastará da
atividade sem prejuízo de sua remuneração.
d) Compulsória:
- Se dará quando completar 70 anos de idade ou 75, na forma da lei. - Proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
e) Voluntária: Se dará quando completar 35 anos de serviço público
II – Pensão: Decorrente de falecimento do servidor. Divide-se em vitalícia (para
cônjuge ou companheiro e filhos inválidos ou dependentes comprovados) e
temporária (filhos menores).
III – Pecúlio: É um montante que o segurado, ao falecer, deixa para uma ou
mais pessoas de sua escolha, independentemente da idade e de qualquer
relação familiar ou de dependência econômica.
IV – Auxílio reclusão: Valor concedido à família do servidor preso.
V – Auxílio Natalidade: Valor concedido ao servidor por cada filho nascido.
VII – Auxílio funeral (art. 173)
VIII – Salário família (artigos. 158 a 171): Será pago juntamente com os
vencimentos ou proventos. A cada dependente corresponderá uma cota de
salário-família de acordo com o valor a ser fixado por lei.
IX – Assistência médica e hospitalar
X – Assistência obstétrica (pré-natal)
XI – Assistência odontológica
XII – Assistência financeira e social
XIII – Assistência jurídica: Fornecida pela Defensoria Pública, garantia prevista
constitucionalmente e decorrente do Princípio do Acesso à Justiça.
1097
EXERCÍCIO
GABARITO
1-E
2-C
3-D
1098
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
Artigos: 174º ao 192º
a) Instâncias de Responsabilidade:
- São independentes as instâncias administrativa, civil e penal, de modo que o
servidor pode ser responsabilizado em qualquer delas ao mesmo tempo ou
individualmente. A única absolvição que gera a absolvição nas demais esferas é
a criminal, por dois motivos: inexistência de crime ou erro quanto à pessoa que
supostamente o cometeu. Nesses casos, sustará a responsabilidade civil ou
administrativa decorrente do mesmo fato.
- Apuração da responsabilidade funcional: Será de ofício ou mediante
representação, pela autoridade de maior hierarquia. Se praticado fora do local
de trabalho, a apuração será realizada pela autoridade de maior hierarquia no
órgão ou ente a que pertencer o funcionário. Se vários funcionários estiverem
envolvidos, a apuração caberá ao Governador do Estado.
b) Responsabilidade Civil:
- Conduta funcional comissiva (decorrente do ato) ou omissiva (decorrente da
omissão), dolosa ou culposa, que acarrete prejuízo para o patrimônio do Estado,
de suas entidades ou de terceiros.
- Se o prejuízo for causado ao Estado e o servidor não tiver bens para pagar o
prejuízo ocasionado, será descontada em folha de pagamento mediante
prestações mensais, não excedentes da décima parte do vencimento.
- Em caso de prejuízo a terceiro, o Estado pagará o prejuízo, devendo o servidor
fazer o ressarcimento através de Ação Regressiva.
c) Responsabilidade Penal:
- Abrange os crimes e contravenções imputados, por lei, ao funcionário.
- Sob pena de responsabilidade o funcionário que exercer chefia, ao tomar
conhecimento de um ilícito administrativo, está obrigado a representar perante
1099
autoridade competente, a fim de que esta promova a apuração, através de
sindicância ou inquérito.
d) Responsabilidade Administrativa:
- Consiste em conduta irregular do servidor no exercício de suas atribuições
funcionais e que fere ao código de conduta disciplinar da sua categoria.
- Aplicação da Sanção: Será proporcional ao ilícito, levando-se em conta os
antecedentes do funcionário, as circunstâncias em que o ilícito ocorreu, a
gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço estatal de
terceiros.
- Extinção da responsabilidade administrativa: morte do funcionário; prescrição
do direito de agir do Estado ou de suas entidades em matéria disciplinar.
- O direito ao exercício do poder disciplinar prescreve passados 5 anos da data
em que o ilícito tiver ocorrido. São imprescritíveis o ilícito de abandono de cargo
e a respectiva sanção.
- Poder Disciplinar: Direito de exercício do funcionário público desde a posse ou,
se esta não for exigida, desde o seu ingresso no exercício funcional.
1100
EXERCÍCIOS
GABARITO
1-B
2-C
3-E
1101
Lei 9.826/74
Regime Jurídico dos funcionários públicos civis do
Estado do Ceará
Artigos: 193º ao 227º
1102
- ofensa física ou moral em serviço, contra funcionários ou terceiros.
- aplicação irregular de dinheiro público, resultando lesão ao erário.
- quebra do sigilo funcional.
- corrupção passiva.
- falta de atendimento ao estágio probatório.
- desídia funcional.
- descumprimento de dever inerente a cargo em comissão.
1103
EXERCÍCIOS
a) Valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito para si, ou para
outrem.
b) Promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou subscrever lista de
donativos, no recinto do trabalho.
c) Coagir ou aliciar subordinados com objetivos político-partidários.
d) Participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou
administrativo, de empresa ou sociedades mercantis.
e) Pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos órgãos e entidades
estaduais, salvo quando se tratar de percepção de vencimentos, proventos ou
vantagens de parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau civil.
GABARITO
1-E
2-C
3-C
1104