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Sumário

Regimento Interno Das Unidades de Medidas Socioeducativas Do Ceará .............................................. 1

PORTARIA N°136/2022, de 19 de julho de 2022 ................................................................................ 27

PORTARIA N°004/2021 – SEAS ........................................................................................................... 30

PORTARIA N°093/2022 ....................................................................................................................... 45

PORTARIA Nº 63/2017 ........................................................................................................................ 55

PORTARIA Nº133/2020 – SEAS ........................................................................................................... 58

PORTARIA Nº27/2018 – SEAS ............................................................................................................. 62

PORTARIA Nº74/2018 – SEAS ............................................................................................................. 63

PORTARIA Nº021/2022 – SEAS ........................................................................................................... 64

LEI Nº 16.040 de 2016 – CRIAÇÃO DA SEAS ....................................................................................... 66

DECRETO Nº33.879, de 30 de dezembro de 2020 ................................................................................. 67

PORTARIA N°023/2019 – SEAS ........................................................................................................... 69

PORTARIA Nº 50/2020 – SEAS ............................................................................................................ 74

PORTARIA Nº 123/2020 – SEAS .......................................................................................................... 75

PORTARIA Nº 067/2021 – SEAS .......................................................................................................... 77

INSTRUÇÃO NORMATIVA – SEAS/2023 ................................................................................................ 84


Seção I
Regimento Interno
Das Unidades de Medidas Dos Direitos dos Adolescentes
Socioeducativas Do Ceará Art. 4º. Serão garantidos aos adolescentes os seguintes
Capítulo I direitos, dentre outros:
Das Disposições Gerais I. Ter Respeitada a sua individualidade e estar livre de
Art. 1º. Este Regimento dispõe sobre as Unidades de preconceito e julgamento moral.
Medidas Socioeducativas do Estado do Ceará,
II. Estar salvo de qualquer tratamento desumano,
responsáveis pela recepção, internação provisória,
vexatório ou que atente contra a dignidade da pessoa
semiliberdade, internação sanção e internação por
em desenvolvimento.
sentença, previstas no Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, e nas recomendações preconizadas III. Participar de atividades escolares, pedagógicas,
no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – profissionalizantes, culturais, esportivas e de lazer,
SINASE. devendo ser garantida a carga horária educacional que
§1º A recepção caracteriza-se pelo acolhimento de dispõe a lei de diretrizes e bases da educação nacional.
natureza transitória ao adolescente acusado da prática IV. Receber assistência médica e odontológica,
de ato infracional, proveniente da delegacia da criança priorizando os serviços públicos e comunitários.
e do adolescente e das comarcas do interior do estado,
V. Ter o direito à ampla defesa e ao contraditório
que deverá ser apresentado ao judiciário, tendo como
quando lhe for atribuída conduta faltosa, antes de lhe
prazo máximo para a permanência do adolescente na
ser aplicada a medida disciplinar.
unidade de recepção, 24 (vinte quatros) horas.
§2º A medida socioeducativa de internação provisória VI. Ter garantida a convivência familiar e comunitária,
é aplicada ao adolescente, antes da sentença, a teor do respeitando os critérios previamente definidos neste
artigo 108 do ECA, e não deve ultrapassar o prazo Regimento.
máximo de 45 dias. VII. Receber atendimento técnico, no mínimo,
§3º A medida socioeducativa de semiliberdade pode quinzenalmente.
ser aplicada como primeira medida, ou como forma de
VIII. Ter garantido os documentos indispensáveis à
progressão do regime para aqueles adolescentes já
vida em sociedade.
privados de liberdade, conforme artigo 120 do ECA.
Nela, o educando fica sob a custódia do Estado, sendo IX. Ter acesso aos meios de comunicação social, a partir
possível a realização de atividades externas, de critérios predefinidos pela equipe socioeducativa.
independente de autorização judicial.
X. Receber visitas, obedecendo a critérios
§ 4º A medida socioeducativa de internação sanção estabelecidos pela direção e pela equipe técnica da
pode ser aplicada por descumprimento reiterado e Unidade de Medida Socioeducativa, salvo em caso de
injustificável da medida anteriormente imposta, suspensão temporária desse direito pelo juízo
conforme artigo 122, inciso III, parágrafo 1º, do ECA. responsável pela execução da medida socioeducativa.
§ 5º A medida socioeducativa de internação é aplicada ao
XI. Ter acesso a condições adequadas de higiene e
adolescente autor de ato infracional e deve observar o
asseio pessoal.
previsto no artigo 122 do ECA, somente podendo ser
aplicada nos casos e hipóteses previstas em lei. XII. Habitar em alojamentos em condições de higiene e
Art. 2º. As Unidades de Medidas Socioeducativas estão sob salubridade.
a administração direta do Governo do Estado do Ceará. XIII. Receber, quando do seu desligamento, os
Art. 3º. Os procedimentos internos de funcionamento, documentos pessoais.
de atendimento e de segurança serão administrados
XIV. Ter acesso, quando necessário, a atividades
pelo corpo diretivo das Unidades de Medidas
psicoterapêuticas.
Socioeducativas, sob a responsabilidade destes,
respeitando as diretrizes do presente estatuto.

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XV. Ser ouvido pela direção e equipe técnica em suas Art. 6º. São deveres do adolescente, entre
queixas, problemas, dúvidas e reivindicações. outros:
XVI. Corresponder-se com familiares. I. Cumprir o previsto neste regimento e na rotina
XVII. Receber assistência religiosa, segundo sua crença, institucional, além dos demais procedimentos da
desde que assim o deseje, e que não coloque em risco Unidade de Medida Socioeducativa.
sua segurança física e mental. II. Frequentar assiduamente e participar das atividades
escolares e de outras atividades propostas pela
XVIII. Avistar-se e entrevistar-se com o representante
Unidade de Medida Socioeducativa, salvo nas
do ministério público e defensoria pública.
situações em que se justifique sua ausência, devendo
XIX. Peticionar diretamente a qualquer autoridade. esta ser autorizada pela equipe socioeducativa, com
posterior ciência ao diretor e equipe técnica.
XX. Ser informado, sempre que solicitar, sobre sua
situação processual. III. Cumprir com todas as suas obrigações de aluno na
escola e cursos profissionalizantes que estiver inserido.
XXI. Ter acesso a atividades e serviços fora dos limites
IV. Tomar a medicação nos horários estabelecidos, em
da instituição, nas condições estipuladas pela direção,
caso de prescrição e orientação médica.
salvo expressa determinação judicial em contrário.
V. Cuidar da higiene pessoal, do asseio de seu
XXII. Solicitar medida de convivência protetora, alojamento e de seus objetos pessoais, bem como dos
assegurando-se espaço físico apropriado, quando espaços de convivência.
estiver em situação de risco à sua integridade física ou VI. Colaborar com a limpeza e conservação da Unidade
psicológica ou à vida; de Medida Socioeducativa, assim como de todos os
XXIII. Receber orientação das regras de funcionamento seus bens.
da unidade e das normas deste regimento interno, VII. Portar-se sempre de forma respeitosa dentro e fora
especialmente quanto ao regulamento disciplinar. da Unidade de Medida Socioeducativa.
Art. 5º. Para a garantia dos direitos elencados no artigo VIII. Acessar os espaços restritos da Unidade de Medida
anterior, as Unidades de Medidas Socioeducativas Socioeducativa somente com autorização ou
deverão: acompanhado de funcionário da Unidade,
preferencialmente do instrutor educacional.
I. Manter contato permanente com os órgãos que
IX. Respeitar as normas da instituição no que se refere
compõem o sistema de garantia de direitos, com a às saídas e atividades externas realizadas durante o
comunidade local e com a sociedade em geral, a partir cumprimento da medida socioeducativa.
de parcerias previamente articuladas pela STDS.
X. Submeter-se à revista nas seguintes situações: saída
II. Envolver a família no processo do cumprimento da e retorno da Unidade; após o recebimento da visita de
respectiva medida, favorecendo o fortalecimento dos familiares; após o término das atividades de sala de
vínculos sociais. aula, oficinas, e quando se fizer necessário.
Parágrafo Único. O conceito de família deste regimento XI. Submeter-se à revista em seu alojamento e em seus
se referência no plano nacional de promoção e defesa pertences, conforme rotina estabelecida pela Unidade
do direito de crianças e adolescentes à convivência de Medida Socioeducativa, e quando esta entender
familiar e comunitária, no qual se entende por família necessário.
um grupo de pessoas unidas por laços de XII. Cumprir as medidas sancionatórias que lhe forem
consanguinidade, de aliança e/ ou de afinidade, impostas, quando autor de transgressão disciplinar ou
constituídos por representações, práticas e relações de novo ato infracional.
que implicam em obrigações mútuas e exercem a XIII. Dirigir-se aos profissionais, colegas e visitantes de
função de proteção e socialização do adolescente. forma educada.
XIV. Respeitar a integridade física e moral de seus
colegas e profissionais.

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TÍTULO II Art.12. O adolescente, nesta fase, deverá conhecer as
Das Fases do Atendimento Socioeducativo normas e rotinas da Unidade, sobremaneira no que
concerne ao regimento disciplinar.
Art.7. O atendimento socioeducativo dependerá do
Art.13. O adolescente deverá ser encaminhado para
Plano Individual de Atendimento (PIA), instrumento de
dormitório específico, em observância aos critérios de
previsão, registro e gestão das atividades a serem
faixa etária, compleição física e análise preliminar dos
desenvolvidas com o (a) adolescente.
riscos de conflito com outros adolescentes presentes
Art. 8. As fases do atendimento socioeducativo, conforme na Unidade.
a Resolução 119/2006 do Conselho Nacional dos Direitos
Art.14. O adolescente deverá receber atendimento
da Criança e do Adolescente – CONANDA, são: multiprofissional e ser entrevistado, observando-se o
I - Fase inicial de atendimento: período de amparo emocional que se fizer necessário nesta fase
acolhimento, de reconhecimento e de elaboração por de atendimento.
parte do adolescente do processo de convivência, de Art.15. O adolescente deverá ser informado sobre
orientação sobre as normas e regimento da Unidade, todas as atividades oferecidas na Unidade de Medida
de realização do diagnóstico polidimensional e Socioeducativa e inserido às rotinas, despertando seus
elaboração do seu Plano Individual de Atendimento interesses e orientando suas opções de participação
(PIA), no prazo de 45 dias, conforme dispõe o artigo 55, nas atividades.
parágrafo único, da Lei n°12.594/2012.
Art.16. A família deverá ser atendida desde o início da
II - Fase intermediária: período de compartilhamento em recepção do adolescente na Unidade de Medida
que o adolescente apresenta avanços relacionados nas Socioeducativa.
metas consensuadas no plano individual de atendimento Art.17. Realizar-se-á o diagnóstico polidimensional do
e de desenvolvimento da proposta pedagógica. adolescente (Estudo de Caso), a partir da identificação
III - Fase conclusiva: período em que o adolescente das necessidades nos aspectos Jurídico, Psicológico,
apresenta clareza e conscientização das metas Social, Pedagógico e de Saúde.
conquistadas em seu processo socioeducativo e em Art.18. Dar-se-á na fase inicial a elaboração do
que há a preparação para o desligamento do diagnóstico polidimensional e da construção do plano
adolescente e sua reinserção sociofamiliar. individual de atendimento – PIA, no prazo de 45 dias da
Seção I
acolhida do adolescente na Unidade.
Art.19. O diagnóstico polidimensional subsidiará o
Da Fase Inicial de Atendimento
plano individual de atendimento e, a partir da
Art.9. Os profissionais que acolhem o adolescente na execução do PIA, deverá ser realizada a avaliação dos
Unidade de Medida Socioeducativa devem ter postura avanços ocorridos no período de cumprimento da
de respeito, para que seja iniciada a formação de medida socioeducativa.
vínculos positivos com o socioeducando. Art.20. O adolescente e sua família devem participar
Art.10. A chegada do adolescente deve ser registrada ativamente do seu diagnóstico polidimensional.
e, quando necessário, realizada a emissão dos devidos Art.21. O Plano Individual de Atendimento–PIA, deve
documentos de recebimento deste às autoridades ser enviado ao Juízo da Infância e da Juventude para
judiciárias competentes. homologação e acompanhamento da resposta da
Art.11. Os pertences do adolescente devem ser medida socioeducativa, nos termos da lei.
conferidos e registrados sob sua presença e guardados,
devendo ser providenciados a refeição, materiais de
higiene pessoal, vestuário e roupas de cama e banho,
ficando sob a responsabilidade dos instrutores
educacionais a orientação quanto à higiene pessoal e
revistas pessoais do adolescente.

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Seção II TÍTULO III

Da Fase Intermediária Do Acesso à Unidade de Medida Socioeducativa

Art. 22. Acompanhamento do PIA, mensalmente,


pela equipe técnica junto ao adolescente para verificar Art. 28. O acesso à Unidade de Medida Socioeducativa
sua evolução e o cumprimento da medida obedecerá aos seguintes critérios:
socioeducativa, possibilitando, quando necessário, a I. A entrada de pessoas, devidamente identificadas,
criação de novas estratégias. nas dependências da Unidade, será precedida de
Art. 23. Avaliação do adolescente sobre sua autorização do diretor e registro em formulário
participação nas atividades e rotinas da Unidade de próprio.
internação, no mínimo, mensalmente. II. Os representantes do poder judiciário, do ministério
Art. 24. O acesso ao PIA será restrito à direção, à público, do poder legislativo, da defensoria pública,
equipe técnica, ao socioeducador de referência para o dos conselhos tutelares, dos conselhos de direitos da
adolescente, ao adolescente e aos seus pais ou criança e do adolescente e do Comitê Estadual de
responsável, ao ministério público e ao defensor, Prevenção e Combate à Tortura terão acesso
exceto expressa autorização judicial em contrário. irrestrito às dependências da Unidade de Medida
Socioeducativa.
Seção III III. O acesso do advogado ao adolescente dar-se-á nos
Da Fase Conclusiva termos do estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil,
bem como da legislação civil e processual pertinente à
Art. 25. Nessa fase, dar-se-á o atendimento de matéria, mediante a apresentação da identidade
avaliação conclusiva da equipe técnica, referente ao funcional de advogado e procuração assinada pela
adolescente e sua família, a partir da análise dos família.
compromissos assumidos, da consciência crítica do
adolescente e das metas alcançadas por meio de Plano §1 º O acesso será permitido após identificação.
Individual de Atendimento. § 2 º O acesso ao adolescente ocorrerá em dias úteis,
Art. 26. Haverá a elaboração de relatório conclusivo do no horário das 8 às 17 horas, e deverá ficar restrito à
adolescente, observando a avaliação destacada na área administrativa da Unidade.
evolução do seu PIA e do cumprimento da medida
Art. 29. É vedado nas dependências da Unidade de
socioeducativa.
Medida Socioeducativa:
Art. 27. Cabe à equipe técnica observar as condições
I. A entrada de visitantes portando armas ou qualquer
externas para a reinserção do adolescente na
outro objeto que possa colocar em risco a segurança,
comunidade, preparando:
salvo as autoridades policiais, quando a situação exigir
I. O acolhimento familiar; e devidamente autorizadas pela direção da Unidade.
II. Os encaminhamentos para cursos na comunidade; II. A entrada de profissionais portando objetos pessoais
III. O encaminhamento para a escola em que o ou qualquer outro que possa colocar em risco a
adolescente será inserido; segurança, salvo os que serão utilizados nas atividades
socioeducativas planejadas para o dia.
IV. Os equipamentos da assistência social, para o
acompanhamento do adolescente e sua família; III. Fotografar as dependências da Unidade ou os
adolescentes, salvo com autorização prévia da direção
V. Os equipamentos de saúde, caso necessário. da Unidade ou da Coordenação das Medidas
Socioeducativas.

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TÍTULO IV § 1º A medida disciplinar é uma sanção aplicada ao
Da Rotina Institucional adolescente que cometeu algum ato definido como
transgressão às normas da Unidade de Medida
Capítulo I
Socioeducativa, devendo ser aplicada pela comissão
Disposições Gerais disciplinar.
Art. 30. Para regular a convivência, definem-se como § 2º Nenhum adolescente receberá medida disciplinar
critérios normativos das Unidades de Medidas sem que lhe seja garantido a apuração da transgressão
Socioeducativas: disciplinar, o direito ao contraditório e à ampla defesa.
I. Rotina Institucional. § 3º Somente serão passíveis de medida disciplinar as
II. Regulamento Disciplinar. transgressões previstas neste regulamento.

Art. 31. As Unidades de Medidas Socioeducativas § 4º A advertência deverá ser priorizada sempre que
deverão estabelecer a rotina institucional devendo cabível.
contemplar, dentre outros, os seguintes itens: § 5° As medidas disciplinares têm caráter
preponderantemente educativo e respeitarão os
I. Horário de acordar e de dormir.
direitos humanos
II. Horário das refeições.
§ 6° As medidas disciplinares respeitarão a
III. Dias e horários das atividades escolares, esportivas, individualização da conduta do adolescente, sendo
culturais, de lazer, de assistência religiosa, oficinas, vedada a aplicação de medida coletiva aos
cursos, grupos temáticos. adolescentes.
IV. Dias e horários dos atendimentos. Art. 33. São proibidas a incomunicabilidade e a
V. Dias e horários da visita dos familiares à Unidade. suspensão de visita familiar ao adolescente em
cumprimento de medida disciplinar.
VI. Descrição dos objetos de uso pessoal (kit pessoal) e
a periodicidade da sua entrega ou troca. Art. 34. O cumprimento de medida disciplinar não
deverá prejudicar a escolarização, a profissionalização
VII. Lista e quantidade de materiais/objetos e as medidas especiais de atenção à saúde.
autorizados a permanecer no dormitório.
Parágrafo Único. Deverá ser propiciado ao adolescente
VIII. Lista e quantidade de materiais/objetos com medida disciplinar de restrição ao seu dormitório,
autorizados a serem trazidos pelos visitantes/ nos dias em que não houver atividades escolares ou
familiares. profissionalizantes, permanência de 30 minutos em
IX. Quantidade e duração das ligações telefônicas, atividade ao ar livre.
devendo ser, no mínimo, uma ligação por semana. Art. 35. É proibido ao profissional envolvido no fato em
X. Definição da programação da TV e do Rádio. apuração participar da apuração do ocorrido e aplicar
medida disciplinar, podendo tomar parte apenas como
XI. Quantidade, horário e duração do banho.
informante para fins de prova, se assim demandado.
Parágrafo Único. Cada Unidade de Medida
Art. 36. O instituto da visita no âmbito do cumprimento
Socioeducativa deverá, no prazo máximo de trinta dias
de medida socioeducativa de internação destina-se a
da implantação deste regimento, encaminhar à
manter e fortalecer vínculos familiares e comunitários
Coordenadoria de Proteção Social Especial a sua rotina
do adolescente, obedecendo às seguintes orientações:
institucional para validação, mantendo-a atualizada
quanto às alterações que venham a ocorrer. I - A visita ao adolescente poderá ser realizada pelos
parentes em linha reta, colaterais, por afinidade,
Art. 32. O regulamento disciplinar estabelece as responsáveis legais e amigos, considerando-se a família
transgressões e as medidas disciplinares aplicáveis. natural, socioafetiva, extensa e a rede social de apoio

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do adolescente, que deverá ser identificada na fase § 4° As visitas do adolescente serão submetidas ao
inicial de elaboração do PIA. detector de metais, bem como a outros recursos
tecnológicos relativos aos procedimentos de revista
§ 1° Deverá ser garantido o direito à visita ao
pessoal.
adolescente no mínimo uma vez por semana, em dia e
horário definidos pela Unidade de Medida § 5° O visitante que se recusar ao procedimento de
Socioeducativa, devendo ser observada a capacidade revista pessoal não poderá visitar o adolescente.
máxima de 03 pessoas por visita e seguindo os critérios
§ 6° Serão vistoriados todos os objetos trazidos pelo
de cadastramento, conforme art. 39, § 1°.
visitante, destinados a ele ou aos adolescentes, e os
§2° Após prévia avaliação da equipe técnica, os objetos não permitidos serão listados e guardados em
adolescentes só receberão visitas de pessoas por eles local próprio e devolvidos ao final da visitação.
autorizados e por seus familiares.
§ 7° Em caso de ato ilícito cometido pelo visitante no
Art. 37. A visita íntima, exclusiva para internação, é interior da Unidade, a direção deverá acionar a polícia
garantida aos adolescentes maiores de 14 anos, militar para as providências cabíveis, bem como
independentemente de gênero e orientação sexual, solicitar ao poder judiciário o impedimento temporário
desde que comprovada a convivência afetiva anterior, de visitas futuras.
com autorização escrita dos pais ou responsáveis do § 8° A Unidade de Medida Socioeducativa deverá
socioeducando e do companheiro. impedir a entrada de visitante, se houver contra esta
Parágrafo Único. A visita íntima será condicionada a decisão judicial de suspensão de visita.
participação dos envolvidos em atendimentos Capítulo III
individuais e/ou em grupos referentes à: orientação
sexual e reprodutiva, métodos contraceptivos, Das Saídas e Atividades Externas à Unidade
doenças sexualmente transmissíveis e aids e outros Art. 40. Será considerada saída da Unidade de Medida
temas pertinentes, que devem ser realizados no Socioeducativa sempre que o adolescente tiver um
âmbito do sistema socioeducativo. destino com objetivo predefinido, acompanhado ou
Art. 38. A convivência afetiva anterior poderá ser não por um profissional da Unidade.
comprovada a partir da declaração dos conviventes, Parágrafo Único. As atividades externas à Unidade de
confirmada pelos pais, responsáveis ou familiares no Medida Socioeducativa são consideradas saídas e
momento da elaboração do PIA. poderão ser desenvolvidas individual ou
Art. 39. As visitas terão tempo mínimo de 1 (uma) coletivamente, desde que programadas e orientadas
hora. com um objetivo predefinido, podendo ocorrer com ou
sem o acompanhamento de profissionais da
§ 1° Para o cadastramento e entrada na unidade, exige-
instituição.
se certidão de nascimento para os menores de 12 anos
e documento oficial com foto para os maiores de 12 Art. 41. São modalidades de saídas:
anos.
I. Atividades culturais, esportivas, de lazer e de
§ 2° A entrada de visitantes menores de 18 anos assistência religiosa.
somente ocorrerá se acompanhados dos pais ou
II. Atividades de escolarização, profissionalização,
responsáveis legais, ou a quem estes designarem,
trabalho.
mediante autorização presencial reduzida a termo, ou
com firma reconhecida em cartório ou alvará judicial. III. Atividades que promovam o exercício da cidadania.

§ 3° Ao familiar que residir em outras comarcas é IV. Atividades que promovam a convivência familiar e
permitido o cadastramento e autorização no dia da comunitária.
visita.

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V. Visitas à família e outros eventos circunstanciais de TÍTULO V
natureza familiar, tais como nascimento, óbito, doença Da Medida de Convivência Protetora
grave e paternidade.
Art. 44. O adolescente poderá, em caráter excepcional,
VI. Atendimento na rede de saúde. ser incluído em medida de convivência protetora, em
VII. Aleitamento materno e coleta de leite, no que se local apropriado, sem prejuízo das atividades
refere às adolescentes do sexo feminino. obrigatórias, quando existir situação de risco à sua
integridade física e psicológica ou à vida, que impeça a
VIII. Determinações judiciais. permanência com os demais adolescentes, recebendo,
IX. Convocações extrajudiciais. o mais breve possível, atenção especial da equipe
psicossocial.
§1º As saídas previstas nos incisos de I a IV são
consideradas atividades externas e ocorrerão desde § 1º. A inclusão poderá ser realizada a requerimento do
que avaliadas pela equipe técnica da Unidade, adolescente, que expressará os motivos que tornam
seguindo critérios judiciais e técnicos, registradas necessária a medida, ou por determinação formal do
devidamente no plano individual de atendimento (PIA). diretor da Unidade, mediante fundadas informações
nos termos do “CAPUT”.
§2º A necessidade de acompanhamento do instrutor
educacional será avaliada pela equipe da Unidade. § 2º. O diretor, ouvida a equipe técnica, fixará o prazo
de convivência protetora, que não poderá ultrapassar
Art. 42. As visitas à família, previstas no inciso V, do
30 (trinta) dias, e providenciará, de imediato, as
artigo 34 (o correto é art.: 41, V – falha do legislador),
medidas necessárias para a proteção do adolescente,
ocorrerão desde que resguarde a finalidade de
cabendo a equipe técnica a elaboração de um plano de
fortalecer a convivência familiar e comunitária e a
reinclusão do adolescente no convívio da Unidade de
partir de avaliação da equipe técnica da Unidade,
atendimento.
sendo obedecidas às seguintes diretrizes:
§ 3º. Caso não seja possível a transferência ou não
I. A equipe técnica deverá realizar estudo de caso.
exista solução mais adequada para a proteção do
II. Nas visitas à família, o adolescente sairá adolescente, o diretor poderá, condicionado ao
acompanhado pelo responsável, após assinatura parecer da equipe técnica, prorrogar o prazo de
destes no termo de entrega e responsabilidade. permanência, enquanto persistir o risco.
III. As datas de saídas e de retornos dos adolescentes, § 4º. O diretor ou equipe técnica deverá comunicar,
cujas famílias residam em municípios distantes da imediatamente, os pais ou responsáveis legais quando
Unidade de Medida Socioeducativa, serão definidas da inclusão do adolescente em medida protetora, seu
levando em consideração, além de critérios técnicos, a período de duração e eventuais prorrogações.
distância e a forma de locomoção entre os municípios.
§ 5°. O diretor deverá comunicar, em 24 (vinte e
Parágrafo Único. Os dias programados para a visita à quatro) horas, por escrito, ao juízo competente,
família poderão ser revistos, individualmente, caso seja inclusive para fins de comunicação ao ministério
esta a única forma de promover o acesso à convivência público e ao defensor do adolescente, a decretação de
familiar e comunitária para o adolescente. convivência protetora, seu período de duração e
Art. 43. As saídas e atividades externas não deverão eventuais prorrogações.
prejudicar a frequência e o desempenho escolar dos §6°. Em casos excepcionais, feriados ou finais de
adolescentes em qualquer atividade de caráter semana, as comunicações previstas nos §4°e §5° serão
pedagógico ou de qualificação profissional. realizadas, impreterivelmente, no primeiro dia útil.
§ 7º. No mesmo prazo do parágrafo 5º, deverá o diretor
da Unidade de atendimento enviar cópia da comunicação
à Célula de Atenção às Medidas Socioeducativas, da
Coordenadoria de Proteção Social Especial.

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TÍTULO VI §5°. O defensor público, o ministério público, o
Do Regulamento Disciplinar para o Adolescente adolescente e seus pais ou responsável poderão
postular revisão judicial de qualquer sanção disciplinar
Art. 45. É dever do profissional que, por qualquer meio,
aplicada, podendo a autoridade judiciária suspender a
presenciar ou tiver conhecimento de falta disciplinar,
execução da sanção até decisão final do incidente, nos
de qualquer natureza, elaborar registro de ocorrência, termos do art. 48 da Lei nº 12.594/2012.
que conterá:
I - O nome e a identificação do adolescente; Art. 48. Quando da ocorrência de alguma situação
excepcional que envolva risco para segurança do
II - Local e hora da ocorrência; adolescente, a direção da unidade poderá determinar
III - O ato que lhe é atribuído; medida cautelar em caráter provisório e protetivo, sem
IV - A descrição sucinta dos fatos; prejuízo para as atividades socioeducativas.

V - O rol, de no máximo, 3 (três) testemunhas e o(s) Art. 49. Da decisão da comissão disciplinar caberá
nome(s) da(s) eventual(is) vítima(s); recurso à comissão de apuração vinculada à
Coordenadoria de Proteção Social Especial, no prazo de
§1°. O registro de ocorrência será enviado, 5 (cinco) dias úteis, a contar da decisão, devendo o
imediatamente, à comissão disciplinar da Unidade. mesmo ser deliberado, no máximo, em igual prazo,
Art. 46. A comissão disciplinar designará data, a mais podendo ser prorrogada em casos excepcionais e
breve possível, para ouvir o adolescente, as devidamente justificados. Parágrafo Único. Caso a
testemunhas e as vítimas(s) eventualmente indicadas comissão de apuração manifeste-se contrária à decisão
no registro de ocorrência. da comissão disciplinar da Unidade, o ocorrido não
deverá constar no relatório do adolescente, cabendo à
Parágrafo Único - As oitivas serão reduzidas a termo e, comissão de apuração informar ao juízo sobre a revisão
após a leitura, serão assinadas pelos respectivos da decisão da medida aplicada no prazo de 5 (cinco)
depoentes. dias úteis.
Art. 47. Encerradas as oitivas e não sendo necessária a Art. 50. Logo após a decisão da comissão disciplinar da
produção de outras provas, a comissão disciplinar, Unidade o diretor determinará as seguintes
assegurada a ampla defesa e o contraditório, proferirá providências:
decisão e, se for o caso, aplicará a sanção, no prazo
máximo de 03 (três) dias da ocorrência do fato. I – Ciência ao adolescente;

§1°. A decisão deverá ser fundamentada e descreverá, II – Ciência aos pais ou responsável legal do
em relação a cada adolescente, separadamente, a falta adolescente;
disciplinar que lhe é atribuída, as provas colhidas, as III – Registro da medida disciplinar aplicada no
razões da decisão e, se for o caso, a sanção a ser prontuário do adolescente;
aplicada.
Art. 51. O Socioeducando que concorrer para o
§2°. A comissão disciplinar levará em conta, na cometimento da falta disciplinar incidirá nas mesmas
aplicação da medida disciplinar, as circunstâncias sanções cominadas ao autor, na medida de sua
atenuantes e agravantes previstas nos artigos 58 e 59 participação e culpabilidade.
deste regimento.

§3°. Inobservado o prazo do CAPUT, extingue a


pretensão da aplicação da medida disciplinar.

§4°. É facultado ao adolescente no procedimento


disciplinar requisitar defesa técnica.

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Seção I diálogo e a construção de um acordo de
Da Abordagem Restaurativa no Processo de responsabilização;
Apuração das Transgressões Disciplinares
III - Monitoramento: que consiste em novo encontro
Art. 52. No processo de apuração das transgressões em que o facilitador deverá verificar o cumprimento ou
disciplinares, especialmente no que concerne às não do acordo.
transgressões de natureza leve, a comissão disciplinar
priorizará a utilização de uma abordagem restaurativa §1º - Verificado o cumprimento do acordo, o facilitador
e de autocomposição de conflitos para deverá encaminhar informe à comissão disciplinar,
responsabilização do adolescente e, se possível, solicitando o arquivamento do processo disciplinar.
reparação de danos, em conformidade com o disposto §2º - Verificado o descumprimento, o facilitador irá
no art. 36, da Lei nº 12.594/2012, por meio da verificar a possibilidade de estabelecimento de novo
suspensão do processo ordinário e encaminhamento prazo para que o acordo seja cumprido ou, sendo este
do caso aos facilitadores de práticas restaurativas da inviável, encaminhará à comissão disciplinar o informe
Unidade. do descumprimento, solicitando a reabertura do
§1º - A viabilidade da utilização da abordagem procedimento ordinário de apuração das transgressões
restaurativa será verificada mediante a voluntariedade disciplinares.
da participação dos envolvidos, bem como da Art. 55. Ressalvado o acordo de responsabilização
existência de condições seguras para a promoção do resultado do processo restaurativo, todas as
encontro; informações resultantes dos procedimentos de
§2º - O início da abordagem restaurativa deverá preparação e de encontro serão sigilosas, ficando seu
suspender o procedimento ordinário de apuração das conhecimento restrito às pessoas diretamente
transgressões disciplinares, que só será retomado caso envolvidas em cada etapa do processo, não podendo
o processo não resulte em acordo viável ou na ser usadas como prova no processo ordinário de
possibilidade de acordo, este não for cumprido apuração de transgressões disciplinares, sob pena de
satisfatoriamente; responsabilização, conforme previsão neste
Regimento.
§3º - Em caso de o processo resultar em acordo de
responsabilização cumprido, arquivar-se-á o Art. 56. O processo restaurativo não deverá exceder,
procedimento de apuração das transgressões em hipótese nenhuma, o prazo de 30 (trinta) dias,
disciplinares. desde sua abertura até o informe final à comissão
disciplinar.
Art. 53. O processo restaurativo será desenvolvido por
Seção II
um ou dois facilitadores de práticas restaurativas,
profissionais habilitados, capacitados em metodologias Da Comissão Disciplinar
de resolução de conflitos apropriadas. Art. 57. A comissão disciplinar é uma instância formal
Art. 54. O procedimento restaurativo será composto colegiada por meio da qual se apura, de forma
por três fases: individualizada, a ocorrência de falta disciplinar de
natureza leve, média e grave praticada por
I - Preparação: em que cada pessoa envolvida no socioeducando, aplicando-se a sanção disciplinar
processo deverá ser escutada individualmente pelos cabível, sendo assegurado o direito à ampla defesa e
facilitadores, sendo instruída acerca do funcionamento ao contraditório, nos termos do artigo 5º, inciso lV, da
do processo restaurativo, bem como questionada Constituição Federal.
sobre o ato de indisciplina.
I. A comissão disciplinar deverá ser composta pelo
II- Encontro: em que os envolvidos serão reunidos, com diretor da Unidade, por dois representantes da equipe
a mediação do facilitador que, com a metodologia técnica e dois representantes dos socioeducadores.
restaurativa adequada, deverá facilitar o processo de

@PROFESSORROBSONSOUSA 9
II. Em se tratando de transgressões de natureza leve, a Seção I Das Transgressões Leves
comissão disciplinar poderá, excepcionalmente,
Art. 60. Constituem-se transgressões leves:
exercer suas funções com apenas 3 (três) de seus
membros, sendo obrigatória a participação do diretor I. Possuir, portar ou utilizar valores não concedidos ou
da Unidade e de um representante da equipe técnica. não autorizados pela Unidade;
III. A resposta disciplinar no caso de transgressões II. Desperdiçar materiais fornecidos pelo Estado;
leves, ainda que obedeça ao prazo máximo de 3 (três)
III. Entregar correspondência, bilhete ou similar, sem o
dias, deverá observar, de modo preponderante, o
conhecimento e autorização dos profissionais da
princípio da celeridade e da eficácia da medida
Unidade;
disciplinar.
IV. Descumprir, injustificadamente, os horários
§1°. A Coordenadoria de Proteção Social Especial,
estabelecidos para o funcionamento interno da
anuirá representantes que comporão a comissão
Unidade;
disciplinar;
V. Recusar-se, sem justificativa cabível e autorização, a
§2º. Ficam impossibilitados de compor a comissão
participar ou se ausentar de atividades de
disciplinar o (s) servidor (es) que esteja (m) envolvido
escolarização e profissionalização já iniciadas;
(s) no fato da apuração, podendo participar apenas
como parte informante para fins de prova, se assim VI. Recusar-se a se deslocar de uma atividade a outra
demandado, devendo o substituto ser designado pela para atender ao previsto no agendamento das
direção. atividades da Unidade;
Seção III VII. Obstruir a visão do alojamento;
Da Comissão Permanente de Monitoramento e
Fiscalização do uso do Isolamento Cautelar e VIII. Desobedecer às normas de circulação e trânsito
Aplicação de Sanções interno;
Art. 58. É uma instância formal e colegiada incumbida IX. Deixar de trocar as roupas de cama e toalhas ou não
de fiscalizar o uso do isolamento cautelar e aplicação devolvê-las, no prazo estabelecido pelo cronograma da
de sanções nas Unidades Socioeducativas e emitir Unidade;
relatórios. A comissão é composta por servidores e
colaboradores indicados pala Coordenadoria de X. Manusear equipamentos e materiais sem
Proteção Social Especial – CPSE e publicizada através autorização;
de portaria do secretário. XI. Trocar ou doar dentro da unidade, objeto lícito que
lhe pertença;
Seção II
Capítulo II
Das Transgressões Médias
Das Transgressões Disciplinares dos
Adolescentes
Art. 61. Constituem-se transgressões médias:
Art. 59. As transgressões classificam-se em:
I. Adentrar em dormitório alheio e causar tumulto;
I – Leves;
II. Impedir ou perturbar a realização de atividades
II – Médias; socioeducativas dentro ou fora da Unidade, bem como
o repouso;
III – Graves.
III. Vender, dentro da Unidade, objeto lícito que lhe
pertença, sem autorização da direção e equipe técnica
da Unidade;

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IV. Trocar de dormitório sem autorização; IV. Retornar à Unidade com sintomas de uso de drogas
ou álcool;
V. Danificar roupas ou objetos de outrem, fornecidos
pela Unidade ou familiares; V. Receber, fabricar, portar, ter, consumir, fornecer ou
concorrer para que haja na Unidade bebida alcoólica
VI. Atrasar-se, sem justa causa, no retorno à Unidade,
ou substâncias que possam causar reações adversas às
no caso de saída autorizada;
normas de conduta, dependência física ou psíquica;
VII. Dificultar ou recusar-se a submeter-se à revista
VI. Portar, usar, possuir ou fornecer aparelho
pessoal, de seu dormitório, bens ou pertences;
telefônico celular ou outros meios de comunicação não
VIII. Fazer uso de medicação prescrita para outro autorizados;
adolescente;
VII. Fabricar, guardar, portar ou fornecer objeto
IX. Sair para qualquer atividade externa e desviar-se de destinado à fuga;
seu percurso ou separar-se sem autorização, quando
VIII. Fabricar, guardar, portar ou fornecer objetos
acompanhado ou não de um funcionário da Unidade;
cortantes ou perfurantes que possam ser utilizados
X. Injuriar, difamar, caluniar, agredir verbalmente ou para intimidar ou ferir pessoas;
proferir ameaças a adolescentes, funcionários ou
IX. Induzir ou instigar pessoa a praticar falta disciplinar
visitantes;
de natureza grave;
XI. Tentar fugir ou facilitar fuga sem êxito de outrem da
X. Provocar autolesão para imputar responsabilidade
Unidade sem ameaça ou violência;
a outra pessoa, com o intuito de induzir as autoridades
XII. Praticar ato obsceno com a exposição das partes a erro;
íntimas quando estiver em áreas coletivas, junto a
XI. Praticar ato infracional não previsto no regimento,
outros adolescentes ou qualquer membro da equipe
sem prejuízo do processo judicial;
técnica e socioeducadores na Unidade.
XII. Estabelecer relação de exploração física ou de
XIII. Danificar bens e materiais fornecidos pelo Estado;
trabalho com outro adolescente, mediante violência
XIV. Tentar provocar incêndio; ou grave ameaça;

XV. Praticar lesão corporal leve; XIII. Evadir-se durante atividades externas e saídas
temporárias;
XVI. Induzir ou instigar pessoa a praticar falta
disciplinar de natureza média; XIV. Roubar ou extorquir qualquer objeto;

XV. Receber objetos ilícitos;


Seção III XVI. Cometimento reiterado de infrações de natureza
Das Transgressões Graves média;

Art. 62. Constituem-se transgressões graves: XVII. Cometer homicídios;

I. Incitar ou participar de movimento para subverter a XVIII. Provocar incêndio;


ordem ou a disciplina;
XIX. Praticar lesão corporal média e leve;
II. Criar e divulgar notícia que perturbem a ordem ou a
XX. Facilitar fuga de outrem da Unidade, utilizando-se
disciplina na Unidade;
de ameaça ou violência;
III. Furtar objetos utilizados nas atividades ou
XXI. Estabelecer relação sexual com outro adolescente,
atendimentos de qualquer natureza que possa
mediante violência ou grave ameaça.
oferecer risco para si ou para outrem;

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Art. 63. No caso de tumultos, rebeliões, incêndios e II. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo
homicídios, a Polícia Militar deverá ser acionada para prazo de até três dias.
as providências cabíveis, devendo ser realizada a
III. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até
imediata ciência à coordenação das medidas
três dias.
socioeducativas.
IV. Privação de produtos autorizados a entrar em dias
Parágrafo Único - Adotadas as providências legais e
de visita.
administrativas, a Unidade de Medida Socioeducativa
manterá cópia dos documentos para arquivamento no V. Retratação verbal à pessoa ofendida.
prontuário do adolescente.
§1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de
um inciso, deve ser obedecido o limite de três incisos e
respeitada a particularidade da transgressão.

Capítulo III
§2º As medidas previstas neste artigo podem ser
cumuladas ou substituídas por outras de natureza
Das Medidas Disciplinares Aplicadas aos
pedagógica e/ ou educativas, devendo ser avaliadas
Adolescentes
pela direção e pela equipe técnica da Unidade.
Seção I
Art. 66. São medidas disciplinares aplicadas a quem
Das Medidas Aplicáveis
comete transgressões graves:
Art. 64. São medidas disciplinares aplicáveis ao
adolescente que comete transgressões leves: I. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo prazo
de até cinco dias.
I. Advertência verbal.
II. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até
II. Advertência escrita, assinada pelo adolescente e/ou cinco dias.
duas testemunhas, e arquivada ao seu prontuário.
III. Privação de produtos autorizados a entrar em dias
III. Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo de visita.
prazo de até dois dias.
IV. Restrição do adolescente ao dormitório por no
IV. Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até máximo cinco dias.
três dias.
§1º No âmbito da aplicação de medida disciplinar, são
V. Privação de produtos autorizados a entrar em dias absolutamente proibidas a incomunicabilidade e a
de visita. suspensão de visita, assim como qualquer sanção que
§1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de importe prejuízo às atividades obrigatórias,
um inciso, deve ser obedecido o limite de três incisos e consistentes na escolarização, profissionalização e nas
ser respeitada a particularidade da transgressão. medidas de atenção à saúde

§2º As medidas previstas neste artigo podem ser §2º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de
cumuladas ou substituídas por outras de natureza um inciso, deve ser obedecido o limite de três incisos e
pedagógica e/ ou educativas, devendo ser avaliadas respeitada a particularidade da transgressão.
pela direção e pela equipe técnica da Unidade. §3º As medidas previstas neste artigo podem ser
Art. 65. São medidas disciplinares aplicadas ao cumuladas ou substituídas por outras de natureza
adolescente que comete transgressões médias: pedagógica e/ ou educativas, devendo ser avaliadas
pela direção e pela equipe técnica da Unidade.
I. Advertência escrita, assinada pelo adolescente e/ou
duas testemunhas, e arquivada ao seu prontuário. Art. 67. As medidas disciplinares serão aplicadas sem
prejuízo das demais implicações e providências de
cunho sancionatórios cabíveis ao caso.

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Art. 68. Quando do cometimento de mais de uma Seção II
transgressão disciplinar no mesmo evento, a Das Circunstâncias Atenuantes
transgressão mais grave absorve a menos grave.
Art. 71. São circunstâncias atenuantes à aplicação de
Art. 69. A medida disciplinar poderá ser revista pela qualquer medida disciplinar ao adolescente:
comissão disciplinar no decorrer do cumprimento,
I. Primariedade em falta disciplinar.
havendo motivo justificável, desde que não seja mais
gravosa para o adolescente. II. Bom comportamento na Unidade.
Art. 70. Não será aplicada sanção disciplinar ao III. Assiduidade e bom comportamento nas atividades
adolescente que tenha praticado a falta: pedagógicas
I – Em estado de necessidade; IV. Bom desempenho nas metas do Plano
Individualizado de Atendimento (PIA).
II – Em legítima defesa própria ou de outrem;
V. Ter o adolescente desistido de prosseguir na
III – Por coação irresistível;
execução da transgressão disciplinar.
IV – Por motivo de força maior.
VI. No caso de o adolescente, por sua própria iniciativa
§ 1º Considera-se em estado de necessidade quem e com eficiência, logo após cometer a transgressão
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não disciplinar, evitar-lhe consequências mais graves ou
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo minorar as consequências da falta.
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
VII. Ter cometido a falta disciplinar sob coação a que
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
podia resistir, ou em cumprimento de ordem, ou sob a
§ 2 º entende-se em legítima defesa quem, usando influência de violenta emoção provocada por ato
moderadamente dos meios necessários, repele injusta injusto de terceira pessoa.
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
VIII. Ter o adolescente confessado espontaneamente,
outrem.
perante a autoridade administrativa, a autoria da falta
§ 3 º A coação irresistível pode ser física ou moral. A disciplinar.
física se caracteriza quando o esforço físico/muscular
IX. Ter cometido a transgressão disciplinar sob
do autor é insuficiente para livrá-lo da ação do coator.
influência de tumulto, se não o provocou.
A coação moral se apresenta sob forma de ameaça
feita pelo coator ao autor, que é compelido a praticar X. Ter o adolescente confessado espontaneamente,
ação a delituosa, sob pena de suportar um prejuízo perante a equipe da unidade, a autoria da infração
maior. disciplinar, até então ignorada ou atribuída a outro.
§4º Força maior é um acontecimento relacionado a XI. Evitar ou minorar, logo após a transgressão, suas
fatos externos, independentes da vontade humana, consequências ou se propuser a reparar o dano.
que impedem o cumprimento das obrigações. Esses
fatos externos podem ser: ordem de autoridades (fato Parágrafo Único. A medida disciplinar poderá ainda ser
do príncipe), fenômenos naturais (Raios, Terremotos, atenuada em razão de circunstância relevante, anterior
Inundações, etc.) E ocorrências políticas (Guerras, ou posterior à falta disciplinar, embora não
Revoluções, etc.) expressamente regulamentada.

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Seção III Capítulo IV

Das Circunstâncias Agravantes Do Desvio de Percurso, da Evasão e da Fuga

Art. 72. São circunstâncias agravantes para a aplicação Art. 73. Após as 24 horas da evasão do adolescente, a
de qualquer medida disciplinar ao adolescente: Unidade de Medida Socioeducativa comunicará ao
Juizado da Infância e da Juventude.
I. Reincidência em falta disciplinar.
§ 1º O prazo de 24 horas inicia-se a partir do horário
II. Ter o adolescente cometido transgressão disciplinar que a Unidade de Medida Socioeducativa estabeleceu
por motivo fútil ou torpe ou para facilitar ou assegurar para o retorno da saída ou atividade externa.
a execução, ocultação, impunidade, ou vantagem em
outra falta disciplinar. § 2º O adolescente que retornar da evasão em até 24
horas será recebido pela Unidade de Medida
III. Cometer a transgressão disciplinar à traição, de Socioeducativa, sendo necessário o envio de relatório
emboscada, com dissimulação ou abuso de confiança. circunstanciado ao poder judiciário.
IV. Cometer a transgressão disciplinar com emprego de § 3º Após o prazo de 24 horas, caso o adolescente se
fogo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de apresente na Unidade de Medida Socioeducativa,
que podia resultar perigo comum. deverá ser imediatamente encaminhado ao Juizado
da Infância e da Juventude para que as autoridades
V. Sob o efeito de substância psicoativa.
competentes procedam na forma da lei.
VI. Mediante promoção, organização ou cooperação Art. 74. Toda evasão deverá ser comunicada à família
no cometimento de falta disciplinar ou ainda quando do adolescente e ao Juizado da Infância e da Juventude
dirige, comanda ou por qualquer forma lidera a para as providências cabíveis.
atividade dos demais participantes.
Art. 75. Toda evasão deverá ser comunicada à
VII. Quando coagir ou induzir outros adolescentes à coordenação de medidas socioeducativas, sendo
execução de falta. necessário o envio do relatório circunstanciado à
VIII. Quando instiga ou determina o cometimento de referida coordenação em até 24 horas.
falta à pessoa não punível em virtude da condição ou Art. 76. Em caso de evasão, os pertences e a
qualidade pessoal. documentação do adolescente serão entregues a ele
próprio, a seus familiares ou responsáveis, em caso de
IX. Quando executa a falta disciplinar, ou nela participa,
determinação judicial, ou após a extinção da medida
mediante pagamento ou promessa de recompensa.
socioeducativa, mediante assinatura de recibo.
X. Ter cometido a transgressão disciplinar com o
TÍTULO VII
envolvimento de duas ou mais pessoas.
Dos Direitos, Deveres e da Disciplina do
XI. Ter liderado conflitos, motins, tumultos e rebeliões Orientador de Célula, da Equipe Administrativa,
dentro da Unidade socioeducativa. da Equipe Técnica, da Equipe de apoio Técnico e
da Equipe Operacional de Apoio
XII. Ter cometido a transgressão contra adolescente Art. 77. São garantidos aos funcionários públicos,
impossibilitado de se defender. prestadores de serviço e colaboradores, além daqueles
XIII. Ter cometido a transgressão com premeditação. descritos no Manual do Socioeducador:

I – Ter conhecimento e consultar, quando necessário,


o regimento interno;

II – Ser orientado, quando necessário, a buscar


atendimento especializado ao apresentar
comportamento que afete o desempenho de suas
funções;

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III – Ser ouvido, perante qualquer situação de conflito XIII – Manter sigilo sobre procedimentos de segurança,
que envolva funcionários e/ou adolescentes; sobre história de vida e situação judicial dos
adolescentes;
IV – Ter espaço adequado para atendimento, guarda de
pertences, higiene pessoal e realização de refeições; XIV – Comunicar ao seu superior imediato e à direção
da Unidade, qualquer irregularidade ou situação que
V -– Participar de reuniões de rotina, formação
possam ameaçar a segurança da Unidade;
continuada, planejamento das ações, avaliação das
atividades e integração da equipe de trabalho XV – Prestar esclarecimento, em sindicâncias ou
processos, sobre fatos de quer tiver ciência;
Capítulo II Dos Deveres

Art. 78. São deveres dos funcionários públicos e XVI – Comparecer e cumprir a jornada de trabalho
prestadores de serviços das Unidades de internação ordinário e, quando convocado, extraordinário,
socioeducativa para adolescentes: executando as atividades que lhe competem,
assegurando-se os direitos previstos em Lei;
I - Todos os previstos no Estatuto do Servidor Público,
no caso dos funcionários públicos; XVII – Respeitar os horários de comparecimento ao
trabalho e intervalos estipulados para a refeição;
II – Todos os previstos no Manual do Socioeducador;
XVIII – Prestar informações à direção sobre o
III – Cumprir a proposta de atendimento do projeto comportamento e desempenho dos adolescentes nas
político pedagógico das Unidades de internação; atividades em que tiver participação ou sob sua
condução;
IV – Cumprir e fazer cumprir este regimento;
XIX – Demonstrar respeito às diversidades étnicas,
V – Obedecer às determinações previstas, na
culturais, de gênero, credo e orientação sexual dos
Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do
adolescentes, colegas de trabalhos e outros;
Adolescente, no Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo, neste Regimento e nas normas XX – Zelar pela segurança dos adolescentes, evitando
disciplinares e de rotina das Unidades; situações que ponham em risco sua integridade física,
moral e psicológica;
VI – Registrar a frequência ou outro instrumento que
comprove a jornada de trabalho; XXI – Participar de reuniões de rotina, encontros de
aperfeiçoamento e formação profissional,
VII – Agir com postura ética, como requer a
planejamento das ações, avaliação das atividades e
especificidade do trabalho, assim como nas questões
integração da equipe de trabalho, sempre que
privativas do adolescente;
convocado;
VIII – Não trocar, nem vender objetos de qualquer
XXII – Apresentar atestados médicos em casos de faltas
natureza com adolescentes e familiares dos
ao trabalho, no primeiro dia útil subsequente.
socioeducandos;
§1º- O funcionário fora de serviço não poderá ter
IX – Respeitar os direitos da pessoa humana;
acesso à unidade, sem o consentimento do chefe
X – Não infligir sofrimentos físicos ou psíquicos, como imediato.
meio de intimidação, castigo pessoal, medida
§2º - Não será permitida saída de funcionário antes do
preventiva ou qualquer outro fim;
término do serviço ou plantão, sem a devida
XI – Usar trajes adequados, considerando a autorização da direção da Unidade Socioeducativa,
especificidade do trabalho; devendo esta ser registrada no livro de ocorrências
XII – Submeter-se a revista realizada pelas equipes de
controle de entrada e saída de pessoas e materiais da
Unidade;

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Capítulo III F) Cassação de aposentadoria, sendo-lhe concedido o
Da Disciplina direito de ampla defesa.

Art. 79. A disciplina consiste na observância e § 2º Caso o autor da violação da integridade física
obediência às determinações deste Regimento no contra adolescentes em cumprimento de medida
exercício funcional de cada profissional. socioeducativa de internação e semiliberdade seja
colaborador ou terceirizado em regime celetista, após
Art. 80. Os procedimentos disciplinares devem
apurado ou ato ilícito por meio de procedimento
contribuir para a segurança e a construção de um
administrativo e, sendo constatado qualquer prática de
ambiente tranquilo e produtivo, imbuindo um
violência, o procedimento será encaminhado
sentimento de justiça e de respeito pelos direitos
imediatamente a entidade ou empresa empregadora a
fundamentais à dignidade de toda pessoa humana.
fim de adotar as medidas cabíveis, assim como poderá
Art. 81. Não serão aplicadas medidas disciplinares que ser enviado à autoridade especializada em infrações
comprometam a integridade física, psíquica e moral do penais cometidas contra crianças e adolescentes.
profissional. Capítulo IV

Art. 82. O funcionário que não cumprir as Das Sanções e Faltas


determinações contidas neste Regimento será
Art. 84. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-
submetido ao procedimento administrativo próprio,
se-á em conta o comportamento apresentado, a
sem prejuízo das penalidades legais cabíveis.
natureza e as circunstâncias do fato, bem como as suas
Art. 83. Em caso específico de violação da integridade consequências.
física de adolescentes em cumprimento de medida
Parágrafo Único. Em caso de desrespeito às normas
socioeducativa de internação e semiliberdade de
previstas neste Regimento, o funcionário deverá ser
responsabilidade do Estado do Ceará, em decorrência
encaminhado à comissão disciplinar da Secretaria do
de quaisquer atos de violência física ou tortura nas
Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), para as
dependências das Unidades de Atendimento
providências cabíveis.
Socioeducativo, em que havendo indícios de autoria e
materialidade do ilícito, o servidor público sujeita-se à Art. 85. São consideradas faltas leves:
sindicância ou procedimento administrativo
disciplinar, sem prejuízo da responsabilidade civil e I - Faltar ao serviço, sem justificativa legal;
criminal, decorrente de irregularidades que possam II – Chegar frequentemente atrasado;
configurar prática de atos ilícitos quando no exercício
do cargo, emprego ou função, conforme preceitua o III – Ficar fora do setor em que está lotado, sem o
Estatuto dos Funcionários Público Civis do Estado do devido conhecimento da direção da Unidade;
Ceará, Lei nº 9.826/1974.
IV - Usar trajes inadequados no exercício de suas
§ 1º São penalidades para as infrações cometidas pelo atividades;
servidor no caso específico deste CAPUT
V - Não cumprir com as funções para as quais fora
contratado;

A) Repreensão; VI - Uso constante do telefone no horário de trabalho,


interferindo no desenvolvimento das funções.
B) Suspensão;
Art. 86. São faltas médias:
C) Multa;

D) Destituição de cargo comissionado; I – Omitir-se, na resolução dos problemas envolvendo


adolescentes;
E) Demissão;
II - Agressões verbais aos colegas e adolescentes;

@PROFESSORROBSONSOUSA 16
III - Tentar infamar a imagem do local de trabalho ou TÍTULO VIII
de outros setores da instituição; Da Segurança dos Adolescentes Internos e
Profissionais das Unidades
IV - Usar do cargo que ocupa para se favorecer, diante
dos adolescentes e seus familiares; Art. 88. Deve ser garantida a segurança dos
adolescentes internos e dos profissionais das
V – Reincidência em falta leve, anteriormente Unidades, sendo balizador fundamental da ação dos
cometida. profissionais e da polícia na garantia de tal segurança a
preservação da integridade física e psicológica dos
Art. 87. São faltas graves:
adolescentes internos.
I – Portar, fornecer ou facilitar a entrada de armas, Art. 89. A polícia deverá ser acionada em caráter
serras, bebidas alcoólicas, tóxicos para adolescentes ou excepcional e como última medida, estritamente nas
para uso próprio; seguintes hipóteses:
II - Facilitar fugas e incentivos a motins; I - Quando da ocorrência de tumulto generalizado no
interior da Unidade que envolva a maioria dos
III– Sabotar ou dificultar o bom andamento do serviço;
adolescentes e/ou alojamentos e os adolescentes
IV - Danificar material da instituição ou de internos encontrem-se fora dos seus dormitórios, sem
adolescentes, intencionalmente; condições de contenção por parte dos
socioeducadores e da equipe técnica;
V – Utilizar-se de qualquer tipo de bebida alcoólica ou
substância psicoativa, antes e durante o serviço; II - Quando da ameaça de invasão da unidade, que
ponha em risco a vida de adolescente interno ou
VI - Fazer transações com adolescentes ou seus profissional;
familiares, como empréstimos, trocas, compras,
vendas, etc.; III - Quando da ameaça à integridade física de
familiares de adolescentes ou terceiros que se
VII - Coagir o adolescente, com intenção de abusos encontrem na Unidade.
e/ou assédio sexual;
Art. 90. A polícia não deve ser acionada em situações
VIII – Utilizar-se na apuração de transgressões cotidianas de vistoria ou para qualquer medida de
disciplinares contra adolescente de informações a que segurança preventiva junto aos internos, devendo
teve acesso por meio do processo restaurativo; estas serem realizadas pelos socioeducadores.
IX - Divulgar informações sobre a história de vida dos Art. 91. Quando acionada a polícia, a direção da
adolescentes em cumprimento de medidas, bem como Unidade deve, imediatamente, comunicar à
a situação processual; coordenação das medidas socioeducativas, que por sua
vez comunicará ao Juiz da Vara de Execução da Infância
X - Divulgar procedimentos e rotinas das Unidades;
e da Juventude, e ao Ministério Público.
XI - Divulgar imagens e filmagens das dependências Art. 92. Quando for necessário o encaminhamento de
internas das Unidades e dos adolescentes, sem adolescente para iniciar novo procedimento na
autorização expressa da direção da Unidade; Delegacia da Criança e do Adolescente em razão do
XII - Reincidência, em falta de natureza média. cometimento de ato infracional, este deve ser
acompanhado preferencialmente de algum membro da
Parágrafo único. Em caso de faltas que configurem equipe técnica.
crimes previstos no Código Penal e demais dispositivos
Art. 93. Cessado o tumulto generalizado no interior da
pertinentes, a direção da Unidade deverá comunicar à
Unidade a partir da atuação da polícia, os adolescentes
autoridade especializada em infrações penais.
envolvidos devem, imediatamente, ser encaminhados
para exame de corpo de delito e oitiva junto ao
Ministério Público.

@PROFESSORROBSONSOUSA 17
TÍTULO IX VI. Responsabilizar-se pelo patrimônio público, zelando
Das Atribuições da Equipe da Unidade de pela manutenção e conservação das instalações físicas
Medida Socioeducativa e bens materiais da Unidade.
Art. 94. A direção da Unidade de Medida VII. Coordenar a elaboração e acompanhar a
Socioeducativas é exercida por um profissional implementação do projeto político-pedagógico
nomeado pela Secretaria do Trabalho e institucional da Unidade.
Desenvolvimento Social – STDS, denominado
Orientador de Célula, observando-se o perfil descrito VIII. Prestar contas dos materiais e equipamentos
no art.17, inciso III, da Lei nº 12.594/2012. recebidos, zelando pelo bom uso destes.

Art. 95. A direção responde diretamente pela IX. Incentivar e facilitar a qualificação permanente dos
administração da Unidade de Medidas Socioeducativas profissionais que atuam na Unidade.
e a ela estão subordinadas todas as demais instâncias X. Coordenar a revisão coletiva do Regimento Interno,
da Unidade. em consonância com a legislação em vigor.
Art. 96. A equipe administrativa da Unidade de XI. Participar da análise e definição de projetos a serem
Medidas Socioeducativas é composta por: inseridos no projeto político-pedagógico da Unidade.
I. Agente administrativo; XII. Garantir o fluxo de informações na Unidade e desta
II. Auxiliar administrativo; com os demais órgãos da administração estadual;

III. Coordenador de disciplina. XIII. Encaminhar à Secretaria do Trabalho e


Desenvolvimento Social – STDS, as propostas de
Parágrafo Único. Entende-se como auxiliar modificações no ambiente institucional, quando
administrativo o profissional que exerce a função de necessárias e/ou solicitadas.
gerente da Unidade.
XIV. Orientar e acompanhar o ingresso de novos
Seção I funcionários da Unidade.
Das Atribuições do Orientador de Célula
XV. Acompanhar, juntamente com o pedagogo, as
Art. 97. Compete ao Orientador da Célula: ações de escolarização formal na Unidade.
I. Administrar e supervisionar os serviços técnicos e XVI. Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-
administrativos executados na Unidade. aula e horas-atividade estabelecidos pela Secretaria de
Educação do Estado do Ceará.
II. Planejar, coordenar, controlar e avaliar a execução
dos programas e atividades administrativas e técnicas XVII. Supervisionar o preparo da alimentação, quanto
realizadas na Unidade. ao cumprimento das normas estabelecidas na
legislação vigente, relativamente a exigências
III. Viabilizar o cumprimento das determinações
sanitárias e padrões de qualidade nutricional.
judiciais relativas aos adolescentes assistidos na
Unidade. XVIII. Participar da comissão disciplinar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente.
IV. Coordenar o acompanhamento dos prazos legais
relativos aos adolescentes, juntamente com o XIX. Definir horário e escalas de trabalho dos
advogado. profissionais que atuam na Unidade.
V. Zelar pelo cumprimento das obrigações das XX. Manter articulação com órgãos governamentais e
entidades que atendem adolescentes, previstas no não-governamentais para estabelecimento de
Estatuto da Criança e do Adolescente. parcerias, acordos, fluxos e procedimentos, atendendo
às orientações e diretrizes da STDS.

@PROFESSORROBSONSOUSA 18
XXI. Solicitar desligamento e/ou substituição de VI. Conferir diariamente a presença dos funcionários
profissional da unidade, observando as instruções que registraram ponto, apontando possíveis
emanadas pela Célula de Medidas Socioeducativas da irregularidades.
STDS.
VII. Manter atualizado o registro do patrimônio,
XXII. Assegurar o cumprimento das orientações composto pelos bens móveis da Unidade.
técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica.
VIII. Manter atualizada a relação de funcionários da
XXIII. Viabilizar salas adequadas para a educação Unidade, contendo nome, cargo, endereço, telefone,
formal, atendimentos técnicos e qualificação celular e e-mail.
profissional.
IX. Manter a escala de trabalho dos funcionários
XXIV. Assegurar a realização do processo de avaliação atualizada e fixada em local visível.
institucional da Unidade, quando solicitado.
X. Efetuar registro de controle de frequência e enviá-
XXV. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de los ao a Célula de Gestão de Pessoas da STDS.
adolescentes, das famílias e de todo o quadro de
XI. Efetuar o controle de possíveis horas-extras
pessoal da Unidade.
realizadas e as devidas compensações.
XXVI. Promover relacionamento cooperativo de
XII. Efetuar o controle de atrasos e absenteísmos.
trabalho com os profissionais que atuam na Unidade.
XII. Realizar os devidos registros, controles e
XXVII. Encaminhar para a Célula de Medidas
encaminhamentos de licenças médicas, acidentes de
Socioeducativas informações e relatórios sobre
trabalho, luto, casamento, nascimento de filho, etc.
situações de natureza grave ocorridas na Unidade e
sobre as atividades desenvolvidas. XIV. Elaborar quadro de programação anual de férias,
juntamente com o orientador de célula.
XXVIII. Cumprir e fazer cumprir o disposto neste
Regimento. XV. Manter atualizado e dinamizado o quadro mural de
informes, esclarecimentos e orientações aos
XXIX. Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor.
funcionários.
XXX. Realizar outras atividades inerentes à função.
XVI. Digitar documentos, declarações, certificados e
Seção II relatórios.
Das Atribuições da Equipe Administrativa
XVII. Realizar outros serviços inerentes à função.
Art. 98. Compete ao Agente Administrativo:
Art. 99. Compete ao Auxiliar Administrativo:
I. Digitar todos os documentos para o orientador de
I. Realizar as compras emergenciais, utilizando a verba
célula e demais profissionais, relativos ao trabalho da
de suprimento de fundo.
Unidade.
II. Providenciar a solicitação mensal de materiais de
II. Confeccionar o prontuário dos adolescentes.
consumo, tais como: gêneros alimentícios, materiais
III. Organizar os arquivos de documentos da direção da de expediente, pedagógicos e medicamentos.
Unidade.
III. Receber e conferir as mercadorias, organizando-as
IV. Organizar os endereços e telefones de órgãos, no almoxarifado.
entidades e todo tipo de equipamento social que
IV. Administrar a liberação de mercadorias do
compõe a rede de atendimento ao adolescente.
almoxarifado.
V. Atender as ligações telefônicas para a direção ou
administração da Unidade, prestando informação,
quando necessário.

@PROFESSORROBSONSOUSA 19
V. Manter registros e controles de consumo de gêneros IV. Acompanhar as demandas dos adolescentes
alimentícios, produtos de higiene, limpeza, material de encaminhadas aos setores específicos.
expediente, etc.
V. Tomar conhecimento dos relatos diários contidos no
VI. Realizar levantamento das necessidades mensais livro de ocorrências.
de suprimento de vestuário, roupa de cama e banho,
VI. Comunicar de imediato à direção as ocorrências
utensílio de copa e cozinha, materiais pedagógicos,
relevantes que possam colocar em risco a segurança da
esportivos, recreativos, materiais para oficinas e
Unidade, dos adolescentes e dos funcionários.
outros.
VII. Coordenar o trabalho das equipes de instrutores
VII. Controlar o uso e funcionamento de materiais
educacionais.
permanentes, providenciando a baixa por
inservibilidade, quando necessário. VIII. Coordenar o desenvolvimento das atividades
pedagógicas, orientando os instrutores educacionais,
VIII. Providenciar a prestação de contas dos recursos
para que os adolescentes mantenham a ordem,
utilizados para material de consumo.
disciplina, respeito e cooperação durante as atividades.
IX. Controlar os gastos com energia elétrica,
IX. Elaborar, com o diretor, as escalas de plantões e
água/esgoto e telefonia;
férias dos instrutores educacionais.
X. Providenciar para que sejam atendidas as
X. Apurar as transgressões disciplinares com a
necessidades referentes à coleta de lixo;
comissão disciplinar.
XI. Controlar a validade dos extintores de incêndio,
XI. Participar da elaboração do PIA, quando solicitado.
providenciando a reposição, sempre que necessário.
XII. Realizar outras atividades específicas à função.
XII. Providenciar a realização da manutenção das áreas
externas da Unidade, incluindo os serviços de limpeza Capítulo II
e jardinagem. Das Atribuições da Equipe Técnica
XIII. Providenciar a manutenção e limpeza da caixa de Art. 101. A equipe técnica da unidade de medida
água, gerador e iluminação da Unidade. socioeducativa é composta por:
XIV. Providenciar e controlar o uso de botijões de gás. I. Assistente Social;
XV. Acompanhar o desenvolvimento de cardápio e a II. Psicólogo;
preparação da alimentação, obedecendo a
procedimentos operacionais básicos. III. Pedagogo;

XVI. Realizar outros serviços inerentes à função. IV. Advogado;

Art. 100. Compete ao coordenador de disciplina: V. Médico.

I. Recepcionar o adolescente recém-chegado, Art. 102. Compete ao Assistente Social:


efetuando o seu registro, assim como de seus I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes,
pertences. buscando formas de integrá-los à rotina da Unidade.
II. Providenciar o atendimento às necessidades de II. Elaborar estudos de caso e relatórios técnicos.
higiene, asseio, repouso e alimentação do adolescente.
III. Realizar atendimentos individuais e de grupo com
III. Prestar informações aos demais profissionais da os adolescentes e familiares.
equipe técnica sobre o adolescente, para compor os
relatórios e estudos de caso. IV. Atender às famílias dos adolescentes, favorecendo
a sua corresponsabilidade no processo socioeducativo.

@PROFESSORROBSONSOUSA 20
V. Providenciar a documentação civil dos adolescentes. V. Realizar atendimento psicológico individual e de
grupo com os adolescentes e seus familiares.
VI. Realizar visitas domiciliares às famílias dos
adolescentes, caso necessário. VI. Acompanhar o adolescente em audiência, quando
solicitado.
VII. Acompanhar o adolescente em audiência, quando
solicitado. VII. Manter contato com órgãos governamentais e não
governamentais para obter informações sobre o
VIII. Participar da elaboração do PIA com o
adolescente.
adolescente.
VIII. Realizar intervenções terapêuticas com os
IX. Manter contato com órgãos governamentais e não
adolescentes, visando facilitar a dinâmica relacional
governamentais para obter informações sobre o
com ele e com o outro.
adolescente.
IX. Participar da elaboração do PIA.
X. Manter registro de dados e informações para
levantamentos estatísticos. X. Atender às famílias, orientando-as e realizando
intervenções que lhes forneçam subsídios para o
XI. Verificar a correspondência dos adolescentes e
desempenho qualitativo das suas funções parentais.
acompanhar os contatos telefônicos realizados por
eles. XI. Realizar visita domiciliar à família do adolescente,
quando necessário.
XII. Coordenar e orientar a visitação dos familiares aos
adolescentes. XII. Planejar e desenvolver projetos com vistas a
orientar os profissionais da Unidade no trato com os
XIII. Preparar os adolescentes para o desligamento,
adolescentes e famílias.
fortalecendo suas relações sociofamiliares.
XIII. Buscar e articular recursos da rede sus, para o
XIV. Supervisionar estagiários do setor de serviço
acompanhamento da saúde mental dos adolescentes.
social.
XIV. Preparar os adolescentes para o desligamento,
XV. Realizar visitas institucionais.
fortalecendo suas relações sociofamiliares.
XVI. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas
XV. Manter registro de dados e informações para
disciplinares.
levantamento estatístico.
XVII. Realizar outras atividades específicas à profissão
XVI. Supervisionar estagiários do setor de psicologia.
Seção II
XVII. Realizar outras atividades específicas à profissão
Das Atribuições do Psicólogo
Seção III
Art. 103. Compete ao Psicólogo:
Das Atribuições do Pedagogo
I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes,
Art. 104. Compete ao Pedagogo:
buscando formas de integrá-los à rotina da Unidade.
I. Planejar, coordenar e desenvolver as ações
II. Planejar, coordenar e executar as atividades da área
pedagógicas da Unidade, incluindo as atividades
de psicologia.
escolares, oficinas formativas, ocupacionais e
III. Elaborar estudos de caso e relatórios técnicos. profissionalizantes, atividades recreativas, culturais e
esportivas.
IV. Realizar diagnóstico e avaliações psicológicas,
procedendo às indicações terapêuticas adequadas a II. Realizar a programação das atividades pedagógicas,
cada caso. a formação das turmas e o acompanhamento das
atividades.

@PROFESSORROBSONSOUSA 21
III. Realizar a avaliação educacional e o levantamento XIX. Em caso de transferência, repassar documentos e
do histórico escolar do adolescente para compor os informações escolares, materiais escolares e
relatórios técnicos e o estudo de caso. produções do adolescente transferido à Unidade
receptora.
IV. Efetuar o registro de documentação de alunos:
matrícula e todos os registros sobre processo escolar, XX. Providenciar matrícula e contato com a escola que
utilizando os devidos formulários. irá receber o adolescente.

V. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes, XXI. Organizar os procedimentos de substituição e


buscando formas de integrá-los à rotina da Unidade. recepção de professores.

VI. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas XXII. Organizar o plano e o calendário escolar, tendo
disciplinares. como base as orientações da SEDUC.

VII. Participar da elaboração do PIA. XXIII. Organizar e divulgar os materiais pedagógicos


para uso dos professores e/ou instrutores de ofício.
VIII. Identificar o adolescente com transtornos de
aprendizagem e necessidades especiais para traçar um XXIV. Providenciar matrículas, transferências,
plano de intervenção individualizado. obtenção de históricos escolares, aproveitamento de
estudos e certificação dos adolescentes.
IX. Orientar as famílias do adolescente para garantir a
continuidade das atividades escolares após o XXV. Providenciar a avaliação diagnóstica do nível
desligamento. escolar do adolescente.

X. Acompanhar e coordenar a execução das atividades XXVI. Elaborar o plano de ação pedagógica com os
de qualificação profissional. professores e instrutores e acompanhar a execução
das atividades.
XI. Coordenar a equipe de professores, instrutores de
ofício e supervisionar estagiários do setor pedagógico. XXVII. Promover estudos e avaliações sobre as
experiências pedagógicas e o processo de ensino e
XII. Analisar e verificar os avanços dos adolescentes na
aprendizagem.
escolarização formal e informal.
XXVIII. Realizar outras atividades específicas à
XIII. Acompanhar o planejamento e execução dos
profissão.
planos de aula de professores e instrutores de oficina.
Seção IV
XIV. Acompanhar as ações de voluntariado e
espiritualidade. Das Atribuições do Advogado

XV. Elaborar prestação de contas mensal dos recursos Art. 105. Compete ao Advogado:
obtidos com as vendas dos materiais produzidos pelos
I. Participar da recepção e acolhida dos adolescentes,
adolescentes, em oficinas profissionalizantes.
buscando formas de integrá-los à rotina da Unidade.
XVI. Visitar escolas em que os adolescentes se
II. Participar da elaboração do PIA.
encontram matriculados.
III. Esclarecer a situação processual do adolescente,
XVIII. Analisar os documentos formais da escolarização,
familiares direção e equipe técnica.
planos de aula e plano de trabalho docente.
IV. Manter-se atualizado sobre o processo.
XVIII. Conduzir processo de classificação e
reclassificação dos adolescentes, para adequação da V. Realizar pesquisas e levantamentos referentes aos
matrícula escolar e defasagem idade-série e também autos judiciais e ao histórico infracional dos
mediante os exames nacionais. adolescentes.

@PROFESSORROBSONSOUSA 22
VI. Participar de audiências; V. Articular e formalizar o fluxo de atendimento à
saúde Integral do adolescente na rede de serviços
VII. Orientar o adolescente e sua família quanto à
ofertados pelo Município.
postura na audiência, bem como informá-los sobre o
agendamento destas.
VI. Encaminhar o adolescente para exames e
VIII. Avaliar e acompanhar a aplicação de medidas tratamentos especializados ofertados pela rede de
disciplinares. saúde do SUS.

IX. Pleitear pela progressão de medida, quando o VII. Orientar a família do adolescente quanto a
estudo de caso assim orientar. atitudes, Procedimentos e posturas para a promoção
X. Promover palestras informativas aos adolescentes, da saúde do Adolescente e dos membros da família.
familiares e funcionários, quando necessário.
VIII. Realizar ações educativas de promoção à saúde e
XI. Organizar documentos para a transferência do Prevenção de doenças para adolescentes.
adolescente a outras Unidades.

XII. Participar dos espaços coletivos de discussão. IX. Elaborar planos de intervenção em saúde para o
Desenvolvimento da ação socioeducativa
XIII. Manter contato com outras comarcas para obter personalizada para o adolescente.
maiores informações sobre o processo jurídico dos
adolescentes X. Orientar a equipe quanto a procedimentos e ações
terapêuticas, preventivas e promotoras da saúde.
XIV. Atualizar periodicamente a lista de dados
sociojurídicos dos adolescentes. XI. Supervisionar estagiários de medicina.

XV. Elaborar ofícios em resposta à trajetória jurídico XII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
Processual do adolescente; Capítulo III
XVI. Informar aos técnicos, com antecedência, a Das Atribuições da Equipe de Apoio Técnico
necessidade de elaboração do relatório de avaliação
biopsicossocial e Educacional; Art. 107. A equipe de apoio técnico da Unidade de
Medidas Socioeducativas é composta por:
XVII. Organizar a relação diária de saídas externas
(audiências) de adolescentes, juntamente com os I. Auxiliar de enfermagem
demais Técnicos da Unidade. II. Instrutor educacional.
XVII. Supervisionar estagiários do setor de direito. Seção I

XIX. Realizar outras atividades específicas à profissão. Das Atribuições do Auxiliar de Enfermagem

Seção V Art. 108. Compete ao Auxiliar de Enfermagem:


Das Atribuições do Médico I. Desempenhar serviços auxiliares de enfermagem,
Art. 106. Compete ao Médico: prestando apoio às ações do médico.

I. Planejar, executar e avaliar as ações relacionadas à II. Programar e organizar as consultas dos adolescentes
saúde Integral do adolescente. com o médico da Unidade.
II. Realizar a avaliação clínica das condições de saúde III. Agendar e acompanhar os adolescentes nas
do Adolescente. consultas médicas na Unidade.
III. Emitir diagnósticos e indicar os procedimentos
Terapêuticos adequados ao caso. IV. Agendar e acompanhar os adolescentes nas
IV. Tratar as intercorrências de nível ambulatorial. consultas e exames externos.

@PROFESSORROBSONSOUSA 23
V. Manter atualizadas e organizadas as fichas de VII. Auxiliar no desenvolvimento das atividades
atendimento de saúde dos adolescentes. pedagógicas e acompanhar os adolescentes nos
atendimentos técnicos.
VI. Ministrar medicamentos e tratamento aos
adolescentes, atendendo às orientações médicas. VIII. Guardar e organizar os pertences dos
adolescentes.
VII. Realizar atendimentos de primeiros socorros,
quando necessário. IX. Participar das atividades interagindo com os
adolescentes.
VIII. Manter a organização da enfermaria e dos
materiais utilizados. X. Prestar informações aos demais profissionais da
equipe técnica sobre o andamento do adolescente,
IX. Realizar ações educativas sobre cuidados de higiene
para compor os relatórios e estudos de caso.
pessoal, alimentação e cuidados específicos para
promoção da saúde, esclarecendo sobre os recursos XI. Acompanhar o adolescente em seu deslocamento
disponíveis no município, para encaminhamento dos na comunidade, não descuidando da vigilância e
adolescentes, quando necessário. segurança.

X. Manter organizado, os estoques de medicação e de XII. Inspecionar as instalações físicas da Unidade,


outros insumos utilizados nos tratamentos de saúde. recolhendo objetos que possam comprometer a
segurança.
XI. Orientar a equipe sobre as condutas prévias ou
posteriores a consultas e exames. XIII. Efetuar rondas periódicas para verificar portas,
janelas e portões, assegurando-se de que estão
XII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
devidamente fechados, atentando para eventuais
Seção II anormalidades.
Das Atribuições do Socioeducador XIV. Identificar as demandas dos adolescentes,
Art. 109. Compete ao Socioeducador: encaminhando-as aos setores específicos.

I. Recepcionar o adolescente recém-chegado, XV. Manter-se atento às condições de saúde do


efetuando o seu registro, assim como de seus adolescente, sugerindo que sejam providenciados
pertences. atendimentos e encaminhamentos aos serviços
médicos, sempre que necessário.
II. Providenciar o atendimento às necessidades de
higiene, asseio, repouso e alimentação do adolescente; XVI. Atender às determinações e orientações médicas,
ministrando os medicamentos prescritos, quando
III. Zelar pela segurança e bem-estar do adolescente, necessário.
observando-o e acompanhando-o em todos os locais
de atividades diurnas e noturnas. XVII. Realizar revistas pessoais nos adolescentes nos
momentos de recepção, final das atividades e sempre
IV. Acompanhá-lo nas atividades da rotina diária, que se fizer necessário, impedindo que mantenham a
orientando-o quanto às normas de conduta, cuidados posse de objetos e substâncias não autorizadas.
pessoais e relacionamento com outros internos e
funcionários. XVIII. Acompanhar o processo de entrada das visitas
dos adolescentes, registrando-as em livro, fazendo
V. Relatar no diário de comunicação interna o revistas e verificação de alimentos, bebidas ou outros
desenvolvimento da rotina diária, bem como tomar itens trazidos por elas.
conhecimento dos relatos anteriores.
XVIX. Comunicar, de imediato, ao coordenador de
VI. Monitorar e auxiliar atividades recreativas, disciplina as ocorrências relevantes que possam
esportivas, culturais, artesanais e artísticas, seguindo colocar em risco a segurança da Unidade, dos
as orientações do setor pedagógico. adolescentes e dos funcionários.

@PROFESSORROBSONSOUSA 24
XX. Fornecer material de higiene para os adolescentes, V. Preencher diariamente o mapa de atividades diárias
controlando e orientando seu uso. e as requisições de abastecimento do veículo.

XXI. Providenciar o fornecimento de vestuários, roupa VI. Verificar diariamente as condições de uso do
de cama e banho, orientando seu uso. veículo.

XXII. Recepcionar e identificar os visitantes, VII. Solicitar à administração reparos nos veículos,
encaminhando-os aos diferentes setores. sempre que necessário.

XXIII. Guardar e devolver os pertences dos visitantes VIII. Manter o veículo limpo e em condições adequadas
dos adolescentes. de higiene e funcionamento.

XXIV. Seguir procedimento e normas de segurança da IX. Auxiliar no carregamento e descarregamento de


Unidade. materiais transportados no veículo.

XXV. Participar da elaboração do PIA, quando X. Efetuar a prestação de contas das despesas de
solicitado. manutenção do veículo.

XXVI. Realizar outras atividades específicas à profissão. XI. Manter sigilo acerca das situações vivenciadas na
Unidade.
Capítulo IV

Atribuições da Equipe Operacional de Apoio XII. Realizar outras atividades específicas à profissão.

Art. 110. A equipe operacional de apoio é composta Seção II


por: Das Atribuições do Auxiliar de Manutenção

I. Motorista; Art. 112. Compete ao Auxiliar de Manutenção:

II. Auxiliar de manutenção; I. Efetuar a conservação das edificações, executando


serviços de alvenaria, carpintaria, pintura, eletricidade
III. Porteiro/vigia;
e encanamento.
IV. Auxiliares de serviços gerais de limpeza, copa e
II. Realizar pequenos reparos em máquinas,
lavanderia.
equipamentos e móveis.
Seção I
III. Inspecionar as instalações elétricas e hidráulicas da
Das Atribuições do Motorista Unidade.
Art. 111. Compete ao Motorista:
IV. Zelar pela manutenção das tubulações, válvulas,
I. Transportar adolescentes em viagens, audiências, registros, filtros, instrumentos e acessórios, limpando,
consultas médicas, transferências de Unidade e outros lubrificando e substituindo as partes danificadas.
que se fizerem necessários.
V. Operar os dispositivos dos reservatórios de água.
II. Definir rotas e percursos de modo a garantir a
VI. Zelar pela conservação e guarda de ferramentas e
economia de combustível e otimização do uso do
equipamentos utilizados na Unidade;
veículo.
VII. Observar, cumprir e utilizar normas e
III. Conduzir os técnicos da Unidade a diversos locais
procedimentos de segurança.
para atender às necessidades técnicas e
administrativas. VIII. Realizar outras atividades específicas à profissão.

IV. Respeitar a legislação, normas e recomendações de


direção defensiva.

@PROFESSORROBSONSOUSA 25
Seção III IV. Organizar e manter limpos e em ordem os armários,
Das Atribuições do Porteiro/Vigia geladeira, freezer e almoxarifado da cozinha.

Art. 113. Compete ao Porteiro/Vigia: V. Manter o controle dos gastos com os gêneros
alimentícios, levantando as necessidades de reposição
I. Certificar-se da observância das recomendações para informar ao auxiliar administrativo.
quanto à prevenção de incêndios, mantendo-se
preparado para adotar procedimento de combate ao VI. Realizar outras atividades específicas à profissão.
fogo, caso necessário.
Subseção II
II. Efetuar rondas periódicas de inspeção da parte Das Atribuições do Auxiliar de
externa da Unidade, examinando portas, janelas e Serviços de Limpeza
portões, para eventuais anormalidades. Art. 115. Compete ao Auxiliar de Serviços de Limpeza:
III. Fiscalizar a entrada e saída de pessoas na Unidade I. Limpar diariamente o prédio da Unidade, incluindo as
ou setor de pessoas, veículos, bens e materiais não áreas internas e externas.
autorizados pela direção.
II. Realizar faxinas gerais.
IV. Observar a movimentação de pessoas nas
imediações do seu posto de trabalho, comunicando à III. Manter em ordem e higienizado o almoxarifado de
direção qualquer irregularidade ou atitude suspeita produtos de limpeza, realizando levantamento de
observada. necessidades para o auxiliar administrativo da
Unidade.
V. Atender e prestar informações ao público.
IV. Manter e limpar as áreas externas da Unidade,
VI. Responsabilizar-se pelo controle de abrir e fechar o incluindo pátios, canteiros e jardins.
portão.
V. Efetuar o recolhimento do lixo, providenciando para
VII. Manter o registro de todas as ocorrências que ele seja colocado no local adequado de coleta.
verificadas durante seu turno de trabalho.
VI. Efetuar o transporte e descarga de materiais
VIII. Registrar e controlar a entrada e saída de público diversos.
externo na Unidade.
VII. Realizar outras atividades específicas à profissão.
IX. Realizar outras atividades específicas à profissão.
Subseção III
Seção IV
Das Atribuições do Auxiliar de
Das Atribuições dos Auxiliares de Serviços de Lavanderia
Serviços de Limpeza, Copa e Lavanderia
Art. 116. Compete ao Auxiliar de Serviços de
Subseção I
Lavanderia:
Das Atribuições do Auxiliar de Serviços de Copa
I. Lavar e higienizar as roupas pessoais e de cama e
Art. 114. Compete ao Auxiliar de Serviços de Copa: banho dos adolescentes.
I. Preparar o café da manhã, almoço, lanches, jantar e II. Passar as roupas dos adolescentes, organizando-as e
ceia para adolescentes e funcionários da Unidade. separando-as para ser distribuídas.
II. Servir refeições, organizando o refeitório ou III. Realizar pequenos reparos de costura nas roupas
preparando os pratos para os adolescentes. dos adolescentes.
III. Limpar todos os utensílios, louças e equipamentos IV. Realizar outras atividades específicas à profissão.
utilizados para as refeições.

@PROFESSORROBSONSOUSA 26
TÍTULO X
PORTARIA N°136/2022,
Disposições Transitórias de 19 de julho de 2022
Art. 117. Este regimento deverá ser executado de INSTITUI A REGULAMENTAÇÃO DOS
acordo com os seguintes procedimentos: CRITÉRIOS E CONDIÇÕES DE USO DE
I. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
STDS, deverá realizar formação profissional com as (EPIS) PARA PREVENÇÃO DE SITUAÇÕES DE
equipes das Unidades de Medidas Socioeducativas CRISE E CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS NO
sobre este Regimento. ÂMBITO DOS CENTROS SOCIOEDUCATIVOS DO
ESTADO DO CEARÁ
II. A direção da Unidade de Medidas Socioeducativas
deverá realizar uma assembleia com os adolescentes, Art.1º Instituir a regulamentação dos critérios e
para apresentação deste Regimento e de quaisquer condições de uso de Equipamentos de Proteção
alterações, sempre que houver. Individual (EPIs), para prevenção de situações de
crise e controle de distúrbios civis no âmbito dos
III. Uma cópia deste Regimento deverá permanecer em
Centros Socioeducativos do Estado do Ceará.
local de fácil acesso e visibilidade tanto para os
adolescentes e familiares quanto para a equipe da Equipamentos de Proteção
Art.2º Constituem
Unidade de Medidas Socioeducativas.
Individual (EPIs), para prevenção de situações de
IV. A capitulação das sanções leves, médias, graves e as crise no âmbito dos Centros Socioeducativos do Estado
sanções aplicáveis deverão ser afixadas em local de do Ceará:
fácil acesso, na área administrativa e nos demais
setores da Unidade. I - Capacete;

V. A equipe da Unidade de Medidas Socioeducativas II - Luvas;


deverá apresentar este Regimento a todos os III - Protetores de Cotovelo;
adolescentes, no ato da admissão.
IV - Escudo;
Art.118. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento
Social, por meio da Coordenadoria de Proteção V - Protetores de Canela;
Especial, deverá realizar cursos de formação para VI - Algemas;
facilitadores restaurativos no prazo de um ano e de
dois anos para adaptações estruturais, a contar da data VII - Lanternas;
da publicação deste Regimento.
VIII - Alicate corta cadeado;
Art. 119. Este Regimento passa a vigorar em 45 dias
IX - Extintor.
contados da data de sua publicação.

Art. 120. Ficam revogadas todas as disposições em Art.3º. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
contrário. não poderão ficar expostos e deverão ser recolhidos
em sala própria, a qual permanecerá trancada e as
chaves confiadas à Direção e ao coordenador de
segurança

Art.4º. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)


só podem ser usados mediante expressa autorização
da Direção dentro dos padrões e orientações técnicas,
sendo restrito às pessoas aptas ao adequado uso do
equipamento, sendo excepcionalmente autorizado o
uso pelos Coordenadores de Segurança.

@PROFESSORROBSONSOUSA 27
Parágrafo único consideram-se pessoas aptas para Art. 9º. Evento é qualquer ocorrência interna que
o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), obstrua o desenvolvimento regular da rotina de
os profissionais devidamente capacitados pelo Núcleo funcionamento do Centro Socioeducativo,
Escola de Socioeducação – NUESO da comprometendo, mediata ou imediatamente, a sua
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento segurança.
Socioeducativo – SEAS, escalados a compor o posto de
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
serviço de Ações de Pronta Resposta – APR.
evento são:
Art.5º. Após uso do Equipamento de Proteção
I - Ameaça à integridade física do (s) adolescente (s)
Individual (EPIs), a Direção da Unidade deverá
interno (s);
comunicar a Corregedoria encaminhando relatório
II- Ameaça à integridade física dos (as) servidores (as),
das Ações de Pronta Resposta, além de registro em
contratados (as), funcionários (as), colaboradores ou
livro de Ocorrência do Centro Socioeducativo.
terceiros;
Art.6º. Diariamente devem ser escalados 07 (sete) III- ameaça ao patrimônio público.
socioeducadores a compor o posto de serviço de Art. 10. A avaliação de um evento é composta pelos
Ações de Pronta Resposta, na forma que segue: seguintes elementos, assim constituídos:

I - Coordenador; I - Cenário: são os elementos objetivos constituintes de


um evento, destacando-se: os fatos desencadeadores, o
II - Escudeiro; grau de articulação e organização dos insurgentes, o perfil
III - Escudeiro; da(s) liderança(s), a motivação e o intento, o grau de
adesão dos demais internos, a existência ou não de
IV - Imobilizador e chaveiro;
reféns, as facções existentes, os objetos que possam ser
V - Imobilizador; usados como arma, o vigor e a agressividade, a
VI - Imobilizador; intensidade com que os rebelados dominam os espaços
VII - Imobilizador e operador de extintor. físicos da Unidade, a existência ou não de articulação da
insurgência com grupos criminosos externos à Unidade;
§1º. O coordenador de segurança coordenará
II - Capacidade de Resposta: é o limiar de
ou designará socioeducador para coordenar as Ações
resolução de eventos de cada Centro e é determinada
de Pronta Resposta – APR e designará as funções de
pelo conhecimento e domínio da estrutura física da
cada integrante.
Unidade, pela capacidade de comando, pela capacidade
§2°. O Coordenador de Segurança deverá analítica em situações de tensão, pelo equilíbrio em
registrar as funções de cada integrante no Livro de situações de alta exigência emocional, pela resistência e
Coordenadores e/ou no documento da escala de posto prontidão física, pelo treinamento em negociação e
de serviço. táticas interventivas, pelos equipamentos de segurança
disponibilizados, pela articulação intersetorial da Unidade
Art.7°. O coordenador de segurança deverá e pela existência ou não de planos de contingência, bem
todos os dias conferir o material e repassá-lo a seu como outros fatores que venham influenciar a qualidade
substituto que tem por obrigação conferir, guardar e e velocidade da resposta da organização;
zelar o equipamento.
III - Escalonamento da Força: é a medida de
CAPÍTULO II – DA DEFINIÇÃO DE TERMOS
força necessária para a resolução de um evento no
RELATIVOS À GESTÃO DA AMEAÇA À
SEGURANÇA qual se esgotaram os demais meios de dissuasão,
sendo mensurado pela comparação entre a
Art.8°. Para os fins desta Portaria, definem-se os
Capacidade de Resposta da Instituição responsável
seguintes termos e conceitos relativos à gestão de
pela utilização de força naquele evento e a força
ameaças à segurança dos Centros Socioeducativos,
necessária para superação de seu cenário gerador.
previstas na Portaria nº004/2021-SEAS.

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Art. 11. Os eventos podem ser classificados como incêndio em grande área, não controlável pelos
simples, complexo e crítico. funcionários; perda de controle de 50% ou mais do
estabelecimento; morte.
Art. 12. Evento Simples é aquele cuja ameaça à
Art. 15. A avaliação de cenário e a definição pela
segurança é inferior à capacidade de resposta do (a)
Coordenação de Segurança, para o acionamento do
Coordenador (a) de Segurança e dos Socioeducadores
Grupo de Intervenções Táticas – GIT, é de
(as) presentes no plantão.
responsabilidade do Diretor e excepcionalmente pelo
Art. 13. Evento Complexo é aquele cuja ameaça à Coordenador de Segurança.
segurança é superior à capacidade de resposta do (a) § 1.º Avaliando ser necessário acionar o Grupo de
coordenador (a) e dos socioeducadores (as) presentes Intervenções Táticas – GIT para atuar no interior da
na Unidade, cuja resolução é possível pela unidade, o Diretor deve contatar o gestor estadual
coordenação dos setores do Centro Socioeducativo para informar a situação e ponderar a decisão.
e/ou pela atuação da Direção.
§ 2.º Decidindo-se pelo acionamento da força policial
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
deverá o Diretor comunicar o Poder Judiciário, o
Evento Complexo são: todos os elementos do evento
simples que não tenham resolução mediante mera Ministério Público e a Defensoria Pública.
presença ou aplicação de advertência verbal; agressão CAPÍTULO III – DOS REQUISITOS PARA O USO
resultando em lesão corporal média ou grave, sem DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPIs)
ameaça à vida; existência de armas brancas; destruição
extensa do patrimônio público, consideráveis danos à Art.16. Constituem requisitos para o socioeducador
estrutura física do Centro Socioeducativo, prejudicando o compor o posto de serviço de Ações de Pronta
funcionamento de um setor; evento restrito a um setor Resposta – APR, para o uso dos Equipamentos de
específico, alojamento, ala, setor, quadra, campo, pátio Proteção Individual (EPIs):
ou solário; ação protagonizada por um grupo restrito de I- Ter concluído o Curso de Formação para o uso de
internos, evento não generalizado; existência de refém, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), ofertado
sem flagrante ameaça à vida, sem sevícias, sem uso de pelo Núcleo Escola de Socioeducação - NUESO;
violência física, com possibilidade de negociação não
especializada; incêndio de pequena proporção passível II-Não possuir processo na Corregedoria;
de ser extinto com recursos do Centro Socioeducativo. III- designação do Coordenador de Segurança;
Art. 14. Evento Crítico é aquele cuja ameaça à IV- Ocorrência de Evento Simples ou Complexo.
segurança é superior à capacidade de resposta de Art.17. Para o uso dos Equipamentos de Proteção
todos os setores do Centro Socioeducativo, cuja Individual (EPIs), os socioeducadores da Unidade
resolução só é alcançada com a cooperação do Sistema devem adotar as seguintes providências:
de Segurança Pública e de Justiça.
L-Esgotar todas as possibilidades de diálogo;
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
Evento Crítico são: os elementos do Evento Complexo II- Usar os equipamentos excepcionalmente, e
que não puderam ser solucionados pela equipe da somente durante o tempo estritamente necessário;
Unidade; existência de armas de fogo; destruição III- o acesso ao local do equipamento deve ser restrito
extensa do patrimônio público, inutilização de uma e apenas autorizado àqueles que no momento da
área do Centro Socioeducativo; evento disseminado intervenção farão uso do mencionado equipamento.
em diversos setores; número de insurgentes duas
vezes superior ao número de socioeducadores(as)
presentes no estabelecimento; existência de
refém(ens.), com flagrante ameaça à vida; sevícias
contra outros adolescentes ou funcionários(as);

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CAPÍTULO IV – DOS REQUISITOS PARA O USO Art. 23. O Núcleo Escola de Socioeducação - NUESO,
EXCEPCIONAL DA FORÇA
promoverá capacitações continuadas, debates e
Art.18. Para o uso excepcional da força, quando cursos aos profissionais para a correta e integral
esgotadas todas as possibilidades de diálogo, os aplicação desta Portaria.
socioeducadores da unidade devem adotar as Art. 24. Constitui anexo desta Portaria, dela fazendo
seguintes providências: parte, a Ementa do Curso de Formação para o uso de
I-Usar excepcionalmente a força durante o tempo Equipamentos de Proteção Individual (ANEXO I).
estritamente necessário, vedadas em qualquer caso Art. 25. Os casos omissos neste instrumento
posturas, condutas ou atitudes que objetivem normativo serão resolvidos pelo Gabinete do
humilhar ou degradar os adolescentes; Superintendente do Sistema Estadual de Atendimento
II- Escalonamento no uso excepcional da força e dos Socioeducativo.
instrumentos de coação.
Art.19. O emprego excepcional da força dentro dos
PORTARIA N°004/2021 – SEAS
Centros Socioeducativos e Centros de Semiliberdade
deve ser realizada de forma progressiva, respondendo INSTITUI AS REGRAS DE SEGURANÇA
a cada situação específica com a força equivalente PREVENTIVA, DEFININDO NORMAS, ROTINAS
necessária à resolução do evento. E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS NO
Art.20. O uso excepcional da força dentro da unidade ÂMBITO DOS CENTROS SOCIOEDUCATIVOS DO
deverá ser autorizado somente pelo Diretor e na ESTADO DO CEARÁ.
ausência deste, pelo coordenador de segurança, Art. 1º Instituir a padronização de termos, normas,
sempre em ato devidamente fundamentado. rotinas e procedimentos de Segurança Preventiva
Art.21. Para efeito de uso excepcional de força dentro para todos os Centros Socioeducativos do Estado do
da Unidade de Atendimento Socioeducativo, são Ceará, de acordo com as regras abaixo descritas.
considerados casos excepcionais: CAPÍTULO I DA FINALIDADE DAS NORMAS, ROTINAS
I-Quando o recurso a outros métodos de controle E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE SEGURANÇA
menos coercitivos se revelar ineficaz; PREVENTIVA

II- Os casos de legítima defesa e de resistência quando Art. 2° A Segurança Preventiva constitui atividade
o adolescente oferecer grave ameaça a sua dinâmica e tem por escopo preservar a integridade
integridade física, à integridade física de terceiros ou dos (as) adolescentes, servidores (as) e visitantes,
ao patrimônio público; considerando as normativas legais, em especial os
preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente
III- de tentativa de fuga das unidades de (ECA) e do Sistema Nacional de Atendimento
internação; Socioeducativo (Sinase), bem como as
recomendações do Conselho Nacional dos Direitos da
IV- Caracterização de evento simples ou complexo, Criança e Adolescente (Conanda), sobretudo a
esgotadas todas as possibilidades de diálogo Resolução nº. 119/2006.
Art. 3° O conjunto de normas, rotinas e
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E procedimentos operacionais aqui estabelecidos,
TRANSITÓRIAS constituem o Plano de Segurança Preventiva, que tem
Art. 22. Continuam em vigor as Resoluções e Portarias por finalidade:
expedidas pela SEAS que não conflitem ou que I – A definição, normatização e padronização de
complementem as disposições deste instrumento termos, regras e rotinas nos procedimentos exigidos
normativo, em especial a Portaria nº 004/2021-SEAS. para a atuação das atividades funcionais de todos os
profissionais que atuam nos Centros Socioeducativos.

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II – O estabelecimento das rotinas operacionais de VI – A revista Incerta;
segurança preventiva;
VII – A revista de Adolescentes;
III – o planejamento para a execução das rotinas
VIII – O Deslocamento de adolescentes pelas
operacionais de segurança preventiva;
dependências do Centro Socioeducativo;
IV – A previsão dos planos de emergência e
IX – O controle de pertences permitidos nos
contingência;
alojamentos dos (as) adolescentes;
V – A regulamentação do uso da força como
X – O controle de pertences permitidos aos
excepcionalidade;
funcionários (as) em serviço na área de segurança;
VI – A designação das atribuições e postos de serviço;
XI – A distribuição e controle da alimentação e da
VII – a caracterização de deveres; água, destinados aos (às) adolescentes e funcionários
(as);
VIII – a especificação dos instrumentos oficiais de
registros; XII – A conferência, o controle e a conservação das
chaves, cadeados, portões, portas e de todo o
IX – O atendimento aos meios de comunicação social.
material e equipamentos inerentes ao regular
CAPÍTULO II exercício das atividades de segurança;
DAS ROTINAS OPERACIONAIS
XIII – A reunião para troca de turno dos (as)
DE SEGURANÇA PREVENTIVA
socioeducadores (as);
Art. 4° Consideram-se rotinas operacionais de
Segurança Preventiva para os efeitos desta Portaria: XIV – O posto de serviço;

I – O Controle da circulação de pessoas pelas XV – O plantão noturno;


dependências dos Centros Socioeducativos; XVI – outros que forem estabelecidos mediante
II – A identificação E a revista de funcionários (as), Portaria ou ordem de serviço, observada a
visitantes, prestadores de serviços, fornecedores, competência legal para sua Instituição.
familiares de adolescentes e de veículos; Seção I

III – A Programação Pedagógica Prévia de todas as Do Controle da Circulação de Pessoas


atividades regulares desenvolvidas nos Centros Art. 5° A circulação de pessoas pela área
Socioeducativos; administrativa dos Centros Socioeducativos será
IV – Os instrumentos Oficiais de Registro, que são: permitida aos (às) funcionários (as) e visitantes, sendo
restrita aos locais onde tenham que desenvolver ou
a) - O controle de Acesso de Pessoas.
participar de atividades, observadas as cautelas de
b) - O controle de Entrada e de Saída de Material segurança estabelecidas neste Capítulo.
Utilizado pelo Professor.
Parágrafo único. Para os Órgãos de controle e
c) O relatório de Ocorrência Individual. monitoramento serão observadas as prerrogativas
legais quanto à autorização de acesso aos Centros
d) O relatório de Revista.
Socioeducativos, sendo responsabilidade da Direção
e) O relatório de Tipos Eventos. de cada Centro garantir o cumprimento dos
f) O relatório de Registro de Ocorrências Diárias. dispositivos legais.

g) A relação de Adolescentes Internados. Art. 6º A circulação de pessoas pela área de segurança


dos Centros Socioeducativos é restrita ao pessoal
h) O cronograma Diário. escalado para trabalhar nessa área e a permanência
i) os livros de Registros. terá a duração necessária à execução do trabalho.
V – A revista Estrutural;

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§ 1º Ao (À) funcionário (a) que não está em serviço, é Parágrafo único. Fica proibido o porte e o uso de
vedada a circulação pela área de segurança dos armas pelos (as) funcionários (as) dentro dos Centros
Centros Socioeducativos. Socioeducativos, conforme dispõe o artigo 65 das
Regras das Nações Unidas para a Proteção de
§ 2º Para os Órgãos de controle e monitoramento
Menores Privados de Liberdade.
serão observadas as prerrogativas legais quanto à
autorização de acesso às unidades, sendo Art. 12. Os visitantes, prestadores de serviço,
responsabilidade do Diretor do Centro garantir o fornecedores e familiares de adolescentes, serão
cumprimento dos dispositivos legais. identificados mediante a apresentação da cédula de
identidade ou de outro documento oficial de
Art. 7° Os serviços de manutenção nas áreas de
identificação com foto, devendo o (a) funcionário (a)
segurança serão executados após autorização da
responsável anotar em livro ou formulário próprio o
Coordenação de Segurança, que realizará a liberação
nome completo, número do documento apresentado,
da entrada de funcionários (as) e equipamentos,
órgão emissor, horário de entrada e horário de saída,
adotadas as devidas cautelas para o controle e
devendo constar da anotação o nome por escrito, de
conferência de materiais na entrada e na saída do
forma legível, de quem realizou o atendimento.
Centro Socioeducativo.
Parágrafo único. Objetos pessoais como aparelhos
Art. 8° Nos casos de visita institucional ou evento
celulares, smartphones, relógios, bolsas, cigarros,
realizado pelo Centro Socioeducativo, serão
isqueiros, armas e demais itens não permitidos, não
permitidos o acesso e a circulação de pessoas
poderão ser levados para o interior dos Centros
devidamente autorizadas pela Direção, adotadas as
Socioeducativos.
devidas cautelas de segurança.
Art. 13. Os visitantes, os prestadores de serviço e
Parágrafo único. Os casos omissos que tratam da
fornecedores passarão pelo procedimento de revista
liberação e circulação de pessoas nos Centros
meio de Scanner Corporal e/ou Detector de Metais,
Socioeducativos serão deliberados e autorizados pela
operados pelo (a) funcionário (a) responsável, sendo
Direção do Centro.
respeitada a identidade de gênero.
Seção II
§1º A utilização do Scanner Corporal e/ou Detector de
Da Identificação e da Revista de Funcionários
Metais poderá ser substituída pela Revista de Busca
(as), Visitantes, Prestadores de Serviços,
Fornecedores, Familiares de Adolescentes e de Pessoal nos casos de ausência ou mal funcionamento
Veículos dos aparelhos.
Art. 9° Todas as pessoas serão previamente §2º Para realizar a Revista de Busca Pessoal, o (a)
identificadas antes de adentrarem nas dependências profissional deverá realizar busca corporal mediante
dos Centros Socioeducativos, por meio de olhar cuidadoso, verificando se o visitante não está
identificação oficial com foto pessoal e/ou funcional, em posse de nenhum material não autorizado.
conforme o caso.
§3º Fica proibido, na Revista de Busca Pessoal,
Art. 10. Todos os (as) funcionários (as) dos Centros qualquer tipo de revista íntima, qual seja, todo
Socioeducativos deverão passar pelo detector de procedimento que obrigue o visitante, prestador de
metais e se submeteram à Revista de Busca Pessoal serviços e fornecedor a despir-se, fazer agachamentos
sempre que adentrarem na Unidade. ou dar saltos e submeter-se a exames clínicos
Art. 11. Os pertences pessoais trazidos pelos (as) invasivos.
funcionários (as) serão submetidos à revista por quem Art. 14. Ficam dispensadas dos procedimentos de
estiver escalado para esse serviço, na entrada do Revista de Busca Pessoal nas seguintes autoridades,
Centro Socioeducativo ou em local pré-estabelecido devidamente identificadas:
pela Direção da Unidade, sendo guardados em local
I – Juízes;
reservado e fora do alcance dos (as) adolescentes.
II – Promotores de Justiça;

@PROFESSORROBSONSOUSA 32
III – Defensores Públicos; Art. 18. A Direção, após ouvir a Coordenação Técnica,
IV – Autoridades administrativas municipais, indicará um (uma) servidor (a) para a execução
estaduais e federais. do fluxo do Cronograma Diário.

V – Demais representantes dos Órgãos de Controle e Art. 19. O (A) servidor (a) indicado (a) para coordenar a
Monitoramento, conforme prerrogativas legais. elaboração e o fluxo do Cronograma Diário deverá ser
um (a) Socioeducador (a) que ficará subordinado
§ 1º Para fins do inciso IV acima, consideram-se:
(a) diretamente à Coordenação de Segurança e à
I – Autoridades federais: Presidente, Vice-Presidente Coordenação Técnica.
da República e Ministros;
Art. 20. O (A) servidor (a) indicado (a) deverá
II – Autoridades estaduais: Governadores, Vice-
apresentar à Coordenação Técnica o Cronograma
Governadores e, Secretários Estaduais;
Diário até as 16 horas do dia anterior à execução das
III – autoridades municipais: Prefeitos, Vice-Prefeitos e atividades planejadas
Secretários.
Art. 21. Recebido o Cronograma Diário, a
§ 2º Quando solicitado, a Direção do Centro Coordenação Técnica o examinará e, não havendo
Socioeducativo poderá autorizar a entrada com retificações, encaminhará cópias do documento para
equipamentos de registro audiovisual, conforme as seguintes áreas:
prerrogativas legais.
I – Direção;
Seção III
II – Coordenação de Segurança;
Da Programação Pedagógica Prévia
III – Coordenação de Plantão;
Art. 15. A Programação Pedagógica Prévia do Centro
Socioeducativo constará do Cronograma Diário. IV – Equipe Técnica;

Art. 16. Considera-se Cronograma Diário o documento V – Coordenação Administrativa.


oficial produzido pela Coordenação Técnica e Art. 22. Eventuais alterações das atividades previstas
Coordenação de Segurança que conterá: pelo Cronograma Diário somente poderão ocorrer
I – todas as atividades E os atendimentos programados após autorização da Direção do Centro
diariamente; Socioeducativo, ouvida a Coordenação Técnica.

II – Os nomes completos dos (as) adolescentes Art. 23. Na hipótese de cancelamento de atividades, a
participantes de cada atividade; Coordenação de Segurança levará a decisão para
apreciação da Direção, conforme art. 22.
III – o local onde será realizada cada uma das
atividades programadas; Art. 24. Não será realizada atividade ou atendimento
de qualquer natureza que não esteja previsto no
IV – O nome completo dos (as) funcionários (as) Cronograma Diário, exceto em situação de
responsáveis pela aplicação de cada uma das emergência, devidamente justificada, mediante
atividades programadas; autorização da Coordenação Técnica e da
V – O horário de início e encerramento de cada uma Coordenação de Segurança ou da Direção, se
das atividades programadas; necessário.

VI – demais informações necessárias ao bom Art. 25. A Coordenação de Segurança manterá arquivo
andamento dos serviços. dos Cronogramas Diários e os encaminhará à Direção
no último dia útil de cada mês.
Art. 17. A elaboração do Cronograma Diário compete
ao (a) Coordenador (a) técnico (a) ou o (a) profissional Art. 26. A Direção mandará encadernar os
indicado (a) pela Direção do Centro Socioeducativo, Cronogramas Diários na forma de livro mensal e os
ouvido (a) o (a) Coordenador (a) de Segurança. manterá arquivados.

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Art. 27. O conteúdo do Cronograma Diário constitui Seção V
informação de segurança e não poderá ser noticiado a Da Revista Estrutural
terceiros não autorizados pela Direção ou ao (à)
Art. 32. Considera-se Revista Estrutural, para os
adolescente.
efeitos desta Portaria, a verificação das condições
Parágrafo único. A Direção do Centro Socioeducativo gerais de conservação, limpeza e segurança das
deverá observar as prerrogativas legais de acesso aos dependências dos Centros Socioeducativos,
documentos por Órgãos de monitoramento e especialmente paredes, banheiros, lajes, beliches,
controle. grades, camas, alojamentos, corredores de alas,
Seção IV arredores das casas, quadrantes, salas de aula, salas
de atividade, ginásio de esportes e equipamentos no
Dos Instrumentos Oficiais de Registros
intuito de averiguar a existência de eventuais
Art. 28. Consideram-se instrumentos oficiais de irregularidades que possam causar prejuízo às rotinas
registro para os efeitos desta Portaria: e procedimentos de segurança.
I – O controle de Acesso de Pessoas. Parágrafo único. A Direção do Centro Socioeducativo
II – O controle de Entrada e de Saída de Material será responsável por observar as prerrogativas legais
Utilizado pelo (a) Professor (a). vigentes quanto à periodicidade das inspeções da
III – O relato de Ocorrência Individual. Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil,
Dedetização e Desratização, entre outros.
IV – O relatório de Revista.
Art. 33. A Revista Estrutural tem natureza preventiva,
V – O relatório de Tipos de Eventos.
devendo ser realizada pelo menos 01 (uma) vez por
VI – O relatório de Registro de Ocorrências Diárias.
semana, sendo intensificada sempre que necessário
VII – A relação de Adolescentes Internados (as). por determinação da Direção ou do (a) Coordenador
VIII – O cronograma Diário. (a) de Segurança.
IX – Os livros de Registros. Art. 34. Compete ao (a) Coordenador (a) de Segurança
Art. 29. Os Instrumentos Oficiais de Registro somente assegurar a realização da Revista Estrutural
poderão ser adequados ou substituídos quando semanalmente.
verificada a necessidade, por solicitação da Direção e Art. 35. Os alojamentos dos (as) adolescentes deverão
prévia autorização do Superintendente, ser revistados, diariamente, no horário em que os (as)
observado, em todos os casos, os trâmites adolescentes estiverem em atividades.
administrativos. Art. 36. Compete aos (as) Socioeducadores (as)
Art. 30. O conteúdo dos Instrumentos Oficiais de escalados para as alas a realização da revista diária dos
Registro constitui informação de segurança e não alojamentos, devendo o (a) Socioeducador de Fluxo
poderá ser revelado ao (a) adolescente ou a terceiros, assegurar a realização do procedimento, comunicando
salvo em procedimento judicial ou administrativo e ao (a) Coordenador (a) de Segurança, eventuais
por ordem expressa da Direção ou autoridade irregularidades encontradas.
superior. Parágrafo único. Qualquer situação de irregularidade,
Parágrafo único. A Direção deverá observar as dano ou mau uso dos utensílios deve ser devidamente
prerrogativas legais de acesso aos documentos por registrada no Livro de Ocorrências e notificada à
Órgãos de monitoramento e controle. Comissão Disciplinar para avaliação das infrações
cometidas.
Art. 31. Os Instrumentos Oficiais de Registro não
poderão ser reproduzidos nem disponibilizados a
terceiros, exceto por ordem expressa da Direção ou da
autoridade superior.

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Seção VI Seção VII

Da Revista Incerta Da Revista de Adolescentes

Art. 37. Considera-se Revista Incerta para os efeitos Art. 40. O (A) adolescente será submetido a Revista de
desta Portaria, a revista realizada em dia e hora de Busca Corporal sempre que sair e retornar para o
conhecimento restrito, mediante determinação da alojamento na saída das atividades.
Direção do Centro Socioeducativo.
§1º Obrigatoriamente, será observada e respeitada a
§1º A Revista Incerta tem caráter preventivo e deverá identidade de gênero por parte de quem acompanha
ser realizada sempre que houver denúncias de posse as revistas pessoais, devendo ser realizadas por
de objetos não permitidos por adolescentes, de acordo profissional do mesmo gênero.
com avaliação prévia da Coordenação de Segurança,
§2º A Revista de Busca Pessoal poderá ser substituída
ouvida a Coordenação Técnica e devidamente
pela revista realizada por Scanner Corporal.
autorizada pela Direção do Centro Socioeducativo.
Art. 41. Para realizar a Revista de Busca Pessoal após
§2º Nos casos em que for necessário o apoio da Polícia
as visitas, o (a) Socioeducador (a) deverá realizar a
Militar, sem Cronograma Prévio, a Direção do Centro
busca corporal, mediante olhar cuidadoso, verificando
Socioeducativo deverá comunicar à Corregedoria da
se o (a) adolescente não está em posse de nenhum
Seas e ao Sistema de Justiça.
material não autorizado.
Art. 38. A Revista Incerta tem por objetivos:
Parágrafo único. A Revista de Busca Pessoal de rotina
I – Averiguar minuciosamente as condições de não inclui o desnudamento do (a) adolescente.
segurança de todas as dependências dos Centros
Art. 42. Poderá ser realizada nos (as) adolescentes a
Socioeducativos;
Revista Corporal Minuciosa que se procederá da
II – Apreender objetos e materiais cuja circulação seja seguinte forma:
proibida;
I – Deverá ser realizada em local adequado e
III – retomar ou estabelecer normas, rotinas e apropriado, respeitando e preservando ao máximo a
procedimentos de segurança; intimidade do (a) adolescente;
IV – Prevenir situações de crise. II – O (a) Socioeducador (a) deverá orientar o (a)
adolescente a retirar e lhe entregar a roupa;
Art. 39. A Revista Incerta poderá ser realizada com o
apoio da Polícia Militar, desde que presentes motivos III – o (a) Socioeducador (a) deverá realizar a busca
sérios e fundamentados, mediante solicitação minuciosa nos pertences pessoais do (a) adolescente;
expressa da Direção do Centro Socioeducativo, que
IV – Após a revista cuidadosa de todas as peças do
deverá comunicar à Corregedoria da Seas e ao Sistema
vestuário do (a) adolescente, o (a) Socioeducador (a)
de Justiça.
deverá devolvê-las para que o (a) mesmo (a) se vista.
§1º A Direção do Centro Socioeducativo deverá
§1º A realização de Revista Corporal Minuciosa
elaborar relatório circunstanciado e encaminhar à
ocorrerá nas seguintes situações:
Corregedoria da Seas em, no máximo, no 1º (primeiro)
dia útil subsequente, após a realização da Revista I – Após a realização das visitas;
Incerta. II – Após a realização de atividades externas ao Centro
§2º A Revista Incerta deverá respeitar os mesmos Socioeducativo;
procedimentos da Revista Estrutural. III – Em caso de suspeitas de irregularidades;
§3º A excepcionalidade será justificada mediante IV – Em situações de ocorrência.
apresentação de argumentos quando da possibilidade
de evento de crise, conforme constante no CAPÍTULO §2° Excepcionalmente, o (a) adolescente poderá ser
IV, Seção I, desta Portaria. submetido (a) ao procedimento de agachamento.

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Seção VIII VI – Livros fornecidos pelo Centro Socioeducativo ou
Do Deslocamento dos Adolescentes fornecidos por familiares com a apreciação técnica.

Art. 43. O deslocamento dos (as) adolescentes consiste Art. 47. Todos os pertences serão devidamente
no ato de ir e vir pelas dependências do Centro numerados para controle interno.
Socioeducativo e será monitorado pelo (a) §1º Será garantido ao (a) adolescente os pertences
Socioeducador (a), que deverá conduzi-lo (á) lado a referidos nesta seção.
lado.
§2º No caso de danificação desses pertences por
Parágrafo Único – O deslocamento poderá ser outros (as) adolescentes, a Comissão Disciplinar será
realizado com a utilização de algemas, nos casos de comunicada para realizar avaliação.
resistência ou de fundado receio de fuga ou de perigo
à integridade física dos (as) adolescentes ou de §3º No caso de dano realizado por agentes públicos,
terceiros, devendo tal procedimento ser justificado no será elaborado relatório circunstanciado e
Livro de Registro Próprio, seguindo as orientações da encaminhado à Corregedoria da Seas para as
Súmula Vinculante 11 do Supremo Tribunal Federal providências de apuração e responsabilização.
(STF). Art. 48. Fica proibido aos (as) adolescentes trocarem
Art. 44. Todo deslocamento será precedido de Revista entre si os objetos relacionados no art. 46 desta
de Busca Corporal, conforme previsto no art. 40. Portaria
Seção X
Art. 45. O deslocamento dos (as) adolescentes deverá
ser realizado de forma organizada, preferencialmente, Do Registro de Ocorrências Diárias
em fila, não sendo permitido ao (a) adolescente se Art. 49. Todas as ocorrências diárias deverão ser
desviar da rota proposta pelo (a) Socioeducador (a) ou lançadas em livro próprio, por área de atuação,
se dirigir a espaço que não seja o previsto no observadas as regras para abertura e encerramento de
deslocamento. Livros.
Seção IX
Art. 50. Poderá ser implantado sistema de
Dos Pertences Permitidos nos Alojamentos monitoramento por câmeras nos Centros
Art. 46. São pertences permitidos nos alojamentos dos Socioeducativos, onde deverá conter o livro de
(as) adolescentes: ocorrências no referido posto de monitoramento.

I – colchão, cobertor, lençol, toalha, chinelo E Parágrafo único. Para os Centros Socioeducativos
vestuário padronizado fornecidos pelo Centro onde o monitoramento já exista, é necessário manter
Socioeducativo; um Livro de Ocorrências para o posto de
monitoramento por câmera.
II – Material de higiene pessoal fornecido pelo Centro
Socioeducativo; Art. 51. São livros obrigatórios:

III – 01 (um) livro sagrado por adolescente de acordo I – Relatório Diário da Área de Segurança;
com credo individual, respeitando o direito à crença II – Livro de Registro de Atendimento Técnico;
de cada adolescente;
III – Livro de Carga – Secretaria Técnica;
IV – até 05 (cinco) cartas e até 05 (cinco) fotos,
IV – Livro da Família – Programa Famílias;
tamanho 10x15, de familiares acondicionadas em
envelope com o nome completo do (a) adolescente V – Livro de Registro de Parecer Técnico;
fornecido pelo Centro Socioeducativo; VI – Livro de Registro de Ocorrências do
V – jogos E materiais pedagógicos fornecidos pelo Monitoramento por Câmeras;
Centro Socioeducativo; VII – Livro de Controle de Entrega de Materiais de
Limpeza e Higiene;

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VIII – Livro de Registro e Controle de Estoque de referência e do (a) Socioeducador (a) de Referência,
Medicação Psicotrópica; com validação pela Comissão Disciplinar.
IX – Livro de Registro de Ocorrências da Enfermaria; Art. 57. A Coordenação de Segurança, mediante
motivos sérios e fundados, poderá,
X – Livro de Registro de Prescrição Médica;
excepcionalmente, autorizar a transferência do (a)
XI – Livro de Registro de Ocorrências da Odontologia; adolescente de alojamento ou ala, devendo comunicar
XII – Livro de Registro de Atendimentos Médicos, o fato imediatamente à Direção.
sendo livro individualizado por profissional; Art. 58. A hipótese a que alude o art. 57 desta Portaria
XIII – Livro de Registro de Rotinas da Ala, sendo livro será provisória, devendo a decisão definitiva ser
individualizado por ala; ratificada mediante novo estudo de caso que será
agendado pela Coordenação Técnica.
XIV – Livro de Registro de Ocorrências de
Escolarização. Art. 59. A relação de adolescentes internados (as) será
disponibilizada para:
Art. 52. Todos os livros, após o encerramento, serão
arquivados pelo (a) Coordenador (a) técnico (a) do I – A Direção;
Centro Socioeducativo. II – A Coordenação Técnica;
III –A Coordenação de Segurança;
Seção XI IV – A Coordenação Administrativa;
Da Relação de Adolescentes Internados
V – A Coordenação de Plantão;
Art. 53. Considera-se relação de adolescentes VI – A Gerência Administrativa;
internados (as), para os efeitos desta Portaria, o
documento onde constará o nome completo do (a) VII – os Técnicos Sociais;
adolescente, a ala e o alojamento onde está localizado VIII – ao Sistema de Justiça, ao menos semanalmente.
(a).
CAPÍTULO III
Art. 54. A relação de adolescentes será atualizada
DO PLANEJAMENTO PARA A EXECUÇÃO DAS
sempre que ocorrer: ROTINAS OPERACIONAIS DE SEGURANÇA
PREVENTIVA
I – A transferência de adolescente de ala ou de
alojamento; Art. 60. O planejamento da execução da segurança
preventiva dos Centros Socioeducativos compete ao
II – A internação de novo (a) adolescente;
(à) diretor (a), ao (à) Coordenador (a) de Segurança e
III – a desinternação de adolescente; aos (às) Socioeducadores (as) de fluxo, ouvidos (as) os
IV – A transferência de adolescente para outro Centro (as) coordenadores (as) das áreas que compõem todo
Socioeducativo. o corpo funcional.

Art. 55. A atualização da relação de adolescentes Art. 61. A execução do planejamento estabelecido no
internados (as) compete ao (a) Coordenador (a) de artigo anterior, sob a coordenação do (a) Diretor (a),
Plantão e ao (a) Relatorista e deverá conter, também, compete a todos os profissionais do Centro
a data e horário da atualização, na forma do Relatório Socioeducativo, respeitadas as especificidades de cada
de Registro de Ocorrências Diárias. setor.

Art. 56. A transferência do (a) adolescente de ala ou de Art. 62. O planejamento a que se refere o art. 60 será
alojamento somente ocorrerá após a realização de elaborado mensalmente, preferencialmente, na
estudo de caso, que será dirigido pela Coordenação última semana de cada mês, devendo conter, no
Técnica e terá a participação do Técnico Social de mínimo, as seguintes ações:

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I – Alocação nominal dos postos de serviços e escalas Seção I
de plantão; Da Definição de Termos Relativos à Gestão da
Ameaça à Segurança
II – previsão, aquisição E disponibilização dos insumos
e recursos necessários no período; Art. 66. Para os fins desta Portaria, definem-se os
seguintes termos e conceitos relativos à gestão de
III – avaliação de cenários potencialmente críticos
ameaças à segurança dos Centros Socioeducativos.
para o período;
Art. 67. Evento é qualquer ocorrência interna que
IV – Avaliação das principais falhas e potencialidades
obstrua o desenvolvimento regular da rotina de
encontradas.
funcionamento do Centro Socioeducativo,
Parágrafo único. Deverão ser providenciadas junto à comprometendo, mediata ou imediatamente, a sua
sede administrativa da Seas as adequações segurança.
necessárias ao regular cumprimento operacional das
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
normas estabelecidas, quando necessário.
evento são:
CAPÍTULO IV
I – Ameaça à integridade física do (s) adolescente (s)
DA PREVISÃO DOS PLANOS DE
interno (s);
EMERGÊNCIA E DE CONTINGÊNCIA
II – Ameaça à integridade física dos (as) servidores (as),
Art. 63. O plano de emergência faz referência a toda
contratados (as), funcionários (as), colaboradores ou
situação, fato ou ocorrência que afete mediata ou
terceiros;
imediatamente a regularidade das rotinas
operacionalmente instituídas e que causem danos III – Ameaça ao patrimônio público.
prediais, materiais e/ou envolvam vítimas,
Art. 68. A avaliação de um evento é composta pelos
requerendo, portanto, a adoção de ações
seguintes elementos, assim constituídos:
emergenciais que visam interromper ou minimizar os
danos causados pela situação ocorrida. I – Cenário: são os elementos objetivos constituintes
de um evento, destacando-se: os fatos
Art. 64. O plano de contingência tem o objetivo de
desencadeadores, o grau de articulação e organização
descrever as medidas a serem tomadas pelos Centros
dos insurgentes, o perfil da(s) liderança(s), a motivação
Socioeducativos para fazer com que os seus processos
e o intento, o grau de adesão dos demais internos, a
e rotinas habituais voltem a funcionar plenamente, ou
existência ou não de reféns, as facções existentes, os
num estado minimamente aceitável, o mais rápido
objetos que possam ser usados como arma, o vigor e a
possível, após uma ocorrência de excepcionalidade,
agressividade, a intensidade com que os rebelados
evitando uma paralisação prolongada que possa gerar
dominam os espaços físicos da Unidade, a existência ou
maiores prejuízos à instituição e às pessoas
não de articulação da insurgência com grupos
envolvidas.
criminosos externos à Unidade.
Art. 65. Os planos de ação a que se refere o presente
II – Capacidade de Resposta: é o limiar de resolução de
capítulo serão definidos e especificados em Protocolo
eventos de cada Centro e é determinada pelo
Interinstitucional estabelecido entre a
conhecimento e domínio da estrutura física da
Superintendência do Sistema Estadual de
Unidade, pela capacidade de comando, pela
Atendimento Socioeducativo (Seas), o Sistema de
capacidade analítica em situações de tensão, pelo
Justiça, o Sistema de Segurança Pública, a Secretaria
equilíbrio em situações de alta exigência emocional,
de Saúde do Ceará (Sessa) e a Secretaria de Proteção
pela resistência e prontidão física, pelo treinamento
Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos
em negociação e táticas interventivas, pelos
Humanos (SPS).
equipamentos de segurança disponibilizados, pela
articulação intersetorial da Unidade e pela existência
ou não de planos de contingência, bem como outros

@PROFESSORROBSONSOUSA 38
fatores que venham influenciar a qualidade e ação protagonizada por um grupo restrito de internos,
velocidade da resposta da organização; evento não generalizado; existência de refém, sem
flagrante ameaça à vida, sem sevícias, sem uso de
III – Escalonamento da Força: é a medida de força
violência física, com possibilidade de negociação não
necessária para a resolução de um evento no qual se
especializada; incêndio de pequena proporção
esgotaram os demais meios de dissuasão, sendo
passível de ser extinto com recursos do Centro
mensurado pela comparação entre a Capacidade de
Socioeducativo.
Resposta da Instituição responsável pela utilização de
força naquele evento e a força necessária para Art. 72. Evento Crítico é aquele cuja ameaça à
superação de seu cenário gerador. segurança é superior à capacidade de resposta de
todos os setores do Centro Socioeducativo, cuja
Art. 69. Os eventos podem ser classificados como
resolução só é alcançada com a cooperação do Sistema
simples, complexo e crítico.
de Segurança Pública e de Justiça.
Art. 70. Evento Simples é aquele cuja ameaça à
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
segurança é inferior à capacidade de resposta do (a)
Evento Crítico são: os elementos do Evento Complexo
Coordenador (a) de Segurança e dos Socioeducadores
que não puderam ser solucionados pela equipe da
(as) presentes no plantão.
Unidade; existência de armas de fogo; destruição
Parágrafo único. Os elementos que compõem um extensa do patrimônio público, inutilização de uma
evento simples são: ameaças verbais; desacatos; área do Centro Socioeducativo; evento disseminado
agressões indiretas (atirar comida, chinelo, urina, em diversos setores; número de insurgentes duas
fezes, água); danos ou destruição de materiais vezes superior ao número de socioeducadores(as)
pedagógicos ou de consumo; tentativa ou destruição presentes no estabelecimento; existência de
de patrimônio, pequeno dano estrutural; destruição refém(ens.), com flagrante ameaça à vida; sevícias
pontual, sem prejuízos no funcionamento do contra outros adolescentes ou funcionários(as);
estabelecimento; atentado contra a própria incêndio em grande área, não controlável pelos
integridade física resultando em escoriações ou lesões funcionários; perda de controle de 50% ou mais do
leves; agressão a terceiro sem resultar em lesão; estabelecimento; morte.
inexistência de armas brancas, artefatos cortantes,
CAPÍTULO V
perfurantes ou impactantes; ação protagonizada por
um a três adolescentes. DA DESIGNAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES, DOS
POSTOS DE SERVIÇO E DOS PLANTÕES
Art. 71. Evento Complexo é aquele cuja ameaça à
Seção I
segurança é superior à capacidade de resposta do (a)
coordenador (a) e dos socioeducadores (as) presentes Do Coordenador de Segurança

na Unidade, cuja resolução é possível pela Art. 73. O (A) Coordenador de Segurança será
coordenação dos setores do Centro Socioeducativo designado (a) pela Superintendência do Sistema
e/ou pela atuação da Direção. Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) por
Parágrafo único. Os elementos que compõem um meio de Portaria, ouvida a Direção do Centro
Evento Complexo são: todos os elementos do evento Socioeducativo e a Corregedoria da Seas.
simples que não tenham resolução mediante mera Art. 74. Compete ao Coordenador de Segurança:
presença ou aplicação de advertência verbal; agressão
I – Comunicar a Direção do Centro a ocorrência de falta
resultando em lesão corporal média ou grave, sem
disciplinar de adolescentes ou colaboradores (as);
ameaça à vida; existência de armas brancas;
destruição extensa do patrimônio público, II – Atuar como apoio e suporte à Direção do Centro
consideráveis danos à estrutura física do Centro Socioeducativo por meio do planejamento, supervisão
Socioeducativo, prejudicando o funcionamento de um e execução das rotinas, visando à segurança dos
setor; evento restrito a um setor específico, adolescentes, servidores (as) e visitantes;
alojamento, ala, setor, quadra, campo, pátio ou solário;

@PROFESSORROBSONSOUSA 39
III – zelar pela garantia da execução dos procedimentos Seção II
de segurança e o cumprimento das normas Do Soco educador de Fluxo
estabelecidas pela Instituição;
Art. 75. Os Socioeducadores de Fluxo e seus
IV – Organizar a execução das atividades diárias substitutos serão indicados pela Direção do Centro
destinadas aos adolescentes, delegando tarefas aos Socioeducativo, ouvidos o (a) Coordenador (a) técnica
(as) coordenadores (as) de turno e Socioeducadores e o (a) Coordenador (a) de Segurança.
(as), observando as condições de recursos humanos,
Art. 76. Compete aos (as) Socioeducadores (as) de
materiais e estruturais para a execução de tais
Fluxo:
atividades;
V – Acompanhar e registrar a saída de adolescentes I – Comunicar ao (a) Coordenador (a) de Segurança a
ocorrência de falta disciplinar de adolescentes e
para atividades externas, audiências, necessidades
colaboradores (as);
médicas e recâmbios;
II – Atuar como apoio e suporte ao (a) Coordenador (a)
VI – Solicitar à Coordenação Administrativa consertos
e reparos das instalações e equipamentos relacionados de Segurança e à Direção do Centro Socioeducativo,
com a segurança, comunicando sempre à Direção as participando do planejamento, supervisão e execução
das rotinas, visando à segurança dos (as) adolescentes,
solicitações efetuadas;
servidores (as), colaboradores (as), funcionários (as) e
VII – manter arquivo de registro de ocorrências e visitantes;
informações relativas às rotinas para subsidiar a
Direção e demais áreas profissionais; III – garantir a execução dos procedimentos de
segurança e o cumprimento das normas estabelecidas
VIII – repassar informações entre as equipes de pela Instituição;
trabalho para preservar as rotinas de segurança,
transmitir e zelar pela efetivação das determinações da IV – Organizar a execução das atividades diárias
Direção do Centro Socioeducativo; estabelecidas no Cronograma Diário, delegando tarefa
aos (as) Socioeducadores (as), observando as
IX – Convocar e dirigir reuniões com os (as) condições de recursos humanos, materiais e
Socioeducadores (as) para orientar, retomar e adequar estruturais para a execução de tais atividades;
rotinas de segurança;
V – Acompanhar e registrar a saída de adolescentes
X – Garantir a execução das atividades previstas no para atividades externas e outros motivos, como
Cronograma Diário e nunca as alterar sem prévia audiências, necessidades médicas e recâmbios; VI –
autorização da Direção do Centro Socioeducativo,
ouvido a Coordenação Técnica; Solicitar ao (a) Coordenador (a) de Segurança a
realização de consertos e reparos das instalações e
XI – designar e garantir a participação dos (as) equipamentos relacionados com a segurança;
Socioeducadores (as) nas reuniões de estudo de caso,
VII – repassar informações entre as equipes de trabalho
reuniões e execução de agenda do Plano Individual de
para preservar as rotinas de segurança, transmitir e
Atendimento (PIA), visitas agendadas e demais
atividades educativas que exijam a participação desse zelar pela efetivação das determinações do (a)
Coordenador (a) de Segurança e da Direção do Centro
profissional;
Socioeducativo;
XII – comunicar, por escrito, à Direção do Centro
VIII – garantir a execução das atividades previstas no
Socioeducativo, os casos de quebra de procedimentos
ou normas de segurança. Cronograma Diário;
IX – Comunicar, por escrito, os casos de quebra de
procedimentos ou normas de segurança ao
Coordenador de Segurança e na ausência deste à
Direção do Centro Socioeducativo.

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Seção III Direção do Centro Socioeducativo, mediante decisão
Dos Relatoristas fundamentada.

Art. 80. Considera-se posto de serviço, para os efeitos Art. 85. É prerrogativa da Direção transferir, a
desta Portaria, o local onde o (a) Socioeducador (a) foi qualquer tempo, o (a) Socioeducador (a) para o turno
escalado (a) para trabalhar. diurno, atendendo aos interesses da Administração
Pública.
Art. 81. Ao assumir o posto de serviço, o (a)
Socioeducador (a), deverá conferir os seguintes Art. 86. Compete ao plantão noturno, sob a supervisão
materiais e equipamentos, bem como as suas do (a) Coordenador (a) de Segurança e do
condições de uso: Socioeducador (a) de fluxo:

I – Chaves; I – Servir o lanche noturno e o café da manhã aos (as)


adolescentes;
II – Livro de ocorrências;
II – Recolher as marmitas e as sobras de alimentação,
III – rádio comunicador;
retirá-las das alas e colocá-las no local adequado para
IV – Algemas e chaves (Socioeducador (a) de fluxo); o descarte;
V – parafusos E cadeados; III – desligar as televisões e rádios nos horários
programados no Cronograma Diário;
VI – Aparelho de telefone;
IV – Realizar rondas a cada 30 (trinta) minutos pelas
VII – lanterna (Socioeducador (a) de fluxo);
dependências da área de segurança do Centro
VIII – portas das alas e dos quadrantes; Socioeducativo:
IX – Portas dos alojamentos; a) nas alas e nos alojamentos dos adolescentes;
X – Material esportivo; b) ao redor e por trás das alas;
XI – material recreativo; c) na quadra poliesportiva.
XII – material de limpeza e higiene; V – Apagar os refletores às 6hs da manhã;
XIII – kits e o seu conteúdo; VI – Despertar os (as) adolescentes a partir das 6hs da
XIV – os uniformes dos adolescentes; manhã;

XV – Demais materiais e equipamentos relacionados ao VII – preparar os adolescentes que tenham saída
bom funcionamento da Unidade. prevista pela manhã, providenciando-lhes o café, o
banho, a troca de roupas e encaminhando-os ao (a)
Art. 82. Na hipótese de qualquer alteração Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador
considerada prejudicial ao bom funcionamento do (a) de Fluxo Diurno, observado o estabelecido no
serviço, o (a) Socioeducador (a) deverá solicitar a Cronograma Diário;
presença do (a) Coordenador (a) de Segurança e do
Socioeducador (a) de fluxo para ciência e resolução do VIII – realizar a entrega e o recolhimento de uniformes
problema. e roupas de cama dos (as) adolescentes;

Seção V IX – Realizar a Revista Estrutural, todas as noites, nas


salas de aula da escola, nas salas de atividades da área
Do Plantão Noturno
de segurança, no ginásio e comunicar ao (a)
Art. 83. O plantão noturno funcionará em regime de Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador
revezamento entre os (as) Socioeducadores (as). (a) de Fluxo as eventuais irregularidades verificadas;
Art. 84. O (A) Socioeducador (a) poderá permanecer X – Encaminhar objetos apreendidos mediante
por até 06 (seis) meses sucessivos no plantão noturno, comunicado elaborado e assinado pelo (a)
prorrogável uma vez por igual período, a critério da

@PROFESSORROBSONSOUSA 41
Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador h) nos demais postos escalados pelo (a) Coordenador
(a) de Fluxo; (a) de Segurança e do (a) Socioeducador (a) de Fluxo.
XI – realizar a conferência de grades para descobrir V – Acender os refletores às 18 horas;
irregularidades;
VI – Orientar os (as) adolescentes na limpeza e asseio
XII – em caso de situações de emergência, realizar das alas e alojamentos, observadas as escalas de
abertura de alojamento, mediante comunicação ao (à) revezamento;
Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador
VII – preparar os (as) adolescentes que tenham saída
(a) de Fluxo e a Direção do Centro Socioeducativo,
programada no período diurno, providenciando-lhes
observando a presença de um número de
alimentação, banho, troca de roupas e encaminhando-
Socioeducadores (as) equivalente ao número de
os (as) Coordenador (a) de Segurança e do (a)
adolescentes no alojamento;
Socioeducador (a) de Fluxo, observado o estabelecido
XIII – organizar o plantão para que permaneça, no no Cronograma Diário;
mínimo, 01 (um/uma) Socioeducador (a) em cada ala
VIII – realizar a revista estrutural nas dependências da
durante o turno.
área de segurança, informando ao (à) Coordenador (a)
Art. 87. É proibido a todos os profissionais escalados de Segurança e do (a) Socioeducador (a) de Fluxo
dormir durante os plantões. eventuais irregularidades verificadas ou
Seção VI
encaminhando objetos apreendidos mediante
comunicado elaborado e assinado pelo (a)
Do Plantão Diurno
Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador
Art. 88. Compete ao plantão diurno, sob a supervisão (a) de Fluxo;
do (a) Coordenador (a) de Segurança e do (a)
IX – Não se ausentar do posto de serviço para o qual foi
Socioeducador (a) de Fluxo: escalado sem expressa autorização do (a)
I – Servir o almoço, lanche da tarde e o jantar aos (às) Coordenador (a) de Segurança e do (a) Socioeducador
adolescentes; (a) de Fluxo;
II – Recolher as marmitas e as sobras de alimentação, X – atender aos chamados do (a) Coordenador (a) de
retirá-las das alas e colocá-las no local adequado para Segurança para compor o grupo de apoio.
o descarte; XI – atender aos chamados do(a) Coordenador(a) de
III – ligar e desligar as televisões e rádios nos horários Segurança para compor o grupo de apoio.
programados no Cronograma Diário;
IV – Realizar a vigilância e a segurança nos locais onde Seção VII
ocorrem as atividades programadas para os
Da Reunião de Troca de Turno
adolescentes, especialmente:
Art. 89. Toda troca de turno será precedida de reunião
a) na escola;
entre os(as) Socioeducadores(as) que estão
b) no ginásio esportivo; finalizando o plantão e os(as) Socioeducadores(as) que
c) nas salas de atividades situadas nas alas; estão iniciando o plantão.

d) nas salas de atendimento técnico; Art. 90. A reunião de troca de turno será realizada no
próprio posto de serviço indicado para o(a)
e) nas oficinas de produção; Socioeducador(a) escalado e terá como pauta o
f) nos eventos realizados pelo Centro Socioeducativo; fornecimento de informações a respeito das
condições de segurança, ocorrências relevantes, tais
g) nos locais onde se desenvolvam cursos
como a conferência de adolescentes, cadeados e
profissionalizantes;
operacionalidade do serviço.

@PROFESSORROBSONSOUSA 42
Art. 91. Os(As) Coordenadores(as) de Segurança e VIII – atender às convocações extraordinárias para
os(as) Socioeducadores(as) de Fluxo cuidarão para que trabalho ou capacitação, assegurados os direitos
permaneça 01 (um/uma) Socioeducador(a) por ala previstos em Lei;
durante a reunião de troca de turno.
IX – apresentar-se para o trabalho com vestuário
Art. 92. Os (As) Socioeducadores(as) deverão realizar apropriado ou uniformizado, quando exigido, e
a leitura do Relatório de Registro de Ocorrência e do identificação nominal em local visível;
Livro da Ala antes de assumir seus postos de serviço.
X – registrar sua frequência em livro de ponto
específico ou outro instrumento regular que comprove
CAPÍTULO VI
a jornada de trabalho;
DOS DEVERES
XI – não se ausentar de seu posto de trabalho, salvo
Seção I mediante expressa autorização do seu superior
Dos Deveres dos Servidores imediato;

Art. 93. Constituem deveres dos(as) servidores(as) e XII – em casos de faltas ao trabalho, apresentar
colaboradores(as) da Seas ou que nela prestem serviços: atestados médicos no Centro Socioeducativo de
lotação no prazo máximo de 24 horas após o início do
I – cumprir a proposta de atendimento do Projeto
afastamento;
Político-pedagógico dos Centros Socioeducativos;
XIII – submeter-se à revista pessoal realizada pelas
II – obedecer às determinações previstas na
equipes de controle de entrada e saída de pessoas e
Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do
materiais quando adentrar nos Centros
Adolescente, no Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativos;
Socioeducativo, nesta Portaria e nas demais normas
disciplinares e de rotina dos Centros Socioeducativos; XIV – tratar com urbanidade os(as) adolescentes,
demais servidores(as) e visitantes;
III – zelar pela segurança dos(as) adolescentes,
evitando situações que ponham em risco sua XV – eximir-se de acordos, negociações ou troca de
integridade física, moral e psicológica; favores com adolescente, familiares de adolescentes,
visitantes e prestadores de serviço, comunicando
IV – guardar sigilo sobre o histórico de vida e situação
imediatamente ao seu superior o nome da pessoa que
processual dos adolescentes, salvo em procedimentos
propôs mencionada situação;
judiciais ou correcionais administrativos,
exclusivamente quando inquiridos; XVI – não trocar nem vender objetos de qualquer
natureza com adolescentes e familiares dos(as)
V – cumprir o planejamento de segurança em sua
adolescentes;
integralidade e guardar sigilo sobre o todas as
informações de segurança de que tenha XVII – não servir de meio para circulação, entrada ou
conhecimento; saída de cartas, bilhetes, objetos ou informações entre
os(as) adolescentes, ainda que seja para com seus
VI – comunicar imediatamente ao superior imediato
familiares ou terceiros, salvo quando a comunicação ou
qualquer situação ou irregularidade que ameace ou
o objeto seguir o fluxo institucional estabelecido pela
possa ameaçar a segurança pessoal ou coletiva, ou
Seas;
ainda que configure a quebra dos procedimentos
vigentes; XVIII – não fumar nas dependências dos Centros
Socioeducativos;
VII – comparecer e cumprir integralmente a jornada
de trabalho ordinária, para execução das atividades XIX – não usar, não denominar e não permitir o uso de
que lhe competem, respeitando os horários de alcunhas; (apelidos)
comparecimento ao trabalho e intervalos estipulados
para a refeição;

@PROFESSORROBSONSOUSA 43
XX – não infligir sofrimentos físicos ou psíquicos aos(às) V – Respeitar o horário de silêncio e descanso que se
adolescentes como meio de intimidação, castigo inicia às 22 horas e se encerra às 06 horas;
pessoal, medida preventiva ou qualquer outro fim;
VI – Durante os deslocamentos, dirigir-se ao local
XXI – demonstrar respeito às diversidades étnicas, indicado pelo (a) Socioeducador (a) sem paradas
culturais, de gênero, credo e orientação sexual dos(as) desnecessárias pelo caminho;
adolescentes, colegas de trabalhos e outros;
VII – tratar adolescentes, funcionários (as) e visitantes
XXII – não realizar pregações políticas ou religiosas com respeito e não chamar pessoas por alcunha;
dentro do Centro Socioeducativo;
VIII – manter-se uniformizado e zelar pelas roupas,
XXIII – não retirar documentos do Centro calçados e demais objetos fornecidos;
Socioeducativo, salvo mediante expressa autorização
IX – No ato da desinternação, restituir todos os objetos
da Direção;
que lhe foram fornecidos para uso pessoal;
XXIV – prestar esclarecimentos em sindicâncias ou
X – Zelar pela limpeza e asseio do alojamento, ala e
outros processos administrativos sobre fatos de que
locais onde participar de atividades;
tiver ciência;
XI – participar das escalas de limpeza de alojamento,
XXV – não realizar registro ou divulgação de imagem,
alas e locais de atividades;
em nenhuma circunstância, dos (as) adolescentes,
mesmo em atividades e procedimentos externos. XII – cuidar da higiene pessoal e do ambiente;

Parágrafo único. Os deveres estabelecidos nesta XIII – entregar ao (à) Socioeducador (a) roupa ou
Portaria não eximem o(a) servidor (a) do cumprimento objeto que não lhe pertença ou que não tenha
de outros deveres previstos na legislação vigente ou autorização para possuir;
em outras Portarias que igualmente são aplicáveis aos XIV – comunicar ao (à) Socioeducador (a) ou Técnico (a)
mesmos, podendo os descumprimentos ensejar o de referência, informações sobre movimentos que
afastamento cautelar do(a) servidor(a) ou possam colocar em risco a sua segurança pessoal ou a
admitido(a), até a finalização do Procedimento integridade das pessoas;
Administrativo ou Sindicância instaurados pela
Corregedoria da Seas, resguardado o devido processo XV – Cumprir as metas estabelecidas no seu Plano
legal e o direito da ampla defesa e do contraditório do Individual de Atendimento (PIA);
(a) servidor (a) e ou colaborador(a). XVI – esforçar-se para obter o melhor aproveitamento
possível da medida socioeducativa imposta por
sentença judicial.
Seção II
CAPÍTULO VII
Dos Deveres dos Adolescentes
DA RELAÇÃO COM OS MEIOS DE
Art. 94. Constituem deveres do (a) adolescente COMUNICAÇÃO SOCIAL
internado (a) no Centro Socioeducativo:
Art. 95. O relacionamento com os meios de
I – Submeter-se às rotinas e procedimentos de comunicação compete à Direção do Centro
segurança e cooperar para o ambiente de paz social no Socioeducativo ou a quem for indicada essa função,
interior do Centro Socioeducativo; mediante orientações da Assessoria de Comunicação
II – Cumprir os compromissos e obrigações decorrentes da Superintendência do Sistema Estadual de
do Cronograma Diário; Atendimento Socioeducativo (Seas).

III – participar de forma colaborativa de todas as Art. 96. Esta Portaria entra em vigor na data de sua
atividades e atendimentos programados; publicação.

IV – Colaborar com o silêncio dentro das salas de Art. 97. Ficam revogadas as disposições em contrário.
atividades e nos deslocamentos;

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PORTARIA N°093/2022 I – Diretor e/ou Representante que exerce a função de
presidência;
INSTITUI O REGIME DISCIPLINAR NO
II – Coordenador de Segurança e Coordenador Técnico;
SISTEMA SOCIOEDUCATIVO, DEFININDO
NORMAS, ROTINAS E PROCEDIMENTOS PARA II – 01 (um) representante da equipe de
CONSOLIDAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DAS AÇÕES socioeducadores;
DOS CONSELHOS DISCIPLINARES NO ÂMBITO III – Equipe interdisciplinar (demais setores da unidade);
DOS CENTROS SOCIOEDUCATIVOS DO ESTADO
IV – 02 (dois) representantes da equipe técnica.
DO CEARÁ
§ 1º Na impossibilidade de participação dos membros
Art. 1º. Instituir o Regime Disciplinar e a
citados, o Conselho pode deliberar sobre apuração da
regulamentação dos Conselhos Disciplinares nos
falta disciplinar por comissão composta por, no
Centros Socioeducativos, considerando que o Sistema
mínimo, 03 (três) integrantes, sendo 01 (um),
Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), em
obrigatoriamente, oriundo da Equipe Técnica.
seu art. 71, estabelece que as entidades de
atendimento socioeducativo deverão, em seus § 2º Nenhum socioeducando/adolescente poderá
respectivos regimentos, realizar a previsão de regime desempenhar função ou tarefa de apuração de falta
disciplinar. disciplinar ou aplicação de medida disciplinar.
§ 3º Deliberações pertinentes à análise de ocorrências
CAPÍTULO I
disciplinares e aplicação de sanções deverão ser tratadas
DO CONSELHO DISCIPLINAR em momento apartado dos demais assuntos, devendo
Art. 2º. O Conselho Disciplinar do Centro participar apenas os membros previamente designados,
Socioeducativo é a instância deliberativa, de caráter respeitando-se o disposto no artigo 6º deste Regimento.
administrativo, responsável pela análise de § 4º O Conselho Disciplinar não comporta limite máximo
ocorrências, sugestão de sanções, orientações relativas de participantes, devendo ser um espaço democrático
ao comportamento do adolescente e resolução de com a participação do maior número de profissionais
questões pertinentes à dinâmica institucional. possível, devendo haver rodízio na participação dos
profissionais, em especial dos socioeducadores, para que
Parágrafo único. Cabe ainda ao Conselho Disciplinar
todos possam participar.
analisar questões pertinentes a:
Art. 4º. O Conselho Disciplinar possibilitará ao
I - Medidas disciplinares; adolescente o direito ao contraditório e ampla defesa,
II - Integração dos adolescentes em recepção para a em qualquer fase do procedimento administrativo,
escolha da ala ou casa de convivência; podendo ser acompanhado por advogado designado
pela família, ou advogado nomeado.
III - Transferências de ala ou casa atividades especiais
na Unidade; §1º No caso de transgressão disciplinar de natureza
grave, para garantia do direito à ampla defesa e ao
IV - Mudança ou criação de procedimentos; contraditório, a Direção da Unidade comunicará, no
V - Transferências e recepção de adolescentes; prazo de 24 (vinte e quatro) horas, o procedimento
disciplinar, enviando cópia integral, ao defensor
VI - Assuntos relacionados à conduta de
público ou ao advogado constituído pela família, para
funcionários/colaboradores dentro do contexto da
ciência e adoção das medidas cabíveis.
ocorrência, sendo nesses casos, encaminhadas as
§ 2º O adolescente será acompanhado por 01 (um)
informações a Corregedoria para apuração de
eventuais irregularidades. socioeducador e 01 (um) profissional da equipe técnica,
que levarão em consideração as circunstâncias
Art. 3º. O Conselho Disciplinar deve ter a seguinte atenuantes e/ou agravantes dispostas nesse Regimento,
composição, levando-se em conta o Programa e que farão o papel de Defesa Técnica administrativa na
Socioeducativo aplicado: garantia do contraditório e ampla defesa.

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§3º Para apuração e elucidação dos fatos, o Conselho acordos restaurativos voltados para a
Disciplinar poderá arrolar testemunhas, seja por responsabilização e reparação de danos;
iniciativa de membro do conselho e/ou por solicitação
III. Pós-Círculo: Objetiva acompanhar as ações
do socioeducando ou responsável legal.
pactuadas durante o círculo. Ao final deve ser
Art. 5º. O profissional que encaminhar adolescente ao informado ao Conselho Disciplinar sobre a conclusão
Conselho Disciplinar ou estiver envolvido na ocorrência para o arquivamento do caso.
não poderá participar da reunião referente ao caso.
Parágrafo único: as práticas restaurativas são
Art. 6º. A participação como membro do Conselho metodologias de autocomposição de conflitos próprias
Disciplinar é parte integrante das atribuições dos da Justiça Restaurativa que contribuem para o
profissionais da unidade e não gerará nenhum cumprimento dos objetivos das medidas
benefício pecuniário, financeiro ou complementar. socioeducativas, fortalecendo práticas de
responsabilização, que favoreçam a reprovação da
Art. 7º. O Conselho Disciplinar será organizado de
conduta infracional, promovam atenção às
acordo com as peculiaridades de cada unidade,
necessidades das vítimas, à reparação de danos e à
devendo ter regularidade de reuniões ao menos
reintegração social do adolescente.
semanais ou quando solicitado pela direção da
unidade. CAPÍTULO III

CAPÍTULO II DAS FALTAS DISCIPLINARES

DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS Art. 10. Falta disciplinar é a conduta que coloca em
risco a segurança, a disciplina e a ordem no Centro
Art. 8º. O Conselho Disciplinar é responsável por
Socioeducativo, assim reconhecida e tipificada
encaminhar os casos de faltas disciplinares à prática
conforme este Regimento.
restaurativa, verificando sua aplicabilidade.
§1º As faltas disciplinares são de natureza leve, média
§1°. Será utilizada preferencialmente a prática de
ou grave.
Círculos Restaurativos como resolução de conflitos
para os casos de faltas disciplinares leves e médias. Art. 11. São faltas disciplinares de natureza leve:
§2°. Ao priorizar as práticas restaurativas diante das I - Possuir, portar ou utilizar objetos e/ou valores não
faltas disciplinares de natureza leve e média o concedidos ou não autorizados pela unidade;
Conselho Disciplinar deverá suspender o
procedimento de apuração e encaminhar aos II - Desperdiçar ou usar indevidamente materiais
facilitadores responsáveis. Quando a prática fornecidos pelo Estado;
restaurativa não obtiver êxito deverá retornar ao III - Entregar correspondência, bilhete ou similar, sem
procedimento ordinário. o conhecimento e autorização dos profissionais da
Art. 9°. Quando a prática restaurativa envolver unidade;
resolução de conflitos, o programa restaurativo será IV - Descumprir, injustificadamente, os horários
realizado em 03 (três) etapas, com a definição do estabelecidos para o funcionamento interno da
facilitador e sempre que possível do co-facilitador, unidade;
conforme a seguir:
V - Recusar-se, sem justificativa cabível e autorização,
I. Pré-Círculo: são procedimentos restaurativos a participar ou se ausentar de atividades de
realizados individualmente com os participantes. Tem escolarização e profissionalização já iniciadas;
como objetivo, preparar os envolvidos para o encontro
VI - Recusar-se a se deslocar de uma atividade a outra
no círculo, verificar a voluntariedade e a segurança
para atender ao previsto no agendamento das
para a realização da prática restaurativa;
atividades da unidade;
II. Círculos Restaurativos: Trata-se do encontro entre
VII - Obstruir a visão do alojamento;
todos os participantes em círculo, a fim de construir os

@PROFESSORROBSONSOUSA 46
VIII - Desobedecer às normas de circulação e trânsito III - Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo
interno; prazo de até 02 (dois) dias;
IX - Deixar de trocar as roupas de cama e toalhas ou IV - Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até
não as devolver, no prazo estabelecido pelo 03 (três) dias;
cronograma da unidade;
V - Privação de produtos autorizados a entrar em dias
X - Manusear equipamentos e materiais sem de visita.
autorização;
§ 1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de
XI - Trocar ou doar dentro da unidade, objeto lícito que um inciso, deve ser obedecido o limite de 03 (três)
lhe pertença; incisos e ser respeitada a particularidade da
transgressão.
XII - Furtar objetos que não ofereçam risco a
integridade física de outrem; § 2º As medidas previstas neste artigo podem ser
cumulativas ou substituídas por outras de natureza
XIV - Induzir ou instigar pessoa a praticar falta
pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas
disciplinar de natureza leve.
pelo Conselho Disciplinar.
XV - Comunicar-se com visitantes de outros
§3º Todas as medidas disciplinares devem ser aplicadas
adolescentes sem a devida autorização;
por escrito, assinadas e arquivadas no prontuário do
XVI - Comunicar-se com adolescentes ou entregar aos socioeducando, afixadas em local visível para
mesmos quaisquer objetos que não ofereça riscos a conhecimento dos socioeducadores.
integridade física de outrem, sem autorização;
§4º Devem ser avaliadas as atas anteriores para
XVII - Entrar em dormitório/alojamento alheio sem verificar a reiteração de faltas leves/médias/graves.
autorização;
Art. 13. São faltas disciplinares de natureza média:
XVIII - Recusar a entrar ou sair de
dormitório/alojamento quando solicitado; I - Adentrar em dormitório alheio e causar tumulto;

XIX - Ter a posse de papéis, lápis, canetas, pincéis, II - Impedir ou perturbar a realização de atividades
pendrive, fitas adesivas, documentos, objetos, valores socioeducativas dentro ou fora da unidade, bem como
ou qualquer outro material pedagógico não concedido o repouso;
ou não autorizado pela Unidade; III - Vender, dentro da unidade, objeto lícito que lhe
XX - Estar indevidamente trajado; pertença;

XXI - Recusar-se a ingerir medicamento prescrito, de IV - Trocar de dormitório sem autorização;


uso controlado, sem justificativa. V - Danificar roupas ou objetos de outrem, fornecidos
XXII - Ficar nos portões e janelas durante as atividades pela unidade ou familiares;
pedagógicas, interrompendo o prosseguimento da VI - Atrasar-se, sem justa causa, no retorno à unidade,
atividade; no caso de saída autorizada;
XXIII - Trocar ou doar refeição entre os adolescentes VII - Dificultar ou recusar-se a submeter-se à revista
após ela ser servida. pessoal, de seu dormitório, bens ou pertences;
Art. 12. São medidas disciplinares aplicáveis em VIII - Fazer uso de medicação prescrita para outro
caso de transgressões leves: adolescente, socioeducando ou fornecer sua
medicação para outro adolescente;
I - Advertência verbal;
IX - Sair para qualquer atividade externa e desviar-se
II - Advertência escrita, assinada pelo adolescente de seu percurso ou separar-se sem autorização,
e/ou 02 (duas) testemunhas, e arquivada ao seu quando acompanhado ou não de um funcionário da
prontuário; unidade;

@PROFESSORROBSONSOUSA 47
XI - Tentar fugir ou facilitar fuga sem êxito de outrem VII - Reparação do dano.
da unidade sem ameaça ou violência;
§ 1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de
XII - Danificar bens e materiais fornecidos pelo Estado; um inciso, deve ser obedecido o limite de 03 (três)
incisos e ser respeitada a particularidade da
XIV - Tentar provocar incêndio;
transgressão.
XV - Praticar lesão corporal leve;
§ 2º As medidas previstas neste artigo podem ser
XVI - Induzir ou instigar pessoa a praticar falta cumulativas ou substituídas por outras de natureza
disciplinar de natureza média; pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas
XVII - Cometimento reiterado de infrações de natureza pelo Conselho Disciplinar.
leve; § 3º Todas as medidas disciplinares devem ser
XVIII - Atuar de maneira inconveniente, apresentando aplicadas por escrito, assinadas e arquivadas no
comportamentos inadequados, frente às autoridades, prontuário do socioeducando, afixadas em local visível
funcionários e internos; para conhecimento dos socioeducadores.

XIX - Portar material cuja posse seja proibida pela §4º Devem ser avaliadas as atas anteriores para
unidade e que não ofereça riscos para os demais (ex: verificar a reiteração de faltas leves/médias/graves.
pavio, lixa de fósforo, fumo); Art. 15. São faltas disciplinares de natureza grave:
XX - Desviar, ocultar ou utilizar indevidamente objetos
I - Incitar ou participar de movimento para subverter a
cuja guarda lhe tenha sido confiada;
ordem ou a disciplina;
XXI - Simular doença para eximir-se de seus deveres ou
II - Criar e divulgar notícia que perturbem a ordem ou
para obtenção de vantagem;
a disciplina na unidade;
XXII - Provocar perturbações com batidas de grades,
III - Furtar objetos utilizados nas atividades ou
ruídos, vozeirão ou vaias;
atendimentos de qualquer natureza que possa
XXIII - Riscar paredes dos alojamentos, dormitórios, oferecer risco para si ou para outrem;
salas de aula e/ou qualquer outro espaço;
IV - Retornar à unidade com sintomas de uso de drogas
XXIV - Produzir, com material permitido ou não, ou álcool e/ou apresentar sinais e/ou sintomas do
objetos que referenciem armas ou organizações consumo da droga ou álcool;
criminosas.
V - Receber, fabricar, portar, ter, consumir, fornecer ou
Art. 14. São Medidas Disciplinares aplicáveis ao concorrer para que haja na unidade bebida alcoólica ou
substâncias que possam causar reações adversas às
adolescente que comete transgressões médias:
normas de conduta, dependência física ou psíquica;
I - Advertência escrita, assinada pelo adolescente e/ou
VI - Portar, usar, possuir ou fornecer aparelho
duas testemunhas, e arquivada ao seu prontuário;
telefônico celular ou outros meios de comunicação não
II - Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo autorizados;
prazo de até 03 (três) dias;
VII - Fabricar, guardar, portar ou fornecer objeto
III - Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até destinado à fuga;
(05) cinco dias;
VIII - Fabricar, guardar, portar ou fornecer objetos que
IV - Privação de produtos autorizados a entrar em dias possam ser utilizados para intimidar ou ferir pessoas;
de visita;
IX - Induzir ou instigar pessoa a praticar falta disciplinar
V - Retratação verbal à pessoa ofendida; de natureza grave;
VI - Restrição do adolescente ao dormitório por no
máximo 05 (cinco) dias;

@PROFESSORROBSONSOUSA 48
X - Provocar autolesão para imputar responsabilidade socioeducandos de forma repetitiva (bullying, piadas,
à outra pessoa, com o intuito de induzir as autoridades trocadilhos, sons, assobios, atitudes de cunho sexual,
a erro; convites, insinuações, etc.);
XII - Estabelecer relação de exploração física ou de XXXI - Praticar ato infracional não previsto no
trabalho com outro adolescente, mediante violência regimento, sem prejuízo do processo judicial.
ou grave ameaça;
Art. 16. São medidas disciplinares aplicadas a quem
XIII - Evadir-se durante atividades externas e saídas comete transgressões graves:
temporárias;
I - Suspensão da prática recreativa e de lazer pelo
XIV - Roubar/furtar ou extorquir qualquer objeto; prazo de até 07 (sete) dias;
XV - Receber objetos ilícitos; II - Suspensão da prática esportiva pelo prazo de até
07 (sete) dias;
XVI - Cometimento reiterado de infrações de natureza
média; III - Privação de produtos autorizados a entrar em dias
de visita;
XVII - Cometer homicídios;
IV - Restrição do Tempo de Visita e Visita Monitorada;
XVIII - Provocar incêndio;
V - Restrição do adolescente ao dormitório por no
XIX - Praticar lesão corporal média e grave;
máximo 07 (sete) dias, com possibilidade de
XX - Facilitar fuga de outrem da unidade, utilizando-se encaminhamento a ala de medida disciplinar;
de ameaça ou violência;
V - Comunicação ao Poder Judiciário com pedido de
XXI - Estabelecer relação sexual com outro audiência de advertência;
adolescente, mediante violência ou grave ameaça.
VI - Reparação do dano.
XXII - Riscar blusas, paredes, teto, quadros, cadernos,
§ 1º Caso necessária a aplicação conjunta de mais de
e/ou qualquer outro objeto com escritos e/ou
um inciso, deve ser obedecido o limite de 03 (três)
autolesão, cabelo ou sobrancelhas e outras menções
incisos e ser respeitada a particularidade da
referenciando Organizações Criminosas;
transgressão.
XXIII - Injuriar, difamar, caluniar, agredir verbalmente
§ 2º As medidas previstas neste artigo podem ser
ou proferir ameaças a adolescentes, funcionários ou
cumulativas ou substituídas por outras de natureza
visitantes;
pedagógica e/ou educativas, devendo ser avaliadas
XXIV - Cantar músicas e/ou fazer orações de pelo Conselho Disciplinar.
Organizações Criminosas;
§ 3º Todas as medidas disciplinares devem ser
XXV - Efetuar movimentação para a divisão de aplicadas por escrito, assinadas e arquivadas no
adolescentes por Organização Criminosa; prontuário do socioeducando, afixadas em local visível
XXVI - Arremessar líquidos ou sólidos (urina, água, para conhecimento dos socioeducadores.
fezes, cuspe, etc.) em funcionários ou demais § 4º Devem ser avaliadas as atas anteriores para
adolescentes; verificar a reiteração de faltas leves/médias/graves
XXVII - Fazer reféns; CAPÍTULO IV

XXVIII - Praticar ato obsceno com a exposição das DOS PROCEDIMENTOS


partes íntimas quando estiver em áreas coletivas, Art. 17. No curso da execução da medida
junto a outros adolescentes ou qualquer membro da socioeducativa, o adolescente que cometer falta
equipe técnica e socioeducadores na unidade; disciplinar, assim reconhecida e tipificada conforme
XXX - Ter comportamento de natureza ofensiva que este Regimento Disciplinar, sujeitar-se-á ao Conselho
importune ou perturbe profissionais ou outros Disciplinar, observadas as seguintes diretrizes:

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I - Todas as medidas e procedimentos disciplinares X - É vedada a aplicação de medida disciplinar coletiva,
devem contribuir para a segurança e bom andamento ainda que a infração seja em grupo, devendo-se
da vida institucional, ser compatíveis com o respeito à sempre avaliar de forma individualizada,
dignidade humana, objetivos e fundamentos responsabilizando cada integrante segundo o seu grau
pedagógicos da medida socioeducativa, além de de participação e de forma proporcional ao aspecto
infundir no adolescente o sentimento de justiça e de pedagógico da medida socioeducativa de
respeito por si mesmo e pelos direitos fundamentais de responsabilização pelo ato praticado;
toda pessoa;
XI - A toda medida disciplinar deverá corresponder
II - A medida disciplinar não pode interromper a uma ou mais intervenções técnicas com o adolescente
escolarização, atendimento técnico, atendimento à e sua família, devendo atender:
saúde, visita familiar, direito de peticionar, direito de
a) a compatibilidade com a capacidade de
avistar-se com o defensor e de corresponder-se com
entendimento do adolescente, promovendo a sua
familiares;
reflexão a partir da análise das consequências do seu
III - Em caso de falta grave, com encaminhamento à ato para o desenvolvimento do Plano Individual de
ala de medida disciplinar, devidamente fundamentado Atendimento - PIA, salvaguardando o bom andamento
pelo Conselho Disciplinar, poderá, excepcionalmente, de toda a Unidade;
haver a restrição das atividades de escolarização;
b) a ata de registro da intervenção técnica com o
III - O ato de indisciplina de natureza leve pode ter a adolescente e seu representante familiar deverá
medida substituída pela advertência escrita e a conter as orientações técnicas, compromissos que
realização de círculos restaurativos; foram estabelecidos para cada uma das partes, prazos,
nomes completos e as respectivas assinaturas, dentre
IV - A medida disciplinar é independente da
outras informações pertinentes.
responsabilidade civil ou penal que advenha o ato
cometido; XII - Os documentos relativos à intervenção técnica são
parte integrante do processo administrativo, podendo
V - Nenhum adolescente poderá receber tratamento
ser acessado pelas partes legalmente interessadas,
mais gravoso do que o conferido ao adulto;
devendo ser resguardada a ética profissional de cada
VI - Aplicam-se à medida disciplinar os princípios da área de atuação e o sigilo das informações.
brevidade, proporcionalidade, excepcionalidade,
Art. 18. Sempre que possível, utilizar-se-á, como forma
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e
de responsabilização pela falta disciplinar, a prática de
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários
justiça restaurativa, círculos restaurativos e círculos de
no processo socioeducativo;
paz com a coparticipação do adolescente no processo
VII - A medida disciplinar será individualizada de aplicação, da família e representantes da
considerando-se a idade, a capacidade e as comunidade socioeducativa. Nesses casos, a prática
circunstâncias pessoais do adolescente para cumpri-la; restaurativa não deve ser cumulada com a medida
VIII - Não se aplicará medida disciplinar ao adolescente disciplinar ou associada à restrição de atividades.
que tenha praticado a falta por coação irresistível, Art. 19. Na aplicação da medida disciplinar devem-se
legítima defesa própria ou de terceiros; observar os seguintes critérios:
IX - É vedada a aplicação de isolamento como medida I – Aplicação inicial de medida mínima em relação à
disciplinar, podendo ser aplicado de forma cautelar natureza da falta disciplinar;
quando imprescindível para a garantia da segurança de
II - Havendo motivo fundado, aplica-se agravante;
outros internos ou do próprio adolescente, sendo
necessária ainda comunicação ao defensor, ao III - Existindo motivo que reduza a duração da medida,
Ministério Público e à autoridade judiciária em até 24 deve-se aplicar a causa atenuante;
(vinte e quatro) horas;

@PROFESSORROBSONSOUSA 50
IV - Comunicação ao socioeducando da deliberação do VIII - A apresentação de estar sob o efeito de substância
Conselho Disciplinar. psicoativa;
Art. 20. É assegurado ao adolescente o direito ao IX - A instigação ou determinação de cometimento de
contraditório e à ampla defesa. falta a pessoa não punível em virtude da condição ou
qualidade pessoal;
§ 1º No caso de transgressão disciplinar de natureza
grave, a Direção da Unidade comunicará, no prazo de X - A execução de falta disciplinar, ou participação,
24 (vinte e quatro) horas, o procedimento disciplinar, mediante pagamento ou promessa de recompensa;
enviando cópia integral, ao defensor público ou ao
XI - A continuidade na execução da falta, após ter o
advogado constituído pela família, para ciência e
adolescente sido advertido;
adoção das medidas cabíveis
XII - A coação ou indução de outros adolescentes à
§ 2º Haverá Defesa Técnica administrativa que será
execução de falta.
realizada por 01 (um) membro da equipe técnica e 01
(um) socioeducador. Parágrafo Único. O rol de causas agravantes é
taxativo e a aplicação de qualquer delas deve ser
§ 3º O socioeducando e/ou responsável legal poderá
fundamentada.
ainda constituir advogado, caso haja interesse.
Art. 24. As causas atenuantes, quando existentes,
Art. 21. Não será aplicada medida disciplinar sem
devem ser valoradas de forma a mitigar a gravidade
expressa e anterior previsão legal ou regulamentar, e o
abstrata da falta atribuída ao adolescente.
devido processo administrativo.
Parágrafo único. As atenuantes podem ser aplicadas
Art. 22. As causas agravantes podem ser valoradas de
até a medida mínima em relação à natureza da falta
forma a exasperar a medida concreta da falta atribuída
disciplinar.
ao adolescente.
Art. 25. Consideram-se causas atenuantes da
Art. 23. Consideram-se causas agravantes da falta
falta disciplinar:
disciplinar:
I - A primariedade em falta disciplinar;
I - A reincidência em falta disciplinar;
II - O baixo grau de participação no cometimento da
II - A prática da falta com abuso de confiança ou
falta;
mediante dissimulação, traição ou emboscada;
III - A assiduidade e o bom aproveitamento nas
III - A participação de 02 (dois) ou mais adolescentes
atividades pedagógicas;
no fato;
IV - A efetiva diminuição das consequências de sua
IV - O emprego de arma de fogo, material perfurante,
conduta;
cortante, contundente ou inflamável, ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo V - Ter confessado, espontaneamente, a autoria da
comum; falta ou de ato ignorado ou imputado a outrem;

V - A condição de fazer pessoa de refém; VI – As atitudes que possam vir a minimizar os impactos
negativos de sua ação, incluindo-se o
VI - A identificação como líder da ação indisciplinar,
desconhecimento comprovado das normas da
mediante promoção, organização ou cooperação no
unidade;
cometimento de falta disciplinar ou quando dirige,
comanda ou por qualquer forma lidera a atividade dos VII - A desistência de prosseguir na execução da
demais participantes; transgressão disciplinar;

VII - A percepção de motivo fútil ou torpe ou para VIII - O cumprimento das nas metas do Plano Individual
facilitar ou assegurar a execução, ocultação, de Atendimento (PIA);
impunidade, ou vantagem em outa falta disciplinar;

@PROFESSORROBSONSOUSA 51
IX - Ter cometido a falta disciplinar sob coação, ou em ocorrer mais de uma vez por semana, caso necessário,
cumprimento de ordem, ou sob influência de violenta e decidirá:
emoção provocada por ato injusto de terceira pessoa.
I – Se os fatos narrados no processo configuram falta e
Parágrafo único. A aplicação das causas atenuantes se ensejam a aplicação de medida disciplinar;
deve ser fundamentada.
II – A natureza da falta disciplinar;
Art. 26. O servidor que presenciar ou souber, por
III – Existência de causas agravantes;
qualquer forma ou meio, de fato que possa configurar
falta disciplinar, deve elaborar comunicado que IV – Existência de causas atenuantes;
conterá o seguinte: V – Determinar a duração da medida disciplinar;
I – O nome do adolescente; VI – Especificar o que será atingido pela medida
II – o local E a hora do fato; disciplinar;

III – a descrição do fato; VII – Determinar quais as intervenções a serem


realizadas pela equipe técnica com o adolescente e sua
IV – O nome completo e assinatura do servidor que o
família;
elaborou;
VIII – Marcar o prazo para que a equipe técnica devolva
V – Caso haja testemunhas, poderá ser convocado o
os autos ao presidente do Conselho Disciplinar com
rol máximo de 03 (três).
relatório técnico da execução da sanção disciplinar.
Art. 27. O comunicado deve ser entregue à Direção
Parágrafo único. Em sendo deliberado pelo Conselho
que decidirá junto ao Conselho Disciplinar, em acordo
Disciplinar a permanência do adolescente em
com a equipe técnica e coordenadores de segurança,
dormitório, com a observância à manutenção das
de imediato e fundamentadamente quanto à
atividades obrigatórias, bem como às demais medidas
transferência para ala de medida disciplinar, como
regimentais previstas, na execução da aplicação,
Medida Cautelar para garantir a integridade física dos
deverá a equipe multiprofissional:
internos, preservando-se todos os seus direitos.
a) descrever todas as intervenções realizadas com o
Art. 28. Verificando que o caso se configura como falta
adolescente e sua família, os serviços utilizados e as
disciplinar, deve-se instaurar procedimento para
ações realizadas, os nomes de todos os servidores que
apuração do Conselho Disciplinar.
contribuíram para a execução da medida disciplinar, e
Art. 29. As deliberações das oitivas para apuração e outras informações reputadas relevantes;
eventual aplicação de medida disciplinar não devem
b) elaborar relatório técnico multiprofissional
ser superiores a 07 (sete) dias, respondendo os
conclusivo em relação ao atingimento total ou parcial
membros do Conselho Disciplinar por eventual
dos objetivos da medida disciplinar;
extrapolação desse prazo.
c) o relatório técnico multiprofissional deve ser
Art. 30. Encerrada a instrução do processo disciplinar,
obrigatoriamente datado e assinado pelo técnico
os autos serão enviados à Direção que os submeterá a
responsável pela condução das intervenções e pelos
apreciação e decisão pelo Conselho Disciplinar.
demais servidores que participaram dos trabalhos.
Art. 31. O Conselho Disciplinar, após a apuração dos
Art. 33. É vedado ao Conselho Disciplinar o registro
fatos e, portanto, da mensuração do dano causado
coletivo de processos disciplinares, sendo obrigatória
pelo adolescente, deverá priorizar a adoção de
a individualização de cada um dos processos e das
medidas restaurativas, quando cabíveis, deliberando-
respectivas decisões.
se sobre a melhor resposta para o caso.
Art. 34. No caso em que mais de um adolescente
Art. 32. O Conselho Disciplinar se reunirá
participar do mesmo fato, o processo administrativo
semanalmente, em dia e horário pré-definidos será único, porém, as decisões serão individualizadas
pela direção do Centro Socioeducativo, podendo em relação a cada um dos adolescentes envolvidos.

@PROFESSORROBSONSOUSA 52
Art. 35. Todos os processos disciplinares correrão em Art. 39. Na hipótese de o adolescente ser transferido
sigilo, sendo vedada a divulgação parcial ou total de de unidade no curso da medida disciplinar, a cópia de
quaisquer peças que os compõem, excetuando-se o todos os documentos produzidos pelo Conselho
adolescente, seus familiares, Judiciário, Ministério Disciplinar deve ser enviada à unidade que receberá o
Público e Defensor Público. adolescente, e o mesmo deverá continuar cumprindo a
medida disciplinar prevista.
Parágrafo único. As informações obtidas durante
todos os procedimentos restaurativos serão sigilosas, § 1.º Além dos documentos previstos no caput, uma
ficando seu conhecimento restrito às pessoas declaração firmada pelo Diretor da unidade de origem,
diretamente envolvidas em cada etapa do processo. Da que conste expressamente quanto já foi cumprido e
mesma forma, não podem ser usadas como prova no quanto ainda falta para o encerramento da medida,
procedimento disciplinar. A única informação a ser deve ser juntada aos documentos.
compartilhada com o Conselho Disciplinar será o
§ 2.º À falta de quaisquer das peças suprarreferidas,
acordo elaborado em resposta a falta disciplinar.
fica automaticamente suspensa a continuidade da
Art. 36. Eventuais documentos de controle, execução da medida disciplinar imposta.
especialmente aqueles que contenham os nomes dos
Art. 40. Na hipótese de necessidade de transferência
adolescentes e os prazos de duração da medida
do adolescente antes de concluído o processo
disciplinar devem ser mantidos pelo Diretor, e seu
disciplinar, qualquer que seja o motivo, caberá à
acesso será restrito às partes, Judiciário, Ministério
unidade de origem realizar a oitiva do adolescente
Público, Defensor Público e aos servidores diretamente
antes de transferi-lo.
envolvidos no trabalho de execução, devendo ser
registrado em livro específico. § 1º Ocorrendo a hipótese prevista no caput, o
processo disciplinar será concluído pela unidade onde
Parágrafo único. A Deliberação do Conselho Disciplinar
aconteceu a falta disciplinar.
será anexada em pasta específica para acesso do
coordenador de segurança e divulgação aos setores da § 2º Concluído o processo disciplinar, o Diretor da
unidade. unidade encaminhará cópia dos autos para o Diretor da
unidade onde o adolescente estiver internado, a fim de
Art. 37. Recebido o relatório, o Diretor o
que seja executada a medida imposta.
disponibilizará para apreciação, e na primeira reunião
do Conselho Disciplinar decidirá: § 3º A inobservância dos procedimentos estabelecidos
no caput e §§ 1º e 2º acarretarão nulidade do processo
I – Pela aprovação do relatório, e nesse caso pela
administrativo e o impedimento de aplicação ou
extinção do processo;
execução de qualquer medida contra o adolescente.
II – Pela necessidade de novas intervenções técnicas
Art. 41. Na hipótese de ocorrência de falta durante o
com o adolescente e sua família, caso em que serão
trânsito do adolescente de uma unidade para outra, o
especificadas individualmente, marcando-se novo
processo administrativo para apuração dos fatos será
prazo para que o processo retorne ao Conselho
realizado pela unidade de destino.
Disciplinar;
Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do caput, o
III – Na hipótese de novas intervenções técnicas
comunicado será elaborado pelos servidores e
referidas no inciso II, não poderá o adolescente ter a
encaminhado ao Diretor da unidade para a qual o
medida disciplinar prolongada.
adolescente deverá ser transferido, que adotará os
Art. 38. Tendo o Conselho Disciplinar considerado procedimentos estabelecidos.
satisfatórios os resultados obtidos pela execução da
Art. 42. Da decisão que impôs a medida disciplinar
medida disciplinar, redigirá ata fundamentando a
caberá recurso apresentado ao Diretor, obedecendo-
decisão e mandará arquivar o processo, dando-o por
se ao seguinte:
encerrado, em livro de registro específico para
comissão;

@PROFESSORROBSONSOUSA 53
I - O adolescente, seu representante familiar ou protetora, seu período de duração e eventuais
defensor apresentará recurso escrito, no prazo de até prorrogações.
24 (vinte e quatro) horas após a decisão do Conselho
§ 5º O Diretor deverá comunicar, em até 24 (vinte e
Disciplinar;
quatro) horas, por escrito, ao juízo competente,
II - A Direção apreciará o recurso, devendo manifestar inclusive para fins de comunicação ao ministério
parecer fundamentado, no prazo de até 24 (vinte e público e ao defensor do adolescente, a decretação de
quatro) horas, notificando o adolescente, seu convivência protetora, seu período de duração e
representante familiar e seu defensor. eventuais prorrogações
Art. 43. É vedada a aplicação de medida disciplinar de § 6º Em casos excepcionais, feriados ou finais de
isolamento a adolescente em cumprimento de medida semana, as comunicações previstas nos § 4º e § 5º
socioeducativa de internação e semiliberdade. serão realizadas, impreterivelmente, no primeiro dia
útil seguinte.
Parágrafo único. Em caráter excepcional, poderá ser
separado dos demais, pelo prazo estritamente § 7º No mesmo prazo do parágrafo 5º, deverá o
necessário, imprescindível para a garantia da proteção Diretor da unidade de atendimento enviar cópia da
do interno em caso de risco à sua integridade física, à comunicação à Central de Regulação de Vagas - CRV e
sua vida ou à de outrem. à Coordenadoria da Rede Socioeducativa, bem como a
Coordenadoria de Diretrizes à Célula de Atenção as
Art. 44. O adolescente poderá, em caráter excepcional,
Medidas Socioeducativas da Coordenadoria de
ser incluído em medida de convivência protetora, em
Proteção Social Especial.
local apropriado, sem prejuízo das atividades
obrigatórias, quando existir situação de risco à sua Art. 45. Em se tratando de ocorrência de alguma
integridade física e psicológica ou à vida, que impeça a situação excepcional, que envolva risco para a
permanência com os demais adolescentes, recebendo, segurança do adolescente, a direção da Unidade
o mais breve possível, atenção especial da equipe poderá determinar medida cautelar, em caráter
interdisciplinar. provisório e protetivo, sem prejuízo para as atividades
socioeducativas, sendo em todos os casos garantido o
§ 1º A inclusão poderá ser realizada a requerimento do
direito à visita.
adolescente, que expressará os motivos que tornam
necessária a medida, ou por determinação formal do Art. 46. Não haverá recurso administrativo com efeito
Diretor da unidade, mediante fundadas informações suspensivo.
nos termos do caput deste artigo.
Art. 47. Esta Portaria entra em vigor a partir da data de
§ 2º O Diretor, ouvida a equipe técnica, fixará o prazo sua assinatura.
de convivência protetora, que não poderá ultrapassar
30 (trinta) dias, e providenciará, de imediato, as
medidas necessárias para a proteção do adolescente,
cabendo a equipe técnica a elaboração de um plano de
reinclusão do adolescente no convívio da unidade de
atendimento.
§ 3º Caso não seja possível a transferência ou não
exista solução mais adequada para a proteção do
adolescente, o Diretor poderá, condicionado ao
parecer da equipe técnica, prorrogar o prazo de
permanência, enquanto persistir o risco.
§ 4º O Diretor ou equipe técnica deverá comunicar,
imediatamente, os pais ou responsáveis legais quando
da inclusão do adolescente em medida de convivência

@PROFESSORROBSONSOUSA 54
CAPÍTULO II
PORTARIA Nº 63/2017
DO CADASTRAMENTO
DISPÕE SOBRE AS NORMAS, ROTINAS E
PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE Art.6º O visitante somente poderá adentrar ao Centro
VISITAS NO CENTRO SOCIOEDUCATIVOS DO Educacional após a realização do cadastrado e da
ESTADO DO CEARÁ
devida autorização.
§1º Em nenhum caso será permitida a
Art.1º O adolescente em cumprimento de medida
incomunicabilidade do adolescente, conforme
socioeducativa de internação terá direito a receber
vedação contida no §1º, do art.124, do Estatuto da
visita semanalmente, de acordo com as normas
Criança e do Adolescente.
previstas nesta Portaria.
CAPÍTULO I
§2º Compete ao Diretor da unidade autorizar a
emissão de carteira de visita, bem como autorizar a
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
visita ao adolescente.
Art.2º A visita semanal ocorrerá, preferencialmente, §3º O prazo máximo para a realização do cadastro de
aos sábados ou domingos e terá duração de até 03 que trata o caput deste artigo será de 07 (sete) dias,
(três) horas. sob pena de responsabilidade do servidor que der
§1º A visita ao adolescente será realizada em local causa ao atraso, na forma prevista pelo art.246 do
apropriado para esse fim, definido pelo Diretor. Estatuto da Criança e do Adolescente.
§2º O local definido para a realização de visitas e as §4º O prazo a que alude o parágrafo anterior será
normas internas deverão ser afixadas em local público contado a partir da solicitação do visitante.
para ciência dos profissionais e visitantes. Art.7º Serão permitidos cadastros de até 05 (cinco)
Art.3º A visita será realizada em dois turnos, visitantes por adolescente, ressalvado o número
manhã e tarde. máximo de visitas permitidas por dia.
§1º A visita pela manhã terá início às 8h (oito horas) e §1º Serão permitidas visitas de até 02 (duas) pessoas,
findará às 11h (onze horas). regularmente cadastradas, por dia de visita ao
adolescente.
§2º A visita pela tarde terá início às 13h (treze horas) e
findará às 16h (dezesseis horas). §2º Nos casos em que o adolescente já tenha
constituído família, o número máximo de pessoas
§3º Não será permitida a compensação de horários.
permitidas na visita será de no máximo 03 (três).
Art.4º O Diretor da unidade deverá organizar o horário
das equipes técnicas de acordo com as escalas de §3º Crianças com até 02 (dois) anos de idade não
trabalho, de modo que possibilite o acompanhamento serão computadas no número máximo de visitas.
das visitas familiares pelas referidas equipes.
Art.8º Poderão ser cadastrados como visitantes as
Art.5º O Diretor da unidade poderá, em caráter pessoas que compõem o núcleo familiar do
excepcional e desde que devidamente fundamentado, adolescente, bem como pessoas de referência que
autorizar visita em dia e hora diversos do estabelecido detenham a guarda, tutela ou figurem como
nos arts.2º e 3º desta Portaria, por sugestão dos responsáveis pelos mesmos.
técnicos de referência do adolescente, da equipe
§1º A visita de cônjuges, companheiros, parentes e
técnica da unidade ou do Coordenador de Segurança.
amigos passarão pela avaliação da equipe técnica.
§2º É garantida a visita dos filhos, independente da
idade desses.

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Art.9º. No cadastramento de visitantes terão II – Para o caso de o visitante ser menor de 12 anos,
prioridade, preferencialmente, nesta ordem: poderá se dispensada a apresentação de documento
original de identificação com foto, mediante a
I – A mãe;
apresentação do registro de nascimento;
II – O pai;
III – o documento apresentado pelo visitante ficará
III – o cônjuge; retido, sob a guarda da portaria da unidade durante
IV – O filho do adolescente; todo o período de visita e lhe será devolvido ao término
da mesma;
V – Os irmãos;
IV – Não será permitida a entrada de menor de 12 anos
VI – Os avós; desacompanhado dos pais ou responsável legal;
VII – demais visitantes. V – O visitante deverá respeitar as normas e
§1º A solicitação, realizada pelo adolescente, para procedimentos de segurança vigentes no Centro
inclusão no rol de visitantes de pessoa que não Socioeducativo;
detenha parentesco com o mesmo estará sujeita a VI – O visitante receberá o crachá de visitante e deverá
estudo e análise da equipe técnica de referência do usá-lo durante todo o período de visita, devolvendo-o
adolescente, que emitirá parecer fundamentado e o ao funcionário da Portaria ao final da mesma;
submeterá à apreciação do Diretor do Centro
Socioeducativo para fins de aprovação. VII – o visitante será submetido à revista, que deverá
ser realizada em local reservado;
§2º O parágrafo anterior somente se aplica aos
visitantes maiores de 18 anos de idade. VIII – os pertences, alimentos ou quaisquer objetos que
eventualmente sejam admitidos durante a visita serão
Art.10. São documentos necessários para o cadastro submetidos aos procedimentos de revista e segurança;
do visitante:
IX – Eventuais pertences que não forem admitidos pelo
I – Para pessoa maior de 12 anos, deverão ser responsável pela segurança e disciplina deverão ser
apresentadas cópias dos seguintes documentos: mantidos no guarda-volumes, localizado na portaria da
a) documento oficial de identificação com foto (cédula unidade, e devolvidos ao visitante ao final da visita;
de identidade, carteira profissional, carteira nacional X – O visitante, após os procedimentos de identificação
de habilitação); e revista, será encaminhado por funcionário da
b) comprovante de residência atualizado; Unidade ao local de visitação;
II – Para pessoa menor de 12 anos, deverá ser XI – encerrada a visita, o visitante deverá aguardar o
apresentada cópia do documento oficial de adolescente ser encaminhado para o seu alojamento
identificação com foto ou do registro de nascimento; para, em seguida, dirigir-se a saída da Unidade,
conforme orientação dos servidores e da equipe
Parágrafo único. A direção da unidade poderá solicitar
técnica do respectivo Centro.
documentos adicionais.
Parágrafo único. Não será admitida a entrada de
visitante que não apresentar o documento de
CAPÍTULO III identificação nas condições estabelecidas nos incisos I
DOS PROCEDIMENTOS PARA VISITAS e II deste artigo.
Art.11. Nos dias de visita, o visitante deverá observar Art.12. No primeiro contato, o técnico deve informar a
os seguintes procedimentos: família sobre a documentação necessária, o dia e
horário da visita, bem como as informações referentes
I – Para o ingresso na unidade, será exigida a
ao número permitido de visitantes, tipo de vestuário,
apresentação, na portaria, de documento original de
alimentos liberados, normas de segurança, dentre
identificação oficial com foto.
outras informações pertinentes.

@PROFESSORROBSONSOUSA 56
Art.13. As visitas poderão ser suspensas a qualquer II – Que sejam surpreendidos portando drogas, armas
momento pela Direção da unidade, após a devida ou similares, bem como em outras situações em que o
avaliação realizada pela equipe técnica e pelo Coordenador de Segurança e/ou Equipe Técnica
Coordenador de Segurança, desde que devidamente conclua pela existência de risco à segurança da
fundamentado. unidade, devendo, nestes casos, ser realizado o
registro no livro de ocorrência da unidade.
§1º A suspensão de que trata o caput deste artigo tem
caráter cautelar e pontual, devendo ser solicitada §1º Após a revista, se encontrados materiais proibidos
autorização ao Poder Judiciário imediatamente após a (fósforos, isqueiros, armas artesanais, instrumentos
suspensão da visita do Socioeducando, para fins de pontiagudos, etc.) ou substâncias psicoativas mesmo
avaliação da pertinência e emissão da respectiva lícitas (cigarro, fumos de qualquer natureza, remédios,
autorização, nos termos do art.124 do Estatuto da etc.), o visitante e/ou o Socioeducando serão
Criança e do Adolescente. conduzidos para registro de boletim de ocorrência e
apresentados à autoridade policial competente.
§2º Nos casos em que o Assistente Social ou o
Psicólogo de referência do adolescente entender que a §2º O visitante que estiver portando arma ou de posse
visita é prejudicial ao mesmo, tal fato deverá ser de substâncias psicoativas ilícitas receberá voz de
comunicado ao Diretor, que, baseados em motivos prisão pelo servidor de plantão, oportunidade em que
relevantes e fundamentando a sua decisão, solicitará à deverá ser acionada a Polícia Militar para a condução
autoridade judiciária a suspensão da visita, nos do visitante e apreciação do fato pela autoridade
termos do §2º, do art.124, do Estatuto da Criança e do policial.
Adolescente.
§3º O visitante flagrado com substâncias psicoativas
Art.14. Os locais de visitação devem passar por revista ilícitas ou armas terá a visita suspensa na unidade. §4º
estrutural antes e depois da realização das visitas. A referida suspensão tem caráter cautelar e pontual,
devendo, nestes casos, ser adotado o mesmo
Art.15. Os socioeducandos deverão passar por revista
procedimento previsto no art.13 desta Portaria.
minuciosa antes e depois da realização das visitas.
§§4º A referida suspensão tem caráter cautelar e
Art.16. Os socioeducandos deverão ser encaminhados
pontual, devendo, nestes casos, ser adotado o mesmo
aos locais de visitas somente depois que seus
procedimento previsto no art.13 desta Portaria.
familiares/visitantes já estiverem a sua espera e
deverão ser encaminhados aos seus alojamentos antes CAPÍTULO IV
da saída de seus familiares/visitantes dos locais de
DA ENTRADA E SAÍDA DE OBJETOS E ALIMENTOS
visitação.
Art.19. Poderão ser entregues aos visitantes objetos
Art.17. As pessoas autorizadas à visitação deverão ser
produzidos em oficinas desde que o Socioeducando
previamente definidas pela Equipe Técnica mediante
proprietário manifeste o desejo de fazê-lo.
cadastro e após realização de entrevista, quando for o
caso. §1º Os socioeducandos têm direito de visita dos §1º Os objetos entregues aos visitantes deverão
filhos, independentemente da idade da criança. constar em lista elaborada previamente pelo instrutor
e entregue à equipe técnica que estará de plantão no
§2º Os irmãos dos Socioeducandos que apresentam
dia da visita. §2º Os objetos devem estar identificados
idade entre 12 (doze) e 17 (dezessete) anos podem
com o nome do Socioeducando e o nome do
realizar visitas mediante o acompanhamento do
destinatário.
responsável legal.
Art.20. É permitida a retirada de pertences dos
Art.18. É proibida a entrada de visitantes: Socioeducandos (roupas, livros, correspondências etc.)
I – Que estejam sob aparente efeito de uso de pelos familiares, mediante solicitação do adolescente,
substâncias psicoativas (lícitas ou ilícitas) ou de outros após a avaliação da equipe técnica e desde que
materiais proibidos; devidamente autorizado pela Direção da unidade.

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§1º No momento da entrega dos pertences, deverá ser PORTARIA Nº133/2020 – SEAS
preenchido o Recibo de Entrega de pertence,
constando o nome do destinatário e do REGULAMENTA A PRESTAÇÃO DE
Socioeducando, discriminação dos pertences, data e ASSISTÊNCIA RELIGIOSA AOS
assinatura. ADOLESCENTES ATENDIDOS NOS CENTROS
SOCIOEDUCATIVOS DA SUPERINTENDÊNCIA
§2º É proibida a troca de pertences entre os
DO SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO
Socioeducandos.
SOCIOEDUCATIVO DO ESTADO DO CEARÁ
Art.21. Somente será permitida a entrada de alimentos
CAPÍTULO I
previstos em lista fornecida pela unidade, constando
tipo e quantidade e desde que devidamente DO DIREITO À ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
acondicionados em sacos plásticos transparentes. Art. 1º. É direito do adolescente em cumprimento de
§1º Os alimentos liberados deverão ser consumidos no medida socioeducativa receber assistência religiosa
horário e local da visita, sendo vedado aos segundo a sua crença e desde que assim o deseje,
adolescentes levar qualquer alimento para os respeitando-se a laicidade estatal e o princípio do
dormitórios. melhor interesse do adolescente.
§2º As quantidades e tipos de alimentos permitidos Parágrafo Único. A liberdade de culto deve ser
serão definidos pela direção, corpo técnico e adequada às especificidades do atendimento
coordenadores de segurança e será comunicado à socioeducativo, à pluralidade do público existente e à
família no momento do cadastro. condição peculiar de desenvolvimento dos
adolescentes, conforme critérios de cadastramento
§3º Os alimentos não consumidos na visita não podem
definidos abaixo.
ficar de posse dos Socioeducandos, devendo ser
devolvidos aos familiares, salvo autorização expressa Art. 2º. Será permitido ao adolescente a posse, em seu
da Direção da unidade, após avaliação de pertinência. alojamento, de livro sagrado.
§4º Todos os alimentos devem ser abertos e
vistoriados no ato da revista. CAPÍTULO II

DO CADASTRO DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA

CAPÍTULO V Art. 3º. Serão cadastradas no âmbito dos Centros


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Socioeducativos as instituições religiosas
reconhecidamente idôneas para prestação de
Art.22. Os casos excepcionais serão submetidos à assistência religiosa no Sistema Socioeducativo
apreciação do Diretor da unidade que, após ouvir a Estadual.
equipe técnica e, caso julgue necessário, o
coordenador de disciplina, decidirá. Parágrafo Único. Caberá à direção dos Centros
Socioeducativos o recebimento dos cadastros e a
Art.23. Os casos omissos serão decididos pelo
decisão quanto à aceitação dos mesmos, sendo que,
Superintendente do Sistema Estadual de Atendimento em caso de negativa ao registro, a instituição religiosa
Socioeducativo. poderá requerer à Assessoria Especial de Diretrizes
Art.24. Essa portaria entra em vigor na data de sua Socioeducativas (ASDIS) a revisão da decisão que
publicação. denega o cadastramento, devendo a direção do Centro
remeter todo o processo à ASDIS para apreciação e
Art.25. Ficam revogadas as disposições em contrário.
decisão final sobre a temática.
Fortaleza, 02 de junho de 2017.

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Art. 4º. São documentos necessários para o cadastro da Art. 8º. Aceito o cadastro, a SEAS, através das Direções
instituição religiosa: dos Centros Socioeducativos, emitirá certificado de
cadastro da instituição religiosa.
I – Requerimento subscrito pelo representante legal da
instituição religiosa, na forma do anexo I; Parágrafo Único. No caso de deferimento do pedido de
revisão formulado pela instituição pela ASDIS, esta
II – Cópia dos atos constitutivos da doutrina religiosa
comunicará ao Diretor do Centro Socioeducativo que a
ou documento equivalente e cartão do CNPJ;
entidade está apta ao cadastro para que o respectivo
III – apresentação de projeto de prestação de assistência certificado de cadastro da instituição religiosa seja
religiosa compatível com o público alcançado. emitido.
Art. 5º. O projeto de prestação de assistência religiosa Art. 9º. O certificado de cadastro a que alude o artigo
compatível com o público alcançado terá como 8º terá validade pelo período em que a instituição
fundamento comum: religiosa prestar assistência aos usuários do Sistema
I – O cuidado com a vida, o significado e o sentido da Socioeducativo.
presença do adolescente no mundo, prezando-se pela Parágrafo Único. Diante de alteração nos documentos
atenção à saúde física, mental e espiritual; elencados no art. 4º, a instituição deverá apresentar
II – O cuidado com a vida que está no outro, pedido de atualização do cadastramento.
respeitando-a em todos os seus aspectos,
especialmente, a integridade física, mental, moral e CAPÍTULO III
espiritual de cada ser humano; III – o cuidado com a
comunidade e o meio onde está inserido; DO CADASTRO DOS REPRESENTANTES DAS
INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
IV – O cuidado com as crenças, os valores e os
Art. 10. Serão cadastradas, no âmbito do Centro
princípios provedores de significado e sentido à vida de
Socioeducativo, exclusivamente pessoas formalmente
cada ser humano, sem fundamentar qualquer
indicadas pelas instituições religiosas e regularmente
discriminação de origem, raça, opção sexual, cor, idade
cadastradas naquelas, preenchidos os requisitos legais
e quaisquer outras formas de discriminação.
estabelecidos abaixo.
Art. 6º. Recebido o pedido de cadastramento pelo
Parágrafo Primeiro. O vínculo da pessoa cadastrada
diretor da Unidade, este decidirá quanto ao
com a instituição religiosa deverá ser devidamente
deferimento ou não do cadastro em 10 (dez) dias úteis.
comprovado através de documentos hábeis.
Art. 7º. Indeferido o pedido de cadastramento da
Parágrafo Segundo. Para cada instituição religiosa,
instituição religiosa, cabe recurso, no prazo de 5
poderão ser cadastrados até 10 (dez) pessoas para
(cinco) dias úteis, para a Assessoria Especial de
exercício das atividades nos Centros Socioeducativos.
Diretrizes Socioeducativas (ASDIS).
Art. 11. São documentos necessários para o cadastro
Parágrafo Primeiro. Compete à ASDIS definir o fluxo de
de representantes das instituições religiosas:
tramitação dos pedidos, conforme art. 10, inciso IV do
Decreto Estadual nº 31.988, de 12 de julho de 2016. I – Requerimento subscrito pelo representante legal da
Parágrafo Segundo. Recebido o pedido de instituição religiosa, na forma do anexo II;
cadastramento pela ASDIS, esta poderá solicitar mais II – Cópia da cédula de identidade do requerente;
informações à instituição interessada para verificar o
preenchimento dos requisitos elencados acima, III – ofício de apresentação emitido pelo responsável
deferindo o prazo de 10 (dez) dias úteis para resposta. legal pela instituição religiosa;

Parágrafo Terceiro. As decisões quanto ao pedido de VI – Documento que comprove o vínculo do cadastrado
revisão serão proferidas em 10 (dez) dias úteis pela com a entidade;
ASDIS, contados a partir do prazo final de que trata o V – Cópia da cédula de identidade do cadastrado.
Parágrafo Segundo, se for o caso.

@PROFESSORROBSONSOUSA 59
Art. 12. Não será admitido o cadastro de pessoa menor Art. 18. Na elaboração do cronograma de prestação de
de 18 (dezoito) anos de idade, salvo nos casos de grupos assistência religiosa serão respeitados os princípios da
de jovens, desde que acompanhado por maiores de igualdade e do revezamento entre as instituições, de modo
idade, com anuência dos pais ou responsável e a prévia que todos possam realizar o seu trabalho, respeitando a
ciência ao Juízo da Infância e Juventude. demanda dos adolescentes e a rotina do Centro
Socioeducativo, sobretudo as atividades obrigatórias.
Art. 13. Recebido o cadastro, os diretores dos Centros
Socioeducativos verificarão se estão preenchidos os Parágrafo Único. As atividades realizadas/oferecidas
requisitos legais e, no prazo de 10 (dez) dias úteis, será aos adolescentes devem ser de caráter de assistência
deferido ou não o cadastro mediante simples espiritual, sendo atividade opcional aos adolescentes
despacho. que compartilhem do mesmo credo.
Art. 19. Eventualmente, poderão ser realizadas
Parágrafo Único. No caso de indeferimento, o
atividades sociais, tais como esportes, cultura, cursos,
despacho deverá ser fundamentado, indicando o
palestras, cinema e ação social.
motivo do indeferimento.
Parágrafo Primeiro. Para a realização das ações previstas
Art. 14. Confirmado o cadastro, o representante da no caput, deverá ser acionada a ASDIS que, em conjunto
instituição religiosa terá direito de acesso às
com o Diretor do Centro Socioeducativo, definirá datas e
dependências do Centro Socioeducativo para prestação organizará a rotina do Centro Socioeducativo.
da assistência religiosa, observado o cronograma.
Parágrafo Segundo. Consultada a ASDIS, os Diretores
CAPÍTULO IV dos Centros Socioeducativos poderão organizar e
DO CRONOGRAMA DE PRESTAÇÃO DE autorizar atividades externas para adolescentes que
ASSISTÊNCIA RELIGIOSA demonstrem adesão à proposta da entidade religiosa
Art. 15. Considera-se cronograma de prestação de para participar de encontros nos locais em que as
assistência religiosa o documento oficial, expedido pela entidades funcionem, salvo restrição de atividade
Direção do Centro Socioeducativo e aprovado pela externa na sentença.
ASDIS, que contém as datas e os horários para Art. 20. Não é permitida a realização de rituais
prestação da assistência religiosa pelas instituições eclesiásticos no interior dos Centros Socioeducativos.
cadastradas. Art. 21. Todos os representantes cadastrados pelas
Art. 16. O cronograma de prestação de assistência instituições religiosas ficam sujeitos às normas e
religiosa será elaborado em comum acordo entre a procedimentos de segurança vigentes no Centro
ASDIS, a direção do Centro Socioeducativo e os Socioeducativo, conforme Portaria de Segurança
representantes das Instituições Religiosas cadastradas. Preventiva.
Parágrafo Único. Inclui-se, nesta disposição, a fiel
Art. 17. A Direção do Centro Socioeducativo e a ASDIS
execução do projeto de assistência religiosa, conforme
agendará reuniões de planejamento com os
cadastro inicial, voltado ao fortalecimento de vínculos
representantes das Instituições Religiosas cadastradas
e ao respeito do adolescente como sujeito de direitos
para o planejamento semestral do cronograma de
em condição peculiar de desenvolvimento.
prestação de assistência religiosa.
Art. 22. O representante de instituição religiosa que se
Parágrafo Primeiro. Os Centros Socioeducativos,
negar a atender às normas e procedimentos de
sempre que possível, reservarão espaços próprios para
segurança vigentes no Centro Socioeducativo ficará
realização da assistência religiosa, evitando-se que
sujeito à suspensão ou ao cancelamento do cadastro.
seja ministrada nas alas ou alojamentos.
Parágrafo Único. Incluem-se nesta previsão os
Parágrafo Segundo. A lista de voluntários que vão representantes de instituições religiosas que não
participar das ações deverá ser encaminhada aos atendam aos fundamentos expostos no artigo 5º desta
Centros Socioeducativos com pelo menos 24 (vinte e Portaria, ocasionando impacto negativo na convivência
quatro) horas de antecedência, dentre os já entre os adolescentes e/ou no fortalecimento de
cadastrados, nos termos do Capítulo III desta Portaria. vínculos e valorização da vida.

@PROFESSORROBSONSOUSA 60
CAPÍTULO VI Art. 29. Ocorrendo as hipóteses previstas pelos artigos
DA ADVERTÊNCIA, DA SUSPENSÃO E DO 27 e 28 desta Portaria, a Direção do Centro
CANCELAMENTO DO CADASTRO DO Socioeducativo notificará a instituição religiosa, que
REPRESENTANTE DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA terá 5 (cinco) dias úteis para apresentar defesa,
Art. 23. Ocorrendo as hipóteses previstas pelos artigos contados da data do recebimento da notificação.
21 e 22 desta Portaria, a Direção do Centro Art. 30. Com ou sem defesa, transcorrido o prazo
Socioeducativo dará ciência à ASDIS, que notificará o acima, a Direção da Unidade proferirá decisão em 10
responsável legal da instituição religiosa sobre o fato, (dez) dias úteis.
o nome do representante envolvido, a norma ou
procedimento de segurança violado e juntará cópia de Art. 31. A decisão da Direção da Unidade será
eventuais provas, se houver. fundamentada e remetida ao responsável pela
Art. 24. O responsável pela instituição religiosa terá o instituição religiosa, para ciência.
prazo de 5 (cinco) dias úteis para apresentar defesa, Parágrafo Primeiro. Da decisão caberá recurso, no
contados da data do recebimento da notificação. prazo de 5 (cinco) dias úteis, à ASDIS, que decidirá em
Art. 25. Transcorrido o prazo acima, a ASDIS remeterá 10 (dez) dias úteis.
o processo em 10 (dez) dias úteis à Corregedoria que,
CAPÍTULO VIII
no exercício da sua competência prevista no artigo 8º,
inciso VII do Decreto Estadual n° 32.419, de 13 de DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
novembro de 2017, analisará se os fatos apontados
Art. 32. As instituições que atualmente prestam
configuram irregularidades.
assistência religiosa no sistema socioeducativo
Parágrafo único. A Corregedoria poderá aplicar as deverão, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, apresentar
penalidades de advertência, suspensão por até 1 pedido de cadastramento na forma prevista nos artigos
(um) ano e cancelamento do cadastro da 3º, 4º e 5º, sem prejuízo da continuidade das suas
instituição religiosa de acordo com a gravidade dos atividades.
fatos apurados, observada a proporcionalidade e a
razoabilidade entre a sanção aplicada e os fatos. Art. 33. Enquanto perdurar o período de Pandemia de
Art. 26. A decisão será fundamentada e remetida ao Covid-19, somente será permitido acesso de 2 (dois)
responsável pela instituição religiosa, que poderá, no representantes por entidade para atividades religiosas
prazo de 10 (dez) dias úteis, interpor recurso ao nos Centros Socioeducativos.
Superintendente. Parágrafo Único. O acesso aos Centros Socioeducativos
CAPÍTULO VII deve atender aos protocolos de segurança sanitária
DA SUSPENSÃO E DO CANCELAMENTO DO descritos na Portaria nº 123/2020, de 10 de setembro
CADASTRO DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA EM de 2020, que institui o Plano de Retomada Gradual de
CASO DE FALTAS AOS ENCONTROS AGENDADOS Visitas Familiares nos Centros Socioeducativos e as
Art. 27. A instituição religiosa que faltar, sem justificativa, Normas de Ingresso para Adolescentes, Servidores e
a 03 (três) datas consecutivas ou 05 (cinco) datas Visitantes.
alternadas no período de 12 (doze) meses, agendadas no Art. 34. Esta Portaria entra em vigor na data de sua
cronograma de prestação de assistência religiosa a que publicação.
alude o artigo 15 desta Portaria ficará sujeita à decretação
da suspensão do seu cadastro.
Art. 28. A instituição religiosa que faltar, sem
justificativa, a 05 (cinco) datas consecutivas ou 10
(dez) datas alternadas, no período de 12 (doze) meses,
agendadas no cronograma de prestação de assistência
religiosa a que alude o artigo 15 deste documento
ficará sujeita à decretação do cancelamento do seu
cadastro.

@PROFESSORROBSONSOUSA 61
PORTARIA Nº27/2018 – SEAS §3° Os atrasos e eventuais ausências da Unidade
durante o intervalo, sem autorização, deverão ser
DISPÕE SOBRE A JORNADA DE TRABALHO, anotados pelo respectivo Coordenador de Segurança
EM SISTEMA DE ESCALA DE SERVIÇOS, ou pelo Auxiliar Administrativo responsável pelo RH no
DOS SOCIOEDUCADORES E EQUIPE TÉCNICA livro de registro de jornada de trabalho e os casos de
DAS UNIDADES SOCIOEDUCATIVAS DO reincidência deverão ser informados à Corregedoria da
ESTADO DO CEARÁ SEAS, para as providências cabíveis.
Art. 1º A jornada de trabalho das equipes técnicas é de Art. 4º Caberá aos Diretores das Unidades a
40 (quarenta) horas semanais e deverá ser cumprida elaboração das escalas mensais de serviço das equipes
de domingo a domingo, em regime especial de escalas técnicas e dos socioeducadores, obedecendo aos
de 8 (oito) horas diárias, somente no período diurno. critérios estabelecidos nesta Portaria, cabendo-lhes
encaminhar a escala do mês subsequente até o dia 10
§1° A jornada será exercida das 8 (oito) às 17
(dez) de cada mês à Célula de Gestão de Pessoas/
(dezessete) horas, com intervalo para descanso e
COAFI/SEAS para fins de conferência.
refeição de 1 (uma) hora.
§1º O Diretor de cada Unidade deverá observar, para
§2° O horário do intervalo será determinado pelo
elaboração das escalas, os cronogramas de trabalho
Diretor de cada Unidade, de acordo com a rotina da
dos integrantes da equipe técnica e dos
casa e mediante revezamento entre os integrantes da
socioeducadores, observando a necessidade do serviço
equipe.
da unidade, o funcionamento do centro, o
Art. 2° A jornada de trabalho dos socioeducadores é de atendimento aos familiares e o disposto nesta Portaria.
44 (quarenta e quatro) horas semanais e deverá ser
§2º As escalas mensais deverão ser afixadas em local
cumprida de domingo a domingo, em regime especial
visível nos Centros Socioeducativos.
de escalas de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta
e seis) horas de descanso, nos períodos diurno e Art. 5º Em caso de impedimento justificado de
noturno. cumprimento do plantão no dia previamente
estipulado na escala de trabalho será autorizada,
Parágrafo único. A jornada diurna será exercida das 7
excepcionalmente, a troca de escala, a qual deverá ser
(sete) às 19 (dezenove) horas e a noturna das 19
solicitada em formulário próprio, conforme modelo
(dezenove) às 7 (sete) horas.
constante do Anexo Único, limitada a no máximo 2
Art. 3° As jornadas de trabalhos diurnas e noturnas (duas) trocas mensais por profissional, vedada a
seguem os princípios da continuidade e ininterrupção substituição de mais de um plantão na mesma semana
do serviço, haja vista a necessidade de monitoramento pelo mesmo profissional.
contínuo a fim de garantir o cumprimento das medidas
§1º A solicitação deverá ser realizada com
socioeducativas, devendo ser assegurado o horário de
antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, na
repouso em regime de revezamento entre os
qual deverá constar o motivo do pedido e a
admitidos.
manifestação expressa da concordância de ambos os
§1° O intervalo a que se refere o parágrafo anterior profissionais, ficando facultado ao Diretor da Unidade
será de no máximo 1 (uma) hora para refeições e autorizar a permuta, desde que não haja prejuízo ao
descanso, podendo ser fracionado, conforme serviço, respeitada a jornada de trabalho estabelecida
necessidade imperiosa do serviço, a critério do Diretor nesta Portaria.
da Unidade.
§2º Autorizada a permuta, o substituto ficará
§2° Por se tratar de serviço intermitente, não são responsável pela escala, sujeitando-se, em caso de
tolerados atrasos nas entradas dos plantões e descumprimento, às penalidades previstas na
ausências da Unidade durante o intervalo, salvo legislação aplicável.
autorização expressa do Diretor.
Art. 6º A falta injustificada ao trabalho enseja a perda
da remuneração correspondente.

@PROFESSORROBSONSOUSA 62
§1º A ausência ao trabalho por motivo de doença e/ou PORTARIA Nº74/2018 – SEAS
acidente deve ser comprovada mediante atestado
médico, o qual será entregue no RH da Unidade ou da REGULAMENTA O USO DE UNIFORME E DE
SEAS no prazo máximo de 24hs após o afastamento. CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO PELOS
§2º No caso de impossibilidade de entrega pelo próprio SOCIOEDUCADORES, ASSISTENTES SOCIAIS,
admitido, o atestado poderá ser entregue por qualquer PSICÓLOGOS E PEDAGOGOS LOTADOS NOS
pessoa, em nome daquele, ou encaminhado via e-mail CENTROS SOCIOEDUCATIVOS DO ESTADO DO
para o RH da Unidade ou da SEAS, no prazo fixado no CEARÁ
parágrafo anterior.
Art. 1º Fica instituído o uso obrigatório de uniforme
§3º A não observância do prazo estabelecido no §1º funcional para os socioeducadores, assistentes sociais,
configura a falta como injustificada, ensejando o psicólogos e pedagogos dos Centros Socioeducativas do
desconto correspondente. Estado do Ceará, no interior das Unidades, bem como no
§4º Os casos de reincidência de faltas injustificadas exercício de suas funções em atividades externas.
deverão ser informados à Corregedoria da SEAS, para §1º Para os profissionais com formação em nível
as providências cabíveis. superior, aqui referenciados como equipe técnica,
Art. 7º Para concessão do Adicional de Plantão Extra é obrigatório ainda o uso de jalecos em sobreposição
previsto no artigo 13 da Lei Complementar n° 160, de ao uniforme, devendo os crachás serem apostos de
27 de dezembro de 2016, o Diretor da Unidade deverá forma visível.
encaminhar ao RH da SEAS, até o dia 20 de cada mês, a
§2º É proibido alterar as características do uniforme,
listagem com os nomes dos socioeducadores, a
bem como sobrepor-lhes peças, artigos, insígnias ou
quantidade de plantões extras trabalhados por cada
distintivos de qualquer natureza, ressalvada apenas a
um e a justificativa, através de Comunicação Interna.
exceção prevista acima.
§1º Cada plantão extra equivale a uma carga horária de
§3º Será fornecido anualmente pela SEAS, a todos os
trabalho de 12 (doze) horas, além da carga horária
profissionais elencados nesta portaria, 02 (duas)
semanal de trabalho normal realizada pelo admitido.
camisas polo, bem como 02 (dois) jalecos aos
§2º Para o fim de recebimento do adicional de que assistentes sociais, psicólogos e pedagogos,
trata o caput deste artigo, somente poderão ser integrantes da equipe técnica.
considerados serviços realizados em regime de Plantão
§4º O crachá será substituído somente em casos de
Extra aqueles feitos além da carga horária normal de
extravio ou dano, mediante ressarcimento ao erário
trabalho realizada pelo admitido, conforme escala
Estadual.
estabelecida pela direção da unidade.
§5º Caso o profissional pretenda confeccionar, por conta
§3º Fica limitado à realização de, no máximo, um
própria, mais uma peça do uniforme, deverá solicitar
plantão extrassemanal por admitido.
autorização ao Diretor do Centro Socioeducativo, que
Art. 8º Qualquer indício de favorecimento,
deverá fazê-lo por escrito, e observar exatamente os
irregularidade ou fraude quanto ao estabelecido nesta
mesmos padrões descritos no Anexo Único desta
Portaria ensejará abertura de Processo de Sindicância,
portaria, sob pena de não poder usá-la.
podendo, ainda, ser instaurado Processo
Administrativo Disciplinar, sujeitando o infrator às Art. 2° Será vedado a entrada e permanência, na
penalidades estabelecidas na legislação vigente. Unidade, do admitido que estiver usando:
Art. 9º Os casos omissos desta Portaria serão I – Roupas muito coladas ao corpo e muito decotadas;
analisados e decididos pelo Superintendente do II – Mini blusa, minissaia, bermuda ou short;
Sistema de Atendimento Socioeducativo, com base na
III – chinelos ou sandálias (salvo com dispensa do uso
legislação aplicável aos admitidos.
de calçado emitido por profissional de saúde);
Art. 10° Esta Portaria entra em vigor na data de sua
IV – Quaisquer itens ou adereços como broches, adesivos,
publicação.
bijuterias, bonés, viseiras, óculos escuros, entre outros.
Art. 11º Ficam revogadas as disposições em contrário.

@PROFESSORROBSONSOUSA 63
Art. 3º O crachá de identificação funcional é de uso Parágrafo único. Para efeitos desta Portaria, entende-se
pessoal, intransferível e obrigatório quando do acesso, por LGBTQIAP+ a população composta por lésbicas, gays,
circulação e permanência nas dependências dos bissexuais, travestis, queer, intersexo, assexuais,
Centros Socioeducativos, bem como na condução dos pansexuais e outros grupos de variações, considerando-se:
adolescentes a audiências, atendimentos médicos,
I – Lésbica: Mulher (cis ou trans) que é atraída afetiva
eventos e outras atividades relacionadas ao cargo.
e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero
§1º O crachá de identificação será emitido (cis ou trans);
exclusivamente pela SEAS. II – Gay: Homem (cis ou trans) que é atraído afetivo
§2º Na hipótese de rescisão do contrato temporário, o e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero
crachá de identificação deverá ser imediatamente (cis ou trans);
devolvido à Célula de Recursos Humanos da SEAS, III – Bissexual: É a pessoa que se relaciona afetiva e
mediante recibo. sexualmente com pessoas de ambos os gêneros em
algum período da vida;
Art. 4º A não utilização do crachá de identificação e do
IV - Mulher Travesti: é a pessoa do gênero feminino
uniforme funcional durante a jornada de trabalho e nas
que, embora tenha sido biologicamente designada
atividades externas implicará na aplicação da
como pertencente ao sexo masculino ao nascer, ao
penalidade de advertência.
longo da vida reivindica o reconhecimento social e legal
Parágrafo único. Em caso de reincidência, o admitido como mulher pelo princípio da autodeclaração. É
será sancionado com a aplicação suspensão de até 10 também uma identidade política, haja vista que
(dez) dias, sem percepção de vencimentos, e, caso afirmar-se travesti tem como propósito a
persista a situação, terá seu contrato rescindido. ressignificação da identidade de uma população que
Art. 5º Os casos omissos desta Portaria serão no passado foi estigmatizada.
analisados pela Corregedoria e decididos pelo V- Transexuais: Pessoas que possuem uma identidade
Superintendente do Sistema de Atendimento de gênero diferente do sexo/gênero designado no
Socioeducativo, com base na legislação aplicável aos nascimento. As pessoas transexuais podem ou não
admitidos. desejar terapias hormonais ou cirurgias de afirmação
de gênero, podendo identificar-se como: Mulher
Art. 6° Esta Portaria entra em vigor na data de sua
transexual: É a pessoa do gênero feminino que embora
publicação.
tenha sido biologicamente designada como
Art. 7º Ficam revogadas as disposições em contrário. pertencente ao sexo/gênero masculino ao nascer,
reivindica o reconhecimento social e legal como
mulher pelo princípio da autodeclaração. Homem
PORTARIA Nº021/2022 – SEAS transexual: É a pessoa do gênero masculino que
embora tenha sido biologicamente designada como
ESTABELECE PARÂMETROS DE ACOLHIMENTO E
pertencente ao sexo/gênero feminino ao nascer,
ATENDIMENTO A LÉSBICAS, GAYS, reivindica o reconhecimento social e legal homem pelo
BISSEXUAIS, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS, princípio da autodeclaração.
QUEER, INTERSEXO, ASSEXUAL, PANSEXUAL E
VI – Queer: Termo ainda não consensual, mas utilizado
OUTROS GRUPOS DE VARIAÇÕES (LGBTQIAP+)
para denominar a pessoa que não se enquadra em
NO ÂMBITO DA SUPERINTENDÊNCIA DO nenhuma identidade ou expressão de gênero,
SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO considerando-se um termo guarda-chuva. A palavra
SOCIOEDUCATIVO DO CEARÁ. originalmente tem o significado de “estranho” ou
Art. 1º Estabelecer os parâmetros de acolhimento de “peculiar”, mas nos últimos anos o termo foi
indivíduos LGBTQIAP+ em cumprimento de medida resignificado, passando a ser utilizado na forma de
socioeducativa no Sistema Estadual de Atendimento afirmação política das pessoas que reivindicam essa
Socioeducativo. identidade.

@PROFESSORROBSONSOUSA 64
VII - Intersexo: As pessoas intersexo são aquelas cujo Conflito com a Lei, em Regime de Internação e
corpo varia do padrão de masculino ou feminino Internação Provisória (PNAISARI).
culturalmente estabelecido.
Parágrafo único. Às Mulheres travestis, transexuais ou
VIII – Assexual: Pessoa que não sente atração sexual homem transexual no Sistema Estadual de
por pessoa de qualquer gênero. Atendimento Socioeducativo, serão garantidos a
manutenção do seu tratamento hormonal e o
IX – Pansexual: Pessoa que desenvolve atração física,
acompanhamento de saúde específico, sendo
amor e desejo sexual por outras pessoas,
necessário estar nos conformes da resolução nº 2.265,
independente de sua identidade de gênero ou sexo
de 20 de setembro de 2019, sobre o cuidado específico
biológico.
com a pessoa transgênero.
Art. 2º A pessoa travesti ou transexual em
Art. 7º A transferência compulsória entre dormitórios
cumprimento de medida socioeducativa tem o direito
e alas ou quaisquer outros castigos ou sanções em
de ser chamada pelo seu nome social, de acordo com
razão da condição de pessoa LGBTQIAP+ são
o seu gênero. Parágrafo único. O registro de admissão
considerados tratamentos desumanos e degradantes.
no Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo
deverá conter o nome social. Art. 8º Será garantido à pessoa LGBTQIAP+, em
igualdade de condições, o acesso e a continuidade da
Art. 3º Deverão ser oferecidos espaços de convivência
sua formação educacional e profissional sob a
aos indivíduos gays em cumprimento de medida
responsabilidade do Estado.
socioeducativa nos Centros Socioeducativos
masculinos, considerando a sua segurança e especial Art. 9º A SEAS deverá garantir a capacitação
vulnerabilidade. continuada aos profissionais dos Centros
Socioeducativos considerando a perspectiva dos
Parágrafo único. Os espaços para essa população não
direitos humanos e os princípios de igualdade e não-
devem se destinar à aplicação de medida disciplinar ou
discriminação, inclusive em relação à orientação sexual
de qualquer método coercitivo, devendo ir ao convívio
e identidade de gênero.
comum aos adolescentes.
Art. 10. O fluxo do atendimento de adolescentes
Art. 4º As pessoas travestis e transexuais masculinas
LGBTQIAP+ no Sistema Socioeducativo do Estado do
e femininas devem ser encaminhadas para os Centros
Ceará será definido em manual específico a ser
Socioeducativos femininos.
publicado pela SEAS.
Parágrafo único. Às mulheres travestis e transexuais
Art. 11. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua
deverá ser garantido tratamento isonômico ao das
publicação.
demais mulheres do Sistema Estadual de Atendimento
Socioeducativo.
Art. 5º Às pessoas travestis ou transexuais em
cumprimento de medida socioeducativa serão
facultados o uso de roupas femininas ou masculinas,
conforme o gênero, e a manutenção de cabelos
compridos, se o tiver, garantindo seus caracteres
secundários de acordo com sua identidade de gênero.
Art. 6º É garantida à população LGBTQIAP+ em
cumprimento de medida socioeducativa a atenção
integral à saúde, atendidos os parâmetros da Política
Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) e da Política
de Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes em

@PROFESSORROBSONSOUSA 65
LEI Nº 16.040 de 2016 – Art.3º O ingresso no cargo de Socioeducador e de
CRIAÇÃO DA SEAS Analista Socioeducativo ocorrerá por meio de concurso
público de provas ou provas e títulos, de acordo com a
DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DOS CARGOS Lei nº9.826, de 14 de maio de 1974 (Estatuto dos
EFETIVOS DE SOCIOEDUCADOR E ANALISTA Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará), e
SOCIOEDUCATIVO, PARA ATENDER ÀS conterá, pelo menos, as seguintes fases:
NECESSIDADES DA SUPERINTENDÊNCIA DO I - Provas;
SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO
II - Avaliação de capacidade física, salvo para o cargo de
SOCIOEDUCATIVO – SEAS
Analista Socioeducativo;
Art.1º Ficam criados 964 (novecentos e sessenta e III - avaliação psicológica;
quatro) cargos de provimento efetivo de IV - Exame toxicológico;
Socioeducador e 116 (cento e dezesseis) cargos de
V - Investigação social;
provimento efetivo de Analista Socioeducativo no
quadro de pessoal da Administração Direta do Poder VI - Curso de formação profissional.
Executivo do Estado do Ceará, regidos pela Lei nº9.826, §1º As provas, de caráter eliminatório e classificatório,
de 14 de maio de 1974 (Estatuto dos Funcionários visam revelar, teoricamente, os conhecimentos
Públicos Civis do Estado do Ceará). indispensáveis ao exercício das atribuições ao cargo
Art.2º O quantitativo, o vencimento, as atribuições e a pretendido, e versarão sobre o programa indicado no
qualificação dos cargos criados por esta Lei são as Edital.
constantes do anexo único desta Lei. §2º A avaliação da capacidade física, de caráter
§1º Os servidores ocupantes do cargo de eliminatório, verificará se o candidato tem condições
Socioeducador serão lotados na Superintendência do para suportar o exercício permanente das atividades
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo – inerentes ao cargo.
SEAS, e atuarão nas unidades de atendimento §3º A avaliação psicológica, de caráter eliminatório,
socioeducativo. verificará tecnicamente, de acordo com os parâmetros
§2º Os servidores ocupantes do cargo de Analista em vigência e instrumentos autorizados pelo Conselho
Socioeducativo serão lotados na Superintendência do Federal de Psicologia, os dados psicológicos dos
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo – candidatos abrangendo avaliações das funções
SEAS, e atuarão na sede e nas unidades de psicológicas, a saber, capacidade mental, psicomotora,
atendimento socioeducativo. características de personalidade, entre outras que se
fizerem necessárias para aferir as capacidades
§3º O Edital reservará quantitativo de vagas para específicas para o exercício das atribuições do cargo a
pessoas do sexo feminino, de acordo com a que estiver concorrendo.
necessidade das unidades de atendimento
socioeducativo femininas e das atividades das demais §4º O exame toxicológico e a investigação social, de
unidades que comportem o exercício por pessoas do caráter eliminatório, obedecerão aos critérios fixados
referido sexo, não podendo a reserva ser inferior a 5% no Edital.
do total de vagas. §5º O curso de formação profissional, de caráter
§4º Serão reservadas 5% (cinco por cento) das vagas eliminatório e classificatório, obedecerá aos critérios
para pessoas com deficiência. fixados no Edital.

§5º Os candidatos que concorrerem às vagas §6º Para participar da prova de avaliação de
reservadas às pessoas com deficiência passarão por capacidade física, o candidato deverá apresentar
exame médico de compatibilidade com as atividades atestado médico que ateste a aptidão para se
de internação, internação provisória e semiliberdade. submeter aos exercícios discriminados no Edital do
concurso.

@PROFESSORROBSONSOUSA 66
§7º Poderá ser exigido exame de títulos, de caráter DECRETO Nº33.879, de 30 de
classificatório, de acordo com critérios definidos no dezembro de 2020
Edital.
ALTERA A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E
Art.4º O concurso público referido no artigo anterior DISPÕE SOBRE OS CARGOS DE PROVIMENTO
deverá ser realizado conforme edital, o qual definirá de
EM COMISSÃO DA SUPERINTENDÊNCIA DO
forma clara e objetiva as características do concurso,
SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO
identificação do cargo e suas atribuições, requisitos
SOCIOEDUCATIVO (SEAS)
para investidura, bem como escolaridade e critérios
classificatórios e eliminatórios, o qual deverá O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso das
estabelecer a exigência de formação especializada e atribuições que lhe confere o art. 88, incisos IV e VI, da
registro profissional, quando for o caso. Constituição Estadual; CONSIDERANDO o disposto nas
Leis nº 16.040, de 28 de junho de 2016 e n° 16.710, de
Art.5º A jornada de trabalho dos cargos criados por
21 de dezembro de 2018; CONSIDERANDO o disposto
esta Lei fica estabelecida da seguinte forma:
no Decreto 33.015, de 15 de março de 2019;
I – 44 (quarenta e quatro) horas semanais, para o cargo CONSIDERANDO, finalmente, o que dispõe o Decreto
de Socioeducador, a ser cumprida em regime de nº 21.325, de 15 de março de 1991, quanto à
plantão, o qual será regulamentado por Portaria do indispensável transparência dos atos do governo,
Superintendente do Sistema Estadual de Atendimento DECRETA:
Socioeducativo; Art. 1º A estrutura organizacional básica e setorial da
II - 40 (quarenta) horas semanais efetivamente Superintendência do Sistema Estadual de
trabalhadas para o Cargo de Analista Socioeducativo, Atendimento Socioeducativo (Seas) passa a ser a
em regime de escala, a ser definida por Portaria do seguinte:
Superintendente do Sistema Estadual de Atendimento I - DIREÇÃO SUPERIOR.
Socioeducativo.
• Superintendente do Sistema Estadual de
Art.6º As despesas decorrentes desta Lei correrão à Atendimento Socioeducativo.
conta das dotações orçamentárias próprias da
• Superintendente Adjunto do Sistema Estadual de
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
Atendimento Socioeducativo.
Socioeducativo.
II - ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO.
Art.7º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação. 1. Assessoria Jurídica.
2. Corregedoria.
Art.8º Ficam revogadas as disposições em contrário,
em especial os §§4º e 5º do art.4º da Lei nº16.040, de 3. Assessoria Especial de Gestão e Comunicação.
28 de junho de 2016, bem como os anexos II e III da 4. Assessoria Especial de Diretrizes Socioeducativas
mesma Lei.
5. Assessoria Especial de Infraestrutura e Logística.
III - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA.
6. Coordenadoria da Rede Socioeducativa.
6.1. Célula de Regulação de Vagas.
6.2. Centro Unidade de Recepção Luis Barros
Montenegro.
6.3. Centro Socioeducativo São Francisco.
6.4. Centro Socioeducativo São Miguel

@PROFESSORROBSONSOUSA 67
6.5. Centro Socioeducativo Passaré. (Seas) serão fixadas em Regulamento, a ser aprovado
por Decreto do Chefe do Poder Executivo Estadual.
6.6. Centro Socioeducativo José Bezerra de Menezes.
6.7. Centro Socioeducativo Patativa do Assaré. Art. 2º Fica convertida a fundamentação dos atos de
nomeação e retificada a denominação dos ocupantes
6.8. Centro Socioeducativo Cardeal Aloísio Lorscheider.
dos cargos de provimento em comissão de Orientador
6.9. Centro Socioeducativo Dom Bosco. de Célula, com exercício do respectivo cargo na
6.10. Centro Socioeducativo Dr. Zequinha Parente. Unidade de Recepção Luis Barros Montenegro, no
Centro Socioeducativo São Francisco, no Centro
6.11. Centro Socioeducativo Aldaci Barbosa Mota.
Socioeducativo São Miguel, no Centro Socioeducativo
6.12. Centro Socioeducativo Canindezinho. Passaré, no Centro Socioeducativo José Bezerra de
6.13. Centro Socioeducativo Padre Cícero. Menezes, no Centro Socioeducativo Patativa do
6.14. Centro Socioeducativo de Sobral. Assaré, no Centro Socioeducativo Cardeal Aloísio
Lorscheider, no Centro Socioeducativo Dom Bosco, no
6.15. Centro Socioeducativo Antônio Bezerra.
Centro Socioeducativo Dr. Zequinha Parente, no
6.16. Centro de Semiliberdade Mártir Francisca. Centro Socioeducativo Aldaci Barbosa Mota, no Centro
6.17. Centro de Semiliberdade de Sobral. Socioeducativo Canindezinho, no Centro
6.18. Centro de Semiliberdade de Juazeiro do Norte. Socioeducativo Padre Cícero, no Centro Socioeducativo
de Sobral, no Centro Socioeducativo Antônio Bezerra e
6.19. Centro de Semiliberdade de Crateús.
no Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, para
6.20. Centro de Semiliberdade de Iguatu. Diretor de Centro Socioeducativo I, dispensada a
7. Coordenadoria de Monitoramento e Avaliação das exoneração, por ocasião da publicação deste Decreto.
Medidas Socioeducativas. §1º O disposto no caput deste artigo também se aplica
7.1. Núcleo Escola Estadual de Socioeducação. aos ocupantes de cargos de provimento em comissão
de Supervisor de Núcleo com exercício do respectivo
8. Coordenadoria de Segurança e Prevenção de cargo no Centro de Semiliberdade de Sobral, no Centro
Conflitos. de Semiliberdade de Juazeiro do Norte, no Centro de
IV - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL. Semiliberdade de Crateús e no Centro de
Semiliberdade de Iguatu que passam a denominar-se
9. Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional e
Diretor de Centro Socioeducativo II, dispensada a
Planejamento.
exoneração, por ocasião da publicação deste Decreto.
10. Coordenadoria Administrativo-Financeira.
§2º Os Centros redenominados e listados no caput e no
10.1. Célula de Gestão de Pessoas. §1º deste artigo, correspondem aos centros de
10.2. Célula de Gestão Financeira. internação e internação provisória e de Semiliberdade.

10.3. Núcleo de Tecnologia da Informação e §3º Ficam convalidados os pagamentos da Gratificação


Comunicação. por Encargo de Gestão Socioeducativa – GGS, a que se
refere o art. 6º da Lei nº 16.040, de 28 de junho de
V - ÓRGÃO COLEGIADO. 2016, concedidas aos ocupantes dos cargos a que se
• Comissão Intersetorial do Sistema Estadual de refere o caput o §1º deste artigo, desde a data de sua
Atendimento Socioeducativo. publicação.

Parágrafo único. Obedecida a legislação própria e os Art. 3º Os cargos de provimento em comissão da


parâmetros estabelecidos neste Decreto, as Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
competências das unidades orgânicas integrantes da Socioeducativo (Seas) são os constantes no Anexo
estrutura organizacional da Superintendência do Único deste Decreto.
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.

@PROFESSORROBSONSOUSA 68
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário, em semiliberdade, internação provisória e internação
especial o Decreto n° 33.015, de 15 de março de 2019. sanção.
CAPÍTULO I
PORTARIA N°023/2019 – SEAS
DO MANUAL DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO
DISPÕE SOBRE A PADRONIZAÇÃO DE TERMOS, SISTEMA SOCIOEDUCATIVO
NORMAS, ROTINAS E PROCEDIMENTOS
Art. 3° Para fins de prevenção do suicídio envolvendo
VOLTADOS PARA A PREVENÇÃO DO SUICÍDIO,
adolescentes em situação de privação de liberdade
A SER IMPLEMENTADO NOS CENTROS
deverá ser elaborado e amplamente divulgado um
SOCIOEDUCATIVOS DO ESTADO DO CEARÁ
Manual de Prevenção do Suicídio no Sistema
O SUPERINTENDENTE DO SISTEMA ESTADUAL DE Socioeducativo, onde possam ser apresentados os
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, no uso de suas conhecimentos e as informações necessários para os
atribuições legais, e CONSIDERANDO o que dispõe as profissionais que atuam nos Centros Socioeducativos.
Regras das Nações Unidas para Proteção de Jovens
Art. 4° O Manual de Prevenção do Suicídio no Sistema
Privados de Liberdade, de 14 de dezembro de 1990, da
qual o Brasil é signatário; CONSIDERANDO o disposto no Socioeducativo representa um conjunto de normas,
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei Federal rotinas e procedimentos voltados para a prevenção do
nº 8.069, de 13 de julho de 1990 –, que estabelecem a suicídio de adolescentes em cumprimento de medida
saúde como direito fundamental da Criança e do socioeducativa de meio fechado, devendo se orientar
Adolescente; CONSIDERANDO as normas do Sistema pelas regras estabelecidas nesta Portaria,
Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), notadamente as seguintes diretrizes:
estabelecidas pela Lei Federal nº 12.594, de 18 de
I – Importância da realização de discussões acerca da
janeiro de 2012, bem como as recomendações do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente temática de prevenção do suicídio no trabalho
(Conanda); CONSIDERANDO que a Portaria nº 1.082, de realizado com adolescentes em cumprimento de
23 de maio de 2014, expedida pelo Ministério da Saúde, medida socioeducativa de privação de liberdade;
definiu as diretrizes da Política de Atenção Integral à II – Orientação da atuação dos profissionais do
Saúde do Adolescente em Conflito com a Lei (PNAISARI); Sistema Socioeducativo do Estado do Ceará na
CONSIDERANDO que o direito à saúde abrange a
prevenção do suicídio através do compromisso na
garantia de ações voltadas para a saúde mental dos
realização de um atendimento de qualidade aos
adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa de meio fechado; CONSIDERANDO a adolescentes;
necessidade de instituir diretrizes e procedimentos de III – Clareza quanto aos fatores de risco, considerando
prevenção do suicídio na adolescência, em especial, os as peculiaridades que envolvem o atendimento à
que envolvem adolescentes em situação de privação de adolescentes em cumprimento de medida
liberdade. RESOLVE: socioeducativa de meio fechado;
Art. 1º Fica estabelecida, na forma desta Portaria, a
IV – Compreensão sobre as ações de prevenção do
padronização de termos, normas, rotinas e
suicídio envolvendo adolescentes em cumprimento de
procedimentos voltados para a prevenção do suicídio
nos Centros Socioeducativos do Estado do Ceará, que medida socioeducativa de privação de liberdade;
deverão observar as regras estabelecidas a seguir. V – Propriedade dos profissionais sobre os fatores de
Art. 2° A presente Portaria destina-se à prevenção do proteção dos adolescentes em cumprimento de
suicídio envolvendo adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa considerados em situação de
medida socioeducativa que importe em privação de risco de suicídio;
liberdade devidamente especificada no Estatuto da
VI – Conhecimento das orientações e procedimentos
Criança e do Adolescente.
práticos a serem adotados em caso de tentativa ou
Parágrafo único. Para os fins desta Portaria, consumação de suicídio por adolescentes em
compreendem medidas socioeducativas que importem cumprimento de medida socioeducativa de privação
em privação de liberdade as seguintes: internação,

@PROFESSORROBSONSOUSA 69
de liberdade, mediante o estabelecimento do papel de b) Moderado : risco que requer avaliações recorrentes,
cada profissional. podendo resultar em uma possível internação;
c) Grave: risco que requer intervenções imediatas de
internação na rede de saúde especializada.
CAPÍTULO II

DA IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO


CAPÍTULO III
Art. 5º As situações que envolvem a saúde mental dos
DOS FATORES DE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
adolescentes devem ser identificadas pela equipe de NOS CENTROS SOCIOEDUCATIVOS
referência do Centro Socioeducativo.
Art. 8º São considerados fatores de prevenção do
Parágrafo único. Para os fins desta Portaria, compõem
a equipe de referência a que alude o caput deste suicídio de adolescentes em cumprimento de medida
artigo o Psicólogo, o Assistente Social, o Enfermeiro e socioeducativa de privação de liberdade:
o Socioeducador que atuam nos Centros I – Envolvimento em atividades pedagógicas: o
Socioeducativos, sob a responsabilidade e adolescente deve estar devidamente incluído nas
coordenação direta de seus respectivos diretores. atividades pedagógicas, inclusive aqueles portadores
Art. 6º No atendimento, a equipe de referência deverá de transtornos mentais, para que não sejam
identificar os fatores de risco que envolvem o contexto confinados em alas ou espaços diferenciados,
histórico, social e familiar do adolescente, garantindo a reinserção social;
considerando tanto fatos pretéritos como presentes,
II – Fortalecimento do vínculo familiar: realização de
identificados a partir do relato do adolescente e da
família, bem como de informações coletadas junto à atividades nos Centros Socioeducativos que
rede de Saúde Mental (Centro de Atenção Psicossocial, comportem a participação da família, tais como a
Hospital Mental etc), caso existam. realização do “Abraços em Família” e das visitas
familiares, além da realização e visitas domiciliares,
Art. 7º A equipe de referência deverá observar,
durante os atendimentos, os seguintes aspectos: dentre outras estratégias que possam contribuir para o
robustecimento das relações estabelecidas entre o
I – Se o adolescente apresenta comportamentos de
adolescente e sua família;
automutilação, ideação suicida, atos suicidas,
transtornos mentais leves ou graves; III – Acompanhamento e avaliação contínua do
II – Sobre o histórico de uso abusivo de substâncias adolescente: o jovem em situação de cumprimento de
psicoativas, crises de abstinência e transtornos medida socioeducativa de privação de liberdade
associados ao uso de substâncias psicoativas, coletado deverá contar com acompanhamento contínuo, a fim
a partir das declarações do adolescente e da família; de verificar a sua saúde mental.
III – Atenção às relações sociais vivenciadas pelo Art. 9º A avaliação das condições da saúde mental do
adolescente, tais como: isolamento, vínculos familiares adolescente em cumprimento de medida
rompidos, rejeição da família, términos de socioeducativa de privação de liberdade e os devidos
relacionamento, negligência e abuso sexual; encaminhamentos deverão se dar nas primeiras 24 h
V – Fatores da personalidade do adolescente, tais (vinte e quatro horas) do primeiro atendimento, nos
como: intolerância a frustração, humor depressivo, atendimentos periódicos ou quando necessário.
problemas emocionais e comportamentais, dentre
Art. 10. A equipe de referência deverá observar, para
outros.
fins de prevenção do suicídio nos Centros
VI – O nível do risco a que o adolescente está Socioeducativos, os seguintes procedimentos:
submetido, devendo ser classificado em:
I – Ao realizar o atendimento inicial, de rotina, deverá
a) Leve : risco que requer reavaliações periódicas da
haver uma triagem minuciosa visando identificar, já no
equipe de referência, atendimento psiquiátrico no
primeiro atendimento, possíveis sintomas que possam
Centro Socioeducativo e encaminhamento para o
Centro de Atenção Psicossocial (Caps); revelar a predileção do adolescente ao suicídio;

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II – Nos casos em que forem identificados sinais de V – Atuar com comprometimento ético, sigilo e não
automutilação, ideação suicida, atos suicidas e de constrangedor.
surto psicótico, o adolescente deve receber os
Art.12. A equipe de referência, ao realizar a escuta
devidos encaminhamentos para atendimento
qualificada, deve estar atenta a todos os sinais e
psiquiátrico de emergência, urgência ou mesmo
comportamentos de automutilação, ideação suicida,
internação em hospital de saúde mental, de acordo
comportamentos suicidas, avaliando os riscos como
com o nível do risco estabelecido no inciso VI, art. 7º,
leve, médio e grave.
desta Portaria;
Art.13. A equipe de referência deverá, na abordagem
III – Manutenção do adolescente em observação pelos
ao adolescente com propensão ao suicídio, observar os
profissionais do Centro Socioeducativo no período que
seguintes procedimentos:
sucede a sua internação em estabelecimento
hospitalar especializado. I – Identificar o risco e assegurar o atendimento
especializado ou de emergência, considerando a
§1º Cada caso deve ser visto na sua particularidade,
necessidade e a peculiaridade de cada caso;
considerando os detalhamentos do Manual de
Prevenção do Suicídio do Sistema Socioeducativo do II – Identificar se o adolescente tem algum
Estado do Ceará. acometimento psiquiátrico, devendo, em caso positivo,
requerer o atendimento psiquiátrico adequado;
§2º Nos casos em que seja necessário o isolamento do
III – Verificar se o adolescente faz uso de medicamento
adolescente que esteja em tratamento, este somente
psiquiátrico;
poderá se dar mediante decisão tomada entre a equipe
técnica e a direção do Centro Socioeducativo, baseada IV – Solicitar ao Diretor do Centro Socioeducativo e/ou
em justificativa fundamentada em critérios clínicos. ao Coordenador de Segurança que seja designado um
Socioeducador para realizar a vigilância diuturna do
adolescente que demonstra riscos de suicídio.
CAPÍTULO IV
Art. 14. Nos casos em que haja risco de cometimento
DAS ABORDAGENS VERBAIS E NÃO VERBAIS de suicídio por parte do adolescente, a equipe de
AO ADOLESCENTE COM IDEAÇÃO SUICIDA
referência e a direção da unidade devem adotar os
Art. 11. Para a identificação dos riscos de suicídio, seguintes procedimentos:
faz-se necessário realizar o reconhecimento dos I – Realojar o adolescente em um local mais próximo da
sentimentos e pensamentos do adolescente, devendo equipe e de melhor visualização;
os profissionais que compõem a equipe técnica:
II – Manter as chaves do dormitório próximas;
I – Levar em consideração os sentimentos e
III – Verificar os materiais que estão dentro do
pensamentos do adolescente diante do desejo e
dormitório ao alcance do adolescente, conforme os
comportamento suicida, observadas as suas
riscos apresentados;
fragilidades emocionais;
IV – Retirar os materiais que apresentem risco ao
II – Tomar todas as providências prontamente e afastar adolescente;
do adolescente todos os materiais que apresentem
V – Registrar o caso em livro de ocorrência do Centro
risco, tais como: lençóis, cadarço, perfuro cortantes,
Socioeducativo, para que toda a equipe tenha ciência
medicamentos, dentre outros;
dos riscos;
III – Demonstrar empatia e não menosprezar os
VI – Observar o comportamento dos demais
sentimentos e o discurso do adolescente diante do
adolescentes, tendo em vista os riscos de suicídio
momento de crise;
coletivo;
IV – Demonstrar tranquilidade nas situações de crise do VII – Manter toda a equipe alerta;
adolescente;
VIII – Definir com a equipe um plano de horários,
principalmente para a troca de plantões dos

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socioeducadores, considerando que os riscos de para atendimento psiquiátrico, além de requer a
suicídio aumentam nos plantões noturnos. realização dos atendimentos de enfermagem
necessários para atender as demandas de saúde física
Art. 15. Em razão do contato direto com o adolescente,
do adolescente.
o Socioeducador desempenha papel fundamental no
processo de prevenção ao suicídio, devendo ter
atenção redobrada e seguir as orientações desta
Art. 20. Nos casos de tentativas de suicídio, a equipe
Portaria e do Plano de Prevenção de Suicídio.
de referência deverá:
CAPÍTULO V
I – Retirar o adolescente da situação de risco, chamar o
DOS FATORES DE PROTEÇÃO AO ADOLESCENTE setor de saúde para prestar os primeiros atendimentos
Art. 16. No atendimento do adolescente deve ser e avaliação, em conjunto com o profissional de
assegurado a ética, o sigilo e o não constrangimento do psicologia, que deverá avaliar as condições de saúde
mesmo, devendo o jovem ser atendido em um lugar mental do adolescente;
privado, reservando a sua condição inicial para que II – Comunicar ao Diretor do Centro Socioeducativo
sejam feitos os devidos atendimentos de emergência acerca do ocorrido;
psiquiátrica.
III – Encaminhar o adolescente, após a verificação das
Art. 17. A comunicação deve ser feita condições de saúde, para atendimento de emergência
cuidadosamente, havendo empatia por parte do a rede hospitalar especializada, com objetivo de se
profissional, respeitando a fala do outro, mantendo a proceder a uma avaliação médica emergencial, além da
calma, o cuidado e equilíbrio. medicação do adolescente e verificação das
Art. 18. Em caso de adolescentes que sejam possibilidades de sua internação;
acometidos de transtornos psiquiátricos graves, a IV – Comunicar a família do adolescente acerca da
Central de Regulação de Vagas (CRV) deve ser internação, bem como orientar sobre os horários de
comunicada através de relatório circunstanciado para visita, em conjunto com o setor de Serviço Social do
que possa articular junto com os órgãos do Sistema de Hospital;
Justiça, em especial a Defensoria Pública, as medidas
judiciais adequadas. V – Manter vigilância 24 h (vinte quatro horas) do
adolescente, enquanto não houver evolução do
CAPÍTULO VI quadro, elaborando um Plano de Atendimento onde
DAS ORIENTAÇÕES OPERACIONAIS deverão ser abordadas estratégias de tratamento.
Art. 19. Ao ser realizado o atendimento e avaliação dos §1º A equipe de referência deverá atender o
riscos do adolescente, deve se atentar para as adolescente sem julgamentos e procurar compreender
particularidades de cada caso, devendo ser observado o contexto do comportamento suicida, utilizando a
o seguinte: técnica de aconselhamento.
I – Nos casos de crise em que eventualmente seja §2º Após os cuidados de emergência, será necessário
necessário o uso de força ou utilização de realizar a avaliação psiquiátrica e providenciar o
equipamentos de contenção – a exemplo de algemas, tratamento adequado, além da designação de um
o fato deve ser relatado no livro de ocorrência do Psicólogo especificamente para acompanhar o caso.
Centro Socioeducativo, bem como no instrumental
§3º A equipe de referência deverá elaborar, diante do
constante do Anexo Único desta Portaria, o qual
fato, um estudo de caso para acompanhamento da
deverá conter a justificativa para o uso de tal artifício;
família e do adolescente.
II – Nos casos em que o adolescente se utilize da
§4º Caso a família não resida nos Municípios em que a
automutilação, a equipe deve estar atenta e realizar
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
intervenções como o pronto atendimento do
Socioeducativo (Seas) possua Centros Socioeducativos,
adolescente, a conscientização e o encaminhamento
a equipe de referência deverá realizar uma

@PROFESSORROBSONSOUSA 72
programação para a realização de visitas domiciliares §2º Após a adoção das medidas de que tratam os
para acompanhamento da família, orientando-a sobre incisos deste artigo, a equipe de referência deverá
os encaminhamentos envolvendo o adolescente. traçar um plano de ação para atender aos familiares do
adolescente, bem como solicitar à equipe do Centro
Socioeducativo que intensifiquem as ações de
§5º A equipe de referência poderá designar um prevenção de suicídio – por meio de atendimentos
Socioeducador para, nos casos de internação, iniciais e grupais – e o reforço de segurança nos
acompanhar o adolescente durante todo o período, dormitórios, tendo em vista os riscos dos outros
devendo o Psicólogo e o Assistente Social realizar as adolescentes adotarem ações de igual ou similar
visitas institucionais, além de solicitar relatório da natureza.
equipe do hospital.
Art. 22. Em hipótese alguma devem ser feitos registros
§6º A equipe de referência deverá ainda comunicar a de imagens por parte de celulares particulares de
internação à Central de Regulação de Vagas (CRV), funcionários ou colaboradores.
através de relatório circunstanciado, para que possa
Parágrafo único. Caso alguma imagem seja divulgada
articular junto com os órgãos do Sistema de Justiça, em
ilegalmente, os envolvidos serão responsabilizados
especial a Defensoria Pública, a possibilidade de
administrativamente e criminalmente.
suspensão de execução da medida.
Art. 23. Em todos os casos envolvendo situações de
Art. 21. Nos casos de consumação de suicídio, a equipe
suicídio – tentado ou consumado, o Diretor do Centro
de referência deverá:
Socioeducativo deverá realizar a comunicação
I – Providenciar que a equipe de saúde do Centro imediata à Corregedoria, à Assessoria Especial de
Socioeducativo ateste a situação de óbito do Gestão e Comunicação, à Assessoria Especial de
adolescente; Diretrizes Socioeducativas e à Coordenadoria da Rede
II – Acionar a Polícia competente para averiguar o caso; Socioeducativa.

III – Zelar pela preservação da cena do suicídio até a Parágrafo único. Não é permitido que sejam passadas
chegada da Polícia; informações para Imprensa ou Terceiros, as quais
deverão ser realizadas exclusivamente pela Assessoria
IV – Realizar a comunicação da família do adolescente Especial de Gestão e Comunicação.
sobre o ocorrido, pessoalmente no endereço indicado
no prontuário do adolescente ou, na impossibilidade, Art. 24. A equipe de referência também deverá emitir
por outro meio de comunicação hábil; relatório ao Diretor do Centro Socioeducativo para
posterior encaminhamento aos órgãos do Sistema de
V – Informar à Superintendência do Sistema Estadual Justiça – Poder Judiciário, Ministério Público e
de Atendimento Socioeducativo (Seas) para que sejam Defensoria Pública, comunicando-os dos fatos
iniciados os procedimentos atinentes ao apoio ao ocorridos.
funeral do adolescente;
Art. 25. Além das comunicações anteriormente
VI – Acompanhar a família no reconhecimento do dispostas, a equipe de referência também deverá
corpo junto ao Instituto Médico Legal (IML), bem como encaminhar para o Superintendente da Seas, por meio
entregar os pertences do adolescente à família, de instrumental constante do Anexo Único desta
mediante protocolo de recebimento. Portaria, a narrativa detalhada dos fatos ocorridos.
§1º Nos casos de consumação de suicídio, compete ao Parágrafo único. Nos casos de tentativa de suicídio,
Diretor do Centro Socioeducativo realizar o registro do automutilações e consumação do suicídio, o
fato junto à delegacia competente, bem como instrumental constante do Anexo Único desta Portaria
providenciar todos os documentos inerentes ao fato, deverá ser preenchido e enviado no prazo de até 24hs
inclusive a Guia Amarela do Instituto Médico Legal (vinte e quatro horas) após o fato.
(IML).

@PROFESSORROBSONSOUSA 73
adolescentes e jovens contidas na Lei nº 8.690/90
(Estatuto da Criança e do Adolescente), mormente a
obrigatoriedade de efetivação dos direitos à vida, à
saúde, ao respeito e à dignidade; CONSIDERANDO as
competências do Poder Executivo Estadual definidas
no art. 4º da Lei nº 12.594/2012, em especial as de
CAPÍTULO VII
formular, instituir, coordenar e manter o Sistema
DA RELAÇÃO COM OS MEIOS DE Estadual de Atendimento Socioeducativo e criar,
COMUNICAÇÃO SOCIAL
desenvolver e manter programas para execução das
Art. 26. O relacionamento com os meios de medidas socioeducativas de Semiliberdade e
comunicação compete exclusivamente à Assessoria Internação; CONSIDERANDO que a Superintendência
Especial de Gestão e Comunicação desta do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento (Seas) é o órgão gestor do Sistema de Atendimento
Socioeducativo. Socioeducativo do Estado do Ceará; CONSIDERANDO
CAPÍTULO VIII que a Organização Mundial de Saúde declarou a
pandemia pelo Novo Coronavírus (COVID-19), havendo
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
uma rápida evolução do número de casos no Brasil,
Art. 27. A Assessoria Especial de Diretrizes sendo confirmado no Estado do Ceará, no dia 15 de
Socioeducativas e a Assessoria Especial de Gestão e março, com um considerável aumento de casos desde
Comunicação desta Superintendência deverão então; CONSIDERANDO as medidas que vem sendo
elaborar o Manual de Prevenção do Suicídio no adotadas, nesse sentido, no âmbito dos poderes
Sistema Socioeducativo do Estado do Ceará, no prazo públicos do Estado, em que diversos órgãos estão
de 30 (trinta) dias contados a partir da publicação desta suspendendo suas atividades, salvo as de caráter
Portaria. essencial; CONSIDERANDO a publicação do Decreto
Parágrafo único. O Manual de Prevenção do Suicídio Estadual nº 33.510, de 16 de março de 2020,
no Sistema Socioeducativo do Estado do Ceará será decretando situação de emergência em saúde e
disponibilizado no site da Superintendência do dispondo sobre medidas para enfrentamento e
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo contenção da infecção humana pelo Novo Coronavírus,
(Seas). no qual, em seu art. 3º, inciso V, informa a suspensão,
por 15 (quinze) dias, da “visitação em unidades
Art. 28. Esta Portaria entra em vigor na data de sua prisionais ou de internação do sistema socioeducativo
publicação. do Estado”; CONSIDERANDO a necessidade iminente
Art. 29. Ficam revogadas as disposições em contrário. de preservar a saúde dos socioeducandos e
colaboradores que laboram nos Centros de
Atendimento Socioeducativo do Estado; RESOLVE:
PORTARIA Nº 50/2020 – SEAS Art. 1º Instituir o Plano de Contingência para Infecção
do Novo Coronavírus no âmbito dos Centros de
INSTITUI O PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA
Atendimento Socioeducativo do Estado do Ceará, a
INFECÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS NO
fim de informar as recomendações técnicas para o
ÂMBITO DOS CENTROS DE ATENDIMENTO
desenvolvimento e a estruturação de uma vigilância
SOCIOEDUCATIVO DO ESTADO DO CEARÁ
que objetiva atualizar, informar e orientar os
O SUPERINTENDENTE DO SISTEMA ESTADUAL DE profissionais atuantes nos Centros de Atendimento
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, no uso de suas Socioeducativos e os socioeducandos, quanto aos
atribuições legais, CONSIDERANDO a prioridade das aspectos epidemiológicos e medidas de prevenção e
políticas de atendimento à infância e juventude controle do novo Coronavírus (2019-nCoV), com vistas
preconizadas pelo Art. 227 da Constituição Federal de a alertar a possível ocorrência de casos confirmados da
1988; CONSIDERANDO as normas referentes aos

@PROFESSORROBSONSOUSA 74
doença no Estado do Ceará, nos termos do Anexo colaboradores que laboram nos Centros de
Único desta Portaria. Atendimento Socioeducativo do Estado;
Art. 2º Esta Superintendência do Sistema Estadual de CONSIDERANDO a Portaria nº 39/2017-SEAS, que
Atendimento Socioeducativo realizará a divulgação e a institui e regulamenta as normas, rotinas e
correspondente atualização do Plano de Contingência procedimentos para realização de visitas nos centros
para Infecção do Novo Coronavírus. socioeducativos do estado do ceará; RESOLVE:
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data da sua Art. 1º Instituir o Plano de Retomada Gradual de Visitas
assinatura. Familiares nos Centros Socioeducativos da
Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
PORTARIA Nº 123/2020 – SEAS Socioeducativo do Estado do Ceará, nos termos do
INSTITUI O PLANO DE RETOMADA GRADUAL Anexo Único desta Portaria.
DE VISITAS FAMILIARES NOS CENTROS Art. 2º Esta Superintendência do Sistema Estadual de
SOCIOEDUCATIVOS DA SUPERINTENDÊNCIA Atendimento Socioeducativo realizará a divulgação e a
DO SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO correspondente atualização do Plano de Retomada
SOCIOEDUCATIVO DO ESTADO DO CEARÁ Gradual de Visitas Familiares nos Centros
Socioeducativos.
A SUPERINTENDENTE DO SISTEMA ESTADUAL DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, respondendo, no Art. 3º O plano instituído pela presente portaria poderá
uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO a ser revisto ou suspenso a qualquer momento, a
prioridade das políticas de atendimento à infância e depender da situação de pandemia.
juventude preconizadas pelo Art. 227 da Constituição Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data da sua
Federal de 1988; CONSIDERANDO as normas assinatura.
referentes aos adolescentes e jovens contidas na Lei nº
8.690/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), 1. INTRDODUÇÃO
mormente a obrigatoriedade de efetivação dos direitos O presente documento tem por escopo disciplinar o
à vida, à saúde, ao respeito e à dignidade; retorno Gradual de Visitas Familiares nos Centros
CONSIDERANDO as competências do Poder Executivo Socioeducativos da Superintendência do Sistema
Estadual definidas no art. 4º da Lei nº 12.594/2012, em Estadual de Atendimento Socioeducativo do Estado do
especial as de formular, instituir, coordenar e manter o Ceará.
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo e
No cenário atual, em que pese o Estado do Ceará ter
criar, desenvolver e manter programas para execução
instituído o estado de calamidade pública, os novos
das medidas socioeducativas de Semiliberdade e
casos de contágio pelo Covid-19 e os óbitos registrados
Internação; CONSIDERANDO que a Superintendência
encontram-se em regressão (curva descendente),
do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo
assim, o Estado do Ceará vem retomando suas
(Seas) é o órgão gestor do Sistema de Atendimento
atividades econômicas em fases distintas a depender
Socioeducativo do Estado do Ceará; CONSIDERANDO
de cada Região.
que a Organização Mundial de Saúde declarou a
pandemia pelo novo coronavírus Covid-19, havendo Diante desse cenário positivo e como medida de
uma rápida evolução do número de casos no Brasil, precaução, o plano observa todas as recomendações e
sendo confirmado no Estado do Ceará, no dia 15 de protocolos para a retomada gradual de visitas familiares
março, com um considerável aumento de casos desde aos adolescentes e jovens, com observância ao
então; CONSIDERANDO que o Governo do Estado do distanciamento social e ao uso obrigatório de máscaras,
Ceará vem avançado nas fases para retomada das determinado pela Lei nº 17.234, de 10 de Julho de 2020,
atividades em decorrência da diminuição de novos na qual “Torna obrigatória a utilização de máscaras de
casos e de números de óbitos diários em decorrência proteção pela população de modo em geral em espaços
do Covid-19. CONSIDERANDO a necessidade iminente de uso público e privado no Estado do Ceará, enquanto
de preservar a saúde dos socioeducandos e perdurar o estado de calamidade pública.”

@PROFESSORROBSONSOUSA 75
Nesse sentido, seguimos as orientações constantes no informará o repasse de todas as informações de
Plano de Contingência do Sistema Estadual de prevenção observando os protocolos e recomendações
Atendimento Socioeducativo do Estado do Ceará, na dos órgãos de saúde e de vigilância sanitária.
Nota Técnica 04/2020 e na observância às orientações
• O uso de máscara e o atendimento aos demais
e recomendações da Organização Mundial da Saúde –
procedimentos de segurança repassados são
OMS, do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde
obrigatórios, evitando-se contatos físicos e
(Sesa) para a retomada das atividades com segurança,
cumprimentos, tais como abraços, apertos de mãos e
com a expedição da Portaria nº 1.565, publicada no
beijos.
DOU em 19 de Junho de 2020, ao Decreto Estadual
nº 33.730, de 29 de agosto de 2020, que prorroga o • Cada horário contará com a programação de, no
isolamento social no estado do ceará, renova a política máximo, 10 (dez) jovens e 10 (dez) visitantes,
de regionalização das medidas de isolamento social no totalizando 20 (vinte) pessoas, divididas em, no
estado do Ceará, renova a política de regionalização mínimo, 02 (duas) salas, com distanciamento social de,
das medidas de isolamento social. no mínimo, 2 m (dois metros) durante as vistas.

A retomada gradual será iniciada a partir dos dias 12 e • Entre os horários de visita, haverá um intervalo de 30
13 de setembro de 2020 para Fortaleza e reavaliado min para higienização das salas e movimentação dos
gradualmente de acordo com as orientações dos jovens, dentro das normas de prevenção ao Covid-19.
setores responsáveis pelo monitoramento e evolução • Fica proibida a entrada de alimentação e outros
da Pandemia Covid-19 no Estado do Ceará. materiais (cartas, fotos, folhas e cola para artesanato,
Para a retomada das Visitas Familiares nos Centros etc), como medida de combate à infecção pelo novo
Socioeducativos deverá ser observado o conteúdo da coronavírus.
Portaria 39/2017, que institui e regulamenta as • Excepcionalmente, poderão ser agendadas visitas
normas, rotinas e procedimentos para realização de durante a semana para os familiares que residam no
visitas nos centros socioeducativos do estado do ceará, interior do Estado e para outros casos específicos,
e considerando a Pandemia de Covid-19, devem, a sempre previamente agendados com a equipe técnica.
partir de agora, observar obrigatoriamente as normas
que seguem abaixo. • Para os jovens que não tiverem visitas presenciais
durante a semana, deverão ser mantidas as ligações
2. PLANO DE RETOMADA DAS VISITAS. por videochamadas, de acordo com as diretrizes já
2.1. REGRAS A SEREM OBSERVADAS. estabelecidas.

• Somente será permitido 1 (um) visitante por • Fica proibida a entrada, durante as visitas, de
adolescente; crianças, de adolescentes e de pessoas consideradas
como Grupo de Risco.
• O visitante deverá se deslocar sozinho para unidade
considerando que não será permitida a entrada de • Adolescentes e jovens com suspeita e/ou sintomas
mais de uma pessoa por adolescente para a realização deverão continuar o período de quarentena e de
da visita. isolamento social conforme previsão no Plano de
Contingência da Seas.
• A duração da visita será de 1h30 durante os finais de
semana, conforme horários constantes no subitem 2.2. • Adolescentes e jovens que por ventura tiveram
e mediante prévio agendamento. positivos para o Covid-19 deverão ter suas visitas
suspensas por um período de 30 (trinta) dias, sendo
• A visita será realizada a cada 15 (quinze) dias,
autorizado a retomada somente após a avaliação de
podendo haver o revezamento entre os familiares que
saúde pela equipe responsável da Unidade.
estiverem cadastrados com essa finalidade.
• O ingresso nos Centros Socioeducativos obedecerá às
• Todas as visitas deverão ser agendadas junto às
normas e protocolos do Plano de Contingência de
Coordenações Técnicas dos Centros Socioeducativos
prevenção e enfrentamento à pandemia do novo
que informarão a data e o horário de visita, bem como

@PROFESSORROBSONSOUSA 76
coronavírus (Covid – 19), da Secretaria da Saúde, e às O SUPERINTENDENTE DO SISTEMA ESTADUAL DE
normas e protocolos estabelecidos pela Organização ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, no uso de suas
Mundial da Saúde das Nações Unidas (OMS/ONU) e atribuições legais e com fundamento no inciso IV, art.
Ministério da Saúde. 4º da Lei nº 12.594/2012, e CONSIDERANDO a
prioridade das políticas de atendimento à infância e
• O visitante deverá comparecer à unidade de máscara,
juventude preconizadas pelo Art. 227 da Constituição
e permanecer fazendo uso da mesma, submetendo-se
Federal de 1988; CONSIDERANDO as normas
à higienização das mãos e à triagem de saúde com
referentes aos adolescentes e jovens contidas na Lei nº
verificação de temperatura.
8.690/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente),
• Caso algum adolescente ou jovem venha a apresentar mormente a obrigatoriedade de efetivação dos direitos
sintomas após o agendamento da visita, esta será à vida, ao respeito e à dignidade, que se concretizam
suspensa até a liberação do mesmo pela equipe de na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
saúde da unidade, devendo a equipe técnica moral, bem como na proibição de tratamento
comunicar à família imediatamente. desumano; CONSIDERANDO as competências do Poder
• Nos Centros Socioeducativos que já estejam fazendo Executivo Estadual definidas no art. 4º da Lei nº
uso do Body Scanner como forma de vistoria, será 12.594/2012, em especial as de formular, instituir,
obrigatório o cadastro presencial prévio a ser realizado coordenar e manter o Sistema Estadual de
no próprio centro. Atendimento Socioeducativo e criar, desenvolver e
manter programas para execução das medidas
• O cadastro prévio constante no item anterior será socioeducativas de Semiliberdade e Internação;
realizado, preferencialmente, nos dias em que as CONSIDERANDO que a Superintendência do Sistema
visitas não estejam ocorrendo, a fim de evitar Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) é o
aglomerações de pessoas. órgão gestor do Sistema de Atendimento
2.3. PROGRAMAÇÃO DOS HORÁRIOS PARA VISITA: Socioeducativo do Estado do Ceará; CONSIDERANDO a
previsão contida no art. 49, inciso II da Lei nº
(Sábado e Domingo).
12.594/2012, que estabelece como direito do
Manhã. adolescente submetido ao cumprimento de medida
08:00 às 09:30h. socioeducativa ser incluído em programa de meio
aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de
10:00 às 10:30h medida de privação da liberdade, exceto nos casos de
Tarde. ato infracional cometido mediante grave ameaça ou
violência à pessoa, quando o adolescente deverá ser
13:30 às 15:00h.
internado em Unidade mais próxima de seu local de
15:30 às 17:00h. residência; CONSIDERANDO as disposições contidas na
Resolução nº 165, do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que estabelecem normas gerais para o
PORTARIA Nº 067/2021 – SEAS atendimento, pelo Poder Judiciário, ao jovem e ao
adolescente em situação de cumprimento de medida
DISPÕE SOBRE A APLICAÇÃO DO INCISO II, de Internação Provisória, Internação Sanção e do
ART. 49, DA LEI Nº12.594, DE 18 DE JANEIRO cumprimento das medidas socioeducativas;
DE 2012, NO ÂMBITO DO SISTEMA ESTADUAL CONSIDERANDO o inteiro teor do Acórdão proferido
DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO nos autos do Habeas Corpus Nº 143.988/ES, que
ESTADO DO CEARÁ, E REGULAMENTA O determina: “[…] Que as unidades de execução de
FUNCIONAMENTO DA CENTRAL DE REGULAÇÃO medida socioeducativa de internação de adolescentes
DE VAGAS DO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO DO não ultrapassem a capacidade projetada de internação
ESTADO DO CEARÁ E DÁ OUTRAS prevista para cada unidade, nos termos da impetração
PROVIDÊNCIAS e extensões”; CONSIDERANDO o inteiro teor da

@PROFESSORROBSONSOUSA 77
Resolução nº 367/2021 do Conselho Nacional de Sistema de Atendimento Socioeducativo do Estado do
Justiça, que legitima a atuação da Central de Vagas Ceará, competindo-lhe:
estabelecendo procedimentos e critérios a serem
I – Gerir todas as informações relacionadas às vagas
observados pelo Poder Judiciário e seus serviços
disponíveis nos Centros Socioeducativos do Estado do
auxiliares no âmbito do sistema socioeducativo;
Ceará, nos quais são executadas as medidas
CONSIDERANDO a imperiosa decisão do Supremo
socioeducativas de Internação e Semiliberdade e as
Tribunal Federal, Acórdão proferido nos autos do
medidas de Internação Provisória e Internação Sanção;
Habeas Corpus Nº 143.988/ES, e da previsão legal
contida no Art. 12. da Resolução 367/2021 do Conselho II – Definir a capacidade de vagas dos Centros
Nacional de Justiça, em que estabelecem que os Socioeducativos, observando a normativa legal contida
Centros Socioeducativos não poderão ultrapassar no inciso II do Art. 6º da Resolução 367/2021 do
100% da capacidade projetada de vagas, bem como, a Conselho Nacional de Justiça, estabelecendo a
importância de tempo mínimo para avaliação quanto a capacidade de vaga por medida em cumprimento;
necessidade de manutenção da medida socioeducativa III – A capacidade de vagas deverá ser respeitada
por parte do Sistema Justiça, frente ao fluxo intenso de rigorosamente observando-se o perfil da Unidade
ingresso de adolescentes ou jovens no sistema quanto ao tipo de medida, em conformidade com o
socioeducativo, e necessidade de uma margem que Anexo I desta Portaria.
possibilite ao Magistrado a proferir decisões em tempo
hábil; CONSIDERANDO que o inciso II do Art. 6º da IV – Elaborar e gerenciar, por meio de sistema
Resolução 367/2021 do Conselho Nacional de Justiça informatizado, os dados relativos à lista de espera de
estabelece que são objetivos da Central de Vagas: adolescentes e jovens que aguardam vaga para
“prezar para que a definição da capacidade real de ingresso em algum dos Centros Socioeducativos do
vagas dos Sistemas Estaduais de Atendimento Estado do Ceará;
Socioeducativos observe a separação de vagas entre V – Disponibilizar aos membros indicados pelas
internação provisória, semiliberdade, internação e Coordenadorias da Infância e Juventude do Poder
internação sanção, bem como a separação entre vagas Judiciário do Estado do Ceará, do Ministério Público do
femininas e masculinas, observados, ainda, os critérios Estado do Ceará, Defensoria Pública do Estado do
de idade, compleição física e gravidade da infração”; Ceará e Grupo de Monitoramento e Fiscalização do
CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de estabelecer Sistema Carcerário e de Execução de Medidas
critérios objetivos e transparentes para o ingresso dos Socioeducativas (GMF), acesso ao sistema
adolescentes e jovens nas Unidades Socioeducativas informatizado e às informações relativas às vagas do
do Estado do Ceará. RESOLVE: Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo;
Art. 1º A regulação das vagas do Sistema de VI – Receber e cadastrar as requisições judiciais sobre
Atendimento Socioeducativo do Estado do Ceará, vagas para atendimento de adolescente em conflito
bem como o fluxo de atendimento das decisões com a Lei nos Centros Socioeducativos do Estado do
judiciais que determinem a aplicação de medidas Ceará responsáveis pela execução das medidas
socioeducativas de meio fechado (internação e socioeducativas de Internação, Semiliberdade,
semiliberdade), de internação provisória e internação Internação Provisória e Internação Sanção;
sanção ficam disciplinados na forma desta Portaria.
VII – informar sobre a existência ou expectativa de vaga
CAPÍTULO I nos Centros Socioeducativos do Estado do Ceará à
DA CENTRAL DE REGULAÇÃO DE VAGAS autoridade judiciária competente, no prazo de até 24
horas, contados do recebimento da solicitação de vaga;
Art. 2º A Central de Regulação de Vagas (CRV),
unidade administrativa da Superintendência do VIII – priorizar a manutenção do adolescente na
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo localidade onde reside ou na região do domicílio de
(Seas), é o órgão responsável pela gestão das vagas do seus pais, e, na inexistência de vaga na sua região,
informar sobre a possibilidade de encaminhamento

@PROFESSORROBSONSOUSA 78
para cumprimento de medida socioeducativa em outra §2º Em nenhuma hipótese, a ocupação das Unidades
região; excederá 100% da capacidade projetada.
IV – Manter atualizados os dados dos adolescentes em §3º Na iminência do descumprimento do HC nº
atendimento, apreendidos ou que aguardam 143.988, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em 25
disponibilização de vagas para iniciar ou continuar o de agosto de 2020, alcançados 90% da capacidade de
cumprimento de medidas socioeducativas. Internação, a Central de Regulamentação de Vagas
poderá deixar de conceder vaga, visando a garantia de
vaga para adolescentes ou jovens aos quais se imputam
autoria de atos infracionais de natureza grave.
§4º Ultrapassado 90% da capacidade das vagas de
CAPÍTULO II Internação, a Central de Regulamentação de Vagas
DAS VAGAS DO SISTEMA ESTADUAL DE deverá informar à autoridade judiciária competente e
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO apresentar lista de jovens que já se encontram em
cumprimento de medidas socioeducativas de meio
Art. 3º As vagas do Sistema Estadual de Atendimento fechado, cujos atos não configurem violência ou grave
Socioeducativo são definidas por Centro ameaça, considerando o ranking de pontuação
Socioeducativo, nos termos do Anexo I desta Portaria. elencada pelo sistema de gestão de informação.
§1º Para fins de recebimento de adolescentes nos §5º A lista referida no parágrafo anterior servirá como
Centros Socioeducativos do Estado do Ceará deverá ser parâmetro à autoridade judiciária, que entendendo
respeitada a capacidade de vagas instalada de cada pertinente, promoverá a reavaliação prevista no Art.
Centro. 43 da Lei 12.594/2012.
Art. 5º No caso de inexistência de vagas e não se
§2º Não serão definidas quotas de vagas por Comarca.
enquadrando a situação em alguma das hipóteses dos
§3º O Anexo II desta Portaria estabelece a parágrafos do artigo anterior, o adolescente a quem
regionalização do atendimento socioeducativo de tenha sido imposta o cumprimento de medida
acordo com os Municípios do Estado do Ceará. socioeducativa, ficará aguardando a disponibilização
da vaga em lista de espera, elaborada de acordo com a
§4º O Anexo I desta Portaria estabelece as vagas de pontuação definida no Anexo III desta Portaria, de
acordo com o tipo de medida em cumprimento; acordo com Art. 9º da Resolução 367/2021 do
Art. 4º Para fins de recebimento de adolescentes nos Conselho Nacional de Justiça;
Centros Socioeducativos do Estado do Ceará, aos quais §1º A Lista de Espera deverá obedecer aos critérios de
tenha sido imposta medida socioeducativa de meio pontuação e prazos estabelecidos na Resolução
fechado, bem como as medidas de internação 367/2021 do Conselho Nacional de Justiça.
provisória e internação sanção, deverá ser respeitada §2º Na hipótese do parágrafo anterior, é de
a capacidade máxima de vagas de cada Centro. competência da autoridade judiciária decidir se o
adolescente deverá aguardar o surgimento de vaga
§1º A vaga deverá ser solicitada de acordo com a em sua residência ou em programa de medida
medida aplicada: socioeducativa de meio aberto.
I – Ainda que o jovem esteja em cumprimento de §3º A Central de Regulação de Vagas deverá
Internação Provisória e sobrevenha sentença, comunicar à autoridade judicial solicitante, a
aplicando medida socioeducativa de Internação ou informação, para fins de aplicação do inciso II, art. 49,
Semiliberdade, deverá ser solicitada nova vaga; da Lei nº 12.594/2012, que estabelece que, o
adolescente deverá ser incluído em programa de meio
II – Ainda que o jovem esteja em cumprimento de aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de
Internação Provisória ou Semiliberdade e sobrevenha medida de privação da liberdade, exceto nos casos de
decisão aplicando Internação Sanção, deverá ser ato infracional cometido mediante grave ameaça ou
solicitada nova vaga; violência à pessoa, quando o adolescente deverá ser

@PROFESSORROBSONSOUSA 79
internado em Unidade mais próxima de seu local de §2º Toda a documentação correspondente a cada
residência. solicitação deverá ser encaminhada para a Central de
§4º Em conformidade com §3º do Art. 9º da Resolução Regulação de Vagas (CRV) por meio do sistema
367/2021 do Conselho Nacional de Justiça, o informatizado.
magistrado deverá respeitar rigorosamente a ordem §3º Todas as orientações para acesso ao sistema
de classificação da lista de espera elaborada pela deverão ocorrer via correio eletrônico, através do
Central de Vagas, vedada a determinação de admissão endereço central.vagas@seas.ce.gov.br. Caso necessário,
de adolescente em unidade socioeducativa sem prévia documentos físicos deverão ser encaminhados ao
e regular solicitação e consequente designação da endereço da Central de Regulação de Vagas (CRV),
vaga pelo órgão gestor. situada na Rua Tabelião Fabião, nº 114, Bairro Presidente
§5º Transcorridos 150 dias desde a inclusão do Kennedy, Fortaleza/CE, CEP 60320-010.
adolescente na lista de espera sem que haja Art. 8º O ingresso dos adolescentes e jovens nos
disponibilidade de vaga, a Central de Regulação de Centros Socioeducativos do Estado do Ceará, deverá
Vagas enviará solicitação ao Juiz competente, para que, observar as seguintes etapas:
ouvidos o Ministério Público e a Defesa, reavalie a
I – Solicitação de vaga, mediante ofício expedido pela
pertinência da manutenção ou revogação da medida
autoridade competente, via sistema informatizado on-
socioeducativa imposta.
line, anexando os documentos pertinentes:
§6º Revogada ou substituída a medida socioeducativa
ou não sobrevindo decisão judicial determinando sua II – A vaga deverá ser solicitada de acordo com a
manutenção no prazo de 30 (trinta) dias, contados da medida aplicada:
solicitação referida no parágrafo anterior, o a) ainda que o jovem esteja em cumprimento de
adolescente será excluído da lista de espera pela Internação Provisória, e, sobrevenha sentença,
Central de Regulação de Vagas. aplicando medida socioeducativa de Internação ou
Art. 6º Será disponibilizado para todos os Magistrados Semiliberdade, deverá ser solicitada nova vaga;
que integram o Poder Judiciário do Estado do Ceará, b) ainda que o jovem esteja em cumprimento de
que possuam competência para julgar os processos Internação Provisória ou Semiliberdade e sobrevenha
relativos a apuração de ato infracional praticado por decisão aplicando Internação Sanção, deverá ser
adolescentes e de execução de medida socioeducativa, solicitada nova vaga;
amplo acesso aos dados sobre as vagas do sistema
socioeducativo do Estado do Ceará, visando subsidiá- III – Análise administrativa realizada pela Central de
los na tomada de suas decisões. Regulação Vagas, observando os requisitos contidos na
Resolução nº 165 e na Resolução nº 367, ambas do
CAPÍTULO III
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os definidos nesta
DA SOLICITAÇÃO DE VAGAS NO ÂMBITO DO Portaria;
SISTEMA ESTADUAL DE ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO IV – Resposta da Central de Regulação de Vagas à
solicitação, informando da existência ou não da vaga,
Art. 7º As solicitações de vagas para o ingresso de
observando os critérios específicos constantes do
adolescentes e jovens a quem lhe tenha sido imputado,
Anexo I desta Portaria, bem como o inciso II, art. 49, da
por decisão judicial, medida socioeducativa de meio
Lei nº 12.594/2012 e Resolução nº 367/2021 do
fechado (internação e semiliberdade) ou medida de
Conselho Nacional de Justiça;
internação provisória e internação sanção, será realizada
por meio de sistema informatizado, desenvolvido e V – Realização do ingresso do adolescente ou jovem no
mantido pela Superintendência do Sistema Estadual de Centro Socioeducativo indicado pela Central de
Atendimento Socioeducativo (Seas). Regulação de Vagas.
§1º Somente serão aceitas solicitações de vagas Art. 9º Todas as solicitações recebidas, independente
realizadas pelas autoridades judiciárias. do mérito, serão respondidas ao juízo solicitante, no

@PROFESSORROBSONSOUSA 80
prazo de 24 horas, sempre respeitando a ordem CAPÍTULO IV
cronológica das solicitações. DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA
INGRESSO EM CENTRO SOCIOEDUCATIVO
§1º Havendo disponibilidade de vaga, a Central de
Regulação de Vagas (CRV) indicará o Centro Art. 12. O ingresso do adolescente em unidade de
Socioeducativo para o cumprimento da medida, internação e semiliberdade, só ocorrerá mediante a
devendo, no prazo de 24 horas, comunicar ao juízo apresentação de guia de execução, devidamente
responsável pela fiscalização da unidade indicada, nos instruída, expedida pelo juiz do processo de
termos do §2º do art. 6º da Resolução nº 165 do conhecimento.
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Art. 13. A guia de internação provisória será instruída,
§2º Não havendo disponibilidade de vaga, a Central de obrigatoriamente, com os seguintes documentos, além
Regulação de Vagas (CRV) deverá proceder nos termos de outros considerados pertinentes pela autoridade
do art. 4º desta Portaria. judicial:
§3º As informações referentes ao jovem ou I – Cópias de documentos de caráter pessoal do
adolescente objeto da solicitação de vaga serão adolescente, existentes no processo de conhecimento,
registradas em sistema próprio, para inclusão em fila especialmente os que comprovem sua idade;
de espera, conforme critérios estabelecidos nesta II – Cópias da Representação e/ou pedido de
Portaria e Resolução 367/2021 do Conselho Nacional Internação Provisória;
de Justiça.
III – cópias da Certidão de Antecedentes;
Art. 10. Nos casos de solicitação de vaga para maior de IV – Cópias da decisão que determinou a Internação ou
18 anos, que além do ato infracional/medida Internação Sanção.
socioeducativa, responder em liberdade a processo-
crime, a Central de Regulação de Vagas providenciará, Parágrafo Único. Quando a medida cautelar for
junto a Vara de Execução da medida socioeducativa, a decretada durante Plantão Judiciário, a Guia de
apresentação do jovem, visando a análise prevista no Internação Provisória será expedida e enviada pelo Juiz
§1º do Art. 46 da Lei nº 12.594/2012. de conhecimento, no prazo de 48h.

Parágrafo Único. Nos casos de encaminhamento de Art. 14. Prolatada a sentença e mantida a medida
maior de 18 anos, que tenha sido beneficiado por socioeducativa privativa de liberdade, seja de
alvará de soltura em virtude de processo-crime, Internação ou Semiliberdade, deverá o juízo do
deverá ser realizada a apresentação do jovem à Vara processo de conhecimento comunicar, em 24 (vinte e
de Execução da medida socioeducativa, pela Unidade quatro) horas e remeter cópia dos seguintes
do Sistema Prisional na qual se encontrava preso, e, documentos ao órgão gestor do atendimento
somente após análise judicial, deverá ser realizado o socioeducativo e ao juízo da execução:
encaminhamento do mesmo ao Sistema I – Sentença ou acórdão que decretou a medida;
Socioeducativo, ante a indispensável necessidade de
II – Estudos técnicos realizados durante a fase de
solicitação de vaga ao Poder Executivo e a possível
conhecimento;
aplicabilidade do §1º do Art. 46 da Lei 12.594/2012.
III – histórico escolar, caso existente.
Art. 11. Em quaisquer casos previstos no artigo 8º
desta Portaria, havendo sentença penal condenatória Art. 15. Tratando-se de adolescente submetido a
em regime semiaberto ou fechado, o Juízo internação sanção, deverá ser encaminhado cópia do
competente deverá ser informado para fins de análise Termo de Audiência em que foi decretada a medida.
da incidência do inciso III do Art. 46 da Lei 12.594/2012. Parágrafo Único. Havendo decisão judicial de
internação sanção, imposta a adolescente que não
está privado de liberdade em Centro Socioeducativo,
é necessário encaminhamento do termo de audiência

@PROFESSORROBSONSOUSA 81
que decretou a Internação Sanção e os documentos estabelecida no respectivo mandado pela autoridade
contidos no Art. 13 e incisos, desta Portaria. judiciária competente.
CAPÍTULO V §1º Os jovens e adolescentes apreendidos por força
DA EFETIVAÇÃO DAS VAGAS de mandado de busca e apreensão, oriundos das
Varas da Infância de Fortaleza, deverão ser
Art. 16. O ingresso de adolescentes e jovens nos apresentados pela autoridade policial à autoridade
Centros Socioeducativos deve ocorrer,
judiciária competente, na forma estabelecida no caput
obrigatoriamente, entre 8 (oito) e 16 (dezesseis) horas,
deste artigo, salvo se seu cumprimento se der fora do
devendo sua apresentação ser efetuada mediante
expediente forense.
apresentação dos documentos elencados no Art. 6º
desta Resolução. §2º Na capital cearense, nos casos em que o
cumprimento de mandado de busca e apreensão se der
Parágrafo Único. Nas Unidades de Recepção, o
fora do expediente forense, deverá a autoridade
ingresso de adolescentes ou jovens poderá ocorrer a
policial encaminhar o jovem ou adolescente à
qualquer hora, devendo ser priorizado o ingresso de Unidade de Recepção, mediante apresentação de,
8h às 17h, para realização de atendimento técnico pelos menos, ofício de encaminhamento assinado pelo
adequado.
Delegado de Polícia competente, cópias do mandado
Art. 17. É obrigatória a realização de exame corpo de de busca e apreensão, documento de identificação
delito no adolescente ou jovem antes de seu ingresso pessoal e exame de corpo de delito.
nos Centros Socioeducativos e Unidade de Recepção. §3º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, a
Art. 18. Em conformidade com inciso I da Resolução Unidade de Recepção deverá realizar a apresentação
367/2021 do Conselho Nacional de Justiça, fica do jovem à autoridade judiciária competente no
estipulado o prazo máximo de 05 (cinco) dias, primeiro dia útil subsequente a data da apreensão.
contados a partir da data em que for comunicada à §4º Em nenhuma hipótese os Centros Socioeducativos
autoridade judiciária a existência de vaga, para o
e Unidades de Recepção, receberão adolescentes ou
ingresso do adolescente ou jovem na unidade indicada.
jovens encaminhados com a apresentação de
Parágrafo Único. Caso o ingresso não seja realizado no mandado de busca e apreensão fora do prazo
prazo previsto no caput deste artigo, a vaga poderá ser estabelecido no Art. 47 da Lei nº 12.594/2012.
disponibilizada pela Central de Regulação de Vagas
para outra autoridade solicitante, ou para a mesma
CAPÍTULO VIII
autoridade, desde que seja encaminhada nova
solicitação de vaga. DA TRANSFERÊNCIA INTERNA

CAPÍTULO VI Art. 21. Compreende-se como transferências internas,


DOS CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO
as transferências realizadas entre Centros
CENTRO SOCIOEDUCATIVO Socioeducativos geridos pela Superintendência do
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo
Art. 19. Para a definição do Centro Socioeducativo no
(Seas), ou seja, entre os Centros Socioeducativos do
qual se dará o ingresso do adolescente, a Central de
Estado do Ceará.
Regulação de Vagas (CRV) observará o que dispõe o
inciso VI, Art. 124 c/c Art. 125 da Lei nº 8.069/90. Art. 22. É de competência da Central de Regulação de
CAPÍTULO VII
Vagas e da Coordenação da Rede Socioeducativa a
deliberação sobre transferências de jovens entre os
DO CUMPRIMENTO DE MANDADO DE Centros Socioeducativos do Estado do Ceará.
BUSCA E APREENSÃO
§1º Cabe à Central de Regulação de Vagas comunicar
Art. 20. O mandado de busca e apreensão deverá ser
a autoridade judiciária responsável pela execução da
cumprido pela autoridade policial na forma
medida socioeducativa, em até 02 (dois) dias úteis,
sobre a transferência do socioeducando.

@PROFESSORROBSONSOUSA 82
§2º Em caráter excepcional, visando resguardar a gestão do Sistema Estadual de Atendimento
incolumidade do socioeducando, poderá ser realizada Socioeducativo, e perdurará pelo tempo estritamente
a transferência entre Centros Socioeducativos de necessário à superação da crise ou situação de
cidades distintas, devendo a Central de Regulação de emergência que a justificou.
Vagas, no prazo de 01 (um) dia útil, justificar, por meio
§ 3º. Recebida a comunicação sobre transferência
de ofício à autoridade judiciária responsável pela
realizada na hipótese do inciso I, o juiz intimará o
execução da medida socioeducativa, bem como
Ministério Público e a defesa para ciência e
realizar a articulação necessária para regularizar a
manifestação.
situação processual do socioeducando, no prazo
máximo de 05 (cinco) dias úteis. § 4º. Em qualquer hipótese, a transferência entre
unidades socioeducativas deverá respeitar o
§3º As transferências internas que alteram o local do
percentual de 100% da taxa de ocupação dos
cumprimento da medida quanto ao município, e que,
estabelecimentos socioeducativos envolvidos.
portanto, alteram necessariamente a Vara Judiciária
competente pela execução da medida socioeducativa,
deverão ser articuladas com o Poder Judiciário.
CAPÍTULO IX

Art. 23. A transferência entre unidades DA TRANSFERÊNCIA EXTERNA


socioeducativas será excepcional e devidamente Art. 24. Compreende-se como Transferências Externas
fundamentada no Plano Individual de Atendimento as transferências entre Centros Socioeducativos
(PIA), podendo ocorrer nas seguintes hipóteses: administrados por órgãos diferentes, que envolvem,
I – Gerenciamento de crises ou emergências portanto, unidades federativas distintas.
identificadas pelas equipes da unidade, tais como risco Art. 25. É indispensável a autorização prévia do Poder
iminente de morte do adolescente ou à sua integridade Judiciário para realização de transferências externas.
física, motins e rebeliões, mediante comunicação à CAPÍTULO X
autoridade judiciária;
DO DESLIGAMENTO FUGA E EVASÃO
II – Por solicitação do adolescente ou responsável legal,
decorrente de mudança de domicílio que implique Art. 26. Nos casos de desligamento, fuga ou evasão de
alteração de competência, comunicando-se jovens e adolescentes, em quaisquer programas de
imediatamente, o sistema de justiça, nos autos do medidas socioeducativas mantidos pela
processo de conhecimento ou de execução para que se Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento
promova avaliação da necessidade de eventual Socioeducativo (Seas), a Direção do Centro
delegação de execução da medida imposta mediante Socioeducativo que se encontrava com a guarda do
decisão judicial, ouvidos o Ministério Público, defesa e adolescente deverá comunicar imediatamente a
a Seas; Central de Regulação de Vagas.
§1º A comunicação prevista no caput deste artigo não
III – para adequação à capacidade de ocupação da
exclui a obrigatoriedade de comunicação à
unidade, nos termos do inciso III do artigo anterior,
autoridade judiciária competente, que também
mediante decisão judicial, ouvidos o Ministério Público
deverá ser realizada pela Direção do Centro
e a defesa.
Socioeducativo.
§ 1º. A transferência entre unidades não poderá ser §2º Não sendo possível a realização da comunicação
utilizada como sanção disciplinar. imediata, deverá ser observado o prazo máximo de
§ 2º. A transferência para fins de gerenciamento de 1 (um) dia útil.
crise ou emergência dar-se-á de forma excepcional e
subsidiária, quando todas as tentativas de adesão à
medida socioeducativa tiverem sido esgotadas pela

@PROFESSORROBSONSOUSA 83
CAPÍTULO XI âmbito dos Centro Socioeducativos do Estado do
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Ceará, notadamente no Parágrafo Único do Art. 43;
Considerando a necessidade de respeito à integridade
Art. 27. Os Centros Socioeducativos devem física, moral e à dignidade da pessoa humana, previstas
encaminhar para a Central de Regulação de Vagas no inciso III do caput do art. 1º e o inciso III do caput do
(CRV), diariamente e preferencialmente até as 9 (nove) art. 5º da Constituição, que dispõem sobre a proteção
horas, através de correio eletrônico, a relação nominal e a promoção da dignidade da pessoa humana e sobre
e atualizada dos socioeducandos, inclusive a proibição de submissão ao tratamento cruel,
desumano e degradante; Considerando a Resolução
relacionando todos os socioeducandos desligados,
nº. 2010/16, de 22 de julho de 2010, das Nações Unidas
seja por evasão, transferência, decisão judicial, sobre o tratamento de mulheres presas e medidas não
falecidos ou outras hipóteses de desligamento. privativas de liberdade para mulheres infratoras
Art. 28. A inobservância das normas constantes desta (Regras de Bangkok); considerando o Pacto de San José
Portaria poderá implicar aos servidores ou da Costa Rica, que determina o tratamento
colaboradores deste órgão a responsabilização nas humanitário dos presos e, em especial, das mulheres
esferas cível, administrativa e penal pelo exercício em condição de vulnerabilidade. Considerando as
deliberações realizadas na audiência pública realizada
irregular de suas atribuições, quando resultar em
no dia 31/10/23 na Assembleia Legislativa do Estado do
prejuízo ao erário ou a terceiros. Ceará; considerando os relatórios de inspeção
Art. 29. Esta Portaria entra em vigor na data de sua enviados pelo Sistema de Garantia de Direitos;
publicação. Considerando as recomendações do Ministério Público
do Estado do Ceará, notadamente a 78ª Promotoria da
Art. 30. Revogam-se as disposições em contrário.
Infância e Juventude de Fortaleza/CE.
INSTRUÇÃO NORMATIVA – R E S O L V E:
SEAS/2023
1. Não será admitido o uso de algemas em
INSTRUÇÃO NORMATIVA QUE REGULAMENTA adolescentes, salvo quando expedida justificativa
O USO DE ALGEMAS NO ÂMBITO DO SISTEMA escrita e assinada pelo (a) profissional que efetuou, em
SOCIOEDUCATIVODO ESTADO DO CEARÁ, excepcionalidade, o procedimento de algemação com
PREVISTA NAS DELIBERAÇÕES anuência do (a) Coordenador (a) de Segurança e/ou
ESTABELECIDAS NA SÚMULA VINCULANTE Nº
pelo (a) Diretor (a) do Centro Socioeducativo.
11 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 2. A justificativa do uso de algema deverá conter os
seguintes dados:
A SUPERINTENDÊNCIA DO SISTEMA ESTADUAL DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, no uso de suas a. Nome e identificação documental do (a) adolescente;
atribuições, considerando a necessidade do contínuo
aprimoramento dos procedimentos de segurança nos b. Justificativa pela opção para utilização da algema,
Centros Socioeducativos do Estado do Ceará; sendo:
Considerando a Súmula Vinculante nº 11 do Supremo b.1. Casos de resistência;
Tribunal Federal, aprovada na Sessão Plenária de
13/08/2008 – Debate de aprovação publicado no DJE b.2. Fundado receio de fuga;
214 de 12/11/2008, que estabeleceu os parâmetros
b.3. Perigo à integridade física própria ou alheia;
para a utilização de algemas, bem como as hipóteses
de sua utilização conforme o referido precedente b.4. Determinação judicial devidamente fundamentada;
obrigatório; Considerando o Decreto nº 8.858, de 26 de
setembro de 2016, que regulamentou o disposto no c. Local de permanência/destino do(a) adolescente
art. 199 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984; durante a algemação;
Considerando a necessidade de complementação do d. Período em que o(a) adolescente permaneceu
procedimento de segurança, utilizado de forma
algemado(a);
excepcional e proporcional na Portaria nº 004/21, que
institui as regras de Segurança Preventiva, definindo e. Histórico de ocorrências de tentativas de fugas e
normas, rotinas e procedimentos operacionais no fugas consumadas, histórico de violência para com

@PROFESSORROBSONSOUSA 84
servidores (as), resistência, danos ao patrimônio e d. Ajustar as algemas para que não fiquem folgadas
outras observações pertinentes. nem apertadas;
3. Procedimentos a serem observados quando do uso e. Travar as algemas com o pino da chave de algemas.
de algemas, pelo(a) Socioeducador(a) ou
6. A utilização de algemas, em caso de contenção ao
Coordenador(a) de Segurança;
adolescente, somente será admitida como último
a. A algemação será realizada, exclusivamente, por recurso, devendo estar registradas, em instrumental
Socioeducador(a) ou Coordenador(a) de Segurança próprio (modelo anexo), bem como, no Livro de
que tenha concluído a Formação Inicial para Ocorrências, e discriminação de todas as ações menos
Socioeducadores e Equipes Técnicas e/ou o Curso de invasivas realizadas anteriormente;
Respeito à Dignidade e Integridade de acordo com a
7. O uso de algemas durante translado fora do espaço
Súmula 11 do STF, conforme Ementa da Capacitação
socioeducativo deverá ser justificado, com
em Anexo;
esclarecimentos sobre os riscos externos e ambientais,
b. A algemação se dará preferencialmente com os considerando a individualização de cada adolescente.
braços do(a) adolescente para frente;
8. Não será admitido o uso de algemas em
c. Somente em situações extremas, como nos casos de adolescentes gestantes no trajeto entre o Centro e
resistência por parte do(a) adolescente e/ou durante a unidade hospitalar, durante a internação antes ou após
contenção física, o(a) adolescente poderá ser o parto, bem como na amamentação.
algemado(a) com os braços para trás.
9. O uso de algemas deve primar pelo menor intervalo
4. A algemação com os braços para frente se dará na de tempo necessário, em todas as situações em que
seguinte forma: houver necessidade desse tipo de procedimento,
devendo a Direção do Centro Socioeducativo e sua
a. Explicar ao adolescente o motivo da algemação;
equipe realizar análise da situação com base na
b. Solicitar ao adolescente que coloque as mãos para Portaria nº. 004/2021, especificamente em seus Art. 66
frente do corpo; a 72 que trata da definição de termos relativos à gestão
c. Segurar a mão de ação do(a) adolescente e da ameaça a segurança, in verbis:
algemá-la colocando encaixe da fechadura sempre Art. 66. Para os fins desta Portaria, definem-se os
virado para cima; seguintes termos e conceitos relativos à gestão de
d. Algemar a outra mão do(a) adolescente, de modo ameaças à segurança dos Centros Socioeducativos.
que as palmas das mãos fiquem unidas; Art. 67. Evento é qualquer ocorrência interna que
e. Ajustar as algemas para que não fiquem folgadas obstrua o desenvolvimento regular da rotina de
nem apertadas; funcionamento do Centro Socioeducativo,
comprometendo, mediata ou imediatamente, a sua
f. Travar as algemas com o pino da chave de algemas. segurança. Parágrafo único. Os elementos que
5. A algemação de adolescente, havendo resistência compõem um evento são:
e/ou na necessidade justificada de contenção física, se I – Ameaça à integridade física do(s) adolescente(s)
dará da seguinte forma: interno(s);
a. Segurar a mão do(a) adolescente, visando colocar as II – Ameaça à integridade física dos(as) servidores (as),
mãos para trás do corpo; contratados (as), funcionários(as), colaboradores ou
b. Observar a mão de ação do(a) adolescente e algemá- terceiros;
la; III – Ameaça ao patrimônio público.
c. Algemar a outra mão do(a) adolescente, de modo Art. 68. A avaliação de um evento é composta pelos
que as costas das mãos do mesmo fiquem unidas; seguintes elementos, assim constituídos:

@PROFESSORROBSONSOUSA 85
I – Cenário: são os elementos objetivos constituintes integridade física resultando em escoriações ou lesões
de um evento, destacando-se: os fatos leves; agressão a terceiro sem resultar em lesão;
desencadeadores, o grau de articulação e organização inexistência de armas brancas, artefatos cortantes,
dos insurgentes, o perfil da(s) liderança(s), a motivação perfurantes ou impactantes; ação protagonizada por
e o intento, o grau de adesão dos demais internos, a um a três adolescentes.
existência ou não de reféns, as facções existentes, os
Art. 71. Evento Complexo é aquele cuja ameaça à
objetos que possam ser usados como arma, o vigor e a
segurança é superior à capacidade de resposta do(a)
agressividade, a intensidade com que os rebelados
coordenador(a) e dos socioeducadores(as) presentes
dominam os espaços físicos da Unidade, a existência ou
na Unidade, cuja resolução é possível pela
não de articulação da insurgência com grupos
coordenação dos setores do Centro Socioeducativo
criminosos externos à Unidade;
e/ou pela atuação da Direção.
II – Capacidade de Resposta: é o limiar de resolução de
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
eventos de cada Centro e é determinada pelo
Evento Complexo são: todos os elementos do evento
conhecimento e domínio da estrutura física da
simples que não tenham resolução mediante mera
Unidade, pela capacidade de comando, pela
presença ou aplicação de advertência verbal; agressão
capacidade analítica em situações de tensão, pelo
resultando em lesão corporal média ou grave, sem
equilíbrio em situações de alta exigência emocional,
ameaça à vida; existência de armas brancas; destruição
pela resistência e prontidão física, pelo treinamento
extensa do patrimônio público, consideráveis danos à
em negociação e táticas interventivas, pelos
estrutura física do Centro Socioeducativo,
equipamentos de segurança disponibilizados, pela
prejudicando o funcionamento de um setor; evento
articulação intersetorial da Unidade e pela existência
restrito a um setor específico, alojamento, ala, setor,
ou não de planos de contingência, bem como outros
quadra, campo, pátio ou solário; ação protagonizada
fatores que venham influenciar a qualidade e
por um grupo restrito de internos, evento não
velocidade da resposta da organização;
generalizado; existência de refém, sem flagrante
III – Escalonamento da Força: é a medida de força ameaça à vida, sem sevícias, sem uso de violência
necessária para a resolução de um evento no qual se física, com possibilidade de negociação não
esgotaram os demais meios de dissuasão, sendo especializada; incêndio de pequena proporção passível
mensurado pela comparação entre a Capacidade de de ser extinto com recursos do Centro Socioeducativo.
Resposta da Instituição responsável pela utilização de
Art. 72. Evento Crítico é aquele cuja ameaça à
força naquele evento e a força necessária para
segurança é superior à capacidade de resposta de
superação de seu cenário gerador.
todos os setores do Centro Socioeducativo, cuja
Art. 69. Os eventos podem ser classificados como resolução só é alcançada com a cooperação do Sistema
simples, complexo e crítico. de Segurança Pública e de Justiça.
Art. 70. Evento Simples é aquele cuja ameaça à Parágrafo único. Os elementos que compõem um
segurança é inferior à capacidade de resposta do(a) Evento Crítico são: os elementos do Evento Complexo
Coordenador(a) de Segurança e dos que não puderam ser solucionados pela equipe da
Socioeducadores(as) presentes no plantão. Unidade; existência de armas de fogo; destruição
extensa do patrimônio público, inutilização de uma
Parágrafo único. Os elementos que compõem um
área do Centro Socioeducativo; evento disseminado
evento simples são: ameaças verbais; desacatos;
em diversos setores; número de insurgentes duas
agressões indiretas (atirar comida, chinelo, urina,
vezes superior ao número de socioeducadores(as)
fezes, água); danos ou destruição de materiais
presentes no estabelecimento; existência de
pedagógicos ou de consumo; tentativa ou destruição
refém(ns), com flagrante ameaça à vida; sevícias contra
de patrimônio, pequeno dano estrutural; destruição
outros adolescentes ou funcionários(as); incêndio em
pontual, sem prejuízos no funcionamento do
grande área, não controlável pelos funcionários; perda
estabelecimento; atentado contra a própria

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de controle de 50% ou mais do estabelecimento;
morte.
10. Deverá ser utilizado o modelo anexo para as
devidas justificativas, assinado pelo(a) profissional que
efetuou o procedimento de algemação com anuência
do(a) Coordenador(a) de Segurança e/ou pelo(a)
Diretor(a) do Centro Socioeducativo ou por gestor(a)
por este indicado.
Este regulamento entra em vigor na data de sua
publicação.
Dê-se ciência.
Cumpra-se.
Seas, em XX de novembro de 2023.

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