Brasil Seikyo - Edição 1864 - 21/10/2006 - pág.
B2 - Caderno da Comunidade
Brasil Seikyo - Caderno da Comunidade
Como conduzir uma reunião de palestra
dinâmica e motivadora?
Esta é a segunda parte da entrevista com o
vice-presidente adjunto da BSGI,
Nakamura, sobre como conduzir uma reunião de
palestra em que os participantes
motivados e decididos a criar uma história de
vitórias na vida.
Brasil Seikyo: Como os líderes devem se
preparar para a reunião de palestra?
Antonio Nakamura: Para atingir o propósito
da palestra, os líderes que conduzirão a
reunião devem ter em mente sua
importância e preparar o conteúdo
cuidadosamente para transmitir com toda
convicção a grandiosidade do Gohonzon,
do Nam-myoho-rengue-kyo e a
importância da relação de mestre e
discípulo.
Se houver outros dirigentes participando
da reunião e estes não estiverem na
programação, não é necessário alterá-la
para não prolongar o tempo da reunião.
Por fim, devemos considerar que uma
reunião de palestra não precisa,
necessariamente, durar uma hora e meia.
Quanto mais dinâmica for,
independentemente do tempo, mais
proveitosa será para todos. Nesse sentido,
os dirigentes devem estar muito bem
preparados.
BS: Para que o diálogo nas reuniões tenha
dinamismo, objetividade, conteúdo e ainda
atenda às expectativas dos participantes,
como deve ser conduzido? O que deve
Antonio conter?
saiam Nakamura: A reunião é um meio de
contribuir para a felicidade das pessoas. O
objetivo é fazer com que os participantes
conheçam o budismo para que, por meio
de sua prática e atuação, façam parte do
movimento em prol do Kossen-rufu. Não
adianta ter uma boa programação se não
houver aqueles que queiram interagir em
um rico diálogo.
Para um diálogo ser dinâmico, é
fundamental um planejamento quanto aos
temas e pesquisas que serão abordados
para haver uma boa conclusão.
Com base nos princípios do budismo e nos
discursos do presidente Ikeda, deve-se
direcionar os participantes para a prática
da fé e não apenas para alimentar a
curiosidade ou discutir teorias filosóficas
abstratas e impraticáveis.
BS: O que deve ser levado em
consideração em um diálogo nas
reuniões?
Nakamura: Considerando que haverá
muitos convidados, além dos membros,
vamos analisar pontos mais comuns em
um diálogo.
Em que país estamos? Qual a língua oficial
ou dominante? Claro, estamos falando do
Brasil e aqui se fala a língua portuguesa.
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Tem dialetos? Sim, são típicos, de jargões

regionalistas, mas compreensíveis por
todos. Então, a reunião também deve ser
em língua portuguesa.
Por que essa ênfase? Para quebrarmos os
paradigmas da utilização de termos da
língua japonesa, que foram úteis no
passado, por questões de falta de
tradução ou por tradição daquilo que
originou na terra onde a Soka Gakkai
iniciou o grande movimento do
Kossen-rufu.
O Budismo de Nitiren Daishonin existe para
possibilitar às pessoas realizar sua
revolução humana individual e, desta
forma, propiciar a mudança da própria
sociedade. Portanto, é um ensino aplicável
integralmente no cotidiano de cada
pessoa. Essa convicção deve ser a tônica
de qualquer debate ou diálogo, visando à
vitória e à felicidade de cada participante.

“Quem vai ser o shikai”? Opa! Já apareceu

uma palavra tipicamente japonesa, que
todos os membros entendem, mas os
convidados nem tanto. Então, chamemos
de “apresentador”, ou “coordenador” ou,
ainda, “mediador”.

Definido o apresentador, iniciemos a pauta

da reunião. “Gongyo”! Gongyo é a oração
básica que realizamos diariamente com a
recitação do Daimoku (oração principal) e
dos trechos do Sutra de Lótus — Hoben
(Meios) e os versos Jigague do capítulo
Juryo (Revelação da Vida Eterna do Buda).
Num diálogo, a explicação é um ponto de
suma importância para que os convidados
se familiarizem com a oração.

BS: Para encerrarmos, o senhor teria mais

alguma sugestão?

Nakamura: O ponto mais importante para o

sucesso de uma reunião de palestra é o
“corpo a corpo”. É preciso também planejar
como levar os convidados, combinar e
confirmar horário e local da realização da
reunião para garantir que cheguem sem
problemas.

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