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Os artigos aqui reproduzidos foram publicados no livro Beyond you and me:
Inspirations and Wisdom for Building Community - Gaia Education Social Key of the
EDE. A tradução foi feita por Potira Preiss.
Os artigos só podem ser utilizados para fins educativos, de forma gratuita e
com citação das referencias.
Beatrice Briggs
A medida que as culturas locais no mundo todo tem sido marginalizadas e até
mesmo erradicadas pelo interesse das corporações multinacionais e os governos que
as servem, muitos rituais perderam sua conexão com o sagrado. A maioria de nós não
celebra a lua nova, o solstício, as colheitas e o retorno das aves migratórias.
Ao invés disso, nós nos arrebanhamos em shoppings, lotamos os estádios de
esportes e vamos para reuniões feias, chatas, constrangedoras, opressivas, alienadoras
e improdutivas.
Os rituais praticados na maioria das reuniões produzem um tipo especifico de
sofrimento. Tomadores de decisão que já sabem qual é o plano de trabalho, são
forçados a fingir que ouvem a opinião dos outros. Os participantes são obrigados a
ficarem sentados em reuniões onde obviamente suas idéias, quando expressas, não
terão impacto real na decisão final.
As pessoas falam demais ou ficam caladas. As agendas são muito densas e
pobremente organizadas ou não existem. As discussões se arrastam, as prioridade não
são claras, e o processo de tomada de decisão dança entre o despotismo e a anarquia.
Assim por diante.
Aqui apresento algumas lições que podemos aprender com “bons” rituais,
aqueles que nos inspiram e revigoram. Aqueles que podem fazer nossas reuniões mais
significativas e efetivas.
O Facilitador
Conclusão
Beatrice Briggs
Uma das questões mais difíceis para os grupos que querem ser abertos,
inclusivos e participativos é estabelecer limites para a participação no seu processo de
tomada de decisão. Abaixo seguem 4 cenários comuns que dramatizam algumas das
formas que esse dilema pode assumir:
Definindo os Limites
A chave para lidar com situações como estas e similares é discutir abertamente
a participação no seu grupo. Quem pode participar? Quem pode decidir? Sob quais
circunstancias? Falar sobre como foi ser um “novato” no grupo, o quão fácil ou difícil
foi sentir que você pertencia. Avalie o quão serio é o problema da participação
esporádica. Essas pessoas estão agindo dessa forma porque nossas políticas e
procedimentos são opressivos ou exclusivos? Ou eles simplesmente não compreendem
como funcionamos? Desenhe uma estrutura e processo que seja consistente com os
valores de seu grupo, escreva, imprima, explique para todos, faça ajustes se
necessário. Lembre, definir limites para a participação não é só uma forma de manter
todos de fora é também uma forma de respeitar o árduo trabalho daqueles que tem
estado consistentemente envolvidos no processo evolutivo do grupo.