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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

XXX VARA CÍVEL DE XXX DO ESTADO DE XXX

Alzira, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portadora da


Cédula de Identidade nº XXX , inscrito no CPF nº XXX, residente e domiciliada à
Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, por intermédio de seu
advogado legalmente habilitados (procuração e m anexo), vem, muito respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.767 do Código Civil, e
artigos 300 e 747, ambos do Código de Processo Civil de 2015, propor a presente

AÇÃO DE INTERDIÇÃO CUMULADA COM CURATELA

em face de Alma, nacionalidade XXX, estado civil XXX, aposentada, portadora da


Cédula de Identidade nº XXX e inscrita no CPF nº XXX, residente e domiciliada à
Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX Cidade XXX Estado XXX, pelos motivos de fato e
de direito que a seguir se expõe.

I PRELIMINARMENTE

Requer a autora os benefícios da gratuidade da justiça, com fulcro na Lei 1.060/50,


haja vista declarar-se pobre na forma da lei, não podendo custear a máquina
jurisdicional sem prejuízo de seu sustento e o da sua família, conforme declaração
anexa (doc.02).

III DAS DISPOSIÇÕES FÁTICAS

A interditanda, atualmente encontra se totalmente dependente de cuidados,


Não anda mais, não é capaz de realizar suas atividades sozinha e nem consegue cuidar
de suas necessidades básicas. Ou seja, ela se encontra em estado de total
dependência.Seus irmãos estão de comum acordo que Alma continue sobre os
cuidados da autora. Com o objetivo de cuidar dos interesses da interditanda, a autora
necessita da tutela judicial, vez que a ré encontra-se incapaz de realizar tais cuidados.

IV DO DIREITO

O artigo 1º do Código Civil estatui que “toda pessoa é capaz de


direitos e deveres na ordem civil“. Assim, liga-se à pessoa a ideia de personalidade,
que é consagrado nos direitos constitucionais de vida, liberdade e igualdade.
É cediço que a personalidade tem a sua medida na capacidade de fato
ou de exercício, que, no magistério de Maria Helena Diniz:
[...] é a aptidão de exercer por si os atos da vida civil, dependendo, portanto, do
discernimento, que é critério, prudência, juízo, tino, inteligência, e, sob o prisma
jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, o conveniente do
prejudicial. (Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria Geral do Direito Civil. São
Paulo: Saraiva)
Todavia essa capacidade pode sofrer restrições legais quanto ao seu
exercício, visando a proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica
apreciável. Assim, segundo Maria Helena Diniz , a incapacidade é a restrição legal ao
exercício dos atos da vida civil. Os artigos 3º e 4º do Código Civil graduam a forma
de proteção, a qual assume a feição de representação para os absolutamente incapazes
e a de assistência para os relativamente incapazes.
A incapacidade cessa quando a pessoa atinge a maioridade,
tornando-se, por conseguinte, plenamente capaz para os atos da vida civil.
Entretanto, pode ocorrer, por razões outras, que a pessoa, apesar da
maioridade, não possua condições para a prática dos atos da vida civil, isto é, falta-lhe
capacidade e discernimento para reger a sua pessoa e administrar os seus bens.
Persiste, assim, a sua incapacidade real e efetiva, a qual tem de ser declarada por meio
do procedimento de interdição, tratado nos arts. 1.177 a 1.186 do Código de Processo
Civil, bem como nomeado curador, consoante o artigo 1.767 do Código Civil.
Posto isso, depreende-se que o interditando faz jus à proteção, a qual
será assegurada ante a sua interdição e a nomeação da autora como sua curadora, a fim
de que esta possa representá-la ou assisti-la no exercício dos atos da vida civil, de
acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na sentença de interdição.
VI DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) Os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara hipossuficiente na forma da


Lei, conforme declaração em anexo;

b) a concessão de liminar de antecipação dos efeitos da tutela, com a nomeação do autor


como curador provisória do interditando, a fim de que aquele possa representá-lo nos atos da
vida civil, sobretudo na adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção.

c) a citação do interditando para que, em dia a ser designado, seja efetuado o seu
interrogatório, nos termos do art. 1.181 do CPC;

d) a representação do interditando nos autos do procedimento pelo digno Membro do Ministério


Público, nos termos do § 1º do art. 1.182 do CPC;
e) seja julgado procedente o pedido, confirmando-se a antecipação da tutela, para nomear em
definitivo a autora como curadora ao interditando, que deverá representá-la ou assisti-la em
todos os atos de sua vida civil, de acordo com os limites da curatela prudentemente fixados na
sentença.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde
já requeridos, ainda que não especificados.
Atribui-se à causa o valor de R$ XXX (XXX), para fins de alçada.

Termos em que, Pede deferimento.

Local XXX Data XXX

Advogado
OAB nº XXX

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